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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus - Campo Mourão Engenharia de Alimentos JULIANA MARQUES PEREIRA COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL DE PRODUTORES DE CORUMBATAÍ DO SUL E REGIÃO COAPROCOR ESTÁGIO SUPERVISIONADO Campo Mourão, Fevereiro de 2014.

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

Campus - Campo Mourão

Engenharia de Alimentos

JULIANA MARQUES PEREIRA

COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL DE PRODUTORES DE CORUMBATAÍ DO

SUL E REGIÃO – COAPROCOR

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Campo Mourão, Fevereiro de 2014.

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RESUMO

As frutas in natura sofrem muitas deteriorações em poucos dias e devido a isso, tem

se uma alternativa para o aproveitamento dos frutos durante a safra é a produção de

polpas de frutas congeladas, permitindo um melhor aproveitamento e estocagem de

polpas fora da época de produção dos frutos in natura. O congelamento é um meio

favorável para o aproveitamento integral das frutas em época de safras evitando os

problemas ligados a sazonalidade. As polpas devem manter suas características

físico-químicas e sensoriais de origem, portanto, não podem sofrer alterações

durante o seu beneficiamento e comercialização. A Cooperativa beneficia

principalmente o maracujá e para manter a garantia de qualidade para as polpas

beneficiadas na empresa foi necessário o desenvolvimento do Manual de Boas

Práticas de Fabricação e Procedimentos Operacionais Padronizados (POP’s). Para

a elaboração dos manuais foi abordado às normas e procedimentos necessários

exigidos pela legislação para a elaboração e comercialização dos produtos, a fim de

evitar a ocorrência de doenças transmitidas por alimentos e melhores condições

higiênicas sanitárias de processamento destes. Também foi realizada uma pesquisa

para a implantação de um laboratório na indústria, para isso foram determinados os

tipos de análises físico-químicas e microbiológicas que devem ser feitas, para cada

tipo de fruto, estabelecidas pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento

(MAPA), para que um alimento tenha uma boa qualidade sanitária.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4

2. COAPROCOR ...................................................................................................... 6

3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO ................................................. 8

3.1. Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e Procedimentos Operacionais Padronizados (POP’s) ................................................................................................. 8

3.1.1. Higiene e Saúde dos Manipuladores.............................................................. 9

3.1.2. Higiene de Equipamentos e Controle de Pragas ......................................... 11

3.2. Desenvolvimento dos Procedimentos Operacionais Padronizados (POP’s). .. 12

3.3. Beneficiamento da Polpa de Fruta .................................................................. 14

3.4. Análises Físico-químicas e Microbiológicas .................................................... 17

4. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 19

5. REFERÊNCIA .................................................................................................... 20

6. ANEXOS ............................................................................................................. 22

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1. INTRODUÇÃO

O Brasil é o maior produtor mundial de frutas in natura, porém sua

comercialização é dificultada, devido essas frutas sofrerem deterioração em poucos

dias, especialmente a longas distâncias. Uma importante alternativa para o

aproveitamento dos frutos durante a safra é a produção de polpas de frutas

congeladas, permitindo a estocagem das polpas fora da época de produção dos

frutos in natura (BRUNINI et al., 2002). Além disso, as perdas pós-colheita são

estimadas entre 15 a 50%. Portanto, durante a época da safra a produção de frutas

congeladas se tornou uma alternativa favorável para aproveitamento integral das

frutas, evitando assim os problemas ligados à sazonalidade (BARRET et al., 1994).

A polpa é o produto não fermentado, não concentrado ou diluído, obtido pelo

esmagamento de frutos polposos, através de um adequado processo tecnológico,

com um teor mínimo de sólidos totais, proveniente da parte comestível e variável

para cada tipo de fruta, segundo a legislação brasileira do Ministério da Agricultura

(BRASIL, 2000). O preparo da polpa deve ser com frutas sãs, limpas, isentas de

matéria terrosa, de parasitas e detritos de animais ou vegetais. Não deve conter

fragmentos das partes não comestíveis da fruta, nem substâncias estranhas à sua

composição normal, observando também as características microscópicas, como

ausência de sujidades, parasitas e larvas (SANTOS et al., 2004).

As características da polpa de fruta, como físico-químicas e sensoriais,

deverão ser as provenientes do fruto de sua origem, sendo assim, não poderão ser

alteradas pelos equipamentos, utensílios, recipientes e embalagens utilizadas

durante o seu processamento e comercialização (BRASIL, 2000).

