jornal voz da escola 2006

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EDITORIAL Começamos por uma pequena refle- xão a propósito do papel da escola actual. Hoje, cada vez mais, à escola se exige uma política que se concretize na constru- ção indispensável do seu Projecto Educati- vo, verdadeiramente identificado com a realidade e com as expectativas dos seus alunos. Ora, verificando, com prazer e satis- fação, a adesão que o nosso jornal tem registado, por parte dos alunos, faz-nos pensar que afinal esta actividade poderá ser um dos caminhos possíveis para irmos ao encontro deles e que, por isso mesmo, não pode “desaparecer”, mesmo sabendo das dificuldades que o mesmo impõe na sua concretização. Este espaço dá “voz” às opiniões, à criatividade poética e prosódica dos nossos alunos para além da vertente lúdica , podendo, desta forma, contribuir para a formação integral dos mesmos. O “Voz da Escola” está de volta novamente. V.E. Escola Secundária Henrique Medina Nº 3 Junho de 2006 Secções págs. Opinião 2 - 4 Ciência 5 Poesia 6 - 7 Leituras e Escrita 8 - 10 Desporto 11 - 12 Na Nossa Escola 13 - 16 Curiosidade 17 Última 18 Voz da Escola MANUEL POPPE NA NOSSA ESCOLA O escritor esteve pre- sente num encontro com alunos e professores do Ensino Secundário. Página 15 VIAGEM DE FINALISTAS Barcelona foi o destino escolhido para a viagem de finalistas do 12º ano de escola- ridade. Página 13 Página 3 ―Município, Escola e Comunidade: Avaliação e Desenvolvimento de Projectos‖ foi o tema da tertúlia realizada na nos- sa escola, no passado dia 24 de Maio. Nesta edição:

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Jornal Voz da Escola 2006

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Page 1: Jornal Voz da Escola 2006

EDITORIAL

Começamos por uma pequena refle-

xão a propósito do papel da escola actual.

Hoje, cada vez mais, à escola se exige

uma política que se concretize na constru-

ção indispensável do seu Projecto Educati-

vo, verdadeiramente identificado com a

realidade e com as expectativas dos seus

alunos.

Ora, verificando, com prazer e satis-

fação, a adesão que o nosso jornal tem

registado, por parte dos alunos, faz-nos

pensar que afinal esta actividade poderá ser

um dos caminhos possíveis para irmos ao

encontro deles e que, por isso mesmo, não

pode “desaparecer”, mesmo sabendo das

dificuldades que o mesmo impõe na sua

concretização.

Este espaço dá “voz” às opiniões, à

criatividade poética e prosódica dos nossos

alunos para além da vertente lúdica ,

podendo, desta forma, contribuir para a

formação integral dos mesmos.

O “Voz da Escola” está de volta

novamente.

V.E.

Escola Secundária Henrique Medina

N º 3 Junho de 2006

Secções págs.

Opinião 2 - 4

Ciência 5

Poesia 6 - 7

Leituras e Escrita 8 - 10

Desporto 11 - 12

Na Nossa Escola 13 - 16

Curiosidade 17

Última 18

Voz da Escola

MANUEL POPPE NA NOSSA ESCOLA

O escritor esteve pre-

sente num encontro com

alunos e professores do

Ensino Secundário.

Página 15

VIAGEM DE FINALISTAS

Barcelona foi o destino escolhido para a

viagem de finalistas do 12º ano de escola-

ridade.

Página 13

Página 3

―Município, Escola e

Comunidade: Avaliação

e Desenvolvimento de

Projectos‖ foi o tema da

tertúlia realizada na nos-

sa escola, no passado dia

24 de Maio.

Nesta edição:

Page 2: Jornal Voz da Escola 2006

Página 2

Opinião

A Juventude, segundo Nuno Markl - Este relato vale a pena ser lido!!!

Em conversa com o irmão mais novo de

um amigo, cheguei a uma triste con-

clusão: A juventude de hoje, na faixa que vai

até aos 20 anos, está perdida. E está

perdida porque não conhece os grandes

valores que orientaram os que hoje

rondam os trinta. O grande choque, entre outros nessa

conversa, foi quando lhe falei no Tom

Sawyer. "Quem?", perguntou ele.

Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Saw-

yer! Meu Deus... Como é que ele consegue

viver com ele mesmo? A própria músi-

ca: "Tu que andas sempre descalço, Tom

Sawyer, junto ao rio a passear, Tom

Sawyer, mil amigos deixarás, aqui e

além..." era para ele como o hino

senegalês cantado em mandarim. Claro que depois dessa surpresa,

ocorreu-me que provavelmente ele não

conhece outros ícones da juventude de

outrora.

O D'Artacão, esse herói canídeo, que

estava apaixonado por uma caniche;

Sebastien et le Soleil, combatendo os

terríveis Olmecs; Galáctica, que aca-

lentava os sonhos dos jovens, com as

suas naves triangulares; o Automan,

com o seu Lamborghini que dava curvas

a noventa graus; o mítico Homem da

Atlântida, com o Patrick Duffy e as

suas membranas no meio dos dedos; a

Super-Mulher, heroína que nos prendia

à televisão só para a ver mudar de

roupa (era às voltas, lembram-se?); o

Barco do Amor, que apesar de agora

reposto na Sic Radical, não é a mesma

coisa. Naquela altura era actual. E para acabar a lista, a mais clássi-

ca de todas as séries, e que marcou

mais gente numa só geração: o Verão

Azul. Ora bem, quem não conhece o

Verão Azul merece morrer. Quem não

chorou com a morte do velho Shanque-

te, não merece o ar que respira.

Quem, meu Deus, não sabe assobiar a

música do genérico, não anda cá a

fazer nada. Depois há toda uma série de situações

pelas quais estes jovens não passa-

ram, o que os torna fracos: ele nunca

subiu a uma árvore! E pior, nunca

caiu de uma. É um mole. Ele não viveu

a sua infância a sonhar que um dia ia

ser duplo de cinema. Ele não se

transformava num super-herói quando

brincava com os amigos. Ele não fazia

(Continua na página 3)

“ Aldeia Global”

Globalização é uma palavra entendida por muitas pessoas nos

países do terceiro mundo como uma espécie de estratégia política de

algumas nações industriais para explorar os países pobres em desenvolvi-

mento. Com esta constatação, pode-se observar que, pelas consequências

actuais, os ricos estão a ficar cada vez mais ricos e os pobres cada vez

mais pobres.

O fenómeno da globalização é, portanto, resultado de um pro-

cesso natural de evolução, e a chegada a uma total interdependência foi o

próprio destino da humanidade. O problema do mundo não está na globa-

lização em si, mas em não saber como viver dentro desta nova realidade.

Pelo contrário, a globalização, que está a surgir dentro do rápi-do desenvolvimento dos sistemas de comunicação e transportes, deve ser

considerada como uma maravilhosa oportunidade para os povos de se

unirem e harmonizarem os seus interesses de forma a aproveitarem, da

melhor maneira, os recursos naturais e culturais do mundo inteiro.

O que é, afinal, a globalização?

Chama-se globalização, ou mundialização, ao crescimento da interdependência de todos os povos e

países de toda a superfície terrestre. Alguns falam em ―aldeia global‖, pois parece que o planeta está a ficar cada

vez mais pequeno e todos se conhecem.

Aida Nogueira, 11º I

Page 3: Jornal Voz da Escola 2006

Opinião

Página 3

guerras de cartuchos, com os canudos

que roubávamos nas obras e que

depois personalizávamos. Aliás, para

ele é inconcebível que se vá a uma

obra. Ele nunca roubou chocolates no

Pingo-Doce. O Bate-pé para ele é

marcar o ritmo de uma canção. Confesso, senti-me velho... Esta juventude de hoje está a cres-

cer à frente de um computador. Tudo

bem, por mim estão na boa, mas é que

se houver uma situação de

perigo real, em que tenham de

fugir de algum sítio ou de

alguma catástrofe, eles vão

ficar à toa, à procura do

comando da Playstation e a

gritar pela Lara Croft. Óbvio, nunca caíram quando

eram mais novos. Nunca fize-

ram feridas, nunca andaram a

fazer corridas de bicicleta

uns contra os outros. Hoje, se um miúdo cai, está pelo

menos dois dias no hospital, a levar

pontos e a fazer exames a possíveis

infecções, e depois está dois meses

em casa a fazer tratamento a uma

doença que lhe descobriram por ter

caído. Doenças com nomes tipo "Moleculum

infanticus", que não existiam anti-

gamente. No meu tempo, se um gajo

dava um malho (muitas vezes chamado

de "terno") nem via se havia sangue,

e se houvesse, não era nada que um

bocado de terra espalhada por cima

não estancasse. Eu hoje já nem vejo as mães virem à

rua buscar os putos pelas orelhas,

porque eles estavam a jogar à bola

com os ténis novos. Um gajo na altu-

ra aprendia a viver com o perigo.

