kit porta pronta

6
Instalação de portas em kits Da marcenaria à indústria A colonização portuguesa trouxe para o Brasil as características artesanais das esquadrias e portas de madeira. Esta cultura foi a responsável pelo surgimento de carpintarias e marcenarias que fabricavam portas sob medida, tendo influência até hoje na construção brasileira. A verticalização das grandes cidades, porém passou a exigir o uso e a padronização de portas semi-ocas nas áreas internas, em substituição às portas maciças artesanais. Foi o início da industrialização da porta no Brasil, que alterava e dividia a compra em duas etapas: a do marco (batente), adquirida em uma carpintaria local, e a da folha de porta (semi-oca ou maciça). Esse avanço trouxe implicações no cronograma da construção e, sobretudo, no perfil da mão-de-obra, por exigir maior precisão na execução dos vãos para a instalação das portas. Com o crescimento dos custos e a dificuldade de mão-de-obra treinada, surgiu a busca por especialistas em cada etapa da construção, entre eles o marceneiro montador de portas. Começava então a terceirização dos serviços de instalação, mas a base do problema não era atacada: a falta de equipamentos e ferramentas específicas e um local adequado para a montagem na obra. Essa situação estimulou as construtoras a criarem uma central de serviços fora do canteiro, na tentativa de romper com o processo artesanal. No começo dos anos 90 esta demanda sinalizava para as indústrias a urgência de abandonar a fabricação de componentes para as construtoras, estimulando-as a industrializar desde o processo de fabricação de portas até a colocação no vão da obra. Entram em cena, portanto, as portas em kits. O que é a porta pronta A porta pronta é a transformação dos vários componentes e etapas de serviço de instalação de portas de uma obra em um sistema composto de kits pré-fabricados, padronizados e compatibilizados com os demais componentes construtivos da obra industrializada. A característica do produto cria condições para a interação do fabricante com a obra para a definição de especificações, dimensões e ferragens. Para atender às características construtivas e a falta de precisão na execução dos vãos (principalmente no caso de paredes em alvenaria), o sistema porta pronta no Brasil foi lançado com o uso da espuma de poliuretano para fixação, o que possibilita uma tolerância de aproximadamente 2 cm nos vãos de instalação. Tipos de porta pronta O conceito porta pronta trouxe para o mercado a fabricação de portas para fins específicos como hospitais e hotéis, além do uso tradicional em edifícios residenciais e comerciais. Características como isolamento acústico, iluminação e ventilação, passaram a ter soluções de fábrica, e não mais “arranjos” feitos na obra, que causam aumento de custos, geralmente não mensurados. A própria exigência dos clientes junto às construtoras tem estimulado os fabricantes a pesquisar soluções técnicas que permitam facilitar essa etapa da obra e elevar a qualidade dos serviços executados. A precisão e uniformidade dos encaixes das ferragens e acessórios, além da qualidade final, são alguns dos grandes diferenciais da porta pronta industrializada. Algumas construtoras compram componentes avulsos da porta e contratam marcenarias, e não marceneiros, para fazer a montagem artesanal, fora do local de instalação. Na realidade, esta forma de montagem não se coaduna com o conceito de porta pronta como solução de engenharia, mas apenas uma substituição do local de montagem. Custos como a compra de vários produtos e a administração de diversas etapas de montagem continuam presentes. Componentes do produto “porta pronta” O produto “porta pronta”, antes de ser fabricado, deve ser concebido e projetado juntamente com os demais itens do edifício. Em função da padronização de kits e da folga para instalação da porta e fixação dos arremates (alizar ou guarnição), é importante uma compatibilização durante a fase do projeto executivo, prevendo-se a fabricação de produtos que atendam as normas técnicas. A partir da definição do produto em projeto, é fundamental o acompanhamento da execução dos vãos, prumos e alinhamentos de paredes na obra (paredes em alvenaria ou chapas de gesso acartonado), para evitar os retrabalhos na instalação dos kits. O kit “porta pronta” industrializado é um conjunto composto de marco (batente), folha de porta, alizar ou guarnição, ferragens (dobradiças e fechadura) e acabamento (verniz ou pintura) (fig. 1, 2 e 3). Importante: Em função do processo construtivo com muitas operações de acabamento e retrabalho, a grande maioria das obras deve receber o kit sem o acabamento final de verniz ou tinta, mas apenas com a base ou fundo de fábrica. Características gerais do produto “porta pronta”: • Produto testado de acordo com as normas ABNT e outras internacionais (alguns fabricantes desde que comprovados); • Ajuste para variações na espessura das paredes, através da padronização e uso de marco/guarnição (batente/alizar) regulável; • Madeira selecionada e seca em estufa (o clima tropical brasileiro exige um controle rigoroso da madeira para evitar empenos, rachaduras e, principalmente, ataques de fungos e insetos); • Acabamento final de fábrica ou selado (este é um dos maiores avanços alcançados na

