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Abril 2008 Ano 1 No 1

Vem a o maior Congresso de Especial: Renomados especialistas opinam sobre as vantagens e desvantagens na utilizao do sistema Cone Morse Odontologia do Nordeste

ABO e as conquistas na poltica nacional Falta de atendimento hospitalar para pacientes especiais Perfil: Dr. Jos Mrio Mendes Mamede As expectativas para a realizao do III Congresso de Odontologia ABO-CE ABO-CE lana 1o Prmio ABO-JovemEvento de pr-lanamento do III Congresso Internacional de Odontologia ABO-CE. Anote em sua agenda: de 12 a 14 de junho/2008

Scios em dia com a ABO-CE pagaro R$ 20,00 que sero convertidos em cesta bsica e entregues a entidades carentes.

2 :: Editorial

Clareza e objetividade: o futuro tem que ser diferente da situao presenteCaros(as) colegas imensa minha satisfao em dizer que estamos no caminho certo. O nosso principal meio de comunicao est mudando por exigncia de vocs; depois de realizar uma pesquisa entre alguns scios, diretores, professores, alunos e funcionrios, estamos com um novo jornal. Mais cientfico e mais profissional. A empresa GSenne, com quem firmamos parceria, por intermdio de seu presidente Guilherme Senne, a quem nos orgulhamos de ter como parceiro, veio para mudar o perfil de nosso peridico. Com uma equipe de profissionais competentes na rea da comunicao odontolgica brasileira, a GSenne dar a ns, dentistas, um jornal digno de nossa categoria. Nosso credenciamento no MEC e nosso Ttulo de Utilidade Pblica Federal esto cada vez mais pertos, e muito em breve vamos poder celebrar convnios com a Unio, que exige tal titulao.

:: Expediente

Associao Brasileira de Odontologia - Seo do Cear R. Gonalves Ldo, 1.630 - Joaquim Tvora 60.110-261 - Fortaleza - CE Tel.: (085) 3311-6666 - [email protected] - www.abo-ce.org.br Presidente: Jos Barbosa Porto Vice-Presidente: Perboyre Gomes Castelo Jnior Secretria Geral: Renata Veras Carvalho Mouro 1a Secretria: Cristina Leal Neto Brando Diretor de Patrimnio: Jos Bonifcio de Sousa Neto Diretor Cientfico: Hlder Lopes Gurgel Diretor de Assuntos Polticos e Assistncia: Paulo Avelar Neto Diretora de Biblioteca: Rebeca Maria Braga A. Martins Tesoureiro Geral: Manoel Alcntara Meireles 1o Tesoureiro: Francisco de Paula Pessoa Rodrigues Diretor de Esportes: Hlder Cavalcante Carneiro Jnior Diretor de Divulgao: Adriana Dias de Almeida Brasil Diretor de Clnica: Bruno Carvalho de Vasconcelos Diretor de Informtica: Nilton Vivacqua Gomes Diretor Social: Hlder Costa Rebouas Conselho Editorial: Adriana Dias de Almeida Brasil, Manoel de Jesus Rodrigues Mello, Moacir Tavares Martins Filho, Nilton Vivacqua Gomes, Rebeca Maria Braga Albuquerque Martins Colaboradores: Porfessores da Escola de Aperfeioamento Profissional (EAP-CE) - Adriana Bezerra F. Santana, Alessandra P. de Sousa, Aline Levi B. Monteiro, Anbal A. Pinto, Antnio M. da Silva, Antnio Srgio T. de Menezes, Beatriz M. Olinda, Cauby Maia C. Jr., Eduardo B. Rocha, Eduardo Costa S. Soares, Eliardo S. Santos, Elilton C. Pinheiro Jr., Emmanuel A. de Alencar Jr., Ernando A. da Rocha, Everardo N. Santana de Arajo, Fbio L. Cavalcante, Fabrcio B. Sousa, Francisco Cladio F. Alves e Silva, Francisco de Assis S. Lima, Grace S. Teles, Helena Mrcia G. dos Santos, Ida Maria R. L. Vieira da Fonseca, Ilan S. do Vale, Joo Elias Cunha, Jrio da Escssia Jr., Jos Bonifcio de S. Neto, Jos Emilson M. B. de Oliveira Jr., Jos Ferreira da C. Filho, Jos Galba de M. Gomes, Jos Jeov S. Moreira Neto, Ktia F. Santos, La Maria B. de Menezes, Lcio P. Pinto, Luiz Augusto C. B. Mouro, Manoel de Jesus R. Mello, Manoel P. G. Castelo, Maria Gislia P. Feitosa, Maria Mnica S. M. Moreira, Maria Rejane F. Melo, Moacir T. Martins Filho, Neuza Mrcia F. Lopes, Nilton V. Gomes, Pedro Csar F. dos Santos, Pollyanna B. de Aquino, Raimundo N. A. Carioca, Raimundo N. Maia, Renato Luiz M. Nogueira, Rinaldo P. Teles, Roberto D. Rego, Rosana S. D. Ximenes, Vicente de Paulo A. Sabia, Victor Hugo M. Alencar Jornalista responsvel: Israel Correia de Lima - Mtb 14.204 Edio de texto e reviso: Helder L. Gurgel, Marcos M. Gurgel Reviso: Maristela Santana Santos Carrasco Editor de arte e projeto grfico: Eduardo Kabello Studio Knove.com ([email protected]) Fotos: Arquivo ABO e outros Publicidade: GSenne Solues em Negcios Telefax: (11) 4368-5678 - [email protected] Periodicidade: Bimestral Tiragem: 10.000 exemplares Impresso: Pouchain Ramos Grfica e Editora (85) 3231-3219 - www.pouchainramos.com Distribuio: Gratuita O Jornal odontonordeste.com no se responsabiliza pelos servios e produtos de empresas que anunciam neste veculo, as quais esto sujeitas s normas de mercado e do Cdigo de Defesa do Consumidor. Artigos assinados ou conceitos emitidos so de responsabilidade exclusiva dos autores. Permitida a reproduo de textos desde que citada a fonte.

A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeas, do que nos nossos bolsos. Arthur Schopenhauer O reaparelhamento de nossa casa est em andamento: compramos mais centrais de ar condicionado, colocamos um novo som no auditrio principal, equipamos nossa biblioteca com novos computadores, colocamos o sistema wireless, portanto j podemos nos conectar Internet em todas as dependncias, adquirimos um novo multimdia, notebook com cmera para videoconferncia durante as aulas, reformamos nossas clnicas. Compraremos tambm um microscpio para os procedimentos clnicos-cirurgicos, equipado com cmera para transmisso simultnea, entre outros investimentos. Ainda temos muito por fazer, mas, infelizmente, o alto ndice de inadimplncia nos tolhe de realizar mais por nosso bem maior: o associado. Todo esse investimento carece de recursos, por isso pedimos a voc, amigo associado, que ainda est em dvida sobre nossa inteno, torn-la forte para que possamos conquistar mais benefcios para os scios e para a comunidade to necessitada.

Para bem conhecer a natureza dos povos, preciso ser prncipe, e para bem conhecer a dos prncipes, necessrio pertencer ao povo. Maquiavel A ABO-CE tem se esforado para cumprir as metas exigidas por nosso associado, e vem dando mostras disso. O ano de 2007 foi de conteno de despesas e agora, em 2008, comeamos a colocar a casa em ordem. Contratamos um auditor para verificar nossas contas e nos dizer em que rea podemos cortar mais despesas e tornar nossa entidade auto-sustentvel.

O segredo da felicidade encontrar a nossa alegria na alegria dos outros. Saint Exuperry

Jos Barbosa Porto Presidente da ABO-CE

ndice :: 3 Perfil........................................pg. 24 Release de Empresas.............pg. 26 Pacientes Especiais: Falta de atendimento hospitalar para pacientes especiais com distrbios neurolgicos: preciso provocar uma tomada de deciso... :: pg. 12 Artigo Cientfico: A arte de imitar o natural com resina composta :: pg. 16

ABO Nacional :: pg. 10 Editorial ..................................pg. 02 Especial: Cone Morse ............pg. 04 Artigo Cientfico ....................pg. 14 Entrevista ...............................pg. 18 Eventos ...................................pg. 20

Endodontia .............................pg. 32 Benefcios e Parcerias ...........pg. 34 Seguindo os passos ...............pg. 36 Notcias EAP ...........................pg. 36 Espao Acadmico ................pg. 38 Cursos EAP .............................pg. 40 Prestao de contas ..............pg. 42

4 :: Cone Morse

Cone Morse: uma alternativa nas reabilitaes sobre implantesPor Israel Correia de Lima Melhor estabilidade abutment/implante: ser comentado na prxima pergunta. Desvantagem: Custo: esta uma desvantagem relativa, pois ultimamente vrias empresas nacionais esto fabricando seus implantes com conexo Cone Morse. Mnica Studart Moreira - O Cone Morse um sistema de reteno interna do elemento prottico sobre implante que utiliza o atrito mecnico entre a superfcie de contato do componente prottico e a parede interna do implante. As paredes do abutment e do implante obedecem a uma angulao que permite o maior contato possvel entre as paredes das duas estruturas, aumentando significativamente o nvel de reteno da prtese. O fenmeno Morse oriundo da indstria mecnica e tem sido utilizado h muito pela implantodontia. Assim, pode-se dizer que a reteno por Cone Morse to antiga quanto a do hexgono interno ou externo. uma reteno vantajosa, que distribui melhor as foras nas paredes internas do implante, e o gradiente de tenso na rea cervical tambm transmitido ao osso de forma mais adequada. Possui componentes de fcil manuseio de transferncia e replicao. Enfim, quando bem indicado um excelente recurso teraputico. Entretanto, devemos estar atentos ao fato de que para ocorrer o fenmeno de reteno Morse, necessria uma espessura mnima de dimetro de mesa de reteno. Tambm ir requerer uma espessura ssea mnima para suportar um implante de pelo menos 4,0 mm. Isso significa que em regies anteriores a aplicao desse sistema deve ser criteriosa. Alm disso, o implante tambm deve estar muito bem posicionado para que o abutment seja parafusado de forma a obedecer o longo eixo do implante, ou seja, devem ser evitadas angulaes significativas. Antonio Alberto De Cara - Vantagens mecnicas: maior rea de atrito abutment/implante; maior justeza abutment/implante; menor tenso resultante das foras oclusais no parafuso; maior espessura do abutment na rea de concentrao de esforos (momento fletor). Conseqncias: raramente o abutment, ou prtese, solta-se do implante; baixa manuteno; ausncia de afrouxamento e fraturas de parafusos. Vantagens biolgicas: ausncia de fenda abutment/ implante no nvel sseo; fenda nica de implanteprtese; a prtese inserida no sulco gengival, afastada da superfcie ssea. Conseqncias: ausncia de odores e de inflamao gengival perimplantar e muito menor perda ssea. Desvantagens: a colocao correta do implante (posicionamento cirrgico) mais crtica; o planejamento cirrgico/prottico deve ser muito criterioso. Ariel Lenharo: O Cone Morse um conceito novo na implantodontia, embora na mecnica seja usado desde 1843 (Stephen A. Morse). Quando usado corretamente, tem como vantagens: melhor distribuio de foras, diminuindo a concentrao de tenso; menor probabilidade de afrouxamento dos parafusos de prteses. Desvantagens: dificuldade de posicionamento em restauraes mltiplas. Lcio Pitombeira Pinto - Vantagens: teoricamente, a conexo tipo Cone Morse seria impermevel ao biofilme bacteriano, como se proporcionasse uma solda-fria, um corpo nico entre o implante e o pilar prottico, melhorando conseqentemente a distribuio e a transmisso das foras mastigatrias ao longo do implante com o tecido sseo, evitando o afrouxamento de parafusos e aumentando a praticidade de encaixe nos momentos de moldagem. Alm disso, a possibilidade da utilizao de pilares protticos que tenham menor dimetro que o dos prprios implantes afasta a interface implante-pilar prottico, regio potencialmente contaminada com o biofilme bacteriano do osso perimplantar e que aumenta a espessura gengival nessa regio, potencializando as defesas naturais e reduzindo a perda ssea perimplantar. Desvantagens: custo relativamente maior e menor domnio da tcnica por parte dos profissionais, que vai desde os tcnicos de laboratrio, representantes das empresas de implantes at, e principalmente, os prprios dentistas das diversas especialidades que exercem na Implantodontia. Alm disso, mesmo considerando os vrios lanamentos de pilares protticos Cone Morse, tais implantes geralmente so fechados apenas para a utilizao de componentes protticos da sua empresa, porque, apesar de parecerem idnticas, a conicidade da conexo implante-pilar prottico no padronizada entre os fabricantes, impedindo o intercmbio de componentes entre empresas. Por isso, a escolha da conexo tipo Cone Morse aumenta a responsabilidade do cirurgio-dentista, devendo este preferir empresas sedimentadas no mercado, pois caso haja descontinuidade do fabricante, a reabilitao do caso poder ser invivel, mesmo que os implantes estejam osteointegrados.

