jus abril 2016

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    Página - 2 JORNAL DE UMBANDA  S AGRADA  - ABRIL/2016

    Diretor Responsável:  Alexandre Cumino - Tel.: (11) 5072-2112E-Mail: [email protected]ço: Av. Dr. Gentil de Moura, 380Ipiranga São Paulo - SP 

    Diagramação e Editoração:Laura Carreta - Tel.: (11) 9-8820-7972E-Mail: [email protected]

    Revisão: Equipe Umbanda, eu curto!Site: www.umbandaeucurto.com

    Diretor Fundador: Rodrigo QueirózTel.: (14) 3019-4155E-mail: [email protected]

    Consultora Jurídica: Dra. Mirian Soares de LimaTel.: (11) 2796-9059

    Jornalista Responsável:Wagner Veneziani Costa - MTB:35032

    EXPEDIENTE:

    É uma obra flantrópica, cuja missãoé contribuir para o engrandecimentoda religião, divulgando material teo-lógico e unifcando a comunidadeUmbandista.

    Os artigos assinados são de in-teira responsabilidade dos auto-res, não refetindo necessaria-mente a opinião deste jornal. 

     As matérias e artigos deste jornalpodem e devem ser reproduzidas emqualquer veículo de comunicação.Favor citar o autor e a fonte (J.U.S.).

    Ilustração: MARCELO MORENOProduzida por: UMBANDA EU CURTO

    O JORNAL DE UMBANDA SAGRADA não vende anúncios ou assinaturas

     A PALAVRA DO EDITORPor ALEXANDRE CUMINO Contatos: [email protected]

    Um projeto de

    amor à Umbanda 

    Nossa capa:

    Não tenho a menor ideia de

    quantas pessoas realmente leemeste Jornal, e muito menos quantaspessoas acompanham suas ediçõesmensais. A única coisa que eu sei éque rodamos 22.000 exemplares nagráca da Folha de São Paulo e que

     já fazemos isso há exatos 17 anos.

    Sim este mês o JUS (Jornal deUmbanda Sagrada) completa 17 anos,quase maior de idade.

    Quem se lembra de seus 17 anos?

    Eu com esta idade já acreditava seradulto. Sabemos que o tempo é algomuito relativo, para uma criança de 7anos, 17 é mais que o dobro de suaexistência material. No entanto, paraalguém no auge dos seus 70 anos, 17é algo que passou tão rápido comotoda a sua vida também passou.

    Blá, blá, blá... sim, parece muitoblá, blá, blá no entanto, ao mesmotempo em que muitas pessoas nemsabem da existência deste Jornal,

    também há aqueles que cresceramlendo estas páginas.

    O Jornal de Umbanda Sagradafoi fundado em 1999 por iniciativado meu amigo, irmão e parceiro

    Rodrigo Queiróz, depois de alguns

    anos transferimos a sede do Jor-nal para São Paulo e eu assumi afrente deste veiculo de informaçãoumbandista.

    O JUS nasceu da nossa vontadede levar ao mundo inteiro a bandeirade Oxalá, por meio do conhecimento,do estudo de nossa religião. O quemais nos motivou à época e continuasendo nosso exemplo foi o trabalho ea obra de Rubens Saraceni.

    Então colocamos nas paginasdeste jornal a nossa verdade e anossa vida, vivida na Umbanda. Te-mos sim compromisso com tudo quepublicamos, não vendemos anuncioe nem comercializamos reportagem.

    Procuramos apresentar à socie-dade em geral e aos umbandistasem especico algo que representea nossa religião com ética, amor econsciência. A Umbanda é uma reli-gião linda e uma expressão cultural

    sem igual, da mesma forma desde aescolha para a capa do Jornal até aestrutura de diagramação, editoraçãoe arte em geral, tudo é pensado paraexpressar o que a Umbanda repre-senta para nós.

    Temos grandes parceiros no

    Jornal que nos acompanham desdeo inicio deste trabalho como Umban-daEAD, Madras Editora, SantuárioNacional da Umbanda, Casa de

     Velas Santa Rita, Nucleo de CurimbaTambor de Orixá, Colégio Tradiçãode Magia Divina, AUEESP, Colégiode Umbanda Sagrada Pai Beneditode Aruanda, Ervas da Jurema e maisrecentemente nossa parceria com

     “Umbanda eu Curto” que hoje parti-cipa da produção do JUS.

    Fica nosso agradecimento a todosos envolvidos neste trabalho masum agradecimento especial à LauraCarreta que há mais de 13 anos faza nossa diagramação e fecha o PDFpara a gráca imprimir e veiculaçãonos meios eletrônicos.

    Uma coisa muito importanteaprendi com meu Mestre Rubens Sa-raceni: “Ninguém faz nada sozinho”,então de forma nominal agradeço aos

    amigos, irmãos e parceiros mais pró-ximos neste nosso trabalho: Wagner Veneziani, Pai Ronaldo Linares, NelsonRodrigues, Adriano Camargo, SandraSantos, Mirian Soares, Daniel Marquese Alexandre Negrini Turina.

    Também agradeço ao nossomais novo parceiro Marcelo Morenodo Magia do Axé, nosso ilustradore responsável por nossas capasa partir deste mês com esta lindarepresentação de Ogum abraçandoSão Jorge.

    Estes agradecimentos são meuse também de Rodrigo Queiróz, queé inseparável deste Jornal e destaparceria, a quem agradeço por umdia acreditar que o Jornal estariaem boas mãos comigo assumindoenquanto editor.

