junho2007

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Página 1 Barreira.pt Editorial Dia do Idoso na Barreira Alguns idosos participantes no Dia do Idoso Como vem sendo hábito, a Conferência de São Vicente de Paulo da nossa freguesia comemorou o Dia do Idoso, no dia 29 de Abril. Esta iniciativa começou com a Eucaristia Dominical, seguida de um momento de convívio e musical organizado pelo grupo de jovens, no Salão Paroquial. Os mais novos cantaram músicas tradicionais portuguesas aju- dados pelo nosso ilustre fadista conterrâneo, Júlio da Piedade. Por volta das 13 horas decorreu o almoço convívio onde estiveram pre- sentes diversas entidades oficiais, entre as quais, a paróquia (representado pelo nosso pároco, Pe. Cristiano), o Presidente da Junta, José Cunha, o representante da Câmara Municipal de Leiria, Dr. Daniel, a Dra. Inês Lou- renço, do Conselho Central das Conferências e alguns elementos da Cari- tas Diocesana. EM DESTAQUE... Representantes das Entidades presentes no almoço dos Idosos. Barreira.pt No momento em que tanto se fala de Ambiente, a Feira das Energias e do Ambiente, não podia vir em hora mais certa! Seria bom se pudéssemos dizer “Já não há falta de água potável no nosso planeta” “Conseguimos fechar o buraco da camada de ozono!”“Já não há poluição nos rios do nos- so país!””O ar que se respira em Portugal é puro!”Mas não… O mundo em que vivemos tem demasiados proble- mas ambientais. Mas… e as soluções? São tão poucas! É urgente inverter esta situação e todos nós devemos contribuir. E por onde começar? Esta Feira das Energias e do Ambiente foi um excelente passo nesse sentido. Os pequenos podem ser a peça principal para tudo isto. Nesta feira, todos eles foram condecorados Mosqueteiros do Ambiente! Têm uma missão mui- to importante, ajudar a salvar o nosso planeta ensinando aos adultos pequenos gestos como por exemplo andar mais a pé! Eles têm muito para nos ensinar. E até têm um lema: “Um por todos e todos pelo Ambiente!” Façamos também nós deste lema a nossa missão!

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Barreira.pt Editorial Barreira.pt Representantes das Entidades presentes no almoço dos Idosos. Alguns idosos participantes no Dia do Idoso Página 1

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Page 1: junho2007

Página 1 Barreira.pt

Editorial Dia do Idoso na Barreira

Alguns idosos participantes no Dia do Idoso

Como vem sendo hábito, a Conferência de São Vicente de Paulo da

nossa freguesia comemorou o Dia do Idoso, no dia 29 de Abril.

Esta iniciativa começou com a Eucaristia Dominical, seguida de um

momento de convívio e musical organizado pelo grupo de jovens, no Salão

Paroquial. Os mais novos cantaram músicas tradicionais portuguesas aju-

dados pelo nosso ilustre fadista conterrâneo, Júlio da Piedade.

Por volta das 13 horas decorreu o almoço convívio onde estiveram pre-

sentes diversas entidades oficiais, entre as quais, a paróquia (representado

pelo nosso pároco, Pe. Cristiano), o Presidente da Junta, José Cunha, o

representante da Câmara Municipal de Leiria, Dr. Daniel, a Dra. Inês Lou-

renço, do Conselho Central das Conferências e alguns elementos da Cari-

tas Diocesana.�

EM DESTAQUE...

Representantes das Entidades presentes no almoço dos Idosos.

Barreira.pt

No momento em que tanto se

fala de Ambiente, a Feira das

Energias e do Ambiente, não

podia vir em hora mais certa!

Seria bom se pudéssemos dizer

“Já não há falta de água potável

n o n o s s o p l a n e t a ”…

“Conseguimos fechar o buraco

da camada de ozono!”… “Já

não há poluição nos rios do nos-

so país!”…”O ar que se respira

em Portugal é puro!”…

Mas não… O mundo em que

vivemos tem demasiados proble-

mas ambientais. Mas… e as

soluções? São tão poucas!

É urgente inverter esta situação

e todos nós devemos contribuir.

E por onde começar?

Esta Feira das Energias e do

Ambiente foi um excelente passo

nesse sentido. Os pequenos

podem ser a peça principal para

tudo isto.

Nesta feira, todos eles foram

condecorados Mosqueteiros do

Ambiente! Têm uma missão mui-

to importante, ajudar a salvar o

nosso planeta ensinando aos

adultos pequenos gestos como

por exemplo andar mais a pé!

Eles têm muito para nos ensinar.

E até têm um lema:

“Um por todos e todos pelo

Ambiente!”

Façamos também nós deste

lema a nossa missão!�

Page 2: junho2007

Página 1 Barreira.pt Em Destaque...

Barreira.pt

Setembro.

Após umas merecidas

férias, de regresso ao traba-

lho.

Todos os anos, milhares de

crianças, adolescentes e

jovens voltam ao “mundo

escolar” com material moder-

no, livros renovados, escolas

e professores novos.

Este ano, algumas altera-

ções serão notórias no fun-

cionamento das escolas. Uma

delas tem a ver com o facto

das nossas crianças do 1º

ciclo terem actividades de

enriquecimento curricular

após o tempo lectivo (depois

das 15h30) na escola sede de

freguesia. Deste modo tenta-

se centralizar num só espaço

essas actividades de modo a

proporcionar melhores condi-

ções de trabalho aos alunos e

respectivos professores.

A redacção do Barreira.pt

deseja a todos os alunos bar-

reirenses um ano lectivo

2006/07 repleto de sucessos

escolares.�

Editorial

Ficha Técnica:

Propriedade: Centro Cultural da Barreira

Redacção:

Arminda Filipe, Elodie Rocha

João Paulo Rocha Colaboração Especial: Pe. Cristiano Saraiva

Filomena Carvalho;

Sílvia Rocha, Patrícia Moniz

Ana Rita F. Sousa; Júlia

Moniz

Coordenação: João Rocha

Publicação: Trimestral

Distribuição Gratuita

17 de Setembro de 2006

Jardim do Visconde acolhe encontros de famílias...