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Page 1: Kit Porta Pronta

Insta

lação

de p

ort

as e

m k

its

Da

mar

cena

ria

à in

dúst

ria

A c

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ão p

ortu

gues

a tr

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a o

Bra

sil a

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nais

das

esq

uadr

ias

e po

rtas

de

mad

eira

. Est

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ltura

foi

a r

espo

nsáv

el p

elo

surg

imen

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rpin

tari

as e

m

arce

nari

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cava

m p

orta

s so

b m

edid

a, te

ndo

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ia a

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oje

na c

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ruçã

o br

asil

eira

. A v

erti

cali

zaçã

o da

s gr

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s ci

dade

s, p

orém

pas

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a ex

igir

o u

so e

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padr

oniz

ação

de

port

as s

emi-

ocas

nas

áre

as in

tern

as, e

m s

ubst

ituiç

ão à

s po

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mac

iças

ar

tesa

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. Foi

o in

ício

da

indu

stri

aliz

ação

da

port

a no

Bra

sil,

que

alte

rava

e d

ivid

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co

mpr

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dua

s et

apas

: a d

o m

arco

(ba

tent

e), a

dqui

rida

em

um

a ca

rpin

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a lo

cal,

e a

da

folh

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por

ta (

sem

i-oc

a ou

mac

iça)

. E

sse

avan

ço tr

ouxe

impl

icaç

ões

no c

rono

gram

a da

con

stru

ção

e, s

obre

tudo

, no

perf

il da

m

ão-d

e-ob

ra, p

or e

xigi

r m

aior

pre

cisã

o na

exe

cuçã

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s vã

os p

ara

a in

stal

ação

das

por

tas.

C

om o

cre

scim

ento

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cus

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e a

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culd

ade

de m

ão-d

e-ob

ra tr

eina

da, s

urgi

u a

busc

a po

r es

peci

alis

tas

em c

ada

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a da

con

stru

ção,

ent

re e

les

o m

arce

neir

o m

onta

dor

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orta

s.

Com

eçav

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riza

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serv

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inst

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ão, m

as a

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pro

blem

a nã

o er

a at

acad

a: a

fal

ta d

e eq

uipa

men

tos

e fe

rram

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s es

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fica

s e

um lo

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dequ

ado

para

a

mon

tage

m n

a ob

ra. E

ssa

situ

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est

imul

ou a

s co

nstr

utor

as a

cri

arem

um

a ce

ntra

l de

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for

a do

can

teir

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a te

ntat

iva

de r

ompe

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m o

pro

cess

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tesa

nal.

No

com

eço

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anos

90

esta

dem

anda

sin

aliz

ava

para

as

indú

stri

as a

urg

ênci

a de

aba

ndon

ar

a fa

bric

ação

de

com

pone

ntes

par

a as

con

stru

tora

s, e

stim

ulan

do-a

s a

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stri

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esde

o

proc

esso

de

fabr

icaç

ão d

e po

rtas

até

a c

oloc

ação

no

vão

da o

bra.

