junta de freguesia de são mateus da calheta · edição de 2012 do concurso eco-freguesia são...

6
Junta de Freguesia de São Mateus da Calheta Boletim Informativo Presidente: José Gaspar Rosa de Lima Ano XX Nº 57 Distribuição Gratuita Janeiro a Junho de 2013 1 NEGRITO Negrito (N): Como surgiu a atual direção da Casa do Povo de São Mateus? José Gaspar Lima (JGL): A Casa do Povo estava um pouco apagada, pratica- mente sem direção e com a porta fechada. Vendo esta situação tão urgente, um grupo de amigos interes- sado em dar-lhe nova vida, juntou-se e iniciou o proces- so de reanimação. Estas pessoas ligadas à freguesia pediram-me que encabe- çasse a lista e, naturalmen- te, aceitei. N: Como começou esse processo de reanimação? JGL: Em Janeiro, abrimos o espaço da Casa do Povo e demos-lhe a recuperação de que necessitava e que merecia, já que se encon- trava muito degradado. O nosso trabalho já deu frutos no Carnaval, quando rece- bemos com muita dignida- de as Danças e Bailinhos. Hoje, o seu espaço social encontra-se aberto todos os dias, a partir das 18h30. N: Como tem sido a reação da população à reabertura do espaço? JGL: Temos tido uma boa afluência. O ténis de mesa é muito procurado pelos jovens e a direção tem-se empenhado enormemente em voltar a dar funcionali- dade à Casa do Povo. O salão grande é usado para jantares ou teatros, como os Bailinhos de Carnaval, e o salão menor tem sido usado para eventos mais pequenos, como batizados. N: Que investimentos têm sido feitos nos últimos me- ses? JGL: Desde que iniciou este processo, a direção já inves- tiu em mesas e bancos de império, assim como em cadeiras para a plateia. A casa já não tinha quase nada e o nosso esforço vai no sentido de a por em funcionamento de forma a que sirva e dignifique a freguesia. Está, também, em andamento o processo de compra de um terreno na Rua da Casa do Povo para a construção de um parque de estacionamento com o apoio do Governo Regional. Terá capacidade para 50 viaturas e prevê-se que esteja concluído ainda este ano. Este investimento serve em muito as instala- ções da Casa do Povo e re- solve uma situação compli- cada de estacionamento, já que lhe possibilita um aces- so mais facilitado. Temos trabalhado com muito afin- co e sacrifício para termos uma casa que sirva a popu- lação. São instalações dig- nas, mas que necessitam de manutenção regular. N: Pretendem, também, fa- zer obras de melhoramen- to na própria Casa do Po- vo? JGL: Estamos a preparar al- gumas remodelações. Que- remos acrescentar 30 a 40 lugares sentados no salão grande com a construção de um balcão. Além disso, que- remos ocupar algumas das salas que estão vazias. Ao lado da Associação de Pes- cadores, que tem feito um trabalho incrível, gostaría- mos de criar condições para uma área dedicada à saúde, talvez com gabinetes de fi- sioterapia, para melhor ser- vir a nossa população. N: As cozinhas também es- tão um pouco degradadas, pretendem fazer algo para remediar a situação? JGL: Sim. Já iniciámos o processo com o arranjo do forno. Agora, com o apoio do Governo Regional, que- remos forrar em azulejo a cozinha de baixo, recuperar a cozinha de cima e com- prar mobiliário mais moder- no. Pretendemos que as pessoas se sintam bem ao utilizar as instalações. N: O que espera para os próximos meses na Casa do Povo? JGL: Esperamos a colabo- ração e apoio de todos para continuar este trabalho. Es- peramos que os habitantes procurem a Casa do Povo para a realização dos seus eventos, já que considera- mos ser de grande impor- tância investir em ativida- des ligadas ao lazer da nos- sa população. A Casa do Po- vo vive do apoio dos seus sócios, por isso estamos a preparar um levantamento de todos os sócios no senti- do de os contactar e sondar a sua disponibilidade para continuar a contribuir. A e- quipa tem trabalhado vo- luntariosamente para dar dignidade às instalações, mas, em última análise, a Casa do Povo vive da boa vontade das pessoas e do seu dinamismo para organi- zar eventos recorrendo ao espaço renovado da Casa do Povo. “A Casa do Povo vive do dinamismo das pessoas” REAVIVADA. A Casa do Povo tem nova vida. Um grupo de amigos de São Mateus viu na sua Casa do Povo um potencial mal aproveitado e decidiu intervir. O espaço foi reaberto no início deste ano com nova vida e com a principal vocação de bem servir a população. José Gaspar Lima, o representante deste grupo de interessados, fala sobre todo o processo e refere os investimentos previstos para o melhoramento da casa. Entrevista com José Gaspar Lima Photo Vieira

