katia regina partes a contribuic;:ao dos jogos...
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Katia Regina Partes
A CONTRIBUIC;:AO DOS JOGOS PSICOMOTORES E 0
TRABALHO COM CRIANC;:AS COM SiNDROME DE DOWN EM
ESCOLA REGULAR
CURITIBA2006
Katia Regina Portes
A CONTRIBUI<;:AO DOS JOG OS PSICOMOTORES E 0
TRABALHO COM CRIAN<;:AS QUE POSSUEM SiNDROME DE
DOWN EM ESCOLA REGULAR
CURITlBA
2006
J,p' Universidade Tuiuti do ParanaFACULDADE DE C1ENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
Curso de Pedagogia
TERMO DE APROVACAO
NOME DO ALUNO: KATIA REGINA PORTES
TITULO: A Contribuil;ao dos logos Psicomotores e a Trabalho com
Crianps que possuem Sfndrome de Down em Escola Regular
TRABALHO DE CONCLusAo DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL
PARA A OBTENCAO DO GRAU DE L1CENCIADO EM PEDAGOG lA, DO CURSO DE
PEDAGOG lA, DA FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES, DA
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA.
MEMBROS DA COMiSSAo AVALIADORA:
PROF(a). JodkNJkHA6o BUENO
ORIENTADOR(A)
t:f0-~7dL> .~PROF(a). MARILZA DO~(bc;OM-Afffi:PESSOA DA SILVA
MEMBRO DA BANCA
~~~~PROF(a) M);1tL[ DOCK HORN LEMKE
MEMBRO DA BANCA
DATA: 05/l2/2006
MEDIA: __1:,.5. _CURITIBA - PARANA
2006
SUMARIO
RESUMO ...
1INTRODU<;:Ao ..
. 3
...4
2 A ESCOLA INCLUSIVA EM ESCOLA REGULAR E A SiNDROME DE
00_.. . B
2.1 A EDUCA<;:AO INFANTIL E 0 ENSINO EM REDE PRIVADA.. . 6
2.2 A ESCOLA INCLUSIVA NA EDUCA<;:AO INFANTIL.. . 9
2.2.1 A CRIAN<;:A COM SiNDROME DE DOWN .. . 11
2.2.2 A INCLUsAo DE CRIAN<;:AS COM SiNDROME DE DOWN NA
EDUCA<;:AO INFANTIL... . 13
3 OS JOGOS PSICOMOTORES E A SINDROME DE DOWN ..
3.1 A PSICOMOTRICIDADE E A DEFICIIONCIA ...
3.2 OS DISTURBIOS PSICOMOTORES ..
3.30 JOGO E A ATIVIDADE PSICOMOTORA. ..
3.4 0 JOGO PSICOMOTOR E A SINDROME DE DOWN ..
.... 17
. 20
. 21
........... 22
. 26
4 A INCLUsAo DA ESCOLA REGULAR, A SINDROME DE DOWN E OS
JOGOS PSICOMOTORES.. ...29
5 CONSIDERA<;:OES FINAlS ..
REFERENCIAS ..
. 32
. 35
RESUMO
o presente trabalho leve como objetiva compreender a contribui~ao do Irabalho com jogospsicomotores em escolas regula res de EduC8t;aO lnfanti! e Ensine Fundamental, especialmenteaquelas que trabalham com crian<;8s que possuem a Sindrome de Down. visando identificar 0auxilio dos jogos na inclusao dessas crianyas na Educ8<;ao Infantil e no Ensino Fundamental.atraves de pesquisa bibliografica. Assim fundamenla-se e discute-se 0 trabalho com as jogospsicomotores nas rotinas escolares regulares, tendo 0 foeD nas criam;:as com Sindrome de Downincluidas, vista que a proposta inclusiva eslabelece que ela pode sim S8 inserir no mundo habituale passui lanta capacidade quanta uma crianC;8 normal. A mane ira como cada pessoa compreendeo mundo e particular e vai sendo construida ao longo de seu desenvolvimento. Sendo assim, naopodemos deixar de mencionar a importancia do brincar para urna crianc;a, pois e brincando efantasiando que ela adquire as nOl;6es basicas de mundo. Na escola, 0 brincar e uma atividadepresente no eotidiano das crianl;as e 0 resgate do ludico e da ludicidade infantil favorece em muitoo seu desenvolvimento. As atividades ludieas ha muito tempo atras se inlegram ao cotidiano daspessoas e assim podemos evidenciar no jogo nurn 8specte significativ~ como faler essencial daconstrUl;ao da personalidade da crianl;8.
Palavras chave: jogos pSicomotores, hidico, Sindrome de Down, inclusao.
1 INTRODUC;:AO
o presente trabalho tern como tern a a contribui'fao dos jogos psicomotores
para serem trabalhados com crianyas com Sind rome de Down em escolas
regulares de Educar.;:ao Infantil e Ensino Fundamental, buscando compreender
como as jogos psicomotores podell1 auxiliar no processo de inclusao dos
mesmas.
Hoje em dia uma crianc;a que tern alguma necessidade especial jil nao e
tao vista como um ser que naD evolui, pois eta ja passu! oportunidades e as
mesmos direitos do que uma criam;:a que naD passui essas dificuldades.
Este tern a foi escolhido com objetivo geral de compreender a
contribuit;ao do trabalho com jogos psicomotores em escolas regulares de
Educa<;ao Infantil e Ensino Fundamental, especial mente aquelas que
trabalham com crianc;:as que possuem a Sind rome de Down. Como objetivo
especifico visou identificar 0 auxilio dos jogos na inclusao dessas crianc;as
na Educac;:ao Infantil e no Ensino Fundamental. A escolha do tema foi devido a
inclusa.o de crianc;:as com Sindrome de Down em escolas de Educac;ao Infantil e
Ensino Fundamental. E urn campo novo e esta se expandindo cada vez rnais e
mais rapido, pais a inclusao passa a ser vista como urna conquista dos individuos
com necessidades educativas especiais. Um dos principais motivos que levaram
a construir este projeto foi pelo simples fato de que hoje a Sindrome de Down jil
nao e mais vista como Un1a doenya, que causa vergonha e preconceito e sim
uma sindrome que faz com que a pessoa seja um pouco diferente. mas capaz de
realizar desde atividades adaptadas ate as apresentadas a qualquer crianya,
dependendo da perda cognitiva que possui. Muitas pessoas. talvez par falta de
conviv~ncia e aM falta de informaryoes julgam aquelas que possuem a sindrome
como seres que sao anormais e deixam de ver a igualdade nas diferen~s.
Uma crianr;:a. ao nascer, requer todo cuidado, todo carinho e apoio dos
pais e de quem convive junto com a mesma. Uma crianr;:a com Sindrome de
Down requer as mesmos cuidados, nada diferenciando-se de outras crianvas,
pais tratanda~a com amor, todos os objetivos podem ser alcanryados e as
dificuldades superadas.