     Agradeço nalmente a pessoamais importante, presente e funda-mental para que eu possa realizartudo o que é possível na vida e naUmbanda, a minha mulher e esposa

     Aline Dutra da Silva.

    Se você leu estas palavras entãosinta em seu coração que este Jornalvem de nossos corações para o seucoração. Este é um projeto de amor

    à Umbanda.

     Axé e Saravá Umbanda,

     Alexandre Cumino

    DECLARAÇÃO

    Folhagráfica Unidade de Negócios do GRUPO FOLHA,localizada na Alameda Barão de Limeira, 425 -7.º andar - Campos Elíseos - São Paulo/SP - CEP01202-900, inscrita no Cadastro Nacional de PessoaJurídica – CNPJ 60.579.703/0001-48, declara paraos devidos fins que executou em seu parque gráficoo serviço de impressão do Jornal Umbanda Sagrada

    Edição N.º 191 no dia 16/04/16  com tiragem de22.000 exemplares com papel imprensa fornecidopor esta Gráfica, com periodicidade Mensal depropriedade do Colégio de Umbanda Sagrada PenaBranca, tendo como seu diretor responsável o Sr.

     Alexandre Cumino.

      São Paulo, 16 de abril de 2.016

    Sidney SilvaFolhagráfica

    Você cria, a Folha imprime

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    JORNAL DE UMBANDA  S AGRADA  - ABRIL/2016  Página -3

    JUS fecha parceria com Magia do Axé

    O JUS (JORNAL DE UMBANDASAGRADA) acaba de fechar umaparceria com Marcelo Moreno,artista, ilustrador e responsávelpela página Magia do Axé noFacebook e pela loja virtual demesmo nome.

    Convidamos o artista parailustrar as capas do JUS e tambémpara compartilhar seus conteúdosneste jornal, com seus textos ecriações que transbordam bele-za, reexão, conscientização e

     jovialidade em uma linguagem

    moderna e cativante.Marcelo também foi convi-

    dado pelo portal Umbanda, eucurto!, parceiro do JUS, paramanter o Blog Magia do Axé norol de seus Colaboradores. Vejam:http://umbandaeucurto.com/ author/magia-do-axe/

    Colocamos abaixo algunstrechos, editados, da entrevistade Marcelo Moreno para o Blog

    Umbanda EAD - www.umbanda-ead.blog.br - e recomendamosainda que entrem no blog paraler na íntegra. Seguem os trechosda entrevista do artista à JuliaPereira do Blog Umbanda EAD:

    Como foi o início da suavivência religiosa?

     A religião vem por parte demãe Baiana, feita lá, lha de OyáIgbalé e Omulu. Desde muito pe-queno eu entrava em lojas de ar-tigos religiosos e cava encantadocom aquelas imagens enormes,mas principalmente com a das

    mulheres negras, sempre com odorso desnudo, que eram capazesde segurar rios, peixes e sempretão enfeitadas com uma coroade franjas (o adê), e tão altivas,me fascinava. Isso fez com que,desde cedo, eu respeitasse ofeminino como um igual.

     Adorava as histórias de Oyá--Iansã, do quão era impetuosa,forte e autossuficiente, poisminha mãe é assim e sempre foiuma presença forte pra mim.

    Conheci pela Umbanda,quando me apaixonei por Ie-manjá, da forma branca, comvestido azul, cabelos grandese longo; queria me casar comela… como era linda, acho quetoda criança já foi apaixonadapor Iemanjá.

    Eu sentia um amor por aquelaentidade que não era de mim,

    que eu não entendia, a ponto deno ano novo, em Copacabana,querer me jogar no barco que iapara o mar no romper do ano,com apenas 10 anos. Mais parafrente fui saber que era seu lho,e de Logunedé, a quem dedicoTANTA criatividade.

    Sempre soube desenhar, e

    sempre amei desenhá-los, o queme rendeu na adolescência otítulo de “macumbeiro” na escola.

     Alguns tinham medo, outros sebenziam, outros nem falavam co-migo, mas eu adorava os curiososque vinham saber mais. Adoravafalar de Exu, pois todos tinhamtanto medo, e para mim era tãonatural”...

    Sempre gostei de desmisti-car as coisas, de entendê-las e

    tentar passá-las de outra forma.

    Uma vez um professor meouvindo falar de Exu, em altoe bom som, mandou que eu ofizesse no banheiro de minhacasa, para parar de falar “m…”; euadorei e falei mais ainda! Talvezisso tenha me motivado a sabersempre mais para retrucar o quetentavam mal falar de minha fé. Eapesar de algumas pessoas seremcontra o sincretismo – próprio daUmbanda – eu adoro. Concordoque ele nasceu de uma opressão,mas a interação desses deusespode promover a paz entre nós.

    É lindo ver nos comentáriospessoas dizendo que são de diver-sas religiões, mas que apesar de

    qual Deus fosse, a mensagem depaz chegou aos seus corações.Foi a partir daí que nos dias desincretismo faço imagens comessa interação, para buscaressas pessoas.

    Outro caso foi esse ano, nodia de Oxóssi – São Sebastiãopara os católicos – quando a

    Pastoral da Juventude – Arqui-diocese de Fortaleza comparti-lhou a imagem acima em sualinha do tempo propondo a pazentre os cultos e as pessoas.Parte dos católicos foi contra,outra parte a favor, e acho queé isso: a arte tem esse poder defazer reetir sem agredir.