Devido à sazonalidade do maracujá e as grandes perdas ocasionadas pelo

transporte e o baixo tempo de vida útil da fruta in natura uma alternativa é o

beneficiamento do maracujá, obtendo assim a polpa de maracujá. Com mais de 150

espécies de Passifloraceas utilizadas para o consumo humano, o maracujá é

originário da América Tropical. O maracujá-amarelo (Passiflora edulisf. flavicarpa), o

maracujá-roxo (Passiflora edulis) e o maracujá-doce (Passiflora alata) são as

espécies mais cultivadas no Brasil e no mundo. O mais cultivado no mundo é o

maracujá-amarelo, responsável por mais de 95% da produção do Brasil e utilizados,

principalmente, no preparo de sucos, apresentando características como maior

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tamanho do fruto, maior peso, maior teor de caroteno, maior acidez total, maior

resistência às pragas e maior produtividade (PIZA JÚNIOR, 1991).

O estágio foi realizado na COAPROCOR – Cooperativa Agroindustrial de

Corumbataí do Sul e Região, localizada na cidade de Corumbataí do Sul, situada no

norte do estado do Paraná e que beneficia polpa de frutas, tendo como um forte o

maracujá cultivado na região. O presente relatório teve como objetivo cumprir um

dos requisitos para conclusão do ensino superior e obtenção do grau de engenheira

de alimentos a ser concedido pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Campus Campo Mourão e disponibiliza dados sobre a empresa e as atividades

realizadas, que possibilitaram uma união entre os conhecimentos teóricos adquiridos

nestes períodos de curso e a prática.

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2. COAPROCOR

A Cooperativa Agroindustrial de Produtores de Corumbataí do Sul e Região

(COAPROCOR) foi criada no ano de 2009 para prestar assistência aos produtores

de café e maracujá da região de Corumbataí do Sul (COAPROCOR, 2008).

Esta empresa teve como ponto de partida a crise do mercado de café, bem

como os problemas climáticos do final da década de 90. Desde então, os produtores

rurais desta região precisaram renovar as culturas para a própria sobrevivência. A

opção pelo cultivo de maracujá foi um grande advento, já que tratar-se de uma

cultura orgânica, de baixo custo ao produtor, que promove e propagação da cultura

na região, além do desenvolvimento sustentável em virtude da baixa necessidade de

utilização de agrotóxicos e produtos nocivos ao meio ambiente (COAPROCOR,

2008).

O cultivo de maracujá é a maior fonte de renda dos produtores rurais de

Corumbataí do Sul e região e tudo isso, graças à primorosa colaboração do projeto

Universidade Sem Fronteiras, mantido pela UEPR – Universidade Estadual do

Paraná (antiga Fecilcam) de Campo Mourão/PR, a cidade é considerada o maior

polo de produção de maracujá do Paraná. Os produtores do município tiveram seu

produto classificado como o maracujá que possui a melhor coloração, tamanho e

melhor ºBrix (teor de sólidos solúveis), em uma pesquisa realizada pela Companhia

de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) (COAPROCOR, 2008).

A grande responsável pela criação da cooperativa é a APROCOR –

Associação dos Produtores Rurais de Corumbataí do Sul, que percebeu o grande

potencial da cultura do maracujá, e com o escopo de melhorar a renda de seus

produtores, concluiu que a criação de uma cooperativa especifica para a região traria

maiores benefícios aos seus cooperados (COAPROCOR, 2008).

A COAPROCOR beneficia polpa de goiaba, acerola convencional, acerola

orgânica, maracujá e abacaxi. Outras polpas são beneficiadas, mas são fornecidas

por outras empresas em forma de barras congeladas e a COAPROCOR refaz o

beneficiamento passando novamente pela refinadeira em seguida bombeada até o

tanque homogeneizador e por fim embalada. A indústria possui um tecnólogo em

alimentos, um auxiliar de escritório, um contador, um auxiliar administrativo, um

gerente financeiro, 15 funcionários na linha de produção sendo dois auxiliares de

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produção, uma zeladora e dois transportadores da polpa de fruta, sendo um total de

23 funcionários (COAPROCOR, 2008).