O jornal da ABO-CE ouviu a opinio de renomados especialistas para explicar as vantagens, desvantagens, grau de confiabilidade, procedimento de moldagem e os cuidados que o profissional tem que ter quando da utilizao deste sistema.Jornal Odontonordeste.com - Quais as vantagens e desvantagens na utilizao do sistema de implante Cone Morse? Ricardo Padilha Fortes/Wander Clio Kobayashi Primeiramente gostaria de ressaltar que existem dois modelos de implantes com este tipo de conexo: o implante de um estgio, em que no h necessidade de um segundo estgio cirrgico para exposio e colocao do abutment (exemplo: Straumann ITI Dental Implant System, Institut Straumann, Waldenburg, Sua); e o implante de dois estgios, em que h necessidade de um segundo estgio cirrgico (exemplo: Ankylos Dentsply Co., Mannheim, Alemanha). Nossa experincia clnica est mais relacionada com os implantes de dois estgios, por esse motivo todas as nossas respostas estaro relacionadas a este tipo de implante. Principais Vantagens: Ausncia de microgaps na juno abutment/implante: o encaixe preciso da superfcie cnica minimiza o risco de formao de fendas, evitando assim contaminao bacteriana. Melhor transmisso de fora abutment/implante: vrios estudos comprovam que os maiores nveis de tenso durante as foras oclusais encontram-se localizados entre a superfcie interna do implante e a superfcie do abutment (na conexo cnica), protegendo assim o parafuso de reteno do abutment e evitando sua fratura ou afrouxamento.

Cone Morse :: 5

Jorge Mulatinho - Inmeras so as vantagens do Cone Morse, das quais cito algumas: kit reduzido; cirurgias mais rpidas e menos traumticas; facilidades protticas; rapidez e preciso. Ricardo Teixeira Abreu - Atualmente as conexes entre implante e prtese podem ser classificadas em externa e interna, sendo esta ltima podendo apresentar um sistema anti-rotacional convencional ou sistema chamado Cone Morse. Com a evoluo da engenharia na implantodontia e a observncia e entendimento da resposta biolgica aos diversos formatos de plataformas de implantes, verificou-se que o melhor desenho de plataforma de implante deveria ser de conexo interna associando um sistema anti-rotacional convencional ao sistema Cone Morse. As conexes morse, por no necessariamente apresentarem encaixe entre duas plataformas planas, diminuem consideravelmente a possibilidade de haver desajuste entre componente prottico e implante, proporcionando assim um timo selamento, diminuindo a possibilidade de contaminao bacteriana nesta regio e o afrouxamento e fadiga da prtese (melhor dissipao das tenses e cargas oclusais), que podem levar a complicaes prtese aps sua instalao. Este tipo de encaixe apresenta melhor relao com o componente prottico e reduz a saucerizao, o tecido periimplantar formado apresenta semelhana com a gengiva, tem menor potencial perda ssea marginal e garante a otimizao da carga imediata para casos estticos. No entanto, estes implantes apresentam menor versatilidade de componentes protticos em relao aos implantes de hexgono externo devendo haver maior preciso na preparao do leito cirrgico e maiores cuidados durante a instalao dos implantes, devendo haver bom planejamento pr-cirrgico, o que pode ser facilitado com a melhoria da tecnologia de planejamento. Jornal Odontonordeste.com - Qual o grau de confiabilidade? Ricardo Padilha Fortes/Wander Clio Kobayashi - O grau de confiabilidade desta conexo bastante elevado, pois na conexo Cone Morse o abutment mantido ao implante pelo parafuso e adeso por atrito, com travamento mecnico (travamento friccional) da superfcie interna do implante com a superfcie do abutment. Esse travamento mecnico permite que o abutment tenha uma perda de pr-carga extremamente reduzida, diminuindo a possibilidade de micromovimentao durante as cargas, de forma a no sobrecarregar o seu parafuso de reteno. Todas essas caractersticas proporcionam conexo Cone Morse uma maior estabilidade, quando comparada a outras conexes disponveis no mercado. Mnica Studart Moreira - O grau de confiabilidade de um produto mdico ou odontolgico est rela-

cionado idoneidade da empresa que o fabrica e aos trabalhos cientficos publicados sobre as pesquisas desenvolvidas com o recurso. Em relao ao sistema Cone Morse, podemos dizer que confivel porque existem empresas que desenvolvem estudos mecnicos e clnicos, sendo os resultados satisfatrios. Antonio Alberto De Cara - Confiabilidade: pesquisas clnicas apontam o sucesso clnico em mais de 90% dos casos em dez anos, mesmo em reas estticas. Ariel Lenharo - Confiabilidade Clnica: total, desde que o profissional esteja embasado tecnicamente nos aspectos biolgicos e biomecnicos e faa um planejamento prottico reverso no critrio de seleo quanto a dimetro e comprimento. Confiabilidade mecnica: alto grau de confiabilidade por causa da robustez mecnica do projeto. Lcio Pitombeira Pinto - Se considerarmos a literatura cientfica e no apenas o marketing das empresas de implantes, a confiabilidade na conexo Cone Morse est diretamente relacionada qualidade do seu respectivo fabricante. Em uma dissertao de mestrado defendida recentemente, disponvel na ntegra na Internet, foi avaliado in vitro o grau de adaptao de implantes de diferentes marcas brasileiras a diferentes pilares protticos, bem como seu efeito na infiltrao bacteriana (DIAS, 2007). Contraditoriamente, o maior grau de no adaptao e de infiltrao bacteriana foi encontrado na conexo tipo Cone Morse, em contraste com os melhores resultados encontrados em conexes tipo hexgono externo. Alm disso, esses melhores e piores resultados foram produzidos pela mesma empresa, que na poca do experimento lanava seus primeiros implantes com Cone Morse no mercado. Assim, considerando que a qualidade da conexo um quesito tcnico de responsabilidade eminentemente do fabricante, saliento novamente a responsabilidade do cirurgio-dentista na escolha do sistema de implantes, baseado em publicaes cientficas que comprovem pelo menos cinco anos de pesquisa clnica. Ricardo Teixeira Abreu - A confiabilidade na implantodontia consensual. J a confiabilidade no sistema depende principalmente do processo de fabricao e da continuidade da produo de peas de reposio. A escolha de um sistema Cone Morse, devido as suas caractersticas, a tendncia para a implantodontia em curto prazo. Como cada fabricante apresenta um desenho especfico, a confiabilidade do sistema Cone Morse deve-se levar em considerao as certificaes de qualidade do fabricante e a confiana de que haver peas protticas de reposio nos anos seguintes.

Jornal Odontonordeste.com - Qual a chance de esses componentes se soltarem? Ricardo Padilha Fortes/Wander Clio Kobayashi - Essa uma pergunta bastante complexa. Em nossa clnica utilizamos este sistema h quase dez anos, e durante este tempo tivemos poucos casos de afrouxamento do abutment e nenhum caso de fratura do parafuso de reteno do abutment. Tambm, com o intuito de responder a esta pergunta, realizamos recentemente um estudo em parceria com o Departamento de Materiais Dentrios da Faculdade de Odontologia da Universidade de So Paulo. O objetivo foi avaliar o torque de afrouxamento de abutments slidos conectados a implantes de dois estgios com conexo Cone Morse em relao condio inicial do torque de apertamento de 25 Ncm, aps ensaio de ciclagem mecnica. Foram formados dois grupos (n=10), quais sejam: grupo A (Implantes Ankylos unidos a abutments Standard retos); grupo C (Implantes Conexo AR Morse unidos a abutments Speed slidos retos). Para a realizao da ciclagem mecnica, os abutments foram apertados com torque de 25 Ncm e reapertados aps 10 minutos. Todas as amostras foram submetidas a 345.600 ciclos (equivalente a 14 meses de mastigao) em uma mquina de ensaio. Imediatamente aps o trmino dos ciclos, o torque necessrio para o afrouxamento dos abutments foi aferido. Como resultado, tivemos que: a mdia do torque de afrouxamento do grupo A (Ankylos) ficou 9,6% acima do torque de apertamento preconizado pelo fabricante, e a mdia do torque de afrouxamento do grupo C (Conexo AR Morse) ficou 7,6% acima do torque de apertamento do preconizado pelo fabricante. Com os dados clnicos e este estudo, podemos afirmar que as chances de os componentes se soltarem so bem menores que nos outros sistemas. Mnica Studart Moreira - A soltura de um componente pode representar a defesa biomecnica da unidade de ancoragem. A fixao de um elemento prottico sobre implante sempre utiliza um parafusamento, mesmo as coroas cimentadas. Se pensarmos nesse parafuso, que possui dimenses milimtricas, dentro de um universo estomatolgico de foras horizontais e verticais, hbitos parafuncionais presentes e adquiridos, foras musculares e mastigatrias, poderamos concluir que soltar componentes sinal de que algo no vai bem. O sistema que no solta, quebra. Antonio Alberto De Cara - A chance de os componentes se soltarem, desde que o torque correto tenha sido aplicado, praticamente nula. Ariel Lenharo - Os componentes protticos apresentam um efeito de adaptao anti-rotacional, com parafusos de reteno adequada sua necessidade funcional. O no soltar parafuso multifatorial, torque

6 :: Cone Morse

adequado, parafuno, contato prematuro, interferncia oclusal etc. Portanto, seguindo todo o protocolo, as chances so mnimas. Lcio Pitombeira Pinto - Devido ao aumento da estabilidade propiciada pela frico mecnica na interface cnica implante-pilar prottico, impedindo, inclusive, a rotao do abutment sem a necessidade de polgonos na conexo, a fora para o afrouxamento do parafuso prottico em conexes Cone Morse pode ser de 10 a 20% maior que a fora utilizada para o aperto do parafuso, j que nas outras conexes a fora para o destorque geralmente 10% menor que a fora para o aperto (SUTTER et al, 1993). Isso diminui as chances de os componentes se soltarem. Entretanto, mesmo em empresas pioneiras na produo da conexo Cone Morse, h relatos de afrouxamento do pilar prottico numa ordem de 3,7% e de afrouxamento do parafuso oclusal de 8,7%, em prteses unitrias submetidas a cargas funcionais de pelo menos seis meses sob tal conexo (LEVINE et al, 1997). No se pode deixar de citar a importncia da aplicao do torque de apertamento recomendado pelo fabricante para se minimizar as chances de afrouxamento. Jorge Mulatinho - Se forem seguidas as normas de aperto e torque, os componentes protticos no se soltaro. Vale salientar que se houver necessidade de remoo, um dispositivo especial solta o componente com facilidade. Ricardo Teixeira Abreu - O sistema Cone Morse no desenho que encontramos hoje bastante confivel. Problemas encontrados em outros tipos de encaixes foram melhorados com a experincia adquirida ao longo dos anos. O sistema Cone Morse atual associa alm das caractersticas apresentadas pelos outros sistemas como anti-rotacional e travamento por parafuso, o ajuste e a frico proporcionada pelo Cone Morse, que so considerveis ferramentas para impedir o afrouxamento dos pilares protticos. Jornal Odontonordeste.com - Quais so os procedimentos para a moldagem? Ricardo Padilha Fortes/Wander Clio Kobayashi Como na maioria dos sistemas de implantes podemos moldar os implantes e/ou os abutments, ns preferimos selecionar e instalar os abutments diretamente na cavidade bucal, e em seguida transferi-los. Apesar de a maioria dos sistemas j possuir copings de transferncia pr-fabricados, ns optamos por confeccion-los em resina acrlica Pattern Resin (GC Corporation, Tquio, Japo). Esses copings so adaptados sobre os abutments e capturados pela tcnica da moldeira fechada com dupla mistura (silicone densa e regular), depois da moldagem os anlogos dos abutments so conectados e o modelo de trabalho vazado.