Upload: others

Post on 23-Jul-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Junta de Freguesia de São Mateus da Calheta · Edição de 2012 do concurso Eco-Freguesia São Mateus reconhecido como freguesia limpa Evento juntou uma centena e meia de participantes

Junta de Freguesia de São Mateus da Calheta

Boletim Informativo Presidente: José Gaspar Rosa de Lima Ano XX – Nº 57

Distribuição Gratuita Janeiro a Junho de 2013

1

NEGRITO

Negrito (N): Como surgiu a atual direção da Casa do Povo de São Mateus? José Gaspar Lima (JGL): A Casa do Povo estava um pouco apagada, pratica-mente sem direção e com a porta fechada. Vendo esta situação tão urgente, um grupo de amigos interes-sado em dar-lhe nova vida, juntou-se e iniciou o proces-so de reanimação. Estas pessoas ligadas à freguesia pediram-me que encabe-çasse a lista e, naturalmen-te, aceitei. N: Como começou esse processo de reanimação? JGL: Em Janeiro, abrimos o espaço da Casa do Povo e demos-lhe a recuperação de que necessitava e que merecia, já que se encon-trava muito degradado. O nosso trabalho já deu frutos no Carnaval, quando rece-bemos com muita dignida-de as Danças e Bailinhos. Hoje, o seu espaço social

encontra-se aberto todos os dias, a partir das 18h30. N: Como tem sido a reação da população à reabertura do espaço? JGL: Temos tido uma boa afluência. O ténis de mesa é muito procurado pelos jovens e a direção tem-se empenhado enormemente em voltar a dar funcionali-dade à Casa do Povo. O salão grande é usado para jantares ou teatros, como os Bailinhos de Carnaval, e o salão menor tem sido usado para eventos mais pequenos, como batizados. N: Que investimentos têm sido feitos nos últimos me-ses? JGL: Desde que iniciou este processo, a direção já inves-tiu em mesas e bancos de império, assim como em cadeiras para a plateia. A casa já não tinha quase nada e o nosso esforço vai no sentido de a por em

funcionamento de forma a que sirva e dignifique a freguesia. Está, também, em andamento o processo de compra de um terreno na Rua da Casa do Povo para a construção de um parque de estacionamento com o apoio do Governo Regional. Terá capacidade para 50 viaturas e prevê-se que esteja concluído ainda este ano. Este investimento serve em muito as instala-ções da Casa do Povo e re-solve uma situação compli-cada de estacionamento, já que lhe possibilita um aces-so mais facilitado. Temos trabalhado com muito afin-co e sacrifício para termos uma casa que sirva a popu-lação. São instalações dig-nas, mas que necessitam de manutenção regular. N: Pretendem, também, fa-zer obras de melhoramen-to na própria Casa do Po-vo? JGL: Estamos a preparar al-

gumas remodelações. Que-remos acrescentar 30 a 40 lugares sentados no salão grande com a construção de um balcão. Além disso, que-remos ocupar algumas das salas que estão vazias. Ao lado da Associação de Pes-cadores, que tem feito um trabalho incrível, gostaría-mos de criar condições para uma área dedicada à saúde, talvez com gabinetes de fi-sioterapia, para melhor ser-vir a nossa população. N: As cozinhas também es-tão um pouco degradadas, pretendem fazer algo para remediar a situação? JGL: Sim. Já iniciámos o processo com o arranjo do forno. Agora, com o apoio do Governo Regional, que-remos forrar em azulejo a cozinha de baixo, recuperar a cozinha de cima e com-prar mobiliário mais moder-no. Pretendemos que as pessoas se sintam bem ao utilizar as instalações.