A Cooperativa conta com mais de 460 cooperados, abrangendo também os

seguintes Municípios: Barbosa Ferraz, Nova Tebas, Iretama, Godoy Moreira,

Arapuã, Quinta do Sol, Peabiru, Prudentópolis, Lidianopolis, Borrazópolis, Jandaia

do Sul, além de outro fora da região sendo o Município Reserva (COAPROCOR,

2008).

A Agricultura Familiar é a principal beneficiada pela COAPROCOR, haja vista

a produção das culturas orgânicas estar elevando significativamente o nível de vida

dos pequenos produtores, pois a região de Corumbataí do Sul possui características

de relevo acidentado (COAPROCOR, 2008).

A COAPROCOR possui os seguintes parceiros governamentais: Instituto

Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), Serviço Nacional

de Aprendizagem Rural (SENAR), Fundação de Amparo ao Ensino e Pesquisa

(FAEP), Sindicato Patronal de Campo Mourão, Secretaria da Agricultura e

Abastecimento (SEAB), Serviço Social do Comércio (SESC), Companhia Nacional

de Abastecimento (CONAB), Banco do Brasil, Sistema de Crédito Cooperativo

(SICREDI), Prefeituras Municipais como a de Corumbataí do Sul, Godoy Moreira,

Iretama, Barbosa Ferraz, Nova Tebas e demais participantes na região, todos estes

órgãos estão empenhados em promover o Desenvolvimento Socioeconômico e

Ambiental, juntamente com a melhoria substancial da qualidade de vida dos

produtores (COAPROCOR, 2008).

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3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO

Durante o estágio realizado na COAPROCOR no período de janeiro a

novembro do ano de 2013, foi elaborado o Manual de Boas Práticas de Fabricação

(BPF) e Procedimentos Operacionais Padronizados (POP’s), com o propósito de

garantir a qualidade do produto final e a saúde e higiene dos manipuladores. Como

a empresa não possuía análises de controle de qualidade do seu produto, pois são

feitas por empresas terceirizadas, foi realizado um estudo para a implantação do

laboratório na Indústria, foram identificados os tipos de análises que devem ser

realizadas, estabelecida segunda a legislação para cada tipo de fruto, visando

garantir a qualidade final do produto. As atividades realizadas estão descritas a

seguir.

3.1. Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e Procedimentos

Operacionais Padronizados (POP’s)

A estrutura básica para compor a elaboração do Manual de BPF e POP’s foi

apresentada neste relatório. Todas as etapas foram baseadas segundo a Resolução

- RDC nº 216 (BRASIL, 2004). A BPF é de suma importância para uma empresa,

pois os consumidores estão mais exigentes com a qualidade do produto, isto leva a

empresa a procurar medidas que levam a segurança de seus alimentos, implantando

programas de autocontrole. O principal objetivo da BPF é garantir a integridade do

alimento, suas condições sanitárias e a saúde do consumidor, tornando-se pré-

requisitos indispensáveis para a implantação de qualquer programa de qualidade.

O manual da empresa apresentou os documentos necessários como: razão

social e nome fantasia da empresa, a licença de localização, alvará sanitário, horário

de funcionamento da empresa, lista de produtos que serão manipulados e também,

o nome, cargo e função de cada funcionário dentro da empresa. Foi descrito as

condições das áreas circunvizinhas da empresa, como são as vias de acesso

externo, como é a iluminação utilizada na área externa, às condições de salubridade

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e condições urbanas, informações estas que devem compor o manual e acompanhar

os relatórios referentes ao andamento da empresa.

O layout da empresa foi anexado apresentando metragem e especificações

das áreas, mostrando cada setor da indústria contendo descrição das suas

características físicas, tais como: teto, forro, paredes, pisos, ralos/caneletas,

iluminação, ventilação, janela, portas, lavatórios, sistemas de exaustão, esgotamento

sanitário, instalações elétricas, etc.

O manual elaborado necessita de todas as informações sobre instalações,

edificações, funcionários, sendo descritas as funções e cargos que cada um realiza

na empresa, informações sobre fornecedores, cooperados, funcionamento da

empresa entre outras necessárias para que a indústria esteja dentro dos critérios de

padrão de qualidade.

Para compor o manual de BPF é primordial obter informações sobre a higiene

e saúde dos manipuladores dentro da empresa para poder garantir a qualidade do

produto final sem contaminações, além de dados sobre o controle de pragas,

limpeza e desinfecção dos equipamentos utilizados para o beneficiamento da polpa

de forma a garantir a qualidade do produto final sem que haja algum tipo de

contaminação direta ou cruzada.

