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Reabilitação dos Centros Históricos das Vilas do Concelho O Programa Estratégico de Reabilitação Urbana do Concelho de Viana do Alentejo define as orientações para uma profunda intervenção nos centros históricos e zonas urbanas consolidadas das três vilas do nosso concelho. cmyk cmyk “Decidi recandidatar-me à Câmara Municipal de Viana do Alentejo porque tenho a firme determinação de dar continuidade ao trabalho realizado nestes últimos quatro anos...” Bengalinha Pinto em entrevista: Editorial Caros amigos; Quase quatro anos que são passados sobre a data em que o Povo do Concelho de Viana do Alentejo soberanamente decidiu que estava na altura de se enveredar por um novo caminho na gestão da vida municipal, eis-nos de volta ao vosso contacto, com este pequeno jornal a que entendemos chamar “União E Solidariedade”, conceitos fundamentais que os conturbados tempos que hoje vivemos colocaram no topo das prioridades de quaisquer propostas para um futuro próximo: união de todos nós, porque dela advém a força ne- cessária para se poderem levar a bom termo os nossos projectos e trabalhos; solidariedade entre todos, porque só com ela se logrará alcançar uma sociedade mais equitativa, mais justa e mais democrática. Antes do mais cabe aqui uma palavra de agradecimento a todos aqueles que, em Outubro de 2009, optaram por depositar a sua confiança no Movimento Unidos pelo Concelho de Viana do Alentejo e no Partido Socialista; a todos eles e também àqueles que nos apoiaram ao longo daquela campanha, o nosso muito obrigado. Neste e nos próximos números do “União e Solidariedade” iremos dar uma vista de olhos ao caminho percorrido durante o mandato que agora está a terminar, às dificuldades e obstáculos que tivemos de ultrapassar, em suma, iremos fazer um balanço do trabalho desenvolvido. Em simultâneo avançaremos, desde já, com algumas propostas para o próximo mandato, ainda passíveis, contudo, de serem enriquecidas com as críticas e sugestões de todos. Apesar da grave crise que assolou o país nos últimos anos, com particular in- cidência a partir do ano de 2010 e não podendo ignorar tal realidade - lembrando que as autarquias locais foram, também elas, um dos principais alvos de um vasto pacote legislativo de severas medidas de austeridade -, considero que foi feito muito trabalho positivo no nosso concelho, tanto ao nível da Câmara como das suas freguesias. Nitidamente em contra-ciclo com a difícil situação económica que atraves- sam grande parte dos municípios do país, tem-nos sido possível, com muita dedicação e trabalho, manter as contas equilibradas, podendo mesmo afirmar-se que gozamos de uma situação financeira saudável, condição fundamental para encarar o futuro da nossa autarquia com serenidade e optimismo. Em hora de balanço e não querendo fazer uma descrição exaustiva do tra- balho realizado, até porque ele se encontra à vista e pode ser avaliado por todos, esta candidatura irá analisar e realçar, através deste jornal e durante o tempo que medeia até às próximas eleições, alguns projectos desenvolvidos, concluídos ou em vias de conclusão. Muitos deles de natureza “física”, isto é, obra nova ou requalifi- cações; outros de natureza imaterial, cultural, desportiva ou recreativa. Uns apoiados e co-financiados pelo poder central e/ou por fundos europeus; outros da exclusiva responsabilidade do actual executivo, concretizados pelos seus trabalhadores. Acções que, na sua globalidade, se acabaram por traduzir num significativo e inusitado inves- timento em todo o Concelho. Ao contabilizar e reflectir sobre o trabalho autárquico desenvolvido nestes últimos 3 anos e 9 meses, apesar da mais grave conjuntura económica social e política desde o 25 de Abril de 1974, não posso deixar de alertar para a mensagem falsa e ilusória que alguns querem fazer passar, baseada na ideia enganadora de que antes de 2009 havia progresso e que a partir de 2009 estagnámos. É pois com o firme objectivo de dar continuidade ao projecto iniciado em 2009, sob o lema “Viana, um concelho em movimento”, que volto a pedir, mais uma vez, a confiança de todos os munícipes do concelho de Viana do Alentejo, comprometendo-me a cumprir o mandato que me for confiado até ao fim e, tal como o tenho feito até aqui, privilegiar um modelo de gestão aberta e participada, ou seja, com todos e para todos. Entre outros temas de grande interesse, pode ler neste número: União Solidariedade Jornal do Movimento UNIDOS PELO CONCELHO DE VIANA DO ALENTEJO Juntos vamos manter o nosso Concelho em MOVIMENTO Edição 01 AUTARQUICAS 2013 Campos de futebol relvados Uma realidade apenas possível pelo esforço conjunto de todos os envolvidos! Junho de 2013 Visite-nos no Facebook em: Autarquicas Viana 2013

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Page 1: Jornal união e solidariedade   1

Reabilitação dos Centros Históricos das Vilas do Concelho

O Programa Estratégico de Reabilitação Urbana do Concelho de Viana do Alentejo define as orientações para uma profunda intervenção nos centros históricos e zonas urbanas consolidadas das três vilas do nosso concelho.

cmyk cmyk

“Decidi recandidatar-meà Câmara Municipal deViana do Alentejo porque tenho a firme determinação de dar continuidade ao trabalho realizado nestes últimos quatro anos...”

Bengalinha Pintoem entrevista:

Editorial Caros amigos;

Quase quatro anos que são passados sobre a data em que o Povo do Concelho de Viana do Alentejo soberanamente decidiu que estava na altura de se enveredar por um novo caminho na gestão da vida municipal, eis-nos de volta ao vosso contacto, com este pequeno jornal a que entendemos chamar “União E Solidariedade”, conceitos fundamentais que os conturbados tempos que hoje vivemos colocaram no topo das prioridades de quaisquer propostas para um futuro próximo: união de todos nós, porque dela advém a força ne-cessária para se poderem levar a bom termo os nossos projectos e trabalhos; solidariedade entre todos, porque só com ela se logrará alcançar uma sociedade mais equitativa, mais justa e mais democrática.