A metodologia utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliografica. sobre
a qual se buscou caletar as infarmat;:Oes existentes sobre esse universo e
tematica, delimitando assim a investiga~ao em cinco capltulos.
o primeiro capitulo trata da Educavao lnfanti! e Ensino Fundamental e do
ensina em rede privada. bern como sabre a inclusao de crianr;:as com Sindrome
de Down na Educar;ao lnfanti! e no Ensino Fundamental. 0 segundo capitulo
versa sobre os jogos psicomotores e a Sind rome de Down e par ultimo buscou-se
compreender a articulaya.o entre a inclusao. a Sind rome de Down e a jogo
psicomotor.
2 A ESCOLA INCLUSIVA NA EDUCAr;:iio INFANTIL E A SiNDROME DE
DOWN
2.1 A EDUCA<;AO INFANTIL E 0 ENSINO EM REDE REGULAR
Na maiaria das escolas de educayao infantil e esperado que as crianryas
brinquem, fac;am amigos e passem haras se divertindo na convivencia de colegas
e adultos, construindo assim a sua aprendizagem atraves da participaC;:io e da
atuayao com 0 meio. A partir dos seis anos, a crianc;a vivera uma das mais
complexas fases do desenvolvimento humane nos aspectos intelectual,
emocional, social e motor, a qual sera tanto mais fica quanta mais qualificadas
fcrem as condiyoes oferecidas pelo ambiente e pelos adultos que a cercam. Uma
escola precisa ser mais do que urn lugar agradavel, onde se brinca. Deve ser urn
espac;o estimulante, educativ~, segura, afetivD, com professores preparados para
acompanhar a crianya nesse processo intenso e cotidiano de descobertas e de
cresci menta. A escola precis a propiciar a possibilidade de uma base s6lida que
influenciara todo 0 desenvolvimenlo dessa crianya.
o fato de a nova Lei de Diretrizes e Bases (LOB, 1996) reservar urn
capitulo exclusivo para a educa~ao especial parece relevante para uma area lao
pouco contemplada. 0 relativo destaque recebido reafirma 0 direito a educayao,
publica e gratuita, das pessoas com deficiencia, condutas tipicas e altas
habilidades, e trala-se de urna conquisla hist6rica. Em 1961 (lei 4.024/61),
destacava-se 0 descompromisso do ensino publico com a educayao especial; em
1971 (lei 5.692111), 0 texto apenas indicava um tratamento especial a ser
regulamentado pelos Conselhos de Educa9~o, processo este que se estendeu ao
10ngodaquela dtkada.
A presen,a da educa,ao especial na Lei de 1996 reflete um certo
crescimento da area em relar;ao a educa~ao geral, nos sistemas de ensino,
principalmente nos ultimos 20 anos. Tal afirmativa ja pode ser comprovada na
Constitui<;ao de 1988. a qual contem varios dispositivos relacionados as pessoas
com deficiencia. Oestaca-se, na educa<;a.o, 0 inciso III do Artigo 20B, definido
como dever do Estado 0 atendimento educacional especializado aos portadores
de deficiE!I1cia, preferencialmente na rede regular de ensino. Um ponto central no
artigo e a previsa.o de professores com especializa<;ao adequada ern nivel media
au superior bern como professores do ensino regular capacitados para a
integra<;ao, visando entender 0 papel do professor especializado em uma
proposta integradora. que teoricamente pediria um profissional mais "polivalente".
Ampliando tal discussao, traz-se a tematica das habilitayOes da
pedagogia, as quais vi!m contemplando cad a vez mais a area da educa<;a.o
especial, refletindo as pressOes advindas das discussoes acumuladas sobre a
revisao da formayao do pedagogo e do docente, de urn lado, e das indica<;Oes da
LOB, de outro: ambas, de diferentes perspectivas, enfraquecendo a ideia da
formac;ao de urn especialista ern educayao especial como habilita<;Oes da
pedagogia. E ainda que prevale9a a figura do especialista em urn tipo de
forma9ao ou em outr~, e provave! que 0 educador nao se limite a ideia de urn
regente de classes especiais de determinada categoria de alunos especiais,
dentro das institui<;Oes au nas escolas comuns.
Na escala particular, muitas vezes, a processo de inser~ao e mais dificil
par conta de que alem de alunos, se estabelece uma rela9ao cliente-empresa e
as familias se sentem na direita de interferir sabre a filosofia da instituir;:ao. Por
conta disso, muitas escolas e muitos orientadores, coordenadores e diretores
estabelecem dificuldades em seus criterios para ~impedir", de forma aculta, a
inseryao de alunos com necessidades educativas especiais naquela escola,
justificando tal nega9ao par conta do ~nivel eJevado do ensino~, a falta de
acessibilidade, dentre outras. No entanto, sabe-se que a insen:;:ao do aluno com
necessidades educativas especiais e um direito estabelecido que assegura a
inser9aO de qualquer aluno com deficlencla no ensino regular.
A Lei de Oiretrizes e Bases da Educa<;ao Nacional (Lei 9.394, de
20.12.1996), no capitulo V, define educa<;ao especial como "modalidade de
educa9c3o escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para
portadares de necessidades especiais" (art. 58). A oferta de educa9ao especial e
"dever constitucional do Estado" (art. 58, § 3'). Alem disso, a LOB prev~
~curriculos, metodos e tecnicas, recursos educativos e organizar;:a.o especificosM
para 0 atendimento adequado de Necessidades Educativas Especiais (art. 59, I)
e u •.. professores de ensina regular capacitados para a integra9ao desses
educandos nas classes comuns" (art. 59, III).
Fica claro, portanto que, no que se refere a educa9ao especial, enecessaria a capacitac;ao dos professores nao 56 para programas especializados
como tam bern para 0 ensina regular.
2.2 A ESCOLA INCLUSIVA
Segundo 0 que consta na LOB (1996) e somente a partir da decada de 80
e 90 e que comec;:a a ser pensada a inclusao, objetivando incluir condir;:oes
educacionais satisfatorias para alunos especiais dentro do ensino regular.
o processo educativ~ de uma escola inclusiva e entendido como um
processo social, onde todas as crianr;:as portadoras de necessidades especiais e
de dishJrbios de aprendizagem tem 0 direito a escolarizac;:ao 0 mais proximo
possivel do normal. 0 alvo a ser alcanr;:ado e a integrar;:ao da crianc;:a portadora
de deficiencia na comunidade.
Defende-se a ideia de que esse processo de inclusao ou integrar;:ao
favorecer ao aluno portador de alguma deficiemcia e contribuir para 0 seu
desenvolvimento e sua socializa<;ao. romando tambem 0 aprendizado dos outros
alunos um pouco mais rico ao serem trabalhadas noc;:6es de respeito e
solidariedade em relac;:ao aos alunos com deficiencia.