3.1.1. Higiene e Saúde dos Manipuladores

No manual é importante descrever como foi feita a admissão dos funcionários,

se são feitos exames laboratoriais e treinamentos sobre: boas práticas no manuseio

de alimentos, higiene pessoal, armazenagem, controle de pragas e outros relativos a

boas práticas, e relatar quem foi responsável pelos treinamentos e com que

frequência é realizado. Apresentar o número de funcionários (por sexo) de cada área

de produção e o número de funcionários qualificados. Todas essas informações

foram arquivadas para manter o controle.

A importância da higiene e saúde dos manipuladores está na garantia de

qualidade do produto final, por isso deve conter no manual: o tipo de uniforme e

Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para cada área de produção, como é

feita a higienização dos uniformes e a frequência em que deve ser realizada, onde e

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como é feita a higienização das mãos, com que frequência e se existe instruções,

relatar se os funcionários usam adornos, fumam, usam perfume, tomam banho antes

de iniciar as atividades e se são arquivados.

Na COAPROCOR são feitos exames dos funcionários antes de serem

admitidos, e quando se apresentam doentes ou com lesões, são afastados durante o

tempo de tratamento. Os treinamentos são feitos antes de serem admitidos e a

responsável pelo treinamento é a Tecnóloga em Alimentos, o ideal é que sejam

realizados uma vez a cada dois meses sendo ministrados na própria Indústria. O

controle de saúde e treinamento dos funcionários são arquivados.

Para cada área de beneficiamento na COAPROCOR, é utilizado um uniforme

de cor branca e limpo para a manipulação do produto, cada funcionário da linha de

produção utiliza jaleco, botas, touca, máscara, luvas, protetor auricular e avental,

para a parte de armazenamento em câmara fria é necessário o uso de EPI

adequado (roupa e luva térmica).

Todo o pessoal envolvido no beneficiamento da polpa de fruta mantém-se

dentro dos requisitos mínimos necessários em relação a sua higiene pessoal. Os

funcionários não devem usar adornos e perfume, não tossir e não fumar, tomar

banho antes de iniciar as atividades, manter unhas e cabelos curtos, no caso de

mulheres devem estar sempre presos e bem limpos e homens bem barbeados.

Antes de entrarem para a área de produção, é feita a higienização das mãos e

higienizar sempre que for necessário. No lavatório há cartazes educativos de como

lavar as mãos corretamente. Essa monitorização é realizada e arquivada.

Essa descrição é necessária a fim de garantir a qualidade do produto final e a

saúde do manipulador, pois se ocorre uma monitorização ou fiscalização correta dos

procedimentos estabelecidos não haverá risco de contaminação do produto,

devendo ser descrito também, a higiene dos equipamentos e o controle de pragas

na indústria.

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3.1.2. Higiene de Equipamentos e Controle de Pragas

Para um controle adequado de qualidade não basta apenas ter cuidados com

a manipulação durante o beneficiamento das polpas de frutas ou o controle com a

saúde e higiene dos manipuladores, também é necessário informações sobre o tipo

de água utilizada, como são feita a limpeza dos reservatórios, a frequência com que

é realizada e como é feito o controle da qualidade da água.

A água utilizada na indústria provém de poço artesiano, sendo que suas

análises são feitas em laboratórios terceirizados. O reservatório é higienizado

sempre que preciso, utilizando água para retirar as sujidades grosseiras, essa água

é utilizada para a limpeza de equipamentos na indústria e em seguida a desinfecção

utilizando hipoclorito de sódio a 2,5 % é realizada.

Os equipamentos utilizados na indústria foram descritos no manual, as suas

especificações e como é feita a manutenção e a higiene dos equipamentos e

instalações.

Os equipamentos são constituídos de aço inox, onde não transmitem

substâncias tóxicas, odores e sabores ao produto, são resistentes à corrosão e fácil

limpeza, na COAPROCOR para a produção de polpa possui os seguintes

equipamentos, lavador de frutas, esteira de seleção, elevador de talisca,

despolpadeira de fruta, refinadeira da polpa, tanque pulmão e embaladeira.