Antes do mais cabe aqui uma palavra de agradecimento a todos aqueles que, em Outubro de 2009, optaram por depositar a sua confiança no Movimento Unidos pelo Concelho de Viana do Alentejo e no Partido Socialista; a todos eles e também àqueles que nos apoiaram ao longo daquela campanha, o nosso muito obrigado. Neste e nos próximos números do “União e Solidariedade” iremos dar uma vista de olhos ao caminho percorrido durante o mandato que agora está a terminar, às dificuldades e obstáculos que tivemos de ultrapassar, em suma, iremos fazer um balanço do trabalho desenvolvido. Em simultâneo avançaremos, desde já, com algumas propostas para o próximo mandato, ainda passíveis, contudo, de serem enriquecidas com as críticas e sugestões de todos. Apesar da grave crise que assolou o país nos últimos anos, com particular in-cidência a partir do ano de 2010 e não podendo ignorar tal realidade - lembrando que as autarquias locais foram, também elas, um dos principais alvos de um vasto pacote legislativo de severas medidas de austeridade -, considero que foi feito muito trabalho positivo no nosso concelho, tanto ao nível da Câmara como das suas freguesias. Nitidamente em contra-ciclo com a difícil situação económica que atraves-sam grande parte dos municípios do país, tem-nos sido possível, com muita dedicação e trabalho, manter as contas equilibradas, podendo mesmo afirmar-se que gozamos de uma situação financeira saudável, condição fundamental para encarar o futuro da nossa autarquia com serenidade e optimismo. Em hora de balanço e não querendo fazer uma descrição exaustiva do tra-balho realizado, até porque ele se encontra à vista e pode ser avaliado por todos, esta candidatura irá analisar e realçar, através deste jornal e durante o tempo que medeia até às próximas eleições, alguns projectos desenvolvidos, concluídos ou em vias de conclusão. Muitos deles de natureza “física”, isto é, obra nova ou requalifi-cações; outros de natureza imaterial, cultural, desportiva ou recreativa. Uns apoiados e co-financiados pelo poder central e/ou por fundos europeus; outros da exclusiva responsabilidade do actual executivo, concretizados pelos seus trabalhadores. Acções que, na sua globalidade, se acabaram por traduzir num significativo e inusitado inves-timento em todo o Concelho. Ao contabilizar e reflectir sobre o trabalho autárquico desenvolvido nestes últimos 3 anos e 9 meses, apesar da mais grave conjuntura económica social e política desde o 25 de Abril de 1974, não posso deixar de alertar para a mensagem falsa e ilusória que alguns querem fazer passar, baseada na ideia enganadora de que antes de 2009 havia progresso e que a partir de 2009 estagnámos.

É pois com o firme objectivo de dar continuidade ao projecto iniciado em 2009, sob o lema “Viana, um concelho em movimento”, que volto a pedir, mais uma vez, a confiança de todos os munícipes do concelho de Viana do Alentejo, comprometendo-me a cumprir o mandato que me for confiado até ao fim e, tal como o tenho feito até aqui, privilegiar um modelo de gestão aberta e participada, ou seja, com todos e para todos.

Entre outros temas de grande interesse, pode ler neste número:

União Solidariedade

Jornal do MovimentoUNIDOS PELO CONCELHO DE VIANA DO ALENTEJO

Juntos vamos manter o nosso Concelho em MOVIMENTO

Edição 01

AUTARQUICAS 2013

Campos de futebol relvadosUma realidade apenas possível pelo esforço conjunto de

todos os envolvidos!

Junho de 2013 Visite-nos no Facebook em: Autarquicas Viana 2013

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Viana do Alentejo chegou aos anos centrais do século passado como uma vila, sede de concelho, muito atra-sada, onde demoravam a chegar os be-nefícios da electricidade e da água cana-lizada. Os esgotos, muito simples, apenas cobriam as ruas principais do centro, indo desembocar nas valas a céu aberto do Rossio e da Fonte da Cruz – a famosa vala da “Chica Maneta”. Não existia rede de pluviais, as chuvas torrenciais faziam sempre grandes estragos, ainda hoje vivem muitos conterrâneos nossos que se lembram muito bem das célebres cheias de 1945 em que, arrastados pela força das águas, “os santos da igreja da creche passaram à Praça”.

Os anos da 1ª República (1910-1926) tinham sido tempos de grande es-tagnação e de promessas que ficariam por cumprir. Depois de Salazar e o seu Estado Novo se terem instalado de pedra e cal foi lançado, na década de trinta, um ambicioso plano de obras públicas nacionais. Viana, porém, teimava em ficar para trás, apenas os trabalhos das estradas novas para Évora, Vila Nova e Portel iam avançando, mas mesmo assim muito lentamente. Grande parte do imobilismo local, sabemo-lo hoje, teve origem na inoperância da Câmara Municipal e dos seus presidentes de então, “muito bem falantes e ilustrados” – um deles era médico, outro um grande proprie-tário local que cursara Coimbra -, contudo incapazes de negociarem no Terreiro do Paço e assim levarem a cabo as obras que todos reclamavam. Em 1946 foi indigitado para pre-sidente o lavrador José Fragoso. Quem o conheceu descreve-o como um homem habituado a lidar de perto com o mundo do trabalho, muito “terra a terra”, frontal, mas de verbo um tanto ou quanto rude. Mas José Fragoso era um homem de acção e meteu mãos à obra. Em Novembro de 1958, quando faleceu - ainda à frente dos destinos da Câmara -, Viana já tinha luz eléctrica (inaugurada em Outubro de 1956), a água canalizada já chegava a gran-de parte das suas casas, os esgotos cobriam praticamente toda a vila e o secular proble-ma das cheias tinha encontrado resolução com a construção de um enorme “caneiro” que, começando alguns metros acima do muro da “creche”, corre por baixo da Rua Teófilo Braga, durante mais de quinhentos metros, indo desembocar na zona baixa da Barca. Uma obra que obrigou a esventrar toda aquela via, a dureza da pedra a ser vencida apenas pela violência dos tiros de pólvora; uma obra demorada que criou muitos constrangimentos entre a população mas que, concluída, resolveu para o futuro um problema que já se arrastava há quase setecentos anos… Os anos passaram. A melhoria geral das condições de vida, trazida pelo 25 de Abril, levou à opção de construção de novas urbanizações, nas periferias da Vila, em detrimento do seu centro que, a pouco e pouco, foi sendo abandonado. Uma escolha

de resto seguida pela quase totalidade do país e que hoje já se começa a perceber não ter sido a mais acertada, ainda que tenha sido aquela que melhor serviu as nem sem-pre transparentes relações das Autarquias locais com o poderoso sector da construção civil. Mas adiante. Com toda a atenção virada para a construção de novos bairros, a manutenção e requalificação das infra-estruturas do cha-mado “centro histórico” foi sendo descura-da ou feita de forma muito deficiente, bura-cos que se fechavam num dia para logo, no dia seguinte, se tornarem a abrir um pouco mais adiante. A rede de águas, planeada nos anos cinquenta do século passado para consumos domésticos pouco expressivos, lá se foi aguentando como podia, correndo por velhas tubagens de perigoso cimianto e por ramais de galvanizado apodrecido. Fe-rida por inúmeras rupturas, algumas delas

de quase impossível detecção, nos últimos anos tem sido quase tanta a água que se perde na rede como aquela que acaba por ser efectivamente utilizada… Quanto ao velho e belíssimo pavimento em calçada portuguesa, esse acabou por sucumbir à ditadura do automóvel, com as ruas a vestirem-se de luto, de alcatrão. Viana, aquela a quem alguém, um dia, chamara de “formosa Sintra do Alentejo”, foi ficando feia, triste e feia.