Ent

ram

em

cen

a, p

orta

nto,

as

por

tas

em k

its.

O q

ue

é a

po

rta

pro

nta

A p

orta

pro

nta

é a

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sfor

maç

ão d

os v

ário

s co

mpo

nent

es e

eta

pas

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ço d

e in

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de

por

tas

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ma

obra

em

um

sis

tem

a co

mpo

sto

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ré-f

abri

cado

s, p

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niza

dos

e co

mpa

tibili

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s co

m o

s de

mai

s co

mpo

nent

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os d

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ra in

dust

rial

izad

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erís

tica

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rodu

to c

ria

cond

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s pa

ra a

inte

raçã

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nte

com

a o

bra

para

a

defi

niçã

o de

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ões,

dim

ensõ

es e

fer

rage

ns.

Par

a at

ende

r às

car

acte

ríst

icas

con

stru

tiva

s e

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de p

reci

são

na e

xecu

ção

dos

vãos

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rinc

ipal

men

te n

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e pa

rede

s em

alv

enar

ia),

o s

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ma

port

a pr

onta

no

Bra

sil f

oi

lanç

ado

com

o u

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pum

a de

pol

iure

tano

par

a fi

xaçã

o, o

que

pos

sibi

lita

um

a to

lerâ

ncia

de

apr

oxim

adam

ente

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m n

os v

ãos

de in

stal

ação

.

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po

rta

pro

nta

O c

once

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orta

pro

nta

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ara

o m

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ção

de p

orta

s pa

ra f

ins

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cos

com

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spita

is e

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iona

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s.

Car

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ríst

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com

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ento

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o, p

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ram

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luçõ

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não

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jos”

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na o

bra,

que

cau

sam

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ento

de

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men

te

não

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A p

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ia e

xigê

ncia

dos

cli

ente

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nto

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ruto

ras

tem

est

imul

ado

os

fabr

ican

tes

a pe

squi

sar

solu

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técn

icas

que

per

mit

am f

acil

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ess

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da o

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e el

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qual

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e do

s se

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os e

xecu

tado

s.

A p

reci

são

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ifor

mid

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dos

enca

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das

fer

rage

ns e

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ios,

alé

m d

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o al

guns

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gra

ndes

dif

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ciai

s da

por

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ront

a in

dust

rial

izad

a.

Alg

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con

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tora

s co

mpr

am c

ompo

nent

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os d

a po

rta

e co

ntra

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cena

rias

, e

não

mar

cene

iros

, par

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zer

a m

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gem

art

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ora

do lo

cal d

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ação

. Na

real

idad

e, e

sta

form

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mon

tage

m n

ão s

e co

adun

a co

m o

con

ceito

de

port

a pr

onta

com

o so

luçã

o de

eng

enha

ria,

mas

ape

nas

uma

subs

titu

ição

do

loca

l de

mon

tage

m. C

usto

s co

mo

a co

mpr

a de

vár

ios

prod

utos

e a

adm

inis

traç

ão d

e di

vers

as e

tapa

s de

mon

tage

m c

ontin

uam

pr

esen

tes.

Co

mp

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ente

s d

o p

rod

uto

“p

ort

a p

ron

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O p

rodu

to “

port

a pr

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”, a

ntes

de

ser

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icad

o, d

eve

ser

conc

ebid

o e

proj

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o ju

ntam

ente

com

os

dem

ais

iten

s do

edi

fíci

o. E

m f

unçã

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pad

roni

zaçã

o de

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s e

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pa

ra in

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ação

da

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a e

fixa

ção

dos

arre

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ar o

u gu

arni

ção)

, é im

port

ante

um

a co

mpa

tibili

zaçã

o du

rant

e a

fase

do

proj

eto

exec

utiv

o, p

reve

ndo-

se a

fab

rica

ção

de p

rodu

tos

que

aten

dam

as

norm

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as.

