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Edição Especial Verde e Amarela::: #VaiTerCopaSim! Uma entrevista com Dilma Bolada e seu criador, Jeferson Monteiro; Um Raio X do Cartão de Passe Livre Estudantil: dos problemas a como pedir o seu; As cartas de amor da Banda Lítera; Um papo com o Vereador Marcelo Sgarbossa sobre o Fundo Cicloviário de Porto Alegre; A evolução dos filmes de faroeste no cinema; Yes, nós temos estádios! os elefantes brancos que ficaram como legado. + GUIA | VIDA URGENTE | COLUNA FLEX NUTRITION | PIADA PRONTA

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Uma empresa de apostas irlandesa divulgou em seu Twitter uma ima-gem em apoio a seleção Irlandesa na Copa do Mundo. A foto mostra a frase “C’mon England PP” (em inglês, “Vamos Inglaterra PP”) escrita em espaços vazios em uma floresta, que parece ser na Amazônia. Um jornal britânico foi na onde e publicou a imagem como sendo verdadeira. Lembrando que a seleção da Inglaterra faz seu primeiro jogo na Arena Amazônia, em Manaus, no dia 14 de junho.

ATÉ A ÚLTIMA PONTAO Brasil mais uma vez está atrasado,

o assunto da liberação da Maconha não é algo que deveria ser discutido se vão ou não legalizar, mas sim, quando.

Matheus – POA

PAPOÉ um absurdo a UEE-RS cobrar mais

R$9,00 por um selo que mesmo assim não te dá 100% de certeza de pagamento de meia-entrada em cinemas e outros locais. Algo está muito mal explicado nessa UEE, é muito dinheiro entrando e pouca coisa de concreto aparecendo.

Regina Moura – POA

É Copa do Mundo! Tempo de celebrar o futebol, a nossa seleção, a alegria con-tagiante do brasileiro e a VIDA! O Brasil é conhecido por sua tradição no futebol, mas também é um dos campeões em acidentes de trânsito, estando entre os 5 países mais violentos do mundo. Um título que certamente não queremos.

A “cultura do herói”, conceito desen-volvido pela Fundação Thiago de Moraes Gonzaga para descrever a realidade em que os jovens estão imersos, é composta por vários estímulos que induzem ao com-portamento de risco: velocidade, mistura de álcool e direção e outros excessos. Este comportamento de risco contribui, entre outros fatores, para que os acidentes de trânsito sejam a principal causa externa de morte de adolescentes e jovens do sexo masculino em nosso país.

Recente estudo, o II LENAD (Levan-tamento Nacional de Álcool e Drogas), aponta que dirigir alcoolizado é um dos comportamentos de risco mais perigosos e frequentes associados ao consumo de álcool. Mesmo com os avanços legais, a frequência do beber e dirigir no Brasil ainda é bastante alta na juventude.

Só que a violência no trânsito tem acabado com muitos sonhos antes mesmo do “segundo tempo” da vida. Esses mesmos jovens que têm no futebol sua alegria e, muitas vezes sonham em vestir a camiseta da nossa seleção, estão voltando para casa em caixões fechados.

No clima da Copa do Mundo a Fundação Thiago Gonzaga convoca a Torcida pela Vida para estimular os craques do trânsito, aproveitando a paixão pelo futebol para falar em mobilidade humana segura. Temos a certeza de que juntos, podemos dar cartão vermelho para a violência e construir um trânsito mais humano e seguro.

Para ser campeão na VIDA, é preciso seguir as regras do jogo. Faça parte desse time!

Dicas para ser uma Craque Vida Urgente:

> Usar o cinto de segurança, inclusive no banco de trás: jogada legal.

> Atravessar fora da faixa: posição irregular.> Excesso de velocidade: cartão vermelho.> Dirigir falando ao celular: lance ilegal.> Avanço de sinal: você está impedido.> Transportar crianças no banco da frente ou fora

da cadeirinha: cartão vermelho.> Craque da rodada não mistura bebida e direção.

Cartão vermelho para a violência no trânsito

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É sabido que uma das consequências da quimioterapia é a perda de cabelos, o que diminui muito a autoestima de pacientes com Câncer, ainda mais quando esse pa-ciente é uma criança. Uma peruca pode fazer uma grande diferença. Pensando nisso, a instituição mexicana Casa de La Amistad criou o Hairfest, um festival de rock onde metaleiros escolhiam pagar 70 pesos para entrar ou doar os cabelos.

O resultado vemos no filme divulgado pela agência Ogilvy, responsável pela ação. Segundo a agência, com a ajuda dos metaleiros, foi possível produzir 107 peru-cas. http://goo.gl/hGrbUB

Há nove meses moradores sem teto ocupam um prédio abandonado há vinte anos no centro de Porto Alegre. Nós do Jornal Opa! fizemos um MiniDoc com alguns moradores da ocupação, onde mostramos quem são eles, o que fazem, o que sonham, pois o que eles querem está explícito: ter direito a moradia. Vai lá no nosso canal no You Tube e confere.

O LinkedIn, rede social de negócios, listou as 20 cidades no mundo mais atraentes para os recém-forma-dos. Paris foi o destino campeão, mas São Paulo está na jogada.

1. Paris2. Washington DC.3. Mineápolis – EUA4. Madrid5. Chicago6. Nova York7. Londres8. San Francisco9. Bangalore – Índia10. São Paulo11. Houston – EUA12. Boston13. Seattle14. Pune15. Los Angeles16. Atlanta17. Hyderabad – Índia18. San Diego – EUA19. Denver – EUA20. Nova Déli – Índia

Um aplicativo colaborativo pretende ajudar turistas na Copa do Mundo, quando a questão for segurança pública. Criado pe-los empreendedores Josué Alencar e Efrem Filho, o LIGA funciona não apenas para repor-tar ocorrências de criminalidade, mas tam-bém como uma rede social em que é possível saber se amigos e familiares estão correndo algum tipo de risco.