A partir dos anos 90 do século passado a chegada dos fundos da CEE permitiu a uma grande número de Câmaras Municipais poderem, finalmente, promo-ver a reabilitação das suas zonas velhas, re-construindo as suas infra-estruturas degra-dadas, repondo os pavimentos, alindando aqui e ali, em suma, tornando-as de novo apelativas para a instalação de comércio e de habitação. À volta de Viana os exemplos multiplicaram-se: Arraiolos, Mora, Évora, Portel… Porém e tal como já tinha aconte-cido há setenta anos atrás Viana foi ficando, uma vez mais, para trás. As opções que aqui venceram foram outras, a dos grandes equipamentos – alguns deles necessários, é certo, outros porém sobredimensionados ou redundantes. A urgência da requalificação ur-bana, ainda que reconhecida por pratica-mente todos os executivos camarários que se sucederam nos últimos trinta anos na nossa Câmara, foi sendo sistematicamente adiada, relegada para “as calendas gregas”. E percebe-se muito bem porquê: são obras que trazem sempre muita perturbação ao viver quotidiano das populações. São troços de rua que ficam, por vezes durante sema-

História, Requalificação Urbanae Coragem Política

nas, fechados ao trânsito ou limitados no acesso, ressentindo-se os estabelecimen-tos comerciais, os serviços e os próprios moradores. Depois há a chuva, as ruas enlameadas ou, pior ainda, o pó fino que se insinua pelas casas dentro. Por outro lado e por melhor que tenha sido feito o planeamento dos trabalhos, surgem sempre imprevistos em obras desta natu-reza e dimensão, nunca se sabendo muito bem o que se vai encontrar debaixo do alcatrão. Viana assenta, é conhecido, sobre um vasto afloramento de mármore muito duro que é preciso rasgar, esven-trar, tarefa apenas possível pelo recurso a maquinaria pesada e muito ruidosa. Enfim, antes que se possam perceber os benefícios destes trabalhos, serão dias, semanas, meses de desassossego. Ainda que absolutamente ne-cessárias, este tipo de obras são sempre muito pouco populares, geradoras de frequentes conflitos entre o seu promotor – a Câmara Municipal – e alguns dos mu-nícipes por elas afectados. Daí que outros as tenham evitado. Daí que seja necessá-ria muita determinação e coragem políti-ca para se lançarem. Essa coragem, que a outros faltou, teve-a agora o presidente Bengalinha Pinto. Mesmo sabendo que a inter-venção em curso no centro histórico de Viana poderá afectar negativamente a sua recandidatura à presidência da Au-tarquia, Bengalinha Pinto não hesitou em lançar mãos à obra. As vicissitudes e atrasos do processo de financiamento resultaram que só agora, em ano de elei-ções, os trabalhos pudessem ter sido lan-çados, quando é sabido que intervenções deste tipo devem ter lugar logo no início dos mandados, nunca no seu fim. Con-tudo esta perversa “lógica eleitoral”não inibiu Bengalinha Pinto e a sua equipa de não protelarem mais uma intervenção que já devia de ter acontecido há muito. Porque sabem que dela depende, em boa parte, o futuro bem-estar das populações. Porque sabem que uma Viana arrumada e bonita poderá ser mostrada com orgulho aos nossos visitantes, incrementando o hoje tão depauperado amor-próprio dos Vianenses.

Em meados do século passado José Fragoso foi o homem que soube arrancar Viana de um viver quase medieval, logrando trazê-la para a modernidade. Passado que foi mais de meio século Bengalinha Pinto é o homem que, finalmente, a colocará nos trilhos do século XXI.

Junho.2013

José Fragoso, foi presidente da Câmara Municipal de Viana entre 1946 e 1958.

Ainda que absolutamente necessárias, este tipo de obras são sempre muito pouco populares, geradoras de frequentes conflitos entre o seu promotor – a Câmara Municipal – e alguns dos munícipes por elas afectados. Daí que outros as tenham evitado. Daí que seja necessária muita determinação e coragem política para se lançarem. Essa coragem, que a outros faltou, teve-a agora o presidente Bengalinha Pinto.

...uma Viana arrumada e bonita poderá ser mostrada com orgulho aos nossos visitantes...

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Reabilitação dosCentros Históricos das Vilas do Concelho O Programa Estratégico de Rea-bilitação Urbana do Concelho de Viana do Alentejo traça os objectivos, delimita as áreas de intervenção e estabelece os apoios para uma profunda intervenção nos centros históricos e zonas urbanas consolidadas, das três vilas do nosso concelho. Este programa foi aprovado por unanimidade na reunião de Câmara de 24 de Outubro de 2012 e na reunião da Assembleia Munici-pal de 28 de Novembro de 2012. Numa altura em que tudo aponta para que os próximos Programas Comu-nitários serão centrados na Regeneração

Junho.2013

Extracto da Proposta de Delimitação de Áreas de Reabilitação Urbana em Viana do Alentejo, Aguiar e Alcáçovas:

“A definição de três operações de reabilitação urbana, nos três centros urbanos do concelho, Viana do Alentejo, Alcáçovas e Aguiar é conforme com a necessidade de uma intervenção integrada nas respectivas áreas centrais e nas áreas consolidadas adjacentes, nos domínios da requalificação do espaço público central, equipamentos e infra-estruturas. Pretende que o ajustamento a novos desempenhos dos espaços de sociabilidade e cidadania dos centros urbanos e a sua qualificação crie uma dinâmica de motivação geradora de iniciativa e confluência de interesses, na renovação do edificado, na renovação e fixação do comércio lojista e das funções centrais, enfim no contributo para a permanência e instalação de residentes e actividades.” (...)(...) “Os incentivos previstos para as operações de reabilitação visam actuar em três vertentes, financeira, fiscal e administrativa.Os incentivos de natureza financeira correspondem à atribuição das comparticipações pecuniárias em montantes variáveis em função da tipologia dos casos de reabilitação, recorrendo aos programas disponíveis de apoio à recuperação de imóveis da responsabilidade da administração central e local, ou ainda à aplicação de regimes especiais no âmbito das taxas e licenças municipais.Os incentivos de natureza fiscal estão inscritos no Estatuto de Benefícios Fiscais, dependem de deliberação da Câmara e aprovação da Assembleia Municipal, para as acções enquadráveis nas operações de Reabilitação Urbana.Os benefícios administrativos podem comportar medidas de apoio aos proprietários no sentido da celeridade processual, facilitação dos actos de inspecção e verificação da boa execução”(...)

Plantas de delimitação e identificação de acções, de Alcáçovas (esquerda) e Aguiar (direita).

Urbana, a Autarquia dota-se assim dos instrumentos indispensáveis para poder concorrer a esses financiamentos. Este Programa Estratégico e os Projectos que dele derivarem são também fundamentais para que haja uma linha condutora harmoniosa nas obras que se estenderão pelos próximos anos, em todas as freguesias do concelho. Com elas pretende-se devolver a dignidade às nossas terras, melhorando o dia-a-dia de quem cá vive, envolvendo para isso os munícipes no processo.