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    Página - 4 JORNAL DE UMBANDA  S AGRADA  - ABRIL/2016

    Por RUBENS SARACENI – Contato: [email protected]

    Orixá Ogum

    OGUM É O ORIXÁ DA LEI e seucampo de atuação é a linha divi-sória entre a razão e a emoção.É o Trono Regente das milíciascelestes, guardiãs dos procedi-mentos dos seres em todos ossentidos. Ogum é sinônimo de leie ordem e seu campo de atuaçãoé a ordenação dos processos edos procedimentos.

    O Trono da Lei é eólico e,ao projetar-se, cria a linha purado ar elemental, já com doispólos magnéticos ocupados porOrixás diferenciados em todosos aspectos.

    O pólo magnético positivo éocupado por Ogum e o pólo ne-gativo é ocupado por Iansã. Estalinha eólica pura dá sustentaçãoa milhões de seres elementais

    do ar, até que eles estejamaptos a entrar em contato comum segundo elemento. Uns têm

    como segundo elemento o fogo,outros têm na água seu segundoelemento, etc.

    Portanto, na linha pura do “arelemental”, só temos Ogum e Ian-sã como regentes. Mas se estesdois Orixás são aplicadores da Lei(porque sua natureza é ordenado-ra), então eles se projetam e dão

    início às suas hierarquias naturais,que são as que nos chegam atra-vés da Umbanda.

    Os Orixás regentes destashierarquias de Ogum e Iansã sãoOrixás intermediários ou regentesdos níveis vibratórios da linha deforças da Lei. Saibam que Oxalátem sete Orixás intermediáriospositivos e tem outros sete ne-gativos, que são seus opostos, etem sete Orixás neutros; Oxum

    tem sete Orixás intermediáriaspositivas e tem outras sete ne-gativas, que são suas opostas;

    Oxóssi tem sete Orixás interme-diários positivos, sete negativos,que são seus opostos, e tem seteoutros que formam uma hierar-quia vegetal neutra e fechada aoconhecimento humano material;Xangô tem sete Orixás interme-diários positivos e tem sete ne-gativos, que são seus opostos. Eo mesmo acontece com Obaluayêe Iemanjá.

     Agora, Ogum e Iansã são osregentes do mistério “Guardião” esuas hierarquias não são forma-das por Orixás opostos em níveisvibratórios e pólos magnéticosopostos, como acontece comoutros. Não, senhores!

    Ogum e Iansã formam hierar-quias verticais retas ou seqüen-ciais, sem quebra de “estilo” ,

    pois todos os Oguns, sejam osregentes dos pólos positivos, dosneutros ou tripolares, ou dos ne-gativos, atuam da mesma formae movidos por um único sentido:aplicadores da Lei!

    Todo Ogum é aplicador na-tural da Lei e todos agem coma mesma inexibilidade, rigideze rmeza, pois não se permitemuma conduta alternativa.

    Onde estiver um Ogum, lá

    estarão os olhos da Lei, mesmoque seja um “Caboclo” de Ogum,avesso às condutas liberais dosfreqüentadores das Tendas deUmbanda, sempre atento ao de-senrolar dos trabalhos realizados,tanto pelos médiuns quanto pelosespíritos incorporadores.

    Dizemos que Ogum é, emsi mesmo, os atentos olhos daLei, sempre vigilante, marciale pronto para agir onde lhe for

    ordenado.

    Nesta casa de Guerreiro, Ogum

    Vim de longe para rezar, Ogum

    Peço a Deus pelos doentes, Ogum

    Na Fé de Oxalá.

    Ogum salve a casa santa, Ogum

    Os presentes e os ausente, OgumSalve nossas esperanças, Ogum

    Salve velhos e crianças, Ogum

    Preto Velho ensinou, Ogum

    Na cartilha de Aruanda, Ogum

    E Ogum não esqueceu, Ogum

    Como vencer a Quimbanda, Ogum

     A tristeza foi embora, Ogum

    Na espada de um Guerreiro, Ogum

    E a Luz do romper do aurora, Ogum

    Vai brilhar neste terreiro, Ogum

    Patacorê Ogum, Saravá meu Pai!

    Ponto de saudação a Ogum

    Fonte:Orixás, Teogonia

    de Umbanda,Editora Madras.

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    JORNAL DE UMBANDA  S AGRADA  - ABRIL/2016  Página -5

    Por MARCELO MORENO (Magia do Axé) – Contato: [email protected]

    Por MARCELO MORENO (Magia do Axé) –

    Contato: [email protected]

    Umbanda ou Candomblé:

    o que é melhor?

     Afinal, Ogum veste azul, verde ou vermelho?

    NEM UM, NEM OUTRO. Nãoexiste melhor ou pior. Vamosacabar com essa rixa que, aliás,acontece sempre, com gentequerendo saber de quem o cultoé melhor, é mais dedigno ou émais certo.

     Ah irmão, mas Umbandacultua o sincretismo, cultua osOrixás de uma forma eurocêntrica

    Por MARCELO MORENO (Magia do Axé) – Contato: [email protected]

    Metade Ogum, metade Exu.

    Quem é Ogum Xoroquê?

    Na Umbanda, Ogum temseus falangeiros, espíritos hu-manos que carregam seu nomee vibração, mas trabalhando emdiversos pontos de atuação soba vigência de diversos Orixás,como Beira-mar (falangeiros deOgum na vibração de Ieman-

     já), Rompe-mato (falangei rosde Ogum na vibração de Odé)Megê (falangeiros de Ogum navibração de Omulu), e assim emdiante.