No Liga há a possibilidade de reportar e anexar fotos da ocorrência apenas no mo-mento em que o fato está acontecendo. Outro ponto em que o aplicativo se destaca é que muitas das ocorrências como assaltos não chegam ao conhecimento das autoridades e as vítimas desse tipo de crime costumam re-latar suas experiências em redes sociais como desabafo e a informação acaba se perdendo com o tempo.

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Que a série Game of Thrones é o maior sucesso, não é novidade nenhuma. Só que a série da HBO já bateu recorde de audiência de Família Soprano. A produção baseada na saga de literatura fantástica de George R.R. Martin acumula uma média de 18,4 milhões de espectado-res por semana, 200 mil mais que “Família Soprano” em seu melhor momento.

Uma equipe de pesquisadores americanos afirma que donos de gatos são mais inteli-gentes do que donos de cachorro. Lidera-dos pela pesquisadora Denise Guastello, da Universidade Carroll, a equipe entrevistou 600 estudantes para descobrir os traços de per-sonalidade e qual era o animal de estimação preferido de cada um – os cães ainda são os mais amados: 60% dos entrevistados se diziam “dog people”.

E essas pessoas costumam ser, em geral,

mais enérgicas e extrovertidas. Já os donos de gatos costumam se sair melhor que os outros em provas de in-teligência. A pesquisadora explica o resultado: “Faz sen-tido que um fã de cachorro seja mais enérgico, porque eles querem sair, conversar com as pessoas, levar o cachorro junto. Se você for uma pessoa mais introvertida e sensitiva vai preferir, talvez, ficar em casa lendo um livro. E o gato não vai exigir que você o leve para dar uma volta”.

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A Organização Mundial da Saúde listou os países que mais consomem bebidas alcoólicas no mundo. Embora o Brasil consuma mais álcool do que a média de consumo no mundo (cada um de nós bebe 8,7 litros de álcool por ano, enquanto a média mundial é de 6,2 litros/ano), ficamos em 53° na lista dos beberrões.

1º Bielorrússia – 17,5 litros2º Moldávia – 16,8 litros3º Lituânia – 15,4 litros4º Rússia – 15,1 litros5º Romênia – 14,4 litros6º Ucrânia – 13,9 litros7º Andorra – 13,8 litros8º Hungria – 13,3 litros9º República Tcheca e Eslováquia – 13 litros10 º Portugal – 12,9 litros

Você que procura aulas online de in-glês não pode deixar de visitar este site Anderson English. Ele foi criado pelo coreano Anderson Lee que decidiu postar videoaulas de inglês nada convencionais. Ao invés de ensinar o básico, ele ensina palavrões: de como falar até como en-tender uma ofensa em língua inglesa.

+ http://goo.gl/yvgb37

Abertas inscrições para Vestibular Complementar na Faculdade Senac Porto Alegre

Quem perdeu o vestibular de inverno do Senac-RS terá outra chance para ingressar na faculdade ainda no segundo semestre de 2014. A Faculdade Senac de Porto Alegre abriu processo seletivo para preencher as vagas restantes de diversos cursos oferecidos nas instituições.

Os candidatos deverão elaborar um texto dissertativo sobre um tema indicado. As provas serão agendadas e acontecerão nos dias 10, 16 ou 24 de junho, 1, 8, 15, 22 ou 29 de julho ou no dia 5 de agosto, sempre das 19h30 às 22h30. As inscrições podem ser realizadas pelo site www.senacrs.com.br/vestibular. O resultado será divulgado sempre no dia posterior à prova, a partir das 14 horas, no site da Instituição, e a matrícula iniciará no mesmo dia da divulgação da lista dos aprovados.

Os cursos oferecidos são bacharelado em Administração e tecnólogos em Design de Moda, Produção Multimídia, Comércio Exterior, Gestão de Recursos Humanos, Gestão Financeira, Marketing, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Redes de Computadores e Hotelaria.

Mais informações pelo fone (51) 3022.1044

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Pessoas desesperadas correndo para dentro dos saloons e de suas casas. Apenas dois homens ficam do lado de fora, na rua de chão empoeirada. Todos os moradores estão espiando atentamente os indi-víduos. Um deles é o xerife do local. O outro é um dos bandidos mais procurados do velho oeste. Ambos estão frente à frente. Cada um está com a mão em seus revólveres. Quem será o homem mais rápido do ga-tilho? Silêncio no ar. Ao fundo, uma bola de feno passa sendo arrastada pelo vento. Eles sacam as armas e atiram. Dava-se início a mais uma disputa de vida ou morte no velho oeste.

O faroeste, também conhecido originalmente como cinema wes-tern, foi adaptado para o português dos termos em inglês “far”, que significa “distante” e “west”, cujo significado é “oeste”. O primeiro lançamento do gênero aconteceu na época dos filmes mudos. O Grande Roubo do Trem, do diretor Edwins S. Potter, chegou aos cinemas em 1903. O curta de 9 a 11 minutos (depende da versão que for assistida), mostrava, em pouco tempo, elementos que iriam se tornar clássicos do velho oeste: bandidos armados, assaltos, tiroteios, fugas em cavalos e um final feliz com os ladrões sendo presos. O espectador estava em êxtase. Estava podendo ver o que até então só conseguia ler e escutar no rádio.

A partir do iminente sucesso, muitos filmes começaram a surgir. Logo, os astros também ganharam destaques. O primeiro ícone do gênero foi o ator Broncho Billy Anderson, que ficou popular após pro-tagonizar a obra de 1903, e gravou muitas películas de faroeste. Mas o principal ídolo do ramo foi o diretor John Ford. Com o longa-metragem The Iron Horse, de 1924, que contava a história da construção de uma estrada de ferro, ele dava os passos iniciais em produções desse tipo. Em 1931, um feito para a história do velho oeste: Cimarron, filme dirigido por Wesley Ruggles, foi o primeiro a receber um Oscar na categoria melhor filme. O que já era popular tornou-se ainda mais. Ford continuava sua trajetória e ajudou a expandir o gênero. Começou a ser considerado o “Pai do Western”. Em 1936, o cineasta conquistaria seu primeiro Oscar com O Delator. Anos depois, em mais de uma opor-tunidade, voltaria a receber o principal prêmio do cinema mundial. O diretor também começou uma longa parceria com o ator John Wayne: o artista foi protagonista em 22 filmes de Ford.

