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Jovem Empreendedor no Campo MANUAL DO PARTICIPANTE

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Jovem Empreendedor no Campo

MANUAL DO PARTICIPANTE

BRASÍLIA-DF2015

MANUAL DO PARTICIPANTE

JOVEM EMPREENDEDOR

NO CAMPO

© 2015. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SebraeTodos os direitos reservadosA reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1988).

Informações e contatosServiço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae Unidade de Capacitação Empresarial e Cultura EmpreendedoraSGAS 605 – Conjunto A – CEP: 70.200-904 – Brasília-DF Telefone: (61) 3348-7343www.sebrae.com.br

Presidente do Conselho Deliberativo Nacional Robson Braga de Andrade

Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos

Diretora Técnica Heloisa Regina Guimarães de Menezes

Diretor de Administração e Finanças Luiz Eduardo Pereira Barreto Filho

Unidade de Capacitação Empresarial e Cultura Empreendedora

Gerente Mirela Malvestiti

Unidade de Atendimento Setorial Agronegócios

GerenteEnio Queijada

Equipe TécnicaAndréia Calderan Demian Condé

Coordenação NacionalAndréia Calderan

Consultor ConteudistaMarcelo Lima Costa

Consultores EducacionaisAndréia CalderanAntonio Carlos de Paula Dias

Unidade de Comunicação

GerenteMaria Cândida Bittencourt

Coordenação de EditoraçãoLarissa MeiraCícero Henrique Alves TeagoRosana Figueiredo

Revisão OrtográficaDiscovery - Formação Profissional Ltda. ME

Diagramação IComunicação

C837j

Costa, Marcelo Lima.

Jovem empreendedor no campo: manual do participante. / Marcelo Lima Costa, Andréia Calderan, Antonio Carlos de Pádua Dias (colabora-dores). – Brasília : Sebrae, 2015.

81 p. il.

1. Pequeno negócio rural 2. Empreendedorismo I. Sebrae II. Título III. Calderan, Andréia, col. IV. Dias, Antonio Carlos de Pádua, col.

CDU – 631.1

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ..........................................................................................................................................................6

ENCONTRO 1 – OPORTUNIDADES NO CAMPO .......................................................................................................8ATIVIDADE DE APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................................................ 10ATIVIDADE 1 – CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR (CCE) ...................................................... 10ATIVIDADE 2 – ONDE ESTÁ A OPORTUNIDADE: NO CAMPO? NA CIDADE? ....................................................................... 12ATIVIDADE 3 – MODELO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO ..................................................................................................... 20RESUMO DO ENCONTRO 1 ..................................................................................................................................................................... 29

ENCONTRO 2 – POTENCIAL DOS NEGÓCIOS RURAIS ...........................................................................................30ATIVIDADE 1 – CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR (CCE) ...................................................... 31ATIVIDADE 2 – PROJETO DE NEGÓCIO RURAL (1a PARTE) ......................................................................................................... 33ATIVIDADE 3 – POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL VIA NEGÓCIOS RURAIS: VALORIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DO CAMPO ................................................................................................................................. 35RESUMO DO ENCONTRO 2 ..................................................................................................................................................................... 43

ENCONTRO 3 – MUDANÇA E INOVAÇÃO ................................................................................................................44ATIVIDADE 1 – CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR (CCE) ...................................................... 45ATIVIDADE 2 – PROJETO DE NEGÓCIO RURAL (2a PARTE) ......................................................................................................... 48ATIVIDADE 3 – TRABALHANDO COM MUDANÇAS ....................................................................................................................... 50RESUMO DO ENCONTRO 3 ..................................................................................................................................................................... 57

ENCONTRO 4 – MECANISMOS DE APOIO AO SETOR RURAL .....................................................................................58ATIVIDADE 1 – CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR (CCE) ...................................................... 59ATIVIDADE 2 – PROJETO DE NEGÓCIO RURAL (3a PARTE) ......................................................................................................... 61ATIVIDADE 3 – MECANISMOS DE APOIO AO SETOR RURAL ..................................................................................................... 63RESUMO DO ENCONTRO 4 ..................................................................................................................................................................... 69

ENCONTRO 5 – PROJETOS PARA O CAMPO ...........................................................................................................70ATIVIDADE 1 – ELABORAÇÃO DO PROJETO (ÚLTIMA PARTE) .................................................................................................. 72ATIVIDADE 2 – APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS ........................................................................................................................... 74

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................................80

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JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

MANUAL DO PARTICIPANTE

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APRESENTAÇÃO

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JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPOGUIA DO EDUCADOR

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

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MANUAL DO PARTICIPANTE

Caro participante,

Os conteúdos desta capacitação, dirigidos ao jovem do meio rural, buscam preparar o partici-pante para avaliar suas possibilidades e interesses no desenvolvimento ou na continuidade dos negócios da família no campo, com vistas à criação de oportunidades de ocupação e renda.

A participação dos jovens nos destinos da comunidade pode representar uma abertura para o desenvolvimento econômico, social e político das populações no meio rural, com refl exos alta-mente positivos para a sociedade como um todo.

Nesse sentido, pretende-se abordar a perspectiva do exercício da atividade empreendedora, como elemento de transformação, abrindo caminhos para a geração de oportunidades para o público envolvido no curso.

A capacitação que você irá participar está estruturada de modo a que se tenha uma visão geral das potencialidades da atividade rural, das oportunidades que pode oferecer, de como planejar um negócio e da importância de se desenvolver comportamentos próprios de empreendedores.

Durante a capacitação você estará em contato com um conteúdo diversifi cado, abrangendo di-versos assuntos de interesse para todos os que pretendem usar seu potencial no desenvolvimen-to de um empreendimento no campo.

Nesse contexto, o curso Jovem Empreendedor no Campo tem o propósito de criar as condições necessárias para que você, participante, desenvolva as seguintes competências:

• Compreender a importância, o signifi cado e a oportunidade de atuar no campo, como forma de empreender negócios sustentáveis, rentáveis e inovadores;

• Desenvolver atitudes empreendedoras e escolher, de forma consciente, seu engajamento na atividade no campo por meio de uma visão empresarial da propriedade rural;

• Construir uma nova modelagem de negócio do seu empreendimento rural.

ESTRUTURA DO CURSO

Os temas dessa ação educacional estão estruturados em cinco encontros sequenciais, com a duração de 4 horas cada um, perfazendo o total de 20 horas-aula.

• Encontro 1 – Oportunidades no campo;

• Encontro 2 – Potencial dos negócios rurais;

• Encontro 3 – Mudança e inovação;

• Encontro 4 – Mecanismos de apoio ao setor rural;

• Encontro 5 – Projetos para o campo.

PÚBLICO-ALVO

Jovens na faixa etária de 16 a 25 anos, do meio rural, com relações de parentesco ou não com produtores rurais, com nível de educação preferencialmente equivalente ao ensino médio ou mais elevado.

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JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPOGUIA DO EDUCADOR

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ENCONTRO 1 – OPORTUNIDADES NO CAMPO

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JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPOGUIA DO EDUCADOR

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

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MANUAL DO PARTICIPANTE

O foco desse encontro será a apresentação de duas importantes características do comporta-mento empreendedor (CCE), o desenvolvimento de uma melhor compreensão sobre as oportu-nidades no campo e apresentação de modelo para elaboração de projetos. Nesse encontro serão criadas as condições necessárias para que você desenvolva competências para:

• Compreender as oportunidades de atuação no campo, estabelecendo correlação com seu momento de vida, como forma de criar novas alternativas profi ssionais;

• Identifi car os comportamentos empreendedores “busca de oportunidades e iniciativa” e “cor-rer riscos calculados” com objetivo de possibilitar seu crescimento como empreendedor;

• Distinguir o modelo para elaboração de projeto;

• Tomar consciência da sua importância como empreendedor no desenvolvimento da atividade rural;

• Predispor-se a desenvolver comportamentos empreendedores para atuar no meio rural;

• Explicar a importância e o signifi cado do empreendedorismo no meio rural;

• Ampliar o conhecimento do contexto e sobre informações que demonstram a viabilidade da sua permanência no meio rural.

CARGA HORÁRIA

• 4 horas.

ROTEIRO DE ATIVIDADES

ATIVIDADE DE ABERTURA

• Exposição dialogada, exercício individual e em grupo.

ATIVIDADE 1 – CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR (CCE)

• Exposição dialogada e trabalho individual visando proporcionar o conhecimento de duas importantes características do comportamento empreendedor (CCE).

ATIVIDADE 2 – ONDE ESTÁ A OPORTUNIDADE: NO CAMPO? NA CIDADE?

• Exposição dialogada, trabalho em grupo, leitura de textos e debates buscando-se trabalhar as oportunidades, os benefícios e as tendências do empreendedorismo no campo.

ATIVIDADE 3 – MODELO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO

• Exposição dialogada explicando o modelo adotado para elaboração de projeto.

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JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPOGUIA DO EDUCADOR

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Atividade de apresentação

Você deverá preencher o quadro “quem sou eu” a seguir: Ele servirá para sua apresentação em sala de aula;

QUEM SOU EU?

Nome:

Um pouco sobre mim:

Uma característica pessoal que você tem e que facilita suas relações pessoais:

Caso você ou sua família sejam produtores rurais, o que produzem?

Atividade 1 – Características do comportamento empreendedor (CCE)

• Você participará nessa atividade de uma exposição dialogada e trabalho individual com o ob-jetivo de conhecer duas importantes características do comportamento empreendedor (CCE): busca de oportunidades e iniciativa e correr riscos calculados;

• Para que compreenda as características do comportamento empreendedor, é importante conhecer o conceito de empreendedorismo, vamos a ele?

Empreendedor - Definição

“Um Empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões”.

Fillion 1999.

S 4 E1

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

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MANUAL DO PARTICIPANTE

• O educador(a) exibirá o seguinte slide;

Atividade 1: Características do Comportamento Empreendedor - CCE

•Busca de Oportunidades e Iniciativa

•Correr Riscos Calculados

S 5 E1

• Escute atentamente a fala do(a) educador(a);

• Então:

• “Busca de oportunidades e iniciativa” representa fazer as coisas antes de solicitado, ou antes de forçado pelas circunstâncias; agir para expandir o negócio em novas áreas, produ-tos ou serviços; aproveitar oportunidades fora do comum para começar um negócio, obter financiamentos, equipamentos, terrenos, local de trabalho ou assistência. Exemplo: João, produtor rural, percebe que no seu município todos os anos falta a planta palma (espécie de cacto) para alimentar o gado no período da seca. Tendo visto isso como uma oportuni-dade, resolve plantar cinco hectares a mais da planta palma, para comercializar durante o período de estiagem. Ele percebeu a oportunidade, e teve iniciativa para concretizá-la;

• Correr riscos calculados significa avaliar alternativas e calcular riscos deliberadamente; age para reduzir os riscos ou controlar os resultados; coloca-se em situações que implicam desafios ou riscos moderados. Exemplo: Andréia, agricultora do interior do Paraná, foi in-formada que há um alto risco de geadas fortes. Para lidar com essa situação contratou um seguro agrícola para sua próxima safra.

• O(A) educador(a), nesse momento, fará algumas perguntas, fique atento, e responda prontamente, é importante sua participação, assim você aprenderá com mais facilidade. Seja proativo(a).

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

Escreva, a seguir, suas considerações sobre o que foi apresentado nessa atividade.

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Atividade 2 – Onde está a oportunidade: no campo? na cidade?

Agora você participará de uma atividade que tem por objetivo trabalhar as oportunidades, os benefícios e as tendências do empreendedorismo no campo por meio de:

• Exposição dialogada;

• Trabalho em grupo;

• Leitura de textos;

• Debates;

• O(a) educador(a) exibira o seguinte slide;

Atividade 2 – Onde está a Oportunidade?

NO CAMPO? NA CIDADE?

S 6E1

• Fique atento à fala do(a) educador(a);

• Em seguida, você será convidado(a) a ler os seguintes textos.

Texto 1 – Empreendedorismo no meio rural brasileiro

Por Wagner Gomes1

Cada vez mais ganham repercussão questões sobre o êxodo e o envelhecimento da população rural no Brasil. Os jovens rurais aprendem desde cedo, na escola e com suas famílias, que é na cidade grande que vão encontrar bons empregos, estrutura e as melhores oportunidades para melhorar as suas vidas. Essa é a trajetória esperada para um jovem de sucesso: deixar a sua comu-nidade e conseguir um emprego em uma grande cidade – Fortaleza, Recife, Salvador, São Paulo ou Rio de Janeiro.

1 Wagner Gomes é economista e diretor executivo da Adel e da empresa social Fundo Veredas. Fellow da Ashoka Empreendedores Sociais e membro da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais. Nasceu e mora no município de Apuiarés, sertão do Ceará. Disponível em: <http://www.adel.org.br>.

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

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MANUAL DO PARTICIPANTE

O jovem rural se encontra diante de muitos desafios e incertezas entre “ficar ou sair” da sua comu-nidade. Entre as dificuldades de permanecer no meio rural há os limites impostos pela escassez da terra, da baixa renda das famílias e, consequentemente, de investimento na produção e acesso a crédito e tecnologias.

Em busca de um novo emprego, melhores salários, estudos e qualidade de vida, muitos jovens rurais brasileiros migram do campo para a cidade na tentativa de alterar suas vidas. Nos últimos 50 anos, o êxodo rural cresceu 45,3% no Brasil. Atualmente, a migração urbana também tem aumentado, mas não supera a evasão do campo. As consequências sociais decorrentes dos processos migratórios campo-cidade são inquestionáveis quando se observa, dentre outros, a favelização dos centros urbanos, aumento da criminalização e, em contrapartida, o esvaziamen-to do meio rural.