Os trabalhos junto ao cruzamento da Rua Teófilo Braga com a Rua João de Deus

Já inserido no Programa Estraté-gico de Reabilitação Urbana do Concelho arrancou, na primeira quinzena do passado mês de Março, a primeira fase das obras de Requalificação do Centro Histórico de Viana do Alentejo. As obras em curso con-sistem numa profunda intervenção na rede de infra-estruturas, com a completa subs-tituição da rede de distribuição de águas, saneamento (esgotos) e pluviais. Procede-se também ao enterramento de parte da rede eléctrica e de telecomunicações, neste último caso já a pensar-se na fibra óptica. Este projecto está dividido, para efeitos de financiamento, em duas fases. De notar que só é possível realizar este tipo de trabalhos, de grande envergadura, concorrendo a

programas de financiamento dos Fundos Comunitários. Para a obra agora em curso a câmara foi buscar 1.007.307,38€ a fundo perdido, entrando pela sua parte com cerca de 177.760,13€. Começou-se por Viana porque é aqui que as infra-estruturas são mais an-tigas e estão mais deterioradas, a maioria delas com mais de cinquenta anos de utili-zação e com grande parte das condutas de

As obras têm trazido alguns constrangimentos aos moradores que, no entanto, compreendem a sua

necessidade.

água ainda em cimianto (fibrocimento). As ruas a intervir, nesta primeira fase, foram seleccionadas precisamente pelo seu estado de degradação no que toca às suas infra-estruturas enterradas. Note-se que muita da água tratada para consumo, que a Câmara presentemente tem de adquir às Águas de Portugal, se perde nas sucessivas rupturas da velha rede, muitas delas de difícil ou mesmo impossível detecção. Prova disso têm sido os incontáveis abrir e fechar de valas a que todos nós já nos íamos habitu-ando, a que se somavam as ruas permanen-temente esburacadas. Arrumadas as infra-estruturas será então a vez de se proceder à repavimenta-ção dos arruamentos, com calçadas e lajetas em granito, pavimento muito mais digno, mais saudável, mais bonito e mais fresco que o alcatrão. O lajeado central, também ele em sólidos blocos de granito de Alpa-lhão, destina-se a facilitar a mobilidade dos peões, sobretudo daqueles que têm maiores dificuldades em deslocar-se. Estas obras, cuja duração está esti-mada em dez meses, movimentam cerca de vinte e cinco trabalhadores, entre técnicos e pessoal operário, alguns deles de Viana e de algumas das localidades vizinhas: um pequeno oásis de emprego e de trabalho, ainda que limitado no tempo, numa vila que muito também tem sofrido com o au-mento do desemprego! Esta era, sem dúvida, uma inter-venção desde há muito desejada pela gran-de maioria dos vianenses, razão pela qual têm demonstrado uma grande tolerância e paciência para com os incómodos a que diariamente têm sido sujeitos, sendo que tanto a Câmara como o empreiteiro tudo têm feito para os minimizar. Melhor do que as palavras e para que melhor possa entender o alcance deste grande projecto, sugerimos-lhes, leitor amigo, um passeio pelas ruas que já come-çam a estar concluídas.

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Entrevista a Bengalinha Pintop 4

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Junho.2013

Bernardino António Bengalinha Pinto nasceu em Viana do Alentejo, a 27 de Janeiro de 1964, onde reside actualmente. É casado e tem dois filhos.Frequentou o ensino básico em Viana do Alentejo, tendo posteriormente concluído o secundário em Évora. Em 1987, após ter cumprido o serviço militar, realizou uma formação em Lisboa na área da informática, desempenhando posteriormente as funções de formador no antigo FAOJ em Évora, actual Instituto Português da Juventude.Em 1988 ingressou na Caixa de Crédito Agrícola de Viana do Alentejo, tendo assumido a gerência em 1993. No ano de 2001 terminou, no Instituto Superior de Gestão Bancária, a licenciatura em Gestão Bancária e, em 2002, fez o curso de especialização em Auditoria Bancária. Em 2003 passou a Adjunto da Direcção e membro do Conselho de Gestão da Caixa Agrícola do Guadiana Interior (CCAMGI), após a fusão das duas Caixas.Ao longo de todos os anos de trabalho na Caixa Agrícola fez formação nas várias áreas afins à atividade bancária, nomeadamente em Informática, Gestão, Liderança, entre outras. Em 2006 assumiu as funções de coordenação da Área Financeira da CCAMGI, funções que desempenhou até Outubro de 2009, mantendo a participação no seu Conselho de Gestão.Eleito como independente pelas listas do PS, assumiu em 2009 a presidência deste Município, após 16 anos de gestão CDU. Mantém, ainda hoje, a situação de não filiado em qualquer agremiação política.É Presidente do Conselho de Administração da Gesamb EIM (Gestão Ambiental e de Resíduos), em representação da CIMAC-Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central. É vogal do Conselho Diretivo da AMCAL-Associação de Municípios do Alentejo Central. É membro do Conselho Consultivo do Centro de Formação Profissional de Évora, em representação da CIMAC.Ao longo dos anos tem participado na vida social do concelho, pertencendo aos órgãos sociais de várias Associações locais.

Em Abril de 2009, na entrevista que deu ao “Vida Nova”, o jornal de campanha do “Movimento Unidos pelo Concelho de Viana”, a primeira questão que lhe foi colocada foi: Ser candidato à presidência da Câmara Municipal de Viana do Alentejo é, na actual conjuntu-ra, um grande desafio. Porque o decidiu aceitar? Quatro anos que são passados à frente dos destinos da Autarquia, ac-tualizamos a pergunta: porque decidiu recandidatar-se?

Decidi recandidatar-me à Câmara Municipal de Viana do Alentejo porque tenho a firme determinação de dar conti-nuidade ao trabalho realizado nestes últi-mos quatro anos, alicerçado num plano de desenvolvimento integrado do concelho e no consequente bem-estar dos seus habi-tantes, pese embora a previsível conjuntura adversa em que certamente o mesmo irá ser realizado. Influenciaram ainda a minha tomada de decisão os apoios recebidos por parte dos responsáveis do PS, do Movi-mento Unidos pelo Concelho de Viana, das várias equipas autárquicas que me acom-panham e, particularmente, os incentivos que me chegaram de todas as camadas da população.

Há quem diga que o senhor não tem perfil de político...

Não serei um político na asserção mais comum da palavra, aquela do indi-víduo que não tem outra actividade senão essa mesmo… Considero-me, isso sim, apenas um cidadão conhecedor da sua terra natal e das suas gentes e que, talvez por isso, penso ter uma visão estratégica e um projecto de desenvolvimento bem defini-do para o seu município. Daí que o único concelho onde aceitaria ser candidato a presidente da Câmara é precisamente aque-le que me viu crescer e desenvolver o meu trabalho. Não querendo de forma nenhuma criticar outras opções, é assim que me sinto bem, só me consigo ver a desempenhar este papel no concelho de Viana.

Quais foram as maiores dificul-dades que sentiu durante este mandato?