A época de ouro do cinema western ocorreu entre as décadas de 40 e 60. Muitos filmes foram feitos, além de séries de TV, como Zorro e O Cavaleiro Solitário. A Europa resolveu seguir a receita e alguns paí-ses fizeram seus próprios faroestes. Mas, depois de muitos anos, apesar do sucesso, o gênero já dava sinais de cansaço e o auge se arrastaria

até os anos 1980. Esse período não foi tão produtivo e pouca coisa foi feita. Parecia que o velho oeste tinha morrido. Contudo, voltou a respirar nos anos 1990 com os lançamentos Dança com Lobos (1990) e Os Imperdoáveis (1992). O primeiro arrematou sete Oscars, incluindo melhor filme, diretor e roteiro adaptado. O outro foi dirigido por Clint Easttwood e é considerado obra prima do gênero. Também levou para casa quatro estatuetas do prêmio mais cobiçado do cinema.

Com o sucesso, a década de 90 voltou a ganhar produções do velho oeste. Porém, os premiados Dança com Lobos e Os Imper-doáveis haviam sido exceções e o gênero já não atraia mais tanto quanto antigamente. Mas como nada se termina, tudo se reinventa, Hollywood estava decididamente a fim de voltar a apostar no cinema western. Iniciava-se, então, um novo processo de adaptações. Gêneros diferentes começaram a ser introduzidos dentro do faroeste, como comédia e ficção científica. Surgiam filmes como: Bater ou Correr, As Loucas Aventuras de James West, entre outros.

Hoje em dia o western segue essa linha, fugindo do tradicional formato dos anos 1940 e adaptando gêneros diferentes dentro do faroeste. Mas, às vezes, alguns filmes voltam às origens, como: Ma-verick (1994), Ned Kelly (2003), À Procura da Vingança (2008), Bravura Indômita (2011). Há até uma versão “tarantinês” de Quentin Tarantino (Django Livre) e uma animação lançada em 2011 (Rango). A verdade é que o velho oeste não desapareceu e não morrerá tão cedo para os americanos e, de uma forma ou outra, estará sempre presente nos cinemas.

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Ela é a Rainha da Nação, a Diva do Povo, a Soberana das Américas, ela é Dilma Bolada. Ele é Jeferson Monteiro, estudante de publicidade e criador do personagem mais polêmico e bem humorado das redes sociais.

Opa! - Cara, antes do perfil da Dilma Bolada, você criou um fake @vidadegay-roto, que era uma paródia ao blog Vida de Garoto da Revista Capricho. Como foi isso?

Jeferson - Como já falei algumas vezes, eu sempre tive uma forte presença na internet. E o @vidadegayroto foi uma sátira que criei mais pra zoar os meninos da Capricho. Na época eles eram expoen-tes na web, sobretudo no twitter. Isso foi lá em 2009/2010, época em que o twitter estourou aqui no Brasil. Eu me divertia,

eles não gostavam muito, mas nunca foi algo agressivo. Hoje me dou super bem com os três, recentemente estivemos juntos em um evento e foi bem legal.

Opa! - Você é ligado em política?Jeferson - Não tanto quanto deveria ser,

contudo mais que a maioria das pessoas. Confesso que gostaria de entender mais a parte técnica das coisas.

Opa! – Por que e quando você criou o perfil da Dilma Bolada?

Jeferson - Foi no começo de 2010, antes do período eleitoral. Eu sempre gostei muito da Dilma, desde a época que ela era Ministra-Chefe da Casa Civil. Inicialmente criei o perfil para assegurar o nome de usuário @diImabr que usa um “i” minúsculo no lugar da letra L. Na época muita gente estava criando fakes de famosos utilizando-se dessa tática, mas, diferente de mim, eles se passavam pelas pessoas e isso gerava muita dor de cabeça.

Opa! - O perfil surgiu primeiramente onde? Orkut, Twitter ou Facebook?

Jeferson - A Dilma Bolada nasceu no Twitter. Em 2009 eu cheguei a criar uma comunidade no Orkut em homenagem a Dilma Rousseff, mas não tinha nenhuma relação com a Dilma Bolada.

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Opa! - Quando criou o perfil, você achou que daria a repercussão que deu e dá?

Jeferson - Nunca. Como quase tudo que estoura na internet, eu jamais imagi-nei que um dia a Dilma Bolada tomaria tal proporção. Hoje, obviamente, eu sei a dimensão que a coisa tem e de como é relevante, mas lá, atrás, nem sonhava com isso.

Opa! - No início, você teve algum problema com o governo por causa do perfil?

Jeferson - Não. Nunca tive nenhum tipo de contratempo, inclusive acho que o Governo só tomou conhecimento um bom tempo depois.

Opa! - O que você acha das críticas dizendo que você é pago pelo governo para movimentar a popularidade da presidenta nas redes sociais?

Jeferson - Acho que quando você ganha uma exposição muito grande, como é o meu caso, sempre irão surgir pes-soas para inventar histórias, factoides e fantasiar a realidade. Tenho que estar preparado para isso, apesar de ser muito desagradável esse tipo de acusação infun-dada. Para todos que dizem isso, deixo aqui o desafio de provarem tais calúnias, coisa que nunca vão conseguir, pois não passam de mentiras.

Opa! - Você recebeu algum tipo de censura pelo seu trabalho? Se sim, quando e por quê?

Jeferson - Não. Sempre escrevi o que eu quis e da forma que eu quis e jamais houve nenhum tipo de interferência no que eu faço.

Opa! - Hoje a Dilma Bolada tem perfil em todas as redes sociais mais populares. Como é ministrar todas essas contas?