Havia uma hipótese real de se entrar

na droga, de se engravidar uma miúda

com 14 anos, de apanharmos tétano

num prego enferrujado, de se ser

raptado quando se apanhava boleia

para ir para a praia. E sabíamos

viver com isso.

Não estamos cá? Não somos até a

geração que possivelmente atinge

objectivos maiores com menos idade?

E ainda nos chamavam geração

"rasca"... Nós éramos mais a geração

"à rasca", isso sim. Sempre à rasca

de dinheiro, sempre à rasca para

passar de ano, sempre à ras-

ca para entrar na universi-

dade, sempre à rasca a ver

se a namorada estava grávi-

da, sempre à rasca para

tirar a carta, para o pai

emprestar o carro. Agora não falta nada aos

putos. Eu, para ter um míse-

ro Spectrum 48K, tive que

pedir à família toda para se

juntar e para servir de

prenda de anos e Natal, tudo junto.

Hoje, ele é Playstation, PC, telemó-

vel, portátil, Gameboy, tudo. Claro, pede-se a um chavalo de 14

anos para dar uma volta de bicicleta

e ele pergunta onde é que se mete a

moeda, ou quantos bytes de RAM tem

aquela versão da bicicleta. Com tan-

ta protecção que se quis dar à

juventude de hoje, só se conseguiu

que 8 em cada dez putos sejam cro-

mos. Antes, só havia um cromo por

turma. Era o totó de óculos, que

levava porrada de todos, que não

podia jogar à bola e que não tinha

namoradas. É certo que depois veio a

ser líder de algum partido, ou

gerente de alguma empresa de compu-

tadores, mas não curtiu nada. Hoje, se um puto é normal, ou seja,

não tem óculos, nem aparelho nos

dentes, as miúdas andam atrás dele,

(Continuação da página 2)

ACONTECEU NA ESCOLA...

...UMA TERTÚLIA. No passado dia 24 de Maio, pelas 21 horas, realizou-se, na biblioteca da escola, uma tertúlia,

subordinada ao tema ― Município, Escola e Comunidade: Avaliação e Desenvolvimento de Projectos‖. Esta iniciativa, inserida no programa do Forum da Educação 2006, promovido

pela Câmara Municipal de Esposende, contou com a presença do presidente da Câmara, Dr.

João Cepa, da Vereadora da Educação, Dra. Emília Vilarinho e do Dr. Manuel António Sil-

va, do Instituto Português da Juventude, de Braga.

São sempre de louvar acções deste género, que contribuem para enriquecimento educacional e cultural do nosso con-

celho.

Page 4: Jornal Voz da Escola 2006

Opinião

Página 4

Terrorismo

Uma Ameaça Mundial?

Terrorismo. Eis a palavra que está na ordem do dia,

que abre as manchetes de todos os jornais e que dissemina o

medo na sociedade ocidental.

Mas, afinal, o que é o

terrorismo? Porque é que existe?

Porque é que ensombra o nosso

inconsciente colectivo?

Tentei dar a mim pró-

pria a resposta a estas questões,

iniciando um percurso em busca

da sua significação, através da

clássica estratégia da pesquisa

num dicionário de língua portu-

guesa: “Terrorismo – sistema de

governo por meio de terror e de medidas violentas; actos

violentos praticados contra um governo ou uma classe domi-

nante; aspecto terrível; modalidade de acção da guerra sub-

versiva pela qual se procura criar a insegurança dos dirigen-

tes políticos e militares e o medo na população civil.”. O terro-

rismo é tudo isto. Terrorismo de estado para impor uma qual-

quer ideologia política, económica ou religiosa, estratégia

belicista de grupos organizados para alterar a ordem social e

política instituída numa nação, estratégia de persuasão utili-

zada por grupos que mina o sentimento de segurança de um

povo e que põe em causa a sua integridade física e psicológi-

ca. São todas estas formas de terrorismo que se vão manifes-

tando neste nosso mundo tão global, mas tão assimétrico sob

os pontos de vista social, económico e cultural. São estas

assimetrias, associadas a uma crise de valores generalizada,

que são as geradoras do terrorismo político e religioso que

estão a proliferar no nosso planeta. Encontramos o terrorismo

político, por exemplo, não só no Médio Oriente, no conflito

entre Israel e a Palestina, como também na Catalunha, prota-

gonizado pela ETA na luta pela independência do País Bas-

co. Em ambos os contextos os actos de violência justificam,

para quem os pratica, o fim – a reconquista e a independên-

cia do seu território. O terrorismo religioso tem tido grande

visibilidade a partir do 11 de Setembro de 2001 com a destrui-

ção das torres do World Trade Center, em Nova Iorque. Des-

de este atentado, realizado pela Al-Qaeda, vemos ressurgir

as velhas lutas entre cristãos e muçulmanos. É a luta entre o

Bem e o Mal, onde ambas as facções reclamam para si o

Bem. Mas, o 11 de Setembro não é só o símbolo do terroris-

mo religioso, como também se constitui como símbolo da

oposição a uma ordem social e económica que a potência

mais poderosa quer impor ao mundo. A destruição das torres

gémeas significa, simbolicamente, a queda do poder econó-

mico dos EUA e um golpe na sociedade materialista e hedo-

nista dos países ocidentais desenvolvidos. Mas, “os meios

não justificam os fins”. A independência política, a integridade

de uma nação e a denúncia dos excessos são em si aspectos

importantes mas, não dão o direito de praticar actos de terro-

rismo. As populações alvo são quase sempre cidadãos

comuns, indefesos e cujas causas destes actos não lhes

podem ser atribuídas. A “matança dos inocentes” revolta os

cidadãos e provoca sentimentos ambíguos. O desejo de

“pagar com a mesma moeda” e, simultaneamente, chorar a

perda de vidas humanas. A este paradoxo junta-se o medo, a

incerteza e a descrença nos valores do mundo civilizado.

Perante estas realidades não podemos deixar de

admitir que, como refere Paul Ricouer (1968, pp.21 – 22),

“não devemos espantar-nos de um mal ter entrado no Mundo

através do Homem: ele é a única realidade que possui esta

constituição ontológica instável de ser maior e mais pequeno

do que si mesmo”.

Inês Vilarinho Zão 12ºB

Page 5: Jornal Voz da Escola 2006

Ciência

Página 5

CANCRO DA MAMA

Entre de peito nesta luta, a prevenção é a sua maior arma!

O QUE É O CANCRO DA MAMA?

O cancro da mama é um tumor maligno da mama que afecta principalmente as mulheres. Os homens também podem ser afectados, mas trata-se de casos muito raros. É um tumor que se torna mais frequente com a idade, atingindo as maiores possibilidades na casa dos 50 anos. As formas tardias têm um desenvolvimento menos

rápido.

ATENÇÃO: Ao descobrir uma deformação de qualquer tipo nas mamas, consulte imedia-tamente um médico. Não se deve esperar: o risco é que, se for um tumor maligno, este aumente e forme metásta-ses. Qualquer demora, nesse caso, diminui as probabilida-

des de cura.

QUAIS AS CAUSAS DO CANCRO DA MAMA?