Essa integrac;:ao consiste num reforr;:o dos curriculos de professores que
atuam com tais crianc;:as, exigindo-se assim um professor mais capacitado que
possua projetos educacionais mais completos,
o ensino inclusivo e a pratica da inclusao de todos, independentemente
de talento, deficiencia ou origem. A pratica da educac;:ao para todos aprimora nao
so a desempenho dos alunos como tambem do proprio professor, 0 qual deve
aliar- se a um esfor<;o unificado e consistente.
Dentro do ensino inclusivo ha Ires itens de fundamental importancia,
sendo eles: a rede de apoio, au seja, os organizadores que apoiam uns aos
outros at raves das conex6es formais e informais; 0 segundo e a trabalho em
equipe que envolve individuos de varias especialidades para trabalharem juntos,
II
que a presem;a de urn cromossomo a mais na celula 21, au seja, tres
cromossomos, 0 que caracteriza a Trissomia 21.
Fai identificada em 1866, par John Langdon Down, que utilizou pela
primeira vez 0 terma "mongoI6ide", como cita Bomfim (1995, p. 60)
A causa da doent;;a ainda nac e cientificamente comprovada mas calcula-
se urn alto indice de incidE!ncia com mulheres mais velhas au seja, quanta maior
for a idade maior sera a probabilidade de nascer urn filho com a Trissomia 21,
geralmente acontecendo mais com maes que len ham mais que quarenta anos.
"A Sindrome de Down ocorre per urn acidente genetico, e e precise
deixar claro que nenhuma atitude tomada durante a gravidez au antes dela
poderia evitar 0 aparecimento da trissomia", nos diz Werneck (1993, p.89).
Uma das caracteristicas da pessoa com a Sindrome diz respeito ao seu
desenvolvimento fisico, pois sa.o urn pouco mais baixas do que uma pessoa que
nao possui a doen<;a, apresentando tambem urn retardo mental que vai de leve a
moderado, sendo que algumas na.o apresentam nenhum tipo de retardo e outras
podem atingir ate urn retardo severo. Ou seja, 0 grau de comprometimento
mental e variada ( SCHWARTZMANN, 1999).
Quanta ao desenvalvimento motor elas tambem apresentam um leve
atrasa ao aprender a andar, e par volta dos 15 ate os 36 meses e que come<;am
as primeiras manifesta<;Oes. Ela apresenta uma hipotania que se arigina no
sistema nervoso central e afeta toda a musculatura da crian<;a. Com a passar do
tempo ela ten de a diminuir, mas permanece presente par tada vida apenas em
graus diferentes.
o autor antes mencionado cita algumas das caracteristicas fisicas da
crian<;a com a Sindrome: hi!. um leve achatamenta da parte de tras da cabega,
12
pequenas dobras de pele na parte intern a dos alhos, a ponte nasal e achatada,
as orelhas sao urn pouco menores e sua inser9aO abaixo dos olhas, a boca
tambem e urn pouco pequena, as maos e as pes tambem sao menores e na nuca
a individuo passui urn leve excesso de pele. Os dentes demoram a nascer e v~m
de uma forma diferente da habitual, sao mal alinhados e a ordem e diferente do
que a que se encontra em crianr;as que nao passu em a sind rome. Os dentes
caninos fiearn urn pouco mais pontiagudos. Nas crianc;as em geral 0 aspecto ebastante tipico e quase sempre nao 5e tern duvida do diagn6stico desde 0
momento do nascimento.
No cerebra dos Down sao prejudicadas as partes respons3veis peto
funcionamento da memoria auditiva de curto prazo e da memoria espa90-
temporal, mas sa.o preservados os outros tipos de memoria. Isso quer dizer que
os Down tem mais dificuldade de entender um raciocinio, porque na.o conseguem
lembrar de todas as palavras de uma frase ou de toda a seqO~ncia de uma
hist6ria que contamos para eles (SCHWARTZMANN, 1999). Eles lambem lem
mais dificuldade de se orientar no espa90 ou no tempo (como por exemplo
quando tern que discernir em urn movimento a direita e a esquerda, compreender
a temporalidade abstrata quando Ihe dizemos uque a aula acaba em quinze
minutos, a filme dura duas horasM
, etc).
Muitas pessoas rotulam urna crian9a com Sfndrome de Down sem ao
menos nunca ter tido urn contata com a mesma, e a pessoa passa a construir urn
significado que pass a a representar uma anomalia para ela.
Desde a Grecia Antiga, e ate pouco tempo atras, as crianyas que
nasciam com qualquer defici~ncia eram abandonadas, postas para marrer, pais
13
eram consideradas mah?ficas e apresentav8m amea9as ao rei da comunidade.
Mas tal concep9~Ot conforme foi citado acima, modificou-se.
2.2.2 A INCLUsAo DE CRIAN~AS COM SiNDROME DE DOWN NA
EDUCA"AO INFANTIL E NO ENSINO FUNDAMENTAL.
Hoje uma das coisas que mais af1ige tambem as pais de crianyas
portadoras da Sindrorne de Down. diz respeito ao desenvolvimento do potencial
cognitiv~ da crianc;a, pois a Sind rome traz como consequ(mcia na maiaria das
vezes uma defici~ncia intelectual. Em funy~o disto, a entrada dos filhos na
escola, tanto na educ8c;ao infantil quanta no ensina fundamental, representam
momentos marcantes para as seus pais.
Para estes, a entrada da crianya na pre-escola suscita temares em
relac;ao a sua adaptac;a.o, pois ela sairia do seu ambiente e teria que enfrentar a
"vida como ela e" do lado de fora. Tudo depende do processo de inclusao ou
seja, sendo bem feita, havendo socializas:ao tuda comeya a fluir. Por exemplo, ela
tera que brigar pelos brinquedos e tentar se expressar nas mesmas condis:c3es
das crianyas consideradas "normais" e isto ajuda muito no seu desenvolvimento,
principal mente no que diz respeito a cogni<;;~o, a linguagem, as habilidades
motoras e a socializa9~0, po is acredita-se que colocando llma crian9a com
Sindrome de Down em LIma escola regular e dar a ela a chance que todas as
crianyas tem de desenvolver 0 seu potencial cognitivo e s6cio-afetivo.
Para a maiaria dos pais a parte rnais dificil de lidar corn esta condi9aO de
necessidade espacial e na 110ra de escolher uma escola para 0 seu filho, pois
como s6 agora nos ultimos anos e que saiu uma lei espedfica
14
atendimento de crian9as portadoras de necessidades especiais em escolas
regula res e muitas professoras au professores encontram-se desnorteados
dentro de sala de aula e i550 acaba prejudicando a aluno que muitas vezes
senle-5e frustrado e perde a vontade de voltar para a escola.
