jornal stop 83

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Quanto Tempo de Vida Você Escolheu? Jornal Científico Trilógico Leitura terapêutica Continua na pág. 4 www.stop.org.br Livre Distribuição e Circulação: Conforme lei federal 5250 de 9/2/1967, argo 2º: “é livre a publicação e circulação no território nacional de livros, jornais e outros periódicos, salvo se clandesnos ou quando atentem contra a moral e os bons costumes”; e lei de 31/12/1973. Regulamentação específica e federal. *Norberto Keppe é psicanalista, filósofo e pesquisador independente da física, fundador e presidente da SITA - Sociedade Internacional de Trilogia Analítica (Psicanálise Integral), com 38 livros publicados. Norberto R. Keppe* Extrato do livro A Medicina da Alma, capítulo VI, pág. 59 É muito mais difícil viver que morrer. O ser huma- no tem um sentido de au- todestruição muito pronunciado que, mais cedo ou tarde, o levará à sepultura. Mas, geralmente, o leva bem antes do que deveria. Hoje em dia, uma nova ciên- cia, a gerontologia, pesquisa os motivos da existência em determi - nadas regiões de indivíduos extre- mamente idosos — em contraste com outras, onde se morre muito cedo. Infelizmente se ativeram aos aspectos físicos da questão. Na Psicanálise, Freud des- creveu a existência de um im- pulso de morte na mente de todo neurótico. Provavelmente, reside aí o motivo principal de seu envelhecimento prematuro. L. A., nascido na Bahia, veio a São Paulo, para tratar de seu pro- blema de regorgitação. Todo ali- mento que ingere, volta à boca, e ele acaba expelindo-o. De setenta quilos, emagreceu para quarenta e três. Um fato interessante é que o contraste que toma para tirar as radiografias, segue seu curso orgânico normal. Aliás, é o único líquido que toma com facilidade. Seu histórico psicopatológico é o seguinte: aos dezesseis anos de idade perdeu o pai, de quem tinha grande dependência. A fa- mília passou a ter dificuldades econômicas, e ele foi trabalhar numa mina de chumbo, em outra cidade, fato que o obrigou a mo- rar com uma irmã casada. Depois de um ano, iniciou o seu processo patológico. Sua dependência ao pai o le- vava a procurar um substituto, que encontrou nos médicos que o cuidavam (disse que não que- ria de modo algum deixar o hos- pital). E sua identificação com o progenitor o levava ao processo de autodestruição. Nos hospitais principal- mente, encontramos muitos indivíduos com uma problemá- tica de autodestruição notável. No serviço de alergia, G. F. disse o seguinte: “Minha asma só melhora quando estou numa situação difícil. Por exemplo: certa noite sonhei que ia morrer, e tinha certeza disso. Havia mes- mo um prazo de três meses. Pois bem, durante esse tempo estive perfeitamente bem, sem uma crise sequer da doença.” “A tristeza seca os ossos”, es- creveu Bacon. O indivíduo oti- mista vive mais tempo e tem maior resistência às doenças, porque tem entusiasmo com as coisas da existência, dando ênfase ao chamado impulso de vida, descoberto por Freud. Deste modo, a morte deve ser encarada como um proble- ma pertencente mais ao campo psíquico que ao fisiológico. No entanto, a fase de auto- destruição tem uma curva lon- gínqua do completo extermínio. Isto é, no aparecimento de uma moléstia de natureza grave, o indivíduo reage, tem os seus sentimentos de culpa sanados em parte, e procura voltar à normalidade psicorgânica. A busca que o homem faz da morte, não é dela em si, mas de uma fuga da realidade, isto é, ele quer apenas sair do estado em que se encontra. Quantos indi- víduos que tentaram o suicídio e não tiveram êxito, depois fica- ram apavorados com o que fi- zeram. E quantos não tomaram apenas uma atitude teatral? O neurótico realmente não quer morrer, mas sair do abis- mo em que caiu e cada tipo de doença o leva a isso. O histéri- co, por exemplo, quer chamar atenção sobre si. O agressivo, ferir os outros, através da mo- léstia. O masoquista, encontrar prazer em se diminuir. E, assim, em cada sintoma, existe uma fi- nalidade diferente. O fim buscado não é a mor- te, mas as consequências: casti- go e punição, mais aos outros que a si mesmo. A pessoa morre conforme vive, mas o neurótico tem um fim mais dramático, porque não é co- erente entre o que deseja e faz. STOP Ano VIII São Paulo 300 mil exemplares Distribuição Gratuita nº 83 Publicado em parceria com Universidade Livre Terapêutica em Línguas TRILOGY INSTITUTE Veja artigo na pág. 2 Ilustracão: Markku Lyyra