    No Candomblé, temos asQUALIDADES do ORIXÁ Ogum,onde as mais populares são:Mèjéjé, Ogunjá, Alagbede, WàrisOniré, e o famoso Xoroquê.

    Está aí uma das belezasdo nosso culto: a diversi-dade. Na Umbanda, pelosincretismo com São Jorge,na maioria dos Terreiros seveste Ogum e seus capan-gueiros (suas “qualidades”de Umbanda, Beira Mar,

    Sete ondas, etc.) com overmelho, em alusão aosanto guerreiro.

    No Candomblé, temosalgumas qualidade doOgum Orixá, como OgumWares, Xoroquê, que vãovestir o verde ou azul es-curo, dependendo das qua-lidades. Ogum Xoroquê,tido como um Ogum muitoquente, que tem fundamen-

    to com Exu, vai vestir azulceleste e um azul muitoescuro, quase preto, e podetrazer alguns detalhes emvermelho, mas sempre como baseo azul e o verde escuro.

    Mas porque azul e verde?Dizem os itãs que Ogum é oprimogênito da família dos Odé(caçadores), habitando o maisprofundo das matas, onde a luz

    O culto a Ogum Xoroquê ébem diverso. Seu nome tem al-gumas traduções como “ Aqueleque grita mais alto” ou “Aqueleque grita nas montanhas”. Algunscultos o veem como Exu no cami-nho de Ogum; outros como Ogumno caminho de Exu. De qualquermaneira, possui os atributos dosdois, pois é o senhor do fogo (eda lava ainda quente) e das trilhas(caminhos nas montanhas).

    É uma qualidade de Ogum/Exu muito melindrosa, pois nelaestão contidos dois polos, o po-sitivo e o negativo, fazendo comque o Orixá consiga transitar entreessas duas vibrações.

    Enquanto suas outras quali-dades demandam de um Exu paratrabalhar no negativo, este Ogumvai, ele mesmo, fazer o serviço,pois além de guerreiro é mestrena magia do oculto. No Jeje é oguardião dos ilês sendo xado naporta de entrada do ilê.

    Dizem os itãs que este Ogum/Exu é muito raivoso, tempera-

    mental, esquentado, não sendouma boa ideia invocá-lo por qual-quer motivo, por qualquer coisa.

    Deve-se ter o máximo decuidado e respeito com essaqualidade (assim como todas,Ogum é um Orixá quente). Ele

    protege as oferendas postas nasencruzilhadas e adora pegar en-graçadinhos que ousam profanaro despacho por “brincadeira”.

     Veste o azu l bem escuro,quase roxo, e também pode usarcontas vermelhas, lembrando sualigação com Exu.

    (adoram usar essa palavra), e elessão negros, são de África, por issoo Candomblé ou o Ketu, ou Ango-la, ou Jejê é que é verdade, poisfala de Orixá como era lá.

    Irmãos, vamos lá. Primeira-mente, não estamos em África,estamos no Brasil, e o Culto dasNações, por mais el que sejasua Casa aos costumes, não será

    TOTALMENTE igual ao que eraCENTENAS de anos atrás, e issonão desmerece a sua fé JAMAIS!Então, porquê desmereceria a dopróximo?

    Esse sentimento de “eu soumelhor que o outro” é o queestraga tudo. Respeite o axé do

    próximo, mesmo se não for comoo seu, ou se for diferente, ou senão concorda; Apenas respeite.Ninguém vai te obrigar a cultuarcomo ele! Mas a COMUNHÃOentre nós tem que existir, seja anação que for.

    Precisamos entender queassim como existem diversas for-mas de se chegar a Olodumaré,também existem outras mais parao entendimento ao Orixá! Sejamos

    humildes na nossa condição en-carnada, não sendo prepotentesa ponto de decidir o que o Orixáé, quer, gosta ou como vai fazer.

    Parece esporro, mas na verda-de é um pedido: ÀLÁFIÁ, irmãos?!Quer dizer: paz, coisas boas, tudode bom, em Yorubá! Vivamos emPAZ! Amo vocês!

     Axé, Motumbá!

    do sol chega em menor escala,escurecendo o verde das matase o azul do céu. Diferente deOdé que usa o azul celeste e overde claro.

    Sendo azul, verde ou verme-lho, é sempre MOJUBÁ! Ogunhê!

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    Página - 6 JORNAL DE UMBANDA  S AGRADA  - ABRIL/2016

    Por CARLOS EDUARDO DE LIMA – Contato: [email protected]

    Devemos sempre trocaras nossas folhas

     “DEVEMOS SEMPR E TROCARnossas folhas, porém jamaisesquecer nossas raízes.” Ree-tindo sobre essas palavras deminha Mãe Espiritual, fui levadoao tempo em que comecei meudesenvolvimento Mediúnico.

    Era uma árvore daquelas definal de outono onde sobramalgumas folhas aqui e ali jádesgastadas pelo tempo e pelasexperiências vividas até aquelemomento. Mas a raiz! Ah! Essasim estava intacta.

    Por DAVID DIAS – Contato: [email protected]

    Quando a Umbandadeixa de dar asrespostas?

     A RELIGIÃO DE UMBANDA possuicaracterísticas marcantes: o per-fume, a sonoridade, as riquezasde seus elementos, as belezas deseus rituais e, ainda, o título de

     ‘pronto-socorro espiritual’.

