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introduçao A história de Angola remonta ao período do paleolítico. Os vestígios de presença humana encontrados em algumas regiões, nomeadamente em Luanda, Congo e Namibe, comprovam que o território angolano é habitado desde a pré-história. Nos primeiros 500 anos da era actual, as migrações de povos eram frequentes. Os povos instalaram-se e cruzaram-se pelo país. As lutas sucederam-se pela conquista de terras. Os portugueses, sob o comando de Diogo Cão, no reinado de D. João II, chegaram ao Zaire em 1484. Iniciaram, então, a conquista desta região de África, incluindo Angola.A história enche-se de marcas importantes até à actualidade, com a colonização, a independência, obtida em 1975, e a guerra civil, que apenas teve fim em 2002, a assinalarem períodos chave da evolução do país.O português é a língua oficial de Angola , mas o país conta com seis línguas africanas reconhecidas como línguas nacionais — o ucôkwe (pronuncia-se tchocué), o kikongo , o kimbundu , o umbundu , o nganguela e o ukwanyama . 2 — e mais outras línguas africanas e inúmeros dialectos Cultura e Rituais de Iniciação Em toda história das sociedades, há registos de expressões culturais, pois a cultura é inerente ao processo de civilização. Precisamos entender que não há povo sem cultura, ou povo com mais ou menos cultura, com cultura superior ou inferior. A cultura é produção e construção de um povo, na sua relação com o mundo da natureza e da sociedade, e se torna visível através de produtos artísticos e culturais, hábitos, costumes e práticas presentes nas relações que se estabelecem entre as pessoas e nas instituições. É através da cultura que os grupos sociais expressam suas concepções de mundo, construindo e preservando ritos e rituais. Festas Algumas das festas tipicas de Angola sao: Festas do Mar Estas festas tradicionais designadas por “Festas do Mar”, têm lugar na cidade do Namibe. Estas festas provêm de antiga tradição com carácter cultural, recreativo e desportivo. Habitualmente realizam-se na época de verão e é habitual terem exposições de produtos

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Page 1: Juliana.docx

introduçao

A história de Angola remonta ao período do paleolítico. Os vestígios de presença humana encontrados em algumas regiões, nomeadamente em Luanda, Congo e Namibe, comprovam que o território angolano é habitado desde a pré-história.Nos primeiros 500 anos da era actual, as migrações de povos eram frequentes. Os povos instalaram-se e cruzaram-se pelo país. As lutas sucederam-se pela conquista de terras. Os portugueses, sob o comando de Diogo Cão, no reinado de D. João II, chegaram ao Zaire em 1484. Iniciaram, então, a conquista desta região de África, incluindo Angola.A história enche-se de marcas importantes até à actualidade, com a colonização, a independência, obtida em 1975, e a guerra civil, que apenas teve fim em 2002, a assinalarem períodos chave da evolução do país.O português é a língua oficial de Angola, mas o país conta com seis línguas africanas reconhecidas como línguas nacionais — o ucôkwe (pronuncia-se tchocué), o kikongo, o kimbundu, o umbundu, o nganguela e o ukwanyama.2 — e mais outras línguas africanas e inúmeros dialectos

Cultura e Rituais de IniciaçãoEm toda história das sociedades, há registos de expressões culturais, pois a cultura é inerente ao processo de civilização. Precisamos entender que não há povo sem cultura, ou povo com mais ou menos cultura, com cultura superior ou inferior. A cultura é produção e construção de um povo, na sua relação com o mundo da natureza e da sociedade, e se torna visível através de produtos artísticos e culturais, hábitos, costumes e práticas presentes nas relações que se estabelecem entre as pessoas e nas instituições. É através da cultura que os grupos sociais expressam suas concepções de mundo, construindo e preservando ritos e rituais. Festas

Algumas das festas tipicas de Angola sao:

Festas do Mar Estas festas tradicionais designadas por “Festas do Mar”, têm lugar na cidade do Namibe. Estas festas provêm de antiga tradição com carácter cultural, recreativo e desportivo. Habitualmente realizam-se na época de verão e é habitual terem exposições de produtos relacionados com a agricultura, pescas, construção civil, petróleos e agro-pecuária.

Carnaval O desfile principal realiza-se na avenida da marginal de Luanda. Vários corsos carnavalescos, corsos alegóricos desfilam numa das principais avenidas de Luanda e de Benguela.