A causa directa ainda não é conhecida. O risco de ser afectado por cancro da mama aumenta com a ida-de e se outras da família já foram afectadas. Para além disso, os riscos são maiores se uma mulher foi fértil durante muito tempo, isto é, se o tempo entre a primeira ovulação e a menopausa foi muito longo. A amamentação parece ter um efeito preventivo O nível de estrógeno, a hormona feminina, provavelmente tem tem sua importância na formação do cancro da mama. Vários factores ligados ao ambiente também podem exercer uma influência. TRATAMENTO DO CANCRO DA MAMA? Se o tumor for pequeno e não apresentar sinais de infiltração, pode ser extraído com uma operação que significa, em geral, que uma parte da mama, às vezes a mama inteira, seja extraída. Tumores maiores que já se tenham infiltrado nos

gânglios linfáticos em volta da mama, são extraídos junto com estes. Muitas vezes, completa-se a operação com uma radioterapia que destrói as últimas células cancerígenas. Tumores graves que já atacaram outros órgãos (por exemplo a outra mama, o fígado, os pulmões), não podem ser completamente extraídos com uma operação. Neste caso, o tratamento prevê radioterapia, quimioterapia, e às vezes hormoterapia. Ao mesmo tempo, ao paciente serão ministrados medicamentos analgésicos e tratamentos para a dor.

IMPORTANTE

As Instituições de Prevenção do Cancro recomendam a todas as mulheres uma mamografia:

Da primeira vez, entre os 35 e os 39 anos, como exame de referência para altera-ções sucessivas.

No mínimo a cada dois anos entre os 40 e os 50 anos de idade.

Todos os anos após os 50 anos. Mais frequentemente e iniciando em idade

mais jovem se a mulher já teve um tumor na mama ou se apresentar um terreno favorável ao seu desenvolvimento. Ou se tiver a mãe ou irmã com cancro no seio.

Em geral não se aconselha a mamografia antes dos 30 anos. Nas mulheres jovens o tecido das mamas é mais denso do que numa mulher mais velha; portanto, a mamografia neste caso não é um meio fiável de diagnóstico.

COMO EVOLUI O CANCRO DA MAMA?

O cancro da mama evolui normalmente a partir de um pequeno nódulo na mama que no início não dói. Aos poucos, o volume do tumor aumenta e este às vezes ataca gânglios linfáticos vizinhos ou outros órgãos. Pode existir uma secreção de sangue ou de líquido pelo mamilo e dores no seio. Outros sintomas mais comuns da doença são o emagrecimento, fadiga e palidez. Depois do tratamento e de uma operação, é possível, se for o caso, fazer uma reparação cirúrgica do seio com uma mamaplastia. COMO EVITAR O CANCRO DA MAMA? Não se pode evitar, mas se fizer um exame do seio com regularidade, será possível descobrir a doença precocemente e aumentar as suas possibilidades de cura.

Manuela Silva

Marlene Barbosa

Sandy Cardoso 11ºC

SINTOMAS Nódulos na mama Qualquer deformação da mama Irregularidade da pele Dores na mama

Eczema em volta do mamilo Chagas em volta do mamilo Secreção do mamilo Emagrecimento Fadiga Palidez

Page 6: Jornal Voz da Escola 2006

Poesia

Página 6

Amor Obscuro

No seu supérfluo mundo perdido, Meus ossos estilhaçam com a proximidade Sinto a alma abandonar o cadáver destruído… Sou um ser sentido, sem identidade! Sinto calafrios com seu olhar asfixiante, Com seu coração negro escurece Sua malícia é abismante Mas sem alma, só o corpo padece… Cada palavra de tua boca me magoa, Frases construídas que o meu coração trespassam. Bem no fundo a voz ecoa Como lâminas aguçadas que matam! Seu olhar inocente esconde defeitos Que sua mórbida mente apresenta, Com seus contornos perfeitos Vicia meus olhos de forma lenta… Até no quotidiano tua sombra de mim se apodera. No espelho tua imagem se reflecte… Sinto que a morte me espera Assim, talvez me complete…

Fábio Miranda, 11ºG

Eu quero mudar o mundo.

Mudar para um mundo em que todos são felizes.

Onde não existe nem guerra nem dor,

Nem morte nem sofrimento.

Um mundo perfeito.

O mundo do futuro.

Eu preciso ser feliz,

E, para isso, o mundo vou mudar.

Ando a recrutar pessoas como eu.

Pessoas que estejam dispostas a mudar o mundo,

Mostrando empenho e força de vontade.

Eu sozinha não sou nada,

Mas, contigo, o mundo posso mudar

Eu sozinha não sou nada,

Mas contigo eu posso transformar.

Vou inventar histórias,

Vou dar-lhes vida

Com um pozinho de magia,

E, assim, o mundo vou mudar.

Se eu conseguir numa história mudar,

Todos nós podemos, em gestos,

Se quisermos

O mundo transformar. Ivone Maia Pires, 10ºA

A dança do veado

Ia eu no vale a correr, Entre árvores agrestes, Sob uma neblina cansada Que fazia o meu espírito temer. Sentia-me perdido, sem fôlego. No fundo sozinho, Abandonado por ninguém. Sentia a falta não sei de quem. Até que ao fundo se abriu, Entre os densos ramos, uma voz Que me chamava incessantemente. Despertando o meu espírito ausente. Andei mais um pouco, E reparei que ao fundo se erguia Um túmulo abandonado De um soldado da infantaria.

Olhei para o seu rosto esculpido, O seu olhar era feroz, Capaz de perfurar o inimigo, Com a profundidade de uma facada, Capaz de deixar a alma devastada Aquele rosto de pedra Exercia em mim tal pressão, Tentava controlar a minha mente Deixando-me cair em depressão. Mas a minha resistência era maior. As minhas forças emergiam, fortale-cendo-se. Aí, descobri que era superior. Fugi daquela escuridão E, aos poucos, o sol iluminava, Libertando-me da pressão Em que o meu espírito se afogava.

Filipa Martins, 11ºG

Page 7: Jornal Voz da Escola 2006

Poesia

Página 7

No começo… Vivia numa cápsula de atmosfera seca, Numa terra cruel de tão inanimada, Não chovia nem havia vida nessa terra, Era Eu só, e mais nada. Ao chegar a noite, Que nunca se punha, Vinha o frio que enregelava, De tanta falta que sentia de…nada. Até que certa noite clareou, E o escuro se desvaneceu, Nasceu a luz, o fogo, Tu e, contigo, eu… E nasceu o mundo, E a minha cápsula desmoronou, E eu já não era Eu, Era algo que faltou. E vieram os insectos, Os repteis, as árvores e a água, E a terra era já verdejante, E já não havia o nada. Deu-se a fusão dos elementos, A formação de novas realidades, E eu e tu que nos unimos, Formamos os anos, os meses, as verdades…

Daniela Montenegro

(17/02/2006)

Os teus olhos... São verdes, São azuis, São castanhos, São arco-íris São de uma cor Que não consigo descrever... São luz, São sombra... São puros, São profundos, São interessantes, São penetrantes, Posso me perder neles? São como tu, São a tua cara. São verdes...azuis...castanhos, São os mais bonitos! E porquê? Porque tu mereces!

Patrícia Fino 8ºD

OUTONO DE PRIMAVERA

Abandonaste-me!

No ar deixaste esse teu perfume que me recorda

cada momento que foi nosso…

Cada beijo roubado, dada olhar trocado,

Cada sorriso partilhado…

E, no entanto…

Só me deixaste!

Abandonaste-me!

Ficam, porém, as lembranças de um dia…

As lembranças que outrora me fizeram feliz!

Partiste!

Longe de mim, do meu olhar…

Longe de quem te quer amar…

Coração partido, magoado…agora um coração fechado!

Partiste! Abandonaste-me!

Triste, desamparada...no meio da multidão mais isolada!

Joana Carvalho e Daniela Martins, 11ºH

Expressões das palavras

Em que me deleito sem exactidão.

É como que um suspiro de comoção

De lágrima, de suspiro impiedoso!

Palavras turvas, claras,

Simples, abstractas, sem a ciência do

mundo

Mas com as entranhas da Natureza.

Palavras e mais palavras,

Sentem-se, por vezes,

Gastas, flácidas;

Sentem-se solitárias no oceano.

Procuram o mar, procuram o rio,

Procuram a lagoa.

Anseiam um copo com água,

É-lhes sublime a lágrima,

Desejam a boca.

A Boca, os Olhos, os Dedos

Âmago em que vigoram as Palavras.

Palavras, palavras

No seio do Ser

Que ilustra a transparência

Do que é primordial...

Susana Inês, 12ºI

Page 8: Jornal Voz da Escola 2006

Leituras e Escritas

Página 8

Reflexão “O que é o Amor?”