As manutenções de alguns equipamentos são feitas pelos funcionários da

empresa e outros por uma empresa terceirizada, já a calibração de todos os

equipamentos é feita por uma empresa terceirizada, anexando e arquivando os

controles de manutenção. A higiene dos equipamentos é feito sempre no inicio e fim

do processo, realizando assim uma limpeza, seguido de sanificação. A higienização

das instalações é feitas após o processamento, onde limpeza e sanificação são

realizadas seguindo a normas da empresa.

O controle de pragas também é de suma importância para garantir as boas

práticas dentro da empresa, sendo assim o controle integrado de vetores e pragas

foi descrito no manual, bem como as medidas preventivas onde são instaladas

barreiras físicas, qual o procedimento adotado, produtos utilizados e se existe

monitoramento e arquivos relatando este controle.

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São instalados telas de proteção em janelas e portas de acesso a produção, e

o controle de manter portas fechadas durante a produção, não há pragas

encontradas na área de produção, pois a limpeza é bem rígida e obtém o cuidado

necessário para que não ocorra à entrada de vetores e pragas.

Esse procedimento de monitorização relatado acima é importante a fim de

garantir a qualidade do produto, para que não ocorra à contaminação indesejada,

por isso deve seguir adequadamente cada passo descrito para que se encontre

dentro dos padrões estabelecidos.

3.2. Desenvolvimento dos Procedimentos Operacionais Padronizados (POP’s).

Os Procedimentos Operacionais Padronizados devem conter as instruções

sequenciais das operações e a frequência de execução, especificando o nome, o

cargo e ou a função dos responsáveis pelas atividades. Devem conter local

apropriado para ter aprovação, data e assinatura do responsável. Para parte do

programa de BPF foram exigidos os Procedimentos Padrão de Higiene Operacional

(PPHO) que devem ter detalhamentos de procedimentos de monitorização, ação

corretiva, registros e verificação; visado estabelecer a forma rotineira pela qual o

estabelecimento industrial evitará a contaminação direta ou cruzada e a adulteração

do produto, preservando sua qualidade e integridade por meio da higiene, antes

durante e depois das operações industriais.

Os PPHO são representados por requisitos de BPF considerados críticos na

cadeia produtiva de alimentos. Para estes procedimentos, recomenda-se a adoção

de programas de monitorização, registros e ações corretivas. Os PPHO são

programas considerados parte das BPF.

Da mesma maneira que o Manual de Boas Práticas de Fabricação, os POP’s

devem estar escritos de forma clara e objetiva, evitando-se, ao máximo, que tenham

grande volume. A intenção deve ser a de evidenciar facilmente a maneira que a

empresa executa o procedimento. Os itens a serem descritos, no POP, devem ser

os seguintes:

a) OBJETIVO: Descrever neste item os objetivos do documento, por exemplo:

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“Estabelecer procedimentos a serem adotados para coletar as amostras de

polpa de fruta com segurança.” (PPHO 1- coleta de amostras de polpa de

fruta).

b) DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA: Citar normas técnicas e legais que

servem como base para o documento.

c) CAMPO DE APLICAÇÃO: Descrever para que setores/ áreas da empresa o

procedimento se aplica.

d) RESPONSABILIDADES: Citar quem serão os responsáveis pela execução

do procedimento, pela sua monitorização, verificação e pelas ações

corretivas.

e) DESCRIÇÃO: Nesta etapa devem ser descritos os procedimentos, passo a

passo.

f) MONITORIZAÇÃO: Citar como será feita a monitorização do procedimento.

Se o uso de tabelas e planilhas se fizer necessários, devem ser anexados os

modelos.

g) AÇÃO CORRETIVA: Descrever quais serão a ações corretivas para cada

situação de não conformidade, ou seja, que não atenda os padrões

estabelecidos pelo POP.

h) VERIFICAÇÃO: Descrever de forma clara e objetiva “O QUE”, “COMO”,

“QUANDO” E “QUEM” executará os procedimentos.

Para garantir a execução do POP é de suma importância que estes

procedimentos estejam formalizados, implantados e executados, com seu

monitoramento, controle, medidas corretivas, preventivas, responsabilidade pela

execução, frequência e os respectivos registros, que servirá de base para a

verificação do real cumprimento das BPF, por parte da autoridade sanitária,

garantindo a qualidade do produto durante as etapas do seu beneficiamento.

