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Arte e Cultura Janeiro de 2011 n€ 03

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jornal solaris terceira publicação

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Page 1: Jornal solaris 3

Arte e Cultura

Janeiro de 2011n€ 03

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Editorial €ndice

Arte e Cultura de Divin€polis

03 - Contato

09 - Enquete

10 - Matte Paint

13 - Festival de Teatro NEAC

16 - A Cultura Gn€stica

17 - O M•sculo

Jornal Solaris - Rua Dr. Dulphe Pinto de Aguiar, n14, Bairro Tiet‚ Divin€pois-MG, Brasil. Tel: (037)9929 8108,e-mail: [email protected], blog: jornalsolaris.blogspot.com.

Esta € a primeira edi•‚o do ano de 2011. Nesta edi•‚o estamos trazendo um pouco sobre os segredos dos efeitos especiais cinematogrƒficos.Neste ano o Jornal Solaris darƒ grandes passos para o seu desenvolvimento, atrav€s de vƒrios projetos que ser‚o iniciados em breve.Neste ano estamos abrindo as portas para pessoas que se interessem em trabalhar como representantes comerciais do Jornal Solaris e tamb€m fazendo parcerias com outras institui•„es.Durante este ano de 2011 iremos criar vƒrios projetos voltados … arte em Divin†polis, aguardem as novidades e confiram esta edi•‚o.

Jeferson Dias

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Mantenha contato pela internet

Blog oficial - baixe as novas edi€•es do Jornal Solaris atrav‚s do blogjornalsolaris.blogspot.com

Entre na comunidade do orkut "Jornal Solaris [oficial]" e tenha acesso aos links das pr€ximas edi•‚es,elƒm de enquetes, novidades, foruns, etc.acesse: http://www.orkut.com.br/Main#Community?rl=cpp&cmm=108314409

Siga no twitter:www.twitter.com/JefersonDiasA

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Este espa€o pode ser seuLigue: 037 9929 8108ou mande um e-mail para: [email protected]

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O Jornal Solaris estƒ recrutando pessoas para trabalharem como representantes comerciais que trabalhar‚o na venda de espa•os publicitƒrios nas pƒginas do Jornal Solaris.Se voc‡ tem habilidades com vendas n‚o perca esta oportunidades de se tornar um representante comercial.Os representantes comerciais do Jornal Solaris receber‚o auxilio para aumentarem suas vendas atrav€s de cursos, workshops, apostilas, etc.As vagas s‚o limitadas, por isso se voc‡ se interessa pelo trabalho entre em contato o mais breve possˆvel.Os representantes comerciais do Jornal Solaris trabalhar‚o no horƒrio em que desejar e receber‚o de acordo com suas vendas.Nossos representantes n‚o s‚o obrigados a trabalharem exclusivamente para o Jornal Solaris, podendo trabalhar para outras empresas e possuˆrem outros empregos tamb€m.Mande um e-mail para: [email protected] e receba gratuitamente os materiais iniciais em formato pdf incluindo: guia de representa•‚o do Jornal Solaris, projeto de cotas publicitƒrias, modelo de contratos, entre outros materiais.

Seja um representante comercial do Jornal Solaris.

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Jornal Solaris em 2011O Jornal Solaris nasceu em 2010, e como tudo que nasce deve crescer, o mesmo ocorrer€ com o Jornal Solaris, que tem como objetivo crescer e se expandir neste ano de 2011.Muito ser€ trabalhado para que o Jornal Solaris possa se desenvolver para que possa entregar conte•do de qualidade para nossos leitores.Neste ano iremos criar novos projetos dentro do Jornal Solaris como tamb‚m concretizar alguns projetos que j€ foram criados.Neste ano estaremos disponibilizando em todas as ediƒ„es, uma €rea reservada para AGEACAC (associaƒ…o gn†stica de estudos antropol†gicos e culturais, arte e ci‡ncia) que ‚ uma instituiƒ…o filantr†pica que tem como objetivo o desenvolvimento interior do ser humano, pois o Jornal Solaris tem como um dos objetivos a conscientizaƒ…o do poder da arte para o desenvolvimento interior do ser humano, integrando-o ˆ sociedade e desenvolvendo capacidades interiores que at‚ ent…o estavam adormecidas.Tamb‚m faremos uma parceria voltada ˆ aspectos sociais com o ICU (instituto da caridade universal) que ‚ uma instituiƒ…o voltada ao exerc‰cio da caridade assim tamb‚m como a conscientizaƒ…o da populaƒ…o em relaƒ…o ˆ importŠncia do compartilhamento e auxilio m•tuo, que ‚ algo praticamente extinto na sociedade atual, e o Jornal Solaris ajudar€ esta instituiƒ…o em sua miss…o frente a humanidade.