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da

defi

niçã

o do

pro

duto

em

pro

jeto

, é f

unda

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tal o

aco

mpa

nham

ento

da

exec

ução

dos

vão

s, p

rum

os e

alin

ham

ento

s de

par

edes

na

obra

(pa

rede

s em

alv

enar

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u ch

apas

de

gess

o ac

arto

nado

), p

ara

evit

ar o

s re

trab

alho

s na

inst

alaç

ão d

os k

its.

O

kit

“por

ta p

ront

a” in

dust

rial

izad

o é

um c

onju

nto

com

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mar

co (

bate

nte)

, fol

ha d

e po

rta,

ali

zar

ou g

uarn

ição

, fer

rage

ns (

dobr

adiç

as e

fec

hadu

ra)

e ac

abam

ento

(ve

rniz

ou

pint

ura)

(fi

g. 1

, 2 e

3).

Impo

rtan

te: E

m f

unçã

o do

pro

cess

o co

nstr

utiv

o co

m m

uita

s op

eraç

ões

de a

caba

men

to e

re

trab

alho

, a g

rand

e m

aior

ia d

as o

bras

dev

e re

cebe

r o

kit s

em o

aca

bam

ento

fin

al d

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rniz

ou

tint

a, m

as a

pena

s co

m a

bas

e ou

fun

do d

e fá

bric

a.

Cara

cter

ísti

cas

ger

ais

do p

rod

uto

“p

ort

a p

ron

ta”:

• Pr

odut

o te

stad

o de

aco

rdo

com

as

norm

as A

BN

T e

out

ras

inte

rnac

iona

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algu

ns

fabr

ican

tes

desd

e qu

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mpr

ovad

os);

Aju

ste

para

var

iaçõ

es n

a es

pess

ura

das

pare

des,

atr

avés

da

padr

oniz

ação

e u

so d

e m

arco

/gua

rniç

ão (

bate

nte/

aliz

ar)

regu

láve

l;

• M

adei

ra s

elec

iona

da e

sec

a em

est

ufa

(o c

lima

trop

ical

bra

sile

iro

exig

e um

con

trol

e ri

goro

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a m

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ra p

ara

evita

r em

peno

s, r

acha

dura

s e,

pri

ncip

alm

ente

, ata

ques

de

fung

os e

in

seto

s);

• A

caba

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to f

inal

de

fábr

ica

ou s

elad

o (e

ste

é um

dos

mai

ores

ava

nços

alc

ança

dos

na

Page 2: Kit Porta Pronta

qual

idad

e do

pro

cess

o, e

m c

ompa

raçã

o co

m o

aca

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ento

rea

liza

do “

in lo

co”)

; •

Opç

ões

de a

caba

men

to e

m q

ue a

por

ta p

asso

u a

ser

um it

em d

o ac

abam

ento

da

obra

, ac

ompa

nhan

do a

s te

ndên

cias

da

deco

raçã

o. H

oje

tem

-se

vári

as o

pçõe

s de

pad

rão

de

mad

eira

(m

arfi

m, m

ogno

, esc

uras

etc

.) e

tam

bém

lam

inad

os m

elam

ínic

os, e

ntre

out

ras.

On

de

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r a

“p

ort

a p

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A “

port

a pr

onta

” po

de s

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mpr

egad

a em

obr

as e

m p

ared

es d

e al

vena

ria

conv

enci

onal

e,

prin

cipa

lmen

te, e

m o

bras

de

cons

truç

ão a

sec

o (p

ared

es d

e ch

apas

de

gess

o ac

arto

nado

), e

m

funç

ão d

a co

mpa

tibili

dade

com

o p

roce

sso

de m

onta

gem

de

com

pone

ntes

pré

-fab

rica

dos.

Pa

ra a

tend

er à

s va

riaç

ões

das

pare

des

em o

bras

con

venc

iona

is, a

s in

dúst

rias

pas

sara

m a

of

erec

er a

o m

erca

do s

oluç

ões

já e

xist

ente

s em

out

ros

país

es, c

omo

a po

rta

com

m

arco

/bat

ente

reg

uláv

el (

figs

. 4 e

4A

).