N: O que espera para os próximos meses na Casa do Povo? JGL: Esperamos a colabo-ração e apoio de todos para continuar este trabalho. Es-peramos que os habitantes procurem a Casa do Povo para a realização dos seus eventos, já que considera-mos ser de grande impor-tância investir em ativida-des ligadas ao lazer da nos-sa população. A Casa do Po-vo vive do apoio dos seus sócios, por isso estamos a preparar um levantamento de todos os sócios no senti-do de os contactar e sondar a sua disponibilidade para continuar a contribuir. A e-quipa tem trabalhado vo-luntariosamente para dar dignidade às instalações, mas, em última análise, a Casa do Povo vive da boa vontade das pessoas e do seu dinamismo para organi-zar eventos recorrendo ao espaço renovado da Casa do Povo.

“A Casa do Povo vive do

dinamismo das pessoas”

REAVIVADA. A Casa do Povo tem nova vida.

Um grupo de amigos de São Mateus viu na sua Casa do Povo um potencial mal aproveitado e decidiu intervir. O espaço foi reaberto no início deste ano com nova vida e com a principal vocação de bem servir a população. José Gaspar Lima, o representante deste grupo de interessados, fala sobre todo o processo e refere os investimentos previstos para o melhoramento da casa.

Entrevista com José Gaspar Lima

Photo Vieira

Page 2: Junta de Freguesia de São Mateus da Calheta · Edição de 2012 do concurso Eco-Freguesia São Mateus reconhecido como freguesia limpa Evento juntou uma centena e meia de participantes

2

O NEGRITO

Novas condições atraem grupos e espetadores

Casa do Povo recebeu

31 Bailinhos de Carnaval

Evento decorreu a 13 de Abril

Encontro em Toronto

junta amigos da freguesia

A Junta de Freguesia voltou a estar representa-da no encontro anual de amigos e antigos morado-res de São Mateus a viver em Toronto. Este ano, esti-veram presentes mais de 500 convivas, que se jun-taram para relembrar a freguesia que está no seu sangue. O encontro conta já com a sua terceira edição e de-correu no passado dia 13 de Abril, no Ambiance Ban-quet Hall. Da comitiva que partiu da Ilha Terceira para ani-mar a festa faziam parte o cantor popular Alberto Correia e o jovem fadista Fábio Ourique, ambos nas-cidos em São Mateus. De Toronto, juntaram-se os cantores Mário Mari-nho e Sandra Silva e Ricardo Cidade. O fado foi acompa-nhado pelas guitarras de Paulo Avelar e

de João C. Silva. A organização esteve, uma vez mais, a cargo de Maria Ficher, que planeou, além da animação musical, um jantar regado de típicos sabores açorianos. Para terminar a noite, a organização presenteou os convivas com uma home-nagem ao Presidente da Junta de Freguesia de São Mateus, José Gaspar Lima que, tem sempre procura-do apoiar e promover o reforço dos laços dos nos-sos emigrantes com a sua terra natal. A homenagem foi seguida por um agrade-cimento da representante da Junta de Freguesia de São Mateus da Calheta, num discurso pautado pelo apreço pela hospitalidade oferecida pelos nossos e-migrantes e por recorda-ções da freguesia que viu partir tantos dos seus filhos.

JUNTA de Freguesia foi representada em Toronto.