Festas da Nossa Senhora de Muxima O santuário da Muxima está localizado no Município da Kissama, Província do Bengo e durante todo o ano recebe milhares de fiéis. É uma festa muito popular que se realiza todos os anos e que inevitavelmente atrai inúmeros turistas, pelas suas características religiosas

Riquezas

Angola possui uma grande diversidade de recursos naturais. Estima-se que seu subsolo tenha 35 dos 45 minerais mais importantes do comércio mundial, entre os quais se destacam petróleo, diamante e gás natural. Há também grandes reservas de fosfato, ferro, manganês, cobre, ouro e rochas ornamentais.

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As principais bacias de petróleo em expansão situam-se junto á costa nas províncias de Cabinda e Zaire, no norte do País. As reservas de diamantes nas províncias de Lunda Norte e Lunda Sul são admiradas pela sua qualidade e consideradas umas das mais importantes do mundo.

Cultura (do latim colere, que significa cultivar) é um conceito de várias acepções,segundo a qual cultura é “todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades Conjunto de características que definem alguém, quanto suas ideias, crenças, costumes e hábitos. Conjunto de características que definem alguém, quanto suas ideias, crenças, costumes e hábitos,adquiridos pelo homem como membro da sociedade.A cultura é dinâmica. Como mecanismo adaptativo e cumulativo, a cultura sofre mudanças. Traços se perdem, outros se adicionam, em velocidades distintas nas diferentes sociedades.

A principal característica da cultura é o mecanismo adaptativo que é a capacidade, que os indivíduos tem de responder ao meio de acordo com mudança de hábitos, mais até que possivelmente uma evolução biológica. A cultura é também um mecanismo cumulativo porque as modificações trazidas por uma geração passam à geração seguinte, onde vai se transformando perdendo e incorporando outros aspetos  procurando assim melhorar a vivência das novas gerações.

Os valores culturais daquele povo são diferentes dos nossos, já que temos maneirastotalmente diferentes de viver e pensa

8 de Janeiro "Dia da Cultura Nacional"

Discurso proferido pelo camarada presidente Agostinho Neto, no acto de posse dos novos membros da união dos escritores angolanos. A cultura evolui com as condições materiais e a cada etapa, corresponde uma forma de expressão e de concretização dos actos culturais. A cultura resulta da situação material e do estado do seu desenvolvimento social. É necessário, o mais alargado possível debate de Ideias, o mais amplo possível movimento de Investigação, dinamização e apresentação pública de todas 88 formas culturais existentes no País, sem qualquer preconceito de carácter artístico ou linguístico.

Os valores culturais e as qualidades humanas que caracterizavam a

angolano: a vida humana como bem por excelência, a solidariedade, a hospitalidade, foram substituídos por elementos da “ cultura” europeia encobrindo assim o verdadeiro rosto do angolano. Na actualidade, embora se fale muito de cultura, na verdade quando se fala da cultura faz-se referência a europeia sob capa de angolanidade ou ainda cultura igual a dança e canto. Nada se faz por reafirmar a nossa identidade cultural e os autêntico valores sufocados. Por reafirmar a identidade cultural

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não quer dizer absolutização da nossa em detrimento das outras, mas sim o saber conviver com outras culturas e assumir o que de bom se encontra nelas sem deixar na «poeira do esquecimento» a nossa.

Causas culturais…O programa televiso tem estado a conquistar a audiência mas muitos protestam contra a sua realização dizendo que não reflecte os valores an “Um povo é o que representa em termos de cultura. A questão da cultura é tão preponderante quando se quer impor enquanto nação, daí que se há um atentado contra cultura naturalmente também há um atentado contra soberania deste povo.”, explicou.O estudante finalista do Curso superior de História entende por outro lado que os valores da cultura espiritual têm sido postos em causa no Big Brother Angola.golanosEntretanto, as opiniões sobre a exibição deste programa televiso mediático divergem.Machado Mendes, estudante de universitário pensa que a realização do BBA Angola revela uma falta de aposta séria na formação da juventude, o que no seu entender periga a construção do estado nação e atenta contra soberania do povo angolano..

