josé de alencar

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1. JOSÉ DE ALENCAR José de Alencar, nascido em Mescejana, Ceará, em 10 de maio de 1829, foi um romancista, teatrólogo, jornalista, político, orador e advogado. Sua família mudou-se para o Rio de Janeiro, onde, graças ao fato de ser filho de um bem- sucedido senador, desde pequeno possuiu boa educação, fazendo estudos elementares e preparatórios, cursando Direito logo em seguida. Em suas obras, ele abrange todo o perfil da identidade brasileira, desprezando os traços portugueses, apesar de reconhecer o valor dessa cultura na formação de nosso país. Todos os aspectos (sociais, geográficos e temáticos) eram escritos numa linguagem mais brasileira, tropical, sem o estilo português presente em livros de outros romancistas. Os temas de suas obras eram sempre aqueles que tinham maior destaque em sua época, descrevendo desde a burguesia do Rio de Janeiro até o índio ou sertanejo de regiões mais afastadas. Seus romances podem ser divididos em romance urbano, romance indianista, romance histórico e, por último, o tema deste trabalho: romance regionalista. 1.1. ROMANCE REGIONALISTA Seus romances regionalistas, ao contrário dos romances urbanos, possui o foco nos personagens masculinos, que com sua ignorância e rudeza tem que enfrentar os desafios da vida, enquanto as mulheres possuem personagens secundários. Sempre demonstrando quadros muito próximos da realidade, José de

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Romance regional

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1. JOS DE ALENCARJos de Alencar, nascido em Mescejana, Cear, em 10 de maio de 1829, foi um romancista, teatrlogo, jornalista, poltico, orador e advogado. Sua famlia mudou-se para o Rio de Janeiro, onde, graas ao fato de ser filho de um bem-sucedido senador, desde pequeno possuiu boa educao, fazendo estudos elementares e preparatrios, cursando Direito logo em seguida.Em suas obras, ele abrange todo o perfil da identidade brasileira, desprezando os traos portugueses, apesar de reconhecer o valor dessa cultura na formao de nosso pas. Todos os aspectos (sociais, geogrficos e temticos) eram escritos numa linguagem mais brasileira, tropical, sem o estilo portugus presente em livros de outros romancistas.Os temas de suas obras eram sempre aqueles que tinham maior destaque em sua poca, descrevendo desde a burguesia do Rio de Janeiro at o ndio ou sertanejo de regies mais afastadas. Seus romances podem ser divididos em romance urbano, romance indianista, romance histrico e, por ltimo, o tema deste trabalho: romance regionalista.1.1. ROMANCE REGIONALISTASeus romances regionalistas, ao contrrio dos romances urbanos, possui o foco nos personagens masculinos, que com sua ignorncia e rudeza tem que enfrentar os desafios da vida, enquanto as mulheres possuem personagens secundrios. Sempre demonstrando quadros muito prximos da realidade, Jos de Alencar no deixa de exaltar a beleza e exuberncia da natureza brasileira.1.2. OBRASSempre apresentando em suas obras heris regionais ou histricos, uma das obras regionalistas de maior sucesso, que se voltava para a regio sul do pas, foi O Gacho. O Gachonarra em terceira pessoa a histria de um menino,Manuel Canho, que admira muito a seu pai, grande conhecedor de cavalos, que assassinado. O filho nunca o esquece. Odeia o padrasto e, aps a morte desse, busca vingar o assassinato do pai.Til conta a histria de Berta, uma menina que foi rejeitada quando nasceu, sendo criada por uma viva chamado Inh Tudinha, a qual tinha um filho chamado Miguel. Numa trama cheia de reviravoltas, Berta descobre segredos sobre seu passado e, ao mesmo tempo, ajuda os personagens que sofrem ao seu redor, pois acredita ter nascido com o intuito de ajudar a construir sonhos. A histria se passa em Campinas, no interior de So Paulo.Em O tronco do Ip a histria se passa na fazenda Nossa Senhora do Boqueiro. O tronco de um outrora frondoso ip marca a decadncia da fazenda perto da qual mora, em uma cabana, o negro Benedito - espcie de feiticeiro que guarda o segredo da famlia. Neste livro, Jos de Alencar retrata a zona da mata, no interior fluminense.A histria de O Sertanejo se passa no nordeste e tem como personagem-narrador Severino, uma pessoa que tenta se definir ao longo da obra, mas no consegue, ento passa a ser uma figura genrica que representa o povo daquela regio. Ele representante de um povo sofrido, que luta contra a fome, sede e misria. O personagem principal Arnaldo Loureiro, um vaqueiro cearense, simples, mas que luta pelo que quer e enfrenta tudo pelo amor e seus ideais.

1.3. TRECHOS DE OBRASQuando os seres habitam as estepes americanas, sejam homem, animal ou planta, inspiram nelas uma alma pampa. Tem grandes virtudes essa alma. A coragem, a sobriedade, a rapidez so indgenas de savana. - Trecho de O Gacho.Como as flores que nascem nosdespenhadeirosealgares, onde no penetram os esplendores da natureza, a alma de Berta fora criada para perfumar os abismos da misria, que se cavam nas almas, subvertidas pela desgraa. - Trecho de Til.Havia naquela poca entre os abastados criadores da provncia essa bizarria de se vestirem de couro sertaneja, e associarem-se assim por mero recreio s lidas dos vaqueiros, cujo ofcio desta arte enobreciam. Nisso no faziam seno imitar os casteles e fidalgos da Europa que tambm se trajavam de monteiros, moda rstica, para ir caa. Trecho de O Sertanejo.Em vez de usar seu poder para soprar intrigas e desavenas, ao contrrio servia de conciliador em todas as brigas que se dava entre os pretos da fazenda; aconselhava os parceiros nos casos de aperto por alguma falta; e apadrinhava o fujo perante o [...] senhor, que o tinha em grande estima e muitas vezes o ia visitar na sua cabana trecho de O tronco do Ip.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICASAcessado em 20 de maio de 2015, s 21:43h.Acessado em 20 de maio de 2015, s 21:04h.Acessado em 20 de maio de 2015, s 21:40h.Acessado em 20 de maio de 2015, s 21:30h.Acessado em 20 de maio de 2015, s 21:02h.Acessado em 20 de maio de 2015, s 21:05h.Acessado em 20 de maio de 2015, s 20:36h.Acessado em 20 de maio de 2015, s 21:46h.Acessado em 20 de maio de 2015, s 21:26h.Acessado em 20 de maio de 2015, s 20:40h.Acessado em 20 de maio de 2015, s 21:00h.Acessado em 20 de maio de 2015, s 20:38h.Acessado em 20 de maio de 2015, s 21:15h.Acessado em 20 de maio de 2015, s 21:27h.Acessado em 20 de maio de 2015, s 20:43h.