Tamb‚m durante este ano, buscaremos ter uma interaƒ…o maior com o p•blico, atrav‚s de promoƒ„es, enquetes, campanhas, etc. para que o p•blico tamb‚m possa ajudar ˆ montar o Jornal Solaris, pois o jornal ‚ destinado justamente aos leitores, e cabe ˆ eles opinarem sobre aquilo que eles esperam do Jornal Solaris.Outros tipos de projetos do Jornal Solaris, ‚ fazer parcerias com artistas da regi…o para poder promover oficinas art‰sticas, principalmente oficinas pouco realizadas em Divin†polis e que h€ uma grande necessidade de ser feita, como oficinas de cinema, efeitos especiais, desenho animado, etc. para que possamos incentivar os divinopolitanos nestas €reas que s…o pouco abordadas na regi…o, por‚m que h€ um grande numero de pessoas interessadas no assunto e que n…o encontram nenhum tipo de curso voltado para estes fins.Desejamos ˆ todos que este ano de 2011 seja um ano de prosperidade em todos os Šmbitos para todas as pessoas, que o sucesso bata na porta de todos e que sejamos felizes e possamos lograr a realizaƒ…o de nossas metas traƒadas para 2011, um feliz ano novo para todas as pessoas e que viva a arte!

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Enquete: Qual € a melhor banda divinopolitana de 2010?

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Resultado

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Matte Paint: Os incr•veis cen‚rios dos filmes- Introdu��o.Quando assistimos certos filmes de grandes produ��es nos encantamos com a beleza dos cen�rios que aparecem no filme, por�m o que muitos n�o sabem � que a maioria destes cen�rios em que vemos nos filmes s�o artificiais, feitos atrav�s da computa��o gr�fica, chamados de Matte Paint.

- O que � Matte Paint.Matte Paint significa literalmente “pintura opaca”. Matte Paint � o nome que se d� �s pinturas de cen�rios para produ��es cinematogr�ficas. Os Matte Paints s�o utilizados tanto para extender o cen�rio real, ou seja, adicionar algo que n�o existe na vida real como um castelo entre as montanhas, um c�u estrelado, uma rua cheia de carros destru�dos, etc. como tamb�m para criar cen�rios que n�o existem na vida real e que seria imposs�vel ou muito caro a sua cria��o, ent�o se utilizam a t�cnica do matte paint para a cria��o deste cen�rio, como cen�rios espaciais, cidades futur�sticas, lugares in�spitos, etc.A utiliza��o do matte paint n�o � voltada apenas para a cria��o de cen�rios que n�o existem, mas tamb�m criar uma cena de algum lugar que existe na vida real, por�m que seria de dif�cil acesso para a equipe de produ��o como, por exemplo, o topo de uma alta colina ou uma determinada rua de um pa�s distante.O matte paint quase sempre � utilizado nas produ��es cinematogr�ficas atuais, por�m a

maioria das pessoas n�o percebe sua utiliza��o.Os matte paints s�o tamb�m utilizados para fins simples como adicionar um c�u estrelado em uma cena gravada em um momento n�o adequado, adicionar nuvens no c�u e at� simples objetos na cena, como uma est�tua, uma pilastra, etc.