    Contudo, Umbanda é religião

    e deve ser compreendida comotal. Um dos principais aspectosque fazem com que a Umbandatransforme vidas é o conhecimen-to! Seu trabalho e sua missão nãose resumem somente em rituaisque encantam, como também emum despertar consciencial. Paraisso, as preleções no início dasgiras são tão importantes. É nessemomento em que o consulente sedepara com uma autorreexão eanalisa se o seu problema estádentro ou fora de si!

    Religião mágica por nature-za, a Umbanda realiza milagresdiariamente. Porém, devemosentender que os religiosos não vi-vem somente de sua magia comotambém de uma reforma íntimae pessoal. Frequentes são oscasos de médiuns que procuramas soluções de seus problemasatravés de descarregos, banhos,defumações, entre outros e seesquecem da consciência.

    Se esquecem do despertarconsciencial necessário, da liçãoem que a vida está tentandodar através de suas provações.Frequentemente vemos médiunsque abandonam a religião por

     julgá-la incapaz de resolver seusproblemas. Eis aí um dos maioreserros daqueles que acham que aUmbanda substitui o aprendizadoda vida. E é aí quando a Umban-

    da deixa de dar as respostas.

     A Umbanda deixa de dar res-postas quando o médium, em suaimaturidade, se nega a enxergaro que a vida tenta lhe ensinar; aUmbanda deixa de dar respostasquando o médium acredita queseus problemas estão relacionadosà sua religião e, mudando suaforma de se relacionar com Deus,seus desaos vão desaparecer.

     A Umbanda deixa de dar respos-tas quando as atitudes de um médiumlimitam sua evolução. A Umbandadeixa de dar respostas quando omédium acredita que seu futuroestá na mensagem dos oráculos,longe de suas próprias atitudes efundamentos de outras religiões.

     A Umbanda de ixa de darrespostas quando o médium nãocompreende seus fundamentos.

     A Umbanda deixa de dar respos-tas quando o fanatismo ocupa olugar da fé. A Umbanda deixa dedar respostas quando o médiumacredita que não precisa de desen-volvimento, “nasceu pronto”.

     A Umbanda deixa de dar res-postas ao médium que não buscao conhecimento para explanar asua fé e sua religião, achandoque a responsabilidade do saber

    é somente do guia incorporado.Enm, são inúmeros os casos

    em que a Umbanda deixa de daras respostas. Questione, busqueconhecimento e informação esaiba que, independente de suareligião, a ética e o bom sensodevem ser prioridades em suavida, ante mesmo de sua fé!

     Antes de acreditar que a Um-banda não tenha suas respostas,avalie! Talvez o problema esteja

    nas suas dúvidas.

     A essência não se muda, nãose compra, ela apenas existe,está lá dentro de cada um denós, mostrando o que e quemrealmente somos.

    Nessa época senti a forçado Sagrado em minha vida, veio

    o chamado, a luz, a procurachegava ao fim, minha fé metrouxe ao encontro de minhaessência.

    Percebi que as folhas estavamse renovando, as feridas sendocuradas, as mágoas deram lugar

    TANTO SE FALA de intolerânciareligiosa e pouco se vê, na prá-tica, o amor pelo próximo. Issosim é o que falta nos olhos dosseres humanos!

     Antes ter compaixão do quecrucificar o seu semelhante,da mesma espécie, da mesmanação terráquea, talvez não damesma evolução espiritual, masnão se deve causar discórdia portal tema.

    O mínimo é ter compaixão;nada é para sempre, e não édiferente com a religião.

    Quantas tiveram que chegarao seu m para se difundirem

    em outras, para se ter novos

     A essência humana Por JOÃO PAULO CÂNDIDO DE PAULA –  Contato: [email protected]

    ao perdão e um novo mundose abria diante dos meus olhos,um mundo mágico, de encantoe magia.

     “As coisas antigas já passa-ram, eis que tudo se fez novo.” 

    Enm, encontrei o que minha

    alma tanto procurava; encontreiaquilo pelo qual meu espíritotanto clamava, minha querida eamada Umbanda!

    Santa, Simples e Sagrada.

    Makwiu a todos!

    conceitos e práticas ritualísticas,atualizadas para o tempo con-temporâneo?

    Me perguntaram certa vezqual era minha religião. Penso

    eu que tal pergunta deveria serabordada de forma diferente, poispouco importa qual o RITUAL, oque vale é a essência.

    Senão vejamos: se o seu Deusopera milagres em sua vida, emsua comunidade ou em sua famí -lia, qual humano ou ritual pode sersuperior perante tal Deus? Aindamais do que seu Deus? Os sereshumanos precisam alimentara fé, é da essência humana tal

    necessidade.

     A religião, que vem da pa-lavra em latim “religare”, atribuital signicado apenas para ligaro homem a Deus. Assim, é dadoa toda humanidade a liberdade

    de escolha: é o livre arbítriopropriamente dito, de escolherqualquer tipo de ritual para ligarvocê a sua essência. Ponto nal.

    Se dois grupos praticam umritual diferente um do outro, omáximo que se deve esperar é orespeito, mesmo não concordadocom a crença alheia. Agora, e oshomens sem religião? Paciência!Não podemos duvidar da psiquêou maestria humana, essência

    oriunda da Criação.