As origens das palavras dizem muito

sobre a sua importância. A palavra portu-

guesa “família” vem do latim: “família”

que significa “lar.” Em inglês, a palavra

“family,” vem das duas palavras latinas:

“família” e “famulus”que significam

“criados do lar.” Eu utilizo as duas versões

da palavra no meu dia à dia. Porém, tanto

uma como outra significam o mesmo: uma

parte inseparável de mim. Tanto o nosso

lar como os seus habitantes representam

uma parte integral de quem somos. Somos

independentes de fazer escolhas decisivas

na vida, mas a família condiciona os nossos

valores e princípios desde da infância.

Nunca nos podemos separar da nossa famí-

lia por completo porque as suas influências

são-nos intrínsecas. Eu tenho o privilégio

de fazer parte de duas famílias que, apesar

de serem muito diferentes, são bastante

unidas: as famílias Marques e Moniz. Ape-

sar de residir em Portugal há uns meros 2

anos, eu tive a oportunidade de viver uma

experiência inesquecível: as reuniões de

ambas as famílias no mesmo dia!

No dia 16 de Julho deste Verão, estas duas

famílias reuniram-se pela primeira vez no

Jardim da Barreira. Apesar de serem festas

separadas, houve uma grande interacção

entre as duas. Eu, fazendo parte de ambas,

tentava interagir com membros das minhas

duas famílias, a maioria dos quais já conhe-

cia. No entanto, conheci uma grande parte,

que até então desconhecia, nesse mesmo dia.

Após todas as apresentações (e a minha preo-

cupação em lembrar-me dos nomes que tinha

acabado de aprender), descobri que alguns

membros faltaram ao encontro! Não era des-

ta que eu ia conhecer todos os meus primos,

tios, segundos primos, terceiros primos, etc.

Ainda bem! Assim tenho tempo de assimilar

todos os conhecimentos novos, e para o pró-

ximo ano há espaço para mais!

A alegria, um dos aspectos comuns a

ambos encontros, foi uma das emoções mais

evidentes nesse dia. Indiscutivelmente pre-

sente nos rostos de todos, revelou a satisfa-

ção com que velhos amigos se reuniram e

novas amizades se construíram.

Duas Famílias, Uma Coincidência

Alguns elementos da família Moniz

Page 3: junho2007

Página 1 Em Destaque... Barreira.pt

Foto da numerosa família Marques

Os adultos contavam histórias de velhos tempos, de brin-

cadeiras que nunca se esqueceram e tristezas que os uniram

ainda mais. Os adolescentes observavam com admiração,

pois hoje em dia a união que se verificou nos encontros é

uma raridade preciosa. As crianças não paravam: saltavam,

corriam, e gritavam com entusiasmo ao participarem nos

vários jogos que os familiares mais velhos tinham prepara-

do.

Cada família impôs detalhes especiais no seu encontro,

criando uma reunião ainda mais especial. A família Moniz

apresentou um vídeo que revelou imagens memoráveis de

acontecimentos muito antigos. Estes acontecimentos trou-

xeram recordações que inevitavelmente revelaram o seu

valor no rosto de cada familiar. Ao longo do encontro,

ouvia-se música tradicional, interrompida esporadicamente

pelos familiares Moniz, que se desejavam exprimir ao

microfone. A família Marques criou uma árvore genealógi-

ca, cujos ramos representavam todos os seus membros. A

beleza deste projecto reflectiu-se, não só no papel em que

estava desenhado, mas também nos olhares de admiração

dos seus protagonistas.

Depois da partilha de histórias, de emoções, e até receitas

culinárias, a alegria e os risos mantinham-se nos olhares,

actos, e rostos dos familiares enquanto se preparavam para

as despedidas. O encontro, em que tanto partilharam, estava

a acabar. Os familiares cumprimentaram-se de novo, mas

desta vez, era para dizer um “adeus” e não um “olá”. E

assim acabou a primeira reunião de ambas famílias, com

uma alegria de ter revivido momentos únicos, mas com a

perspectiva de haverem ainda mais memórias para cons-

truírem juntos no próximo encontro.

Ouvimos tantas vezes “a nossa família não se escolhe.”

Ainda bem! Eu não consigo imaginar duas famílias às

quais eu me poderia sentir mais orgulhosa de pertencer. Se

tivesse a hipótese de escolher, duvido que escolhesse duas

famílias com quem me identifico tanto. Os nomes Marques

e Moniz identificam duas famílias unidas, bem dispostas, e

sobretudo amigas. Estas qualidades e muitas outras verifi-

caram-se no dia de 16 de Julho. Para o ano que vem, com

os próximos encontros, antecipo a descoberta de novos

rostos, novas amizades e com sorte, novas receitas doces!�

Patrícia Marques Moniz

Exposição de quadros de algumas artistas da família Marques

Page 4: junho2007

Página 1 Barreira.pt

No passado dia 8 de Julho decorreu no Jardim da Barreira

o XVI encontro da “Juventude” de 1942 H.M.658/659

Auto-Macas.

Este convívio realiza-se anualmente e tem como objectivo

reunir pessoas de todo país, “camaradas” que partilharam

juntos momentos, interesses, histórias, aquando do cumpri-

mento do serviço militar em Moçambique.

Este ano, a organização deste evento coube a uma pessoa

da nossa freguesia, José de Jesus Carvalho, pelo que, segun-

do ele, “não podia deixar de ser revelado como cartão de

visita da nossa terra, o espaço acolhedor e de grande valor

histórico, como é o Jardim da Barreira”.