Entretanto, na região Nordeste do Brasil há muitos jovens que desejam permanecer em suas comunidades rurais. E buscam alternativas e estratégias para que possam ficar no meio rural e melhorar de vida. Um exemplo é a Agencia de Desenvolvimento Local (Adel), uma organização social fundada em 2007 por um grupo de jovens de comunidades rurais do Ceará, que tiveram a oportunidade de ingressar na universidade na capital do Estado. Depois de formados estes jovens retornaram para suas comunidades para investir seus conhecimentos e habilidades em prol do desenvolvimento local sustentável, através da formação e apoio técnico e gerencial a agricultores familiares e jovens empreendedores rurais.

A Adel está mostrando aos jovens rurais que é possível permanecer no campo através do em-preendedorismo. Que há excelentes oportunidades de negócios, ainda não exploradas, no meio rural. E que é mais do que possível a convivência sustentável com a realidade local – a partir da potencialização dos recursos naturais e das vocações econômicas relativas a esse ambiente. A Adel está contribuindo para criar exemplos de jovens que ficaram e tiveram sucesso, aumentaram suas rendas e melhoraram suas vidas e de suas famílias – que agora estão sendo referências para outros jovens da região.

Sabemos que é um desafio trabalhar o empreendedorismo no sertão brasileiro em meio às adversidades climáticas e sociais, mas acreditamos que é possível transformar realidades através de conhecimento, incentivo, trabalho em rede e contribuição financeira e gerencial para impul-sionar a implantação de uma ideia. As ações da Adel estão organizadas em quatro componentes, que representam as áreas prioritárias em que os jovens rurais e agricultores familiares precisam de maior acesso e apoio para que possam desenvolver suas iniciativas. Acesso a: (1) Conhecimento – formação de recursos humanos locais; (2) Crédito – para o desenvolvimento de negócios rurais; (3) Redes cooperativas – fortalecimento organizativo para governança local das comunidades e territórios; e (4) Tecnologias de informação e comunicação.

A permanência dos jovens no campo e sua inclusão socioprodutiva contribuem para a estruturação e para a agregação de valor das cadeias produtivas regionais – na medida em que os jovens apren-dem e aplicam novas soluções e tecnologias e passam a ocupar estágios estratégicos nas cadeias, como de beneficiamento, processamento e comercialização. Os jovens estão mais antenados e próximos aos mercados e conseguem disseminar conhecimentos de modo mais efetivo que os agricultores tradicionais. Os jovens ainda difundem e aplicam técnicas de agricultura sustentável e agroecológica, com a utilização de técnicas menos agressivas em suas práticas produtivas e em seus

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negócios. A longo prazo, os impactos das ações da Adel incluem o fortalecimento da agricultura familiar, o aumento no nível de renda familiar e a difusão de um modelo sustentável de agricultura para comunidades rurais do Brasil.

Assim, a Adel acredita no jovem como um agente de transformação e de desenvolvimento sus-tentável. Uma geração de jovens mais comprometida em dar uma nova cara ao sertão brasileiro, às suas comunidades. Essa geração tem a maior escolaridade média da história da região e está mais sintonizada com o que está acontecendo ao seu redor, no mundo, do que nunca. É uma oportunidade para transformar a realidade social, econômica e ambiental do semiárido brasileiro.

De fato, disponibilizar aos jovens rurais um ambiente favorável à constituição da cidadania e con-dições de vida hábeis de agenciar a integração econômica e a emancipação social é crucial para que se consiga a permanência dos jovens no campo.  Não estou afirmando que os jovens devem permanecer no campo, afinal, eles são livres para escolher onde querem viver. O problema é com quais referências eles fazem as escolhas de “ficar ou sair”? Que percepções eles têm do meio rural? De seu lugar? E da sua família? Outra problemática a ser explorada, é de onde são herdadas suas percepções sobre o mundo rural. Atentando para estas questões poderemos ter resultados mais profundos sobre a problemática do êxodo das jovens, e talvez seja possível indicar alternativas para modificar esse cenário, como a Adel tem feito no sertão cearense.

Texto 2 – Elevação dos índices sociais e econômicos freou o êxodo rural e reduziu a dis-tância entre o campo e a cidade

Por Joana Colussi2

Antes um caminho quase natural, a decisão dos jovens em migrar ou não para as cidades agora é cercada por um contexto alçado pelo agronegócio brasileiro. Espalhada pelo interior do país, a riqueza da produção de alimentos elevou índices sociais e econômicos e reduziu a distância entre o campo e a cidade. Com oportunidades de renda e qualidade de vida, a nova geração ligada ao meio rural vislumbra um futuro promissor também nas propriedades que fazem o Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho inflar com reflexos de supersafras e crescente produção animal.

O jovem que decide apostar no meio rural enxerga a rentabilidade do negócio. E essa oportunidade lhe permite ter qualidade de vida – analisa Pedro Selbach, diretor da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Docente há 35 anos, Selbach acompanha a mudança de perfil dos jovens que buscam conheci-mento acadêmico na área agrícola:

Hoje, 50% dos estudantes vêm do Interior e 50% são de grandes centros urbanos. Há 30 anos, a maioria era do Interior e, majoritariamente, homens. Por décadas, a falta de perspectivas no campo exportou milhares de jovens para a cidade – de onde dificilmente saíam. O resultado, ainda verificado, é o crescente êxodo rural. No entanto, o acesso a recursos básicos, como educação, saúde e tecnologia, fez a migração deixar de ser fundamental para se alcançar a independência financeira.

2 Joana Colussi é repórter de economia do Jornal Zero Hora do Rio Grande do Sul.

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

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MANUAL DO PARTICIPANTE

A ideia de que campo é lugar de atraso é ultrapassada. O avanço da agricultura fortaleceu entre os jovens o orgulho de ser agro – diz Rosani Spanevello, professora do curso de Zootecnia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Seja pela forte ligação com a terra ou para suceder familiares, grande parte dos jovens agora ma-nifesta o desejo de ficar no campo. Mas ainda que 69% dos adolescentes da agricultura familiar não queiram migrar para grandes cidades, conforme dados do pesquisador Nilson Weischeimer, na prática, a decisão passa por questões bem pontuais.

Os jovens que ficam ou retornam querem autonomia e liberdade para tomar decisões. A abertu-ra dos pais é fundamental para atenuar conflitos de gerações – aponta Vera Carvalho, assistente técnica da Emater. Pais e filhos devem ter funções definidas.

Dividir atividades e renda dentro da propriedade foi o modelo encontrado pela família Signori para Alessandro, 25 anos, retornar a São Pedro das Missões, no Noroeste, após formar-se em Zoo-tecnia. Enquanto o pai, José Signori, 57 anos, administra cem hectares de lavoura, o jovem respon-de pela produção leiteira.

Recebi propostas de emprego em indústrias e comércio quando me formei. Mas meus pais esta-vam sozinhos, trabalhando muito. Optei por aplicar meus conhecimentos junto deles – conta o jovem, que pretende expandir a produção com melhoria na qualidade dos animais.

O fortalecimento das agroindústrias também tem ajudado a seduzir jovens do campo, diz Dou-glas Cenci, coordenador da Juventude Estadual da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul).

Formado em Agronomia, Genor Brum Filho, 28 anos, assumiu a propriedade da família, em São Luiz Gonzaga, nas Missões, aos 22 anos. A sucessão foi antecipada pela morte do pai, há quatro anos. Com a orientação do irmão, Francisco Eugênio Brum, 56 anos, o agrônomo diversificou a produção nos 1,8 mil hectares da Fazenda Coqueiro.

Antes centrada na pecuária, a propriedade tem hoje 600 hectares cultivados com soja, milho, trigo e aveia. Neste ano, o jovem investiu em irrigação em 90 hectares da lavoura, com previsão de ampliar os pivôs centrais para outros 210 hectares: – A responsabilidade de administrar sozinho é grande. Mas não teria porque não levar isso adiante.

Outra alternativa em crescimento é conciliar o agronegócio com uma carreira profissional para-lela. Com o crescimento das cidades médias do Interior, estudantes recém-formados conseguem ajudar na gestão de lavouras da família e seguir com outra atividade no núcleo urbano mais pró-ximo. Foi esse o caminho feito por João José Dornelles, 26 anos, formou-se em Direito em 2012. Depois de sete anos na Capital, retornou para São Borja, na Fronteira Oeste, para ajudar o pai Ory Dornelles, 50 anos, no cultivo de arroz e na pecuária. Agora, planeja abrir um escritório de advoca-cia na cidade e, ao mesmo tempo, atuar na gestão da propriedade: – Sempre tive a ideia de voltar, gosto muito da vida no Interior.

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Texto 3 – “Quando você toma o trem da vida precisa saber em que estação você quer che-gar. Caso contrário você passará a sua vida subindo e descendo de trens.”

Por Fernando Viana3

Escrevi essa frase para mim mesmo há alguns anos atrás. Foi na ocasião que percebi que, tal qual muitas pessoas, eu também não tinha um projeto de vida efetivamente definido. Embora acreditasse que sabia onde queria chegar, nunca havia parado para pensar se realmente era esse o meu objetivo de vida. E, ao fazer essa análise crucial, vi que precisava atuar para gerar uma mudança de rumo ra-dical. Quando percebi isso, fiquei com uma situação bastante desconfortável e passei uma noite em claro escrevendo como um louco os meus sonhos e definido o meu objetivo maior de vida.

Anos depois, já trabalhando com pessoas e muitas delas executivos de empresas percebi que grande parte deles – tal qual como eu anteriormente – não tinham um projeto definido de vida e, para minha surpresa, muitos acreditavam que isso era preciso apenas para uma empresa. Alguns sequer quiseram pensar na ideia, outros, igual aconteceu comigo, se assustaram diante do vazio que sentiram e imediatamente iniciaram um processo de busca que só terminou quando defini-ram tudo o que era realmente necessário fazer para que pudessem dar os primeiros passos.

Hoje, sempre que posso literalmente “obrigo” as pessoas com as quais trabalho ou em projetos desenvolvidos pela FBC para que todos tracem o seu projeto de vida, pode ser pessoal, pode ser profissional, não importa. E digo isso até mesmo para aqueles que dizem ter tudo estabelecido e ordenado na sua mente.

Quando paro para pensar, me assusto sobre o fato de que o nosso sistema educacional não pre-para os jovens para a vida, na maioria das vezes e nas melhores das situações são preparados para uma “carreira”, para um emprego considerado seguro e garantido. E muitos passam anos a fio estudando para concurso, como se no Brasil houvesse vagas de empregos públicos para todos. Todavia no mundo de hoje, cada vez mais, a juventude se defronta com um grande problema: o “emprego” pós faculdade. E, infelizmente, é nesse momento que muitos, muitos mesmo, chegam a perceber de que ter apenas um diploma não mais garante um futuro desejado de muito suces-so. Portanto, é preciso ter mais do que apenas isto.

Por acompanhar diversos processos de pessoas com as quais tenho trabalhado, cada vez mais, me convenço de que é realmente importante ter um objetivo em mente, ou seja, criar na mente o futuro desejado e em seguida cair em campo para torná-lo realidade. Porém, além disto, é preciso detalhar com cuidado o futuro desejado e correlacionar a equação: “o que eu gosto realmente de fazer + meus talentos natos + o que o mercado busca”.

Uma ligeira análise deste trio poderá dar origem a muitas ideias e oportunidades de realização. Isto acontece porque mais do que um diploma na gaveta é preciso buscar intimamente os ta-lentos natos, as coisas que mais gostamos de fazer, e como poderemos transformar isto em uma grande oportunidade para a vida.

Assim sendo, o primeiro passo trata na verdade de nada mais nada menos do que liderar a própria vida e não apenas gerenciá-la[1]. Em outras palavras a liderança pessoal irá nos ajudar a determinar se o “trem da vida” está no trilho certo; ao passo que o gerenciamento irá – ape-nas – ajudar a desenvolver o grau de eficácia necessária para desenvolver a melhor velocidade do trem.

3 Fernando Viana é diretor-presidente da Fundação Brasil Criativo (FBC).

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MANUAL DO PARTICIPANTE

Em outras palavras, quando os exploradores desvendam uma floresta o papel do líder é subir na mais alta árvore e definir qual o rumo será tomado; ao passo que os gerenciadores seguem aqueles que estão derrubando as matas e fazendo as trilhas e anotam nos manuais os procedi-mentos, os métodos mais eficazes e definem as melhores maneiras de prosseguir, e as pessoas que comporão as equipes de cada turno.

Todavia, o que constatamos hoje é que muitas pessoas estão tão preocupadas em derrubar as árvores e com isso não percebem – muitas vezes – que estão na mata errada… E, quando isso é percebido, muitas vezes não existe mais a possibilidade de corrigir todos erros e os danos já são grandes demais.

Isso acontece no mundo empresarial o todo tempo, remédios que estão ultrapassados e são vendidos como se estivessem atualíssimos, empresas que continuam trabalhando como se não já existisse a era da informática, pessoas que não percebem que o mundo se transforma numa velocidade espantosa, profissionais que não conseguem criar algo novo em suas respectivas áreas e se sentem insatisfeitos…

Finalmente, refletir e observar que paisagens o trem da sua vida está lhe mostrando poderá ser a melhor maneira de ter a certeza de que você não está no trem errado e, portanto, poderá chegar à estação buscada por você. Só esteja atento para passar e não percebê-la. Boa viagem!

“Gerenciar é fazer as coisas do jeito certo; liderar é fazer as coisas certas.” Peter Drucker e Warren Bennis.

• O(A) educador(a) passará as seguintes orientações:

• Leia todo o texto 1, 2 e 3 marcando com um círculo cada uma das questões/ideias que considerou mais relevantes e que chamaram sua atenção;

• Reflita sobre as ideias que você marcou. O que elas representam para você? Você tem alguma opinião favorável sobre o que você leu? Você se identificou com alguma situação em particular?