Mnica Studart Moreira - Os procedimentos de impresso seguem os mesmos padres da prtese sobre implantes convencionais, utilizando transferentes e rplicas. Antonio Alberto de Cara - Para moldagem no necessitamos de segunda cirurgia. Basta remover o cicatrizador, encaixar os componentes plsticos de transferncia (transfers) para moldeira fechada e moldar com silicone de adio em tempo nico, pesado e leve simultaneamente. Podemos afirmar seguramente que os procedimentos de moldagem do sistema de conexo morse esto entre os mais simples de todos os sistemas disponveis. Ariel Lenharo - Procedimentos para moldagem semelhantes aos dos sistemas tradicionais: moldagem de transferncia direto do implante ou intermedirio, como mini-abutment, abutment cnico ou cimentado, podendo utilizar ainda transferentes de moldeira aberta e fechada. Lcio Pitombeira Pinto - Aps a instalao do pilar prottico, os procedimentos para a moldagem sero os mesmos utilizados nas demais conexes. No entanto, se a inteno moldar o prprio implante, esta transferncia da sua posio tridimensional tende a ser mais fcil com a utilizao da conexo Cone Morse, por no depender do encaixe entre polgonos (hexgonos, octgonos etc.) para a perfeita moldagem, sendo o assentamento entre dois corpos cnicos mais fcil, auto-direcionado. Jorge Mulatinho - Muito simples. Os prprios munhes com ombro podem ser utilizados para moldagem sem necessidade de remov-los da boca. Se o profissional quiser moldar na tcnica convencional dos implantes, tambm existem componentes para transferncia de moldeira fechada e moldeira aberta. Ricardo Teixeira Abreu - Os procedimentos para moldagem foram bastante simplificados. Alm da facilidade de encaixe dos transferentes e componentes protticos evitando o famoso gap que aparecia quando os pilares no encaixavam no hexgono externo, os transferentes de encaixe rpido reduzem bastante o tempo clnico e a complexidade nas moldagens. Jornal Odontonordeste.com - Quais os cuidados que o profissional deve ter quando da utilizao deste sistema? Ricardo Padilha Fortes/Wander Clio Kobayashi Alm dos cuidados que todo implantodontista deve ter ao indicar o tratamento com implantes dentrios, o profissional dever: selecionar adequadamente os casos, nmero e localizao das fixaes, qualidade e quantidade ssea, expectativas do paciente em relao ao prognstico, entre outros; uma especial ateno deve ser dada ocluso

do paciente, pois, como relatado anteriormente, a conexo Cone Morse apresenta uma maior estabilidade, porm, caso uma fora de maior magnitude incidida em um implante, pode ser que esta conexo seja capaz de suport-la sem que ocorra um afrouxamento do abutment, todavia esta fora se dissipar ocasionando problemas como perda ssea e disfuno temporomadibular. Mnica Studart Moreira - Domnio das tcnicas, tanto na fase cirrgica quanto na fase prottica. Antonio Alberto De Cara - Independentemente do implante utilizado, o profissional deve ser habilitado e conhecer muito bem o sistema com o qual ir trabalhar. O correto planejamento prottico e cirrgico fundamental. A avaliao criteriosa clnica e radiogrfica das estruturas duras do stio implantar e adjacncias, no que diz respeito altura e largura ssea, fator de extrema importncia para o sucesso. O tipo de recobrimento gengival, a espessura e a quantidade de tecido mole disponvel tambm so fatores decisivos no resultado esttico. Ariel Lenharo - Os cuidados com os implantes Cone Morse de adequao da tcnica cirrgica, similar a outros tipos de implantes. O profissional deve tomar cuidado com relao melhor distribuio e alinhamento do implante durante a fase de preparao do alvolo. O implante deve ser colocado infra-sseo de 1 a 2 mm. Lcio Pitombeira Pinto - Inicialmente, deve-se conhecer bem o sistema escolhido. Assim ser possvel adquirir todo o instrumental exclusivo e imprescindvel para a utilizao da conexo Cone Morse, como montadores, cicatrizadores, transferentes, anlogos, chaves, alm do arsenal de pilares protticos oferecidos especificamente para o sistema. Alm disso, toda a equipe envolvida no tratamento, incluindo os TPDs, ACDs, protesistas e cirurgies, deve passar por um processo de adaptao ao novo sistema. Outra recomendao a pesquisa por comprovao cientfica de pelo menos cinco anos de pesquisa clnica com implantes Cone Morse do sistema escolhido, para se evitar utilizao de conexes de baixa qualidade produzidas durante a curva de aprendizagem da empresa. Jorge Mulatinho - Excetuando os cuidados gerais aplicados a todos os sistemas de implantes, pela facilidade cirrgica e prottica, o profissional dever certificar-se do aperto correto dos componentes protticos que ficaram permanentemente nos pacientes. Ricardo Teixeira Abreu - A evoluo da implantodontia trouxe consigo uma srie de benefcios para a odontologia. Houve uma notvel melhoria nos sistemas de planejamento e imagens; materiais e tcnicas cirrgicas; e materiais e tcnicas em prteses e laboratrios

Cone Morse :: 7

de prtese. Tudo isso proporcionou a possibilidade de simplificao dos produtos para implantodontia e uma diminuio da variedade de componentes protticos. Portanto os principais cuidados que o profissional deve ter quando da utilizao desse sistema, alm de todos os cuidados convencionais, so os relacionados ao posicionamento do implante, devendo haver maior preciso na preparao do leito cirrgico e maiores cuidados durante a instalao dos implantes. Jornal Odontonordeste.com - possvel afirmar que os atuais sistemas tipo Cone Morse para conexes protticas dos implantes osseointegrados tornaram muito mais previsveis, duradouras e menos complexas as reabilitaes sobre implantes? Ricardo Padilha Fortes/Wander Clio Kobayashi Sim. Os fabricantes tm desenvolvido constantemente novos implantes e componentes com a finalidade de melhorar a adaptao entre abutment/implante e estabelecer uma interface mais estvel. No estamos com isso condenando os outros sistemas existentes, mesmo porque fazemos uso deles na clnica diria, porm, nos casos em que a estabilidade da conexo um fator indispensvel (restauraes unitrias), o nosso sistema de escolha o Cone Morse. Mnica Studart Moreira - Podemos dizer que, estatisticamente, todos os sistemas de fixao existentes no mercado, quando so de qualidade e quando utilizados corretamente, funcionam muito bem. O sistema Cone Morse uma opo que apresenta propriedades biomecnicas adicionais. Antonio Alberto De Cara - A previsibilidade de sucesso depende de uma gama de fatores que devem ser muito bem avaliados pelo profissional. As grandes reabilitaes sobre implantes no tm grande dependncia do tipo em si do implante, haja vista que, com vrios implantes, independentemente do tipo de conexo, a assimilao da carga funcional fica mais distribuda ao longo de toda a pea prottica e, conseqentemente, sobre todos os implantes. Penso que a grande diferena do morse se faz notar quando utilizamos implantes para coroas unitrias. Nessa condio o morse capaz de resistir a foras tangenciais e torsionais a que esto sujeitos dentes individuais sem risco de afrouxamento ou quebra do parafuso. A reabilitao com implantes envolve procedimentos de grande complexidade, qualquer que seja o sistema utilizado. O sistema de implantes no a torna mais ou menos complexa. Torna, isso sim, mais fcil de executar e mais previsvel. Ariel Lenharo - Em absoluto, o Cone Morse e seus componentes protticos so opes a mais, para me-

lhor selamento biolgico, menor reabsoro ssea, maior estabilidade, porm impossvel viabilizar previsibilidade superior a outros implantes. Lcio Pitombeira Pinto - Receio concordar com tal afirmao. As conexes Cone Morse tm como principal indicao as prteses unitrias cimentadas, porque aps o torque o componente prottico dificilmente se afrouxar. Acredito que no Brasil a velha e conhecida conexo tipo hexgono-externo ainda ter muito tempo de vida, se considerarmos que nestes mais de 40 anos de osteointegrao esta sempre foi a conexo mais utilizada, estudada e conhecida (conceito de padro-ouro), com milhes de implantes instalados e em funo atualmente. Como falamos anteriormente, so inmeras as vantagens biomecnicas das conexes Cone Morse sobre as outras conexes e, apesar da Implantodontia ser uma especialidade de evoluo extraordinariamente rpida, tais mudanas de paradigma precisam de considervel prazo de tempo. Jorge Mulatinho - Sim. inequvoca a opinio geral dos implantodontistas sobre as vantagens cirrgicas e protticas do sistema Cone Morse. Ricardo Teixeira Abreu - Pela associao das melhores caractersticas observadas em cada plataforma de implante, os sistemas tipo Cone Morse apresentados hoje parecem mostrar excelente prognstico e a experincia adquirida durante anos de acompanhamento clnico e estudos biomecnicos tornaram as reabilitaes em implantodontia menos complexas desde a fase de moldagem instalao e manuteno das prteses, simplificando a fase de seleo e instalao de componentes protticos. Jornal Odontonordeste.com - Mais alguma considerao? Ricardo Padilha Fortes/Wander Clio Kobayashi No. Mnica Studart Moreira - Estamos ministrando na ABO-CE, juntamente com os professores Vicente Mauro Neto e Andr Soratto, um Curso de Tcnicas Avanadas e Reciclagem para Especialistas em Implantodontia, no qual o dentista tem a oportunidade de instalar implantes que utilizam este sistema de reteno. A equipe vem realizando um acompanhamento clnico e radiogrfico em aproximadamente 40 pacientes que receberam cerca de 120 implantes com o sistema Cone Morse, e os resultados tm sido satisfatrios. Antonio Alberto De Cara - Finalizando, eu arriscaria prever que daqui a trs ou quatro anos ns,

implantodontistas, s usaremos morse para implantes unitrios, pela simples razo de que o nico que resiste a foras tangenciais e torsionais sem induzir maiores tenses no parafuso. Adicionaria ainda que a ausncia de inflamao perimplantar e a perda ssea reduzidssima so as grandes responsveis pela manuteno da esttica no longo prazo. Ariel Lenharo - H muitos tpicos a serem discutidos a respeito dos implantes tipo Cone Morse, desde testes em laboratrios submetidos tenso, ciclagem, elementos finitos at acompanhamento clnico e radiogrfico de casos, sendo necessrios mais subsdios, principalmente de multicentricos, para definir conceitos. Lcio Pitombeira Pinto - A conexo tipo hexgonoexterno foi feita com o intuito de apenas ajudar na conduo do implante ao leito cirrgico, sem a inteno de ser anti-rotacional, considerando que, na poca em que foram idealizados os implantes, estes eram recomendados apenas para casos de prteses tipo protocolo Brnemark. Se considerarmos as paredes das conexes hexagonais paralelas, a mnima diferena entre tais superfcies necessria para se permitir o assentamento total entre os polgonos. No entanto, este mesmo espao na interface implante-pilar prottico favorece o desenvolvimento e o acmulo do biofilme bacteriano, que pode resultar em inflamao dos tecidos perimplantares. Estudos in vitro e in vivo (QUIRYNEN et al, 1994; JANSEN, CONRADS, RICHTER, 1997; HERMANN et al., 2001) demonstraram a contaminao da poro interna de implantes osseointegrveis por bactrias. Considerando o biofilme bacteriano como um importante fator etiolgico da perimplantite, a infiltrao bacteriana poder afetar a evoluo do tratamento e interferir no sucesso em longo prazo dos implantes osseointegrveis. Uma adaptao inadequada entre o implante e o pilar prottico pode ser considerada um fator de risco similar s restauraes dentrias mal adaptadas, podendo levar a alteraes clnicas e microbiolgicas nos tecidos perimplantares.Alm disso, esta no adaptao permite micromovimentos do pilar prottico quando submetido a cargas funcionais, representando um risco biomecnico por submeter o conjunto a cargas indesejveis e podendo resultar em afrouxamento ou fratura do parafuso prottico, fratura do prprio corpo do implante ou, ainda, favorecer a perda ssea perimplantar conhecida como saucerizao (GROSS, ABRAMOVICH, WEISS, 1999). Esses fatores podem resultar no comprometimento esttico e funcional dos implantes osseointegrveis ou mesmo na perda da osseointegrao. A conexo tipo Cone Morse representa a possibilidade de otimizao de tais problemas.Apesar de implantes com tais conexes estarem disponveis e serem preponderantes no mercado estrangeiro h dcadas, a logstica e os custos de importao no permitiram a