- Tipos de Matte Paint. (placa de vidro e digital)Existem dois tipos de matte paint:O primeiro e mais antigo � feito em uma chapa de vidro transparente colocado em frente � c�mera que filmar� os atores. O pintor posiciona a chapa de vidro no seu devido lugar e pinta a extens�o do cen�rio, sendo que os locais onde haver� uma a��o real (live-action), o pintor deixar� sem tinta para que os personagens possam ser capturados pela c�mera atrav�s do vidro transparente.Este tipo de matte paint n�o � mais utilizado hoje em dia, pois exigem um grande trabalho na pintura que deve ser muito real�stica.O outro tipo de matte paint � o digital, muito utilizado hoje em dia, onde o artista ir� criar o cen�rio ou extens�o do cen�rio e mescl�-lo � filmagem no processo de p�s produ��o, ao contr�rio do matte paint de vidro que era colocado em frente � c�mera no momento da filmagem. Este tipo de matte aint n�o exige conhecimento de t�cnicas de pintura e desenho apesar de que o conhecimento trar� mais qualidade ao trabalho. Matte paint digital � feito em programas de edi��o de imagens como, por exemplo, o Photoshop, na qual pode ser feito por

pintura digital, utilizando um tablet ou atrav�s da mescla de imagens capturadas formando um cen�rio como todo.

- O matte paint nas produ��es cinematogr�ficas.A vantagem da utiliza��o de matte paint no cinema � o impacto que estes belos cen�rio criam no espectador, enriquecendo ainda mais o filme al�m de baratear os custos com loca��es e ter a possibilidade de criar cen�rios inexistentes na vida real, possibilitando criar filmes com cen�rio fant�sticos e surrealistas.Uma produ��o cinematogr�fica pode ser trabalhada com a utiliza��o de matte paints e ganhar um aspecto completamente diferente do que seria sem sua utiliza��o, bastando apenas um planejamento pr�vio nos storyboards.

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Matte Paint: Os incr•veis cen‚rios dos filmes- Como fazer um Matte Paint. - esbo�o: a primeira etapa na cria��o de um matte paint � o esbo�o onde ser� criado um desenho b�sico, sem muitos detalhes, do cen�rio em que se quer criar. O esbo�o n�o precisa ser detalhado, � apenas para marcar a regi�o de cada elemento no cen�rio.

- Referencias: ap�s ter um esbo�o, busque por imagens para a composi��o do cen�rio como montanhas, lagos, pr�dios, etc. de acordo com o esbo�o do matte paint. � importante sempre buscar por imagens que tenham uma boa resolu��o e que se encaixem no esbo�o.

- Montagem: com as imagens “em m�os” come�a o processo de montagem do cen�rio, recortando os elementos capturados e posicionando-os em seus devidos lugares.

- Ajustes: com os elementos do cen�rio em seus devidos lugares, agora entra o processo de ajuste das imagens, pois cada imagem possui uma ilumina��o diferente, ent�o � necess�rio ajustar cada elemento de forma que a imagem fique harmoniosa como um todo, para isso ser� necess�rio fazer v�rios ajustes de cores de acordo com a imagem.

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Matte Paint: Os incr•veis cen‚rios dos filmes- Detalhes: ap�s ajustar as imagens para que elas fiquem harmoniosas, entramos no processo de detalhamento da imagem, onde iremos adicionar detalhes como feixes de luz, brilhos, luzes e tamb�m ajustar o posicionamento da luz e sombra dos elementos de acordo com a fonte de ilumina��o do cen�rio. Nesta etapa tamb�m iremos criar a atmosfera do cen�rio, aplicando neblina, filtros, etc.

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Jeferson Dias

Arte: Jeferson Dias

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Festival de Teatro NEAC- Objetivos do festivalEu tenho uma escola de teatro, � uma escola que tem 18 anos que � o NEAC, escola livre de teatro. Antigamente, quando come�amos, fazia-se o curso e quando terminava o curso apresentava um espet�culo e abria outras turmas novas, s� que come�ou a crescer muito e agente tinha a necessidade de dar mais oficinas, porque n�o era s� uma oficina e pronto, agente dava quatro oficinas e montava um espet�culo e como o curso cresceu muito, agente come�ou a dar um curso de um ano, ent�o o curso come�ava bem no in�cio do ano, tem uma mostra no meio do ano que chama O Circuito, agente usa esta mostra para dizer como o ator est� assimilando as oficinas e depois agente trabalha no festival que tem como objetivo mostrar para uma plat�ia maior tudo que o ator adquiriu naquele per�odo ali de um ano de oficinas, como um final de curso, s� que este curso nosso nunca termina porque ele vai sempre reciclando, por exemplo, quando uma pessoa termina o curso e volta para o pr�ximo ano ela vai fazer outras oficinas, outros trabalhos, outros objetivos, ent�o o objetivo do festival � terminar um curso e mostrar o que eles est�o fazendo.