Apesar de formar uma unidade devidamente estruturada, cumulativa e contínua, a cultura pode ser dividida. É o que se chama de classificação de cultura, isto é, a divisão dos valores culturais exclusivamente por necessidade metodológica, ou para fins pedagógicos ou didáticos. Os elementos que integram uma cultura não dominam uns aos outros; unem-se e ajudam a compreender a cultura e seu funcionamento. A classificação ou divisão da cultura é apenas uma necessidade que têm os estudiosos para melhor apreciar os diferentes aspectos dessa cultura. A cultura é o conjunto de valores, normas, ideias, crenças, conhecimentos,instrumentos técnicos, instituições, produções artísticas, costumes, etc., que os homens, vivendo A cultura é o conjunto de valores, normas, ideias, crenças, conhecimentos,instrumentos técnicos, instituições, produções artísticas, costumes, etc., que os homens, vivendo numa sociedade determinada e em relação ou não com outras, criaram ao longo da história. É no seio de uma dada cultura que nos formamos como homens participando e assimilando diversos conteúdos culturais que condicionarão a nossa forma de viver.

• O entendimento do significado da cultura, da

relatividade dos hábitos, costumes e valores e

de sua transitoriedade poderá tornar o ser

humano mais tolerante, pois aquilo que

julgamos certo ou errado, justo ou injusto,

bom ou ruim pode ser diferentes significados

em outros lugares, e em outro momento

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Culturas são geralmente delimitadas por espaços

geográficos, dentro dos quais há inúmeras subculturas.

Características da cultura

1. Transmitida por herança social, via socialização, e não por herança biológica.

2. Compreende a totalidade das criações humanas

3. Exclusividade das sociedades humanas

4. É um mecanismo de adaptação

5. Interfere em como a pessoa vê o mundo

ELEMENTOS IDENTIFICADOS EM VALORES CULTURAIS

1. Relações interpessoais,

2. Vida material,

3. Linguagem, idioma e suas variações,

4. Visão estética,

5. Manifestações folclóricas,

6. Religião

7. Hábitos alimentares

Angola é "uma Nação de várias nações", como a definiu o poeta Agostinho Neto, primeiro presidente da República independente cuja identidade se foi forjando ao longo de séculos de uma história conflituosa, feita de trocas socioeconómicas, biológicas, culturais e linguísticas entre intervenientes de muitas origens, alguns deles provindos de fora do continente. Parece-me pertinente apresentar um ligeiro conspecto histórico: Durante a

colonização, nós éramos vistos pelos colonizadores como povo “sem cultura”,

“povo a civilizar”. Assistia-se assim um autêntico culturicídio, anulando deste modo

a nossa identidade e a nossa mundivivência.. Atacaram sobretudo a parte

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essencial da cultura: a zona dos valores.

Os valores culturais e as qualidades humanas que caracterizavam a

angolano: a vida humana como bem por excelência, a solidariedade, a

hospitalidade, foram substituídos por elementos da “ cultura” europeia encobrindo

assim o verdadeiro rosto do angolano.

Com o surgimento do marxismo é apresentado ao povo a esperança de

dias melhores. Mas muito cedo levou a cabo o seu programa oculto de cultura de

massa e de silêncio, onde o povo era levado a assumir padrões culturais que eram

impostos por uma elite minoritária.

Na actualidade, embora se fale muito de cultura, na verdade quando se fala

da cultura faz-se referência a europeia sob capa de angolanidade ou ainda cultura

igual a dança e canto. Nada se faz por reafirmar a nossa identidade cultural e os

autêntico valores sufocados. Por reafirmar a identidade cultural não quer dizer

absolutização da nossa em detrimento das outras, mas sim o saber conviver com

outras culturas e assumir o que de bom se encontra nelas sem deixar na «poeira do esquecimento

“A preservação dos valores culturais é um dos métodos para consolidação da paz e reconciliação nacional, por serem valores que caracterizam o modo de ser e estar da população do país, Lembrou que não existem culturas superiores ou inferiores, mas todas elas merecem respeito e são importantes devido a sua contribuição no processo histórico e de desenvolvimento do país.

Queremos alertar os jovens no sentido de conhecerem melhor a história do país e saberem dos nossos hábitos e costumes, para respeitarem ainda mais a cultura do país e aprenderem a conviver na diferença”, argumentou. . A música angolana, seja a tradicional (semba e rebita), seja a moderna (kuduro, kizomba, zouk) tem hoje grande projecção internacional. Os instrumentos musicais tradicionais como o batuque, o kissange e a marimba são ícones da sua cultura, Também as danças tradicionais destacam-se pelo seu ritmo e a cada geração a criatividade acrescenta-lhes novos ritmos e variantesÉ no Carnaval que se conjugam por excelência a música, a dança e a tradição., O resgate dos valores morais, cívicos e culturais devia ser feito em línguas nacionais, revalorizando-as ao mesmo tempo. Assim, matavam-se dois coelhos com uma só cajadada – como se diz. 