Sobretudo as vicissitudes provoca-das por uma crise que todos conhecemos e que alterou de forma radical a vida das pes-soas e das instituições. A actual conjuntura provocou uma significativa diminuição nas receitas da autarquia, quer pela redução das transferências do orçamento geral do Estado, quer pelas receitas directas e taxas que também decresceram como resultado da quebra da actividade económica e em-

Neste e no próximo número do “União e Solidariedade” vamos publicar uma extensa entrevista com Bernardino Bengalinha Pinto, actual presidente da Câmara Municipal e candidato ao mesmo cargo nas próximas eleições pelo Partido Socialista.

“Considero-me apenas um cidadão conhecedor da sua terra natal e das suas gentes e que, talvez por isso, pensa ter uma visão estratégica e um projecto de desenvolvimento bem definido para o seu Concelho.”

presarial. Em suma, as responsabilidades da autarquia mantiveram-se e, em alguns casos, até aumentaram, como foi o caso da necessidade de apetrechamento com equi-pamentos, pessoal e manutenção para al-guns dos novos equipamentos, como o das Piscinas de Alcáçovas. Porém e em sentido inverso, as receitas tiveram um decréscimo muito significativo.

É certo que parte destes projectos há muito que foram concretizados em alguns dos concelhos nossos vizinhos, que souberam aproveitar as inúmeras oportunidades de financiamento que foram surgindo no âm-bito da distribuição de fundos comunitários e de outros programas de apoio ao desen-volvimento local. Refiro-me, por exemplo, ao processo de regeneração urbana dos

o seu início em Viana porque é aqui que as redes de águas e esgotos são mais antigas e estão mais degradadas, mas pretendemos, e já nisso estamos a trabalhar, dar-lhes conti-nuidade em Aguiar e Alcáçovas. Uma outra obra de grande enver-gadura que posso citar como exemplo é a da construção do centro escolar de Viana, que se prevê esteja concluído ainda durante este Verão. Trata-se de um equipamento fundamental para a valorização do proces-so educativo dos nossos alunos e respecti-vas famílias. Ou a construção de um novo estaleiro central municipal, investimento que irá certamente proporcionar melhores condições de trabalho aos funcionários do município e, em simultâneo, incrementar a qualidade daquela que é a sua principal missão: servir a população. Para se ter uma ideia, só estas três obras representam um investimento total superior a 3,5 milhões de euros.

Que outras obras físicas foram executadas?

Em hora de balanço e não que-rendo nem podendo fazer uma descrição exaustiva do trabalho desenvolvido, até porque o mesmo se encontra à vista e será certa e minuciosamente examinado noutros fóruns, houve por parte do actual executivo uma forte preocupação em intervir em áreas como a reabilitação urbana e no património edificado, onde se incluem diversas obras de recuperação de espaços públicos e jar-dins, um deles o jardim e parque infantil da Quinta do Marco. Fizemos também alguns melhoramentos em edifícios escolares e em equipamentos infantis. Quanto a arruamen-tos e estradas procedemos à pavimentação de algumas ruas nas três freguesias e à re-qualificação da estrada de Santa Catarina, que liga Alcáçovas a Alcácer do Sal e que tanto jeito dá a quem tenha de se dirigir a Setúbal ou a Lisboa. Na área dos equipamentos despor-tivos e considerando que Viana do Alentejo era um dos poucos concelhos do país que ainda não tinha campo relvado, foi assinado um contrato de desenvolvimento desporti-vo, com dois clubes locais, que viabilizou a execução de dois pisos de relvado sintético, investimento na ordem dos 400.000€.

Sabemos que os trabalhadores do município tiveram um papel impor-tante no trabalho realizado ao longo deste mandato. Que obras foram execu-tadas pelos trabalhadores da autarquia?

Devo realçar o grande profissiona-lismo e empenho de todos os trabalhadores do município, que mostraram sempre uma

Encontram-se em fase de conclusão as obras do novo centro escolar de Viana do Alentejo

Em alguns dos concelhos vizi-nhos, verificamos que muitos investimen-tos estruturantes já estão concluídos…

Sim, de facto só agora, numa altura particularmente difícil, estão a ser realizados alguns projectos estruturantes para o nosso desenvolvimento e bem-estar.

centros históricos e espaços públicos das nossas três vilas, processo esse que só a actual equipa autárquica, saída das eleições de 2009, conseguiu pôr em marcha. Apesar de alguns contratempos e adversidades as obras decorrem agora a bom ritmo, sendo já possível ver, nalgumas ruas, os resulta-dos. Estas intervenções profundas tiveram

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enorme disponibilidade e empenho na exe-cução das obras que foi possível realizar através da administração directa. Tais foram os casos das intervenções nos edifícios da escola e jardim-de-infância, cooperativa e casa das associações, em Aguiar, ou as pavimentações, com massas betuminosas quentes e frias, nas três freguesias: o me-lhoramento do piso, em cerca de 6 km, na estrada de Santa Catarina, a pavimentação da circular Barrancões – Estrada do Torrão, a pavimentação da parte nova do cemitério de Aguiar, as pavimentações de Bairros e zonas industriais de Viana e Alcáçovas e os arranjos de espaços degradados - como aconteceu no Jardim do Bairro dos Bar-rancões, também em Alcáçovas. De referir ainda as diversas e importantes obras de manutenção no Paço dos Henriques, em Alcáçovas, ou a construção de duas áreas de serviço, para auto-caravanas, uma em Viana e outra em Alcáçovas. Uma palavra, por fim, para o “Programa Oficina Domici-liária” – importante iniciativa que visa a re-alização de pequenas obras e intervenções técnicas de manutenção ou reparação nos domicílios dos nossos idosos, com as quais se pretende contribuir para o melhoramento da sua qualidade de vida; no mandato que agora finda contabilizámos, neste progra-ma, a realização de cerca de centena e meia de intervenções.

Até aqui falámos do que já foi feito, ou está em vias de ser concluído, ao

de Vila Nova da Baronia e alguns outros de que falaremos oportunamente.

E quanto à acção sociocultural? Recordamo-nos que a CDU, há quatro anos, insistia que votar em Bengalinha Pinto significaria o abandono de uma política de apoio a esse tipo de activida-des…

Certo, recordo-me bem disso, mas de facto o que se passou nestes quatro anos foi precisamente o oposto. Apesar, repito, do difícil contexto económico em que temos vivido, mantivemos e melhorámos significativamente os eventos que “herdá-mos” do anterior executivo. Tais foram, por exemplo, os casos da Mostra de Doçaria e da Romaria a Cavalo - nesta última introdu-zimos a passagem por Alcáçovas, inovação que até a própria oposição aplaudiu. Mas não ficámos por aí! Criámos toda uma série de novos eventos, de grande qualidade, dos quais posso destacar o projecto de divulga-ção da música clássica no Concelho, onde se inclui o programa “Saber dos Sons” e os concertos periódicos com o maestro Cristopher Bochmann, hoje um vianense de corpo e alma, numa parceria muito bem sucedida com a Universidade de Évora. Temos, sem qualquer dúvida, uma política muito bem definida para os domí-nios do social, do cultural e do desportivo, na qual procuramos integrar o movimento associativo concelhio. Com esse instrumen-to temos vindo a implementar e desenvol-ver um conjunto de acções e projectos, que acreditamos fundamentais para o aumento da qualidade de vida das nossas populações