Na vida, todos nós já

desejámos e amámos alguém.

Não há ninguém que escape a esta verdade. Já fomos

―fabricados‖ assim. Automati-

zados e definidos para morrer

de amores por aquela pessoa

em quem pensamos o tempo

todo. Mas afinal, em que é

que consiste o amor?

A adolescência é o primeiro palco de todos os

sentimentos e emoções da vida. O amor é um deles que

deixa corações ―partidos‖ e ―colados‖. Até o podemos

chamar mistério porque acontece num momento irregu-

lar, de uma maneira irregular, de pessoa para pessoa, quando ninguém espera. E, como todos os mistérios, o

amor tem as suas teorias e muito que dizer.

Muitos cientistas tentaram estudar e perceber

este grande fenómeno nas nossas vidas, mas, infeliz-

mente, em vão. Muitos desistiram para poderem estudar

coisas, segundo eles, mais impor-

tantes. Porém os que prosseguiram

os estudos definem o amor como

uma questão de adrenalina (ou

epinefrina), uma hormona segre-

gada pelas glândulas adrenais. Mas como todas as outras, estas

hormonas também se ―gastam‖.

Ou seja depois de muitos ―amo-te‖ e coisas do género, tudo vai por água

abaixo. A não ser que se crie indepen-

dências afectivas provocadas pelo

tranquilizante orgânico endorfina.

A Bíblia também faz referên-

cia a este sentimento, apresentando a

sua própria teoria: apaixonamo-nos por defeito de fabri-

co. Sempre achámos que a história de Eva foi feita a

partir de uma costela de Adão. Tem alguma piada. Mas,

na realidade, a Bíblia pretende ilustrar que homem e

mulher quando juntos, formam um só, completam-se.

Ou seja, só seremos unicamente homem e mulher atra-vés do amor.

Concluindo, o amor é um sentimento necessá-

rio para a nossa vida. Não podemos ―fugir‖, nem nos

―esconder‖, apenas podemos aprender a vivê-lo de uma

forma saudável.

―O amor é forte, é como a morte. Cruel como um abis-

mo. É a paixão; suas chamas são de fogo, uma faísca de

Deus; as águas da torrente jamais poderão apagar o amor, nem os rios afogá-lo. Quisesse alguém dar tudo o

que tem paracomprar o amor, seria tratado com despre-

zo‖. ―O Cântico dos Cânticos‖ livro bíblico

“O Cântico dos Cânticos” livro bíblico

Escrito por: André Neiva Pereira Alves, 10ºE

“Afinal/ que haverá de comum entre nós?

Um ponto, no infinito” (António Gedeão)

Na cidade cruzam-se homens e mulheres de várias nações,

raças e religiões. Todos os dias convivemos com inúmeras pessoas tão

diferentes mas, ao mesmo tempo, tão iguais a nós próprios. Raramente

nos lembramos que todas estas pessoas são constituídas pela mesma

“massa”, têm os mesmos sentidos e experimentam, em momentos dife-

rentes, os mesmos sentimentos.

Curiosamente, deparei comigo a olhar para as pessoas que constantemente me

rodeiam. Apercebi-me, então, que todas estas pessoas eram tão diferentes umas das outras,

quer na sua fisionomia, quer no seu modo de estar. Contudo, enquanto vagueava com o meu

olhar, deparei-me com algo que me prendeu a atenção: todas aquelas pessoas possuíam um

brilho, no fundo do seu olhar. Este brilho apresentava-se tão intenso mas, ao mesmo tempo,

tão intermitente. Foi então que me apercebi que aquele brilho misterioso era igual ao que

podemos encontrar em todos os outros seres humanos espalhados pelo mundo. É o brilho da

esperança na construção e consolidação dos seus projectos de vida. É o brilho intermitente

da crença nas potencialidades do Homem e, ao mesmo tempo, nas suas fragilidades.

É este brilho que transforma a diversidade na unidade. Tal como escreveu Mia Couto

“Encheram a terra de fronteiras, carregaram o céu de bandeiras. Mas só há duas nações – a

dos vivos e a dos mortos.”

Inês Vilarinho Zão, 12ºB

Page 9: Jornal Voz da Escola 2006

Leituras e Escritas

Página 9

O Principezinho de Antoine de Saint-Exupéry

“As pessoas crescidas gostam de números. Quando lhes falam de um amigo novo, nunca per-

guntam nada de essencial. Nunca perguntam: «Como é a voz dele? A que é que ele gosta mais de brin-

car? Faz colecção de borboletas?». Em vez disso, perguntam: «Que idade tem? Quantos irmãos tem?

Quanto é que pesa? Quanto ganha o pai?». Só então julgam saber quem é o vosso amigo.”

O livro ―O Principezinho‖, talvez o mais conhecido de Antoine de Saint-Exupéry, é um convite à reflexão para que as pessoas se humanizem, se percebam, se amem, e, essencialmente sejam amigas. É um livro que nos faz

perceber o verdadeiro sentido da amizade e até da própria existência humana. Nele, estão contidas páginas carregadas

de sentimento e ternura, cuja sensibilidade apela para uma boa ética nos dias que decorrem. Mas mais que tudo isto,

este livro relembra-nos que existe uma criança dentro de nós. “Porque todas as pessoas grandes já foram crianças.

(Há é poucas que se lembrem).” Este é um livro que embala o leitor, num mundo tão imaginário como a realidade.

Foi escrito durante a 2ª Guerra Mundial e, talvez por isso, seja tão especial. A forma tão profunda e intensa

com que o autor analisa os actos humanos, que, no seu ponto de vista, não eram os mais correctos, deixa qualquer um

rendido ao grande sucesso que é este livro. Aliás, há pessoas que o vêem e que o veneram como se fosse uma espécie

de bíblia onde estão inseridos todos os ―mandamentos‖ para ser feliz.

Basicamente, o livro conta-nos a história de um piloto de avião que sofre um acidente e cai no deserto do

Saara, “…a mil e uma milhas de terra habitada…”. Aí, tem de consertar o avião, antes que os mantimentos acabem.

É então que surge do nada, para espanto do aviador, uma dócil personagem: o principezinho. Nos dias que se seguem, este vai-se revelando aos poucos e poucos, contando as suas aventuras e descobrindo o verdadeiro sentido da

vida, a verdadeira felicidade.

Apesar de ―O Principezinho‖ ser considerado um livro infantil (talvez devido à maneira como foi escrito),

acho que atinge maturidade suficiente para ser lido por toda a gente uma vez que não é apenas a apresentação que

conta, mas sim o conteúdo. Quero com isto dizer que este livro possui lições de moral escondidas

em cada capítulo, ―mascaradas‖ de conto infantil.

Por tudo isto, aconselho vivamente a leitura desta obra que já encantou milhões de leitores em

todo o mundo.

“As pessoas crescidas nunca entendem nada sozinhas e uma criança acaba por se cansar de lhes

estar sempre a explicar tudo.”

André Alves, 10ºE

SUGESTÕES DE LEITURA

O FILHO DAS SOMBRAS DE JULIET MARILLIER Este livro é simplesmente excelente, temos aqui uma fantasia romântica, com características de conto de fadas e que nos leva para o Outro Mundo, uma vez que não há aqui nem feitiços a ser quebra-dos nem tarefas impossíveis destinadas a quebrar esses feitiços, mas mantendo intacto todo o romantismo, todo o verdadeiro sentimento que já mais possamos sentir e ver descrito.

Neste romance, podemos constatar que a política está bem presente, e os casamentos por interesse, destinados a forjar alianças entre diferentes domínios feudais, formam parte importante no enredo.

Para ajudar a esta fascinante aventura, a autora mostra-se bastante com-petente como contadora de histórias, e o resultado, é uma história realmente bem contada, com pormenores bem descritos e uma capacidade de suspense e de agrado ao leitor única.

Page 10: Jornal Voz da Escola 2006

Leituras e Escritas

Página 10

O objecto misterioso...

Sou feito de papel fino e branco mas também poderia ser feito de outro tipo de papel

ou talvez tecido, cartão ou até plástico. Tenho uma capa, uma contracapa e lombada. Nelas apa-

recem o meu título, autor, editora... Sirvo para informar, divertir, relaxar, educar... Sou muito útil a

todas as pessoas de todas as idades e desejo que todos aqueles que me utilizam sintam prazer e

alegria, fiquem bem elucidados nos estudos e encontrem as respostas às suas dúvidas. Sinto

receio que as pessoas não respeitem ou não entendam o que eu quero transmitir. Gosto de ser

bem tratado e cuidado porque eu sou um amigo para as horas boas e horas más.