Assim, durante o período da tarde, depois da celebração

da eucaristia na Igreja da Consolata em Fátima, do almoço,

e da visita à Exposição “Fátima Luz Paz”, os convidados

dirigiram-se ao Jardim da Barreira.

Na capela do Jardim foram expostos, entre outros, qua-

… e o XVI Encontro da “Juventude” de 1942

H.M.658/659 Auto-Macas

Em Destaque...

dros do acervo da Junta de Freguesia da Barreira, do pintor

Artur Franco que brindou os participantes, com a sua presença,

durante o período da tarde.

Já no Jardim, enquanto era servido o lanche, devidamente

preparado, decorreu um momento musical que teve como

intervenientes Rita Domingues, à guitarra, Ângela Domingues,

no violino. O som destes instrumentos, que se confundia com

o sussurrar da água e o chilrear das aves, num ambiente de

vegetação e arvores frondosas, como são as do Jardim da Bar-

reira, permitiu a todos viver um momento de rara beleza que

pode e deve ser repetido em ocasiões futuras.

A todos os que permitiram que este convívio fosse especial

não é possível deixar de manifestar uma palavra de apreço e

gratidão.� Filomena Carvalho

Durante os dias 5, 6 e 7 de Agosto, decorreu a festa do

Santíssimo Salvador nas zonas envolventes à Igreja da

Barreira, sendo organizada, tradicionalmente, por alguns

dos paroquianos que completam neste ano de 2006, 40

anos.

Os festeiros foram cerca de dez; podemos nomear a

Gorete, a “Milita”, o Paulo Grosso, o Paulo “Padeiro”, a

“Lizita”, o Horácio, o Rui, o Adelino, a Fátima e o Antó-

nio. É de salientar que várias pessoas colaboraram para

além destes.

No Sábado, ocorreu a abertura do arraial por volta das

15h e no Domingo foi realizada a missa com procissão em

honra do Santíssimo Salvador, que contou com andores

bastante variados mas todos muito bonitos. A missa em

honra das intenções dos festeiros foi realizada na Segun-

da-Feira.

Durante os 3 dias, a festa decorreu sem qualquer proble-

ma e sempre com muita alegria, já que o palco a partir das

21h30 tinha sempre música animada para todos. Os organi-

zadores deram o seu melhor e esforçaram-se imenso, já

que contavam-se 4 espaços onde a sua presença era exigida

bem como o seu empenho. Falamos do Restaurante, do Bar

Exterior, do “Café d’Avó” e da Quermesse.

O restaurante abriu ao público por volta das 19h do dia 5,

Barreira festejou o seu padroeiro onde eram servidas refeições bastante saborosas como frango na

brasa, entrecosto grelhado ou mesmo carne de cebolada, acom-

panhadas das mais variadas iguarias, desde um bom vinho à

sobremesa sempre saborosa.

No Bar do Exterior, eram servidas desde variadas bebidas.

Este bar tinha o objectivo de apoiar a zona mais perto do palco,

onde as pessoas se juntavam para ouvir os grupos musicais a

tocar e animar a festa. No Sábado, dia 5, o Grupo Musical H20

marcou a sua presença; já no dia 6, Domingo, foi o grupo musi-

cal Os renovadores, e por fim dia 7, Segunda-Feira, foi o Grupo

Musical Estrelas Azuis.

O “Café d’Avó” era outro dos espaços da festa, estava dentro

do salão, e aqui era servido um excelente café d’avó acompa-

nhado por bolos e filhós caseiras. Existiam umas mesas que

proporcionavam um bom serviço a quem a ele se dirigisse.

A quermesse era outro dos espaços que se encontrava no

salão, e esteve a cargo dos filhos dos festeiros, que se empenha-

ram bastante. Esta quermesse era variada, pois tinha desde rou-

pa a decoração, cerâmica e cortinados, vidros e outros.

Por fim, no último dia, para encerrar a festa, ocorreu um fan-

tástico fogo de artificio que teve uma duração relativamente

prolongada mas sempre majestoso, chamando a atenção de

todos os que tiveram a oportunidade de apreciar.�

Ana Rita Frazão de Sousa

Page 5: junho2007

Ambiente/Património Página 1 Barreira.pt

Jovens ocupam as férias preservando o património

Fontanários e lavadouros de “cara lavada”

Ao longo dos meses de Julho e Agosto, um grupo de

jovens colaborou, voluntariamente, com a Junta de Fregue-

sia na recuperação e limpeza das fontes e lavadouros dos

seguintes lugares da freguesia da Barreira:

- 1 em Telheiro;

- 1 em Pinhal Verde;

- 1 em Barreira;

- 1 em Andreus;

- 2 em Sobral;

- 1 em Cumeira;

- 1 em Marvila;

- 2 em Casal da Cortiça.

Segundo José Cunha, presidente da Junta

“para além da recuperação e limpeza, vamos

caiar ou pintar as mesmas, pedir a colabora-

ção dos SMAS para proceder às analises da

água para verificar a sua qualidade.”

Com esta iniciativa, o executivo pretende, no

futuro, criar um "Roteiro das Fontes" e elaborar

um percurso entre elas.�

Barreirenses limpam

Chão Direito

No dia 8 de Julho (sábado) mais de 30 pessoas, pequenas

e graúdas, arregaçaram as mangas, vestiram-se a rigor e

procederam à limpeza do pinhal localizado no Chão Direi-

to.

Esta iniciativa foi organizada pela Junta de Freguesia em

parceria com a Câmara Municipal de Leiria, que disponibi-

lizou diverso material (t-shirt’s, pinças, luvas e sacos) e

transporte.

“Os objectivos desta actividade foram atingidos, pois

recolhemos mais de 10 toneladas de lixo e todos os que

participaram afirmaram que iam ter mais cuidado com o

ambiente”, referiu José Cunha, presidente da Junta, que

também ajudou activamente na recolha de lixo.