Jeferson - Não é fácil, mas já me acostumei. Hoje a Dilma Bolada está presente em 6 redes socais: Facebook, Twitter, Instagram, Google Plus, Vine e Snapchat. Cada uma funciona de uma forma, o conteúdo é postado com deter-minada frequência e tem um público com hábitos e gostos diferentes.

Opa! - Que papo é esse que os Tu-canos lhe oferece-ram dinheiro para trabalhar na cam-panha presidencial do senador Aécio Neves (PSDB)?

Jeferson - Houve o contato da AMA, agên-cia que administra páginas no Facebook como Irmã Zuleide, Bianca Anchieta, Bode Gaiato, etc., dizendo que estavam muito interessados em tra-balhar na campanha para algum candidato, vendendo apoio político em troca fariam uma campanha política velada para um candidato e atacando os adversários. Eles informaram que o PSDB teria se interessado e que estavam em con-tato com uma pessoa que era a ponte do partido, um programador de BH que já havia me chan-tageado no ano passado, inclusive publicamente. Quando soube de tal interesse, topei entrar na negociação para saber se realmente era verdade e, posteriormente, vir a público e expor a situa-ção. Confirmei que havia de fato o interesse e fiz o que planejei: tornei pública toda a história. Em resumo foi isso.

Opa! - Como foi o encontro com a Rainha da Nação, a Soberana das Américas verdadeira? De quem partiu o convite? O que a Dilma disse?

Jeferson - O convite foi uma ideia do en-tão Porta-Voz da Presidência, hoje Ministro da SECOM, Thomas Traumann e uma ideia em conjunto com o Twitter Brasil. A Dilma aprovou a ideia na hora pois já conhecia a Dilma Bolada. O encontro foi super descontraído, ela me deixou super a vontade, conversamos, rimos, tiramos várias fotos, levei alguns presentes pra ela. Foi um dia inesquecível.

Opa! - Você ganha dinheiro hoje em dia com esse trabalho?

Jeferson - Sim. Faço ações para diversas mar-cas, dou palestras, faço eventos.

Opa! - Você tem mais de 1 milhão de fãs no Facebook. Você pensa muito antes de publicar alguma coisa?

Jeferson - Tem que pensar, né? Hoje em dia

tem muita porcaria no Facebook, muita gente descompromissada e que não se preocupa com o conteúdo. Vivemos na era da superinformação e da desinforma-ção. Eu tenho uma imagem construída e, sobretudo, credibilidade. Tenho que zelar pelo conteúdo e ter compromisso com as pessoas que me seguem.

Opa! - Na faculdade você deve ser o colega mais famoso da turma. Como é com o pessoal da Facul?

Jeferson - Na verdade não é bem assim. Eu sou o tipo de pessoa que não gosta muito de se expor. Também não faço questão que todos saibam se saí no jornal, se vou aparecer na TV ou se vou encontrar a Presidente. Prefiro ficar na minha. Se alguém vier falar comigo ou perguntar sobre eu falo numa boa. Caso contrário, sou como qualquer um (até porque de fato sou, rs).

Opa! - Na real e falando sério, qual sua opinião sobre o governo Dilma?

Jeferson - De uma forma geral, acredito que Dilma fez e faz um bom Governo. Nós mantivemos e conquis-tamos muitas vitórias no campo social. Mantivemos um índice baixo de desem-prego enquanto os demais países do porte do Brasil amargam índices muito altos. Temos o maior programa de habi-tação do mundo e também grandiosas obras de infraestrutura, muitas sement-es estão sendo plantadas e que, infel-izmente, só serão colhidas no futuro e Dilma não levará o devido crédito. Nosso ensino técnico federal é exemplar e o superior com um potencial jamais antes visto em 500 anos de Brasil. Ela teve a coragem de solucionar o problema da falta de atendimento médico nas regiões periféricas do país com o Mais Médicos. E, de forma geral, é um Governo que dialoga muito com os estados e mu-nicípios. Se o Brasil não está melhor, a culpa não é da Dilma mas sim de Gover-nadores, Prefeitos e deputados que não têm compromisso com o povo brasileiro como a Presidenta tem.

Opa! - Quais são seus planos para o futuro?

Jeferson - Fazer mais planos e colocá-los em prática.

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A Câmara Municipal de Porto Alegre aprovou no dia 21 de maio o projeto de Lei Complementar do Executivo que cria o Fundo Munici-pal de Apoio à Implantação do Sistema Cicloviário (FMASC) da capital. Mas a galera que pedala não ficou nem um pouco satisfeita e critica o projeto. Conversamos com o Vereador Marcelo Sgarbossa, que tem a bicicleta como a sua bandeira, para entender a história toda.

E aí, teremos uma cidade adequada para ciclista?

Opa! - Qual é o problema do Projeto de Lei que cria o Fundo Cicloviário de Porto Alegre, aprovado na Câmara?

Sgarbossa - Ao invés de fazer a cidade avançar, a atual administração municipal tem feito Porto Alegre retroce-der, colocando nossa Capital na contramão. Isso ficou ainda mais claro com o projeto enviado pela Prefeitura para criar o Fundo Municipal de Apoio à Implantação do Sistema Cicloviário (FMASC).

O PLCE 10/13 acaba com uma conquista da cidade: a vinculação do percentual de 20% das verbas arrecadadas com multas de trânsito para a construção de ciclovias e campanhas educativas, que foi definida na Lei Comple-mentar 626, que criou o Plano Diretor Cicloviário Inte-grado (PDCI), em 2009.

O PDCI prevê a construção de quase 400 quilômetros de ciclovias ou ciclofaixas em Porto Alegre. Entretanto, cinco anos depois, temos apenas 20,5 km de vias para ciclistas, que ainda não são interligadas, dificultando a vida de quem opta pela bicicleta como meio de trans-porte.