Beatriz Loureiro, 7ºI,

Olá, marciano!

Espero que em Marte esteja tudo bem. Aqui na Terra, de momento, está muito frio.

O motivo desta cartinha é saber quando nos vens visitar como prometido. Quando vieres,

vou pedir à minha mãe que nos prepare uma lasanha e os brigadeiros de que tu tanto gos-

tas!

Ao chegares, não te esqueças de colocar o motor da tua nave no modo silencioso e desliga-

res as luzes quando te aproximares mais da minha casa, para não seres detectado.

Não te esqueças também de trazer aquelas saborosas pastilhas elásticas e aquele CD daquela banda de hip-

hop que disseste que estava em 1º lugar no top-Marte!

Um abraço Emanuel Costa e Silva, 7º D

Um dia, quando acordei, comecei a ladrar e toda a minha família ria sem parar. O meu cão dizia que eu estava maluca e eu já não entendia nada nem sabia o que fazer. Pensava para mim mesma: - O meu cão a falar?! E eu a ladrar! O que é que se passa?... Voltei-me para o lado e estava o meu cão a ligar o DVD no meu quarto, a pôr música, a pegar na minha roupa. Recome-cei a ladrar. Fui a todas as partes da casa procurar os meus pais e o s meus irmãos, mas não encontrei ninguém. Voltei a procurá-los, quando vi o meu cão a sair da casa de banho com uma mini-saia e um top e eu só o ouvi dizer:

- Adeus! Vou para a escola! Eu não sabia o que fazer... Decidi ver se havia ossos. Fui para a rua ladrar e, em minutos, deitei-me nas escadas. Foi então que acordei e percebi tudo: - Ah, foi só um sonho! A minha mãe perguntava-me porque falava tão alto e, quando lhe contei o que sonhara, ela não parava de rir. Aquela foi uma noite terrível que ficou para a (minha) história, mas hoje rio-me dela.

Joana Merrelho, 7º D

Gemeses, 29 de Setembro de 2005 Querido Diário Desculpa, não sei por onde começar. Foi imprevisível: de repente deparo-me a escrever um diário e a dizer coisas lamechas que não lembram a ninguém. Mas tenho razões. “O papel é mais paciente do que os homens” diz Anne Frank no seu diário. Quem é que quereria ouvir os desabafos de um adolescente na idade do “armário”?

Há coisas “mais importantes” para fazer! Confesso que tudo isto é estranho. Estou aqui, sentado, ora a escrever, ora a apagar o que escrevo, a pensar em tudo o que me aconteceu, a tentar descobrir o que preenche o meu vazio. Dou por mim acabado: a procura incessante das palavras perfei-tas abafam-me o pensamento e acabo sempre a pensar em coisas fúteis. Qual será a cura para a minha “doença”? Remar contra a maré de sentimentos contraditórios que me fazem explodir? Lutar? Soluções, preciso urgentemente de soluções! Sinto-me só. Pergunto-me se existe um limite para arrecadar tudo o que nós queremos dar a alguém, tudo o que nós lhe queremos mostrar: a nossa vida, tudo o que somos! Ando a guardar no coração tudo o que quero fazer sentir: as melhores sensa-ções, os melhores sentimentos, apenas o melhor… tudo à espera de alguém com quem partilhar, mas é difícil! Se ao menos soubesse quem é a pessoa certa…

Maravilho-me com um mundo que nem sei se existe, um conto de fadas com personagens que nem conheço. Seria neces-sário tudo isto, quero dizer, não fomos colocados aqui para sermos felizes? Então porque é que existem estas situações que nos deixam… desorientados? É isso, talvez apenas me sinta desorientado pela minha falta de racionalidade… Será?

“E assim cheguei ao presente, à data de hoje.” (Anne Frank, Diário, Edições Livros do Brasil)

André Alves, 10ºE

Page 11: Jornal Voz da Escola 2006

Desporto

ENTREVISTA

No passado dia 4 de Maio,

alguns alunos do 7ºD, interes-

sados em saber mais sobre

canoagem, desporto bastante

praticado na nossa região,

entrevistaram o professor, Car-

los Magalhães, Presidente do

Clube Náutico de Fão.

- Em que consiste a canoagem?

É uma modalidade que se pratica em canoa ou kayak,

com uma pagaia. Pratica-se em rios, em lagos ou no

mar. Não podemos confundir a canoagem com o remo.

Na canoagem, rema-se para a frente e no remo, para

trás.

- Que regras regulamentam este desporto?

O conjunto de regras é muito abrangente. A canoa-

gem está dividida em várias vertentes: há provas de

pista, maratonas, provas de piscina. De acordo com a

vertente praticada em cada modalidade, as regras vão

variando, dependendo das embarcações usadas ou,

por exemplo, dos escalões etários.

- São necessárias aptidões (físicas ou psicológicas)

especiais para a prática deste desporto? Com que

idade se pode iniciar a prática?

Dos zero aos 100, não há limite. Qualquer pessoa

com vontade de o fazer pode praticar, não sendo

necessárias aptidões físicas especiais. É necessária

força de vontade, mais nada.

- Que preparação faz um canoísta fora dos treinos?

Fora dos treinos específicos, um canoísta pode fazer

corridas, muita musculação, e também natação, mas

todas estas componentes fazem também parte do trei-

no.

- Quantas horas de prática diária são necessárias

normalmente? Em que altura do dia são os treinos?

Normalmente, quem pratica também estuda ou traba-

lha. Para quem quer chegar às competições, aos pri-

meiros lugares, são necessárias, no mínimo dos míni-

mos, três horas diárias de treino. É preciso andar no

rio, fazer quilómetros, mas como já vimos, o treino é

variado, abrangendo exercícios de outras modalida-

des.

- Que tipo de pessoas são os praticantes

(estudantes, reformados...)?

A canoagem está aberta a todo o tipo de pessoas

saudáveis, com diferentes formações. Há pessoas de

todas as idades. O leque engloba crianças de seis

anos e as idades estendem-se para além dos setenta

anos.

- Que equipas existem nesta área?

Há cerca de trinta clubes em todo o país. Aqui no

concelho, as equipas são o Gemeses, o Fão e o Rio

Neiva.

- Como se entra/faz parte de um clube? a) Quanto se

paga? b) Que materiais são necessários?

É necessário preencher uma ficha com os dados pes-

soais, em caso de menoridade, ter a autorização dos

pais e um exame médico para ver se há algum problema

de saúde. Quem se inscreve (pode) torna(r)-se sócio

do clube: a entrada é gratuita.

Quanto aos materiais necessários, estes são chinelos,

calções e uma camisola, uma t-shirt. O resto do mate-

rial é fornecido pelo clube.

- E o professor, quando começou a praticar? Ainda

pratica a modalidade? Se não, há quanto tempo

parou?

Comecei aos quatro anos, em 1978, sendo o mais

antigo canoísta federado. Ainda pratico canoagem.

- Em que competições participou (nacionais, interna-

cionais)?

Participei em competições nacionais e internacionais,

perfazendo um total de cerca de 300 competições,

com muitas subidas ao pódio.

- Acredita que é uma modalidade com futuro no con-

celho? E no país?

É cada vez mais difícil. Há muito conforto, a tecnolo-

gia prende mais as pessoas, torna-as dependentes: a

televisão, os jogos de consola, a Internet, o telemóvel...