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Jornal STOP é um jornal que transmite notícias de interesse público e artigos de diversos autores, ligados à Escola de Pensamento Norberto Keppe. Keppe é psicanalista, filósofo, e pesquisador, autor de mais de 30 livros sobre a psico-sócio-patologia. Criador da ciência trilógica (união de ciência, filosofia e espiritualidade) propõe soluções para os problemas dos mais diversos campos como: psicanálise, socioterapia, medicina psicossomática, artes, educação, física, filosofia, economia, espiritualidade. Edição Impressa: Supervisão Científica: Cláudia Bernhardt de Souza Pacheco. Jornalista Responsável: José Ortiz Camargo Neto RMT Nº 15299/84 Direção de Arte: Ângela Stein; Colunas Permanentes: Norberto R. Keppe, Cláudia Bernhardt de Souza Pacheco;

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  • Quanto Tempo de VidaVoc Escolheu?

    Jornal Cientfico Trilgico Leitura teraputica

    Continua na pg. 4

    www.stop.org.br

    Livre Distribuio e Circulao: Conforme lei federal 5250 de 9/2/1967, artigo 2: livre a publicao e circulao no territrio nacional de livros, jornais e outros peridicos, salvo se clandestinos ou quando atentem contra a moral e os bons costumes; e lei de 31/12/1973. Regulamentao especfica e federal.

    *Norberto Keppe psicanalista, filsofo e pesquisador independente da fsica, fundador e presidente da SITA - Sociedade Internacional de Trilogia Analtica (Psicanlise Integral), com 38 livros publicados.

    Norberto R. Keppe* Extrato do livro A Medicina da Alma, captulo VI, pg. 59

    muito mais difcil viver que morrer. O ser huma-no tem um sentido de au-todestruio muito pronunciado que, mais cedo ou tarde, o levar sepultura. Mas, geralmente, o leva bem antes do que deveria.

    Hoje em dia, uma nova cin-cia, a gerontologia, pesquisa os motivos da existncia em determi-nadas regies de indivduos extre-mamente idosos em contraste com outras, onde se morre muito cedo. Infelizmente se ativeram aos aspectos fsicos da questo.

    Na Psicanlise, Freud des-creveu a existncia de um im-pulso de morte na mente de todo neurtico. Provavelmente, reside a o motivo principal de seu envelhecimento prematuro.

    L. A., nascido na Bahia, veio a So Paulo, para tratar de seu pro-blema de regorgitao. Todo ali-mento que ingere, volta boca, e ele acaba expelindo-o. De setenta quilos, emagreceu para quarenta e trs. Um fato interessante que o contraste que toma para tirar as radiografias, segue seu curso orgnico normal. Alis, o nico lquido que toma com facilidade.

    Seu histrico psicopatolgico o seguinte: aos dezesseis anos de idade perdeu o pai, de quem tinha grande dependncia. A fa-mlia passou a ter dificuldades econmicas, e ele foi trabalhar numa mina de chumbo, em outra cidade, fato que o obrigou a mo-rar com uma irm casada.

    Depois de um ano, iniciou o seu processo patolgico.

    Sua dependncia ao pai o le-vava a procurar um substituto, que encontrou nos mdicos que o cuidavam (disse que no que-ria de modo algum deixar o hos-pital). E sua identificao com o progenitor o levava ao processo de autodestruio.

    Nos hospitais principal-mente, encontramos muitos indivduos com uma problem-tica de autodestruio notvel.

    No servio de alergia, G. F. disse o seguinte: Minha asma s melhora quando estou numa situao difcil. Por exemplo: certa noite sonhei que ia morrer, e tinha certeza disso. Havia mes-mo um prazo de trs meses. Pois bem, durante esse tempo estive

    perfeitamente bem, sem uma crise sequer da doena.

    A tristeza seca os ossos, es-creveu Bacon. O indivduo oti-mista vive mais tempo e tem maior resistncia s doenas, porque tem entusiasmo com as coisas da existncia, dando nfase ao chamado impulso de vida, descoberto por Freud.

    Deste modo, a morte deve ser encarada como um proble-ma pertencente mais ao campo psquico que ao fisiolgico.

