jusnaturalismo
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Juspositivismo e jusnaturalismo
• "A tua lei não é a lei dos deuses; apenas o capricho ocasional de um homem. Não acredito que tua proclamação tenha tal força que possa substituir as leis não escritas dos costumes e os estatutos infalíveis dos deuses. Porque essas não são leis de hoje, nem de ontem, mas de todos os tempos: ninguém sabe quando apareceram. Não, eu não iria arriscar o castigo dos deuses para satisfazer o orgulho de um pobre rei. Eu sei que vou morrer, não vou? Mesmo sem teu decreto. E se morrer antes do tempo, aceito isso como uma vantagem. Quando se vive como eu, em meio a tantas adversidades, a morte prematura é um grande prêmio. Morrer mais cedo não é uma amargura; amargura seria deixar abandonado o corpo de um irmão. E se disseres que ajo como louca, eu te respondo que só sou louca na razão de um louco". (Antígona, Sófocles).
• Jusnaturalismo:
• Eterno, imutável e universal.
• Jusnaturalismo para os gregos:
• A physis, o equilíbrio e a hybris.
• Jusnaturalismo cosmológico.
• "Uma vez que o transgressor da lei é injusto, enquanto é justo quem se conforma à lei, é evidente que tudo aquilo que se conforma à lei é de alguma forma justo: de fato, as coisas estabelecidas pelo poder legislativo conformam-se à lei e dizemos que cada uma delas é justa.” Aristóteles, Ética a Nicômaco.
• “O eqüitativo, em sendo justo, não é, porém, o justo segundo a lei, mas sim um corretivo da justiça legal. Isto porque a lei é sempre algo geral, e há casos em que não é possível formular um enunciado geral que se lhes aplique com certeza (...). Assim, percebe-se claramente o que é o eqüitativo, que o equitativo é justo e é superior a certa espécie de justo.” Aristóteles, Ética a Nicômaco.
• “É preciso que eu cumpra uma lei (decisão) injusta para que os cidadãos não se neguem a cumprir uma lei justa” Sócrates.
• Jusnaturalismo na Idade Média:
• Jusnaturalismo teológico
• Santo Agostinho: Lei Eterna
• São Tomás de Aquino: herança aristotélica.
• São Tomás distingue quatro classes de Lei:• a) a Lei Eterna, que é a razão do governo universal
existente no Governante Supremo. Esta Lei dirige todos os movimentos e ações do Universo;
• b) a Lei Natural, que é a participação da criatura humana na Lei Eterna, uma vez que nenhum ser humano pode conhecer a Lei Eterna em toda sua verdade. A Lei Natural é a única concepção que tem o homem dos interesses de Deus. Ela dá ao homem a possibilidade de distinguir o bem e o mal, e por esta razão deve ser guia invariável e imutável da lei humana;
• c) a Lei Divina: uma vez que a Lei Natural consiste em princípios gerais e abstratos, deve se completar com direções mais particulares dadas por Deus, acerca de como devem os homens se conduzir. Esta é a função da Lei Divina que é revelada por Deus nas Sagradas Escrituras;
• d) a Lei Humana - finalmente, a Lei Humana é um ato de vontade do poder soberano do Estado, mas para ser lei deve estar de acordo com a razão. Se esta lei contradiz um princípio fundamental de Justiça, não será lei e sim uma perversão da Lei. O governante temporal deve observar os princípios da Lei Eterna refletidos na Lei Natural.
• Jusnaturalismo na Idade Moderna:
• Jusnaturalismo antropológico
• “O Direito Natural existiria, mesmo que Deus não existisse, ou existindo, não cuidasse dos assuntos humanos” (Grócio)
• Os contratualistas
• Locke, Rousseau e Hobbes
• Funções e crítica ao Direito Natural.