Cabe a escola 0 dever de resgatar 0 seu papel de ensinar, considerando
o seu potencial de aprendizagem pois 0 acesso ao saber deve ser garantido a
todos.
Entende-se como ensino inclusivo a pratica da inclusao de todos,
independentemente de talento, deficiencia au origem. A pratica da educagao para
lodos aprimora nao 56 0 desempenho dos alunos como tambem do proprio
professor 0 qual deve se alia a urn esforc;o unificado e consistente (STAINBACK e
STAINBACK, 2000).
A crianya com a Sind rome de Down tern muito a ganhar ao ingressar na
escola inclusiva, pais na maioria das vezes essas escolas tern poucas
alternativas para oferecer a estes alunos e, em contraste, as escolas especiais,
que cada vez s:io mais escassas, colocam a crianya em urn ambiente muito
protegido e algumas vezes segregador. No entanto, focam-se mais no seu
aprendizado formal, usanda as ferramentas adequadas para a sua
aprendizagern.
Sendo assim, as pais, para escolherem a escola que vao colocar as
filhos, ter~1O que pensar nas habilidades e interesses da crianya, tendo coerencia
com as suas cren9as e modelos familiares. Existem pais que optam per escolas
mais rigid as, Quiros par escolas religiosas, outros per escolas mais liberais,
percebendo-se que s~o escolhas vinculadas a vis:lo de mundo dos pr6prios pais
e aquilo que eles desejam para seus filhos.
15
Em relagao a este aluna com necessidades educativas especiais, seja
par parte da direc;:ao da propria escola ou par parte dos pais das outras crianc;:as
consideradas "normais", em primeiro lugar e importante citar que par lei as
escolas devem reeeber as crianc;:as com a Sind rome de Down sem nenhuma
restric;:ao mesma naD estando "preparadasM para receb~-Ias. Essa imposis:ao da
lei e muito delicada, pois tambem se compreende que e preciso que as pais
coloquem seus filhos em escolas que sinlam que eles esUio sendo bern
recebidos, pois esle ambiente de receptividade e fundamental para todos,
principalmente naquila que diz respeito a aprendizagem. Outro ponto de
fundamental importancia e que os pais observem como fun cion a esle processo
de inclusao dentro da escola, pais a experillncia de conviver com urn amiguinho
com a Sind rome de Down e riquissima para qualquer criant;:a au adolescente.
Assim, as "normais" aprendem na pratica conceitos como diversidade,
solidariedade, etica e respeito, e todos saem ganhando. ~ preciso ainda que a
pai tome conhecimento sabre a filosofia da escola para verificar se a mesma
contempla esses valores que eles almejam.(SCHWARTZMANN, 1999). Para
garantir uma boa inclusao social da pessoa com Sindrome de Down, elta-se aqui
alguns parametres que deveriam ser seguidos, segundo Pueschel (1993):
. Transmitir informat;:oes corretas sobre a que e Sind rome de
Down.
Reeeber com naturalidade pessoas com Sind rome de Down
em locais publicos.
16
Estimular suas relar;:Oes sociais e sua participar;:.3o em
atividades de lazer, como esportes, festas, comemorar;:Oes e
Qutros encontros socia is.
Garantir que as responsaveis pela programac;ao voltada ao
lazer, a recreac;ao, ao turismo e a cultura levern em
considerac;::a.o a participac;:a.o de pessoas com Sind rome de
Down .
. Nao tratar a pessoa com Sindrorne de Down como se fosse
"doente", Respeita-Ia e escuta-Ia.
MA pedagogia inclusiva na.o pretende a correc;ao do sujeito, mas a
manifestal'~o do seu polencial" (BONETI, 2001), ou seja, ela reconhece as
diferenc;as e intenciona seu trabalho na troca de possibilidades significativas
contemplando a necessidade de todos as alunos.
E as jogos pSicomotores podem ser urn grande auxilio nesse
desenvolvimento.
3 OS JOGOS PSICOMOTORES E A SiNDROME DE DOWN
A pSicomotricidade nos dias de hoje encontra--se em maior destaque
devido ao numero de publicac;Oes relacionando-a com fundamentos filos6ficos,
psicol6gicos e ampliando a sua area de atua9ao, desde a educa9ao ate a terapia
psicomotora.
17
o termo psicomotricidade resume-se na concep9ao de movimentos
organizados e integrados; visa uma certa mudan9a em re!a9aO aDs habitos de urn
individuo (ALVES. 1981). Poder-se-ia dizer entao que, dentre 5llas praticas,
poderia tambem se relacionar a urn tipo de pratica da reabi1itac;ao gestual.
Quanta a organiza9a.o psicolllotora, trata-se de delimitar 0 nivel das
performances de cada indivlduD, a medida que as capacidades de cada pessoa
VaG sendo construidas na intera9ao com 0 meio, representando ao final, atraves
de sua expressao par meio do carpa, 0 seu comportamento e 0 esforyo au
facilidade, prazer eu sofrimento as quais determinarao as suas a90es e as suas
compensa90es.
Na area do movimento a crian93 obtem uma contribui9ao para 0
desenvolvimento das eapaeidades pereeptivas e motoras, ou seja, e atraves do
desenvolvimento pSieomotor que as eapacidades eognitivas e s6eio- afetivas
podem ser elevadas. Segundo Le Boulell (1988), a Eduea<;:<3.oPsieomotora se
originou na Fran<;:a, em 1966, pela fragilidade da EduC3C;a.O Fisiea, jil que a
mesma nao teve eondi<;:oes de responder as expectativas de uma eduea<;:a.o
integral do eorpo.
Diversos auto res apresentam eoneeitos relacionados a Psieomotricidade.
Wallon, citado par Bueno (1998) estudou a evolul'ao da crianl'a e
proeurou eompreender as interfert!!ncias entre a motricidade, a inteligeneia e a
afetividade. Para ele, 0 tonus 1 mantem no mLJsculo uma determinada tensao que
se torna assim a base de onde se formam as atitudes, sendo entao chamada de
t Coslaltal (1990) apud Bueno (1998, p. 54-55) considel'a 0 16nu$ como um eslado de atenyionece$s<irio p.ara a harmonia do g~to e equillbrio do organismo. Era divide 0 tOnus em muscular,afelivo e mental. 0 t6nu~ muscular refere-se an movim~nlo e)[ecut~do, 0 tOnus afetiyo refere-seao estildo de espirito apresentado e 0 tOnus mental a c.apacidade de ateno;ao naqueledeterminado momento de ac;oo.
18
Uatividade tOnica", Oai entao a complexidade desse estudo realizado par Wallon,
pais 0 tonus e simultaneamente modificado pelas variaC;Oes ambientais selVindo
de suporte para a afetividade.