e a que queremos – e iremos - dar continui-dade. Será muito difícil enumerá-los aqui na sua totalidade, razão porque irei apenas salientar alguns deles. Assim, temos a criação do GIP, Gabinete de Inserção Pro-fissional, cuja missão é a ajuda à população desempregada do concelho. Nas Escolas do Primeiro Ciclo instituímos o Regime de Fruta Escolar, visando garantir às crianças uma alimentação mais equilibrada. Ainda de âmbito escolar incrementámos a acção do Banco de Manuais Escolares, que per-mite, e aqui passo a citar “criar condições, sensibilizar e envolver toda a comunidade, nomeadamente os professores, alunos, pais e encarregados de educação para a necessi-dade de reutilização dos manuais escolares usados e potenciar boas práticas de respon-sabilidade social e ambiental”. Também no campo das medidas sociais, promovemos a criação do Banco Local de Voluntariado e Loja Social do Concelho de Viana do Alentejo, que tem como objectivo apoiar os mais carenciados e idosos nos momentos particularmente difíceis que estamos a viver. Também no campo social, mas agora visando os menos jovens, haverá de referir o apoio à abertura, em Viana, de um pólo da Universidade Sé-nior - Escola Popular Túlio Espanca, que procura, através da prática de diversas ac-tividades de natureza pedagógica e lúdica, enriquecer culturalmente a população sé-nior do concelho. Ainda para este sector da população, a quem os problemas de saúde mais afectam, temos apoiado as acções dos Clubes de Saúde Sénior, em Aguiar, Alcáçovas e Viana do Alentejo.

longo deste mandato. Os nossos leitores gostariam que agora nos falasse dos pro-jectos para o futuro.

Durante o mandato que agora ter-mina foram elaborados vários projectos, que estão concluídos ou em vias disso e que agora ficam a aguardar a possibilidade

Concerto de musica classica numa pedreira de Viana do Alentejo

avançar com eles. Entre estes projectos estão, por exemplo, as requalificações do Largo do Poço Novo e do Paço dos Hen-riques, ambos em Alcáçovas, a construção do pavilhão multiusos, em Aguiar, a segun-da fase da reabilitação do centro histórico de Viana (a zona envolvente ao Castelo), as requalificações das estradas do Outeiro e

Fotografia de Francisco Fadista

“È nossa preocupação que a Câmara possua sempre em carteira um bom número de projectos, devidamente justificados e elaborados – e não apenas simples róis de intenções -, para que, quando forem abertas candidaturas, possa logo avançar com eles.”

Entrevista a Bengalinha Pinto

de se candidatarem ao financiamento pelos fundos comunitários. È nossa preocupação que a Câmara possua sempre em carteira um bom número de projectos, devidamente justificados e elaborados – e não apenas simples róis de intenções -, para que, quan-do forem abertas candidaturas, possa logo

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mente perdendo era a aposta no futuro e nos seus jovens. Não vale a pena construir uma casa pelo telhado e Bengalinha Pinto preocupou-se e ainda se preocupa em criar condições para que a economia local seja revitalizada e que a iniciativa privada seja bem-vinda e próspera dando desta forma melhores bases para um futuro sustentável do concelho. Não lhe interessa o oportunis-mo de ter a sua edilidade como o principal empregador do concelho, nem o populismo e a tentação de acatar as solicitações de inúmeras associações e entidades locais como forma de comprar a posteriori o seu apoio eleitoral, como foi sendo regra no passado. Criou uma vasta plataforma de entendimento e de discussão sobre a eco-nomia local (GADE), estimulou a parceria entre associações para rentabilizar os seus horizontes, redimensionou iniciativas cria-das no passado, mas adaptadas às novas exigências económicas, apostou na melhor qualificação técnica e na informação dos seus munícipes, aprofundou a sua aposta nas actividades lúdicas e culturais rentabi-lizando os espaços concelhios para o efeito, empreendeu um massivo apoio de âmbito social, também este resultado directo da crise que se atravessa, criou marcas âncora para o concelho como são disso exemplo os chocalhos das Alcáçovas e a olaria de Viana do Alentejo, prossegue a indis-pensável renovação das infra-estruturas básicas de saneamento, apropriou-se com o devido interesse do projecto do Paço dos Henriques e prepara-se para finalizar umas das mais importantes ferramentas

para o desenvolvimento do concelho que é o PDM de Viana do Alentejo. Admito que não foram ainda alcançados os melhores resultados possíveis ou desejáveis, no en-tanto acho que é este o caminho, trilhado com seriedade, ponderação, trabalho e muita esperança no futuro do concelho. E assim Bengalinha Pinto vai seduzindo muitos cidadãos e eleitores como eu que, ao contrário do vetusto passado, ignorou as tentações megalómanas e estéreis apostas, para dar uma real dimensão ao concelho e aos seus horizontes futuros.

Se há alguma área onde gostaria de ver o executivo de Bengalinha Pinto apostar mais na área económica era so-bretudo no apoio à actividade agrícola pela sua importância no desenvolvimento económico local e da empregabilidade no concelho, bem como na área do turismo e, neste segmento no turismo cultural pelas quase inesgotáveis oportunidades que há para desenvolver e rentabilizar em prol de um desenvolvimento sustentável. A aposta na área da Cultura será algo que irei de-senvolver mais adiante, pela importância estratégica que julgo que poderá vir a ter no estímulo ao turismo e consequentemente à economia local.

Dito isto, não gostaria de terminar sem fazer um apelo às estruturas locais do PSD e CDS-PP para que se unam verda-deiramente em prol do concelho e nesse diapasão, reconhecendo o bom trabalho desenvolvido pelo actual executivo e ad-

Por Frederico Nunes de Carvalho, no blog Alcáçovas

Este texto foi devidamente pon-derado por todos os motivos que exigem serenidade e reflexão no apoio a um can-didato, mas sobretudo por fazê-lo a alguém que foge significativamente à minha matriz ideológica. Acresce neste âmbito que um candidato autárquico é muito mais a pes-soa, a equipa e o projecto do que o apoio partidário que traz na sua rectaguarda. No caso de Bengalinha Pinto, da sua equipa, do seu mandato em curso e da sua já anun-ciada recandidatura o trabalho desenvolvi-do e o projecto apresentado falam por si e são naturalmente e inequivocamente um estímulo para mim enquanto cidadão no desafio autárquico.

Sobre a candidatura de Benga-linha Pinto como independente apoiado pelo PS, apraz-me dizer que em boa hora Viana do Alentejo contou com este gestor autárquico. Confesso que o conheci após a sua vitória nas autárquicas de 2009, mas esse conhecimento foi-se consolidando, transformando-se numa amizade e profun-da admiração por todo o trabalho desenvol-vido em prol do concelho e igualmente pela estratégia que gizou para o seu futuro. O que vinha de trás era um bafiento executivo comunista que teimava em abrir as portas do desenvolvimento ao concelho, fazendo meras obras de regime, muitas delas com-pletamente desnecessárias e inoperantes apenas para marcar um cunho do seu man-dato com obras faraónicas de betão. Criou muitas infraestruturas de lazer para jovens quando o que este concelho vinha precisa-

Bengalinha Pinto,um candidato, um projecto, um voto!!