• Exercite sua capacidade de pensar criticamente e de identificar alguma oportunidade, ou algum curso de ação em sua vida, ao ler os textos. Lembre-se de que é bom exercitar a CCE: busca de oportunidade e iniciativa;

• Caso você identifique alguma oportunidade pense se você seria capaz de correr o risco de colocá-la em prática. Essa é a hora de você lembrar da CCE: busca de oportunidade e iniciativa;

• Lembre-se de que você tem, no máximo, 25 minutos para realizar a leitura dos três textos e as atividades solicitadas acima.

• Após a leitura individual, você trabalhará em grupo. Fique atento às orientações do(a) educador(a);

• Agora, organizados em grupo, converse com seus colegas sobre os textos lidos e responda às questões a seguir.

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1) O QUE O GRUPO ACHOU DOS TEXTOS APRESENTADOS?

2) O GRUPO CONSIDERA QUE AS QUESTÕES ABORDADAS EM CADA UM DOS TEXTOS TÊM APLICAÇÃO NA VIDA DE CADA UM?

3) O GRUPO IDENTIFICA NOS TEXTOS ESTUDADOS OPORTUNIDADES DE EMPREENDEDORIS-MO NO CAMPO? QUAIS PONTOS DOS TEXTOS DEMONSTRAM ESSAS OPORTUNIDADES?

4) O GRUPO IDENTIFICA NOS TEXTOS ESTUDADOS BENEFÍCIOS DO EMPREENDEDORISMO NO CAMPO? QUAIS PONTOS DOS TEXTOS DEMONSTRAM ESSES BENEFÍCIOS?

5) QUAL A TENDÊNCIA ATUAL QUE O GRUPO VISLUMBRA SOBRE O EMPREENDEDORISMO NO CAMPO?

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

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MANUAL DO PARTICIPANTE

• Agora que você já discutiu com seus colegas, você terá 10 minutos para elaborar uma apresentação, seguindo as orientações do educador, colocando os principais prontos discutidos no grupo;

• Terminada essa fase de preparação, você e seu grupo terão 5 minutos para apresentar o trabalho;

• Após todas as apresentações, o(a) educador(a) fará um processamento de toda a atividade, preste atenção nesses momentos que são muito importantes;

• Reflita e responda quando questionado(a). É importante para a sua aprendizagem que você seja proativo(a):

• Fazer o exercício foi interessante? O que mais chamou atenção?

• Vocês acreditam que trabalhar no campo pode ser interessante, desafiador e uma boa opção de vida?

• As informações recebidas, neste encontro, podem ajudar no processo de pensar suas opções como empreendedores?

• A leitura dos textos e debates podem ter contribuído para que você tenha uma nova visão sobre o empreendedorismo no campo;

• Em relação ao texto 1: possível permanecer no campo por meio do empreendedorismo;

• Em relação ao texto 2: a riqueza da produção de alimentos elevou índices sociais e eco-nômicos e reduziu a distância entre o campo e a cidade. Com oportunidades de renda e qualidade de vida, a nova geração ligada ao meio rural vislumbra um futuro promissor;

• Em relação ao texto 3: é realmente importante ter um objetivo em mente, ou seja, criar na mente o futuro desejado e em seguida cair em campo para torná-lo realidade. Porém, além disso, é preciso detalhar com cuidado o futuro desejado e correlacionar a equação: “o que eu gosto realmente de fazer + meus talentos natos + o que o mercado busca”. Como cita o texto é importante lembrar: “Quando você toma o trem da vida precisa saber em que estação você quer chegar. Caso contrário, você passará a sua vida subindo e descendo de trens”;

• Os três textos demonstram a tendência, que a longo prazo, os impactos das ações voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar, o aumento no nível de renda e a difusão de um modelo sustentável de agricultura, para comunidades rurais do Brasil, possam garantir, cada vez mais, a presença do jovem no campo.

• Reflita e responda, quando questionado(a);

• Com base no que foi visto, é possível afirmar que vale a pena ser um empreendedor rural?

• O trabalho realizado até o momento levou você a refletir sobre o seu futuro?

• O que você planeja fazer profissionalmente no futuro próximo? Quais são suas metas de vida?

• Quais compromissos você está disposto(a) a assumir para direcionar sua vida da melhor forma possível?

• O(a) educador(a) solicitará que traga no próximo encontro a resposta para a seguinte questão:

• Ser empreendedor rural pode ser a melhor ou a pior decisão da sua vida? Justifique.

• O (A) educador(a), nesse momento, fará algumas perguntas, fique atento, e responda prontamen-te, é importante sua participação, assim você aprenderá com mais facilidade. Seja proativo(a).

2120

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

Registre, a seguir, suas considerações sobre o que foi apresentado nessa atividade.

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Atividade 3 – Modelo para elaboração de projeto

Você irá participar de uma exposição dialogada em que conhecerá um modelo para construção de projeto. Ele será utilizado para a elaboração do projeto de negócio rural, que começará a ser construído a partir do próximo encontro.

• O(a) educador(a) exibirá o seguinte slide;

Modelo de Projeto

S 8E1

justificativa

Produto Partes interessadas e fatores externos

Premissas Riscos

objetivo smart

Requisitos Equipe Grupo de entregas

Linha do tempo

benefícios

Restrições Custos

Por quê? O quê? Quem? Como? Quando/Quanto?

GP: Essência do Projeto

• Fique atento a todas as informações e orientações prestadas pelo(a) educador(a);

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

2120

MANUAL DO PARTICIPANTE

• Saiba que o modelo utilizado tem como referência Project Model Canvas, criado por um brasileiro, estudioso e professor de planejamento, chamado José Finocchio Júnior, professor da Universidade de São Paulo, que tem como objetivo:

• Possibilitar a todos o conhecimento sobre uma maneira simples, lúdica e muito efetiva de se construir um projeto, que pode ser utilizada para as mais diversas finalidades, desde o planejamento de uma festa, a construção de uma casa, o desenvolvimento de um em-preendimento e, até, mandar um homem, ou mulher, a Marte.

• O modelo de projeto completo tem 13 itens que devem ser definidos para sua elaboração;

• No nosso modelo de projeto vamos responder antes ao “por que”, pois, nele estão contidas as motivações e as crenças que irão conduzir o projeto. O produto está, então, subordinado a essas questões;

• Os 13 itens e as cinco expressões representam o que existe de mais objetivo e eficaz para a construção de um projeto. Na verdade, essas simples informações são fruto de dezenas de anos de estudos, elaborados por especialistas na área de gestão de projetos, e que agora são apresentadas de uma forma integrada.

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

• O(a) educador(a) exibirá o seguinte slide;

Por quê?

S 9E1

Necessidade e oportunidade

O que atingir

Ganhos

• Fique atento(a) às explicações do(a) educador(a);

• O slide apresenta três itens: a justificativa, o objetivo smart e os benefícios esperados. Esses três itens juntos representam, na verdade, o por quê faremos o projeto;

• A justificativa representa o por quê é preciso desenvolver o projeto. O que se quer solucionar ou que oportunidade se pretende explorar;

2322

• Objetivo smart é o que o projeto permitirá atingir. É a finalidade de todos os esforços e recur-sos que serão mobilizados;

• É denominado smart porque significa que um objetivo deve ser:

• S – ESpecífico;

• M – Mensurável;

• A – Alcançável;

• R – Realista;

• T – Delimitado no Tempo.

• Os benefícios representam os ganhos econômicos, sociais e ambientais do projeto, obtidos no futuro pelo empreendimento, após sua implantação.

Veja o exemplo do produtor de hortaliças orgânicas, o Sr. João Silva, para facilitar o entendimento.

Justificativa

Faltam produtos orgânicos no mercado de Apodi, e foi detectado que há uma grande procura por esses produtos no mercado local.

Objetivo smart

Comercializar R$ 60.000,00 em hortaliças orgânicas até o fim de 2016 no mercado local (atacado e varejo).

Benefícios

O projeto trará faturamento mensal de R$ 5.000,00, sendo R$ 3.000,00 de lucro, sustentando a família; fornecerá aos consumidores produtos de grande qualidade e valor agregado; contribuirá para o fortalecimento da agricultura familiar; contribuirá para a redução no uso de defensivos agrícolas; movimentará a economia local.

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

2322

MANUAL DO PARTICIPANTE

• O(a) educador(a) exibirá o seguinte slide;

O que?

S 10E1

Justificativa

Produto

Objetivo Smart

Requisitos

Benefícios

Por quê?

O que se entrega ao cliente

Características, comportamentos funções

• O slide mostra dois itens: o produto e os requisitos. Esses dois itens juntos representam o que faremos com a implementação do projeto;

• O produto é aquilo a ser entregue ao cliente;

• Os requisitos são as características, o comportamento e as funções desempenhadas pelo pro-duto. Representam que qualidade ele deve ter. Qual dever ser seu desempenho e sua confia-bilidade.

Veja o exemplo do Sr. João Silva, produtor de hortaliça orgânica.

Produto

Produto 1: Hortaliças orgânicas (atacado); produto 2: Hortaliças orgânicas (varejo);

Requisitos do produto

Produto em caixas de transporte para venda no atacado; produto higienizado, embalado em por-ções menores em bandejas de isopor, pronto para venda no varejo; hortaliça em conformidade com a legislação de orgânicos e devidamente certificado; produto de alta qualidade e frescor.

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

2524

• O(a) educador(a) exibirá o seguinte slide;

Por quê

S 11E1

Justificativa

Produto 1. 1. Partes interessadas e 2. fatores externos

Objetivo Smart

Requisitos Equipe

Benefícios

O quê Quem?

1. Pessoas e organizações 2. A economia, recursos, clima,

tecnologia etc.

Membros e papeis

• O slide apresenta basicamente dois itens: as partes interessadas com os fatores externos e a equipe. Esses dois itens, juntos, representam quem está envolvido no projeto, sejam institui-ções ou pessoas;

• Partes interessadas e fatores externos são todas as pessoas ou organizações afetadas pelo projeto (o cliente do projeto, o patrocinador, os fornecedores, outros departamentos externos ao projeto: governo, órgãos regulatórios etc.). Os fatores externos podem ser o comportamen-to da economia, a disponibilidade de recursos, o clima, a tecnologia, as normas e regulamen-tos, a cultura local etc.;

• Na maioria dos casos o patrocinador é o próprio empreendedor;

• Equipe do projeto são seus membros e seus papéis. Às vezes podemos não ter ainda os nomes dos membros da equipe, mas os papéis necessários sempre devemos ter claros;

Veja o exemplo do Sr. João das hortaliças orgânicas.

Exemplo de partes interessadas

Família do produtor; compradores da feira; atravessadores do Ceasa; fornecedores de insumos e sementes; prefeitura; Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); certificadora orgânica; sociedade em geral.

Exemplo de fatores externos

A economia; a disponibilidade de recursos; o clima; a tecnologia; programas, normas e regula-mentos; a cultura local.

Equipe do projeto

Sr. João Silva (pai) – Plantio, tratos culturais e colheita; Sra. Marycleide Silva (mãe) – Preparo do produto e embalagem; Carlos Silva (filho) – Distribuição e comercialização.

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

2524

MANUAL DO PARTICIPANTE

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

• O(a) educador(a) exibirá o seguinte slide;

Por quê?

S 12E1

O Quê? Como? Quem?

Condições esperadas

Partes do Projeto

Limitações

• O conjunto apresenta basicamente três itens: as premissas, grupo de entregas e as restrições. Esses três itens juntos representam como se pode desenvolver o projeto;

• As premissas são as condições esperadas para execução do projeto;

• O grupo de entregas é formado pelas partes que juntas formarão o produto como um todo;

• As restrições são as limitações de qualquer natureza impostas aos trabalhos do projeto.

Veja o exemplo do Sr. João da Silva.

Premissas

Disponibilidade de: poço artesiano para irrigação; terra agricultável; mão de obra qualificada; capital de giro; carro para transporte de caixas e embalagens; insumos necessários a produção; estufas; processo de comercialização e distribuição definidos; clima favorável ao desenvolvimento das plantas; mercado favorável aos produtos orgânicos a um preço competitivo.

Grupo de entregas

Produtos prontos para serem entregues de acordo com o perfil do cliente bandejas de isopor, rótulos e insufilme para feira; caixas plásticas para transporte para o Ceasa; sementes e insumos agrícolas; assistência técnica.

Restrições

O Sr. João Silva dispõe de R$ 70.000,00 para investir na atividade; a região onde ficam é marcada pela seca, sendo necessário contar com um ponto de irrigação; o filho mais velho do Sr. João, Pedro Silva, está em Natal, estudando para o vestibular e não participará do projeto; toda a produ-ção deverá ocorrer em conformidade com as normas utilizadas para a certificação orgânica.

2726

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

• O(a) educador(a) exibirá o seguinte slide;

Por quê

S 13E1

O quê? Quem? Quando/Quanto? Como?

Ameaças Incertezas

Cronogra- ma

Somatório dos custos

• Bem, estamos quase no final;

• O slide agora inclui mais três itens: os riscos, a linha do tempo e os custos. Esses três itens juntos representam quando o projeto será entregue e o quanto custará;

• Riscos são as ameaças, as incertezas que podem comprometer os resultados do projeto;

• Linha do tempo é o cronograma do projeto, ou seja: suas diversas etapas distribuídas em um período de tempo;

• Custos representam o somatório de todos os custos do projeto.

Veja, novamente, o exemplo do Sr. João da Silva.

Riscos

Queda na renda da população local, levando a um corte de gastos (migração para o convencional ao invés do orgânico); poço artesiano secar; risco fitossanitário (doenças e pragas em hortaliças).