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    JORNAL DE UMBANDA  S AGRADA  - ABRIL/2016  Página -7

    SANDRA SANTOS, presidente da AUEESP (Associação Umbandistae Espiritualista do Estado de SãoPaulo) foi homenageada com amedalha Theodosina Ribeiro, no dia28 de Março de 2016, na ALESP, poriniciativa da Deputada Leci Brandão.

    Para nós umbandistas é sempreimportante o reconhecimento do tra-balho de nossas lideranças na socie-dade. Todos caminhamos a partir deum histórico de discriminação e, nomomento que uma de nossas lideresé homenageada na ALESP, com tãohonrosa menção, devemos todos nosorgulhar em sentir e perceber quea homenagem a uma umbandistaé também homenagem a todos osumbandistas em sua luta, amor e

    dedicação ã religião. À querida amiga Sandra Santos,

    nós do JUS lhe parabenizamos porseu trabalho, por sua dedicação etambém por seu reconhecimentopublico que vem somar ao todo denossa amada Umbanda.

    Colocamos abaixo algumas pa-lavras da Deputada Leci Brandão,divulgadas em sua página ocial noFacebook:

     Agradecemos e parabenizamos

    todas as homenageadas de hoje

    Sandra Santos recebehomenagem na ALESPDa Redação

    que honraram esta Casa de Leis e atodos os presentes com suas histórias,ações, atividades e legados sociais.Todas mulheres reais, fortes, intensasque ajudam a transformar a realidadede muitas pessoas diariamente, quaissejam:

    Dra. Zeni Rose Toloi, supervisorade saúde Casa Verde, Sandra Santos,liderança nacional da Umbanda emilitante no combate à intolerânciareligiosa, Raquel Trindade, artistaímpar do nosso Brasil, Nátali Araújo,guerreira na luta contra o câncer demama, Renata Peron, artista e mulhertransexual, militante no combate àtransfobia, Renata Martins, cineastapremiada, Sharylaine, rapper, canto-ra, compositora e produtora cultural,Conceição Lourenço, jornalista, Dra.Kenarik B. Felippe, desembargadora,e Alexandra Loras, consulesa da Fran-ça no Brasil. Além destas mulheres,houve menções honrosas para asintérpretes da Linguagem Brasileirade Sinais, Alexisandra Gonçalves eSilvia Mateus.

     A Medalha tem por objetivo re-conhecer o trabalho e as ações demulheres que empoderam, impactame inuenciam decisivamente a vida

    de pessoas pertencentes a grupos

    vulneráveis da sociedade. Neste ano,10 mulheres foram homenageadas e2 tiveram menção honrosa.

     “É sempre muito emocionantepara nós fazer essa homenagemporque é um gesto de reconhecimen-to ao trabalho de mulheres fortes,guerreiras, competentes nas suasáreas e que contribuem muito para anossa sociedade. Fica muito evidenteo protagonismo das mulheres negrasnesta homenagem. É uma forma dedar visibilidade às mulheres negrasque ocupam espaços de Poder e quefazem a diferença no empoderamen-to de outras mulheres”, declarou Leci.

     SOBRE A MEDALHATHEODOSINA RIBEIRO

     A Medalha Theodosina Ribeiroconta com a parceria da ONG Elas porElas – Vozes e ações das mulheres,Geledés – Instituto da Mulher Negra,Unaccam – União e Apoio no Comba-te ao Câncer de Mama e da SecretariaMunicipal de Promoção da IgualdadeRacial de São Paulo.

    CONHEÇA THEODOSINAROSÁRIO RIBEIRO

    Nascida em 29 de maio de 1930,

    na cidade de Barretos (SP), Theo-dosina Rosário Ribeiro foi a primeiravereadora negra da Câmara Municipalde São Paulo, sendo eleita em 1970com a segunda maior votação daque-le pleito. Em 1974, foi eleita a pri-meira deputada negra da AssembleiaLegislativa do Estado, onde ocupouo cargo de vice-presidente e per-maneceu por três legislaturas. Dra.Theodosina é formada em Filosoapela Faculdade de Filosoa, Ciênciase Letras da Universidade de Mogidas Cruzes, e em Direito pela FMU –Faculdades Metropolitanas Unidas.

     A lósofa, advogada e ex-deputadase tornou uma referência e estímulopara negras e negros. Depois dela,outras mulheres negras se engajaramna vida pública.

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    Por ANTONIO AUGUSTO POLI SILVA – Contato: [email protected]

    Umbanda não é“coisa do demônio”

    INTERESSANTE como vivemos em 2016,século XXI e ainda temos a intolerânciareligiosa aorada.

    No nosso dia a dia. Gosto de comentarcom muitos que me julgo cristão, ou seja:sou seguidor da doutrina de Cristo. Al-guns dizem: mas te vejo na missa, entãovocê não é católico? Agora você me dizque vai na Tenda de Umbanda? Nossa,então você é macumbeiro! Ahahahahah...

     Você fala com o diabo! Estou fora!

    Poxa, como é duro ouvir isso. Masquando essa dor vier, basta lembrar queno passado nosso mestre foi duramenterejeitado, desmoralizado, abandonado emorreu na cruz. Mas Ele voltou, perdoou

    e encaminhou o Espírito Santo para queseus discípulos absorvessem a fé e saís-sem a pregar o Evangelho a toda criatura.

    Quando estou na Tenda de Umbandaposso observar e perceber em muitosirmãos e irmãs que nos procuram, o can-saço, fraquezas, carências, urgências, ouseja: quanta dor! E estamos nós lá parafazermos o que for possível para aliviaressas mazelas.