A canoagem requer muito esforço, principalmente no

Inverno. Como é ao ar livre, está-se exposto à chuva,

ao frio... No entanto, como é uma modalidade relacio-(Continua na página 12)

Página 11

Page 12: Jornal Voz da Escola 2006

Desporto

Página 12

O Grunge: mais do que um estilo musical, uma forma de ser livre Grunge, mais do que uma vertente do rock, uma forma de libertação. Como tudo, o rock arrastou-se sem fôlego, mas renasceu recuperando a sua grande energia. Foi nos anos 90, com a chamada geração “X”, que teve lugar essa “regeneração”, com origem em Seattle, com alguns grupos como “Nirvana” e “Pearl Jam”. De uma música de difícil descrição, grunge mostra-nos um lado punk, com as frenéti-cas guitarras que fazem lembrar o velhinho Heavy Metal, mas também, por vezes, um toque melódico muito próximo do Pop dos Beatles. A formação destas bandas tinha lugar, em maioria dos casos, em clubes underground ou em garagens. Algumas das bandas criaram um estilo de apresenta-ção muito próprio, desde cabelos cumpridos, camisas ou t-shirts aos quadrados e riscas, calças rasgadas, até a sua grande e energética presença em palco. Os conteúdos das canções impressionam pelas atmosferas sombrias, pelas histórias desesperadas e relatos de falhanços e paranóias que fazem muitas vezes parte da nos-sa juventude. A sobrevivência do Grunge, isto é, de uma música dura e agressiva, não é mais do que uma resposta dos jovens à nova realidade insuportável a que pertencem, aos próprios pais, odiados e distantes, que também tinham crescido ao som do apreciado rock’n’roll. A alma do Grunge permanecerá enquanto existirem jovens. Afinal, dentro de todos nós, existe a necessidade de encontrarmos o nosso espaço, (até musical), a nossa liberdade.

Ana Gonçalves, 10ºD

IVO MONTE, UM EXEMPLO A SEGUIR!!

Ivo Monte, do 11º F, praticante da

modalidade, fala um pouco da sua

experiência:

“ Comecei a praticar canoagem há

quatro anos, no Clube Náutico de

Fão, com os amigos do meu bairro, por divertimento.

Mais tarde, decidi treinar mais a sério, com o desejo

de entrar para a competição.

Este ano, consegui sagrar-me Vice-chefes Nacional de

Maratona e apurar-me para a Taça do Mundo de

Maratona, que se vai realizar em Zamora (Espanha).

Mas a vida de um atleta não é só treinar, também é

necessário estudar para conseguir ter sucesso na

escola. O mais difícil é conciliar o tempo de estudo

com os treinos.

nada com o ambiente, tem uma grande vantagem.

- Há algum esclarecimento que (nos) possa facultar/

fornecer/dar para despertar o interesse pela canoa-

gem?

A canoagem permite o contacto com a natureza, é um

desporto muito saudável e seguro – mais seguro, creio,

do que correr no passeio - e, além disso, implica pouco

investimento em termos monetários, porque o clube for-

nece a maioria das coisas.

- Há alguma informação adicional que possa enriquecer

esta entrevista? Alguma pergunta importante que con-

sidere que deveria ser feita?

Quando praticamos canoagem preservarmo-nos para o

futuro.

Ana Margarida Pedrosa ; Flávia Cachada ; Daniel

Macedo; João Pedro Passos ; Pedro Gomes ;

(Continuação da página 11)

A PROPÓSITO DE MÚSICA...

Page 13: Jornal Voz da Escola 2006

A minha opinião sobre a visita de estudo a Lisboa

Nos dias 2 e 3 de Março, eu e a minha turma participámos, juntamente com as turmas do Agrupamento de Economia, numa visita de estudo a Palmela, Lisboa e arredores. Visitámos o Castelo de Palmela onde apreciámos uma paisagem fantástica que misturava a cidade e a natureza, o passado e o presente.

Depois de almoçarmos no liceu de Palmela partimos para a baixa Pombalina, em Lisboa, verifi-cando os vários monumentos aí existentes bem como a bela arquitectura dos edifícios que formam as principais ruas e avenidas daquela zona Lisboeta. Jantámos e passeámos, à noite, no centro comercial

Colombo, vimos os principais estádios de futebol e dormimos no seminário, na zona de Oeiras. No dia seguinte, fomos ao Parque das Nações, nomeadamente, ao Pavilhão do Conhecimento, almoçando seguidamente no liceu de Rio de Mouro e, finalmente, visitámos o parque industrial TagusParque. Apesar da chuva, foi possível ficar com uma ideia deste complexo, sendo muito enriquecedores os esclarecimentos que tivemos sobre o seu funcionamento. É

importante saber que Portugal se preocupa com a inovação e que as universidades e institutos ligados à investiga-ção e desenvolvimento já trabalham em parceria e em espaços a pensar nas suas necessidades.

Embora já conhecesse a maior parte dos locais visitados, achei esta visita muito importante para o convívio entre alunos e professores. Houve solidariedade entre todos, divertimento e conhecimento.

Nuno Ferreira, 11ºF

Viagem de Finalistas 2005/2006

Como vai sendo hábito em todos os anos lectivos, realizou-se, entre os dias 05 e 12 de Abril, uma viagem de finalistas que teve como destino Benidorm, uma cidade localizada na chamada Costa Blanca, no sul de Espanha. Nesta viagem, organizada pelos alunos do 12º.ano, sob a coordenação da professora Mariberta Pereira, participaram 45 alunos do 12.º ano. A viagem teve início às 20h00 do dia 05 de Abril, com chegada a Valência na manhã do dia seguinte. Nesta belíssima cidade espanhola tivemos a oportunidade de visitar a sua monumental parte histórica, ouvindo-se, em simultâneo, as explicações da guia turística que nos acompanhou durante esta viagem. A chegada ao destino tão desejado – Benidorm – deu-se por volta das 12h00, tendo o grupo ficado hospedado num hotel localizado no centro da cidade, nomeadamente, na zona das famosas praias. Durante o dia, desfrutámos as maravilha da praia do Levante, considerada uma das dez melhores praias do mundo. À noite, apreciámos a constante e reconhecida animação nocturna desta instância balnear. Um dos momentos altos da viagem foi a visita ao parque temático “Terra Mítica”, um espaço onde a diversão, a cultura e a história se abraçam. Neste parque estão retratadas as grandes civilizações da antiguidade como a egípcia, a romana, a grega e a ibérica. Este é um espaço onde o visitante pode usufruir de diversões e áreas temáticas representativas das civilizações mencionadas, onde se realizam diversos espectáculos de natureza lúdico-cultural.Outro momento marcante foi a visita à cidade de Múrcia, onde tivemos a oportunidade de conhecer a sua imponente catedral. De seguida, e no mesmo dia, visitámos ainda a costa marítima de Alicante.Num dos dias, e aproveitando as belezas e potencialidades naturais da costa marítima daquela região espanhola, tivemos o privilégio de fazer uma via-gem pelo mediterrâneo a bordo de um barco cujo casco era de vidro, possibilitando, deste modo, a visualização da fauna e flora marítimas. O dia 11 chegara e, no regresso a casa, o grupo pôde ainda visitar a capital espa-nhola – Madrid. Com a preciosa ajuda da nossa guia turística, pudemos usufruir de um pas-seio comentado aos pontos de maior interesse cultural, histórico e turístico da cidade, como por exemplo, o Palácio Real, o Museu do Prado, o Museu Rainha Sofia, a Estação de La Tocha, a catedral de Madrid, entre outros. É de salientar, aliás, que em todas as cidades visitadas fomos acompanhados pela referida guia que nos presenteou com os seus comentários e esclarecimentos. Ao amanhecer do dia 12 de Abril chegámos à nossa escola. Foi sem dúvida uma viagem marcante para todos nós, não só pelo convívio e animação entre os colegas, mas também pela oportunidade de conhecermos locais de inegável interesse, quer pelas suas belezas naturais, quer pelo seu valor patrimonial, cultural e histórico. Gostaríamos, nesta altura, de manifestar o nosso enorme agradecimento aos professores que nos acompanha-ram, nomeadamente a professora Mariberta Pereira, o professor Manuel Mariz Neiva e o professor Eduardo Abreu.

Os alunos participantes

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Na Nossa Escola

Page 14: Jornal Voz da Escola 2006

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Na nossa Escola

A Actividade Física na Escola Secundária Henrique Medina!

O CORTA-MATO

Como vem sendo hábito na nossa escola, o Subdepartamento de Educação Física organiza, ao longo do ano, inúmeras actividades desportivas destinadas a toda a comunidade escolar. Assim, logo no final do 1º período teve lugar a realização do corta mato escolar e do torneio inter-turmas de voleibol para o ensino secundário.