Linha do tempo

Até fevereiro 2016 – Poço artesiano escavado e em funcionamento; até março 2016 – Encanamen-to para irrigação instalado; até abril 2016 – Estufas montadas; abril a junho – Processo produtivo testado e implementado; julho – Início da comercialização.

Custos (ano)

Semenes: R$ 2.000,00; insumos (adubos, fertilizantes, corretivos): R$ 20.000,00; embalagens: R$5.000,00; mão de obra: 6.000,00; combustível: R$ 10.000,00; manutenção: R$5.000,00; comerciali-zação: 5.000,00; total: R$53.000,00.

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

2726

MANUAL DO PARTICIPANTE

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

• O(a) educador(a) exibirá o seguinte slide;

Por quê

S 14E1

O quê Quem? Quando/Quanto?

Como?

GP: Essência do Projeto :

A importância da Integração

• Agora estamos quase chegando ao final. A imagem está mostrando todo o conjunto de itens a serem considerados, na elaboração do projeto, acrescentando o local em que deve ser escrito, o nome do gerente do projeto, (GP) e o local em que deve ficar registrado, em poucas palavras, a sua essência;

• O nome do gerente e a essência do projeto devem ser as primeiras a serem introduzidas. A essência do projeto inspira positivamente os trabalhos;

• As diversas partes do projeto precisam estar bem integradas, isso é muito importante. Ao longo dos demais encontros essa questão será tratada;

• A seguir, veja o passo a passo para elaboração do projeto:

PASSO A PASSO

1. Riscar a folha para flip-chart com o modelo;

2. Escrever o nome de cada item no modelo;

3. Introduzir o nome do gerente do projeto;

4. Inserir a frase que demonstre a essência do projeto;

5. Desenvolver o projeto:

• Debater com a equipe, cada um dos itens;

• Registrar na folha as ideias do grupo, à medida que a discussão é feita. Os registros devem ser curtos e precisos;

• Utilizar notas autocolantes para o registro;

• Iniciar no bloco “por que” e continuar na sequência: o que , quem, como, e quando/quanto;

• Garantir que exista uma integração que envolva cada uma das partes do projeto.

2928

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

• O(a) educador(a) exibirá o seguinte slide;

S 15E1

• Veja que o slide apresenta um projeto desenvolvido utilizando o modelo voltado ao desenvol-vimento de uma cultura de pimentões.

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

Registre, a seguir, suas considerações sobre o que foi apresentado nessa atividade.

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JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

2928

MANUAL DO PARTICIPANTE

• O(A) educador(a) exibirá o slide a seguir que contém as competências que foram desenvolvi-das no encontro 1;

Competências do Encontro 1 Compreender as oportunidades de atuação no campo, estabelecendo correlação com seu momento de vida, como forma de criar novas alternativas profissionais. Identificar os comportamentos empreendedores “busca de oportunidades e iniciativa” e “correr riscos calculados” com objetivo de possibilitar seu crescimento como empreendedor. Distinguir o modelo para elaboração de projeto. Tomar consciência da sua importância como empreendedor no desenvolvimento da atividade rural. Predispor-se a desenvolver comportamentos empreendedores para atuar no meio rural. Explicar a importância e o significado do empreendedorismo no meio rural. Ampliar o conhecimento do contexto rural e sobre informações que demonstram a viabilidade da sua permanência no meio rural.

S 3 E1

• Você deverá observar se as competências foram contempladas durante as atividades do en-contro 1. Confirme ou não as perguntas do(a) educador(a);

• Caso tenha ficado alguma dúvida, aproveite esse momento para esclarecê-la com o(a) educador(a);

• A seguir, o resumo com os principais temas abordados e que será sua referencia de estudos;

• O(A) educador(a) fará a leitura do resumo que contém os temas e conteúdos trabalhados no encontro 1.

RESUMO DO ENCONTRO 1

Tema Ideias principais

Características do comportamento empreendedor (CCE)

Esta atividade mostrou a relevância das CCE. “Busca de oportunidades e iniciativa” e correr riscos calculados e sua conexão direta com a temática do encontro.

Onde está a oportunidade: no campo? na cidade?

Buscou-se, com a atividade, levar os participantes a refletirem sobre oportunidades e perspectivas na vida, como cidadão e como empreendedor. Procurou-se contribuir para que os participantes estejam mais preparados para decidirem o seu destino. Além disso, utilizando os três textos, foi possível trabalhar as oportunidades, os benefícios e as tendências do empreendedorismo no campo.

Modelo para elaboração de projeto O modelo para elaboração de projetos apresentado tem todos os componentes necessários para possibilitar a construção de um projeto de grande qualidade. Com ele os participantes passaram a conhecer uma metodologia moderna de planejamento e poderão aplicá-la nos encontros seguintes e depois do curso, em suas atividades privadas e profissionais. Utilizando-se das questões clássicas de planejamento, (por que, o que, quem, como e quando/quanto) associadas a 13 itens formam um conjunto coerente.

31

ENCONTRO 2 – POTENCIAL DOS NEGÓCIOS RURAIS

3130

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPOGUIA DO EDUCADOR

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

31

MANUAL DO PARTICIPANTE

Nesse segundo encontro serão trabalhados conteúdos buscando-se compreender o potencial de desenvolvimento econômico e social via negócios rurais e a valorização das atividades do campo. Serão, também, apresentadas mais duas importantes características do comportamento empreen-dedor. Além disso, será dado início à elaboração do projeto de negócio rural.

Nesse encontro, serão criadas as condições necessárias para que você desenvolva competências para:

• Compreender o potencial de desenvolvimento de negócios no setor rural, relacionando com seu contexto pessoal e profi ssional;

• Conhecer os comportamentos empreendedores “Busca de informações e estabelecimento de metas”;

• Perceber a importância da valorização das atividades no campo como oportunidade de cres-cimento profi ssional;

• Construir a primeira parte do projeto, com foco no “por que” visando o planejamento, implan-tação, ou fortalecimento de um negócio rural.

CARGA HORÁRIA

• 4 horas.

ROTEIRO DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 1 – CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR (CCE)

• Exposição dialogada, exercício em grupo, textos e debates.

ATIVIDADE 2 – PROJETO DE NEGÓCIO RURAL

• Exposição dialogada e exercício em grupo.

ATIVIDADE 3 – POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL VIA NEGÓCIOS RURAIS

• Exposição dialogada, estudo de caso e exercício em grupo.

Atividade 1 – Características do comportamento empreendedor (CCE)

Nessa atividade você irá participar de uma exposição dialogada e de um trabalho Individual para compreender as características do comportamento empreendedor enfatizando os seguintes comportamentos: busca de informações e estabelecimento de metas.

3130

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPOGUIA DO EDUCADOR

3332

• O(A) educador(a) exibirá o slide;

Atividade 1: Características do Comportamento Empreendedor - CCE

• Busca de Informações

• Estabelecimento de metas

S2E2

• Escute, atentamente, as explicações do(a) educador(a);

• Busca de informações representa dedicar-se pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedores ou concorrentes; investiga pessoalmente como fabricar um produto ou propor-cionar um serviço; consulta especialistas para obter assessoria técnica ou comercial. Exemplo: antes de construir uma granja de suínos, Carlos produtor rural, procurou informações sobre mercado, tecnologia e legislação para iniciar o planejamento do seu negócio;

• Estabelecimento de metas significa estabelecer metas e objetivos que são desafiantes e que têm significado pessoal; tem visão de longo prazo, clara e específica; estabelece objetivos de curto prazo, mensuráveis. Exemplo: O objetivo smart da produção de hortaliças orgânicas.

Objetivo smart

Comercializar R$ 60.000,00 em hortaliças orgânicas até o fim de 2016 no mercado local (atacado e varejo).

• Nesse momento você trabalhará em dupla;

• Vocês devem discutir com seu par, e escrever no bloco de notas um exemplo de busca de informação que realizaram e, também, de uma meta que estabeleceram;

• Para a execução da tarefa:

- Reflitam durante alguns instantes, não mais de dois minutos, se identificam em si mesmos comportamentos semelhantes aos apresentados neste encontro;

- Rotineiramente vocês buscam informações para suprir alguma necessidade de estudo, de trabalho ou de lazer?

- Onde normalmente buscam as informações que necessitam?

- Costumam estabelecer metas para algum tipo de atividade?

- Vocês têm 3 minutos para finalização dessa etapa.

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

3332

MANUAL DO PARTICIPANTE

O(A) educador(a), nesse momento, fará algumas perguntas, fique atento, e responda prontamen-te, é importante sua participação, assim você aprenderá com mais facilidade. Seja proativo(a).

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

Registre, a seguir, suas considerações sobre o que foi apresentado nessa atividade.

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Atividade 2 – Projeto de negócio rural (1a Parte)

Nessa atividade você participará de exposição dialogada seguida de exercício em grupo que pos-sibilitará que você elabore, em equipe, a primeira parte do projeto de negócio rural.

• O(A) educador(a) exibirá o slide;

Atividade 2: Projeto de Negócio Rural

Por quê?

S3E2

3534

• Preste atenção à explicação do(a) educador(a);

• Após as explicações você trabalhará em um grupo específico, para elaborar a primeira parte do projeto de negócio rural;

• A atividade deve seguir as seguintes orientações:

• Definam qual empreendimento rural será objeto do projeto, a ser realizado;

• Debatam, definam e registrem na folha de flip-chart a justificativa, o objetivo smart e os benefícios;

• Verifiquem se o que está no bloco da justificativa fica solucionado com os benefícios identificados. Vale dizer: se a justificativa está fundamentada no aproveitamento de uma oportunidade, por exemplo: aumento da demanda do mercado de um produto, os benefícios devem demonstrar este aproveitamento, por exemplo: maior utilização dos equipamentos da empresa;

• Verifiquem, também, se o objetivo estabelecido é suficiente para superar as questões descritas na justificativa. Vale dizer: se a justificativa está estabelecida no aumento da demanda do mer-cado, o objetivo deve mostrar, por exemplo, uma elevação da receita do empreendimento.

• Nos próximos 40 minutos você e seu grupo de trabalho deverão elaborar a primeira parte do projeto de sua equipe;

• As explicações, a seguir, complementam as orientações para a elaboração do trabalho em grupo:

• A justificativa representa o por quê é preciso desenvolver o projeto. O que se quer solu-cionar ou que oportunidade se pretende explorar;

• Objetivo smart é o que o projeto permitirá atingir. É a finalidade de todos os esforços e recursos que serão mobilizados;

• Os benefícios representam os ganhos econômicos, sociais e ambientais do projeto obtidos no futuro pelo empreendimento, após sua implantação.

• Você será convidado a rever o exemplo do Sr. João da Silva – produtor de hortaliças orgânicas para facilitar a elaboração do projeto do seu grupo:

Justificativa

Faltam produtos orgânicos no mercado de Apodi, e foi detectado que há uma grande procura por esses produtos no mercado local.

Objetivo smart

Comercializar R$ 60.000,00 em hortaliças orgânicas até o fim de 2016 no mercado local (atacado e varejo).

Benefícios

O projeto trará faturamento mensal de R$ 5.000,00, sendo R$ 3.000,00 de lucro, sustentando a família; fornecerá aos consumidores produtos de grande qualidade e valor agregado; contribuirá para o fortalecimento da agricultura familiar; contribuirá para a redução no uso de defensivos agrícolas; movimentará a economia local.

• O seu grupo deverá reproduzir o modelo de projeto apresentado pelo(a) educador(a), em uma folha de flip-chart. Conforme orientações prestadas pelo(a) educador(a);

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

3534

MANUAL DO PARTICIPANTE

• Escolhido o empreendimento e definida a justificativa, os objetivos smart e os benefícios, com as respectivas anotações na folha de flip-chart, iniciam-se as apresentações;

• Preste atenção no fechamento da atividade e fique atento quanto às reflexões que você foi provocado(a), pelo(a) educador(a), porque poderá ser convidado(a) a compartilhar a experiência, com base nas questões:

• Houve dificuldades em realizar a tarefa?

• Quais as percepções e reações durante a realização do trabalho?

• Como foi a experiência de participar do trabalho em grupo?

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

Registre, a seguir, suas considerações sobre o que foi apresentado nessa atividade.

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Atividade 3 – Potencial de desenvolvimento eco-nômico e social via negócios rurais: valorização das atividades do campo

Nessa atividade você participará de uma exposição dialogada, de um estudo de caso e de um exer-cício em grupo com o objetivo de trabalhar o grande potencial dos empreendimentos rurais e seu valor para a construção e desenvolvimento de um padrão de vida independente e bem-sucedido.

3736

• O(A) educador(a) exibirá o slide;

ATIVIDADE 3 – POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL VIA NEGÓCIOS RURAIS – VALORIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DO

CAMPO.

S 4E2

• Fique atento às explicações e orientações do(a) educador(a);

• Você, nesse momento, pode trabalhar em um grupo específico;

• Leia individualmente o estudo de caso do Apicultor Rafael Jacinto Pereira, produtor rural em Orizona-GO, descrito a seguir, e, ao terminar, responda às questões numeradas de um a 12 para debate e apresentação. Para esse trabalho você terá 25 minutos.

CASO DO APICULTOR RAFAEL JACINTO PEREIRA

Fonte: Sebrae/Uagro-2013.

Resumo

Apicultor: Rafael Jacinto Pereira, produtor rural em Orizona, Goiás. Aumentou a produtividade e já inicia um processo mínimo de gestão do apiário e de seu negócio. Com o apoio do Sebrae saltou da produtividade de 9kg/colmeia/ano para 57kg/colmeia/ano. Aumentou sua renda para R$ 1.416,00 por mês.