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À semelhança do que já tinha acontecido há quatro anos atrás no jornal de campanha do Movimento Unidos pelo Concelho de

Viana do Alentejo, iremos uma vez mais vamos dar espaço, nesta secção, às opiniões veiculadas por alguns dos “blogues” existentes

no nosso concelho. Começamos por um texto publicado no “Alcáçovas”, da autoria do Dr. Frederico Nunes de Carvalho.

Junho.2013

mitindo igualmente que será muito difícil reunirem algum candidato que possa om-brear com Bengalinha Pinto, encetam um apoio conjunto à sua candidatura dando uma cabal demonstração de seriedade e objectividade em política, actualmente tão gastas pelas duvidosas opções dos nossos dirigentes político-partidários. Sou democrata-cristão e não me custa nada apoiar desta forma uma candidatura que me parece séria, determinada e sobretudo capaz de dar ao concelho um novo rosto, preocupada com a fixação de gente no con-celho, com o estímulo à economia, da qua-lificação e educação dos seus munícipes e de uma solidariedade social para com quem mais necessita. Neste momento não me parece oportuno, nem justificável sequer que existam candidaturas provenientes do espectro político da Direita em Viana do Alentejo, pelo trabalho desenvolvido pela actual equipa e até pela eventualidade do voto útil utilizado na candidatura de Ben-galinha Pinto para fazer face a outra forte candidatura proveniente do PCP poder dar resultados residuais e desoladores para as possíveis candidaturas de CDS-PP e PSD. Assim, exorto os responsáveis políticos a medirem bem as virtudes de novas candi-daturas, quando neste momento existe já uma fortíssima opção, espelhada em Ben-galinha Pinto, um candidato, uma equipa e um projecto!!

Tendo como objectivo principal manter e até au-mentar o espírito de grande democraticidade interna que caracteriza, desde o momento da sua criação, o Movimen-to Unidos Pelo Concelho de Viana, têm decorrido com grande regularidade, ao longo do actual mandato, inúme-

ras reuniões de trabalho entre elementos do Movimento e militantes da estrutura local do Partido Socialista. Nesses encontros tem-se procurado ouvir a opinião de todos quan-to aos problemas – e formas de os resolver – que afectam a vida municipal, recolhendo-se contributos e sugestões

que, muitas vezes, ajudam os nossos eleitos autárquicos na sua complexa e difícil missão de gestão municipal. Neste momento os diversos grupos de trabalho estão a trabalhar na elaboração do programa eleitoral para o quadriénio 2013-2017. Com o aproximar do acto eleitoral os apoiantes da candidatura de Bengalinha Pinto não têm tido mãos a medir, pois todos nós acreditamos firmemente ser possível renovar este mandato e, assim, dar continuidade ao trabalho desenvolvido nos últimos quatro anos. Um mandato que se tem caracterizado pela introdução de um novo ciclo de modernidade, participação colectiva e transparência de processos, longe das práticas individualistas e autistas de outros tempos. As nossas reuniões, que normalmente têm lugar nas primeiras quintas-feiras de cada mês, são abertas a todas aqueles que nelas queiram participar. Para mais informações, não hesite e dirija-se ao Movimento ou ao Partido Socialista a partir dos contactos que publicamos neste jornal. Contamos com todos!

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Reuniões de trabalho

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A instalação de relvados sintéticos nos campos de futebol do Sporting Clube de Viana e do Sport Clube Alcaçovense, apesar de algumas opiniões muito reserva-das, nomeadamente por parte da bancada da oposição da vereação da câmara (abs-tenção), revelou-se um investimento bas-tante positivo e com excelentes resultados em matéria de incremento e dinamização da prática desportiva junto da população do Concelho de Viana do Alentejo. Passados alguns meses após as inaugurações dos referidos espaços e em jeito de balanço, é gratificante observar que a prática da modalidade futebol se alterou significativamente pela positiva

mentos dirigido particularmente aos nossos jovens, esperando-se a continuidade do trabalho conjunto da autarquia e de todos os agentes envolvidos que diariamente e de forma voluntária participam no processo de desenvolvimento desportivo do concelho, nomeadamente atletas, familiares, dirigen-tes e demais população. Historiando no entanto um pouco a forma como se desenvolveu todo o proces-so de construção dos relvados sintéticos, fa-cilmente se conclui que não foi tarefa fácil, atendendo sobretudo à actual conjuntura económica do país e à situação financeira, cada vez mais adversa, vivida pela grande maioria dos municípios e instituições do

encontrando dessa forma mecanismos que viabilizaram os respectivos financiamen-tos. Foi com este quadro pouco simpá-tico que o actual executivo se deparou, uma vez que entre os 308 concelhos do País apenas 4, entre os quais Viana do Alentejo, não tinham ainda construído um relvado sintético. Não descurando nunca a hipótese de um possível financiamento comunitá-rio, candidatura na qual em conjunto com os clubes locais a autarquia começou a trabalhar, deitou-se mãos à obra e desen-volveu-se em simultâneo uma parceria que permitiu a execução dos relvados e a

Porque se entende que o investimento na melhoria das condições da prática desportiva é fundamental e um pilar básico num processo de desenvolvimento equilibrado dos nossos jovens, a Câmara Municipal está a apoiar o Grupo Desportivo de Aguiar no sentido de serem ultrapassados alguns constrangimentos relacionados com a posse do campo de futebol existente na Freguesia de Aguiar. Resolvida esta questão e desde que o Grupo Desportivo de Aguiar consiga reunir condições apropriadas e similares às verificadas nos outros clubes do Concelho, haverá condições para se equacionar também o arrelvamento do seu campo de futebol.

Relvados sintéticos no Concelho – uma realidade concretizada pelo esforço de todos

no concelho. Assistiu-se desde então a um crescente entusiamo junto da população, traduzido sobretudo num maior número de assistentes aos eventos desportivos e num crescente número de praticantes de todas as idades e escalões etários. Os dois recintos desportivos re-qualificados acolhem actualmente mais de duas centenas de atletas, na sua esma-gadora maioria jovens do concelho que, com carácter regular, participam em cam-peonatos federados em diferentes escalões, devidamente acompanhados e enquadrados pelas estruturas dirigentes dos respectivos clubes, traduzindo-se esta actividade numa utilização diária destes espaços. Saliente-se ainda, com agrado, a particularidade de cerca de uma centena de atletas menos jovens (veteranos) se junta-rem informalmente e participarem em trei-nos semanais, associando dessa forma os benefícios da atividade física a momentos de são convívio e camaradagem. Embora se considere como objec-tivo prioritário a melhoria das condições para a pratica desportiva e o desenvolvi-mento do gosto pela actividade física, não podemos dissociar de toda essa dinâmica os resultados que entretanto foram surgin-do e que, de alguma forma, também dig-nificam e prestigiam o concelho de Viana do Alentejo. Há, pois, que felicitar as boas participações e resultados atingidos na pre-sente época desportiva. Perante tal realidade, há razões óbvias para valorizar este tipo de investi-