Barreto (2000) afirma que a psicomotricidade e a integrac;:ao do individua,
utilizando, para isse, 0 movimento e levando em consideraC;:;3o as aspectos
relacionais ou afetivQs, cognitivos e motores. E a educa<;:ao pelo movimento
consciente, visando melhorar a efici~ncia e diminuir 0 gasto energetico.
Para Vayer (1992), a educac;:ao pSicomotora e uma ac;;ao pedag6gica e
psicol6gica que utiliza as meies da educac;:ao fisica com 0 fim de normalizar ou
melhorar 0 comportamento da crianc;:a.
Segundo Coste (1978). a pSicomotricidade e a ciemcia encruzilhada,
onde se cruzam e se encontram multiples pontos de vista biol6gicos,
psicol6gicos, psicanaliticos, sociol6gicos e IingOisticos.
E para Ajuriaguerra (1970), e a ciencia do pensamento atraves de corpo
preciso, econ6mico e harmonioso.
Dentro da literatura a Psicomatricidade recebe uma classifica9~o quanta
as fun90es psicomatoras, s~o elas: esquema corporal; tonos da postura;
dissocia9aO de movimentos; coordena90es globais; motricidade fina; organiza9aO
espacial e temporal; ritmo; lateralidade; equilibria; relaxamento total, relaxamento
diferencial e relaxamento segmentar.
Cita-se aqui em linhas gerais essa area do conhecimento, a qual possui
muitas tecnicas praticas, sendo nosso foco em crian9as a partir dos 5 anos de
idade. Nessa pratica, a psicomotricidade nos permite que se obtenha dados
sabre a crianc;:a, a partir desses pontos abaixo citados conforme Barreto (2000).
19
• a qualidade tonica, referente a forma como tensiona seus gestos
ao manipular a objeto de explora<;a.o;
• a qualidade gestual, tratando-se do controle da coordenagflo dos
movimentos para torna-Io urn gesto intencional;
• a lateraliza9~o, a qual aponta qual lado do corpo, sobretudo nas
a96es das m~os e pes, que sao dominantes:
o controle, au seja, a distin<;ao das partes do corpo, apresentado
nos ge5t05 pela inibi<;:io au pela impulsividade nas a<;Oe5;
• a adaptac;ao temporo- espacial, a negao de direita e esquerda, que
e express a em todos as gestos ao se explorar 0 meio e as objetos
em geral; e
• a grafomotricidade, que enfoca a esc rita propriamente dita.
Em relac;a.o ao desenvolvimento psicomotor. para uma atividade
psicomotora consistente e preciso que a crianc;:a aja espontaneamente, assim
como 0 usc de sua criatividade, deve ser de forma liberta. Para a crian<;:a, a
movimento 56 tern valor quando nao esta sendo comandado pelo profissional
presente na hora de tais atividades, mas sim valorizado por este.
Segundo 0 autor Lapierre, dentre as linhas de abordagem ha a
Psicomotricidade Relacional que utiliza 0 jogo como meio principal de expressao.
Nesse metoda nao ha objetivos pedag6gicos diretos, mas sim uma influemcia
clara sobre as dificuldades de adapta<;:ao escolares e socia is, na medida em que
estas estao diretamente relacionadas aos fatores psicoafetivos relacionais.
Lapierre afirma que a essa abardagem e importante que aja entre 0
adulto e a crian<;:a um dialogo autl!ntico, uma rela<;:ao de pessoa a pessoa,
20
deixando a crian~a livre para exprimir suas fantasias e de liberar suas pulsOes
(mesma as agressivas), com 0 maximo de permissividade e 0 minima de
proibigOes. Situando essa rela9aO no plano simb6lico, utilizando tact a a
simbologia das posi90es do carpa, do olhar, do gesto, da mimica e da voz para
provocar comportamentos de respostas nas criang3s, au para responder a seus
desejos e fantasias.
E de forma geral, urn dos objetivos de fundamental importancia da
Psicomotricidacte na fase infanti! e fazer com que a crianga alcance sua
autonomia e e atraves do jogo que bons resultados podem ser obtidos, como
poder-se-a ver na seqOencia desse titulo.
3.1 A PSICOMOTRICIDADE, A DEFICIIONCIA E OS DISTURBIOS
PSICOMOTORES
Quando se associ a a Psicornotricidade a defici~ncia, necessaria mente se
falara tambem dos disturbios pSicolllotores existentes nesses individuos com
necessidades especiais, visto que os mesmos, por possuirem alguma debilidade,
terao falhas ou comprometimentos em sua evolu9ao, desenvolvimento e
aprendizagem.
3.2 OS DISTURB lOS PSICOMOTORES
Disturbio psicomotor nada mais e do que a manifesta9~o de urn atraso
nos niveis do desenvolvimento motor, urn transtorno que atinge uma unidade
indissociavel formada pela inteligencia, pela afetividade e pel a motricidade
21
(ANDRADE. 1984). Tais disturbios encontram-se relativamente ligados aos
afetos, apresentando um carater expressional em suas manifesta~oes.
Para muilos a terma disturbio e vista tambem como uma "debilidade
motoraft
, segundo Ajuriaguerra (1970).
Hoje em dia ha uma grande incidencia de crian9as e adolescentes com
disturbios pSicomotores, aparentemente consideradas equilibradas em todos as
aspectos, aos elhos dos pais ou respons3veis, mas que apresentam dificuldades
na leitura, na escrita, no calculo e na fala, apresentando falhas em imagem e
esquema corporais (conhecimento e representa9ao do proprio carpal, n09~o e
posi9~O espaciais (dentro/fora; acima/abaixo; atrils/na frente, etc) orientayao
tE!!mporo~espacial (antesfdepois; manha/tarde/noite; ontem/hoje/amanha),
lateralidade (dominio direita/esquerda), direcionalidade (para 0 lado/para a
frente/para atras, etc.); aten~ao e memoria (auditiva e visual); equilibrio (estatico
e dina.mico) e coordena~o motora (am pia e fina).
Alguns desses disturbios podem ser evidenciados precocemente. Por
exernplo: crian~as que nao se fixam em nenhuma atividade, nao levam tarefas a
serio; apresentam atividade muscular agitada, mesmo durante 0 sono; a
inteligencia, em alguns casos, ficam prejudicadas devido a dispersao e
ansiedade; suas fun~Oes motoras, tais como pular corda, amarelinha, jogar bola,
etc., sao defasadas; isolam~se com frequencia: possuem alterayOes circulat6rias,
glandulares (ou sao muito gordas ou sao muito mag"'s) e de pele (escamaI'Oes,
vermelhida.o, etc); caem com muita frequencia, apresentam inabilidade manual;
apresentam grande dificuldade para realizar atividades do cotidiano; sao, em
certos casos, agressivos e impulsivos: destroem os brinquedos e nao conseguem
22
de "birra" ao serem impelidas a enfrentar situac;;Oes diferentes: a letra e ilegivel,
as vezes, as folhas do caderno s~o sujas e amassadas: s~o chamadas de
"preguic;:osas" e desinteressadas, pais apresentam lentidao para realizar tarefas
e5colares, como copiar do quadro-de-giz para a caderno; sentem muito sono;
com 1550 se fatigam facilmente.