É im

port

ante

par

a o

cons

trut

or q

ue v

ai in

icia

r o

proc

esso

de

cons

truç

ão a

sec

o já

ter

util

izad

o a

port

a pr

onta

em

obr

as d

e al

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ria

conv

enci

onal

. A e

xper

iênc

ia f

acil

ita

a de

fini

ção

do c

rono

gram

a de

inst

alaç

ão, e

limin

ando

as

inte

rfac

es d

a po

rta

com

out

ros

sist

emas

.

Co

mo

pre

para

r os

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des

de

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enari

a

Em

par

edes

de

alve

nari

a, e

m o

bras

que

uti

liza

m p

roje

tos

deta

lhad

os d

e ex

ecuç

ão, c

omo

a pa

gina

ção

de p

ared

es, o

uso

do

gaba

rito

é d

ispe

nsáv

el, j

á qu

e a

mar

caçã

o do

s vã

os d

as

port

as p

elo

proj

eto

pode

ser

seg

uida

à r

isca

com

o a

uxíli

o do

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antil

hão

e ou

tras

fe

rram

enta

s.

Nas

obr

as c

onve

ncio

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é im

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o u

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o ga

bari

to m

etál

ico

(reu

tiliz

ável

) ou

de

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eira

(de

scar

táve

l), p

ara

gara

ntir

o v

ão li

vre

e a

espe

ssur

a da

s pa

rede

s (f

ig. 5

).

O c

uida

do n

a pr

epar

ação

dos

vão

s de

alv

enar

ia é

fun

dam

enta

l par

a a

elim

inaç

ão d

e re

trab

alho

s já

no

acab

amen

to f

inal

da

obra

e ta

mbé

m p

ara

a co

mpr

a de

lote

s ho

mog

êneo

s de

“po

rta

pron

ta”.

A

altu

ra d

o vã

o liv

re é

sem

pre

em f

unçã

o do

pis

o fi

nal a

caba

do (

2,15

m)

e a

larg

ura

é ig

ual

à fo

lha

da p

orta

acr

esci

da d

e 8

cm (

fig.

6).

Tab

ela

de d

imen

sões

“P

orta

pro

nta

” e

m p

ared

es d

e ch

ap

as

de

ges

so a

cart

on

ad

o

Mes

mo

send

o um

pro

cess

o co

nstr

utiv

o m

ais

rápi

do e

sim

ples

, a p

repa

raçã

o do

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par

a po

rtas

em

sis

tem

a de

con

stru

ção

a se

co d

eve

aten

tar

para

as

dim

ensõ

es d

os v

ãos:

pru

mo

das

pare

des

e pr

umo

da f

ace

inte

rna

dos

vãos

, par

a ev

itar

ret

raba

lhos

(fi

g. 7

).

Page 3: Kit Porta Pronta

As

inte

rfac

es d

o vã

o co

m a

“po

rta

pron

ta”:

1

- Pr

umo

das

pare

des;

2

- A

linha

men

to d

as p

ared

es;

3 -

Dim

ensõ

es d

o vã

o liv

re (

fig.

8);

4

- E

squa

dro

e pr

umo

do v

ão li

vre;

5

- So

leir

a: a

linha

men

to c

om p

ared

e e

níve

l (fi

g.9)

; 6

- E

spaç

o pa

ra o

s ar

rem

ates

(fi

g. 1

0).

Co

mo

pla

nej

ar

a l

og

ísti

ca n

a o

bra

É im

port

ante

que

, no

proj

eto

e no

iníc

io d

a co

nstr

ução

, já

este

ja d

efin

ido

o us

o da

“po

rta

pron

ta”,

par

a qu

e os

cui

dado

s na

pre

para

ção

dos

vãos

sej

am to

mad

os d

esde

o p

rinc

ípio

, ot

imiz

ando

o u

so d

o pr

odut

o.