As novas condições da Casa do Povo de São Ma-teus da Calheta atraíram, durante os dias de Carnaval de 2013, centenas de espe-tadores e 31 grupos de Carnaval, entre Bailinhos, Danças de Pandeiro e Co-médias. Esta é uma tradição an-tiga na ilha, mas que tem vindo a crescer exponenci-almente nos últimos anos, provando que o povo ter-ceirense, além de festeiro, procura sempre preservar os costumes que melhor o caracterizam. Logo na sexta-feira, quem à Casa do Povo acor-reu pode ver quatro Baili-nhos: da Junta de Fregue-sia da Ribeirinha, de São Bento (Só Forró), do Porto Judeu e de Santa Bárbara. Já no sábado, desloca-ram-se cinco grupos à freguesia: do Porto Judeu, da Fanfarra, São Sebastião, São Brás e Santa Bárbara. Três dos grupos que repre-sentaram São Mateus este ano também se iniciaram na casa de Povo no sábado. Foram os Bailinhos “Os

Fugitivos da Medicina” (24 elementos), “Prontos a To-do o Serviço” (24 elemen-tos), a Dança de Pandeiro “O Cadáver das Confu-sões” (27 elementos). Já no Domingo, a plateia pode ver a segunda Dança de Pandeiro do Cantinho, com o tema “O Resgate do Cão do General” (com 33 elementos). Neste dia, pas-saram, ainda, outros cinco Bailinhos: de São Bartolo-meu, das Doze Ribeiras, dois da Terra Chã e o Grupo de Amigos do Carnaval. Na segunda feira, passa-ram seis grupos pelo palco da Casa do Povo. Foram os

grupos vindos da Ribeiri-nha, Serreta, Santa Cruz da Praia, Santa Luzia da Praia e São Bartolomeu. De res-salvar, ainda, a deslocação do grupo de East Providen-ce (Boston), que trouxe 18 elementos à Ilha Terceira. No último dia de festa, a terça feira de Carnaval, os bailinhos da freguesia vol-taram ao seu palco de ori-gem, dando atuações espe-ciais que comoveram e di-vertiram todos os presen-tes. Todos os grupos foram recebido com o calor e com as gargalhadas a que o nos-so povo os tem habituado ao longo dos anos.

SAIRAM quatro Bailinhos de São Mateus em 2013.

Photo Vieira

Page 3: Junta de Freguesia de São Mateus da Calheta · Edição de 2012 do concurso Eco-Freguesia São Mateus reconhecido como freguesia limpa Evento juntou uma centena e meia de participantes

O NEGRITO

3

Durante o mês de Maio, em louvor do Divino Espirito Santo

Festas dos Bodos enchem freguesia

de tradição, cor e animação O Terreiro de São Mateus e o Cantinho voltaram a encher-se este ano para receber as festas em louvor do Divino Espírito Santo. O bodo da Terra foi

marcado pelo Bodo do Leite à moda antiga, com cortejo e coroação que partiu da Igreja Paroquial. O mesmo se realizou no Bodo do Cantinho, mas será a

reza do Terço por alguns grupos e comunidades da freguesia a sua caraterística mais marcante. Já no Bodo do Mar, reina a Tourada à Corda tradicional, que

enche o Terreiro de visitantes.

ALTAR do Bodo da Terra. A COMISSÃO preparou petiscos para quem acompanhou e participou no Bodo.

BODO procurou invocar elementos populares antigos. MODAS da Nossa Terra participou no desfile e atuou durante a tarde.

CRIANÇAS participaram e alegraram o Bodo de Leite. CARROS alegóricos evocaram símbolos do Espírito Santo.

Photo Vieira Photo Vieira

Photo Vieira Photo Vieira

Photo Vieira Photo Vieira

Page 4: Junta de Freguesia de São Mateus da Calheta · Edição de 2012 do concurso Eco-Freguesia São Mateus reconhecido como freguesia limpa Evento juntou uma centena e meia de participantes

O NEGRITO

4

COMISSÃO 2013 na nomeação do novo Mordomo para o bodo do Cantinho. É TRADIÇÃO dar brindeiras durante o Bodo.

COROAÇÃO no Cantinho realizou-se no passado dia 26 de Maio. COROAÇÃO do Bodo do Mar.