Enfim, muitas vezes esses disturbios pSicomotores sao evidenciados no
inicio da escolaridade, porern os pais devem ficar atentos aos outros sinais
peneitamente perceptiveis antes do inicio da escolaridade. Eles poderao se
tornar a causa de problemas da aprendizagem importantes no futuro.
Ao observar a presen<;a de urn ou mais desses sinais, seria importante
consultar, imediatamente, profissionais especializados (fonoaudi6Iogos,
psieopedagogos, psicomotricistas, etc.), lembrando que essas crianc;;as nao
podem ser rotuladas de doentes, "coitadinhas" ou HatrasadasM, mas, sim,
neeessitam ser motivadas, eneorajadas e, prineipalmente, amadas pelas suas
familias.
3.30 JOGO E A ATIVIDADE PSICOMOTORA
Segundo Santos (2000), 0 jogo pode apresentar muitos significados, dos
mais amp los aos mais estritos. Oesde as movirnentos que a crianc;;a faz nos seus
primeiros anos de vida, como agitar objetos que estao ao seu alcance, como
tambem os jogos tradicionais e os desportos institucionalizados.
Segundo Mariotti (2003), 0 jogo e urna alividade onde 0 sujeito cria e se
reeria e a expressao ludica favorece a consolidayao da personalidade, podendo
revelar medos e frustra<;oes e oferece urn recurso para elimina-Ios, se utilizado
23
como terapia. Na escola. a Educat;~o Fisica ocupa lugar DE destaque como uma
atividade psicornotora para as alunos. E muitas vezes apenas nas aulas de
Educat;ao Fisica que 0 aluno pode "bagunt;ar" urn pouco, e Fazer 0 que nao e
permitido dentro da sala de aula. E um dos meios utilizados para auxiliar no
processo de desenvo!vimento motor dos alunos.
Segundo Tani (1988), a jogo deve proporcionar as criany3s oportunidades
que possibilitem um desenvolvimento hierarquico do seu comportamento motor.
Este desenvolvimento hierarquico deve, atraves da interat;ao entre 0 aumento da
diversifica9ao e complexidade, possibilitar a forma9c10 de estruturas cada vez
mais organizadas e complexas.
Segundo Gomes e Almeida (2001, p.15), para portadores de necessidades
especiais, devera buscar diversos recursos para que a facilitayao e a apropria9ao
motora ocerra, auxiliando 0 portador de defici~ncia neste intercambio Kdeficjente~
sociedade." Sendo assim, a Educa9ao Fisica Especial deve ser prazerosa,
devendo par meio de suas atividades, ter objetivos pre-determinados, e estar
voltada aos participantes da aula.
A Educay30 Fisici1 ElpeciOlI deve proporciono ao aluno aconhecimento de seu corpa, levando-o a usa-Io como instrumentode expres~o oonsciente na busca de sua independ6ncill e nas.atisfa~o de lUllS necessidades, oportuniz8, ainda, a evoluc;:ao doaprendizado como con5.equ~ncia natural da pratica das atividadespropostas. Quanta mais espontanea e prilzerOSB for essa alividade,maiores beneficial trara para a desenvolvimenlo inlegral do aluno.(GOMES, ALMEIDA, 2001, p.1S)
Ou seja, par meio da Educa98.0 Fisica espera-se que os alunos tenham
condi90es de descobrirem suas potencialidades tanto corpora is quanto
cognitivas, e de serem participativos em uma sociedade.
24
Como jil. havia side dito que na.o hi! urn canceito especifico para 0 jogo,
estima~se que todos as estudos nessa area vern sendo utilizados com 0 objetivo
de proporcionar a crianc;:a prazer e ludicidade.
Segundo Cascudo (1979), jogos, brinquedos e brincadeiras sao a mesma
coisa, sendo que, para muitos dentro do jogo a competicyao e fata relevante e nao
esta presente num brinquedo e nem sempre numa brincadeira. Porem a maiaria
dos autores sao untmimes em orientar que e importante a observac;:ao de que as
atividades propostas del/em estar de acordo com a faixa etaria de cada crianya,
tarnando assim as atividades rna is eficazes.
A experiencia corporal das crianr;:as atraves do jog a nao pade ser
desvalorizada assim como pelo adulto, pois pode acabar repercutindo de forma
irregular no desenvolvimento da crianya.
o jogo e uma atividade ou ocup;l~o voluntjria. exercida denlro decertos e delerminados limites de lempo e de espayo. segundo regraslivremenle consenlidn mas ilbsolutamente obriget6rias, dolado de umfim em si mesmo, acompanhado de um senlido de lensoo e de alegriae com a consciencia de ser diferenle da vida colidiana(HUIZINGA,1971. p. 33).
o professor deve permitir que a crian<;a realize suas atividades e ao
mesmo tempo garantir a ela certa liberdade, pais esta se torna indispensavel ao
desenvolvimento das func;:Oes mentais e sociais. 0 professor 56 deve intervir
quando a manifestac;:ao agressiva extremada surge entre as crianc;:as. Mesmo
assim, tal intervenc;:ao nao deve acontecer automaticamente sem antes que a
crianc;:a possa assumir 0 seu erro.
Resumidamente, a atividade ludica incide na autonomia e na
socializayao, condiyao de uma boa relayao com 0 mundo.
25
Para brincar e precisD espa~o. para que as movirnentos Deorram
livremente, e 110jeem dia isso se perde um poueo devido ao limitado espayo de
apartamentos, sobrados. da cidade em fim. No texto trabalhado Huizinga (1971)
cita uma serie de materia is m6veis como: bolas. baloes de diferentes tamanhos,
circulos, p"eus, peda~os de madeira ou de plastico, cordOes de diferentes
tamanhos. cordas de pular, sacolas, areas etc. Com esse material professor
organiza urn canto destinado somente as atividades de completar, permitindo que
atuem livremente em pequenos grupos de crian~as.
E importante que 0 professor tenha clareza de seus objetivos em relayao
aos jogos pois estes darao a ele condi~oes de estabelecer conexoes com outras
areas do conhecimento.
Com 0 processo de inclusao essas atividades tarnam-se mais
importantes. po is as alunos precisam cooperar lIns com os outros para
alcanyarem seus objetivos dentro de um jogo, aceitar a opiniao dos colegas e
assim ajudam-se mutuamente. Segundo Piaget "a coopera9a.o com as outros
indivlduos permite 0 desenvolvimento da moralidade e da alltonomia~.