    Interessante: se somos do demônio,porque então lutamos tanto para aliviaressas mazelas? Não seria mais prudenteatormentarmos ainda mais essas criaturas?Ora, o próprio Mestre nos armou: “Joãodisse a Jesus: Mestre, vimos um homem

    expulsar demônios em teu nome. Mas nóso proibimos, porque ele não nos segue.Jesus disse: Não o proibais, pois ninguémfaz milagres em meu nome para depoisfalar mal de mim. Quem não é contra nósé a nosso favor. ” (MC 9, 38-40)

    Teologia, estudos e mais estudossão importantes e necessários, mas alei maior é o “AMOR” e quem realmenteama, perdoa e segue em frente. Logo, in-tolerância nos dias atuais é inadmissível.Todos temos o livre arbítrio e tambémtemos as religiões e cada um segueaquela que mais se identica ou entãonão segue nenhuma. Que mal há nisso?

    Saravá irmãos e irmãs de fé!

    Eu te pedi dinheiro,e você me entregou uma ideia.

    Eu te pedi alguém que me ame,e me fez conhecer pessoas.

    Eu te pedi proteção, e me presenteoucom seguridade no que eu sou.

    Eu te pedi compreensão, e melevou a situações onde teve queaprender a calar.

    Eu te pedi discernimento,e me induzistes a estudar.

    Eu te pedi fama, e me lotoude pessoas que precisavam de ajuda.

    Eu te pedi ser mais atrativo,e me ensinou a estar sozinho.

    Eu te pedi êxito, e me levou a repetiruma e outra vez o que sabia fazer.

    Eu te pedi que me ajudes a entender oseu melhor o seu mistério, e me mostrou umespelho onde me refetia com todas as minhasqualidades e defeitos.

     Agora entendo, Senhor Exu: o que a gentepede não é o que a gente precisas muitasvezes... E é ali onde tua dualidade atua.

    E além do que, muitos navegam no marda suposição sobre o que você realmente é. Oinício para te conhecer melhor é compreendero que somos como seres humanos.

     Você, que é o mais humano de todos osGuias Espirituais, sabe mais do que ninguémos mais íntimos sentimentos que carregamos.

    De nada adianta esconder a realidade,nem levar uma aparência oca no dia a dia!Senhor Exu, você mais que ninguém, é reali-dade, lucidez, é um despertar.

    É um mistério de Deus!

    Laroyé Exu!

    RECEBI HÁ APENAS 5 ANOS a missão de

    ser o zelador da Cabana do Pai João e ochamado veio do de nosso amado Preto

     Velho Pai João de Aruanda.Respeito e amo todas as entidades,

    mas sempre digo que tive o privilégio deter como uia espiritual e guia chefe dacasa um Preto Velho!

    Isso porque todos nós sabemos oquanto os Pretos Velhos são ricos emhumildade, sabedoria e acima de tudoo amor. A Cabana do Pai João é co-nhecida justamente por pregarmos a

    busca constante da sabedoria e isso se

    Família dentro e fora do Templo umbandista  Por MILTON CORRÊA DE CARVALHO – Contato: [email protected]

    consegue através da humildade regrada

    com o muito amor.Quando iniciei nessa missão, conheci

    alguns Pais em Santo e alguns me disseramque a missão de um Zelador e Pai em Santoé difícil, dura e muitas vezes não reconheci-da. E o pior: me disseram que não deveriamisturar a família espiritual com a carnal,ou seja, que fora do Terreiro não deveriater tanta aproximação dos meus lhos emSanto para não misturar as coisas.

    Confesso que quei triste e apreen-sivo com isso, pois uma das missões deum médium umbandista é reaproximar

    famílias, fortalecer o amor delas.

    Com o tempo tive a felicidade deconstatar que isso de não misturara família espiritual e a carnal não éuma verdade, pois tive o privilégiode receber em nossa Casa espiritualmuito lhos e, graças a Pai Oxalá, elesse tornaram grandes amigos e hojesomos uma grande família dentro efora do Terreiro!

    Hoje, com toda certeza do mundo,posso dizer que só temos a ganhar comessa amizade dos lhos seja dentro ou

    fora do Terreiro!

    Exu...Eu te pedi...Por JOSÉ USHERContato: [email protected]

    S

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    SÃO INÚMERAS as incertezas que

    sempre pairam na cabeça de ummédium de Umbanda. Podemoscitar algumas:- Estou no Terreiro certo? 

    - Pratico corretamente minhamediunidade? 

    - Posso fazer melhor? 

    - Estou na religião certa? 

    Podemos responder seguindo aordem dos itens expostos:

    1 - Não existe um Terreiro que

    seja 100% correto. Existem pesso-as que sempre vão tentar fazer omelhor pela Casa e pela religião.O médium tem que se sentir parteda corrente mediúnica, tem queser assíduo em todos os trabalhose quando há necessidade.

    O médium que nunca podenada dicilmente achará uma Casaque atenderá suas necessidades,pois todas têm os trabalhos corri-queiros e trabalhos extras também.

    O médium, para se sentir na Casacerta, tem que estar em sintoniavibratória com a Casa e respeitarsuas diretrizes.

    Incertezas Por PAULO LUDOGERO - Contato: [email protected]

    2 -  Praticar a mediunidade

    corretamente é se entregar paraque as entidades possam fazer umaboa comunicação. Ouço médiunsdizendo: “Hoje não estou bem! Nãovou na Gira.” Umbanda signica sercurador de si mesmo; signica sersacerdote de si mesmo.