    No entanto, a fase de auto-destruio tem uma curva lon-gnqua do completo extermnio. Isto , no aparecimento de uma molstia de natureza grave, o indivduo reage, tem os seus

    sentimentos de culpa sanados em parte, e procura voltar normalidade psicorgnica.

    A busca que o homem faz da morte, no dela em si, mas de uma fuga da realidade, isto , ele quer apenas sair do estado em que se encontra. Quantos indi-vduos que tentaram o suicdio e no tiveram xito, depois fica-ram apavorados com o que fi-zeram. E quantos no tomaram apenas uma atitude teatral?

    O neurtico realmente no quer morrer, mas sair do abis-mo em que caiu e cada tipo de doena o leva a isso. O histri-co, por exemplo, quer chamar ateno sobre si. O agressivo, ferir os outros, atravs da mo-lstia. O masoquista, encontrar prazer em se diminuir. E, assim, em cada sintoma, existe uma fi-nalidade diferente.

    O fim buscado no a mor-te, mas as consequncias: casti- go e punio, mais aos outros que a si mesmo.

    A pessoa morre conforme vive, mas o neurtico tem um fim mais dramtico, porque no co-erente entre o que deseja e faz.

    STOPAno VIII So Paulo 300 mil exemplares Distribuio Gratuita

    n 83

    Publicado em parceria com

    Universidade Livre Teraputica em LnguasTRILOGY INSTITUTE

    Veja artigo na pg. 2

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  • www.stop.org.br (link Jornal STOP)

    [email protected]

    E s t a v a c o n d u z i n d o u m workshop sobre estresse um tempo atrs com meus colegas do Trilogy Institute. Havia 25 pessoas na sala e discutamos qual a razo das pessoas ficarem to estressa-das em situaes como falar em pblico ou conversar com um nati-vo (medo comum em brasileiros).

    As respostas foram as de sempre: medo de cometer erros, traumas da infncia, timidez. Ento contei para eles uma conversa que tive com Dr. Norberto Keppe, criador do mtodo teraputico que usamos em nossa escola, a respeito do medo de falar em pblico. Qualquer atitude de dvida ou desconfiana, qualquer nervosismo ou medo, disse ele, re-presenta oposio aos seus prprios dons e talentos. Notei ento que h razes muito mais profundas do que normalmente pensamos.

    Quando temos medo de falar em pblico (ou em outro idioma) o que se passa na superfcie revela uma atitude bem mais profunda, e que

    Odontologia Psicossomtica Trilgica Grande Hotel Trilogia

    Trilogy Institute

    www.trilogyinstitute.com.br

    Aprenda Lnguas e Cure Seu Estressens no percebemos: ns, de fato, temos atitudes contra nosso pr-prio desenvolvimento. Essa situa-o precisa ser conscientizada se queremos nos desenvolver.

    Por exemplo: digamos que voc precisa falar em pblico na sema-na que vem. Primeiro, voc perce-be que muito difcil arranjar tem-po. Voc adia demais, e acha um milho de outras coisas para fazer. Olha seus e-mail a cada 5 minutos, joga pacincia no computador, e de repente sente que o momento perfeito para oganizar os seus ar-quivos de 1992.

    Voc enrola, mas finalmente, vira a noite (anterior apresentao) e fina-liza seu power point. No dia seguinte, quando acorda e comea a treinar, percebe que est incoerente ou es-quecendo coisas importantes que gostaria de dizer. Sente-se sem clareza e sem foco, longe de ser aquele pales-trante que voc gostaria de ser.

    Ento chega concluso inevitvel: Eu odeio falar em pblico! E diz isso para todo mundo. Estou com muito medo. E qualquer outra oportuni-

    dade que surge para fa-lar em pblico voc fica nervoso e perde o sono e faz de tudo para evitar a oportunidade.

    No entando, voc aca-ba de cometer um erro clssico de culpar a coisa errada pelo seu proble-ma. Falar em pblico no o problema; ele ape-nas um grande espelho, trazendo a conscincia de que: voc no to organizado quanto pensa que , voc tem hbito de procrasti-nar coisas importantes em sua vida, voc tem dificuldades em expressar suas ideias clara e concisamente.

    So atitudes que existem indepen-dentemente da situao, e voc nunca ir conseguir resolv-las se no cons-cientizar os aspectos mais profundos. E estas dificuldades podem aparecer em outras reas como, aceitar novas promoes ou novas responsabilida-des, ir para entrevistas de emprego, falar uma segunda lngua.