O corta-mato escolar destinava-se a todos os alunos da escola e contou com a participação de 234 alunos. Os atletas/alunos dividiram-se por 4 categorias (infantis, iniciados, juvenis e juniores) de acordo com o ano de nasci-

mento, tendo-se verificado os seguintes resultados: Importa referir que todos os alunos que participaram estão de parabéns e que contámos com a sua participação e

esforço no próximo corta-mato escolar.

INFANTIS FEMININAS

1º - MÁRCIA RODRIGUES – 7º D

2º - ANA FERREIRA – 7º F

3 º - HELENA MADUREIRA – 7º F

INFANTIS MASCULINOS

1º - JOÃO TERRAS – 7º B

2º - JOÃO PASSOS – 7º D

3 º - BERNARDO SANTOS– 7º G

INICIADAS FEMININAS

1º - SUSANA AZEVEDO – 7º H

2º - PAULA LOPES – 8º C

3 º - SARA ESTEVES – 8º D

INICIADOS MASCULINOS

1º - RAFAEL LOPES – 9º D

2º - HELDER LEAL – 8º C

3 º - CARLOS DOMINGUES – 8º F

JUVENIS FEMININAS

1º - ANA RITA MACIEL – 8º I

2º - RAFAELA AZEVEDO – 8º A

3º - LIANA SOUSA – 10º E

JUVENIS MASCULINOS

1º - BRUNO PAULO – 10º B

2º - LUÍS BRITO – 10º C

3 º - ANDRÉ RIBEIRO – 11º A

JUNIORES MASCULINOS

1º - VITOR FERREIRA – 10º F

2º - MARCO MOREIRA – 11º D

3 º - BRUNO GARRIDO – 9º H

Partida para o corta-mato

TORNEIO INTER-TURMAS DE VOLEIBOL No penúltimo dia de aulas do 1º período, realizou-se o TORNEIO INTER-TURMAS DE VOLEIBOL. Este evento des-

portivo destinava-se aos alunos do ensino secundário e contou com uma grande adesão, quer em termos de equipas/turmas inscritas, quer em termos de público a assistir aos animados e disputados jogos. É de realçar que participaram neste torneio aproximadamente 336 alunos distribuídos por 28 equipas (9 do 10º ano; 10 do 11º ano e 9 do 12º ano de escolaridade). No final, a classificação ficou assim organizada:

10º Ano – Turma C 11º Ano – Turma - F 12º Ano – Turma C

IV DIA DO FATO DE TREINO No último dia de aulas do 2º período, dia 31 de Março, realizou-se o 4º Dia do Fato de Treino. Esta actividade destina-se a todos os elementos da comunidade escolar e realizou-se, este ano, pela quarta vez consecutiva. Foram bastantes as actividades que preencheram este dia dedicado à actividade física. O dia começou com uma sessão de ginástica aeróbica. De seguida, deu-se início a vários torneios de futebol, voleibol de praia e ténis, os quais ocuparam o dia inteiro com jogos. A adesão a esta iniciativa tem vindo a crescer, quer em núme-ro de participantes (aproximadamente 600 alunos), quer em espectadores que ao longo do dia animaram a actividade.

Page 15: Jornal Voz da Escola 2006

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Na nossa Escola

CAMINHADA AO MONTE DE S. LOURENÇO

Pelo segundo ano consecutivo, os Subdepartamentos de Educação Física e de

História organizaram uma caminhada ao Monte de S. Lourenço. Esta actividade destina-

va-se aos alunos do 7º ano e contou com a participação de todas as turmas daquele ano de

escolaridade, num total de, aproximadamente, 186 alunos. Pretende-se com esta activida-

de promover nos alunos o gosto pela actividade física ao ar livre, nomeadamente pela

caminhada, bem como dar a conhecer aos nossos alunos o património ambiental e histórico-cultural existente no Concelho de Esposende. É um dia diferente para

os alunos, em que, para além da caminhada monte acima, têm também a possibi-

lidade de realizar uma visita guiada ao Castro de S. Lourenço e participar em

alguns jogos tradicionais. Sobre este dia, resta-nos agradecer aos Arqueólogos

dos Serviços de Património Histórico-Cultural da CME, pela ajuda prestada na

visita ao Castro, aos professores que acompanharam as diferentes turmas e aos

alunos que participaram demonstrando respeito pelo meio ambiente e pelos monumentos arqueológi-

cos existentes em S. Lourenço.

ACTIVIDADES DA BE-CRE

Hora do conto

Ao longo do mês de Fevereiro, as turmas do 7º ano de escolaridade, durante as aulas de Língua Portuguesa, deslocaram-se à biblioteca para, num ambiente agradável e acolhedor, ouvir uma história, contada pelo professor Américo Martins. Foi com satisfação que a equipa coordenadora da biblioteca registou o entusiasmo manifestado pelos alunos ao participarem nesta iniciativa.

Sarau de Poesia

Realizou-se no passado dia 30 de Março, pelas 21 horas, o Segundo Sarau de Poesia, ini-

ciativa da equipa coordenadora da biblioteca , em colaboração com os Departamentos de

Línguas. . O Sarau, onde não faltaram, à semelhança do ano transacto, chá, café e biscoi-

tos, decorreu num ambiente agradável, recheado, não somente de poesia, declamada por

alunos, pais e professores, mas também de música e dança medieval, protagonizada por

alunos trajados a rigor. A significativa afluência superou as expectativas da organização que agradece a todos quantos se empenharam para que esta iniciativa fosse um sucesso.

Aqueles que não puderam assistir a este espectáculo, poderão visualizar o DVD, filmado

por alunos do 12ºI, que se encontra na biblioteca.

Turma do 12ºI

TOP LEITURAS

Muitos foram, durante o ano lectivo, os livros de leitura recreativa requisitados pelos nosso alunos, funcionários e professores. No entanto, e na sequência do tratamento esta-tístico efectuado, destacamos: O livro mais lido - Onze Minutos de Paulo Coelho

O leitor mais assíduo - Ana Sofia da Silva Alves Ferreira, 11ºJ PARABÉNS!

ENCONTRO COM O ESCRITOR

MANUEL POPPE

No passado dia 22 de Maio,

pelas 15 horas, teve lugar, no auditó-

rio da escola, um encontro entre o

escritor Manuel Poppe e alunos e pro-

fessores do Ensino Secundário.

Esta iniciativa revelou-se

uma excelente oportunidade de contactar com a vas-

ta experiência de um escritor, que é, simultanea-

mente, novelista, contista, ensaísta, cronista e diplo-

mata.

Page 16: Jornal Voz da Escola 2006

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Na nossa Escola

Semana Missionária na Escola Secundária Henrique Medina

Decorreu de 20 a 24 de Março de 2006, na Escola Secundária Henrique Medina, a Semana Missionária, animada pelo Padre Marcelo, missionário camboniano. Abrangeu todos os

alunos inscritos na disciplina de E.M.R.C do 7º ao 12º anos. Foi um testemunho vivo da

Igreja Missionária ― Ad Gentes‖, na pessoa do Padre Marcelo, transmitindo a sua vivência

de quatro anos na República Democrática do Congo.

Podíamos resumir esta semana em duas palavras: uma interpretação e um convite. Interpre-

tação: também tu és missionário, na tua própria escola, na tua família. Convite: diante da

urgência da Missão, quem sabe se algum(a) é chamado de um modo particular a responder

aos inúmeros problemas que tantos homens, nossos irmãos, vivem, anunciando-lhes a pala-

vra viva de Jesus e ajudando-os.

A resposta é tua, caríssimo jovem! Aceita o desafio.

Os professores de E.M.R.C.

Sab e r s e r s o l i d á r i o é

O p r i m e i r o p a s s o p a r a

L i b e r t a r a s p e s s o a s d o e g o í sm o

Im a g i n a r u m m u n d o s em g u e r r a

D e s e n v o l v e r a i g u a l d a d e e n t r e a s p e s s o a s

A p o i a r a t o d o s s em d i s t i n ç ã o

R e u n i r t o d o s à v o l t a d o m e sm o i d e a l

I r a o e n c o n t r o d e q u em e s t á s ó

E s c u t a r a v o z d o e x c l u í d o

E s p e r t a r c o n s c i ê n c i a s

A b a l a r c om o s i n d i f e r e n t e s

D i a l o g a r c om t o d o s e g r i t a r a o s v e n t o s , a i n d a

h á E s p e r a n ç a

P r o f . F á t im a C a r d o s o e a l u n o s d e E .M . R . C d o 8 º B

Daniel Comboni

“ O primeiro amor da minha juventude foi a África. No meio de vós, nunca deixarei de ser vosso. O dia e a noite, o sol e a chuva encontrar-me-ão sem-pre pronto para as vossas necessidades: o rico e o pobre, o são e o enfermo, o jovem e o velho, o patrão e o servo terão sempre aceso ao meu cora-ção. Faço causa comum con-vosco e o mais feliz dos meus dias será aquele em que puder dar a vida por vós.