SAIDA das bandeiras do Espírito Santo da Igreja Paroquial. SALVAS são utilizadas para suportar as coroas do Espírito Santo.

Photo Vieira Photo Vieira

Photo Vieira Photo Vieira

Photo Vieira Photo Vieira

Page 5: Junta de Freguesia de São Mateus da Calheta · Edição de 2012 do concurso Eco-Freguesia São Mateus reconhecido como freguesia limpa Evento juntou uma centena e meia de participantes

A XXIII Meia Maratona dos Bravos voltou a ter a sua meta no Campo de Jo-gos de São Mateus, juntan-do quase 150 participantes. Este ano, o evento divi-diu os atletas por três pro-vas: A Caminhada dos Bra-vos , a Meia Maratona dos Bravos e a Milha Urbana dos Bravos. A partida da prova deu-se na mata da Serreta, on-de os maratonistas pude-ram fazer um rastreio de saúde, já que o objetivo da

corrida, mais do que sagrar um campeão, é promover estilos de vida mais saudá-veis, estendendo-se a atle-tas de todas as idades: é que participaram na prova corredores de todos os es

Calões. A Meia Maratona é organizada pelo Gabinete do Desporto da Câmara Municipal de Angra do He-roísmo e pela Associação de Atletismo da Ilha Tercei-ra.

5

O NEGRITO

Edição de 2012 do concurso Eco-Freguesia

São Mateus reconhecido

como freguesia limpa

Evento juntou uma centena e meia de participantes

Meia Maratona com meta em São Mateus

A freguesia de São Ma-teus voltou a destacar-se no concurso regional Eco-Freguesia, desta feita, na edição de 2012. Graças à atuação da Junta e à cola-boração de todos os habi-tantes, arrecadámos uma vez mais o galardão de Freguesia Limpa. O reconhecimento sur-ge na sequência de um conjunto de quatro ações de sensibilização levadas a cabo pela Junta de Fregue-sia de São Mateus. A pri-meira decorreu no passado mês de Junho: realizou-se uma ação de sensibilização contra a deposição irres-ponsável de resíduos, se-guida por uma ação de lim-peza num depósito ilegal. Já durante o mês de A-gosto, foi feita uma campa-nha de desratização com distribuição de veneno e de panfletos sobre a impor-tância da limpeza dos espa-ços públicos. Foi, também, feita uma campanha de sensibilização ambiental para a recolha seletiva, com a distribuição de sacos e materiais pela

população. A Junta de Freguesia participou, ainda, em dois programas ambientais: o Entre-Mares (em colabora-ção com a AMPA, um grupo de alunos foi levado num passeio de barco, a fim de ser sensibilizado para a importância da sua limpeza) e o SOS Cagarro (a Junta de Freguesia encami-nhou para os locais ade-quados de recolha os habi-tantes que apanham os ca-garros, informando e divul-gando os procedimento a-dequados a adotar).

A iniciativa Eco-Freguesi-a é levada a cabo pelo Go-verno Regional e pretende premiar o bom desempe-nho ambiental dos cida-dãos e das entidades inter-venientes. O objetivo é en-volver as populações e dar reconhecimento à cidada-nia ativa, promovendo a participação de todos os habitantes das freguesias. As primeiras edições do Eco-Freguesia tiveram lu-gar em 2010, 2011 e 2012, sendo agora apresentada a 4ª Edição, que decorre durante o ano de 2013.

A LIMPEZA da freguesia depende de todos dos habitantes.

Um grupo de quatro jo-vens ao brigo do programa OTLJ (Ocupação de Tempos Livres dos Jovens) realizou ao longo do passado mês de Julho um mapeamento dos idosos da freguesia que se encontravam a morar sozinhos em 2012. Os resultados do levan-tamento refletem a reali-dade da população idosa que vive sozinha, com es-pecial enfoque nas suas necessidades e característi-cas sociais. Foram conduzidos 104 inquéritos e os resultados fazem o relato da forma como os nossos idosos vivem. De acordo com os resultados dos questioná-rios, quase 100 por cento dos nossos idosos sente-se satisfeito por morar em São Mateus e 60 por cento afirma que existe uma preocupação com a sua qualidade de vida. O mapeamento revelou, ainda, que a maior parte dos idosos recebe uma pensão de velhice, mas que esta chega até ao fim do mês com alguma dificulda-de. A maioria reconhece que a sua situação financei-ra em relação há trinta anos piorou, no entanto, não é esta a sua principal preocupação: 83 inquiridos afirmaram que o seu prin-