     Ao invés de se entregar a bai-xas vibrações, o médium deve sesurpreender e vencer suas própriasdiculdades, indo à Gira.

     Lá, a corrente mediúnica poderá

    vibrar por você, pois ao manifestara entidade que trabalha contigo,ela, em primeiro lugar, ajudará opróprio médium e se ela (entidade)não conseguir equilibrar o médium,ela mesma poderá pedir auxilio osGuias responsáveis pela Casa paraajudar o seu médium.

    Portanto, praticar a mediunidadecorretamente não é dar “x” consul-tas e “y” passes: é se ajudar emprimeiro lugar.

    Praticar corretamente sua me-diunidade é deixar a vaidade delado, ser mais um na corrente enão o único.

    3 - Sempre estamos em apren-

    dizado, a evolução é contínua!Portanto, cabe a todos nós estarmossempre atentos em nossas atitudese em nosso modo de viver. Umaboa pessoa com certeza será umbom médium e ser uma boa pessoadepende de nossa índole. Os Guiasresponsáveis pelo médium sempreestão dispostos a ajuda-lo a evoluir.Mas será que o médium está prontopara ouvir as mensagens espirituais?

    4 - Estar na religião certa é

    encontrar um motivo real para todasemana se congregar com Deus esuas vibrações divinas. Estar nareligião certa é entender que a re-ligião deve provocar uma mudançade foro íntimo no ser que vivenciaa religião. A mudança é gradativa,mas ela existe!

    Muitas outras incertezas pai-ram na mente de muitos médiunse devem sempre ser resolvidas omais rápido possível, pois dúvidas

    atrapalham em seu desenvolvimentoespiritual. Procure seus dirigentes es-pirituais. Eles sempre poderão resol-ver de forma rápida suas incertezas.

    Por ANA PAULA FERREIRA – Contato: [email protected]

    Quando um Caboclo dePai Oxóssi chega no Terreiro

    QUANDO UM Caboclo de Pai Oxóssichega no Terreiro e aponta o dedoem riste para o congá, ele estános convidando a olharmos para oalto e aprendermos de onde vema sua luz.

    Quando um Caboclo de Pai

    Oxóssi chega no Terreiro e dá umpulo/salto, ele está nos convidandoa observarmos que embora estejanum plano mais alto/elevado. Eletambém pisa em terra para ajudarseu irmão e aprendermos a cami-nhar juntos.

    Quando um Caboclo de PaiOxóssi chega no Terreiro e securva diante congá, ele está nosconvidando a reverenciar a forçamaior que vem de Zambi e apren-

    dermos o que é respeito.Quando um Caboclo de Pai

    Oxóssi chega no Terreiro e pedesua erva de trabalho, seu penacho,seu charuto, ele está nos convi-dando a fazer uso das forças danatureza que temos à nossa volta.

    Quando um Caboclo de PaiOxóssi chega no Terreiro e dá seugiro, estala os dedos, caminha/trabalha com agilidade, ele estános mostrando as diversas formas

    de trabalhar, limpar, descarregarquem nele tem fé. Saravá Tupã!!!Saravá Pai Oxóssi!!! Saravá MãeObá!!! Saravá os Caboclos e Ca-boclas!!! Okê Arô!!!

    O JORNAL DE UMBANDA SAGRADA 

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    Da REDAÇÃO DO BLOG UMBANDA EAD com JÚLIA PEREIRA

     ALVO DE DIVERSOS ATAQUES de cunhoreligioso, Brasília é mais uma vez palcode violência a manifestações culturais deorigem afro. A praça dos Orixás, situadano Lago Paranoá é um dos cartões pos-tais da cidade e conta com 16 estátuasde orixás feitas pelo artista plásticobaiano Tatti Moreno.

    Na madrugada dessa segunda-feira(11/04) a estátua de Oxalá foi incen-diada, e as causas ainda não foramidenticadas. O portal de notícia Jornalde Brasília noticiou que um morador derua teria visto uma mulher atear fogoa escultura.

    Imagem de Oxalá éincendiada em Brasília 

    Já o portal G1 não cita essa informa-ção, porém, em entrevista com o jornal,o presidente da Federação de Umbanda eCandomblé de Brasília e Entorno, RafaelMoreira, arma: “Não há como ter pegadofogo por uma vela, como já disseram nadelegacia, porque a chama não seria alta osuciente. Se pegasse fogo de baixo paracima, o pé queimaria primeiro e a imagemtombaria.” 

    Em 2009 a praça passou por reforma,pois já havia sido danicada pelo vanda-

    lismo decorrente do local, sendo que em2006 chegou a ter 4 estátuas arrancadasde seus pedestais.

     A reforma foi uma iniciativa da Fun-dação Cultural Palmares, da Secretaria de

    Cultura do DF e do Ministério da Cultura,e custou aproximadamente R$ 750 mil.O local é frequentado pelas comuni-

    dades candomblecistas e umbandistasdo entorno, que utilizam o ambientepara realizar os rituais tradicionais asdivindades.

    No nal do ano passado, na mesmaregião vários terreiros foram alvo deintolerância religiosa, como o caso do

     Ylê Axé Oyá Bagan, conhecido comoCasa de Mãe Baiana que também foi in-

    cendiado. Veja algumas fotos da estátuaincendiada:h t t p s : / / u m b a n d a e a d . b l o g .

    br/2016/04/11/imagem-de-oxala-e--incendiada-em-brasilia/

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