Histórico

Rafael, apicultor de Orizona, há mais de dez anos, tirador de mel, produzia 9kg por colmeia por ano, em suas 20 colmeias. Assim, de forma rudimentar. A apicultura basicamente se resumia a colher o mel uma vez por ano. Certo dia, ficou sabendo de uma proposta de atuação do Sebrae em Orizona, cidade próxima. Foi até lá e foi apresentado à proposta de projeto Desenvolvimento da cadeia apícola do entorno do Distrito Federal. A mobilização foi realizada e havia vários apicul-tores interessados. Rafael participou de reuniões e capacitações presenciais na sede da Coapro. Iniciaram-se então as consultorias em gestão do apiário e apicultura avançada. Rafael se interes-sou cada vez mais. A partir da primeira consultoria, Rafael começou a seguir à risca as instruções repassadas pelo consultor. Outros apicultores faziam uma coisa ou outra, mas Rafael acreditou. O consultor, experiente, já sabia que isso ocorreria. Fez de Rafael um espelho, em que os outros apicultores poderiam ver os resultados do manejo adequado.

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

3736

MANUAL DO PARTICIPANTE

Rafael começou então a ser um apicultor profissional. Aprendeu as técnicas de manejo mais adequa-das à sua realidade, e partiu para a profissionalização da atividade. Começou a fabricar mais colmeias em sua pequena marcenaria, dividir e capturar enxames. Em pouco tempo triplicou o número de colmeias. Sua produtividade quintuplicou. Saiu de 9kg para 57, em dois anos de trabalho.

A qualidade do mel também melhorou. Rafael fez um curso de boas práticas de fabricação, na casa de mel da cooperativa da qual faz parte. Na sua região fortaleceu-se também o cooperativis-mo e o associativismo.

Importante

No fim de 2014, Rafael perdeu 90% das suas colmeias por envenenamento por agrotóxicos aplica-dos nas lavouras vizinhas. Em vez de desistir, ele refez seu trabalho e hoje tem mais que o dobro de colmeias que tinha em 2014.

Apoio do Sebrae

Por meio do projeto Desenvolvimento da cadeia apícola do entorno do Distrito Federal, Rafael Pereira vem sendo atendido, de forma que vem se desenvolvendo e criando as habilidades neces-sárias para a gestão empreendedora do seu negócio rural. Além disso, as consultorias financiadas por meio do Programa de Apoio Tecnológico do Sebrae – Sebraetec – tem contribuído para o aumento da produtividade e do aprendizado de Rafael.

O que mudou?

• Antes – 20 colmeias, sendo trabalhadas apenas na época da colheita do mel;

• Depois – Passou a utilizar cera alveolada, alimentação de subsistência, alimentação estimulante, manejo específico para aumento de produtividade, adotar boas práticas. Após um ano de partici-pação do projeto, passou a fazer a compra de rainhas para melhorar a genética de suas abelhas.

NOME: RAFAEL JACINTO PEREIRA

Antes Depois

Número de colmeias 20 68

Produtividade por colmeia 9kg 57kg

Fazia boas práticas? Não Sim

Controles mínimos de gestão? Não Sim

Produção total 180kg 4.500kg

Renda ano/mensal R$ 2.160,00/ano ou R$ 180,00/mês

R$ 17.000,00/ano ou R$ 1.416,00 mensais

ConclusãoCom esforço e dedicação a apicultura goiana ganhou mais um produtor profissional. A apicultura é uma atividade que tem o poder de transformar a realidade daqueles que se dedicam a ela, desde que feita da forma correta e com uma gestão organizada e profissional.

3938

Matéria do jornal

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

3938

MANUAL DO PARTICIPANTE

A apicultura para mim é, além de um prazer imenso de ter a possibilidade de viver perto da natureza, observando as fl oradas e as abelhas, uma fonte de renda segura para minha família.

Rafael Jacinto Pereira

Com base na leitura responda as questões a seguir.

1) O QUE MOTIVA O APICULTOR DA HISTÓRIA PARA A SUA ATIVIDADE?

4140

2) O QUE ELE PERCEBEU QUE O ANIMOU A BUSCAR UMA NOVA OPORTUNIDADE?

3) A INTRODUÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS FOI RELEVANTE PARA SUCESSO DO EMPREENDIMENTO RURAL? QUAIS FORAM?

4) ELE DEMONSTROU CAPACIDADE DE CORRER RISCOS? EM QUE OPORTUNIDADE?

5) QUE AÇÕES ELE DESENVOLVEU ATÉ ATINGIR UM MELHORAR O DESEMPENHO DE SUA ATIVIDADE? DESTAQUE AS TRÊS MAIS RELEVANTES.

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

4140

MANUAL DO PARTICIPANTE

6) QUE INDICADORES, NO CASO ESTUDADO, DEMONSTRAM O SUCESSO DA INICIATIVA E ILUSTRAM AS MELHORIAS NO PADRÃO DE VIDA DOS EMPREENDEDORES NO CAMPO?

7) QUE AS ATIVIDADES E COMPORTAMENTOS DO APICULTOR DEMONSTRAM SUA SATISFAÇÃO E VALORIZAÇÃO DAS ATIVIDADES NO CAMPO?

8) O QUE FOI FUNDAMENTAL PARA ALTERAR A REALIDADE DO APICULTOR DE NOSSA HISTÓRIA?

9) COMENTE O CRESCIMENTO DOS NÚMEROS DO NEGÓCIO APRESENTADOS NO COMEÇO E DEPOIS DE ADQUIRIR MAIS EXPERIÊNCIA E INFORMAÇÃO.

4342

10) QUAL O PRINCIPAL MOTIVO PARA A MUDANÇA DO FOCO DE PRODUÇÃO, PROMOVIDA PELO APICULTOR, NA ESTRATÉGIA DE TRABALHO DA PROPRIEDADE?

11) A BUSCA DE INFORMAÇÕES, CONHECIMENTOS E NOVIDADES FOI IMPORTANTE NA HISTÓRIA DO APICULTOR? DESTAQUE QUANDO ISSO PODE SER PERCEBIDO.

12) REFLITA SOBRE AS QUESTÕES MARCADAS E SE ELAS DEMONSTRAM, COM CONVICÇÃO, O POTENCIAL DE ATIVIDADES DO CAMPO, DO PONTO DE VISTA ECONÔMICO E SOCIAL. REDIJA UMA PEQUENA CONCLUSÃO PARA SEU ESTUDO, DE NÃO MAIS DE CINCO LINHAS.

• Agora, você vai participar de um debate com os seus colegas de grupo sobre as questões respondidas e, na medida em que, as questões forem debatidas e as respostas forem conside-radas de consenso, elas devem ser escritas em folha de flip-chart para posterior apresentação em plenário, conforme as orientações do educador;

• Preste atenção no fechamento da atividade e fique atento quanto às reflexões que você foi provocado(a), pelo(a) educador(a), porque poderá ser convidado(a) a compartilhar a expe-riência, com base nas questões:

• Fazer o exercício foi interessante?

• O que mais chamou atenção?

• A atividade rural tem, realmente, importância para o desenvolvimento econômico e social no Brasil?

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

4342

MANUAL DO PARTICIPANTE

• A atividade no campo é valorizada como merece?

• Ser um empreendedor rural é uma possibilidade concreta para você?

• O que as informações recebidas têm a ver com a realidade de cada um? Com base no que foi visto, é possível afirmar que vale a pena ser um empreendedor rural?

• O(A) educador(a) exibirá o slide a seguir que contém as competências que foram desenvolvi-das no encontro 2;

Competências do encontro 2

S 1E2

•Compreender o potencial de desenvolvimento de negócios no setor rural, relacionando com seu contexto pessoal e profissional.

•Conhecer os comportamentos empreendedores “Busca de informações e estabelecimento de metas”.

•Perceber a importância da valorização das atividades no campo como oportunidade de crescimento profissional.

•Construir a primeira parte do projeto, com foco no “por que “ visando o planejamento, implantação, ou fortalecimento de um negócio rural.

• Você deverá observar se as competências foram contempladas durante as atividades do en-contro 2. Confirme ou não as perguntas do(a) educador(a);

• Caso tenha ficado alguma dúvida, aproveite esse momento para esclarecê-la com o(a) educador(a);

• A seguir, o resumo com os principais temas abordados e que será sua referência de estudos;

• Siga as orientações do(a) educador(a).

RESUMO DO ENCONTRO 2

Tema Ideias principais

Características do comportamento empreendedor (CCE)

Esta atividade apresentou as CCE: Busca de informações e estabelecimento de metas e procurou demonstrar a relevância delas para os negócios. Na oportunidade, um processo de reflexão dos participantes foi proposto, de modo que todos pudessem pensar o nível de aderência de cada um a tais características.

Elaboração do projeto Nesse segundo encontro os participantes puderam elaborar, em equipe, a primeira parte do projeto, focando o trabalho na questão “por que”, envolvendo a definição da justificativa, do objetivo smart e dos benefícios.

Potencial de desenvolvimento econômico e social, via negócios rurais. Valorização das atividades do campo

Nesse trabalho, construído a partir do caso real de um produtor de mel, buscou-se demonstrar o grande potencial dos empreendimentos rurais e seu valor para a construção e desenvolvimento de um padrão de vida independente e bem-sucedido.

45

ENCONTRO 3 – MUDANÇA E INOVAÇÃO

4544

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPOGUIA DO EDUCADOR

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

45

MANUAL DO PARTICIPANTE

Nesse terceiro encontro serão trabalhados conteúdos voltados ao processo de mudança e inova-ção em sua propriedade rural. Serão, também, apresentadas mais três importantes características do comportamento empreendedor. Além disso, será dada continuidade à elaboração do projeto de negócio rural.

Nesse encontro, serão criadas as condições necessárias para que você desenvolva competências para:

• Avaliar as possibilidades de inovação e mudanças na atividade rural como forma de incentivo e de tomada de decisão;

• Conhecer os comportamentos empreendedores “exigência de qualidade e efi ciência, per-sistência e planejamento e monitoramento sistemáticos”;

• Reconhecer a importância da revisão de hábitos e predispor-se à mudança e à inovação para ampliar seu horizonte profi ssional;

• Realizar a segunda parte do projeto, com foco no “o que” e “quem”, com o objetivo de planejar a implantação de um negócio rural.

CARGA HORÁRIA

• 4 horas.

ROTEIRO DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 1 – CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR (CCE)

Exposição dialogada e exercício individual.

ATIVIDADE 2 – PROJETO DE NEGÓCIO RURAL

Exposição dialogada e exercício em grupo.

ATIVIDADE 3 – TRABALHANDO COM MUDANÇAS

Exposição dialogada, estudo de caso e exercício em grupo.

Atividade 1 – Características do comportamento empreendedor (CCE)

Nessa atividade você participará de uma exposição dialogada, seguida de um trabalho individual sobre as características do comportamento empreendedor enfatizando os seguintes compor-tamentos: exigência de qualidade e efi ciência, persistência e planejamento e monitoramento sistemáticos.

4544

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPOGUIA DO EDUCADOR

4746

• O(A) educador(a) exibirá o slide;

Atividade 1: Características do Comportamento Empreendedor - CCE

• Exigência de Qualidade e Eficiência

• Persistência

• Planejamento e Monitoramento Sistemático

S2E3

• Escute, atentamente, as explicações do(a) educador(a);

• Exigência de qualidade e eficiência representa encontrar maneiras de fazer as coisas me-lhor, mais rápido, ou mais barato; agir de maneira a fazer coisas que satisfaçam ou excedam padrões de excelência; desenvolver ou utilizar procedimentos para assegurar que o trabalho seja terminado a tempo ou que atenda a padrões de qualidade previamente combinados. Exemplo: José Antônio, produtor de morango orgânico, inseriu-se no processo de certifica-ção de produto orgânico oferecido por sua cooperativa como forma de garantir a qualidade dos seus produtos, lá ele conta com o apoio de um agrônomo, com objetivo de obter maiores níveis de produtividade e eficiência;

• Persistência significa agir diante de um obstáculo significativo; agir repetidamente ou mudar de estratégia a fim de enfrentar um desafio ou superar um obstáculo; fazer um sacrifício pes-soal ou despender um esforço extraordinário para completar a tarefa. Exemplo: citar o caso do Rafael, que mesmo após perder 90% dos enxames, não desistiu do negócio;

• Planejamento e monitoramento sistemáticos representa planejar dividindo tarefas de grande porte em subtarefas com prazos definidos; constantemente revisar seus planos levan-do em conta os resultados obtidos e mudanças circunstanciais; manter registros financeiros e utilizá-los para tomar decisões. Exemplo: no início do ano agrícola Damião, produtor de milho, planeja todas as etapas do seu processo de produção, desde a etapa de preparação do solo, plantio, manejo de pragas e doenças até o pós-colheita. Essas etapas são monitoradas detalhadamente pelo produtor, de modo a se certificar de que tudo está acontecendo confor-me o planejado. Outros exemplos:

• Produzir um leite de maneira mais eficaz aumenta os resultados para o produtor, assim como um melhor nível de qualidade faz uma grande diferença na aceitação do produto pelos compradores;

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

4746

MANUAL DO PARTICIPANTE

• Em muitas situações os resultados demoram a aparecer. Ser persistente é a fórmula para continuar no negócio. Obviamente, a capacidade de avaliar e de se adaptar em determina-das situações devem sempre ser consideradas;

• Não planejar e monitorar seu empreendimento representa entregá-lo ao acaso e, como afirmado pela Lei de Murphy: “Qualquer coisa que possa correr mal, ocorrerá mal, no pior momento possível”.4

ANOTE AQUI UM EXEMPLO PESSOAL QUE REPRESENTE CADA UMA DAS TRÊS CARACTERÍSTICAS ESTUDADAS.

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

Registre, a seguir, suas considerações sobre o que foi apresentado nessa atividade.

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4 Disponível em: <https://goo.gl/0dceFb>.