8 :: Cone Morse

socializao desses benefcios no mercado nacional. Nos ltimos dois a trs anos, todas as grandes empresas brasileiras de implantes comearam a disponibilizar sistemas com tal conexo. Acredito que o momento de mudana e que as empresas e todos ns, os profissionais envolvidos com a Implantodontia, estamos iniciando uma curva de aprendizagem. O tempo confirmar tais suspeitas. Jorge Mulatinho - Uma pesquisa de opinio realizada entre profissionais que utilizavam outros sistemas e que passaram para o sistema Cone Morse revelou que a maioria (92,43%) declarou estar muito satisfeita com o sistema.

Ricardo Teixeira Abreu - Quando se leva em considerao o tratamento com seres humanos, a cincia sempre deve ser cautelosa e conservadora para evitar riscos sade e erros que levem a danos a integridade do paciente. Em relao ao implantes osseointegrvies no h dvida de sua indicao. E exatamente por isso que sempre dever haver dvida de quando indicar um sistema de implante para o paciente. Devemos sempre levar em considerao que o implante ficar em funo por muitos anos, mas que a prtese dever ser substituda eventualmente. Para isso, quando da seleo do implante e seu sistema de encaixe devese escolher um sistema confivel de um fabricante

confivel. O sistema de encaixe interno tipo Cone Morse associado a um sistema anti-rotacional parece ser um sistema confivel e escolha para a substituio do famoso e aparentemente insubstituvel sistema Hexgono Externo. Ns, cirurgies-dentistas devemos estar sempre atualizados para oferecer aquilo que existe de melhor aos nossos pacientes e no ficarmos presos a uma tcnica ou sistema por plena comodidade profissional. No entanto, devemos ser bastante conservadores quando tratamos de reabilitaes com prognstico duradouro e sermos cticos as propagandas comerciais. Como diria o Prof. Dr. Luiz Marins... Pense nisso!

Prof. Dr. Ricardo Padilha FortesMestre em Implantodontia pela Universidade de Santo Amaro-Unisa; Especialista em Prtese Dentria pela Faculdade de Odontologia de Bauru-USP; Professor do Curso de Cirurgia Avanada em Implantodontia da ABO-CE; Membro da Academia Americana de Osseointegrao.

Prof. Dr. Wander Clio KobayashiMestre em Implantodontia pela Universidade de Santo Amaro-Unisa; especialista em Implantodontia pela APCD/SBC; Coordenador do Curso de Cirurgia Avanada em Implantodontia da ABO-CE; Coordenador do Curso de Especializao em Implantodontia da APCD/Guarulhos; Coordenador do Curso de Aperfeioamento em Implantodontia da APCD/Regional Sade.

Profa. Dra. Mnica Studart MoreiraEspecialista em Odontogeriatria e Implantodontia; Mestre e doutora em Periodontia; Professora dos cursos de Aperfeioamento e Especializao em Implantodontia do HGF; Professora do Curso de Tcnicas Avanadas e Reciclagem para Especialistas em Implantodontia da ABO-CE.

Prof. Dr. Antonio Alberto De CaraProfessor do Departamento de Dentstica da Faculdade de Odontologia da USP-SP; Especialista em Dentstica; Member e speaker da ITI (International Team for Implantology).

Prof. Dr. Ariel LenharoDoutor em Implantodontia pela UnespAraatuba; Especialista em Prtese Dentria; Especialista em Implantodontia; Diretor cientfico da SIN-Sistema de Implante; Ps-graduado pelo Institute Pankey-EUA; Coordenador do Curso de Especializao do Hospital Geral do Exrcito; Diretor cientfico da revista Innovations Journal; Autor do livro Terapia Clnica Avanada em Implantodontia.

Prof. Dr. Lcio Pitombeira Pinto:Ps-doutorado em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial na Baylor College of Dentistry, Dallas, Texas-EUA; Doutor e mestre em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial na PUC-RS; Especialista em Implantodontia no HRAC-USP; Coordenador dos cursos de Especializao em Implantodontia da ABO-CE.

Prof. Dr. Jorge MulatinhoFormado pela FFORP-USP-1979; Especialista em Periodontia e Implantodontia; Ps-graduado em Implantodontia-Unisa; Mestre em Medicina - rea de Concentrao: Cirurgia Bucomaxilofacial; Professor titular de implantes - APCD Ipiranga; Professor ministrador do Curso de Especializao em Implantodontia APCD Vila Mariana; Vice-presidente do Colgio Brasileiro de Implantodontia.

Prof. Dr. Ricardo Teixeira AbreuDoutor e Mestre em prtese dentria pela Unicamp; Especialista em Prtese Dentria pela APCD/Unesp-Araraquara; Consultor cientfico da Conexo Sistemas de Prtese; Professor do Curso de Especializao em Implantodontia da Universidade Camilo Castelo BrancoFortaleza; Professor do Curso de Especializao em Implantodontia da ABO-CE.

10 :: ABO Nacional

ABO acumula conquistas na poltica nacionalAo longo dos ltimos anos, a ABO tem acumulado conquistas polticas que beneficiam no s os mais de 217 mil cirurgies-dentistas que a entidade representa, mas toda a sociedade brasileira. A mais recente aconteceu no ltimo dia 9 de abril, quando, por unanimidade, o Senado aprovou a proposta de regulamentao da Emenda Constitucional 29 (EC 29), que organiza o repasse de verbas para a sade e tem sido uma das principais causas defendidas pela ABO. Foram cinco anos de espera at a aprovao do substitutivo do senador Augusto Botelho (PT-RR) ao PLS 121/2003, de autoria do senador Tio Viana (PTAC), que minimiza os desvios de recursos e garante mais dinheiro para o Sistema nico de Sade (SUS). Para o presidente nacional da ABO, Norberto Francisco Lubiana, trata-se de uma vitria da mobilizao da sociedade em defesa da Sade Pblica brasileira. A ABO participou, ao longo dos ltimos anos, de diversas aes pela urgente regulamentao da EC 29. Nos ltimos meses, vinha solicitando, atravs de seus veculos de comunicao, ao conjunta dos cirurgies-dentistas brasileiros para aumentar a presso sobre os parlamentares. Esta presso deve continuar agora que dependemos da anuncia da Cmara para aprovar, definitivamente, a regulamentao da EC 29. A ABO incentiva suas 320 clulas instaladas em todo o Pas a se mobilizar e conscientizar a populao, e seus representantes no Executivo e no Legislativo, sobre a importncia da regulamentao como direito de cidadania, defende Lubiana. Mais recursos para a sade O texto original de Tio Viana alterava a forma de definio do oramento da sade, de variao nominal do Produto Interno Bruto (PIB), para 10% das receitas correntes brutas da Unio. Por um acordo entre os partidos polticos, costurado pela Frente Parlamentar da Sade, o percentual de 10% foi escalonado. Com isso, o oramento da Sade para 2008 sofrer um acrscimo de 8,5%. Em 2009, essa correo ser de 9,0%; em 2010, de 9,5%; e em 2011, chegar aos pretendidos 10%. Para o deputado Darcsio Perondi (PMDB-RS), um dos coordenadores da Frente Parlamentar da Sade, da qual a ABO faz parte, os R$ 48,5 bilhes previstos para o oramento da Sade para este ano so insuficientes para conter a crise do setor. Com a mudana aprovada pelo Senado, o setor vai contar com mais R$ 5,5 bilhes este ano. At 2011, essas mudanas vo significar um acrscimo, em valores de hoje, de R$ 23 bilhes. Com esse dinheiro e um trabalho de gesto, vamos conseguir salvar o SUS. Felizmente, os senadores se conscientizaram da gravidade da crise e aprovaram a regulamentao da Emenda da Sade. Essa novela, que j se arrasta h pelo menos cinco anos, est tendo um final feliz, comemorou Perondi. Os esforos da FPS e da ABO por mais verbas para a sade se justificam ainda mais devido ao recente corte que o oramento do setor sofreu, de R$ 2,59 bilhes, como medida compensatria do governo federal pela perda dos recursos vindos da extinta Contribuio Provisria sobre Movimentao Financeira (CPMF). Solues permanentes A preocupao da ABO com as polticas pblicas de Sade Bucal tem sido evidenciada pelas freqentes aes da entidade junto ao ministro Jos Gomes Temporo com o objetivo de criar, na estrutura do Ministrio da Sade, um espao permanente para a Odontologia rea que, com 100 anos de histria, nunca foi contemplada com uma diretoria ou outra condio de maior autonomia e relevncia no governo federal. Precisamos transformar polticas pblicas em polticas de Estado, independente de governos. Temos que pensar no futuro e por isto levantamos esta bandeira, defendeu Lubiana em visita ao ministro Temporo, no ano passado. Um grande exemplo dessa preocupao da ABO o Brasil Sorridente, lanado pelo governo federal em 2004 com o suporte da entidade, gerenciadora dos recursos do Levantamento das Condies de Sade Bucal da Populao Brasileira (SB-Brasil). Quando o Brasil Sorridente foi lanado, em maro de 2004, apenas 3,3% dos atendimentos odontolgicos feitos no SUS correspondiam a tratamentos especializados. A quase totalidade era de procedimentos mais simples, como extrao dentria, restaurao, pequenas cirurgias e aplicao de flor. Agora, as diretrizes da Poltica Brasil Sorridente apontam para a ampliao e a qualificao da ateno bsica, possibilitando o acesso a todas as faixas etrias e a oferta de mais servios, assegurando atendimentos nos nveis secundrio e tercirio de modo a buscar a integralidade da ateno. Em 2007, o governo federal ampliou para 15.346 o nmero de equipes de Sade Bucal em 4.198 municpios, totalizando mais de 75 milhes de pessoas cobertas. De olho no Congresso Nacional Paralelamente, vrios projetos de lei que influenciam direta ou indiretamente o trabalho e a vida do cirurgio-dentista brasileiro tm sido acompanhados de perto pela ABO. Muitos deles motivados pelas aes da entidade, como o PL 2776/2008, que estabelece como obrigatria a presena do cirurgio-dentista nas equipes multiprofissionais das Unidades de Terapia Intensiva (UTI), incentivado pela reportagem A Odontologia Chega UTI, publicada na edio 85 da Revista ABO Nacional. Essa no foi a primeira vez que aes da ABO influenciaram na formulao e no andamento de projetos de lei em favor do cirurgio-dentista e de toda a sociedade. J h alguns anos, esto sendo acompanhados pela entidade o PLC 79/02, que trata da jornada de trabalho do cirurgio-dentista na administrao e fundaes pblicas federais e nas autarquias; PL 587/03, sobre a tabela de honorrios odontolgicos e de outros profissionais; PL 1.120/03, que institui a residncia odontolgica obrigatria para o exerccio profissional; PL 3520/04, que inclui o exame odontolgico entre as obrigaes do empregador; PL 5391/05, que obriga a presena de um cirurgio-dentista em locais de prticas esportivas para tratar possveis traumas dentrios e orientar sobre preveno de problemas bucais; PLS 102/06, que dispe sobre exame de proficincia de cirurgies-dentistas e mdicos; e PLP 123/04, sobre a simplificao do processo de arrecadao de tributos, chamado de Supersimples.