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3.3. Beneficiamento da Polpa de Fruta

Para o controle do beneficiamento da polpa deve ser descrito os critérios de

higiene utilizada e a seleção, como é feito o recebimento da matéria-prima e como é

realizado o armazenamento da matéria-prima e produtos químicos, tóxicos e de

limpeza.

Também foi apresentado no manual o acondicionamento, rotulagem e

armazenagem de produto pronto, pré-preparados e de sobras, foi relatado se a

empresa realiza algum tipo de controle de qualidade e quais os procedimentos

adotados para o recolhimento de produtos com reclamações.

Na COAPROCOR é feito uma seleção da matéria prima e embalagens, são

analisadas as características sensoriais da matéria prima, não há adição de

ingredientes, a embalagem deve estar limpa e em condições íntegras. Para o

recebimento da matéria prima é preciso analisar as condições de higiene dos

veículos e se a fruta está em condições adequadas para consumo, há também visita

técnica aos produtores tendo como objetivo observar as condições de manejo dos

produtores. Em condições insatisfatórias é feita a devolução da matéria prima,

devidamente identificada, ao fornecedor.

Para o armazenamento de produtos químicos, tóxicos e de limpeza é utilizado

um armário separado, os produtos devem ser devidamente etiquetados e

armazenados.

Não há armazenamento da fruta in natura, pois esta é imediatamente

beneficiada.

Após o beneficiamento das polpas, as mesmas são armazenadas em

câmaras frias a temperatura de refrigeração (-23 ± 0,2°C) até que a sua distribuição

seja feita. O transporte é feito em veiculo adequado, de forma a evitar

contaminações e defeitos com a temperatura de estocagem. Deve ser devidamente

identificado na embalagem data de fabricação e o tipo de produto.

Os resíduos e sobras do beneficiamento da polpa são destinados aos

produtores da matéria prima, com finalidade para alimentação animal. O controle de

qualidade laboratorial não é realizado na indústria, as análises são feitas por

laboratórios terceirizados.

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O produto que apresentar inconformidades identificadas pelo consumidos é

recolhido rapidamente, pela própria indústria, o problema é identificado, analisado e

descartado em sequência. O descarte é destinado para alimentação de animais. É

registrado o lote que ocorreu a reclamação, analisado e arquivado na indústria.

Na área de produção não há depósitos de lixos para não ocorrer circulação ou

acúmulo de pragas e insetos ou qualquer outro tipo de contaminante, que possa

contaminar o alimento processado.

Para que haja um controle com tudo que ocorre dentro da empresa, é feito um

documento relatando todo o procedimento ocorrido, para assegurar a qualidade do

produto e organização da empresa.

A Figura 1 apresenta o fluxograma do beneficiamento da polpa de fruta.

Figura 1.: Fluxograma do beneficiamento da polpa de maracujá.

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De acordo com o fluxograma de beneficiamento da polpa de maracujá

apresentada na Figura 1, na recepção da matéria-prima as frutas ao chegarem à

indústria são analisadas quanto à sua qualidade (grau de maturação, °Brix, cor). Os

produtores e os fornecedores de frutas são orientados quanto às condições de

transporte e ponto de colheita ideal, a fim de que as frutas não cheguem ao seu

destino com um nível baixo de qualidade.

Na pré-lavagem visa remover a terra e outras sujeiras aderidas à superfície da

fruta. São feitas em tanque, sob imersão em água limpa, não necessitando ser

clorado, devido à grande quantidade de matéria orgânica presente.

Os tanques de lavagem são de aço inox. Eles são mantidos limpos, sem

ranhuras e usados especificamente para este fim. Após a etapa da lavagem, as

frutas são enxaguadas em outro tanque com água limpa.

As seleções das frutas são de acordo com seu estado de maturação e sua

integridade física, isto é, são descartadas todas as frutas verdes ou em estágio de

maturação inadequada, apodrecida fermentada, excessivamente machucada,

dilacerada e picadas por insetos. As seleções das frutas são feitas em mesas

específicas e em área bem iluminada.

No despolpamento é feito a separação da polpa do material fibroso, casca e

sementes, providas de tela de aço inox. A abertura da tela poderá ser modificada de

acordo com o tipo de fruta, variando de 0,8 a 0,5 mm. Nesta etapa são separadas as

cascas das sementes.