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Atividade 2 – Projeto de negócio rural (2a Parte)

Você participará de uma exposição dialogada e de um exercício em grupo para que elabore a segunda parte do projeto de negócio rural.

• O(A) educador(a) exibirá o slide:

Atividade 2 – Projeto de Negócio Rural (Segunda parte)

• O Que ?

• Quem ?

S 3E3

• Escute, atentamente, as explicações do(a) educador(a);

• O que representa:

• O produto;

• Os requisitos.

O produto é aquilo a ser entregue ao cliente.

Os requisitos são as características, o comportamento e as funções desempenhadas pelo produ-to. Representam que qualidade ele deve ter. Qual deve ser seu desempenho e sua confiabilidade.

• Quem representa:

• As partes interessadas e fatores externos;

• Equipe do projeto.

As partes interessadas e fatores externos são todas as pessoas ou organizações afetadas pelo projeto (o cliente do projeto, o patrocinador, os fornecedores, outros departamentos externos ao projeto: governo, órgãos regulatórios etc.). Os fatores externos podem ser o comportamento da economia, a disponibilidade de recursos, o clima, a tecnologia, as normas e regulamentos, a cultura local etc.

Equipe do projeto são seus membros e seus papéis. Às vezes podemos não ter ainda os nomes dos membros da equipe, mas os papéis necessários sempre devemos ter claros.

• Após as explicações você trabalhará em um grupo específico (mesmo grupo anterior), para elaborar a segunda parte do projeto de negócio rural;

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

4948

MANUAL DO PARTICIPANTE

• Cada grupo deverá fixar na parede sua folha de flip-chart já com os itens do “por que” respon-didos, para dar continuidade ao trabalho;

• Nos próximos 40 minutos você e seu grupo de trabalho deverão elaborar a segunda parte do projeto, debatendo e registrando:

• O produto;

• As partes interessadas e fatores externos;

• A equipe que participará do projeto.

• Os grupos, ao escreverem os requisitos, devem relacioná-los com as partes interessadas ou com a equipe do projeto, vale dizer: pode-se identificar quem faz a exigência do requisito?

• Tenham a certeza de quem é o cliente;

• É imprescindível, na execução do projeto, que todos os membros que tenham sido definidos como da equipe contribuam para as entregas do projeto. Caso exista membro da equipe sem contribuição eles, na verdade, não devem fazer parte da equipe;

• Após esse trabalho cada grupo apresentará para a turma sua proposta;

• Preste atenção no fechamento da atividade e fique atento quanto às reflexões que você foi provocado(a), pelo(a) educador(a), porque poderá ser convidado(a) a compartilhar a expe-riência, com base nas questões:

• Houve dificuldades em realizar a tarefa?

• Quais as percepções e reações durante a realização do trabalho?

• Como foi a experiência de participar do trabalho em grupo?

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

Registre, a seguir, suas considerações sobre o que foi apresentado nessa atividade.

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Atividade 3 – Trabalhando com mudanças

Você participará de uma exposição dialogada e exercício em grupo, com o objetivo de apre-sentar os conceitos de mudança, de inovação, de processos, de atividades, de eficiência e de qualidade, provocando uma reflexão sobre as possibilidades de mudança e inovação na vida e nas atividades rurais.

• O(A) educador(a) exibirá os slides;

Atividade 3 – Trabalhando com Mudanças

S4E3

Conceitos Importantes

• Mudança

• Formas de Mudança

• Inovação

• Conceitos Utilizados em Análise de Processo

S5E3

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

5150

MANUAL DO PARTICIPANTE

Mudança

S6E3

• Escute, atentamente, as explicações do(a) educador(a):

• Uma mudança é uma transformação. É a alteração de uma situação anterior;

• Mudar envolve compreensão e práticas que concretizem o desejo de transformação;

• Perceber mudanças é fundamental para nos orientarmos na vida de todos os pontos de vista.

• O(A) educador(a) exibirá o slide;

Formas de Mudança

• Por exclusão

• Quantitativa

• Pendular • Mudança de Paradigma

S7E3

• Escute, atentamente, as explicações do(a) educador(a):

• Mudança por exclusão – o sistema de convicções da pessoa permanece intacto, mas admite anomalias. Ele pensa assim: Eu estou certo, exceto por;

• Mudança quantitativa – a mudança se dá pouco a pouco. O indivíduo não percebe que mudou. Ele pensa assim: eu estava quase certo, mas agora estou certo;

5352

• Mudança pendular – É o abandono de um sistema fechado e seguro por outro. Passa de um conhecimento incompleto para outro. O indivíduo pensa assim: eu estava errado, mas agora estou certo;

• Mudança de paradigma – É uma poderosa síntese que representa uma transformação. O indivíduo pensa: eu estava parcialmente certo antes, e agora estou um pouco mais parcial-mente certo.

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

Registre, a seguir, suas considerações sobre o que foi apresentado nessa atividade.

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• O(A) educador(a) exibirá o slide;

Inovação

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• Escute, atentamente, as explicações do(a) educador(a);

• Significados de inovação:

- Novidade, renovação;

- Fazer mais com menos;

- Exploração com sucesso de novas ideias.

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

5352

MANUAL DO PARTICIPANTE

• No campo dos negócios:

- Inovar é essencial;

- Quem inova está sempre em vantagem.

• Conceitos de inovação utilizados comumente:

- Segundo a Lei da Inovação: “É a introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo ou social que resulte em novos produtos, processos ou serviços” (Art. 2o, IV) [2];

- Segundo o Manual de Oslo: pela definição do Manual de Oslo, a inovação deve signifi-car pelo menos uma novidade ou melhora substancial de produto ou processo para a empresa, não sendo necessariamente uma novidade para o mundo.

A questão da inovação precisa estar refletida nos projetos dos grupos. Use a criatividade no momento em que estejam elaborando o projeto.

• O (A) educador(a) exibirá o slide;

Conceitos Utilizados na análise de Processos

• Processos

• Atividades

• Eficiência

• Qualidade

S9E3

• Escute, atentamente, as explicações do(a) educador(a);

• Processos: é uma palavra com origem no latim procedere, que significa método, sistema, maneira de agir ou conjunto de medidas tomadas para atingir algum objetivo. Por exem-plo: produzir leite de vaca;

• Atividades: ação; capacidade ou tendência para agir, para se movimentar, para realizar alguma coisa. Por exemplo, para tirar o leite da vaca: prender a vaca no poste – limpar as tetas da vaca, colocar o balde abaixo do úbere, sentar no banquinho, lubrificar as mãos com vaselina etc. Estas são cinco atividades distintas;

• Eficiência: é a obtenção de resultados por meio da ênfase nos meios, da resolução dos pro-blemas existentes e da salvaguarda dos recursos disponíveis com o cumprimento das tarefas e obrigações. Significa fazer bem as tarefas, administrar os custos, reduzir as perdas e o desper-dício. É um conceito que tem um cunho “analógico”, o que significa que pode haver mais ou menos eficiência. Por exemplo: tirar o leite nas quantidades esperadas, em um menor tempo, sem desperdícios, garantindo, assim, um custo de produção o mais reduzido possível;

5554

• Qualidade: “Qualidade é desenvolver, projetar, produzir e comercializar um produto que é mais econômico, mais útil e sempre satisfatório para o consumidor” (ISHIKAWA, 1993). Por exemplo: entregar ao consumidor um queijo nos padrões definidos, com preço justo e considerados de boa qualidade pelo cliente.

• Veja um exemplo simples mostrando os conceitos de utilizados na análise de processos:

• Processo: fazer um bolo de chocolate;

• Atividades: comprar ingredientes, misturar a farinha, os ovos, o açúcar, o chocolate, o fermento e bater a tudo, colocar na forma e assar;

• Eficiência: elaborar o bolo com um baixo custo e em um tempo considerado dentro dos padrões estabelecidos;

• Qualidade: um bolo fofo, com boa textura, apetitoso e aprovado pelo cliente.

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

Registre, a seguir, suas considerações sobre o que foi apresentado nessa atividade.

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• Agora, participe de uma atividade sobre mudança e inovação aplicada a uma propriedade rural, orientada pelo(a) educador(a):

• Definam, em consenso, um tipo de negócio de uma propriedade rural que seja mais fami-liar aos membros do grupo;

• Elaborem uma lista dos principais processos necessários para a obtenção do produto mais importante da propriedade;

• Desenvolvam uma descrição bem simples e curta de cada um dos processos, consideran-do as principais atividades;

• Com base na experiência do grupo, apontem quais as principais questões podem interferir e reduzir a eficiência das atividades;

• Identifiquem, também, as questões que interferem e reduzem a qualidade do que é produzido;

• Proponham uma ou duas medidas, que possam aumentar a eficiência das atividades e, por consequência, do processo e a qualidade do produto.

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

5554

MANUAL DO PARTICIPANTE

• O(A) educador(a) exibirá o slide;

Tabela para o registro do trabalho

S10E3

Utilizar uma folha de flit-chart

Negócio: ______________________________________________________________

• O grupo deve copiar em folha de flip-chart o modelo a seguir, para fazer o respectivo preen-chimento e, na sequência, compartilhar em plenário;

Negócio:

PROCESSOS ATIVIDADESO QUE REDUZ O QUE AUMENTA

Eficiência Qualidade Eficiência Qualidade

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• Preste atenção no fechamento da atividade e fique atento quanto às reflexões que você foi provocado(a), pelo(a) educador(a), porque poderá ser convidado(a) a compartilhar a experiên-cia, com base nas questões:

• Vocês já tinham participado de um trabalho como esse?

• Fazer o exercício foi interessante? O que mais chamou a atenção?

• Vocês gostaram do resultado obtido?

• É possível fazer esse tipo de trabalho para as atividades da propriedade rural da família?

• O que as informações recebidas têm a ver com a vida de cada um?

• O(A) educador(a) exibirá o slide a seguir que contém as competências que foram desenvolvi-das no encontro 3;

Competências do Encontro 3 • Avaliar as possibilidades de inovação e mudança na atividade rural como forma de

incentivo e tomada de decisão.

• Conhecer os comportamentos empreendedores “Exigência de Qualidade e Eficiência, Persistência e Planejamento e Monitoramento Sistemático.

• Reconhecer a importância da revisão de hábitos e predispor-se à mudança e à inovação para ampliar seu horizonte profissional.

• Realizar a segunda parte do projeto, com foco no “O que” e no “Quem”, com o objetivo de planejar a implantação ou fortalecimento de um negócio rural.

S 1E3

• Você deverá observar se as competências foram contempladas durante as atividades do en-contro 3. Confirme ou não as perguntas do(a) educador(a);

• Caso tenha ficado alguma dúvida, aproveite esse momento para esclarecê-la com o(a) educador(a);

• A seguir, o resumo com os principais temas abordados e que será sua referência de estudos;

• Siga as orientações do(a) educador(a).

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

5756

MANUAL DO PARTICIPANTE

RESUMO DO ENCONTRO 3

Tema Ideias principais

Características do comportamento empreendedor (CCE)

Nessa atividade foram trabalhadas as CCE; exigência de qualidade e eficiência; persistência e planejamento; e monitoramento sistemático, buscando-se, além de compreender os seus significados, perceber a importância dessas características no mundo dos empreendimentos.

Elaboração do projeto Nesse terceiro encontro os participantes puderam elaborar, em equipe, a segunda parte do projeto, focando o trabalho nas questões “o que”, envolvendo a definição do produto e de seus requisitos e “quem”, abrangendo as partes interessadas, os fatores externos e a equipe envolvida.

Processo de mudança e inovação A atividade ligada a esse tema proporcionou trabalhar as questões da mudança e da inovação, focadas em um negócio rural. Foram apresentados os tipos de mudança das pessoas: a mudança por exclusão, a mudança quantitativa, a mudança pendular e a mudança de paradigma.Outros conceitos importantes e necessários à elaboração do trabalho foram também discutidos: processo, eficiência, atividade e qualidade.

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ENCONTRO 4 – MECANISMOSDE APOIO AO SETOR RURAL

5958

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPOGUIA DO EDUCADOR

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

59

MANUAL DO PARTICIPANTE

Neste quarto encontro serão trabalhados conteúdos voltados aos mecanismos de apoio ao setor rural, focados no crédito, na assistência técnica, na capacitação e no associativismo. Serão, tam-bém, apresentadas mais três importantes características do comportamento empreendedor. Além disso, será dada continuidade à elaboração do projeto de negócio rural.

Nesse encontro, serão criadas as condições necessárias para que você desenvolva competências para:

• Identifi car os mecanismos de apoio ao setor rural, estabelecendo correlações com seu projeto em elaboração;

• Distinguir os comportamentos empreendedores “independência e autoconfi ança, persua-são e rede de contatos e comprometimento”;

• Predispor-se a compartilhar seus conhecimentos como forma de contribuir com as modela-gens de negócios de seus colegas de turma;

• Adotar postura favorável, absorvendo críticas e sugestões do grande grupo, de modo que seu modelo de negócio possa ser enriquecido;

• Realizar a terceira parte do projeto, com foco no “como“, com o objetivo de planejar a implan-tação de um negócio rural.

CARGA HORÁRIA

• 4 horas.

ROTEIRO DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 1 – CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR (CCE)

Exposição dialogada e exercício individual.

ATIVIDADE 2 – PROJETO DE NEGÓCIO RURAL

Exposição dialogada e exercício em grupo.

ATIVIDADE 3 – MECANISMOS DE APOIO AO SETOR RURAL

Exposição dialogada e exercício em grupo.

Atividade 1 – Características do comportamento empreendedor (CCE)

Nessa atividade você participará de uma exposição dialogada e trabalho individual sobre as carac-terísticas do comportamento empreendedor enfatizando os seguintes comportamentos: inde-pendência e autoconfi ança, persuasão e rede de contatos e comprometimento.