No futuro, o executivo pretende continuar a sensibilizar a

população para esta problemática, mas alargando a área de

intervenção de limpeza a outros lugares da freguesia.�

Incêndio florestal na Mourã No passado mês de Agosto, deflagrou um incêndio no lugar da

Mourã.

O fogo consumiu mato e pinhal e esteve próximo de algumas

habitações.

Os bombeiros extinguiram o fogo nessa mesma tarde, com o

apoio de alguns habitantes do lugar que disponibilizaram veículos

com tanques de água.�

Page 6: junho2007

Página 1 Barreira.pt

Obras da nova sede da Associação dos Andreus já se iniciaram No passado mês de Agosto deram-se início às

obras para a construção da nova sede da Asso-

ciação dos Andreus.

As primeiras escavações já foram feitas e, de

acordo com um dos membros da direcção, “

vamos fazer por tudo para que, em Dezembro, já

esteja construída a primeira placa de modo a

realizarmos a passagem de ano já na cave da

nova sede.”�

Notícias da Catequese

No próximo dia 8 de Outubro inicia-se mais um ano pasto-

ral. Por conseguinte, o serviço religioso que mais envolve a

paróquia, a catequese, tem o seu arranque nesse mesmo dia.

A partir das 10h será celebrada a Eucaristia Dominical, na

Igreja Matriz da nossa freguesia. Às 11h efectuar-se-á o aco-

lhimento a todos os que frequentam a catequese, no Salão

Paroquial.

Da parte da tarde, decorrerá o sorteio do vitelo, evento

organizado pelo Conselho Económico da Igreja, com o objec-

tivo de angariar fundos para diminuir o défice financeiro des-

te órgão, devido às obras efectuadas no Salão Paroquial.�

Secretariado Paroquial da Catequese Reuniões de Pais: - Infância (2º ao 6º) - 9 de Outubro, 21h - Adolescência (7º ao 10º) - 17 de Outubro, 21h

Dizem as regras de boa educação e o bom senso que

quando alguém nos chama, nós devemos responder de

alguma forma a esse chamamento. Ou dizemos sim ou

dizemos não, mas não ficamos indiferentes. E esta é

uma forma de proceder que assumimos com muita nor-

malidade no nosso dia a dia de relação com os outros.

Se ao nível das nossas relações humanas procedemos

assim com muita naturalidade também devemos reflectir

como ouvimos, acolhemos e respondemos ao chama-

mento que Deus nos faz cada dia da nossa vida. Os cris-

tãos são convidados a perceber que a sua vida é um

dom, um chamamento que Deus lhes faz em permanên-

cia, e por isso a sua responsabilidade de responder com

alegria, encanto e entusiasmo.

Vem esta questão a propósito daquele que vai ser o

tema para o ano pastoral que vamos iniciar agora. Na

continuação da concretização do Plano Pastoral Dioce-

sano neste segundo ano vamos reflectir, rezar e agir

sobre a temática do “Chamamento – Deus Chama”. Se

preferirmos podemos dizer que vamos ter como propos-

ta base, para todas as actividades e todos os sectores de

vida das comunidades paroquiais, a reflexão sobre a

“Vocação”. O nosso Bispo, a este propósito e como lan-

çamento do ano, escreveu à Diocese uma Carta Pastoral

a que deu o título: “Descobrir a beleza e a alegria da

vocação cristã”. Ora este é o desafio e o convite feito a

todos os cristãos desta nossa Diocese de Leiria-Fátima.

Obviamente que na nossa comunidade paroquial este

vai ser o tema central de todas as actividades de âmbito

pastoral que agora vamos iniciar.

Fica o meu apelo a que todos possamos reflectir, rezar

e agir (na resposta ao chamamento) tendo como base

esta certeza de que somos chamados…

Todos, pelo baptismo, somos inseridos na comunhão

de vida íntima com Deus e na comunhão de irmãos que

é a Igreja. “No Baptismo está a origem da vocação

comum de todos os fiéis cristãos. Todos somos chama-

dos a viver a nossa existência humana em comunhão

com Cristo: a crescer na relação filial com Deus, no

amor fraterno, na vida nova segundo o Espírito de san-

tidade, a participar na edificação da Igreja, a anunciar

e testemunhar o Evangelho no mundo. É uma vocação

em ordem a realizar uma vida boa, bela e feliz com

Cristo e com os outros para o mundo.”

Com estas palavras do nosso Bispo deixo o desafio e o

convite a vivermos este novo ano pastoral na nossa

comunidade paroquial.� Pe Cristiano Saraiva

Somos chamados...

Paróquia/Associativismo

Page 7: junho2007

Página 1 Barreira.pt Associativismo

Inscrições a partir de Outubro

Centro Cultural da Barreira promove

concursos sobre património...

Os interessados deverão dirigir-se à

Junta de Freguesia e preencher uma

ficha de inscrição até finais de Dezem-

bro. As obras a concurso poderão ser

entregues até 31 de Janeiro de 2007.

Todos os trabalhos participantes

serão expostos na Mostra de Arte que

se realizará em Março do próximo ano.

Para mais informações poderá solici-

tar o regulamento do concurso na sede

da Junta de Freguesia ou consultar o

site www.jf-barreira.pt.�

… e lança página na

Internet

Com o objectivo de dar a conhecer o

património arquitectónico e natural da

nossa freguesia; sensibilizar a popula-

ção para a preservação do património,

o Centro Cultural da Barreira (CCB),

a partir de Outubro, vai promover dois

concursos subordinados ao tema “Em

busca do património da Barreira”.

Os dois concursos decorrem em

simultâneo, sendo um destinado às

crianças que frequentam as escolas do

Pré–Escolar e 1º Ciclo do Ensino

Básico e outro às pessoas naturais ou

residentes na nossa freguesia.

A partir do início do mês de Outubro,

o site da Junta de Freguesia, coloca ao

dispor de todos as páginas da Internet do

Centro Cultural da Barreira.