Participao da Rede ABO na manifestao luz de velas que parlamentares, entidades de sade e usurios do SUS realizaram em setembro do ano passado, na Esplanada dos Ministrios, em favor da urgente regulamentao da EC 29 e de mais verbas para a sade pblica.

12 :: Pacientes Especiais

Falta de atendimento hospitalar para pacientes especiais com distrbios neurolgicos: preciso provocar uma tomada de deciso...Desde 2002, quando o Conselho Federal de Odontologia (CFO) aprovou a especialidade Odontologia para Pacientes Portadores de Necessidades Especiais, muitos avanos foram conquistados nessa nova especialidade no Brasil. Inmeras faculdades de Odontologia incluram em suas unidades curriculares essa rea do conhecimento, muitos cursos de especializao surgiram em todo o Pas (como ocorreu na ABOCE), e, de uma forma genrica, porm muito importante, nasce na Odontologia uma nova viso interdisciplinar, e alguns cirurgies-dentistas compreenderam que o nosso campo profissional ultrapassa o limite dentrio. Entretanto, se avaliarmos alguns tpicos dessa trajetria, observaremos que, para alguns grupos de pacientes, por exemplo, os portadores de distrbios neurolgicos graves, que necessitam realizar seus tratamentos odontolgicos em mbito hospitalar, ainda temos um longo caminho a percorrer. Rotineiramente, em especial para aqueles que trabalham ou lidam com esses pacientes, deparamo-nos com uma total falta de infra-estrutura hospitalar, que essencial para podermos tratar institucionalmente esses pacientes. Autismo, retardos mentais graves e sndromes que envolvam anomalias cerebrais representam alguns desses grupos de pacientes que dificilmente conseguiriam ser inseridos em tratamentos odontolgicos ambulatoriais, e quando conseguem, so associados a contenes fsicas sem a colaborao do paciente, o que comumente nos deixa inseguros quanto eficcia da nossa atuao profissional. Gostaria de ressaltar aqui o trabalho isolado de alguns profissionais e amigos (como a professora doutora Cristiane S Roris e o professor doutor Eliardo Silveira) que de uma forma muito especial e batalhadora nunca mediram esforos para oferecer uma Odontologia mais digna para esses pacientes. Mas o que sugiro nesse momento uma transformao institucional, governamental, a fim de que alguns tratamentos odontolgicos possam ser verdadeiramente realizados dentro do mbito e da realidade hospitalares. Acredito ainda que esse um esforo coletivo, em que Entidades de Classe, Governos Municipais, Estaduais e Federais se disponham a contribuir para uma transformao, e que, a partir dessa mudana, e de uma forma permanente, o cirurgio-dentista possa ser integrado nesse exerccio profissional. Todos os dias vivencio momentos difceis quando me vejo diante de cuidadores e familiares, encontro dificuldades para a realizao de tratamentos ambulatoriais nesses pacientes e quando questionado a respeito de a quem recorrer, no tenho nada a dizer ou oferecer, a no ser ouvi-los. Para onde vamos encaminhar esses pacientes? Quais instituies so responsveis por esses servios? Qual a maior dificuldade para incluirmos essas necessidades odontolgicas no Sistema nico de Sade (SUS)? Compartilho essas dvidas porque s com o esforo conjunto que poderemos achar respostas para cada uma dessas perguntas, e tambm para poder dividir com vocs a angstia pessoal de um professor meio cansado de pensar, agir e no alcanar grandes mudanas, professor este que, a partir de agora, convida a todos os envolvidos direta ou indiretamente nessa problemtica a juntar-se a ele neste movimento. Prof. Dr. Fabrcio Bitu Professor adjunto de Estomatologia Clnica e Patologia Bucal da UFC; Coordenador da Especializao em Pacientes Especiais da ABO-CE.

Foto: SXC (Jenny Erickson)

14 :: Artigo Cientfico

Como tratar a intruso de dentes decduos e permanentesJos Jeov Siebra Moreira Neto Professor da Universidade Federal do Cear, mestre e doutor em Odontopediatria pela UNESP de Araraquara. Juliana Oliveira Gondim Mestre e doutoranda em Odontopediatria pela UNESP de Araraquara.

A intruso um dos tipos de trauma buodentrio mais severos. Neste tipo de injria, o dente desloca-se no sentido do seu longo eixo para dentro do alvolo, esmagando o ligamento periodontal e o feixe vsculo nervoso contra o tecido sseo, o que, freqentemente, ocasiona vrios tipos de seqelas. O tratamento para dentes decduos diferente daquele realizado em dentes permanentes. Tratamento imediato em dentes decduos Orientao orientao aos pacientes e responsveis em relao aos seguintes cuidados: a dieta dever ser lquida e pastosa aps os primeiros dias; a higiene bucal deve ser realizada de forma cautelosa e eficiente; os hbitos de suco devem ser evitados, pois poder levar a novas injrias; h necessidade peridica de retorno, pois freqente o aparecimento de seqelas. Reposicionamento em relao aos dentes decduos, no est indicado o reposicionamento dentrio. O primeiro e principal aspecto a ser avaliado se o germe do sucessor permanente foi atingido ou no, podendo ser diagnosticado por meio da anamnese e do exame radiogrfico. Na anamnese, a pergunta como ocorreu o trauma poder fornecer informaes referente di-

reo do impacto sobre o dente decduo. Normalmente, nesta idade, o principal fator etiolgico de trauma nos dentes a queda, fazendo que freqentemente o dente se desloque, distanciando-se do germe do dente permanente. Esse distanciamento favorecido pela angulao para vestibular do tero apical das razes dos incisivos decduos, associado ao posicionamento palatino do germe dos dentes permanentes. Na radiografia, quando a imagem do dente intrudo encontra-se encurtada em relao ao seu homlogo e/ou vizinhos, significa que este se distanciou do germe do dente permanente, porm, se a imagem estiver alongada, provavelmente ocorreu uma injria. Nos casos em que no ocorreu leso sobre o germe, indica-se a observao e controle, porm, quando houver suspeita de injria, a exodontia o tratamento de eleio. Nos casos em que a opo foi a de observao e controle, devem-se fazer consultas com pequenos intervalos de tempo (15 em 15 dias), pelo menos no primeiro ms, pois freqente o aparecimento de seqelas nas primeiras semanas, por exemplo: perda ssea marginal, reabsoro radicular e necrose pulpar. Em geral, a reerupo espontnea pode ser observada j nas primeiras semanas ou pode ocorrer depois de alguns meses. Este processo incerto, no sendo incomum o dente apresentar uma erupo ectpica. Nesta situao, depois de observada a sade da polpa e do ligamento periodontal, pode-se indicar o reposicionamento ortodntico. Durante o processo de erupo tambm possvel observar vrios tipos de seqelas, como alterao de cor, obliterao do canal radicular, necrose pulpar, abscesso dento-alveolar e reabsoro patolgica da raiz.

Conteno como o dente encontra-se preso ao tecido sseo e no est indicada a realizao de reposicionamento, no h necessidade de conteno. Medicao avaliao da necessidade da vacina antitetnica; prescrio de antiinflamatrio por 3 dias e de clorexidina a 0,12% bochecho ou aplicao tpica por 15 dias. Tratamento imediato de dentes permanentes Orientao orientao aos pacientes e responsveis quanto aos cuidados com a dieta, higiene bucal, hbitos de suco e necessidade peridica de retorno em razo de possveis seqelas, que, neste tipo de trauma, so muito freqentes. Reposicionamento alguns aspectos fundamentais devem ser avaliados para a realizao do reposicionamento e dos procedimentos clnicos nos casos de intruso. Estgio de Formao Radicular Para os dentes que apresentam raiz completamente formada, est indicado o tratamento endodntico preventivo, pois em 100% dos casos existe necrose pulpar. Para os dentes com pice aberto, o risco de necrose diminui, indicando-se retornos peridicos freqentes para um controle efetivo da condio pulpar. O melhor prognstico so os casos de dentes com pice aberto. Tamanho do deslocamento nos casos em que houve grandes deslocamentos, est indicado o reposicionamento imediato. Este pode ser realizado por meio de procedimentos ortodnticos ou cirrgicos, sendo o primeiro mais indicado. O reposicionamento

Figura 1. Paciente de 4 anos sofreu intruso do dente 51. Na radiografia observa-se o dente intrudo e ligeiramente encurtado em relao ao seu homlogo. O tratamento de escolha foi a espera pela reerupo espontnea.

Figuras 2 e 3. Aps 8 meses observa-se a erupo ectpica do dente 51. Clinicamente o dente apresenta-se sem alterao de cor e mobilidade e radiograficamente sem alteraes patolgicas.

Artigo Cientfico :: 15

ortodntico deve ser realizado o mais breve possvel e de forma rpida, ou seja, diminuindo-se os intervalos entre as ativaes do aparelho ortodntico. Em relao ao reposicionamento cirrgico, este realizado aps anestesia infiltrativa e com frceps adaptado coroa dentria, evitando-se lesar o ligamento periodontal. Aps a reposio dentria, deve-se realizar conteno semi-rgida por duas semanas. Nos casos em que ocorrem pequenos deslocamentos, est indicada a observao e o controle, esperando por uma reerupo espontnea. Em relao ao processo de reerupo, os dentes com pice aberto normalmente sofrem reerupo espontnea, enquanto os dentes com pice fechado podem necessitar de movimentao ortodntica. Para os casos em que se optou pela observao e controle para esperar por uma reerupo espontnea e esta no ocorreu, deve-se aguardar, no mnimo, seis meses para a realizao de movimentao ortodntica a fim de que se tenha certeza da condio normal da polpa e/ou ligamento

periodontal. Quanto menor o deslocamento melhor ser o prognstico. Associao com fratura alveolar ou mltiplas intruses com grande deslocamento nestas situaes o prognstico ruim, indicando-se o reposicionamento cirrgico imediato. Existem ainda as situaes em que o paciente negligente e demora a procurar atendimento, chegando ao consultrio com o dente ainda intrudo, submerso por gengiva, e apresentando reabsoro radicular ou sinais de necrose pulpar. Nestes casos, para a realizao do tratamento endodntico, indica-se a remoo de tecido gengival por palatino para que se crie o acesso endodntico necessrio e para que seja possvel a realizao de curativos base de hidrxido de clcio. Aps o tratamento endodntico definitivo, espera-se um intervalo de seis meses para se realizar do reposicionamento ortodntico. Conteno a conteno indicada nos casos em que foi realizado o reposicionamento cirrgico, devendo ser realizada a do tipo semi-rgida por duas semanas.