No refinamento foi realizado o sistema da despolpadeira, utilizando-se tela de

malha de 0,3 mm, com o objetivo de remover partículas grosseiras, dando um

aspecto mais homogêneo ao produto. A necessidade desta operação será

determinada pelo tipo de fruta e pelo aspecto desejado para o produto.

Após a refinadeira, a polpa é bombeada para o tanque homogeneizador, este

tanque mantém a polpa homogeneizada sem separação de fases para melhor

aspecto ao produto final. Em seguida ela é bombeada e embalada, colocada em

caixas para o ser armazenamento em câmaras frias a temperatura de

aproximadamente -23 ± 0,2ºC.

Com o intuito de garantir a qualidade do produto final é necessário que todas

as etapas do beneficiamento da polpa sejam respeitadas e feitas de acordo com a

sua necessidade. Seguindo de forma correta todo o procedimento, obterá um

produto com ótima qualidade para consumo.

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3.4. Análises Físico-químicas e Microbiológicas

As análises dos alimentos são de suma importância para garantir a qualidade

do produto final. Para um alimento ter uma boa qualidade sanitária é necessário que

seja livre de microrganismos patogênicos e possuir características sensoriais

desejáveis, como: cor, odor e sabor. Todas as análises devem se encontrar dentro

dos padrões de limites máximos e mínimos permitido pela legislação. Como a

COAPROCOR realizava suas análises em laboratórios terceirizados, foi feito uma

pesquisa com levantamento de dados para que fosse possível a implantação do seu

próprio laboratório de controle de qualidade. As análises necessárias para cada fruto

é determinado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, conforme

regulamento técnico geral para fixação dos padrões de identidade e qualidade para

a polpa de fruta. O roteiro de análises físico-químicas foi retirado através do Manual

de Normas do Instituto Adolfo Lutz (1985). As análises físico-químicas necessárias

para garantir a qualidade da polpa de fruta são:

Determinação de Sólidos Totais;

Determinação de Sólidos Solúveis por Refratometria;

Determinação de Acidez Titulável - % Ácido Cítrico;

Determinação de Vitamina C – Ácido Ascórbico.

As características físico-químicas necessárias para cada polpa de fruta in

natura beneficiada pela empresa COAPROCOR são apresentadas nas tabelas em

Anexo, onde constam dados sobre maracujá, acerola, uva e goiaba.

As análises microbiológicas necessárias para polpa de fruta foi retirado do

regulamento técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos (BRASIL, 2001),

que determina as análises a ser realizada para a polpa de fruta, as análises são:

Contagem de Bolores e Leveduras;

Contagem de Coliformes Totais e Coliformes Termotolerantes em

Alimentos;

Número mais Provável de Coliformes Totais e Coliformes

Termotolerantes em Alimentos;

Pesquisa de Salmonella;

Pesquisa de Escherichia coli O157:H7.

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Esta etapa foi documentada com os roteiros de análises descritos, para a

realização das análises físico-químicas e microbiológicas das polpas de frutas.

É importante uma empresa conter seu próprio laboratório de qualidade, para

obter um controle em relação ao seu produto, sendo analisando antes, durante e

após o seu beneficiamento, a fim de garantir a sua qualidade final.

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4. CONCLUSÃO

Durante o período de estágio, foi possível entender a importância de cada

pessoa que compõe cada etapa do processo, para que se possa garantir a

qualidade do produto final. A importância do desenvolvimento realizado da

implantação dos programas de autocontrole, dos treinamentos com os funcionários

da produção, exigindo o uso certo dos equipamentos e EPI’s, e também da sua

higiene pessoal, para que se possa garantir a qualidade do produto desde o

recebimento da matéria prima, durante o processo e até o produto final.

Os cuidados durante o beneficiamento são de vital importância no resultado

final, para garantir uma ótima qualidade do produto. No intuito de proteger a saúde

dos consumidores e evitar alterações não desejadas nos alimentos, devendo utilizar

um procedimento de elaboração higiênica adequada.

O objetivo dessas implantações foi garantir a integridade do alimento, suas

condições sanitárias e a saúde do consumidor, tornando-se pré-requisitos

indispensáveis para a implantação de qualquer programa de qualidade.

O período de estágio proporcionou a oportunidade de colocar em prática os

conhecimentos adquiridos na teoria, sabendo lidar com situações diversas dentro de

uma indústria de alimentos, com o intuito de garantir a qualidade dos produtos.