As informações serão várias, desde

um breve historial da instituição, regula-

mentos de concursos, livros lançados

pelos autores da freguesia até fotos de

actividades realizadas pelo CCB.

Os “internautas” também poderão

ficar a conhecer melhor o interior e

exterior do Solar do Visconde e o

Núcleo Etnográfico, localizado no Cen-

tro Associativo (antigo Posto Médico).�

No mês de Julho o grupo de 20 meninos que fre-

quentaram este A.T.L participou num programa de

férias realizado pelo mesmo.

Fomos uma vez por semana à Praia das Paredes nas

carrinhas da ADESBA.

No dia 16 e no dia 23 estivemos todo o dia no Cool

Park, na Ponte do Cavaleiro, e foi muito divertido.

Também fomos a Fátima visitar o Museu da Cera e o

Mosteiro de Alcobaça, já para não falar da ida ao

cinema e das tardes de brincadeira no parque da Bata-

lha e no jardim do Visconde.

Estes passeios todos foram acompanhados pela Fer-

nanda, Guida e Patrícia.

Durante o mês de Julho participámos, de manhã, no

Verão Divertido, do Palmo e Meio do Jornal de Lei-

ria�

Mylene e Catarina

As Férias do A.T.L.

da ADESBA Com o intuito de dinamizar actividades que possibilitem,

aos nossos conterrâneos seniores, momentos de convívio e

visitarem diferentes locais, nos últimos tempos, a ADES-

BA promoveu diversas iniciativas das quais se destacam:

- no dia 8 de Junho realizaram um passeio até ao Jardim

Zoológico de Lisboa, inserido num encontro de idosos;

- a 6 de Julho, foram até à superfície comercial DeBorla

efectuar algumas comprinhas;

- no dia 21 do mesmo mês, dirigiram-se até ao Santuário

de Fátima;

- para comemorar o Dia dos Avós (26 de Julho), os nos-

sos velhinhos confraternizaram num piquenique que decor-

reu no Parque de Merendas dos Parceiros.

Durante o mês de Setembro, a direcção da ADESBA tem

planeado um passeio de comboio até São Martinho do Por-

to. �

Idosos participam em

diversas actividades

Page 8: junho2007

Página 1 Barreira.pt Sociedade

Novos Placares

Informativos

Desde os últimos

meses que os princi-

pais lugares da nos-

sa freguesia dis-

põem de placares

informativos.

Deste modo, a

Junta coloca à dis-

posição de todas as

associações e insti-

tuições de um espa-

ço de divulgação

das suas actividades

bem como de informações relevantes

para a população em geral.

Se necessitar de algum esclareci-

mento, dirija-se à Junta de Freguesia

ou através do telefone 244 892234.�

Junta promove

cursos de informática para todos No decorrer do mês de Agosto, um

grupo de jovens da nossa freguesia

andou de porta em porta a questionar a

população no sentido de saber as

necessidades de cada um, na área da

informática, para formar turmas com

níveis e conteúdos diferentes.

Neste momento, a Junta já possui

mais de 30 inscrições e pensa iniciar os

cursos a partir de Outubro. As sessões

decorrerão aos serões, na sala de infor-

mática instalada no Centro Associativo

(antigo edifício do Posto Médico).

De acordo com o presidente da Junta,

José Cunha, estas acções de formação

têm como objectivo principal “dar mais

conhecimentos de informática a todas as

pessoas, independentemente da idade,

tornando-as mais autónomas no manu-

seamento desta ferramenta de trabalho

tão necessária e indispensável nos dias

de hoje”.

As primeiras turmas irão aprender a

realizar tarefas muito elementares desde

saber ligar o computador, manusear o

rato até conhecer e trabalhar nos progra-

mas mais básicos, como é o caso do

Word e Excel.�

No passado dia 9 de Setem-

bro (sábado), o Colégio Infantil

“O SALTITÃO” Creche e Jar-

dim de Infância, sito em Par-

ceiros, propriedade da nossa

conterrânea Arminda, comemo-

rou o seu 10º aniversário de

“vida”.

Os festejos começaram a

partir das 15 horas com Missa

de Acção de Graças na Igreja Paroquial dos Parceiros,

sendo a mesma animada pelo Coro Infantil da nossa

freguesia.

“O Saltitão” comemora 10º aniversário

Depois seguiu-se um lanche convívio no jardim do “Solar

do Visconde”.

Esta festa teve a participação dos actuais e antigos alunos

desta instituição, bem como familiares e amigos. Contaram

também com a presença de algumas entidades oficiais,

nomeadamente o Presidente da Junta de Freguesia da Bar-

reira, o nosso pároco, representantes do Clic Académico,

Eurolínguas e outros.

A tarde foi animada por um divertido grupo de palhaços também aqui da Barreira. A todo o pessoal que trabalha no Colégio Infantil “O

SALTITÃO” a redacção do Barreira.pt deseja as maiores

felicidades e uma futuro promissor.�

Page 9: junho2007

Página 1 Barreira.pt

Assiste-se a um reacender das hostilidades no Médio Orien-

te. Diariamente as imagens dos conflitos que devastam aquele

território e que, apesar de parecer tão distante de nós, na ver-

dade, é já aqui ao lado, entravam pela nossa casa adentro. Já

não nos chocam as notícias de mortes de civis e as imagens de

destruição no Iraque e, mais recentemente, no Líbano e Israel.

Para nós, trata-se de conflitos regionais que não nos dizem

respeito, mas que, indirectamente, afectam a nossa economia

e a nossa segurança interna. Põe-se, então, a questão de saber

como é que tudo começou e porque dura há tanto tempo?