5958

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPOGUIA DO EDUCADOR

6160

• O(A) educador(a) exibirá o slide;

Atividade 1 - Características do Comportamento Empreendedor - CCE

• Independência e Autoconfiança

• Persuasão e Rede de Contatos

• Comprometimento

S2E4

• Escute, atentamente, as explicações do(a) educador(a):

• Independência e autoconfiança representa a busca de autonomia em relação a nor-mas e controles dos outros; manter seu ponto de vista, mesmo diante da oposição ou de resultados inicialmente desanimadores; expressar confiança na sua própria capacidade de completar uma tarefa difícil ou de enfrentar um desafio. Exemplo: Taís, pioneira na produ-ção de cogumelos, no interior do Rio de Janeiro, sofreu muito com o pessimismo de seus vizinhos, que não acreditavam nas possibilidades de sucesso do negócio; a autoconfiança e independência de Taís permitiram que ela tenha hoje um empreendimento de sucesso;

• Persuasão e rede de contatos significam utilizar estratégias deliberadas para influenciar ou persuadir os outros; utilizar pessoas-chave como agentes para atingir seus próprios ob-jetivos; agir para desenvolver e manter relações comerciais. Exemplo: o empreendedor rural precisa formar parcerias produtivas que levem seu negócio adiante;

• Antonio Carlos, produtor de leite, associou-se a uma cooperativa para formar uma rede de contatos, tanto com seus pares fazendeiros quanto com a cooperativa que compra o leite produzido. No entanto, essa cooperativa não comprava leite na área onde Antonio Carlos produzia. Em reunião na assembleia de cooperados, Antonio Carlos expôs a sua situação e mostrou aos membros da cooperativa o potencial a ser explorado naquela área, persuadin-do, assim, a cooperativa a comprar daquela região;

• Comprometimento representa atribuir a si mesmo e a seu comportamento as causas de seus sucessos e fracassos e assumir a responsabilidade pessoal pelos resultados obtidos; colaborar com os empregados ou colocar-se no lugar deles, se necessário, para terminar a tarefa; esforçar-se para manter os clientes satisfeitos e colocar a boa vontade a longo prazo acima do lucro a curto prazo. Exemplo: Ageu, consciente da importância da manutenção dos apiários, por diversas vezes tentou contratar mão de obra, sem sucesso, para ajudá--lo no manejo. Dada a dificuldade, ele tem se dedicado, pessoalmente, a fazer o trabalho sozinho. Isso reflete seu comprometimento com a atividade.

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

6160

MANUAL DO PARTICIPANTE

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

Registre, a seguir, suas considerações sobre o que foi apresentado nessa atividade.

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Atividade 2 – Projeto de negócio rural (3a Parte)

Você participará, agora, de uma exposição dialogada e trabalho em grupo. Nessa atividade, com seu grupo, irá elaborar a terceira parte do projeto de negócio rural focado na questão: “como?” – composta das premissas, do grupo de entregas e das restrições do projeto.

• O(A) educador(a) exibirá o slide;

ATIVIDADE 2 – Projeto de Negócio Rural (Continuação)

S3E4

•Como

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• Escute, atentamente, as explicações do(a) educador(a):

• As premissas, o grupo de entregas e as restrições representam o como se pode desenvol-ver o projeto;

• As premissas são as condições esperadas para execução do projeto. A não ocorrência de determinada premissa poderá comprometer a execução do projeto. Exemplo: aquilo que acreditamos que certamente ocorrerá - vai chover amanhã, domingo haverá missa etc.;

• Grupo de entregas são as partes que juntas formarão o produto como um todo. Exemplo: um martelo é formado pelo cabo, normalmente de madeira, e pela cabeça de ferro. Cada um deles é um grupo de entrega;

• As restrições são as limitações de qualquer natureza impostas aos trabalhos do projeto. Exemplo: dificuldades de acesso a recursos financeiros, materiais ou humanos, proibições legais, dificuldade de acesso a tecnologia etc.

• Após as explicações você trabalhará em um grupo específico (mesmo grupo anterior), para elaborar a terceira parte do projeto de negócio rural;

• Cada grupo deverá fixar na parede sua folha de flip-chart já com os itens do “por que” respon-didos, para dar continuidade ao trabalho;

• Nos próximos 40 minutos você e seu grupo de trabalho deverão elaborar a terceira parte do projeto, debatendo e registrando:

• As premissas.

• O grupo de entregas;

• As restrições.

• Agora, com a finalização da exposição do(a) educador(a), você já distingue e sabe como defi-nir as premissas, o grupo de entregas e as restrições do projeto;

• Nos próximos 40 minutos você e seu grupo de trabalho deverão elaborar a terceira parte do projeto de sua equipe. Após esse trabalho cada grupo apresentará para a turma sua proposta;

• Preste atenção nas orientações do educador para que possa apresentar de forma consistente seu projeto aos colegas:

• Se as premissas são adequadas e suficientes para deixar claro, para todas as condições necessárias para o plano funcionar;

• Os fatores tecnológicos e referentes à produtividade da mão de obra precisam ser lembrados;

• Quem oferece as condições iniciais para o início do projeto?

• O que pode restringir ou limitar as ações do projeto, principalmente da equipe?

• As restrições têm a ver com o projeto inteiro, apenas com um membro da equipe ou referem-se a um grupo de entrega.

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

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MANUAL DO PARTICIPANTE

Registre, a seguir, suas considerações sobre o que foi apresentado nessa atividade.

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Atividade 3 – Mecanismos de apoio ao setor rural

Agora você participará de uma atividade, orientada pelo(a) educador(a), que tem por objetivo levar todos a buscar informações, de forma autônoma, e a conhecer os principais mecanismos de apoio postos à disposição dos empreendedores rurais.

• O(A) educador(a) exibirá o slide;

ATIVIDADE 3 – Mecanismos de Apoio ao Setor Rural

S4E4

• Escute, atentamente, as explicações do(a) educador(a):

• O grupo irá trabalhar com os principais mecanismos de crédito rural, capacitação para o setor rural, assistência técnica e associativismo voltados ao apoio ao setor rural;

• A tarefa será em grupos e consistirá da realização de uma pesquisa, na internet, sobre esses mecanismos, seguida da construção de uma apresentação sobre o conteúdo estudado;

• Cada grupo tratará de um tema e fará uma apresentação em plenária.

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• O(A) educador(a) exibirá o slide;

Importância do Setor Rural

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• Escute, atentamente, as explicações do(a) educador(a);

• Conhecer a importância do setor rural é fundamental para quem está, de alguma forma, ligado a ele;

• É inegável a importância do setor rural para o desenvolvimento econômico e social do país, gerando renda e empregos. Os trabalhos já feitos pelos grupos até este momento demons-tram isso. Não é verdade?

• Somente a agricultura familiar, formada por pequenos e médios produtores, respondem por 70% dos alimentos consumidos no Brasil e 77% da mão de obra no campo, além de deterem o maior número de propriedades rurais;5

• Da mesma forma, o setor rural tem uma grande capacidade para contribuir para o desen-volvimento sustentável, na medida em que pode, por meio de um processo consistente de gestão ambiental nas propriedades, reduzir o alto percentual de emissões direta ou indire-tamente derivadas das atividades agropecuárias.

5 Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

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MANUAL DO PARTICIPANTE

• O(A) educador(a) exibirá o slide;

Mecanismos de Apoio

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• Crédito Rural • Capacitação para o Setor Rural • Associativismo no Setor Rural • Assistência Técnica ao Setor Rural

• Escute, atentamente, as explicações do(a) educador(a):

• Por tudo isso que vimos trabalhamos e debatemos até aqui no curso é fácil compreender como é fundamental a existência de mecanismos de apoio ao setor no sentido de, cada vez mais, prepará-lo para o desafio de alimentar milhares de brasileiros e até mesmo o mundo;

• Entre uma série de mecanismos de apoio ao setor rural existentes, vamos nos concentrar no crédito rural, na capacitação para o setor rural, no associativismo e na assistência téc-nica ao setor rural. Eles representam uma parcela importante do que existe para apoiar as atividades do campo:

- O crédito rural, com suas diversas linhas disponibilizada no sistema financeiro, é uma das principais ferramentas para alavancar a produção de alimentos no campo. Com os recursos obtidos, por meio desse mecanismo, o produtor rural pode expandir sua produção, ampliar a comercialização de seus produtos, melhorar sua qualidade de vida, fazer a gestão ambiental de sua propriedade etc. Orientação: ao fazer a pesquisa para o trabalho não deixe de visitar o site do Ministério Desenvolvimento Agrário (MDA/Pronaf);

- A capacitação para o setor rural, elemento fundamental para mudança do patamar de conhecimento do produtor rural, ofertada por instituições tais como o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o próprio Sebrae, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), as Empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural dos Estados (Ematers), as escolas técnicas etc., podem viabilizar a adoção de métodos e técnicas de gestão e produção agropecuária modernas, necessárias para o incre-mento da produtividade e, consequentemente, dos ganhos das propriedades rurais. Orientação: ao pesquisar visite o site: Sebrae, Senar, Emater e outros correlatos;

- O associativismo, como se sabe, é uma alternativa de grande significado para viabilizar as atividades econômicas do campo, possibilitando a participação de pequenos pro-dutores no mercado em melhores condições. A união desses pequenos produtores em associações tem contribuído para a compra de insumos e equipamentos mais baratos

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e com melhores prazos de pagamento. Tem criado, também, as condições para o uso coletivo de equipamentos e do compartilhamento dos custos de assistências técnicas, capacitação e demais despesas com profissionais e tecnologias. Orientação: pesquise as centrais de produtores, cooperativas de produtos etc.;

- A assistência técnica é um elemento chave para a transferência de tecnologia para o campo, criando as necessárias condições para a modernização das propriedades. Com ela problemas técnicos são resolvidos e novas oportunidades de produção são viabili-zadas. Orientação: pesquise Sebrae (Sebraetec – programa de tecnologia do Sebrae), Ematers, Senar e outros.

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

Registre, a seguir, suas considerações sobre o que foi apresentado nessa atividade.

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• Agora, você participará da atividade, que será apresentada em plenária, sobre mecanismos de apoio ao setor rural, orientada pelo(a) educador(a): Cada grupo fará uma pesquisa na internet de um tema específico voltado ao setor rural. Foram estabelecidos quatro temas:

• Crédito;

• Capacitação;

• Assistência técnica;

• Associativismo.

• A pesquisa pode ser feita por meio do Google. Entre nos sites sugeridos e, também, pesquise pelo tema;

• O grupo elaborará um Power Point sobre o conteúdo estudado, que será objeto de apresentação em plenário;

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

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MANUAL DO PARTICIPANTE

• A apresentação deverá conter:

• O que é o mecanismo;

• Para que serve;

• Como funciona;

• A quem se dirige;

• Como acessar;

• Custos e benefícios para o produtor rural.

• O grupo deverá, também, se posicionar, criticamente, em relação ao mecanismo a ser apre-sentado, tecendo considerações sobre sua relevância, praticidade, acesso e efetividade na sua utilização prática;

• É importante que nesse momento, você observe nos companheiros de grupo a emergência das dez características do comportamento empreendedor. Cada um fará uma avaliação de si próprio, em relação a tais características;

• Todos os participantes deverão participar da apresentação;

• Cada grupo fará a apresentação do trabalho realizado utilizando, no máximo, 5 minutos;

• Acompanhe as orientações do(a) educador(a):

• Após as apresentações, você e seu grupo serão estimulados a compartilhar as observações, feitas durante a tarefa sobre as CCE;

• Esteja pronto para responder de forma proativa sobre a análise crítica, sobre os mecanismos de apoio no que se refere a sua relevância, praticidade, acesso e efetividade, conforme per-guntas a seguir:

- Quais foram as críticas sobre os mecanismos de apoio, no que se refere a sua relevância, praticidade, acesso e efetividade?

- Vocês percebem alguma relação entre os mecanismos e o projeto em elaboração? Por exemplo: existem mecanismos que possam contribuir para a viabilização do projeto de negócio rural que está em elaboração?

- No atual momento de sua vida algum mecanismo de apoio é atraente para que você desenvolva uma atividade empreendedora? Ou isso nem passou por sua cabeça?

- Quais as suas percepções e as reações durante a realização do trabalho?

- Como foi a experiência de participar do trabalho em grupo?

- Você tem alguma observação feita no grupo, durante os trabalhos, sobre as CCE, que gostaria de compartilhar?

• Responda, proativamente as questões propostas pelo(a) educador(a);

• Após respondidas as questões anteriores, será realizado o fechamento da atividade, para tanto, o(a) educador(a), fará as seguintes reflexões:

• Foi simples compreender os mecanismos de apoio?

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• Fazer o exercício agregou conhecimento útil para vocês?

• Esses mecanismos são usados nas propriedades rurais de sua região? Caso não sejam utili-zados, vocês acreditam que seria possível e interessante utilizá-los?

• O que as informações recebidas, têm a ver com a vida de cada um?

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

Registre, a seguir, suas considerações sobre o que foi apresentado nessa atividade.

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• O(A) educador(a) exibirá o slide a seguir que contém as competências que foram desenvolvi-das no encontro 4;

Competências do Encontro 4 • Identificar os mecanismos de apoio ao setor rural, estabelecendo

correlações com seu projeto em andamento.

• Distinguir os comportamentos empreendedores “Independência e Autoconfiança, persuasão e Rede de Contatos e comprometimento”.

• Predispor-se a compartilhar seus conhecimentos como forma de contribuir com as modelagens de negócios de seus colegas de turma.

• Adotar postura favorável absorvendo críticas e sugestões do grande grupo, de modo que seu modelo de negócio possa ser enriquecido.