cipal motivo de preocupa-ção atualmente é a saúde. Ao nível do apoio social, quase 70 por cento dos inquiridos diz viver com um familiar – em grande parte o cônjuge-, enquanto 25 por cento afirma viver to-talmente só. Contudo, qua-se todos (91 inquiridos) afirmam ter alguém a quem recorrer em caso de emergência. Durante a noite, 66 ido-sos dormem acompanha-dos, mas 37 ficam sozi-nhos. As respostas à per-gunta, “sente-se só?” refle-tem bem a situação habita-cional dos idosos: 25 res-ponderam “muitas vezes”, 20 responderam “algumas vezes”, 18 responderam “raramente” e 31 afirma-ram que nunca se sentem só. Uma das grandes apos-tas da autarquia no sentido de colmatar a solidão na terceira idade tem sido feita na estrutura que sus-tenta o Centro de convívio para idosos de São Mateus. De facto, quase todos os idosos que frequentam o centro dizem-se muito sa-tisfeitos com o seu serviço e, também, com o seu pessoal, concordando que este é um instrumento valioso para acabar com a solidão.

Mapeamento inquiriu indivíduos a viver sozinhos

Idosos satisfeitos com

a freguesia onde moram

MAIORIA dos idosos estão satisfeitos com a sua freguesia. MARATONA reuniu atletas de todos os escalões.

Page 6: Junta de Freguesia de São Mateus da Calheta · Edição de 2012 do concurso Eco-Freguesia São Mateus reconhecido como freguesia limpa Evento juntou uma centena e meia de participantes

Em meados de Julho de 1895 aportou em Angra no seu iate, o Príncipe Alberto do Mónaco. Não era a primeira vez que o príncipe vinha por estas paragens. Alguns anos antes ele havia já explorado por várias ve-zes estes mares na escuna que ele adquirira em 1885 para dar largas à sua voca-ção ancestral de marinheiro. O barco que aportou em Angra já não era a pequena Hirondelle. Era um autênti-co iate de recreio, dois mas-tros, uma chaminé amarela donde saia um fio de fumo negro, casco todo branco, linhas esguias. Chamava-se Princesse Alice. No dia 18 de Julho o Prin-cesse Alice saiu da baía de Angra logo pela manhã para prosseguir as suas explora-ções pelo sul da Terceira. Mas eis que, ao dobrar a ponta do Monte Brasil, avis-tam para os lados de São Mateus dois barcos de vela que, em carreira veloz, se dirigem para o largo. Binó-culos assestados e curiosi-dade em breve desfeita. São duas canoas baleeiras que se dirigem para um cardu-me de baleias.

Seguiu de largo as canoas e presenciou a sua aproxi-mação do cardume. Viu uma delas alongar-se com uma das baleias, segui-la a par, remando apenas com as pás, até que o trancador com um golpe certeiro lhe fincou o arpão e a fez mer-gulhar abanando a cauda. O Príncipe quis recom-pensar os baleeiros por este espetáculo emocionante que lhe tinham proporcio-nado. Aproximou-se da ba-leia, mandou laçá-la pela cauda e rebocou-a para o Negrito. Quando largou a-quilo tudo por ali fora de São Mateus, o júbilo daque-la gente foi enorme. Good luck, good luck, thank you (…), gritavam os baleeiros velhos, recordando a lingua-gem que tinham aprendido nos navios de New Bedford. No dia seguinte, enquan-to se esperava que a maré subisse e assim o animal fosse deposto no varadou-ro, Alberto do Mónaco foi deambular pela freguesia e como já tardasse, procurou local onde conseguisse al-moço. Não lhe faltaram ofe-recimentos [tendo um bale-eiro obrigado] (…) o Príncipe a entrar na sua casa e a participar no seu repasto. Foi parar a casa do José Diabo. Casa limpa de gente que tinha estado no Brasil, quadros com o retrato de D. Pedro IV, de Bismark, ima-gens de Santos (…). E Alber-to de Grimaldi com Richard, Guerne, Thoulet, todos três sábios de renome, comeu