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No que diz respeito à língua, as famílias devem ter o cuidado de criarem seus filhos nas suas línguas. Pois, uma língua que não é falada pelas crianças tende a desaparecer, como acontece actualmente com a língua Kimbundu. O Kimbundu é a língua falada pelo povOutrora, o Kimbundu era falado na capital de Angola (Luanda). Hoje, raras são as pessoas que o falam. Mesmo os próprios donos da referida língua têm dificuldades de a falar genuinamente.As línguas nacionais devem ser ensinadas nas escolas localmente e faladas pelos governantes e pelas populações e usadas na função pública e privada a todos os níveis.o mesmo nome que habita a faixa de terra estendida entre Luanda, Bengo, Kwanza-Norte e Malange. 

A arte da máscara azul de Angola, como a maioria da arte africana, as máscaras de madeira e as esculturas não são criações meramente estéticas. Elas têm um papel importante em rituais culturais, representando a vida e a morte, a passagem da infância à vida adulta, a celebração de uma nova colheita e o começo da estação da caça. Os artesãosangolanos trabalham madeira, bronze e marfim, nas máscaras ou em esculturas. Cada grupo étino-linguístico em Angola tem seus próprios traços artísticos originais. Talvez a parte mais famosa da arte angolana é o "Pensador de Cokwe", uma obra-prima da harmonia e simetria da linha. O Lunda-Cokwe na parte nordeste de Angola é conhecido também por suas artes plásticas superiores. Outras partes da assinatura de arte angolana incluem:* a máscara fêmea Mwnaa-Pwo desgastada pelos dançarinos masculinos em seus rituais de puberdade. * máscaras poli-cromáticas de Kalelwa usadas durante cerimônias A arte da máscara azul de Angola, como a maioria da arte africana, as máscaras de madeira e as esculturas não são criações meramente estéticas. Elas têm um papel importante em rituais culturais, representando a vida e a morte, a passagem da infância à vida adulta, a celebração de uma nova colheita e o começo da estação da caça. Os artesãosangolanos trabalham madeira, bronze e marfim, nas máscaras ou em esculturas. Cada grupo étino-linguístico em Angola tem seus próprios traços artísticos originais. Talvez a parte mais famosa da arte angolana é o "Pensador de Cokwe", uma obra-prima da harmonia e simetria da linha. O Lunda-Cokwe na parte nordeste de Angola é conhecido também por suas artes plásticas superiores. Outras partes da assinatura de arte angolana incluem:* a máscara fêmea Mwnaa-Pwo desgastada pelos dançarinos masculinos em seus rituais de puberdade. * máscaras de Cikungu e de Cihongo que conjure acima das imagens da mitologia de Lunda-Cokwe. Duas figuras chaves neste panteão são a princesa Lweji e o príncipe da civilização Tschibinda-Ilunga. * a arte em cerâmica preta de Moxico do centro/leste de Angola Antes dos anos 80, todo o marketing dos artesãos estava sob o controle de Artiang, um braço do ministro da cultura. Entretanto uma vez que este monopólio comercial sobre a

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produção da arte foi removido, a arte em Angola floresceu. Enquanto as máscaras e as estátuas de madeira da África cresceram na popularidade no oeste, a indústria do artesanato em Angola procurou atender a demanda por arte africana.

O  português é a única língua oficial de Angola. Para além de numerosos dialectos, Angola possui mais de vinte línguas nacionais.A língua com mais falantes em Angola, depois do português, é o umbundo, falado na região centro-sul de Angola e em muitos meios urbanos. É língua materna de 26% dos angolanos.O quimbundo (ou kimbundu) é a terceira língua nacional mais falada (20%), com incidência particular na zona centro-norte, no eixo Luanda-Malanje e no Kwanza-Sul. Embora as línguas nacionais sejam as línguas maternas da maioria da população, o português é a primeira língua de 30% da população angolanaproporção que se apresenta muito superior na capital do país —, enquanto 60% dos angolanos afirmam usá-la como primeira ou segunda língua

O continente africano é considerado como o berço da humanidade. O território do actual estado angolano, é habitado desde o Paleolítico Superior, como indica a presença dos numerosos vestígios desses povos recolectores dos quais se deve salientar a existência de numerosas pinturas rupestres que se espalham ao longo do território.