Medicao avaliao da necessidade da vacina antitetnica, prescrio de antiinflamatrio por 5 dias, antibioticoterapia sistmica por 7 dias e clorexidina a 0,12% bochecho ou aplicao tpica por 15 dias.Figura 6. Radiografia 21 dias aps o trauma. Observe as pequenas lacunas de reabsoro radicular no dente 21 indicando a necessidade de tratamento endodntico imediato. Neste momento o tratamento ortodntico que iria ser iniciado foi adiado at a certeza da paralisao da reabsoro radicular. Foram realizados curativos intra-canal a base de hidrxido de clcio.

Figura 4. Condio clnica trs anos aps o trauma. Observe a alterao hipoplsica no esmalte do dente 11 causada pela intruso do dente decduo correspondente.

Figura 5. Condio clnica inicial de uma criana com 8 anos de idade que sofreu intruso severa do dente 11.

Figura 7. Aps um anos do trauma o dente 21 foi reposicionado ortodonticamente aps seis meses de terapia endodntica. Aguarda-se a realizao da obturao definitiva com gutapercha. Os responsveis so orientados da necessidade de retorno pois o risco de alteraes como anquilose ainda exite.

Bibliografia consultada1. AL-BADRI S; KINIRONS M; COLE B; WELBURY R. Factors affecting resorption in traumatically intruded permanent incisors in children. Dent Traumatol. 2002;18:73-76. 2. ANDREASEN JO; BAKLAND LK; MATRAS RC; ANDREASEN FM. Traumatic intrusion of permanent teeth. Part 1. An epidemiological study of 216 intruded permanent teeth. Dent Traumatol. 2006;22:83-89. 3. ANDREASEN JO; BAKLAND LK; ANDREASEN FM. Traumatic intrusion of permanent teeth. Part 2. A clinical study of the effect of preinjury and injury factors, such as sex, age, stage of root development, tooth location, and extent of including number of intruded teeth on 140 intruded permanent teeth. Dent Traumatol. 2006;22:90-98. 4. ANDREASEN JO; ANDREASEN FM. Textbook and color atlas of traumatic injuries to the teeth. In: ANDREASEN JO; ANDREASEN FM (Editors). Copenhagen: Munksgaard. 2001. 5. CALASANS-MAIA JA; CALASANS-MAIA MD; MATTA ENR; RUELLAS ACO. Orthodontic movement in traumatically intruded teeth: a case report. Dent Traumatol. 2003;19:292-295. 6. ANDREASEN JO; BAKLAND LK; ANDREASEN FM. Traumatic intrusion of permanent teeth. Part 3. A clinical study of the treatment variables such as treatment delay, method of repositioning, type of splint, length of splinting and antibiotics on 140 teeth. Dent Traumatol. 2006;22:99-111. 7. CHAN WK; CHEUNG GSP; Ho MWM. Different treatment outcomes of two intruded permanent incisors a case report. Dent Traumatol 2001;17:275-280. 8. CARDOSO M; ROCHA MJC. Traumatized Primary Teeth in Children Assisted at the University of Santa Catarina, Brasil. Dent Traumatol. 2002;18:129-133. 9. CARDOSO M; ROCHA MJC. Federal University of Santa Catarina follow-up manegement routine for traumatized primary teeth. Part 1. Dent Traumatol. 2004;20: 307-313. 10. CHAUSHU S; SHAPIRA J; HELING I; BECKER A. Emergency orthodontic treatment after the traumatic intrusive luxation of maxillary incisors. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2004;126:162-172. 11. DIAB M; elBADRAWY HE. Intrusion injuries of primary incisors. Part III: Effects on the permanent successors. Quintessence Int. 2000 Jun;31(6):377-84. 12. FARIA G; SILVA RAB; FIORI-JNIOR M; NELSON-FILHO P. Re-eruption of traumatically intruded mature permanent incisor: case report. Dent Traumatol. 2004;20:229-232. 13. GONDIM JO; MOREIRA NETO JJS. Evaluation of intruded primary incisors. Dent Traumatol. 2005 Jun;21(3):131-3. 14. HOLAN G. Development of clinical and radiographic signs associated with dark discolored primary incisors following traumatic injuries: a prospective study. Dent Traumatol. 2004;20:276-287. 15. HOLAN G. Long-term of different treatment modalities for traumatized primary incisors presenting dark coronal discoloration with no other signs of injury. Dent Traumatol. 2006;22:14-14. 16. HUMPHREY JM; KENNY DJ; BARRET EJ. Clinical outcomes for permanent incisor luxations in a pediatric population. I. Intrusions. Dent Traumatol. 2003;19:266-273. 17. MARTIN BS. Traumatic intrusion of maxillary permanent incisors into the nasal cavity associated with a seizure disorder: report of a case. Dental Traumatol. 2003;19:286-288. 18. MOREIRA NETO JJS; GONDIM, JO. Traumatismo dentrio Protocolo de atendimento. Fortaleza: Pouchaim Ramos, 2007, 112p. 19. NELSON-FILHO P; FARIA G; ASSED S; PARDINI LC. Surgical repositioning of traumatically intruded permanent incisor: case report with 10-years follow up. Dental Traumatol. 2006;22:221-225.

16 :: Artigo Cientfico

A arte de imitar o natural com resina compostaRinaldo Teles Especialista, mestre e doutor em Dentstica Restauradora pela Unesp - Araraquara; Coordenador do Aperfeioamento em Dentstica Esttica e Atualizao em Resina Composta da ABO-CE.

A esttica, dentro de nossa cultura, um smbolo no somente de sade e beleza, mas tambm de autoestima, bem como de situao econmica e social. Um sorriso agradvel tem relao direta com o bem-estar psicolgico do indivduo. Em razo disso, a demanda

por tratamentos estticos crescente, fato confirmado pela procura incessante por tratamentos como clareamento dental, fechamento de diastemas e, ainda, tratamento ortodntico em pacientes adultos. Situaes clnicas como agenesias, incisivos conides, presena de diastemas e dentes anteriores com alteraes de forma, tamanho e posio interferem na harmonia do sorriso e prejudicam a esttica facial dos pacientes. Tais problemas podem ser solucionados com a associao de tcnicas ortodnticas e restauraes diretas com sistema restaurador adesivo, estabelecendo o binmio ortodontia-dentstica. No caso selecionado, mostrado logo abaixo, depois do tratamento ortodntico foi realizado o

clareamento dental da arcada superior e inferior pela responsvel tcnica do consultrio. Passados 15 dias da realizao do clareamento dental, fizemos um enceramento de diagnstico dos diastemas superiores e inferiores. Em seguida, foi realizado o fechamento dos diastemas atravs da tcnica de estratificao das resinas compostas. O resultado final foi um sorriso em que dentes, gengivas e lbios se encontram equilibrados e harmoniosos com a face. Este equilbrio fator determinante para a melhora do aspecto facial e, conseqentemente, para a satisfao, conforto e mudana positiva da auto-estima da paciente. Hoje, acredito que as resinas compostas tm o poder de mudar pessoas!

Tratamento ortodntico realizado pela professora Adriana Bezerra

Figura 2: Vista aproximada do incio do tratamento

Figura 3: Vista aproximada do incio do tratamento

Figura 4: Tratamento ortodntico iniciado.

Figuras 6 e 7: O incio. Figura 1: Caso inicial Figura 5: Insero da resina composta com auxlio da matriz de silicona.

Figuras de 8 a 12: resultado final.

18 :: Entrevista

Implantar Nordeste 2009 ser realizado no CearPor Israel Correia de Lima Fbio Colhado Embacher - O grupo tem uma expectativa muito grande com relao a esse evento, pois estaramos mais uma vez inovando se levarmos esse contedo e esse formato para o Nordeste, compondo um evento de sucesso como o evento da ABO Cear. Jornal Odontonordeste.com - Qual a sua opinio sobre a iniciativa da empresa organizadora? Fbio Colhado Embacher - Foi uma parceria de sucesso que tivemos no Implantar 2007 e que est nos rendendo mais essa oportunidade. Jornal Odontonordeste.com - O senhor acredita ser vivel levar o Implantar para vrias regies do Pas? Fbio Colhado Embacher - Acredito que sim, a maioria dos eventos implantodnticos est centralizado em So Paulo; e fazermos eventos regionais no mesmo modelo que fizemos o Implantar 2007 atende s expectativas dos dentistas e das empresas. Jornal Odontonordeste.com - Fale um pouco sobre a atitude da ABO-CE em ser a pioneira neste projeto? Fbio Colhado Embacher - Foi uma parceria de empreendedores, pois de ambos os lados tivemos a coragem de propor algo novo que, tenho certeza, vai dar certo. Jornal Odontonordeste.com - Fale um pouco do evento, por exemplo, quantas empresas palestrantes esto no mercado? Fbio Colhado Embacher - O evento Implantar surgiu da necessidade de oferecermos algo diferente do que o mercado de eventos vinha oferecendo at ento. O foco do Implantar atender a expectativa do cirurgio dentista sem onerar as empresas por isso. Oferecemos um contedo cientfico da mais alta qualidade, com os melhores nomes nacionais, o que fortalece a classe odontolgica como um todo.

O Implantar Nordeste 2009 I Congresso Internacional de Implantodontia acontecer simultaneamente ao III Congresso Internacional de Odontologia da ABO-CE

O coordenador do subsetor de Implantes Odontolgicos da Associao dos Fabricantes de Produtos Mdicos e Odontolgicos (Abimo), Fbio Colhado Embacher, antecipa os detalhes do Implantar Nordeste 2009 nesta entrevista exclusiva ao nosso jornal. Jornal Odontonordeste.com - No ano de 2007, um grupo de empresas nacionais se reuniu e realizou o primeiro Implantar em So Paulo. O que o senhor achou da iniciativa? Fbio Colhado Embacher - Foi a primeira vez que um grupo de empresas do setor odontolgico se uniu para buscar um interesse maior e comum a todo o grupo, essa foi uma iniciativa pioneira, que possibilitou a unio do grupo e um amadurecimento para essas iniciativas coletivas. Jornal Odontonordeste.com - Aps o sucesso do primeiro Implantar, qual a sua opinio sobre a regionalizao do evento? Fbio Colhado Embacher - A regionalizao do Implantar uma forma de levarmos o conhecimento cientfico implantodntico para todo o Pas, com uma formatao que atende aos dentistas, empresas e organizadores do evento. Jornal Odontonordeste.com - O primeiro evento regional do Implantar ser no ano que vem, em Fortaleza-CE, e ser parte integrante do II Congresso Internacional de Odontologia da ABO-CE. Qual a sua opinio a respeito?

Conhea a AbimoFundada em 1962, na poca denominada Associao dos Fabricantes de Produtos Mdicos e Odontolgicos, e com 25 associados, a Abimo desenvolvia suas atividades apenas em mbito nacional. No ano de 1971, o Sindicato da Indstria de Artigos e Equipamentos Odontolgicos, Mdicos e Hospitalares do Estado de So Paulo (Sinaemo) foi reconhecido pelo Ministrio do Trabalho como entidade oficial representativa do setor, passando desde ento a representar a classe empresarial em conjunto com a Abimo. Hoje em dia, com mais de 319 afiliadas e dirigida por um Conselho Diretor eleito por industriais do setor, as empresas associadas Associao Brasileira da Indstria de Artigos e Equipamentos Mdicos, Odontolgicos, Hospitalares e de Laboratrios (Abimo) esto subdivididas nos seguintes setores: Equipamentos Mdico-Hospitalares Implantes e Materiais de Consumo MdicoHospitalares Odontologia Laboratrios Radiologia e Diagnstico por Imagem Alm disso, a cada ano a Abimo vem aprimorando suas responsabilidades e ampliando os servios que presta aos seus afiliados, conquistando cada vez mais um papel de grande relevncia econmica e social, tanto no mercado internacional como no nacional, haja vista suas associadas perfazerem mais de 80% do faturamento brasileiro do setor.