do peixe frito e dos ovos, bebeu vinho de cheiro do José Diabo. Na sua maravi-lhosa discrição desta jorna-da, o Príncipe apenas teve a lamentar uma coisa. Que o José Diabo mal o deixasse comer, entusiasmado a des-crever-lhe de garfo em pu-nho, aos saltos no meio da casa, como é que se arpoa-va uma baleia. Alberto do Mónaco ficou muito popular em São Ma-teus e passados bastantes anos o Príncipe ainda era lembrado. Aqui deixou nu-merosos afilhados. Talvez que o Príncipe qui-sesse de algum modo redi-mir os pecados de alguns dos seus antepassados, em-pregando para bons fins a riqueza colossal que eles haviam amontoado. Riqueza tão grande que se dizia na Europa que, trazendo na companhia um grupo de homens de ciência, haviam de ser os fundadores de uma nova ciência, cheia de encantos e de imprevistos, a Oceanografia.

O NEGRITO

HORÁRIO DE EXPEDIENTE:

2ª a 6ª das 9h00 às 12h00 e das 13h30 às 17h00.

HORÁRIO EXECUTIVO:

2ª, 4ª e 6ª das 19h00 às 20h00.

Junta de Freguesia de São Mateus da Calheta

CONTACTOS:

Tel.: (351) 295 642 504 Fax: (351) 295 642 504

CASA MORTUÁRIA:

Tel.: 295 643 000

Texto de Liduino Borba, “História de São Mateus”

A visita do Príncipe do Mónaco

aos baleeiros de São Mateus Marcha representa São Mateus

Breves

INTERNET:

E-MAIL:

http://www.jfsaomateus.com/

[email protected]

São Mateus vai ser repres-entado na edição de 2013 das Sanjoaninas pela marcha São João dos Arraiais. Este é um projeto de iniciativa particular que honra a freguesia e de-monstra a motivação para a intervenção cívica da nossa população. A marcha tem 54 elementos e vai desfilar em décimo segun-do lugar na noite de São João.

Com letra de Lígia Costa e arranjo musical da autoria do próprio grupo, a marcha pro-mete animar os terceirenses em noite de festa. Os elementos e a organiza-ção convidam todos os mora-dores e simpatizantes de São Mateus a acompanhar e apoiar o desfile, quer seja pelas ruas de Angra, pela televisão ou através da Internet.

Mapeamento de idosos continua

A Junta de Freguesia de São Mateus vai dar conti-nuidade ao projeto de ma-peamento da população i-dosa da freguesia, desta feita junto aos indivíduos que vivem acompanhados. O projeto vai decorrer durante o próximo mês de Agosto e, tal como no ano

passado, será levada a cabo por um grupo de jovens ao abrigo do programa OTLJ (Ocupação de Tempos Li-vres dos Jovens). Pede-se a colaboração de todos para que recebam os operadores em suas ca-sas e respondam aos ques-tionários

Limpeza da zona balnear do Negrito

Decorreu durante o mês de Maio a limpeza e requa-lificação da zona do Negrito em preparação para a épo-ca balnear de 2013. A ope-ração decorreu com base num protocolo acordado entre a Junta de Freguesia de São Mateus e a Camara

Municipal de Angra do He-roísmo. As duas entidades proce-deram à limpeza da orla marítima e da zona balnear, assim como à recuperação e pintura da zona dedicada ao banho de forma a rece-ber os banhistas.

O NEGRITO já está preparado para receber banhistas. PRINCIPE Alberto do Mónaco.

PRÍNCIPE na caça da baleia.