Cultura e Rituais de IniciaçãoEm toda história das sociedades, há registos de expressões culturais, pois a cultura é inerente ao processo de civilização. Precisamos entender que não há povo sem cultura, ou povo com mais ou menos cultura, com cultura superior ou inferior. A cultura é produção e construção de um povo, na sua relação com o mundo da natureza e da sociedade, e se torna visível através de produtos artísticos e culturais, hábitos, costumes e práticas presentes nas relações que se estabelecem entre as pessoas e nas instituições. É através da cultura que os grupos sociais expressam suas concepções de mundo, construindo e preservando ritos e rituais. Além do português, língua oficial do estado, Angola possui outros 42 idiomas regionais. O país é uma exceção dentro do continente africano, pois a língua europeia vem conquistando cada vez mais espaço no meio cotidiano em detrimento dasBibliografia:A particularidade cultural. Disponível em: < http://www.angola.or.jp/index.php/about_angola/culture >. Acesso em: 03 nov. 2012.Culturaangolana'sblog. Disponível em: < http://culturaangolana.wordpress.com/ >. Acesso em: 03 nov. 2012.Angola (em inglês) Disponível em: < http://www.state.gov/outofdate/bgn/angola/188526.htm >. Acesso em: 03 nov. 2012. línguas nacionais, o oposto do que ocorre no restante do continente.

ARNAVAL EM ANGOLA 

Em Angola, desde os primórdios, o carnaval é festejado há mais de um século. Foi introduzido no nosso país pelos Portugueses e desde o limiar do ano de 1900, os Ndembu (Ambundo) manifestavam-se com danças e mascaras que correspondiam já ao carnaval. 

O carnaval teve sempre maior pujança em Luanda, sobretudo, no seio dos ilhéus e isso em parte deveu-se aos Nzau e Nzeto, (Cabindas e Solongos) quer transportaram para os

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axiluandas, a dança Muala de acção rítmica Semba, exibida em momentos recreação. De Luanda, a apartir dos musseques Kamama, Kapari e Mulenvo, saiu a dança de recreação espírita, denominada Kimuala que em dias de óbito, os daquelas zonas desciam até á zona litoral para junto dos axiluandas exibirem-se em gesto de solidariedade fraterna. 

As outras Províncias aonde se fazia sentir o carnaval são as do litoral, nomeadamente, em Cabinda, Zaire (Soyo), Bengo (Ambriz), Kwanza-Sul (Porto Amboim), Benguela (Lobito), Namibe, Malanje, KwanCom o início da luta armada de libertação nacional, em Fevereiro de 1961, as autoridades portuguesas não autorizavam o desfile livre do carnaval em Angola. Os poucos grupos carnavalescos e turmas que se atreviam a desfilar eram espancados pela polícia. 

O mesmo sucedeu em 1962. Num desses anos, criou-se o grupo carnavalesco “escola do semba” constituído maioritariamente por músicos, filhos de músicos e descendentes de foliões da Cidrália e dos invejados. Tinham como líder José Oliveira Fontes Pereira, que criou as canções, ensaiou os grupos vários meses para desfilar no carnaval seguinte. No entanto, o Grupo somente podia desfilar desde a sua sede, junto á igreja de S. Paulo até à Anangola, no início do Bairro Operário, junto do Bairro do Cruzeiro, onde a policia puxou puretes e castigou todos os bailarinos que não puderam fugir, sob ameaça de fogo.

A meio da década de 60, o centro de informação e turismo de Angola (CITA) criou regulamentos e junto das câmaras municipais, dinamizou um carnaval ao seu jeito e para defesa das suas conveniências. Proibiram o uso das mascaras entre os elementos de cada grupo, passando a exigir que o desfile principal fosse na avenida da marginal, chamada então Paulo Dias de Novais, incrementaram então os corsos, corsos carnavalescos, corsos alegóricos que desfilavam nos espaços que separavam os grupos carnavalescos e incentivaram cada vez mais as festas de salão, entre outras acções.za-Norte (Dondo e Ambaca) A meio da década de 60, o centro de informação e turismo de Angola (CITA) criou regulamentos e junto das câmaras municipais, dinamizou um carnaval ao seu jeito e para defesa das suas conveniências. Proibiram o uso das mascaras entre os elementos de cada grupo, passando a exigir que o desfile principal fosse na avenida da marginal, chamada então Paulo Dias de Novais, incrementaram então os corsos, corsos carnavalescos, corsos alegóricos que desfilavam nos espaços que separavam os grupos carnavalescos e incentivaram cada vez mais as festas de salão, entre outras acções.