Com

o se

trat

a de

um

com

pone

nte

pré-

fabr

icad

o, o

con

tato

com

o f

abri

cant

e de

ve a

cont

ecer

de

sde

o pl

anej

amen

to d

a ob

ra. A

def

iniç

ão d

o pe

dido

técn

ico

(rel

ação

dos

tipo

s de

kit

com

su

as r

espe

ctiv

as c

arac

terí

stic

as e

loca

l de

inst

alaç

ão n

a ob

ra)

deve

ser

fei

ta c

om u

ma

ante

cedê

ncia

de,

pel

o m

enos

, 6 m

eses

ant

es d

o fi

nal d

a ob

ra.

Cro

nogr

ama

padr

ão d

e um

a ob

ra d

e 18

mes

es:

A “

port

a pr

onta

” só

dev

e se

r en

treg

ue n

a fa

se d

e ac

abam

ento

da

obra

, jun

to c

om o

ac

abam

ento

do

térr

eo, s

ubso

lo e

tc. e

, de

pref

erên

cia,

ser

tran

sfer

ida

pelo

ele

vado

r de

fini

tivo

para

os

pavi

men

tos

já c

om a

pri

mei

ra d

emão

de

pint

ura

ou v

erni

z.

Page 4: Kit Porta Pronta

A e

xecu

ção

de s

ervi

ços

para

lelo

s à

inst

alaç

ão d

as p

orta

s e

a ar

maz

enag

em in

corr

eta

são

as

prin

cipa

is c

ausa

s de

ava

rias

e d

anos

ao

prod

uto

(fig

. 11)

.

mo

do

s d

e fi

xa

ção

da

po

rta

no

o

O p

roce

sso

com

esp

uma

de p

oliu

reta

no é

mai

s in

dica

do p

ara

a in

stal

ação

de

port

as p

ront

as,

por

ser

mai

s pr

átic

o, d

esde

a e

xecu

ção

do v

ão a

té u

ma

even

tual

nec

essi

dade

de

man

uten

ção

ou tr

oca

da p

orta

pro

nta.

Va

nta

gen

s d

o u

so d

a e

spu

ma

de

po

liu

reta

no

:

• T

oler

ânci

a na

exe

cuçã

o do

vão

poss

ível

inst

alar

com

um

a fo

lga

de a

té 2

0 m

m s

em

com

prom

eter

o d

esem

penh

o da

por

ta)

(fig

. 12)

;

• Po

de a

bsor

ver

part

e da

ene

rgia

do

impa

cto

no f

echa

men

to d

a po

rta,

tran

smiti

ndo

uma

parc

ela

men

or d

e en

ergi

a à

pare

de, o

que

pod

e di

ficu

ltar

o ap

arec

imen

to d

e fi

ssur

as n

as

pare

des

(est

e as

pect

o de

ve s

er c

ompr

ovad

o co

m e

nsai

os);

• T

em b

oa a

derê

ncia

ao

perf

il m

etál

ico,

o q

ue p

ode

ser

com

prov

ado

por

ensa

ios

• E

vita

inte

rfer

ênci

as d

uran

te a

inst

alaç

ão e

m f

unçã

o da

red

ução

de

retr

abal

hos

no v

ão;

Cu

ida

do

s n

a i

nst

ala

ção

co

m e

spu

ma

de

po

liu

reta

no

:

Hig

iene

e s

egur

ança

– é

noc

iva

se in

alad

a ou

inge

rida

. Pod

e oc

orre

r m

istu

ra a

r-va

por

expl

osiv

a, p

or is

so n

ão s

e de

ve f

umar

no

loca

l. U

sar

luva

de

PVC

e p

rote

tor

faci

al p

ara

evita

r co

ntat

o co

m a

pel

e e

os o

lhos

. Ler

ate

ntam

ente

as

inst

ruçõ

es n

o ró

tulo

do

prod

uto.

Ade

rênc

ia –

lim

par

toda

a s

uper

fíci

e de

fix

ação

, ret

iran

do p

ó, p

oeir

a, g

raxa

e ó

leo.