Ao trabaltlar com 0 jogo pSicemotor possibilita-se a crian9a brincar . a
mergulhar na vida, podendo ajustar-se as expectativas sociais e familiares
(CUNHA, 1994).
Muitas vezes 0 jogo e confundido com ate de lazer ou simples atividade
de encerramento da escola sendo assim muito desvalorizado como pratica
educativa.
Associando a Psicomotricidade ao jogo, tem-se as autores Lapierre e
Aucouturier (19S8). os quais procuraram colocar em evid~ncia as n090es
fundamentais que permitissem it crianga organizar e estruturar sua visao do
26
mundo a partir de sua viv~ncia. Os autores comentam que 0 apreender as
conceitos e n01;Oe5 no corpo e de fundamental importancia. "Nada pode 5e
integrar realmente ao ser se n~o passar antes pela sua organiza9~o t6nico-
emocional" (LAPIERRE; AUCOUTURIER, 1986, p. 24).
3.4 0 JOGO PSICOMOTOR E A SiNDROME DE DOWN
Para Faria (1993) in Bueno (1998) "a crialividade desempenha papel
importante no desenvolvimento da personalidade do individuo enquanto facilita a
comunica9ao e a livre expressao".
No entanto, 0 individuo com necessidades educativas especiais pode
manifestar 5uas expressOes de forma destoante da maiaria, e a jogo psicomotor
pade favorecer a descoberta desses desajustes.
"Nos sa ponto de partida e essencialmente diferente no sentido de que
partimos do carpo, do corpo que age numa relat;:ao direta com as objetos, os
sons, 0 espayo, os oulros." (LAPIERRE; AUCOUTURIER, 1986, p. 87). Assim,
entende-se que 0 jogo pSicomotor e as brincadeiras exigem envolvimento fisico,
emocional e provocam desafio mental, tendo como principal caracteristica sua
intencionalidade, favorecendo assim a organizar;:ao pessoal da crianr;:a com
Sfndrome de Down.
Crianyas que freqOentam escola regular envolvidas com crianyas
portadoras de necessidades especiais tanto de ordem motora, cognitiva quanto
emocional estabelecem contatos dentro das suas relayoes tanto com 0 adulto
quanto com objetos, espayos ou ate consigo mesma. Hoje 0 jogo ja e visto como
27
uma forma incentivadora, sendo ate incluidos no curriculo das escolas infantis, e
passam entao a ser pedagogicamente aceitos como parte dos contelldos.
Cabe ao edllcador lidar com as diferen93s. na medlda do passive I
enquadrar as crian9as que possuem a sindrome ao meio regular. 0 mesma deve
acreditar que as necessidades e a evolUiy~o acon1ecem. mesma que em tempos
diferentes.
Segundo Bueno 1998) 0 trabalho do psicomotricista deve propiciar ao
aluno: a integra<;ao livre e espontanea de cad a individuo: a definiyao au luta pelo
seu espa90 no contexto social; 0 relacionamento interpessoal de acordo com 0
seu desejo; a aprimoramento de suas capacidades au a facilita9aO de suas
dificuldades psicomotoras. dentro de uma proposta educacional.
Para Lapierre e Aucouturier (1986, p, 20) ~investir todo a espac;:o da sala,
pelo deslocamento em todos os sentidos, pela trajet6ria dos objetos, e
simbolicamente ser aceito no espac;:o dos outros e aceitar as outros no seu
espac;:o".
A crianc;:a portadora da Sindrorne de Down em trabalho conjunto com
outras crianc;:as que na.o possuem a sua patologia 56 tend em a progredir, pois,
somente em cantata com crianc;:as e que ela desenvolve noc;:ao de respeito que
se intensifica gradativamente, ela adequa sell ritmo ao ritmo dos seus colegas
sem angustiar-5e com i550 e passa a ter uma autoconsciencia das suas
limitac;:Des. Tais compartamentos sao adquiridos independentemente se a crianc;:a
possui algum problema neurol6gico ou na.o, mas varia de uma crianc;:a para outra.
Na crianc;:a com Sindrorne de Down torna- se urn pouco comum a
comportamento agressivo em relac;:a.oao adulto. Segundo Lapierre e Allcouturier
(1966),
28
adulto representa para essa crianc;a, alguem superior, que simboliza poder au
autoridade, sendo assim a crianc;:a sente urn desejo de detenc;ao desse poder,
como se fosse uma disputa pelo adulto. Quando uma crianC;3 desenvolve a
capacidade de entrar em harmonia tonica com 0 Qutro e descobrir 0 prazer ness a
relayaa, sua autonomia e auto-afirma9aO vao sendo refor<;:adas gradativamente.
Em caso de agressividade manifestada por parte de uma crianga e
dirigida a Dutra que passui alguma deficiencia, a professor deve agir de forma
discreta, protegendo-a, pOis estas se encontram inseguras e com medo. Aos
poucos, se 0 ambiente facilitado pelo professor for propicio, a crianc;a adquire
confianc;a e melhora suas possibilidades e seus limites em rela9210 a sua conduta,
com rna is freqO~ncia.
29
4 A ESCOLA REGULAR, A SiNDROME DE DOWN, A lNCLUSAO E 0 JOGO
PS1COMOTOR
Geralmente, para a crianya entrar na escola significa algo novo,
incentivador, com a qual ela vai adquirir progressivamente conhecimentos cad a
vez mais complexos e que precisara inevitavelmente para sua formac;:ao como
individuo.
Ela pass a de urn sistema livre de aprendizado para urn cheio de regTas,
au seja, do ambiente familiar para 0 ambiente escolar a qual atribui a ela novas
formas de adapta9aO social.
Na Educac;ao Infantil, urn dos maiores objetivos implica em formar a
crianc;a nurn ser aut6nomo dentro de sala de aula, portanto, uma crianc;:a com
Sindrome de Down deve ter sua sequencia evolutiva bern desenvolvida e
acompanhada pelo profissional, colocando em evid~ncia as diferenyas individuais
existentes entre elas para que se possa desenvalver atividades diarias centrad as
na crianrya.
Fuentetaja (1991, p. 126) comenta que a escola regular atua, para os
alunos com Sind rome de Down, como "compensadora de outras situac;:oes em
que existe certa risco de superproteryao como e no seio da propria familia", e
permitir urn melhor desenvolvimento.
o atendimento da crianc;:a nao deve ser interpretado como 0 acumulo de
aprendizagens das diferentes areas do desenvolvimento, isoladamente ou de
forma mecanica (SCHWARTZMANN, 1999). Fuentetaja (1991) comenta que
uma escola que acolhe crianryas com necessidades educativas especiais deve
30
oferecer urn rneio de socializa9ao rico em estimulos, cnde a crian9a possa
encontrar uma relayao afetiva estavel e urn contexto escolar normalizador que Ihe
ajude a construir melhor sua autonomia como pessoa e que alcance mais
facilmente sua identidade.