20 :: Eventos - III Congresso

III Congresso Internacional de Odontologia ABO-CE. Expectativa excelentePor Israel Correia de Lima Colaborao: Carla Regina Silva Hamawi O III Congresso Internacional de Odontologia, que acontecer de 13 a 17 de maio de 2009 no Centro de Convenes do Cear, j uma realidade. Os organizadores trabalham com afinco e dinamismo. O nosso Congresso Internacional de Odontologia teve um grande salto quando se tornou um dos maiores eventos da rea odontolgica do Brasil, com quase 8.000 participantes e mais de 2.000 m2 de rea construda para exposio, diz o presidente da ABO-CE, Jos Barbosa Porto. Na parte tcnico-cientfica, sero 25 cursos nacionais, 5 internacionais/workshops, 15 mdulos, atualizao profissional com 23 conferncias, palestras, painis, simpsios, mesas demonstrativas, fruns e espao alternativo para discusses. A exposio comercial contar com a presena de empresas nacionais e internacionais. Na ocasio sero apresentados ao pblico os ltimos lanamentos na rea de produtos e servios odontolgicos. Haver exposio de fotografias e arte, alm, claro, de shows folclricos, happy hours e apresentaes culturais.Estamos trabalhando para fazer um evento com retorno garantido ao expositor e com um alto ndice de satisfao dos participantes, conta com entusiasmo Carla Regina Silva Hamawi, da empresa Result, organizadora do evento. A estrutura operacional e logstica do evento de primeiro mundo. O espao a ser utilizado perfaz um total de 15.244,85 m2, com sete blocos, sendo um auditrio de mil lugares, dois de 500 lugares, um de 400, um de 300, dois de 250, um de 150, dois de 120 e, por ltimo, seis salas com 50 lugares cada. Alm disso, haver uma arena com arquibancada para 100 pessoas, 1.584 m2 de estandes para feira de negcios e 130 m2 para exposio de arte e fotografias, as quais comporo o cenrio desta grandiosa feira. Segundo o diretor comercial do evento, Guilherme Senne, trata-se do maior evento na rea odontolgica da regio norte/nordeste. Estamos criando um novo conceito comercial, visando as expectativas e necessi-

dades das empresas com interesse nesse grande mercado odontolgico das regies norte e nordeste. A realizao do III Congresso Internacional de Odontologia gerar, segundo os organizadores, 255 empregos temporrios diretos e 382 empregos temporrios indiretos. Est prevista a participao de 6.000 odontlogos, vindos de todos os Estados e pases para a capital Fortaleza, os quais permanecero na cidade por no mnimo seis dias. Os organizadores prevem que pelo menos 1.700 profissionais da Odontologia utilizaro os servios tursticos durante trs dias antes do evento, e 500 utilizaro tais servios durante mais um dia aps o evento. Tambm est prevista a utilizao de 85 empresas fornecedoras. O evento ser divulgado em todos os Estados do Brasil e em alguns pases da Europa, Amrica do Norte e Amrica do Sul. Haver ainda a divulgao da arte, cultura e gastronomia do Estado do Cear. A previso de que sejam gastos R$ 5.000.000,00 pelos participantes do Congresso (Projeo baseada em dados de pesquisa realizada em 2006 pela Setur-Implance). Neste Congresso, esperamos profissionais de todo o Brasil e de vrios outros pases, os quais tero a oportunidade de obter novos conhecimentos e tecnologias, alm de vivenciar momentos de integrao e confraternizao, explica Jos Maria Sampaio Menezes, presidente do Congresso. A previso de 10.000 participantes, entre eles, cirurgies-dentistas, TPDs, ACDs THDs, APDs, fonoaudilogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, alunos de graduao e ps-graduao, bem como especialistas de reas afins.

Eventos - III Congresso :: 21

Programao do lanamentoData 12/jun Horrio 19h 8 - 10h 10 - 12h 13/jun 14 - 16h 16 - 18h 18 - 19h 8 - 12h 14/jun 14 - 16h 16 - 18h Tema Abertura do Evento de Lanamento Emergncias Mdicas em Odontologia Complicaes em Cirurgia Oral Almoo Livre Esttica em Odontologia O Limite da Endodontia Tratar ou encaminhar para implante? Sistema Protaper O futuro agora Objetividade Clnica com Resinas Compostas Almoo Livre Inter-relao Prio/Prtese/Implante Esttica e Prtese sobre Implantes Dr. Jos Bernardes Dr. Laerte Balduino Dr. Leo Stiberman Dra. Tnia Saba Dr. Fernando Saba Dr. Monerat Dr. Ricardo Holanda Dr. Lus Carlos Palestrante

Dados do ltimo evento, realizado de 24 a 28 de maio de 2006, em Fortaleza no Cear O total de inscritos foi 7.768 profissionais vindos de todos os Estados do Brasil e de outros pases. Foram impressas 202.500 peas promocionais, alm de 40.160 peas de apoio. 101 profissionais e conferencistas participantes proferiram palestras no evento. 28 salas e auditrios funcionaram simultaneamente com palestras, cursos, workshops, conferncias e outras apresentaes. 200 estandes foram montados na feira de negcios. Os participantes vieram de todos os 26 Estados do Brasil e do Distrito Federal, originados de 200 cidades. Foram veiculados 2.189 cm/coluna com matria sobre o evento em jornais de todo o Brasil.

Acesso ao lanamento: associados da ABO-CE adimplentes podero ter acesso s palestras do evento de lanamento nos dias 12 a 14 de junho com aquisio de uma cesta bsica pelo o valor de R$ 20,00 (conforme convnio com a rede de Supermercados Superfamlia) que sero entregues ao Rotary Alagadio para a distribuio entidades carentes. Para os no-associados ser cobrado o

valor de R$ 400,00. Vagas limitas para 500 pessoas. Inscries: na sede da ABO-CE, rua Gonalves Ldo, 1.630 - Joaquim Tvora - Fortaleza - CE ou pelo site: www.abo-ce.org.br. Local: Ponta Mar Hotel, avenida Beira Mar, 2.200 Meireles - Fortaleza - CE - Tel.: (85) 4006-2200 - Fax: (85) 4006-2223

22 :: Eventos - III Congresso

Pela primeira vez estaro integrados, numa mesma rea, os espaos promocionais e cientficos. Uma iniciativa que facilitar o acesso a todas as atividades do Congresso, deixando mais tempo livre para ver e absorver as novas tecnologias e promoes.

Empresas Expositoras 3M - Estande 68 Arti-Dente - Estande 21 Biomet 3i - Estande 42 BT Lock Brasil - Estande 69 Casa do Dentista - Estandes do 27 ao 30 Centro Ortodntico Paulo Picano - Estande 25 Colgate - Estande 50 Cosmedent - Estande 26 Cristfoli - Estande 57 Dabi Atlante - Estande 4 Databook - Estande 62 Dent & Cia - Estande 43 Dental Box - Estande 13 Dental Casa das Brocas - Estande 46 Dental So Sebastio - Estande 59 Dentscler - Estande 41 Dentsply - Estande 55 DF Vasconcelos - Estande 44 DFL - Estande 63 DMC - Estande 61 EASY Equipamentos - Estande 72 EDG - Estande 6 FGM - Estande 51 ICE - Estande 65 Johnson & Johnson - Estande 31 Kodak - Estande 73 Komet - Estande 20 Kota - Estande 19 Labordental - Estande 45 Livro Norte Com. de Livros Cientficos Estandes do 38 ao 40 Maxidoctor - Estande 60 Neodent - Estande 74 Odonto Atual - Estande 58 Odontomar - Estande 56 Odous de Deus - Estande 64 Olsen - Estandes 10 e 11 Oral B - Estande 53 Ortodente - Estande 12 Perio Center - Estande 7 Quinelato - Estande 67 Empresas Expositoras Sanifill - Estandes 47 e 48 Pavilho Implantar Nordeste 2009 Signo Vinces - Estande n 70 SIN - Estande 54 Bionnovation Emfils Sky Cam - Estande 9 Conexo Implac SS White - Estande 16 De Bortoli Ace INP Superdont - Estande 17 Dentoflex Intra-Lock Tri Hawk - Estande 71 Driller Titanium Fix

Eventos - III Congresso :: 23

24 :: Perfil

Um obstinado pela odontologia: Jos Mrio Mendes MamedeUma vida dedicada Odontologia. assim que devemos nos referir ao doutor Jos Mrio Mamede, este ilustre cearense, nascido em 21 de janeiro de 1924, em Fortaleza. Filho do farmacutico Aluzio Borges Mamede e de Maria Amlia Rangel Mendes, na infncia cursou o Externato Santa Terezinha e na adolescncia, no Liceu do Cear entre os anos de 1935 e 1942 , cursou os antigamente denominados Secundrio e Cientfico (pr-mdico). Nesta poca, atuar na rea da Sade j era um sonho. Em 1944, submeteu-se ao vestibular para Odontologia, na Faculdade de Farmcia e Odontologia do Cear, concluindo o curso em 1946. Aps sua formatura, iniciou clnica particular no consultrio de seu tio, o odontlogo Joaquim Borges Mamede, posteriormente instalando-se em consultrio prprio e mantendo atividades clnicas at 1987. Como acadmico, fez estgio na Clnica Odontolgica da Sociedade Centro dos Retalhistas, sendo posteriormente contratado como cirurgio-dentista; ascendeu rapidamente ao status de chefe da referida Clnica. Tambm admitido como cirurgio-dentista na Prefeitura Municipal de Fortaleza, em 1955, foi designado para atender o alunato do Ginsio Municipal. Exonerou-se em 1964. Incansvel, foi nomeado, em 1961, em conseqncia de concurso pblico, para o Servio Odontolgico do Instituto de Previdncia do Estado do Cear, antecedido por um perodo de interinidade iniciado em 1959. Foi elevado funo de chefe da Clnica Dentria e, posteriormente, a diretor da Diviso Odontolgica. Fez carreira tambm no magistrio. Por indicao do colega Francisco George Barros Leal, foi convidado pelo professor Carlos Pompeu Gurgel para ingressar na Faculdade de Farmcia e Odontologia, sendo admitido em 1959 como Instrutor de Ensino voluntrio. Em 1960 foi nomeado, em carter efetivo, como Instrutor de Ensino para o quadro de magistrio da Universidade Federal do Cear. Posteriormente, galgou as funes de Auxiliar de Ensino, Assistente e Adjunto, at 1991, quando se aposentou. Exerceu as seguintes atividades: foi professor da cadeira de Ortodontia e Odontopediatria, professor regente de Odontopediatria, subchefe do Departamento de Odontologia Preventiva e Social (1972-1973); foi membro do Conselho Administrativo da Clnica Integrada (1972); coordenador dos Estgios ExtraMurais I e II (1985-1986); representante da Unidade Curricular de Odontologia Preventiva e Social na Coordenao do Curso (1987); coordenador da Unidade Curricular de Odontologia Preventiva e Social (1987-1989); coordenador do Curso de Odontologia da UFC (1987-1991); membro do Conselho do Centro de Cincias da Sade (1989-1991); representante do Centro de Cincias da Sade no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extenso da UFC (1990-1991). Integrou ainda Bancas e Comisses Julgadoras em concursos para monitorias, professores auxiliares de ensino e assistentes, nas disciplinas de Ortodontia e Odontopediatria da Universidade Federal do Cear UFC.

Dr. Jos Mario Mendes Mamede na juventude, na concluso do curso de Odontologia

e tempos depois recebendo um dos inmeros diplomas da sua gloriosa carreira das mos de Cladio Martins.