Opa! – Mas, após todo esse tempo, evoluímos muito pouco – quase nada - na construção de uma cidade boa para o ciclista. Como fazer para que os 400 quilômetros de ciclovia se tornem realidade?

Sgarbossa - Para que o Plano Cicloviário saia do papel, a ideia de criar um fundo é bastante positiva. Tanto que a criação do Fundo de Gestão do PDCI (PL 35/13) foi o primeiro projeto protocolado pelo nosso mandato, em ja-neiro do ano passado. Nosso objetivo era manter a obriga-ção de investir 20% das multas. O projeto foi aprovado em votação simbólica, em 14 de abril. Infelizmente, a base do governo contestou o resultado, e conseguiu reverter a aprovação em nova votação nominal, no dia 12 de maio.

Opa! - Qual a intenção da prefeitura em refazer o projeto original?

Sgarbossa - Já a intenção do prefeito José Fortunati (PDT) e do diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappel-lari, ao enviar o PLCE 10/13, aprovado em 21 de maio, era muito clara: acabar com a obrigação de a Prefeitura inve-stir 20% das multas em ciclovias e campanhas educativas, como manda o Plano Cicloviário. Essa emenda foi proposta pelo então vereador Beto Moesch (PP), e apresentada em conjunto com a Bancada do PDT, mesmo partido de Fortu-nati, que na época da aprovação da lei era vice-prefeito de José Fogaça.

Opa! - Então o projeto já tinha sido aprovado. A prefeitura já tinha que estar repassando a porcentagem da arrecadação das multas para construção de ciclovias e campanhas de educação.

Sgarbossa - Apesar de estar na lei, a Prefeitura nunca cumpriu essa determinação. Foi por causa disso que, em janeiro de 2012, o Laboratório de Políticas Públicas e Soci-ais (Lappus), provocou o Ministério Público (MP) a ingres-sar com uma ação na Justiça buscando obrigar o Executivo a cumprir a lei. O MP constatou que, até o fim de 2011, cerca de R$ 6,3 milhões deixaram de ser aplicados em ciclovias e ações de educação no trânsito na Capital.

A Prefeitura alegou que a lei seria inconstitucional. No recurso, afirmaram que o Legislativo não pode definir como o Executivo deve investir recursos do orçamento. Entretanto, o Pleno do Tribunal de Justiça do Estado derrubou a tese da Prefeitura, em 29 de abril de 2013, confirmando o que a gente já sabia: o dinheiro das multas não faz parte do orçamento público.

Depois dessa decisão do TJRS, a 1ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central de Porto Alegre condenou a Prefeitura e a EPTC (em 28 de agosto de 2013) a investir todos os recursos que não foram aplicados desde 2009.

Também estabeleceu multa diária de R$ 2 mil em caso do não cumprimento da decisão judicial.

Para se evitar uma possível condenação por impro-bidade administrativa dos gestores públicos envolvidos, a EPTC e o Executivo decidiram encaminhar o projeto 10/13, que, ao mesmo tempo em que cria o Fundo, acaba com a vinculação da receita das multas.

Opa! - Não tem como rever isso?Sgarbossa - Vamos ter que esperar pela sanção do

prefeito ao projeto de lei. De qualquer forma, é possível que essa emenda aprovada seja, futuramente, contestada na Justiça por ser inconstitucional. Isso acontecendo, as campanhas educativas e a construção de ciclovias vão depender de outras fontes de recursos que não são garan-tidas, como doações e contrapartidas de grandes obras do setor privado.

Opa! - E agora como ficamos?Sgarbossa- O que fica para a sociedade é uma clara

demonstração de que a Prefeitura não tem nenhum inte-resse em investir em infraestrutura cicloviária e campa-nhas educativas, que são muito necessárias para garantir mais segurança a quem pedala e caminha em nossa cidade.

Só nos resta denunciar a ação do Executivo que, para criar o Fundo, conseguiu aprovar na Câmara uma emenda inconstitucional. Algo que já foi, inclusive, contestado pela própria Procuradoria-Geral do Município.

Na nossa avaliação, é um enorme retrocesso acabar com a obrigação de investir os recursos das multas, que vinham de uma fonte segura. O que pode acontecer agora é que quando se for solicitar verba para ciclovias ou ações educativas, a Prefeitura pode, simplesmente, alegar que não tem recursos, como faz com inúmeras outras áreas.

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Após as manifestações de Junho de 2013, onde milhares de Brasileiros saíram às ruas em busca de uma melhoria em diversos setores da economia do país, o Governador do Estado, Tarso Genro, propôs uma medida para que os estudantes gaúchos, com renda familiar per capita inferior a 1,5 salários mínimos, tivessem direito ao Passe Livre Estudantil intermunici-pal, Lei 14.307/2013. O Passe livre foi um dos maiores avanços obtidos durante as jornadas de 2013, mas nem tudo parece funcionar como deveria.

Ao conversar com a estudante do segundo se-mestre do Curso de Biomedicina, Thuane Souza, é possível perceber a deficiência no sistema de aquisição do bilhete que concede o direito ao passe livre estudantil: “Além da documentação e da taxa que me foi exigida, eu não recebi no pra-zo que eles disseram que iriam mandar. Eu estou aguardando há dois meses e me sinto prejudicada por isso. Tenho medo de que quando finalmente chegar o bilhete eu tenha que renovar”, afirma Thuane.

Para Thuane, se o sistema funcionasse bem, facilitaria muito. A estudante reside em Alvorada (Região Metropolitana de Porto Alegre) e depende de dois ônibus. “Preciso pegar um ônibus até o Centro de Porto Alegre e outro até a faculdade. Durante um dia gasto quatro passagens”, conclui Thuane.