    Para que possamos nos superar e progredir, precisamos lidar com

    Expediente: STOP um jornal que transmite notcias de interesse pblico e artigos de diversos autores, ligados Escola de Pensamento Norberto Keppe. Keppe psicanalista, filsofo, e pesquisador, autor de 37 livros sobre psico-scio-patologia. Criador da cincia trilgica (unio de cincia, filosofia e espiritualidade) prope solues para os problemas dos mais diversos campos como: psicanlise, socioterapia, medicina psicossomtica, artes, educao, fsica, filosofia, economia, espiritualidade. Superviso cientfica: Cludia Bernhardt de Souza Pacheco. Jornalista Responsvel: Jos Ortiz Camargo Neto RMT N 15299/84 Design Grfico: ngela Stein; Artigos: Norberto R. Keppe, Cludia Bernhardt de Souza Pacheco; Mrcia Sgrinhelli, Helosa Coelho e Richard Jones. Edio N 83, Ano VIII, publicado em 22 de Julho de 2015. Impresso: PLURAL Grfica.

    Algumas pessoas, quando esto com um problema dentrio que pode ser cuidado com trata-mento de canal, pensam em vez dis-so, em extrair o dente natural e fa-zer um implante. Porm, o melhor tratamento preservar ao mximo o dente natural, pois, alm de ser totalmente compatvel com o cor-po, sua raiz possui um amortece-dor natural (ligamento) ao redor dela (fig.1). Quando mastigamos, esse ligamento absorve o impacto, protegendo o osso.

    O tratamento de canal consiste na remoo da polpa do dente, que deixa de ser irrigado, mas pode ter suas funes normais (masti-gao) desde que esteja bem res-taurado para evitar fraturas.

    E nos casos em que s sobra a raiz do dente: vale a pena fazer tra-tamento de canal? O ideal sem-pre conservar uma raiz aproveit-vel. Afinal, um bem, por menor que seja, sempre grande. Tratando-se o canal dessa raiz, esta pode ser

    Evite o Perigo de um Implante

    SPA Trilgico em Cambuquira - MGFig 1 Fig 2

    Tratamentode Canal

    usada para fixao de uma coroa artificial atravs de um ncleo (pino). (Vide fig.2)

    Todo tratamento dentrio con-servador dos dentes naturais tra-balhoso para o profissional, mas bem recompensador porque se con-segue recuperar a sade e a esttica bucal de uma forma menos invasi-va e com mais sucesso, alm de ser mais econmica para o cliente.

    Mrcia Sgrinhelli CRO-SP 25.337 (11) 3814-2159 (Av. Rebouas, 3887, atrs Shop. Eldorado)Helosa Coelho CRO-SP 27.357 (11) 4102-2171 (Rua Augusta, 2676)www.odontotrilogica.odo.br

    as atitudes contraproducentes que nos levam procrastinao e aos atrasos. Tudo isso ligado com o nosso relacionamento com o mun-do, e tratando desses problemas internos que alcanamos o sucesso.

    Essa a sabedoria que vem da cincia Trilogia Analtica que apli-camos todos os dias em sala de aula no Trilogy Institute, e que pode fa-zer uma incrvel diferena quando voc vai aprender um novo idioma, trazendo reduo do estresse e um grande desenvolvimento em mui-tas reas de sua vida.

    Helosa Coelho e Mrcia Sgrinhelli, Cirurgis-dentistas com orientao psicossomtica

    A palavra SPA, que associamos a locais que promovem a sade fsica e mental, tem a sua origem no municpio belga de Spa, famoso pelas suas guas termais. possvel que o nome do municpio se tenha ori-ginado da sigla SPA em latim (sanus per aqua), que significa saudvel pela gua. Na cidade de Cambuqui-ra, conhecida por ter as melhores guas medicinais do mundo, o SPA Trilgico oferece fins de semana com a aplicao da Psicossomtica Tril-gica (mental, fsica e social), no GHT - Grande Hotel Trilogia. Esse o pri-meiro centro de suporte psico-neu-

    ro-endocrino-imunolgico baseado na metodologia do psicanalista Nor-berto Keppe atravs da conscienti-zao e interiorizao. O SPA inclui consultoria mdica e odontolgica, tcnicas corporais e estticas, orien-tao nutricional, Arteterapia, cami-nhadas na Mata Atlntica, banhos de cachoeira e uso teraputico das guas. Coordenado pela psicanalista Cludia Pacheco, autora dos livros A Cura pela Conscincia Teomania e Estresse, e De Olho na Sade. O GHT oferece tambm pacotes de hospedagem para grupos. Informaes no e-mail: [email protected]