O conflito israelo-árabe gerou seis guerras entre dois grupos

de povos que reclamam para si o mesmo território. Considera-

da a “Terra Santa” ou “Terra Prometida”, Israel é controlada,

desde os tempos bíblicos, pelo povo judaico até o seu domínio

ter passado para os povos babilónicos, persas, gregos, roma-

nos, bizantinos e otomanos. Após a derrota pelos Romanos,

milhares de judeus foram expulsos da sua terra natal, Jerusa-

lém, e a região foi renomeada, pelo imperador romano Adria-

no, Província Síria Palestina. Os Bizantinos (muçulmanos)

conquistaram a região pela pri-

meira vez em 638 d.C., situação

que se manteve até à sua integra-

ção no Império Otomano em

1517. Em 1896 surge o Movi-

mento Sionista que defende a criação de um Estado Nacional

Judaico para garantir um lar nacional para os judeus.

Inicialmente dominada pelos Turcos, a Palestina, com o fim

da I Guerra Mundial e o consequente desmembramento do

Império Otomano, transformou-se num mandato da Liga das

Nações, tendo sido entregue à Grã-bretanha. Na sequência do

Holocausto (II Guerra Mundial), o governo britânico, pressio-

nado a cumprir a promessa de ajuda feita na Declaração de

Balfour à Federação Sionista Britânica no sentido da criação

de um Estado Nacional Judaico, abre mão do seu mandato na

Palestina em 1947.

A Organização das Nações Unidas recomendou a partilha

da Palestina entre os dois povos, judeus e árabes, e, em 1948,

é declarada a independência de Israel. Na mesma altura, é

constituída uma Liga militar formada pela Síria, Líbano, Jor-

dânia, Iraque e Egipto que ataca Israel. É o início da Guerra

da Independência (primeira guerra).

Em 1952, Gamal Abdel Nasser e outros jovens oficiais

nacionalistas depuseram o Rei Faruk do Egipto e assumiram o

controlo do canal do Suez, com a ajuda da União Soviética,

atacando de seguida Israel, iniciando-se a segunda guerra em

1956. A ONU intervém enviando uma Força de manutenção

da paz para manter os dois lados separados.

Conflitos Israelo-árabes Em Junho de 1967 dá-se a Guerra dos Seis dias quando,

perante os ataques de guerrilhas de Nasser e dos palestinia-

nos, Israel responde esmagando a força aérea egípcia no solo

e conquistando a Península do Sinai, os Montes de Golan da

Síria e a Margem Ocidental da Jordânia. Em Novembro de

1967, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a Resolução

242, que declarava que Israel deveria retirar-se das terras ocu-

padas em troca de paz e reconhecimento, mas não estabelece

a que territórios se refere nem reconhece o povo palestiniano

enquanto nação.

Em 1969-1970, é desencadeada a Guerra do Desgaste,

quando o Presidente egípcio Nasser, apoiado pela União

Soviética, organizou várias travessias do Canal do Suez, pro-

vocando as super potências.

A guerra de Yom Kippur, em Outubro de 1973, é desenca-

deada quando Anuar Sadate, sucessor de Nasser, decide inva-

dir Israel através do Canal do Suez e Israel reage vigorosa-

mente. Na sequência disso, são enviados observadores da

ONU para o Sinai e para os Montes Golan. Em 1978 e 1979,

o então Presidente dos EUA, Jimmy Carter, leva Israel e o

Egipto a negociaram os Acordos do Campo David que deter-

minaram a devolução do Sinai ao Egipto

e a resolução dos problemas da Margem

Ocidental.

Israel invade o Líbano, em 1982, tendo

por objectivo expulsar a Organização de

Libertação da Palestina (OLP) do território. Anteriormente

visto como um paraíso de estabilidade no Médio Oriente, o

Líbano depressa se transforma num estado em guerra civil,

com a sua capital, Beirute, a ser alvo de um cerco que dura 10

semanas. Só em 1985, Israel decide retirar-se da maior parte

do território Líbano, mas mantém-se numa zona tampão no

sul.

A 12 de Julho de 2006, o Hezbollah (Partido de Deus), uma

milícia xiita, etnia maioritária no Líbano, ataca um posto

fronteiriço israelita e sequestra 3 soldados, matando outros 8.

Israel responde bombardeando o Líbano e bloqueando o terri-

tório por terra, ar e mar. Recomeça, assim, mais um conflito

no Médio-Oriente.

Neste momento, já se encontra no terreno os militares da

força da UNIFIL, missão constituída pela ONU para atenuar

as hostilidades e restaurar a ordem no país. Assim, tudo pare-

ce estar a voltar ao normal, mas a questão é: por quanto tem-

po? Esperemos que por muito!� Elodie Rocha

“… tudo parece estar a voltar ao normal, mas a questão é: por quanto tempo?”

Sociedade

Page 10: junho2007

Página 1 Barreira.pt Sociedade

Ex.mo Sr. Presidente da Junta de Freguesia e

Ex.mos membros da Assembleia de Freguesia

Estimo que esta minha carta vos vá encontrar de boa

saúde, juntamente com os vossos familiares e todo o

povo da freguesia que vos elegeu para tomarem conta

dos interesses do Zé Povinho e da Maria Povinho, por-

que eu “ao fazer-me desta” passo bem graças a Deus,

que tudo comanda e também governa “vocemeceses”.

Tem esta o fim de vos fazer um pedidozinho que eu

penso que não ficará muito caro comparado com o que

algumas Juntas de Freguesia, gastam, onerando em

muito o futuro das freguesias (aqui vai uma palavra

cara para dizerem que cá a Maria Povinho escreve car-

tas à antiga e que também sabe escrever umas palavri-

nhas caras) e que sabe o significado delas. De algu-

mas, de outras não.

Há escritores que escrevem tão caro, tão caro, que

tenho que ir ver ao dicionário o que é que eles querem

dizer “com aquilo” e quando escrevem muito, muito

caro, dá-me a preguiça cá com uma pintaróla... por me

cansar por estar sempre a abrir o dicionário, que resol-

vo pôr os seus livros, muito arrumadinhos num canto

da estante para onde nunca mais olho, para não

lamentar o dinheiro que dei por eles. Ah… mas agora

eu aprendi! Antes de comprar um livro, folheio-o, por

aqui e por ali, leio um ou outro parágrafo e tenho muito

em conta o tamanho da letra. A partir dos sessenta

anos começa a ser tudo menos.