O Estudante Universitário Bruno Moura, usuário do passe livre estudantil diz que há muitas falhas a serem corrigidas: “Eu pedi para atualizar os dias que tenho aula para o sistema registrar meu passe. Eu tinha aula nas segun-das, quartas, quintas e sextas no ano passado. Neste tenho aula de segunda a sábado. Registrei o pedido, entreguei os atestados de matrícula e a grade curricular com dias e horários. A UEE encaminhou e não me deu resposta. Depois me responderam que não sabiam por que não havia sido atualizado o meu caso e pediram para eu efetuar novo pedido, sem me dar uma explicação de nada. Ninguém sabe explicar nada, na ver-dade. Desorganização e má vontade tanto da UEE quanto da Metroplan”, ressalta Bruno.

Segundo o Coordenador de Assessora-mento Superior do Governador, Eduardo Buchholz, o processo deveria ser simples e não causar tanto transtorno, e ainda afirma que no caso de regiões metro-politanas o prazo é mais curto, quando comparado a regiões do Interior do Estado: “Nessa modalidade (fretamento), a Prefeitura Municipal recebe o cadas-tro e a documentação dos estudantes, enviando-as para a METROPLAN para fins de análise e aprovação cadastral. Tal processo, neste primeiro momento, foi moroso, tendo em vista a necessidade de análise criteriosa de todos os documentos apresentados de cada estudante inscrito no Programa”, conclui o Coordenador se referindo ao Interior do Estado.

O prazo para estudantes da Região Metropolitana retirarem o bilhete é de 12 dias: “Basta que entre em contato com a sua entidade estudantil representativa, encaminhe os documentos e, no prazo de doze dias úteis, poderá retirar seu docu-mento na própria entidade estudantil e, a partir desta data, usufruir do benefício”, afirma Eduardo.

Eduardo diz que a solução para o pro-cesso de recebimento do passe livre estu-dantil que por muitas vezes ultrapassa o prazo já está sendo analisada: “O Go-verno do Estado tem empenhado esforços para buscar tecnologias de integração de sistemas e TI que facilitem cada vez mais o acesso ao bilhete do passe livre estu-dantil. “A METROPLAN já está disponibi-lizando para as Prefeituras Municipais, para o próximo semestre, o cadastro on-line dos beneficiários do Programa, o que acarretará, sem dúvida, em uma maior agilidade no processo de análise de docu-mentos e uma consequente celeridade no processo”, conclui o Coordenador.

Fotos: Camila Domingues/Palácio Piratini

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Os problemas com o passe livre não estão ocorrendo apenas no interior, mas também nas regiões metropolitanas. Conforme dados do site da UEE, no Aglomerado Sul, na região de Pelotas, aguarda-se o Passe Livre desde fevereiro, o que fez com que algumas pes-soas acabassem pagando do próprio bolso toda a passagem.

O presidente da UEE, Fábio Kucera, embora muitas tentativas do Jornal Opa!, não respondeu a reportagem.

O passe livre estudantil é dividido em duas modalidades, sendo uma delas o transporte públi-co, que abrange a Região Metropolitana de Porto Alegre e Aglomerações Urbanas no Litoral Norte, Nordeste e Sul (Municípios que são atendidos pelas linhas de transporte público intermunicipal da Metroplan). O passe livre será concedido através da Carteira de Identificação Estudantil.

Para alunos que necessitem de Transporte privado/fretamento:

Municípios onde o transporte dos estudantes, em sua maioria, é feito por empresas privadas através do fretamento, nesse caso o Governo do Rio Grande do Sul fará um repasse mensal às prefeituras que ade-riram ao Programa Passe Livre Estudantil para subsidiar o transporte dos estudantes cadastrados. Para fazer o cadastro no programa procure a prefeitura do seu município. Você também precisará da carteira de identifica-ção estudantil da sua entidade representativa. Os documentos para a confecção da carteira são os mesmos tanto para o transporte público, quanto para o transporte privado/fretamento.

Documentos necessários: - Ficha de inscrição preenchida- 1 foto 3X4- Cópia do documento de identificação- Cópia do comprovante matrícula e compro-

vante dos dias de aula e período de inicio e tér-mino do curso

- Cópia do comprovante de residência com data de emissão de no máximo 90 dias

- Comprovante de renda do beneficiário e de todos os membros do grupo familiar. Ficam dis-pensados os estudantes que comprovarem ser beneficiários de bolsa integral do Programa Univer-sidade para Todos (PROUNI).

Onde fazer a carteira de identifi-cação estudantil:

Estudantes secundaristasUnião Gaúcha dos Estudantes Secundaristas (UGES) Endereço: Av. Alberto Bins, 320 – Centro - Porto AlegreTelefone: (51) 3023.3936Horário de funcionamento: De segunda a sexta-feira das 9h às 18hwww.uges.org.br | www.fb.com/UGES70anos Estudantes universitáriosUnião Estadual dos Estudantes (UEE-RS) Endereço: Mercado Público de Porto Alegre (Largo Glênio Peres, s/n 2º andar) Telefone: (51) 3094.0187Horário de funcionamento: De segunda a sexta-feira das 10h às 18h (sem fechar ao meio-dia) www.ueers.org.br | www.fb.com/ueers1 | twitter: @ueers_oficial

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Após participar do Festival de Música de Porto Alegre, em 2007. chegando até a final com uma música incluída no disco do concurso, a banda gaúcha Lítera decolou em direção ao primeiro álbum da banda. “Um pouco de cada dia”, lançado em 2009, foi o primeiro trabalho da Lítera que desde o início da formação gerou bons resultados, sendo considerada como o melhor lançamento de bandas gaúchas pelo site ClicRBS no mesmo ano.

Ano passado a banda decidiu apostar em uma ideia inovadora, com uma superprodução, para lançar o Projeto Domitila, inspirado na troca de cartas de amor entre o Imperador Dom Pedro I e a Mar-quesa de Santos, a Domitilia. O trabalho conta com o lançamento de dois EPs, A Marquesa e O imperador e o clipe da música “Domi-tila”, que faz parte do EP A Marquesa lançado em agosto de 2013, totalmente produzido no universo da época. A banda formada pelos músicos André Neto, Lucas Pinto, Rodrigo Bonjour e Thiago Marques convida os fãs e amantes do bom rock gaúcho para curtir esse romance brasileiro em forma de letra e melodia.