    Richard Jones, professor canadense do Trilogy Institute

    Alunos do Trilogy Institute durante aula de ingls

    Gran

    de H

    otel

    Trilo

    gia

    - Cam

    buqu

    ira -

    MG

  • A Doena dos PactosPsicopatologia

    Instituto Keppe & Pacheco de Cincia e Tecnologia

    Informaes e Inscries:(11) 3032-3616www.keppepacheco.com

    Por falar em pactos, Jean Ja-cques Rousseau j dizia: O homem fala o que sabe, a mu-lher fala o que agrada, querendo dizer que a mulher quer agradar a quem ouve, e no est preocupada em fazer valer a verdade.

    Com isso elas criam as maiores confuses e intrigas, pois o que agrada uma mulher ouvir falar mal dos outros.

    Mesmo considerando-se que exis-tem mulheres mais bondosas, elas dificilmente querem desagradar a quem quer que seja falando a verda-de, pois, muitas vezes, esta mostra a dureza da loucura humana.

    Assim sendo, desde criana a mulher poupa a si mesma e aos outros a viso dos problemas e das maldades humanas, criando em torno de si um mundo rseo de hi-procrisia e alienao.

    Quando eu digo a certas clientes que elas devem romper o pacto que fizeram com os homens, tendo acata-do uma posio de submisso, sub-servincia e dependncia, em troca de uma vida de alienao e irresponsabi-lidade social, no estou querendo di-zer que devam partir para uma guerra contra eles, como se fossem vtimas

    em mos algozes; afinal, quando exis-te um pacto, ambas as partes devem estar de comum acordo.

    muito frequente as mulheres passarem de um extremo ao outro ou adotam uma posio de co-nivncia (at certo ponto imoral) com a patologia do marido, filhos e sociedade, ou ento optam por uma atitude de liberdade para a agres-so e para a loucura. De beatas e Amlias, passam libertinagem.

    O difcil a mulher manter um relacionamento sem pactuar com o que sabe que no certo no outro.

    comum mulheres de civiliza-es mais atrasadas (latinas, rabes, orientais) passarem anos a fio com medo de contrariar o marido sem trabalhar, sem estudar, sem sair so-zinhas, apanhando silenciosamente. Quando percebem o absurdo de tal situao, muitas descambam para o extremo oposto, alimentam uma guerra dentro de casa, atormentam os filhos e amigos, no aceitando mais qualquer restrio s suas von-tades e, muitas vezes, exigindo o di-vrcio. Parecem querer viver numa s tacada todas as fantasias que re-primiram at ento.

    Esta atitude carece de bom sen-so. bvio que afeto, trabalho, estudo, jamais podem fazer mal

    a quem quer que seja, mas desde que a pessoa no perca o bom sen-so e cheque suas intenes.

    A mulher que pactua com um ho-mem agressivo e repressor, na verda-de tem dentro de si a mesma inten-o agressiva e destrutiva contra a sua prpria vida, s que no o perce-be e projeta nele toda a sua patologia.

    Caso ela no conscientize isso, todas as decises que tomar con-servaro o mesmo padro de des-trutividade, e no adiantar um afastamento ou uma ruptura so-cial, pois a raiz do mal permanece-r intacta em seu interior.

    Cludia Bernhardt de Souza Pacheco*Extrato do livro As Mulheres no Div, pg. 76

    *Cludia Bernhardt de Souza Pacheco, Presidente do Instituto Keppe & Pacheco - Teologia Filosofia e Cincia.

    Sesses individuais e de grupo Adultos, adolescentes e crianas Psicanalistas formados no mtodo psicanaltico de Norberto Keppe Sesses pessoalmente ou distncia (telefone ou skype), em vrios idiomas

    AtendimentoPsicanaltico

    Informaes e marcao da 1 entrevista:

    (11) 3032-3616 [email protected] www.trilogiaanalitica.org

    A mulher que pactua com um homem agressivo e repressor, na verdade tem dentro de si a mesma inteno agressiva e destrutiva contra a sua prpria

    vida, s que no o percebe e projeta nele toda a sua patologia.