Nesse período, depois de Luanda, só o carnaval de Lobito, na província de Benguela, se destacou, chegando a ser considerado o mais animado e mais organizado carnaval de Angola. A câmara municipal fazia desfilar, na bela restinga e desde o início do Porto do Lobito à colina da saudade. As festas de salão foram nessa cidade as mais animadas. Artistas e conjuntos musicais foram contratados do Huambo, Lubango e Luanda, para animar ao longo de 10 anos, os bailes de carnaval de Lobito, Catumbela e Benguela.

Símbolos culturais

A  escultura designada O Pensador é uma das mais belas estatuetas de origem

tchokwe, constituindo hoje um referencial da cultura inerente a todos angolanos,

visto tratar-se do símbolo da cultura nacional. Ela representa a figura de um ancião

que pode ser uma mulher ou um homem. Concebida simetricamente, com a face

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ligeiramente inclinada para baixo, exprime um subjectivismo intencional porque,

em Angola, os idosos ocupam um estatuto privilegiado. Os mais velhos

representam a sabedoria, a experiência de longos anos e o conhecimento dos

segredos da vida.

Conta-se que O Pensador tem a seguinte origem: No nordeste de Angola existe o

cesto de adivinhação, o ngombo, e o adivinhador usa pequenas figuras, esculpidas

em madeira, as quais irão determinar a sorte do consulente. Curiosamente, foram

estas figurinhas que vieram a inspirar a famosa figura nacional de O Pensador.

Essa imagem é, hoje, uma figura emblemática de Angola, que aparece inclusive na

filigrana das notas de kwanza, a moeda nacional. É considerada uma obra de arte

nativa fidedignamente angolana. À semelhança de qualquer figura emblemática de

um povo é como, por exemplo, o "Zé Povinho" em Portugal, o "John Bull" na

Inglaterra ou o "Tio Sam" nos Estados Unidos é, o Pensador tem origem numa

"tradição inventada" ou "convencionada".As primeiras figuras de O Pensador foram

esculpidas nas oficinas do Museu do Dundo, ao final da década de 40 do século

XX. Em 1947, por iniciativa da Diamang, a então Companhia dos Diamantes da

Lunda, foi criado na povoação do Dundo um museu de arte tradicional e de

colecções arqueológicas e etnográficas. Funcionários da empresa, na maioria

belgas e portugueses, contrataram artesãos locais e os incentivaram a esculpir na

madeira, ou a modelar no barro, figuras que fossem genuinamente angolanas mas,

ao mesmo tempo, que suas formas se aproximassem de uma estética que

julgavam ser mais convencional no sentido ocidental.

Hoje, pode-se adquirir estatuetas de O Pensador em galerias, lojas e feiras de

artesanato, em diferentes dimensões e materiais, como lembrança de Angola.

A Palanca Negra Gigante (Hippotragus niger, var.) é o mais belo antílope africano.

Valoriza-o, ainda mais, além da beleza das formas, o facto de só existir em Angola,

e em número escasso, pois a espécie está classificada como em grave perigo de

extinção (IUCN, 1996). Sua caça é rigorosamente proibida, como medida de

protecção.

Estes belíssimos animais viviam em pequenas manadas de seis a doze indivíduos,

frequentando as orlas e o interior de matas abertas, próximas da água e dos

prados. Mas era frequente vê-los isolados ou em casais.

A palavra Hippotragus deriva da aglutinação dos termos gregos latinizadas "hippo"

(que significa cavalo) e tragus (que significa bode ou antílope). Ainda que nada

tenha a ver com qualquer perissodáctilo (família dos cavalos), este antílope possui

uma cauda longa e cheia, uma cimeira erecta, orelhas longas e pontiagudas e um

pescoço largo e quase vertical, que fazem lembrar, efectivamente, o perfil de um

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equídeo.

Uma manada de palancas negras, nas orlas das matas que frequentam, é dos

mais belos quadros que se pode admirar em Angola, contudo, isso hoje é quase

impossível, a não ser em fotografias ou pinturas. Depois de 20 anos sem ser vista,

a palanca negra gigante foi redescoberta em 2005, no Kuando Kubango.No passado, os cornos da palanca negra eram utilizados como ornamento decorativo. Extraordinariamente longos e robustos, chegam a atingir mais de um metro e meio de comprimento, formando, cada um, uma semi-circunferência pela sua curvatura.Actualmente, os jogadores da selecção angolana de futebol são conhecidos como "os palancas negras".