Confere aí um pouco mais do novo trabalho da Lítera:

Opa! - Vocês vão subir no palco do Renascença para lançar o EP “O Imperador”. O que esperar da continuação do trabalho de vocês?

Lítera - Agora que são elas, porque é a vez do Imperador falar. É muito delicado por tudo que envolve, é difícil resumir essa história, as cartas, porque não vejo como fazer sem contextualizar cada situação. Esperamos que as pessoas usem as canções como norte, e procurem saber mais. Trazer isso para o palco vai ser um desafio, a gente está preparando um espetáculo para tentar tra-

duzir isso tudo, vamos ver no que vai dar.

Opa! - O clipe de “Domitila”, single do EP A Marquesa, foi inspirado no ro-mance entre o Imperador Dom Pedro I e a Marquesa de Santos. De onde surgiu essa ideia diferente?

Lítera - O clipe simboliza uma pes-soa se renovando, não aceitando mais uma submissão, como se a cada passo ela virasse uma pessoa nova. Eu cheguei nesse tema lendo sobre a história do Bra-sil, li as cartas que contam o romance, e é uma história linda, com textos muito fortes, poéticos, românticos, valia muito a pena dedicar um trabalho pra contar essa história do Brasil para o Brasil.

Opa! - A superprodução de detalhes para a criação dos EPS A marquesa e O Imperador são trabalhos fora do comum e bem cria-tivos. Para entrar no clima da história e da época vocês buscaram conhecer melhor história, alguma curiosidade de bastidores?

Lítera - Sim, eu praticamente devorei tudo sobre eles, e muitas pessoas que acompanham a banda começaram e me mandar sugestões de livros, é muito massa esse envolvimento porque outras pessoas se apropriaram dessa história também.

Opa! - Os fãs estão esperando o lançamento de um disco con-tendo músicas inéditas e as faixas dos EPs no final de 2015. Podem adiantar alguma novidade dessa produção?

Lítera - Novidade ainda não, porque não decidimos ainda o que vai ser contado, já temos as músicas, precisamos decidir quais vão entrar, quero colocar as letras em terceira pessoa falando dos dois. Vamos ver como vai ser, tem muita coisa pra acontecer ainda, vamos ver.

Opa! - Desde 2009 quando foi lançado o álbum “Um pouco de cada dia” até agora, como vocês analisam a evolução do trabalho da Lítera?

Lítera - A gente sempre atribui toda e qualquer evolução a tudo que a gente se propôs a fazer diferente. Quando a gente se despiu de preconceito pra fazer coisas que até então não nos permitíamos, e agora a gente se sente livre pra fazer o que está a fim. Acho que essa é a nossa maior evolução.

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A Copa do Mundo da FIFA ocorre de quatro em quatro anos em diferentes países do globo. Desde 2007, quando foi revelado o palco do mundial para 2014, o Brasil teve a difícil missão de construir, reformar e preparar 12 cidades-sede para o mundial que tem início no dia 12 de junho e se estenderá até 13 de julho.

Na época, a estimativa para os custos das construções, somente dos estádios — sem incluir reformas e expansão de aeroportos e mobili-dade urbana, dentre outros — era de US$ 1,1 bilhão, ou R$ 2,7 bilhões.

A última estimativa oficial, divulgada por técnicos da FIFA é que esse valor possa chegar em R$ 8,9 bilhões, quase três vezes o valor que foi divulgado em 2007.

Segundo levantamento realizado por esta reportagem, dos 12 estádios reformados e con-struídos, apenas três têm público médio supe-rior a 15 mil pagantes (em jogos do Campeonato Brasileiro).

Dessas 12 cidades-sede que serão palco do torneio, 5 só contam com times nas séries B, C ou D. O Estado do Amazonas tem apenas um único clube no Brasileirão de 2014, que está na série D e concentra menos de mil pessoas por jogo.

O estádio em Manaus custou R$ 604 milhões aos cofres públicos e tem capacidade para 42 mil torcedores.

Segundo uma estimativa do Instituto Dinama-rquês de Estudos do Esporte (IDEE), divulgada em 2012 pelo UOL, os estádios brasileiros usados no evento tendem a receber público inferior às médias internacionais.

O índice mostrou que 3 dos 12 estádios

estão condenados a se torna-rem “elefantes brancos”, expressão popular utilizada para definir arenas esportivas quase sempre vazias.

Seriam elas a Arena Pantanal, em Cuiabá (MT), o Estádio das Dunas, em Natal (RN) e a já mencionada an-teriormente, Arena Amazônia localizada em Manaus (AM).

O Estádio Nacional Mané Garrincha, de Brasília, além de ser o mais caro de todos, com valor superior a R$ 1,5 bilhão, tem capacidade para 68 mil pessoas, mas apresen-tou, em média, 13 mil pes-soas por partida em 2013 e o único time a se candidatar no Campeonato Brasileiro é o Brasiliense, que disputa a série D.

Dentre as obras, o estádio mais barato foi a Arena da Baixada, na capital para-naense. Até a publicação dessa reportagem, a arena tem 91% da obra concluída. O valor para reformá-lo está em R$ 265 milhões. No entanto, sua estimativa era de R$ 184,5 milhões, dentro de um contrato privado.

O estádio custou R$ 525 milhões aos cofres públicos e tem capacidade para 42 mil pessoas. O público médio do Estado nos jogos de 2013 foi de 800 torcedores. Em 2014, o Estado conta com clubes escalados na série B do Brasileirão.

Com valor total de R$ 519 milhões, a arena pode receber 58 mil pessoas. O público médio do Estado nos jogos de 2013 foi de 8 mil torcedores. O Estado conta com times como Ceará e Fortaleza na série B do Campeonato Brasileiro.