A

tem

pera

tura

idea

l é d

e 5º

C a

25º

C.

Uso

ade

quad

o –

exis

tem

no

mer

cado

div

ersa

s op

ções

de

espu

ma

de p

oliu

reta

no

mon

ocom

pone

nte,

indi

cada

s pa

ra v

ária

s fi

nalid

ades

, pri

ncip

alm

ente

fec

ham

ento

de

vazi

os.

Ver

ifiq

ue ju

nto

ao f

orne

cedo

r da

por

ta p

ront

a a

espu

ma

indi

cada

. Se

nece

ssár

io, s

olic

ite

resu

ltado

s de

ens

aios

Praz

o de

val

idad

e –

a es

pum

a de

pol

iure

tano

tem

pra

zo p

ara

uso

de 6

a 1

2 m

eses

. O p

razo

po

de v

aria

r co

nfor

me

o fa

bric

ante

e ti

po d

e em

bala

gem

. Se

estiv

er c

om p

razo

de

valid

ade

venc

ido,

o p

rodu

to p

ode

perd

er a

pre

ssur

izaç

ão o

u, a

o se

r ut

iliza

do, e

xpan

dir

e nã

o cu

rar

tota

lmen

te. É

impo

rtan

te v

erif

icar

a v

alid

ade

e fa

zer

test

es p

révi

os d

e fi

xaçã

o na

obr

a an

tes

da in

stal

ação

tota

l.

Vid

a út

il –

pro

tegi

da d

as in

tem

péri

es, a

esp

uma

de p

oliu

reta

no a

pres

enta

vid

a út

il

Page 5: Kit Porta Pronta

prol

onga

da, s

em s

ofre

r de

sgas

te o

u at

aque

s de

fun

gos,

inse

tos

ou r

oedo

res.

A i

nst

ala

ção

da

“p

ort

a p

ron

ta”

pa

sso

a p

ass

o, co

m e

spu

ma

Pre

cedi

dos

dos

cuid

ados

com

a e

xecu

ção

do v

ão e

env

io d

o pe

dido

técn

ico

para

o

fabr

ican

te, a

“po

rta

pron

ta”

deve

rá c

hega

r à

obra

em

em

bala

gem

ade

quad

a e

deve

rá s

er

arm

azen

ada

em lo

cal a

reja

do, v

entil

ado

e se

m in

cidê

ncia

dir

eta

do s

ol o

u da

chu

va. D

eve-

se

evita

r ar

maz

ená-

la e

m s

ubso

los

ou p

avim

ento

s té

rreo

s.

O p

roce

sso

de in

stal

ação

dev

e se

r pr

eced

ido

da id

enti

fica

ção

do “

ende

reço

” (p

avim

ento

e

côm

odo)

na

etiq

ueta

, con

ferê

ncia

com

o p

roje

to e

ped

ido

técn

ico.

Em

seg

uida

, as

port

as s

ão

tran

sfer

idas

do

depó

sito

pro

visó

rio

na o

bra

para

os

loca

is d

efin

itivo

s.

Pré-

req

uis

ito

s p

ara

in

ício

da

in

sta

laçã

o:

• P

isos

, sol

eira

s, f

orro

s e

teto

s de

vem

est

ar c

oncl

uído

s;

• E

squa

dria

s ex

tern

as d

evem

est

ar c

om v

idro

s já

inst

alad

os;

• P

ared

es d

evem

est

ar c

om a

pri

mei

ra d

emão

de

tint

a e/

ou r

eves

tim

ento

fin

al;

• In

stal

açõe

s e

serv

iços

com

plem

enta

res

deve

m e

star

con

cluí

dos

(fig

. 13)

;

• L

ocal

de

inst

alaç

ão d

eve

esta

r lim

po e

sem

res

íduo

s da

obr

a.

pass

o:

fixaçã

o p

rovis

óri

a (

fig. 14)