• Realizar terceira parte do projeto, com foco no “como“, com o objetivo de

planejar a implantação do seu negócio rural.

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JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

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MANUAL DO PARTICIPANTE

• Escute, atentamente, as explicações do(a) educador(a);

• Você deverá observar se as competências foram contempladas durante as atividades do en-contro 4. Confirme ou não as perguntas do(a) educador(a);

• Caso tenha ficado alguma dúvida, aproveite esse momento para esclarecê-la com o(a) educador (a);

• A seguir, o resumo com os principais temas abordados e que será sua referencia de estudos;

• Siga as orientações do(a) educador(a).

RESUMO DO ENCONTRO 4

Tema Ideias principais

Características do comportamento empreendedor (CCE)

Foram trabalhadas as CCE independência e autoconfiança, persuasão e rede de contatos e comprometimento, buscando-se, mais uma vez, compreender os seus significados e perceber a importância dessas características, no mundo dos empreendimentos.

Elaboração do projeto Nesse quarto encontro os participantes puderam elaborar, em equipe, a terceira parte do projeto, focando o trabalho na questão “como”, envolvendo a definição de premissas, entregas e restrições.

Mecanismos de apoio ao setor rural O trabalho proporcionou conhecimentos sobre a prática da busca da informação e a ampliação do conhecimento, sobre os mecanismos de apoio ao setor rural. Foram identificados mecanismos de apoio nas temáticas: crédito, capacitação, associativismo e assistência técnica.

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ENCONTRO 5 – PROJETOS PARA O CAMPO

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JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPOGUIA DO EDUCADOR

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

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MANUAL DO PARTICIPANTE

Neste último encontro você vai concluir o projeto de negócio rural, bem como prestar e debater os projetos de negócio rural completos, desenvolvidos por todos os grupos, no decorrer do curso.

Nesse encontro, serão criadas as condições necessárias para que você desenvolva competências para:

• Distinguir as etapas do processo de verifi cação fi nal do projeto;

• Predispor-se a envolver com o processo de implantação ou mudança a partir dos projetos elaborados no curso;

• Realizar a última parte do projeto, com foco no “quando” e no “quanto”, com o objetivo de planejar a implantação do seu negócio;

• Apresentar os projetos de negócio no campo completos, elaborados durante o curso.

CARGA HORÁRIA

• 4 horas.

ROTEIRO DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 1 – PROJETO DE NEGÓCIO RURAL

Exposição oral e dialogada e exercício em grupo.

ATIVIDADE 2 – APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS DE NEGÓCIO RURAL DE CADA GRUPO DE TRABALHO

Exposição oral e dialogada e apresentação dos projetos pelos grupos.

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JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPOGUIA DO EDUCADOR

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Atividade 1 – Elaboração do projeto (última parte)

Nessa atividade você, com seu grupo, irá elaborar a última parte do projeto de negócio rural focado nas questões “quando?” e “quanto?”, composta dos riscos, da linha do tempo e dos custos que podem ser definidos.

• O(A) educador(a) exibirá o slide;

ATIVIDADE 1 – Projeto de Negócio Rural (Finalização)

S2E5

• Quando

• Quanto

• Escute, atentamente, as explicações do(a) educador(a);

• Os grupos deverão elaborar, em equipe, a última parte do projeto correspondente ao “quando” e “quanto”, tendo como orientação o modelo já fornecido;

• Cada grupo deverá fixar na parede sua folha de flip-chart já com os itens do “por que”, do “o que”, “quem” e “como” respondidos, para dar continuidade ao trabalho;

• Os grupos devem debater e registrar os itens: riscos, linha do tempo e custos:

• Esses três itens juntos representam quando o projeto será entregue e o quanto custará;

• Riscos são as ameaças, as incertezas que podem comprometer os resultados do projeto;

• Linha do tempo é o cronograma do projeto, ou seja: suas diversas etapas distribuídas em um período de tempo;

• Custos representam o somatório de todos os custos do projeto.

• Olhe no seu projeto e verifique as seguintes questões:

• Os riscos têm a ver com o que conhecemos do projeto e, também com o que desconhecemos?

• Lembrar que toda premissa gera pelo menos um risco;

• É fundamental relacionar os riscos com o bloco de entregas;

• Tenha sempre em mente estratégias para mitigar os riscos;

• O cronograma é consistente com as entregas?

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

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MANUAL DO PARTICIPANTE

• Uma vez terminada a última parte do projeto de negócio rural, cada grupo deverá fazer a análise de consistência do projeto conforme orientado pelo(a) educador(a);

• O(A) educador(a) exibirá o slide e fará a leitura com as explicações pertinentes;

Verificação de Consistência

• A Pergunta “Por Que” foi respondida?

• Conhecemos adequadamente “O Quê” vamos produzir?

• “Quem” vai fazer é capaz?

• Está claro o “Como” fazer o trabalho?

• “O Quando” e o “Quanto” são compatíveis?

S3E5

• Escute, atentamente, as explicações do(a) educador(a);

• As seguintes questões, também, devem ser verificadas para garantir a consistência do projeto;

• O projeto demonstra, claramente, uma razoável geração de valor? Por exemplo: geram um volume de receitas adequado, evitam custos desnecessários, contribuem para as melhorias sociais e do ambiente etc.;

• O que se vai produzir está bem especificado em relação aos requisitos necessários?

• As pessoas da equipe que deverão fazer o projeto acontecer possuem as habilidades, os conhecimentos, a autoridade, a responsabilidade e comprometimento necessários?

• O como fazer o projeto se desenvolver está claro, assim como as condições de trabalho adequadamente definidas?

• As definições do quando o projeto será realizado, do seu cronograma, portanto, e do quanto custará são compatíveis com o que já sabemos do projeto e com os riscos definidos?

• Observe que as perguntas sejam utilizadas em um processo de reflexão profunda e de debate no grupo. Não basta responder com um simples sim ou não. Essa reflexão deverá aparecer na apresentação final dos projetos;

• Cada grupo deverá dar um nome para o seu projeto. O nome deve ser criativo, bem-humorado e representar o conteúdo do projeto;

• Informe aos grupos que eles terão 20 minutos para fazer a verificação de consistência e se preparar para a atividade 2 do encontro 5, que será a apresentação dos projetos com-pletos elaborados.

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Atividade 2 – Apresentação dos projetos

Você vai participar de uma exposição dialogada e da apresentação de todos projetos de negócio rural, completos, desenvolvidos pelos grupos, durante o curso.

• O(A) educador(a) exibirá o slide;

Atividade 2 – Apresentação dos Projetos

S4E5

Todos os Grupos

• Escute, atentamente, as explicações do(a) educador(a):

• O grupo deve fazer sua apresentação imaginando que está convencendo possíveis patroci-nadores (familiares, possíveis interessados, investidores, possíveis financiadores, comunida-de etc.) para a viabilidade do projeto.

• Conforme orientado pelo educador a apresentação deve abranger o projeto como um todo atendendo, pelo menos, o seguinte roteiro:

• Apresentação dos membros do grupo;

• Explicar o motivo do negócio escolhido;

• Explicar a motivação do nome dado ao projeto;

• Falar sobre:

- O produto que vai ser produzido;

- Os objetivos e benefícios do projeto;

- As principais premissas;

- Os riscos do projeto e o que foi pensado para mitigá-los;

- O tempo que será gasto para a implementação do projeto;

- Os custos do projeto;

- O processo de verificação de consistência apresentando o que ocorreu durante o trabalho.

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

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MANUAL DO PARTICIPANTE

• O(A) educador(a) fará o fechamento da atividade com as seguintes questões:

• Como foi participar desse trabalho?

• Foi simples compreender a lógica do modelo de projeto adotado?

• Fazer o exercício agregou conhecimento útil para vocês?

• Vocês têm conhecimento se planos, como o que fizeram, são realizados nas propriedades rurais de sua região?

• Caso não sejam utilizados, vocês acreditam que seria possível e interessante utilizá-los?

• O que as informações recebidas, têm a ver com a vida de cada um?

• Questione se o trabalho os levou a refletir sobre o futuro de cada um e da possibilidade de desenvolver um negócio no campo.

Veja a frase citada pelo(a) educador(a) que se encontra na introdução do livro Gestão de projetos de Stephen Barker & Rob Cole:

“Existem projetos que já nascem condenados ao fracasso. É comum ver prazos irreais e parâmetros definidos sem clareza, e o trabalho começa instável desde o início. Não raro, o gestor assume a posição de expectador inocente diante de um acidente que ele mesmo ajudou a causar. Os projetos fracassam por diversos motivos, mas com grande frequência um fator crucial está no planejamento inicial ou na falta dele”.

Se houver dúvidas sobre o tema explicado/trabalhado, aproveite agora e faça pergunta(s) a(o) educador(a) para que seus questionamentos sejam esclarecidos.

Registre, a seguir, suas considerações sobre o que foi apresentado nessa atividade.

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• O(A) educador(a) exibirá o slide a seguir que contém as competências que foram desenvolvidas no encontro 5;

Competências do Encontro 5

• Distinguir as etapas do processo de verificação final do projeto.

• Predispor-se a envolver com o processo de implantação ou mudança a partir do Projeto elaborado no curso.

• Realizar a última parte do projeto, com foco no “Quando “ e no “”Quanto”, com o objetivo de planejar a implantação do seu negócio rural.

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• Escute, atentamente, as explicações do(a) educador(a);

• Você deverá observar se as competências foram contempladas durante as atividades do encontro 5. Confirme ou não as perguntas do(a) educador(a);

• Caso tenha ficado alguma dúvida, aproveite esse momento para esclarecê-la com o(a) educador(a);

• A seguir, o resumo com os principais temas abordados e que será sua referencia de estudos;

• Siga as orientações do(a) educador (a).

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

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MANUAL DO PARTICIPANTE

RESUMO DO ENCONTRO 5

Tema Ideias principais

Plano de negócio rural – última parte Nesse quinto encontro os participantes puderam elaborar, em equipe, a quarta e última parte do projeto, focando o trabalho nas questões “quando” e “quanto”, envolvendo as definições das restrições, da linha do tempo (o cronograma) e os custos. Além disso, foi realizada uma análise de consistência do projeto.

Apresentação dos projetos completos de todos os grupos.

Os projetos apresentados tiveram por base o seguinte roteiro:

• Apresentação dos membros do grupo;

• Explicar o motivo do negócio escolhido;

• Explicar a motivação do nome dado ao projeto;

• Falar sobre:

• O produto que vai ser produzido;

• Os objetivos e benefícios do projeto;

• As principais premissas;

• Os riscos do projeto e o que foi pensado para mitigá-los;

• O tempo que será gasto para a implementação do projeto;

• Os custos do projeto;

• O processo de verificação de consistência apresentando o que ocorreu durante o trabalho.

Os trabalhos realizados demonstraram a absorção do modelo de elaboração de projeto fornecido e que todos podem fazer um planejamento adequado, a partir de uma metodologia simples e eficaz.

• O(A) educador(a) exibirá o slide a seguir que contém as competências gerais do curso;

Competências Gerais do Curso • Compreender a importância, o significado e a oportunidade de

atuar no campo como forma de empreender negócios sustentáveis, rentáveis e inovadores.

• Desenvolver atitudes empreendedoras e escolher de forma consciente seu engajamento na atividade no campo por meio de uma visão empresarial da propriedade rural.

• Construir uma nova modelagem de negocio do seu empreendimento rural.

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• Escute, atentamente, as explicações do(a) educador(a);

• Você deverá observar se as competências foram contempladas durante as atividades do en-contro 5. Confirme ou não as perguntas do(a) educador(a);

• Caso tenha ficado alguma dúvida, aproveite esse momento para esclarecê-la com o(a) educador(a);

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• Você assistirá o depoimento em vídeo do jovem produtor Patrick Silva;

• Fique atento, pois você será estimulado a identificar as características empreendedoras que podem ser percebidas no relato do vídeo;

• Você sempre poderá contar com o Sebrae para participar de outras soluções educacionais que também tratam de temas, tais como:

• Oficina controlar meu dinheiro no campo – nível básico;

• Negócio certo rural – nível intermediário;

• Gestão da propriedade rural – nível avançado.

• Mensagem para você.

“O sucesso tem tudo a ver com atitude”

Jimmy Dunne

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

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MANUAL DO PARTICIPANTE

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REFERÊNCIAS

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JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPOGUIA DO EDUCADOR

JOVEM EMPREENDEDOR NO CAMPO

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MANUAL DO PARTICIPANTE

BACKER, S. Gestão de projetos. São Paulo: HSM do Brasil, 2014.

BBC BRASIL. Notícias. [S.l]: [s.d.]. Disponível em: <http://goo.gl/1OOKWx>. Acesso em: 13 set. 2015.

CEBEDS – CONSELHO EMPRESARIAL BRASILEIRO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. Financiamento para pequenos e médios produtores rurais. Rio de Janeiro, 2014.

FAILDE, I. Manual do facilitador para dinâmicas de grupos. Campinas, Papirus, 2007

FINOCCHIO JUNIOR, J. Project Model Canvas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

GRANDO, N. Empreendedorismo inovador. São Paulo: Évora, 2012.

MILITÃO, A. R. Jogos dinâmicas e vivências grupais. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora Ltda., 2004.

SARKAR, S. Empreendedorismo e inovação. Lisboa: Escolar Editora, 2009.

SEBRAE – SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Características empreendedoras. [S.l.]: [s.d.]. Disponível em: <http://goo.gl/qdAXUk>. Acesso em: 10 set. 2015.

. Referenciais educacionais do Sebrae. Brasília: Sebrae, 2006.

. Guia de planejamento de soluções educacionais. Brasília: Sebrae, 2012a.

. Metodologia de desenvolvimento e atualização de soluções educacionais presenciais. Brasília: Sebrae, 2012b.

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