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Com público médio no Estado de 2 mil torcedores por jogo, o estádio tem capaci-dade para receber 42 mil pessoas. Seu valor total é de R$ 417 milhões e o contrato da obra é categorizado como uma parceria público-privada. O Rio Grande do Norte conta com clubes como o ABC e América RN na série B do Brasileirão de 2014.

Driblando o elefantismoGestores de algumas arenas têm tentado trazer espetáculos com

grande projeção e expectativa de público. Para isso, existem algumas movimentações para trazer às cidades duelos aclamados.

Em julho de 2013, haverá problemas para realizar o clássico Fla-mengo e Vasco pelo Brasileirão. Na época, o estádio do Engenhão estava fechado (desde o final de março) por conta de problemas na estrutura e o Maracanã em meio a um impasse pelo acerto com o Flamengo.

Foi então que, segundo a reportagem do UOL, os clubes foram con-vidados a disputarem o torneio no Mané Garrincha, em Brasília, com um “cachê” de R$ 1 milhão por time.

A distância do Rio de Janeiro sequer fora lamentada pelos rivais. A renda do jogo ficou em pelo menos R$ 5 milhões.

Ambos os times possuem torcidas representativas e este foi o argu-mento utilizado pelas respectivas diretorias como justificativa em levar os jogos para a capital federal.

No entanto, a reportagem do UOL apurou que o motivo da realização dos clássicos no estádio Mané Garrincha fora exclusivamente econômico.

Essa pode ser uma alternativa a ser usada pelos responsáveis pela Arena do Amazonas e Estádio das Dunas, para justificar seus investimen-tos e gerar retorno financeiro às localidades.

A arena pode receber 44 mil torcedores para os jogos da Copa. O estádio custou R$ 532 milhões, também em regime de con-trato público-privado. O Estado de Pernambuco conta com 14 mil torcedores por jogo, além dos times Sport Recife na série A e Santa Cruz e Náutico na série B do Campeonato Brasileiro.

O estádio custou R$ 689 milhões em regime de contrato de parceria público-privado. Tem capacidade para 52 mil pessoas e contou com média de público de 12 mil torcedores em 2013. Em 2014, o Estado conta com os times Bahia e Vitória na primeira divisão do Brasileirão.

Com valor total de R$ 1,5 bilhão, o estádio é o mais caro da lista. Tem capacidade para 68 mil pessoas. No entanto, os jogos realizados no ano passado levaram 13 mil torcedores, em média. O Estado conta com times classificados na série D do Brasileirão de 2014.

O estádio de Curitiba é o que conta com o maior atraso até então. Ele poderá receber 41 mil pessoas. O Estado do Paraná conta com público médio de 7 mil torcedores por jogo e seu estádio custou R$ 265 milhões, em investimento privado. O Estado conta com o Atlético-PR e Coritiba na série A e Paraná Clube na B.

O Estado mineiro ocupa a quarta posição na lista, levando em média 15 mil torcedores por jogo, em 2013, ficando atrás somente de São Paulo, Porto Alegre e Araraquara. A reforma custou R$ 695 milhões e pode receber 62 mil torcedores. Minas conta com os clubes Cruzeiro e Atlético na série A do Brasileirão, e o América-MG na série B.

A arena pode receber 42 mil torcedores para os jogos da Copa. O estádio custou R$ 604 milhões dos cofres públicos. O Estado do Amazonas conta tem média de 1 mil torcedores por jogo, e times na série D do Brasileirão.

O Beira-Rio custou R$ 330 milhões à iniciativa privada. Tem capacidade para 48 mil pessoas e contou com público de 16 mil torcedores, em média, por jogos em 2013. Em 2014, o Estado tem times como Internacional e Grêmio, que estão classificados na primeira divisão do Brasi-leirão.

Palco da final do Mundial, o Maracanã tem ca-pacidade para receber 76 mil pessoas. A reforma do estádio custou R$ 1,2 bilhão aos cofres públi-cos. O Rio de Janeiro conta com quatro clubes tradicionais, sendo que, em 2014, três deles estão na primeira divisão, Fluminense, Flamengo e Botafogo. O Vasco na série B.

Conhecido como Itaquerão, o estádio será palco do início do Torneio. A arena comporta 65 mil torcedores e fica no Estado que mais concentra torcedor para os jogos: em média foram 18 mil por competição em 2013. A obra, que tem a responsabilidade do time corintiano, custou R$ 1 bilhão, em regime de contrato privado. O Estado tem times como São Paulo, Corinthians e Palmeiras, classifica-dos na série A e a Portuguesa, na B.

Dá pra fazer tudo, menos futebolA inauguração da Arena Amazônia — estádio acusado como “elefante bran-

co” — ocorreu em Manaus no mês de março deste ano. Na ocasião, o governador e o prefeito da cidade não pouparam agressividade ao responderem sobre o legado da Copa para a cidade.

Durante entrevista concedida à ESPN, o governador Omar Aziz afirma que o assunto sobre o legado “é problema do povo amazonense”.

Em seguida, Arthur Virgilio, prefeito de Manaus, também responde sobre o futuro da cidade com a Copa. O prefeito explica como o estádio poderá ser utilizado.

https://www.youtube.com/watch?v=eZWIbyvPBqU#t=28“Pode vir Elton John, Paul Mccartney, Jessy J”, além de outros even-

tos como” UFC e ainda dá pra trazer o campeão e o vice da NBA”, comenta, esquecendo-se do principal: os eventos e torneios futebolísticos.

O estádio, que custou R$ 670 milhões aos cofres públicos tem capacidade para 44,3 mil pessoas. O campeonato estadual de Amazonas, em 2013, teve um público médio de 807 torcedores. Em 2014, não há clube amazonense nas séries A, B ou C, somente na quarta divisão.

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Depois de sete anos fora dos palcos, a banda pernam-bucana Nação Zumbi lança um disco de inéditas. “Cica-triz” traz 11 faixas que misturam a batida do mangue beat, marca oficial da banda, com uma pitada do pop e com um temperinho de raggae. O clipe de “Cicatriz” já foi divulgado na internet, joga no You Tube!

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