Perfil :: 25Em momento de descontrao, sentado ao lado dos colegas do Coral da Academia Cearense de Odontologia

Entre outras disciplinas, ministrou: Reabilitao e Odontopediatria, no Curso de Odontologia (1972 e 1976), no de Odontologia Sanitria (1976) e no de Odontologia Sanitria do Centro de Treinamento Odontolgico. Participou e concluiu aproximadamente 60 cursos, com destaque para o de Especializao em Odontopediatria, ministrado pelos professores Donald Eugene Ore e Thomas King Barber (EUA), ambos ministrados em Recife 1968; Extenso em Radiologia Odontolgica, ministrado pelos professores Aro Rumel e Luiz Casati Aires (So Paulo) e por Gerardo Milton de S (Cear), realizado em Fortaleza 197; Radiologia, ministrado pelo professor Floyd A. Peyton (EUA), 1960, realizado em Fortaleza. Participou ativamente das reunies da ABENO, como coordenador do curso, em Belm-PA, Florianpolis-SC, Campo Grande-MS, e coordenou a reunio realizada em Fortaleza-CE, a qual presidiu. Integrou o grupo que organizou o Instituto Catlico de Odontologia, em 1950, e que visava a implantao de uma Faculdade de Odontologia em Fortaleza, idia que no logrou xito. Participou das seguintes instituies: Diretrio Acadmico Raimundo Gomes (1944-1946); Centro Odontolgico Cearense (1946-1962), e sua sucessora Associao Brasileira de Odontologia, Seo Cear (1962-2006); Sindicato dos Odontologistas do Cear (1952-2006); Conselho Regional de Odontologia, Seo Cear, do qual foi conselheiro, 1968 (remido em 1994); Cooperativa Mista dos Odontlogos do Cear (Fundador), sendo seu primeiro secretrio (1951); Unio dos Cirurgies Dentistas (Fundador); Associao Cearense de Odontopediatria (Fundador) (1967-1989); Centro de Estudos dos Docentes do Curso de Odontologia, Associao Norte e Nordeste do Ensino Odontolgico, Associao Brasileira do Ensino Odontolgico, Associao Brasileira de Odontopediatria, dos quais foi vice-presidente (1967-1973). Presidiu as seguintes entidades: Centro Odontolgico Cearense (1952-1953/1955-1958); Associao Brasileira de Odontologia, Seo Cear (1963); Sindicato dos Odontologistas do Cear (1961); Associao Cearense de Odontopediatria (1967-1970/1974-1989); Centro de Estudos dos Docentes do Curso de Odontologia (1966 e 1985); Associao dos Professores de Ensino Superior do Cear (1990). Em 1946, idealizou e presidiu a 1a Semana Farmaco-Odontolgica, promovida pelo Diretrio Acadmico Raimundo Gomes; presidiu o VI Congresso

Brasileiro de Odontologia, em Fortaleza, em 1957 o primeiro a ser realizado no Cear; o V Congresso Brasileiro de Odontopediatria, em 1971 o primeiro Congresso de Especialistas promovido no Estado do Cear, e, igualmente, a 1a e 2a Semanas Cearenses (esta a 10a Brasileira), em Fortaleza; e a 1a Jornada Cearense, em Sobral. Logo depois de ingressar na Faculdade, integrouse aos movimentos estudantis. Em 1946 foi diretor de esporte, vice-presidente e presidente do Diretrio Acadmico. Na presidncia, providenciou a publicao de dois nmeros da revista Polimtica, a reforma do estatuto, a organizao de alentada biblioteca, assim como dirigiu a 1 Semana Frmaco-Odontolgica do Cear. Representou a Faculdade perante a Unio Estadual dos Estudantes e esta no Congresso Nacional da Unio Nacional dos Estudantes, por ocasio de congresso realizado no Rio de Janeiro. Integrou a Diretoria da Federao Acadmica de Desportos, da qual foi diretor de esportes, e promoveu a I Semana Acadmica de Esportes. Acadmico Titular Fundador da Academia Cearense de Odontologia, ocupante da Cadeira no 17 no decurso dos 23 anos de existncia desta; nela ocupou os seguintes cargos: secretrio geral (1984-1990); diretor de Sede e Patrimnio (1990-2006); 2o vicepresidente (2004-2006); presidente, de novembro

de 2006 at maio de 2007, quando renunciou presidncia. Foi redator, com o acadmico Ananias Macedo, do anteprojeto do Estatuto da Academia Cearense de Odontologia (1984); redator, com os acadmicos Ananias Macedo e Joarez Porto, das subseqentes reformulaes do Estatuto Social; redator, com Ananias Macedo e Joarez Porto, dos Regimentos Internos da ACO. Tambm foi membro da Comisso Redatorial dos dez primeiros nmeros da Revista da Academia. Co-idealizador do Ncleo Feminino e do Coral, participando tambm como integrante deste grupo vocal. Por suas atividades classistas foram-lhe tributadas as seguintes homenagens: Medalhas de Honra ao Mrito: Tiradentes atribuda pelo Conselho Regional de Odontologia do Cear (a primeira concedida no Estado); Honra ao Mrito Odontolgico Associao Brasileira de Odontologia; Gratido Odontolandos de 1978. O doutor Jos Mrio casou-se com a professora Frances Gonalves de Melo, no dia 4 de outubro de 1954, e pai de Aluzio Mrio (previdencirio); Eduardo (administrador de empresas); Srgio (economista); Cludio (cirurgio-dentista); e Ins Cristina (pedagoga e doutora em Pedagogia, docente da Faculdade de Educao da Universidade Federal do Cear). Integram a famlia nove netos.

26 :: Empresas - DMC

DMC: um encontro com o futuro!Com uma extensa lista de produtos de alta tecnologia, desenvolvidos e fabricados nos laboratrios de pesquisa da empresa no Brasil, a DMC Equipamentos aposta em servios de qualidade superior que valorizam ainda mais seus produtos, equipamentos e solues para as tcnicas de clareamento dental, laserterapia, fotopolimerizao, profilaxia e cirurgia, visando a atender cada vez melhor os profissionais da rea odontolgica. A DMC se preocupa em desenvolver ferramentas que contribuem para que o cirurgio-dentista brasileiro esteja sempre frente por meio do uso das melhores e mais apreciadas tecnologias disponveis nos maiores centros tecnolgicos do mundo. impossvel no pensar em tecnologia e futuro quando se deseja oferecer mais conforto, mais rapidez e mais segurana ao paciente. Alm da qualidade, da tecnologia, da variedade de seu mix de produtos, a DMC tambm escolhida por seus clientes pela relao honesta de troca, pelo custo-benefcio e, especialmente, pela inovao. Neste segmento, a empresa se destaca com notoriedade por suas realizaes e pioneirismo. A mais recente novidade da empresa o motor de implantes acoplado ao laser cirrgico, com pedal wireless, sistema de voz para acompanhamento das alteraes de parmetros do motor, display touch screen, MP3 e todas as outras vantagens que a linha Implantek Laser j oferecia, agora em uma soluo com maior nmero de funes high tech, fruto do alto nvel tecnolgico que concedeu empresa a posio de lder no mercado de clareamento dental. A DMC Equipamentos possui hoje a mais completa linha de equipamentos e produtos para clareamento dental, conseguindo oferecer ao cliente que adquire seus equipamentos, gis clareadores, barreira gengival, dessensibilizante, cuidados ps clareamento e solues de marketing com o melhor custo-benefcio. Este nvel tecnolgico aprecivel, o alto padro de qualidade e o pacote de servios nico no mercado brasileiro tm proporcionado o estreitamento da DMC com os cirurgies-dentistas. E em respeito a esta relao que toda a sua equipe se une para apresentar suas mais recentes conquistas: Implantek Lase Plus O motor de implantes high tech da DMC, nico no mundo acoplado com o laser de alta. Hemostat Gel hemosttico base de Sulfato Frrico, que evita o sangramento na preparao cavitria para restauraes. Dois novos itens da linha de cuidados ps clareamento: Keep White Rinse, enxaguatrio bucal, e Keep White Paste, o nico creme dental para a manuteno dos dentes clareados que utiliza a tecnologia de polmeros que protegem a estrutura dental e que ser distribudo aos pacientes somente por indicao do cirurgio-dentista. Scan White O primeiro software desenvolvido para avaliar a dinmica do clareamento dental e a mensurao exata dos nveis de clareamento. Thera Lase Surgery - O primeiro laser cirrgico do Brasil tem funes de laserterapia com dois emissores de luz de 100 mW numa mesma pea de mo, funo de udio para alerta de alterao dos parmetros tcnicos e modo assistido para laserterapia e cirurgia. Fique atento aos lanamentos DMC, pois muito em breve eles faro parte das melhores e mais conceituadas clnicas e consultrios odontolgicos, ajudando os profissionais que querem oferecer o melhor para seus pacientes!

Thera Lase Surgery

:: Encontro de Esttica

I Encontro de Esttica de FortalezaComisso Cientfica: Prof. Dr. Rinaldo Teles (Unesp Araraquara) Data: 23 de agosto de 2008 Horrio: das 8 s 18 horas Local: Auditrio da ABO-CE Patrocnio: 3M e DMC Inscries: Scio da ABO-CE R$ 40,00 No Scio R$ 80,00 Acadmico No Scio R$ 60,00 Acadmico Scio R$ 30,00 Telefone: 85 3094-2028 (falar com Paula) Palestras Resinas Compostas: Tendncias Estratificao Simplificada e ateno quanto Morfologia Professor convidado: Dr. Ronaldo Hirata Especialista, mestre e doutor em Dentstica pela UFPR. Ministrou palestras em vrios pases sobre Esttica. Clareamento nos dias atuais Professor convidado: Dr. Hermes Pretel Consultor Cientfico de Laser-Clareamento da DMC.

Inspirada no futuro para garantir a melhor tecnologia no presente.

Registros ANVISA: Micropol 80030810044, Lase Protect 80030810072, Lase Peroxide Sensy 80030810033, Lase Sensy II 80030810063, Home Peroxide 80030810018, Home Peroxide II 80030810045, Pretty Smile 80030810061.

Registro ANVISA: Whitening Lase II 80030810011

A DMC Equipamentos, lder em Clareamento Dental, coloca ao seu alcance uma linha completa de equipamentos e perifricos para Cirurgia.Pr-lanamento: Implantek Lase Plus Motor de Implante Laser de Baixa Laser de Alta Programao assistida

Pr-lanamento: Produto ainda no disponvel para venda.

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28 :: Empresas - Driller

PiezoSonicO PiezoSonic um bisturi ultra-snico para tecidos duros (ossos, dentes, etc.), ltima novidade em matria de corte sseo com preciso, alvo de pesquisas em todo o mundo. Tecnologia nova em desenvolvimento na Itlia h 8 anos e agora transferida para a Driller, Empresa Nacional, o PiezoSonic retrata a ltima gerao desta tecnologia, oferecendo vantagens na qualidade e conforto cirrgico, tanto ara o profissional quanto ao paciente. O princpio fsico de funcionamento do Piezosonic conhecido como Piezoeletricidade, descoberto por engenheiros da NASA h mais de 40 anos. A Piezoeletricidade tem como caracterstica um estmulo mecnico desencadeando eletricidade e tambm no sentido contrrio, ou seja, um estmulo eltrico desencadeando vibraes mecnicas. O exemplo mais comum do dia a dia o antigo acendedor de foges Magiclic, que quando apertado libera uma mola com um peso na ponta que bate contra pastilhas de cristal piezoeltrico, desencadeando uma fagulha eltrica que acende o fogo. No PiezoSonic, pastilhas cermicas especiais so submetidas corrente eltrica e comeam a vibrar, transmitindo a vibrao a pontas desenhadas especificamente para cirurgia, fazendo micro movimentos com amplitudes micromtricas (mximo de um dcimo de milmetro) em freqncia altssima, de 31 kHz (trinta e uma mil movimentaes em um segundo). Isso equivale a uma velocidade de corte de aproximadamente 20 km por hora. O PiezoSonic diferente dos outros aparelhos de ultra-som por ter uma freqncia modulada sobreposta original, criando deformaes na ponta ativa em outra direo, criando um efeito de martelete nico, permitindo a utilizao de pontas ativas em forma de serra, fato que a