Mas eu quero, que esta carta seja lida e entendida

por todos os Zés Povinho e Marias Povinho que

“botaram”, na Junta de Freguesia vigente, “botaram” e

não votaram como se dizia ali, para o lado do “Campo”

onde o meu pai antigamente ia buscar as mulheres da

vindima que tinham que ser raparigas muito

“ajuizadinhas”, que não soubessem dançar, e que não

fossem galos doidos, penso que para não se entusias-

marem com os meus irmãos, uns adolescentes e

outros já homens feitos. Nada de gado… Nada de

gado… dizia então a minha mãe ao meu pai muito

preocupada, que sabia seleccioná-las a dedo.

Era sempre na Festa do Senhor dos Milagres que

eram “apalavradas” através de uma das mais velhas

que costumava vir todos os anos e que já sabia os cos-

tumes daquela casa da lavoura onde o macho, o cão e

os gatos eram quase tão amados como os filhos, que

eram muitos, e onde as galinhas, pintos de todas as

idades, porcos brancos e malhados, ovelhas e seus

cordeirinhos, coelhos e porquinhos da índia, perus e

patos, viviam em sã convivência (às vezes, quando não

havia um galo que queria mandar nas galinhas todas e

que era comido na ceia da “adiafa”, com as galinhas

que guerreavam com as outras suas irmãs ou com o

resto da bicharada). Tinham mais espaço para convive-

rem todos, do que um andar de cinco assoalhadas. Mas

bem, eu não vos quero adormecer com este discurso

sobre o antigamente. Vamos ao moderno, não à moder-

nice, que é diferente do ser-se moderno.

Vamos às ideias arejadas que cá uma das Marias Zé

Povinho pensa que tem, às vezes, outras vezes são

obsoletas. Aí vem outra palavra cara que quer dizer,

antiquadas, fora de moda.

Eu queira muito que o Senhor Presidente da Junta de

Freguesia e os senhores membros da Assembleia de

Freguesia pensassem em continuar o trabalho da Junta

de Freguesia anterior—mandarem construir passeio

desde a Carvalhinha (do sítio onde parou até ao fim do

lugar da Barreira, pelo menos). É que as Marias Povi-

nho, e os Zés Povinho estão a ficar cada vez mais

velhos e necessitam de fazer caminhadas, que não são

modernices, são imperiosas necessidades higiénicas

para não ficarem “cochelas” muito antes do tempo.

E necessitam de fazer as suas caminhadas ou andar

simplesmente na rua, sem se preocuparem com os car-

ros que vêm cada vez mais “bem mandados”, que

matam cão, gato, coelho ou rato, tudo que lhes apareça

à frente…

Muito obrigada, pela .atenção que o meu pedido vos

possa vir a merecer.� Júlia Moniz

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Página 1 Barreira.pt

se ter o cuidado de entrar na água a cada 15 ou 20

minutos para evitar que a perna fique muito quente.

- Faça exercícios: Os exercícios melhoram a força

muscular da perna e, portanto melhoram a circulação

de retorno. Ande a pé, de bicicleta, corrida, dança,

caminhe na praia junto à água, banho de mar, natação.

- Evite o uso de anticoncepcionais hormonais: As

hormonas femininas (pílulas, tratamento de menopau-

sa, reposição hormonal) retêm líquidos e aumentam a

pressão dentro das veias, também amolecem as paredes dos

vasos e são uns dos principais factores desencadeantes de

varizes.

- Evite ficar sentado ou em pé por muito tempo: As vari-

zes surgem quando se está em pé ou sentado e não aparecem

quando se está deitado ou em movimento. Quando por moti-

vos profissionais ou sociais for necessário ficar muito tempo

parado, sentado ou em pé (no trabalho, em festas, em viagens

longas), devemos movimentar os pés, como se estivéssemos a

acelerar um carro. Este movimento do tornozelo, faz a muscu-

latura contrair ritmicamente, o que faz a circulação funcionar

e evita varizes.

- Evite cruzar as pernas quando se senta. Ao fazê-lo está

a aumentar a pressão na perna, que fica por baixo dificultando

ainda mais a circulação do sangue.

- Use roupas e sapatos confortáveis. Quando apertados

dificultam a circulação e o retorno do sangue. Os saltos altos

são prejudiciais.

- Durante o repouso, mantenha as pernas ligeiramente

levantadas, ou pelo menos esticadas em cima de um ban-

co, após um dia de actividades mais intensas ou após o exer-

cício físico, de forma a favorecer o retorno venoso e melhorar

a circulação do sangue. Se tiver cãibras durante a noite durma

com o colchão um pouco elevado na zona dos pés (10 a 15

centímetros).� Sílvia Rocha

As varizes são uma doença degenerativa das

veias das pernas. As veias das pernas têm como

função conduzir o sangue de volta ao coração.

Dentro delas existem pequenas válvulas que impe-

dem o retorno venoso para os pés, devido à acção

da gravidade. Quando estas válvulas se tornam

insuficientes, não fecham adequadamente e o san-

gue não progride. Localmente, a quantidade de

sangue aumenta, fica estagnado e faz com que as

veias se dilatem e deformem tornando-se visíveis e com

aspecto sinuoso. É um problema muito frequente, que em

diversos graus de gravidade atinge homens e principalmente

mulheres.

COMO PREVENIR AS VARIZES:

Hoje existem muitas alternativas para a prevenção e para a

melhoria destes problemas das pernas. Como problema de

circulação que é, pode-se melhorar toda a circulação melho-

rando assim a condição e as queixas. No entanto como tudo

na vida, a prevenção é fundamental e deveria ser feita quanto

mais cedo melhor e de um modo regular. Os cuidados preven-

tivos facilitam o retorno venoso, diminuem as queixas, o

sofrimento, evitam a dilatação das veias e atrasam a evolução

da doença, podendo evitar a necessidade de uma intervenção

cirúrgica.