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    Terapia Psicossomtica do EstresseCurso de Ps-Graduao em Gesto do Estresse, reconhecido pelo MEC, permite compreender

    cientificamente as causas psico-sociais deste mal do sculo, e ensina como geri-las e control-las. Considerado por muitos a pan-

    demia do sculo XXI, o estresse determinante na apario de cinco das seis principais causas de mor-te no mundo: infartos, cncer, AVC, enfermidades respiratrias e aci-dentes. Por isso, 90% das visitas ao mdico tm a ver com eventos decorrentes desta condio.

    No h ningum imune a esse mal do sculo que, em nvel muito inten-so, influi na apario de depresso, diabetes, problemas de trabalho e de relacionamento, com um efeito assus-tador na qualidade de vida e no desen-volvimento pessoal e profissional.Base Keppeana

    O Curso de PsGraduao em Gesto do Estresse Psicossomti-ca Trilgica, nas modalidades latu senso e livre, baseado nas des-cobertas do psicanalista Norberto Keppe, criador da Psicanlise Inte-gral ou Trilogia Analtica.

    Keppe dirigiu e chefiou o Grupo de Estudos de Medicina Psicosso-mtica da Clnica de Gastrenterolo-

    gia do Prof. Edmundo Vasconcelos no Hospital das Clnicas da USP e autor de mais de 30 livros sobre o tema da psico-scio-patologia e da psico-scio-terapia, alm de ter unificado os campos da biologia, psicologia e da fsica, em suas pes-quisas mais recentes. Seu estudo sobre a energtica, lanado no livro A Nova Fsica da Metafsica Desin-vertida, deu origem criao do Keppe Motor; o ventilador de teto movido a esse motor, ganhou o selo do Inmetro, sendo o mais econmi-co do Brasil. Dr. Keppe fundador, junto com Cludia Bernhardt Pa-checo, do Depto. de Psicossomtica da SITA - Sociedade Internacional de Trilogia Analtica, que atua na preveno e tratamento do estresse e suas nefastas consequncias.Contribuies Histricas

    O curso permite uma viso his-trica e prtica das causas psico-so-ciais do estresse, com o estudo das descobertas psicanalticas e de cien-tistas como Hans Selye, Claude Ber-

    nard, Franz Alexander,Antoine Be-champ, Gunter Enderlein, Sebastian Kneipp - entre outros abordando ainda a Medicina Energtica, a Nova Fsica, a Psicogentica e a Psico-S-cio-Terapia para o seu benefcio, dos seus clientes e prximos.

    Direcionado a todos profissio-nais de sade e interessados no tema , o Curso inclui quatro viagens ao Grande Hotel Trilogia em Cam-buquira - Minas Gerais, onde os alu-nos tero uma experincia prtica nica de Medicina Psicossomtica Trilgica, com workshops de Psi-canlise Integral, Interiorizao e aprendizado de terapias energ-ticas auxiliares, como Kneipp, Ar-teterapia, Integrao Estrutural, Massagem, Argiloterapia, alm de Termalismo e Crenoterapia - com o uso teraputico das melhores guas minerais do mundo!

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  • Durante grande parte de sua existncia, no a aceitou, e, agora que est agonizando, quer viver. Deste modo, no seu ntimo se trava uma luta feroz, que se manifesta nos seus es-tertores mais prolongados.

    A morte do indivduo equi-librado serena e aceita porque ele viveu sempre em prol de um ideal, recebeu bem os seus reve- zes e se sente realizado. Quando o corpo chegou a uma fase de completa decadncia, ele, que deu nfase s produes do es- prito, espera tranquilamente o ltimo desenlace, sabendo per-feitamente que isso faz parte do seu plano vital.

    Ele foi muito til, trouxe mais um tijolo, para a constru-o desse formidvel edifcio, que consequncia da evoluo humana: a civilizao, e sente que o seu trabalho foi bem feito.

    Certamente, a morte em si no o grande problema, mas sim o que ela representa, isto , os fatores concomitantes.

    A. M. veio ao tratamento ana-ltico por motivo de suas fobias e medo da morte.

    Depois da fase inicial, caiu num perodo de depresso, no qual esqueceu completamente aquele problema anterior, ale- gando que o sofrimento com este ltimo sin-toma era muito maior, tirando-lhe qualquer preocupao de morrer.