( D. Comboni, Cartum, 1873)

Campanha de Solidariedade - Cabaz de Natal

A turma do 12º Ano de Educação Moral e Religiosa Católica, juntamente

com os professores da disciplina e em colaboração com a Acção Social

da Câmara Municipal de Esposende, levou a cabo uma campanha de

solidariedade designada ―Cabaz de Natal—um aluno = um alimento‖

com o intuito de fazer chegar às famílias mais carenciadas do Concelho

de Esposende alguns bens alimentares de primeira necessidade, para que

o Natal destas famílias fosse de algum modo mais festivo.

Em colaboração com toda a comunidade escolar foi possível recolher os

seguintes alimentos: 84 kg de arroz, 25 kg de açúcar, 43 unidades de enlatados, 3 litros de leite, 97 unidades de

massa, uma unidade de cevada, 5 kg de sal, 3 unidades de óleo alimentar, 5 unidades de leguminosas, 4 kg de fari-

nha e 48 unidades de bolachas.

A todos quantos colaboraram, fica o nosso profundo agradecimento.

Professores e turma do 12º Ano de EMRC

ACTIVIDADES DE EMRC

Page 17: Jornal Voz da Escola 2006

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Curiosidades

29 dicas para escrever bem

1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc.

2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita

demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de esmero exces-

sivo que raia o exibicionismo narcisístico.

3. Anule aliterações altamente abusivas.

4. não esqueça as maiúsculas no início das frases. 5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.

6. O uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desneces-

sário.

7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão

in.

8. Evite o emprego de gíria, mesmo que pareça nice, tá fixe?

9. Palavras de baixo calão podem transformar o seu texto numa

%$&#$#&!?.

10. Nunca generalize: generalizar, é um erro em todas as situa-

ções.

11. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a

palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra

repetida.

12. Não abuse das citações. Como costuma dizer amigo meu:

―Quem cita os outros não tem ideias próprias‖.

13. Frases incompletas podem causar...

14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de

formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma

só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma ideia várias

vezes.

15. Seja mais ou menos específico.

16. Frases com apenas uma palavra? Jamais! 17. A voz passiva deve ser evitada.

18. Utilize a pontuação correctamente o pon-

to e a vírgula especialmente será que já nin-

guém sabe utilizar o ponto de interrogação

19. Quem precisa de perguntas retóricas?

20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhe-

cidas.

21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.

22. Evite mesóclises. Repita comigo: “mesóclises: evitá- las-ei!”

23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa gali-

nha. 24. Não abuse das exclamações! Nunca! O seu texto fica horrí-

vel!

25. Evite frases exageradamente longas, pois estas dificultam a

compreensão da ideia nelas contida, e, por conterem mais que

uma ideia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessí-

vel, forçam desta forma, o pobre leitor a separá-la nos seus diver-

sos componentes, de forma a torná-las compreensíveis, o que não

deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito

que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.

26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúaa por-

tuguêza.

27. Seja incisivo e coerente, ou não. 28. Não fique escrevendo no gerúndio. Você vai deixando seu

texto pobre – causando ambiguidade – e esquisito, ficando com a

sensação de que as coisas ainda estão acontecendo.

29. Outra barbaridade que você deve evitar é usar muitas expres-

sões que acabem por denunciar a região onde tu moras, carago!

-Há coisas que só têm mesmo piada na língua do povo.... eis o exemplo:

PROVÉRBIOS PARA GENTE CULTA!

- Expõe-me com quem deambulas e a tua idios-

sincrasia augurarei.

(Diz-me com quem andas e te direi quem

és)

- Espécime avícola na cavidade metacárpica,

supera os congéneres revolteando em duplicado.

(Mais vale um pássaro na mão, que dois

a voar)

- Ausência de percepção ocular, insensibiliza

órgão cardial.

(Olhos que não vêem, coração que não

sente)

- Equídeo objecto de dádiva, não é passível de

observação odontológica. (A cavalo dado não se olham os dentes)

- O globo ocular do proprietário torna obesos

os bovinos.

(O olho do amo engorda o gado)

- Idêntico ascendente, idêntico descendente.

(Tal pai, tal filho)

- Descendente de espécime piscícola sabe loco-

mover-se em líquido

inorgânico.

(Filho de peixe sabe nadar)

- Pequena leguminosa seca após pequena legu-

minosa seca atesta a

capacidade

de ingestão de espécie avícola.

(Grão a grão enche a galinha o papo)

- Tem o monarca no baixo ventre

(Tem o rei na barriga)

- Quem movimenta os músculos supra faciais

mais longe do primeiro,

movimenta-os substancialmente em condições

excepcionais.

(Quem ri por último ri melhor)

- Quem aguarda longamente, atinge o estado

de exaustão.

(Quem espera desespera)

Page 18: Jornal Voz da Escola 2006

Diverte-te lendo a

Voz da Escola

Última

Página 18

O PROFESSOR ESTÁ SEMPRE ERRADO!

… se é jovem, não tem experiência

... se é velho, está superado

... se não tem carro, é um coita-

do...

... se tem carro, chora de "barriga

cheia"

... se fala em voz alta, grita

... se fala em tom normal, ninguém o ouve...

... se não falta às aulas, é um tontinho

... se falta, é um "turista"

... se conversa com outros professores, está a falar mal

dos alunos

... se não conversa, é um desligado

... se dá a matéria toda, não tem dó dos alunos

... se não dá a matéria, não prepara os alunos

... se brinca com a turma, arma-se em engraçado

... se não brinca, é um chato

... se chama a atenção, é um autoritário

... se não chama, não se sabe impor

... se o teste de avaliação é longo, não dá tempo

... se o teste de avaliação é curto, tira as chances dos

alunos

... se escreve muito, não explica

... se explica muito, o caderno não tem nada

... se fala correctamente, ninguém entende

... se fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário

... se o aluno é reprovado, foi perseguição

... se o aluno é aprovado, o professor facilitou.

É verdade, o professor está sempre errado! Mas se

você conseguiu ler até aqui, agradeça-lhe a ele.

VE

CONCURSO

QUEM É QUEM?

Descobre quem são os professores e ganha

um prémio.

Na biblioteca, encontrarás um impresso

onde poderás apresentar as tuas respostas.

Il faut préserver La nature qui est en danger Elle ne va pas très bien À cause de l’homme et de son quotidien Il est impératif de conserver l’environnement Duquel bien des choses font partie Le coucher du soleil aussi Mais nous le détruisons tout le temps

Sé Tucker, 12ºI

Découvre, dans la grille suivante, les parties du corps:

Bouche (Boca)

Bras (Braço)

Cou (Pescoço)

Coude (Cotovelo)

Doigts (Dedos)

Genou (Joelho)

Jambe (Perna)

Main (Mão)

Oreille (Orelha)

Poitrine (Peito)

Pied (Pé)

Tête (Cabeça)

Taille (Cinta)

Ventre (Barriga)

B P B O U H T P I E D Y H A J

O O I T H H E I O H E J Y A A

V I U E T E T T E C I A M E B

E T P C L L E K C O U M R I P

R R I O H U G E Y U O T I E D

T I H T W E D L L D N U P G W

T N A P N C O D T E L Y O V N

R E P O B W R E V A E A M A I

A Y U L R S E V E M T L H E A

S R B R A T I F P E K H I T M

T D P R I J H Y T L L A L A N

G O B R M A I E F F R L N E T

I I E H E M R H D B I B I A I

O G J A R B O R Y A R Z F A F

D I E R O E L L I E R O T H T

Isabel Figueiredo, 11ºG

Francophonies

Não importa o que o passado fez de mim. Importa é o que farei com o que o passa-

do fez de mim. (autor desconhecido)