Se tem varizes ou se quer evitar ter varizes deve ter atenção

aos seguintes conselhos:

- Use meias elásticas principalmente durante a gravidez, ou

durante actividades em que permaneça muitas horas de pé ou

sentadas. São o principal meio de prevenção para o apareci-

mento de varizes. Os seus resultados são melhores se as cal-

çar logo de manhã, mesmo antes de se levantar da cama.

Estas meias medicinais devem, no entanto, ser receitadas por

um especialista.

- Mantenha um peso corporal adequado evitando o

excesso de peso. O excesso de peso sobrecarrega a circulação

e provoca o aparecimento de varizes. Faça uma alimentação

equilibrada rica em fibras e fruta. Substitua as carnes verme-

lhas e as gorduras por peixe e carne de aves. Evite os alimen-

tos fritos e algumas especiarias (pimenta). Use de preferência

o azeite. Beba cerca de um litro e meio de água por dia e evite

bebidas alcoólicas. O tabaco prejudica a fluidez do sangue no

retorno venoso para o coração, agravando o problema a quem

sofre de varizes.

- Evite o Sol e o Calor: O sol, sauna, banhos muito quentes

e demorados, braseiras, lareiras, depilação com cera muito

quente provocam o aquecimento da pele e dilatação das veias.

Quando estiver exposto ao calor da praia ou da piscina deve-

Saúde

Varizes: Como preveni-las?

Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3

Figuras 1, 2 e 3 –

Varizes de pequeno,

médio e grande

calibre.

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Página 1 Barreira.pt

Eu estava lá, no lugar onde as ondas chocam veemente

umas nas outras, onde a areia enrola as naus violentamen-

te, no lugar que os homens sonhavam atravessar. E ali eu

continuava a observar toda aquela persistência, todo aque-

le dispendioso investimento que se afundava apenas num

curto instante.

Nunca ninguém dali passava. Era a fronteira entre o

mundo e o desconhecido. Corriam inúmeras histórias de

monstros, serpentes marinhas e peixes voadores, mas até

agora não eram nada mais do que isso, histórias.

A terça-feira era o dia das apostas. Todos os seres aquá-

ticos traçavam uma onda no mar. Essa onda era o local

máximo da sua aposta, ou seja, uma onda significava um

naufrágio, caso contrário, esse ser perdia, e o peixe, ou a

baleia, ou o tubarão que tivesse traçado a onda mais perto

do naufrágio ganhava.

De facto, nós, os seres aquáticos éramos ruins, mas faz

parte da juventude!

As baleias ganhavam sempre, mas também, era devido à

sua batota, todos o sabem! Quando se encontravam a per-

der, atiravam-se fortemente e em grande fúria contra a

nau, obrigando-a a naufragar.

Os camarões, coitados, não acertavam uma. Os pobres

desgraçados perdiam sempre! A sua aposta era sempre

fraca de mais, embora fossem dos poucos seres que não

faziam batota. Eles e os golfinhos. Pois, de facto os cama-

rões e os outros golfinhos como eu, eram os mais pacatos

da zona. Não andavam metidos em confusões, ao contrário

dos tubarões que passavam a vida a comer os outros con-

correntes por lazer.

De qualquer maneira, ninguém se atrevia a passar para lá

da linha da escuridão. Sempre que um barco superava as

apostas e se aventurava para além da linha da escuridão,

imediatamente se encontravam os seus destroços à superfí-

cie da água. Dizia-se que um polvo gigante amarrava as

naus com os seus oito braços e as apertava até se desfaze-

rem em pedaços.

O sofrimento espelhava-se no rosto daqueles marinheiros

sempre que uma das naus afundava. E à medida que os seres

aquáticos vão amadurecendo, vão-se apercebendo que não

devem afundar os navios e assustar os marinheiros. Desses

valentes sustos eram originadas as histórias mais horríveis sobre

uns pequenos e inocentes seres aquáticos.

Era uma terça-feira, e todos estavam a fazer as últimas apos-

tas, até que as três naus que seguiam a rota passaram de novo

para lá da linha da escuridão. Todos esperaram em silêncio com

uma expressão triste na face.

Já passados dois dias, continuávamos sem notícias das naus, e

alguns seres começaram e ir para casa, já sem esperança de as

ver voltar.

Quando os últimos camarões estavam a ir para as suas casa,

viram ao longe as três naus regressar, e rapidamente chamaram

outros camarões, que chamaram outros peixes, que chamaram

outros, que chamaram outros tubarões, e por aí em diante até

todo o oceano ficar a saber da novidade.

Eram realmente as naus da outra vez, as cruzes vermelhas nas

velas eram as mesmas de sempre. Eram as mesmas das outras

quinze tentativas falhadas, eram as mesmas que nunca perderam

a esperança e a coragem.

Mais tarde vieram outras embarcações, e a linha da escuridão

passou a ser a linha mais atravessada de todos os oceanos.

Todas as outras linhas invejavam a linha da escuridão pelo facto

dela ser a mais usada de todos.

As histórias acabaram, o medo acabou, o polvo gigante que

era temido por todos acabou.

Depois de tanto sofrimento causado, não lhe iríamos tirar o

nome, por isso, ainda hoje os seres aquáticos lha chamam linha

da escuridão. Mas já ouvi dizer que os homens que navegavam

naquelas naus, os homens que recebem o nome de Portugueses,

deram outros nome à nossa linha da escuridão, deram-lhe o

nome de Cabo da Boa Esperança.� Maria Francisca Cunha

Os Navegadores Portugueses

Cultura - Escritores da nossa terra

“Nunca ninguém dali passava. Era a fronteira entre o mundo

e o desconhecido.”