- Como ocorreu o festival.Foram quatro meses de ensaio, terminamos O Circuito no meio do ano e come�amos as oficinas, teve um per�odo de oficinas e marquei quatro meses para ensaio dos espet�culos do festival, ent�o escolhemos as pe�as, dividimos os grupos, separamos personagens, n�s come�amos com leituras e chegamos at� o ponto de fazer o festival, uma das coisas mais interessantes do festival foi que agente teve um apoio muito maior na m�dia, o pessoal ajudou muito, r�dio, televis�o, jornal ajudando, apoiando; um numero grande de patrocinadores ajudando para manter o festival em p�, e agente come�ou festival dia 23 de dezembro at� o dia 28 de dezembro, ent�o tivemos espet�culos todas as noites no gravat� e no dia 28 tivemos dois espet�culos que foi um durante o dia e um durante a noite, e agente deu uma pausa e encerrou o festival dia 28 e 29 de dezembro com o musical God’s que inclusive foi um dos pontos mais altos do festival e tivemos plat�ia lotada todos os dias, agente consegui levar muita gente para l� e pensando em um lado social agente pediu uma caixa de leite, conseguimos doar 1200 caixas para a campanha de natal do Lex Luthor, e este ultimo que teve o God’s agente pegou o leite na primeira e n�o doou para a campanha do Lex Luthor porque j� tinha acabado a campanha ent�o doamos para a Caixa Econ�mica e eles distribu�ram entre as entidades e creches que a Caixa distribui mesmo e o segundo dia agente optou por n�o receber o leite, foi quando terminou

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Entrevista com Marcus Marques do NEAC

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o festival dia 29 agora com plat€ia hiper lotada, o pessoal ficou muito emocionada com o trabalho.

- Como surgiu a id�ia do festival.Precisava fazer um festival porque o NEAC tinha crescido muito e n�o dava mais para fazer uma pe�a aqui, no outro dia outra pe�a ali, ficar marcando aquela coisa. O festival surgiu desta necessidade de fazer um trabalho maior justamente porque o pr�prio grupo pediu isto, e porque tamb�m na regi�o n�o existe nenhum festival, at� agora n�s fomos pioneiros nisto, ningu�m faz festivais assim, mesmo porque o nosso festival n�o tem nenhum objetivo financeiro e dificilmente uma pessoa vai querer fazer um festival deste tamanho, abra�ar esta responsabilidade que � e assumir todas as dividas que voc� acaba assumindo para depois n�o ter lucro nenhum, que � uma coisa que agente n�o tem e se tem � de mensalidade dos alunos que agente cobra no decorrer do ano. Justamente por isso mesmo, a necessidade de montar espet�culos melhores por que aqui em Divin�polis n�o tem, voc� aqui tem grupos apresentando espet�culos sem express�o nenhuma, n�o encontra um grupo capaz de montar um cl�ssico, no decorrer deste per�odo agente j� montou um musical chamado Hair, que � um musical da Broadway do anos 70, que � maravilhoso, duas montagens do Hair, duas montagens de Chico Buarque, j� montei “O bem amado”, agente procura estar mostrando para o pessoal trabalhos mais cl�ssicos por que sen�o