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5. REFERÊNCIA

BARRET, R. L. de C.; CHITARRA, Mª I. F.; CHITARRA, A. B. Choque a frio e

atmosfera modificada no aumento da vida pós-colheita de tomates: 2-Coloração e

textura. Ciência e Tecnologia Alimentos, Campinas, v.1, n.14, p.14-26, 1994.

BENASSI, M.T.; ANTUNES, A.J.A. Comparison of meta-phosphoric and oxalic acids

as extractant solutions for the determination of vitamin C in selected

vegetables. Arquivos de Biologia e Tecnologia, Curitiba, v.31, n.4, p.507-513,

1988.

BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA DO ABASTECIMENTO. Instrução

Normativa n° 01/00, de 07/01/00. Regulamento técnico geral para fixação dos

padrões de identidade e qualidade para polpa de fruta. Diário Oficial da República

Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 jan. 2000, Seção I, p.54-58.

BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA DO ABASTECIMENTO. Instrução

Normativa n° 62, de 26/08/03. Oficializar os Métodos Analíticos Oficiais para

Análises Microbiológicas para Controle de Produtos de Origem Animais e Água.

Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 18 set. 2003.

BRASIL. Resolução RDC nº 12, de 2 de janeiro de 2001. Aprova o “Regulamento

Técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos”. Órgão emissor: ANVISA –

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em: www.anvisa.gov.br. Acesso

em: 10 de janeiro de 2014.

BRASIL. Resolução-RDC Nº 216, de 15 de setembro de 2004. Diário Oficial da

União. Brasília, de 18 de dezembro de 2006.

BRUNINI, M. A.; DURIGAN, J. F.; De OLIVEIRA, A. L. Avaliação das alterações em

polpa de manda “Tommy-Atkins” congeladas. Revista Brasileira de Fruticultura, v.

24, n.3, p.651-653, 2002.

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COAPROCOR. Cooperativa Agroindustrial de Produtores Rurais de Corumbataí do

Sul e Região. 2008. Disponível em: http://www.coaprocor.com.br. Acessado no dia:

22 de fevereiro de 2014.

INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. v. 1:

Métodos físico-químicos para análise de alimentos, 3. ed. São Paulo: IMESP, 1985.

PIZA JÚNIOR, C. de T. A cultura do maracujá. Campinas: Secretaria de Agricultura

e Abastecimento, 1991. 71 p.

SANTOS, F. A. et al. Análise qualitativa de polpas congeladas de frutas produzidas

pelo SUFRUTS, MA. Higiene Alimentar, v.15, n.119, p.14-22, 2004.

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6. ANEXOS

Tabela 1.: Características físico-química da polpa de acerola.

Polpa de Acerola Mínimo Máximo

Sólidos solúveis em ºBrix,

a 20ºC

5,5 -

pH 2,80 -

Acidez total expressa em

ácido cítrico (g/100g)

0,80 -

Ácido ascórbico

(mg/100mg)

800,00 -

Açucares totais naturais

da acerola (g/100g)

4,00 9,50

Sólidos Totais (g/100g) 6,50 -

Tabela 2.: Características físico-química da polpa de maracujá.

Polpa de Maracujá Mínimo Máximo

Sólidos solúveis em

°Brix, a 20°C

11,0 -

pH 2,7 3,8

Acidez total expressa em

ácido cítrico (g/100g)

2,50 -

Açúcares totais naturais

do maracujá (g/100g)

- 18,00

Sólidos totais (g/100g) 11,00 -

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Tabela 3.: Características físico-química da polpa de goiaba.

Polpa de Goiaba Mínimo Máximo

Sólidos solúveis em °Brix,

a 20°C

14,00 -

pH 2,9 -

Acidez total expressa em

ácido cítrico (g/100g)

0,41 -

Açúcares totais naturais

da goiaba (g/100g)

- 15,00

Sólidos totais (g/100g) 9,00 -

Tabela 4.: Características físico-química da polpa de uva.

Polpa de Uva Mínimo Máximo

Sólidos solúveis em °Brix,

a 20°C

14,0 -

pH 2,9 -

Acidez total expressa em

ácido cítrico (g/100g)

0,41 -

Açúcares totais naturais

do maracujá (g/100g)

- 20,00

Sólidos totais (g/100g) 15,00 -