Ret

ire

a em

bala

gem

e e

ncai

xe o

kit

no v

ão, f

ixan

do-o

com

dua

s cu

nhas

de

mad

eira

na

part

e su

peri

or. E

m s

egui

da, c

onfi

ra e

squa

dro,

pru

mo

e ní

vel d

a po

rta

e se

u fu

ncio

nam

ento

(ab

rir

e fe

char

), u

tiliz

ando

mai

s cu

nhas

nas

late

rais

par

a o

ajus

te f

inal

. Apó

s a

conf

erên

cia,

trav

e a

port

a e

colo

que

o es

paça

dor

para

gar

antir

a f

olga

da

port

a co

m o

mar

co (

bate

nte)

.

pass

o:

fixaçã

o p

erm

an

ente

(fi

g. 15)

Efe

tuad

os o

s aj

uste

s, a

pliq

ue a

esp

uma

de p

oliu

reta

no e

m 3

pon

tos

de a

prox

imad

amen

te 2

0 cm

de

cada

lado

(fi

g. 1

6) e

agu

arde

a c

ura

por

24 h

no

mín

imo

(o te

mpo

de

cura

var

ia c

om

a te

mpe

ratu

ra e

um

idad

e lo

cal)

.

Page 6: Kit Porta Pronta

Apó

s a

cura

da

espu

ma,

ret

ire

os c

ontr

aven

tam

ento

s, a

s cu

nhas

de

mad

eira

e o

s ex

cess

os d

e es

pum

a ex

pand

ida

(cor

te c

om e

stil

ete)

. Em

seg

uida

, con

fira

o f

unci

onam

ento

da

port

a an

tes

de s

egui

r pa

ra o

pró

xim

o pa

sso.

Cas

o a

port

a nã

o fu

ncio

ne c

om p

erfe

ição

, é n

eces

sári

o re

petir

os

pass

os 1

e 2

. Ist

o po

de o

corr

er s

e a

port

a fo

r ab

erta

ant

es d

o te

mpo

idea

l de

cura

da

esp

uma,

ou

por

impr

ecis

ões

na m

onta

gem

.

Impo

rtan

te: o

s re

sídu

os d

ever

ão s

er r

etir

ados

dos

am

bien

tes

e le

vado

s pa

ra o

col

etor

de

lixo

da o

bra.

4º p

asso

: col

ocaç

ão d

e ar

rem

ates

e f

echa

dura

Fe

ito

o te

ste

de f

unci

onam

ento

, é h

ora

de c

oncl

uir

a in

stal

ação

com

a c

oloc

ação

da

fech

adur

a (c

aso

não

tenh

a si

do f

orne

cida

no

kit)

, dos

esp

elho

s/ro

seta

s e

maç

anet

as. A

co

nclu

são

do p

roce

sso

de in

stal

ação

se

dá c

om a

col

ocaç

ão d

os a

rrem

ates

de

mad

eira

(a

lizar

/gua

rniç

ão),

pre

fere

ncia

lmen

te s

em o

uso

de

preg

os, u

tiliz

ando

col

a no

enc

aixe

do

tipo

mac

ho-e

-fêm

ea. S

e a

port

a fo

i for

neci

da c

om v

erni

z ou

pin

tura

de

fábr

ica,

est

á co

nclu

ído

o pr

oces

so. E

m c

aso

de b

ase

ou f

undo

par

a ve

rniz

ou

pint

ura

(pri

mei

ra d

emão

), é

lixa

r a

base

com

lixa

óxi

do d

e al

umín

io (

grão

220

a 3

20)

e ap

licar

a d

emão

fin

al.J

osé

Rob

erto

Pim

ente

l Lop

es

Eng

enhe

iro

Civ

il, d

iret

or té

cnic

o-co

mer

cial

da

Mul

tiD

oor

– ro

bert

o@m

ultid

oor.

com

.br

TE

CH

NÉ 4

5,

01

DE M

AR

ÇO

DE 2

00

0.