Festa de inauguração do relvado sintético do Sport Club Alcaçovense

País. Obviamente que esta obra faria mais sentido há alguns anos atrás, quan-do vivemos uma conjuntura bem mais favorável, chamada por muitos “tempo de vacas gordas”, época onde muitos projec-tos para equipamentos locais, através de financiamentos de fundos comunitários eram perfeitamente viáveis, com processos mais ágeis e fáceis de concretizar. Está nessa linha um programa de financiamento colocado à disposição dos municípios para construção do primeiro relvado em cada concelho, financiado em 75% (programa que encerrou em 2008), oportunidade infe-lizmente descurada pelo executivo camará-rio da altura, invocando não considerar tal investimento prioritário e o facto da inexis-tência no concelho de um campo munici-pal. Tal posição sobre este assunto poderá ser consultada na acta N.º 24/2006, relativa à reunião da Câmara de 31/10/2006: “… Disse o senhor Vice-Presidente (Sr. João Penetra, actual cabeça de lista pela CDU em Viana) …de que a referida obra não era prioritária…” Relativamente à opção “não priori-tária”, embora não concordando, aceita-se, até porque cada executivo tem liberdade de desenvolver as suas linhas programá-ticas e respectivas prioridades. Quanto ao argumento da inexistência de um campo municipal, já não é bem assim, uma vez que muitos outros municípios, na mesma situação, ultrapassaram tal requisito atra-vés de protocolos e acordos com os clubes,

consequente concretização de um antigo e legítimo sonho, da grande maioria dos jovens e demais população do concelho. Essa parceria consubstanciou-se num acordo de desenvolvimento desporti-vo, assinado entre a autarquia e os clubes

Sporting de Viana e Sport Clube Alcaço-vense, com o apoio das Juntas de Freguesia de Viana e Alcáçovas. Dessa forma foi pos-sível garantir o necessário financiamento em condições favoráveis, junto da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Guadiana Inte-rior, empréstimo que está a ser amortizado em condições sustentáveis para os clubes e sem colocar em causa o seu normal funcio-namento. O processo de construção dos rel-vados no concelho de Viana do Alentejo, inicialmente encarado como uma tarefa bastante difícil, acabou por se concretizar através da conjugação de esforços de várias entidades num trabalho de parceria, exem-

plo de uma boa prática que a autarquia de Viana do Alentejo tem vindo a seguir para levar por diante a visão de progresso e mo-dernidade que tem para o Concelho.

Festa de inauguração do relvado sintético do Sporting Clube de Viana do Alentejo

HORIZONTAIS4. Centros das três freguesias que vão ser reabilitados.6. O que o nosso candidato não vai fazer.8. É com ele que a obra surge, não é com palavras.9. Santo de uma das capelas da Junta de Viana.11. O que tem de haver, para além da união.

VERTICAIS1. Em Alcáçovas, Paço a passo, a solução.2. O que precisamos para vencer as dificuldades.3. É preciso tê-los feitos para ir buscar financiamento.5. Os políticos têm de dá-las aos eleitores.6. A da Primavera é em Aguiar.7. Merece a nossa confiança.10. São para cumprir até ao fim.12. Mesmo em época de crise é possível fazer.13. Novas, para já ainda em Viana14. Os eleitores têm de ser.

PASSATEMPO – A Nossas Cruzadas !

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Bengalinha Pinto, o Presidente certo para estes tempos difíceis Bengalinha Pinto, apesar da crise económica e social tem sabido demonstrar, com muito trabalho, visão e diálogo, saber conduzir o município a bom porto, quando todos os dias, como é sabido, as dificulda-des vão aumentando e vemos presidentes de outros municípios atirarem a toalha ao chão, derrotados resignados com situações que não estão preparados para enfrentar. Bengalinha Pinto conseguiu até agora, mantendo as finanças do município de boa saúde, investir cinquenta por cento mais em obras, comparando estes valores com o período de vacas gordas de 2004 a 2009, em que a CDU detinha a maioria na Câmara. Bengalinha Pinto já demonstrou ser um presidente de consensos, defenden-do os interesses do concelho em primeiro lugar, independentemente do ou dos parti-do que se sucedem no governo. Foi assim com o Paço dos Hen-riques, processo iniciado no governo do Partido Socialista, durante o qual o edifício passou para a “posse” do município, para

que assim fosse possível caminhar-se de-finitivamente para a sua requalificação. Os projectos estão prontos, aguarda-se a oportunidade de se lhes encontrar financia-mento comunitário para se possa então ar-rancar com os procedimentos conducentes à realização das tão aguardadas obras. No dia 6 de Julho será apresentado à população do concelho, em Alcáçovas, o “projecto de arquitectura para a requalifi-cação do Paço dos Henriques”, da autoria do arquitecto José Filipe Ramalho, da Direcção Regional de Cultura do Alentejo (DRCA). Para se chegar até este dia foi necessário ultrapassar muitas dificulda-des e algumas oposições, mas todas estas questões foram resolvidas com mestria, em defesa dos interesses da população do con-celho, particularmente dos Alcaçovenses que aguardam há dezenas de anos por este muito importante passo. Da mesma forma foi agora com este governo PSD/CDS que se constituiu o direito de superfície do antigo posto da

GNR de Viana do Alentejo, para que deste modo fosse possível ao nosso município, recorrendo a dinheiros comunitários, lançar a empreitada para se efectuar a sua recupe-ração e resolver de vez mais um problema que ,alguns, afirmavam não ter solução. É por isso que continuamos a

confiar no trabalho desenvolvido por esta equipa autárquica e lhe manifestamos o nosso apoio, acreditando que em Outubro, com o voto da maioria dos eleitores, se possa renovar o mandado conseguido por Bengalinha Pinto em 2009.

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AUTARQUICAS 2013

APRESENTAÇÃO DOS CANDIDATOS7 de Julho – 18 horas – Alcáçovas (Jardim Público)

2 de Agosto – 20 horas – Aguiar (Jardim da Cooperativa)9 de Agosto – 20 horas – Viana (Jardim do Rocio)

ENCONTRO COM A JUVENTUDE31 de Agosto – 20 horas – Jantar e Debate

JANTAR FINAL DA CANDIDATURA27 de Setembro – 20 horas

PARTICIPAÇÃO, UNIÃO e SOLIDARIEDADE MOVIMENTO UNIDOS

PELO CONCELHO DE VIANA DO ALENTEJO

INICIATIVAS PREVISTAS:

REUNIÕES COM ENTIDADES E ASSOCIAÇÕES E REUNIÕES DE TRABALHOAo longo dos meses de Julho, Agosto e Setembro.

Projecto de Recuperação do Paços dos Henriques - Alcáçovas (DRCA)

Estamos na Internet em:

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