Assim, nada mais certa do que utilizar a jogo para desenvolver
experiencias significativas. Entao nada mais sugestivo do que trabalhar 0 jogo
dentro de sala no processo de alfabetizayao tambem, pO is encontrarnos a jogo
ern todo lugar, na rua, no patio, no predio, na sala etc.
Inserir 0 jogo a fim de utiliza-Io como uma forma OLl aquisi<;ao de
conhecimento nao signifiea impor a crianr;a a to do momento regras. e preciso
antes de l1'lais nada que se busque 0 valor no que e dado para que a crianya
chegue ao prazer de jogar ao mesmo tempo que se aprende.
Como a crian<;a que possui a Sfndrome de Down apresenta uma
hipotonia generalizada cit:ada anteriormente e que se sugere uma estimulayao
motora. e 0 trabalho com os jog os pSicomotores assim a favorece, promovendo
sua mell10ria em suas a90es devido as limita<;Oes fisicas que apresenta e assim
uma intera<;ao positiva entre os pais, alunos e os professores.
Nos jog as, normalmente, sao utilizados multiplos recursos cerebrais,
definidos como varios tipos de men)6ria: expHcita ,memoria de fatos ocorridos) e
impHcita (mem6ria de habilidades), auditiva de curto prazo (memoria das palavras
e sons que formam urn raciocfnio) e de longo prazo (memoria de musicas
assocfadas a eventos). visual. espayo-temporal. etc. Com estas mem6rias
diferentes aprendemos a raciocinar e reconhecer 0 significado e 0 contexto das
coisas (ARAUJO, 1992).
31
Como as crianyas com Sindrome de Down apresentam dificuldades de
memoriza9ao, ja citado anteriormente, recomenda-se entao a utiliza903.0 de jogos
de combinar (encontrar figuras iguais, juntar animais e filhotes, juntar conjuntos
de figuras, domino, quebra-cabec;:as, etc), jogos de memoria, jogos de sequencia
e jogos de estrategia, dentre Qutros.
Tambem po de se co[ocar ainda que a jogo psicomotor traz alem do jogo
organizado, 0 jogo livre e espontaneo. 1550 permite favorecer, atraves do jogo de
papeis e da repetic;ao de comportamentos da crianya, quais as estrategias
relacionais a crianc;:a emprega para enfrentar seus desafios. Com relac;ao a isso,
Lapierre e AUGQuturier (1988) dizem que a descoberta do poder agir associ ado ao
poder sentir trazem uma nova dimensao ao prazer do movimento. Atraves do
prazer da ayao, de pegar um objeto, de dar-lhe movimento, de desloca-lo, de
lanc;::a-lo, de modificar sua forma, de fazer barulho com ° objeto, a crianya vai
internalizando as conceitos de forte, fraco, do lento e rapido, auto-afirmando-.se.
325 CONSIDERA<;OES FINAlS
Este trabalho teve como objetivo auxiliar 0 professor que atua em escola
regular e trabalha com crian~as portadoras da Sind rome de down, apresentando
a contribui~ao de uma estimula~ao motora atraves dos jogos incluindo jogos
pSicomotores.
A utiliza~ao de jogos faz com que tanto a crian~a normal como a
porta dora da deficiemcia possa obter no~ao de respeito e afeto pelo outro,
respeitando cada urn as suas diferen~as.
Encontra-se aqui uma compreensao do que pode ser trabalhado com
crian~as normais que convivem numa mesma sala de aula que crianc;as
portadoras da defici{!ncia, orientando professores para que acontec;a urn trabalho
prazeroso e significativo para as crian93s e tambem para as professores.
Sendo hoje uma das grandes preocupa~oes quanta as Iimitac;Oes de uma
crianc;a Down, tanto fisica quanta intelectual e que este trabalho fai desenvolvida
com 0 intuito de aumentar tais condicionamentos, atraves das estimulayOes,
propiciando alegria e satisfa<;:ao.
Percebe-se que hoje as escolas encontram-se cada vez mais perto de
proporcionar a essas crianc;as 0 que [hes e proposta numa escola regular, sendo
o jogo pSicomotor urn grande facilitador nesse processo inclusivo. Cabe entao ao
educador compreender e habilitar-se cad a vez mais com 0 universo llidico para
favorecer essa inclusao, ja que 0 jogo psicomotor coloca em pratica
simultaneamente dois pontos importantes, 0 prazer ao brincar e a concreticidade
das atividades desenvolvidas, at raves da inser~ao de jogos com 0 carpo, pais e
33
na fase pre-escolar que 0 corpo esla na sua melhor fase queira favorecer a
apreens~o de vivencias e de conceitos em seu desenvolvimento.
Num mundo de extrema globaliza9~o, 0 qual obtemos noticias de varias
partes do mundo 0 tempo inteiro, acredito que e possivel mudarmos a nossa
educayao como tambem a educa9aO especial. pois 0 professor que acredita no
que faz tern grandes chances de mudar muito a vida de muitas pessoas, que ou
desacreditam ou ate mesmo desconhecem de um sistema educacional de
qualidade, que atenda seus alunos nao apenas por obriga9ao e sim com 0 intuito
de fazer parte na vida do aluno ao mesmo tempo que 0 ensina a viver para 0
mundo.
As atividades psicomotoras t~m como objetivo explorar 0 desenvolvimento
integral das crianyas, que nao se limitaram a realiza-Ias, colaborando assim com
a expectativa de desenvolvimento geral de portadores de Sind rome de Down, e
favorecendo 0 processo de inclusao, considerando que este sera aceito pelos
demais alunos, quando puder demonstrar a capacidade de realizar as atividades
propostas.
Cabe aos professores uma conscientizayao de que a escola abre
caminhos para os alunos ingressarem futuramente como cidadaos ativos e sendo
assim cabe a estes agirem de forma com que todos saiam ganhando, tanto
alunos como professores que tambem sao alunos mas, desta vez do mundo.
E preciso, antes de mais nada, um trabalho em equipe, onde nao s6 uma
cabe((a pensa, mas varias, agindo de forma eficiente e prazerosa diante de
alunos com Sindrome de Down. Mas esse trabalho ern equipe 56 podera ser
conquistado e a inclusa.o efetivada se os profissionais que atuam na escola
regular possuirem conhecimento real de todos os aspectos que envolvem a
34Sindrome de Down e se incluirem a proposta e as beneficios do jogo psicomotor
em suas aulas.
Recomenda-se, para novos Irabalhos, que se investigue qual a
compreensao de jogo psicomotor as professores tern quando aplicam jogos para
favorecer a inclusao ern suas turmas, ou mesmo qual a utiliza9ao dos jogos
psicomotores nas turmas regulares que praticam a inclusao de atunos com
necessidades educativas especiais.
35
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