    O motivo era uma forte contrariedade afetiva, devido ao afastamento do homem que amava profundamente. Via-se que sua libido estava comple-

    tamente insatisfeita, levando-a a um desinteresse geral. Des-te modo, estava levando a vida como se estivesse morta.

    A morte em si pouco signifi-ca, porque o moribundo no tem conscincia do que lhe vai aconte-cer. E a pessoa velha est mais do que suficientemente preparada, desde que biologicamente existe o desgaste fsico, que inconscien-temente aceito. o mesmo caso do indivduo que est sonolento, esperando a hora de dormir.

    que, aquilo que acontece, est predeterminado. Alis, de certa maneira, esse esprito sempre existiu em todos os povos, cons-tituindo uma tentativa de escla-recimento dos prprios impulsos interiores: se meu inconsciente quer assim, nada poder demo-v-lo a no ser conhecendo-o.

    Ns procuramos a morte (inconscientemente) devido estreiteza de nossos horizontes. Entramos em tantas dificuldades, cometemos tantos desatinos que, afinal, nos refugiamos nela.

    Porm, caso tivssemos os horizontes mais amplos, e os ideais melhor situados, encon-traramos novamente interesse e amor pelas realizaes e facil-mente chegaramos aos duzen-tos anos. A vida apresenta muito interesse para quem o procura...

    O medo morte tambm pode ser analisado segundo o apego que o indivduo tem ao seu corpo: se vive em funo dos prazeres sensoriais (inadequadamente), evidente que ver com desespero a perda dessas prerrogativas.

    Mas, em todos aqueles que j passaram pelo perigo de perder suas vidas, parece que a impresso foi bem diferente da que imaginamos.

    Um motorista ingls vinha em grande velocidade por uma estra-da, coberta pelo nevoeiro, quando foi de encontro traseira de um caminho. Viu-se como que pai-rando no ar, e contemplando o pr-prio corpo destroado. Olhava-o com certa pena. De repente sentiu sangue nas vistas e perdeu aquela viso. Acordou depois de uma se-mana num leito de hospital, tendo sido milagrosamente salvo.

    Os parapsiclogos moder-nos acreditam na possibilidade de o psiquismo se distanciar do corpo, semelhana mais ou menos com o fenmeno da bi-locao, acontecido com alguns seres privilegiados.

    Para crentes e ateus, a morte apresenta duas espcies distintas de dificuldades: o de sofrer no lti-mo momento e as consequncias posteriores, caso haja sobrevivn-cia do psiquismo. Aqui, entramos num segundo aspecto da neurose, que a teraputica analtica ousou ignorar por muitos anos, e agora ocupa posio importantssima nas escolas modernas.

    Freud e seus adeptos mais fanticos aboliram, desse cam- po, todas as manifestaes do psquico, no sentido espiritual. No neurtico, muitas vezes, no to primordial saber a origem de um trauma psicolgico, como tomar conscincia de uma nova realidade porque a psicanli-se transgrediu do terreno pura- mente teraputico para o das realizaes humanas.

    Uma pessoa que faa anli-se, hoje em dia, pode visar mui-to mais o seu aperfeioamento do que propriamente sanar um sintoma. Deste modo, temos que curar o indivduo do seu passa-do, bem como dar-lhe uma vi-so de vida que possa lev-lo a aceitar tranquilamente o magno problema da morte e a cin-cia analtica j capaz disso.

    (Continuao do artigo de capa)Quanto Tempo de Vida Voc Escolheu?

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    Sofie Bergvist, professora sueca do Trilogy Institute

    Para adquirir a obra A Medicina da Alma:(11) 3032-3616www.livrariaproton.com.br

    A vida e a morte podem surgir num minuto, mas a sua preparao muito longa.

    Psicanaliticamente conside-rando, no existe morte repenti-na. Seja num leito de hospital, ou dentro de um automvel em alta velocidade, existe um perodo enorme, anterior, de planificao.

    E no preciso ser um gran-de psicanalista para pressentir a autodestruio do indivduo. Alis, muitas pessoas, quando se aproximam de doentes, sentem algo estranho, como se estives- sem adivinhando o fim.

    O inconsciente sabe mais do que ns, constituindo o maior campo de estudo sobre a per-sonalidade humana. Ns temos obrigao mesmo de, na medida do possvel, conhec-lo como nico meio de assumir controle sobre o prprio destino.

    O povo rabe usa da expres-so est escrito, para explicar