fica s� naquela coisa de uma comedia aqui, uma comedia ali, agente faz tamb�m, mas n�o � s� isso, porque como voc� vai mostrar um trabalho de teatro para um grupo de atores que est�o pagando pelo curso, como voc� vai fechar um curso de teatro sem o aluno saber o que Shakespeare, sem saber o que � Moliere, sem saber o que � Nelson Rodrigues, ent�o existe esta necessidade que inclusive n�o � reconhecida pela pr�pria secretaria de cultura daqui, por que uma das justificativas que eles me deram no ano passado para n�o nos apoiar com o espet�culo chamado “O Pequeno Pr�ncipe” era porque o espet�culo n�o era de minha autoria, ent�o, querem apoiar os autores da cidade mas o teatro vai viver s� disto? S� de escritores da cidade? E os outros? E a forma��o do ator, para onde que vai? Ser� que vai ser mais interessante o ator pegar um livro de um autor daqui da cidade para ler do que um Stanislavski? Ou pegar um Nelson Rodrigues? Tudo � importante, tem que ter tudo.

- A Lei de Incentivo.A lei municipal tem R$250000,00 para patrocinar os grupos, ent�o ela vai patrocinar 14 espet�culos, como foi no ano passado, 14 projetos foram apoiados, penso que se a secretaria de cultura dividisse este R$250000,00 e apoiasse 25 projetos, dando R$10000,00 para cada um ajudava, por que tem projeto que n�o fica neste valor mas a pessoa cria um mundo de gastos no projeto para que o projeto tenha um valor mais alto para poder

ganhar a metade, por que voc� n�o ganha. Depois que voc� elabora o projeto que � um absurdo tamb�m, por que voc� elabora um projeto e o pessoal da secretaria l�em o projeto, eles n�o v�em a coisa. Ent�o voc� pode colocar que vai montar uma pe�a de teatro do Avatar e que o cara vai voar no palco, que ele vai subir e sair pela plat�ia afora, que ele vai flutuar, que pessoas v�o desaparecer no palco; voc� pode falar horrores naquele projeto ali, aquele projeto vai encher os olhos deles e depois que encher os olhos deles, eles v�o te liberar a verba e depois que voc� tiver a verba, voc� pode fazer o que quiser por que eles n�o v�o para ver, ent�o voc� pega uma historinha de um menininho que chama Avatar e que tem um monstrinho, um teatrinho infantil, monta e pronto, por que eles n�o v�o para ver. Por exemplo, um espet�culo como “O Pequeno Pr�ncipe” n�o ganhar a verba enquanto alguns espet�culos que agente v� que ganhou a verba e que no entanto a pessoa estava lendo papelzinho, tirando papelzinho do bolso e dizendo que “precisavam de uma colinha aqui”, contando piadas do tipo, mas isto a� tudo bem, mas agora voltando l� na quest�o da verba, eu acho que n�o deveria ter este incentivo fiscal, por que se for para voc� ganhar hoje o incentivo fiscal da lei, voc� tem que sair atr�s do empres�ria para ele te dar o dinheiro, voc� vai na empresa, a empresa vai fazer a parceria com voc� a vai tirar o dinheiro que ela pagaria para a prefeitura e vai passar para

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Festival de Teatro NEAC

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voc� e depois voc� vai fazer um acerto de contas e entregar na prefeitura, na receita da fazenda, s� que eu acho que � uma sacanagem isto, porque se o empres�rio � obrigado a pagar os impostos, ent�o porque que a prefeitura n�o cria um fundo onde o empres�rio paga para a prefeitura e a prefeitura passa para o ator, por que o mais dif�cil � voc� sair da sua casa, chegar numa empresa e conseguir fazer com que o propriet�rio da empresa te passe este valor, porque o propriet�rio �s vezes n�o acredita no trabalho do artista de Divin�polis por que ele v� aqueles espet�culos que n�o mereciam e que est�o l� e eles falam: “poxa, eu vou pegar o meu dinheiro e investir nisso?”. Outras vezes tem um pessoal que atravessa na frente, por exemplo, o empres�rio j� conhece um cara que atravessa, ent�o o cara fala com ele: “olha, fulano de tal est� levando o projeto a� e este projeto � bom”, ou ent�o chega um desconhecido na empresa com um projeto at� bacana mas a� o cara: “fulano, tem um cara aqui com um projeto tal de lei mas este projeto n�o � legal”, ent�o tem muito disso, ent�o eu acho que tinha que ter um fundo mesmo onde o projeto passou ent�o a prefeitura pega este dinheiro normalmente, � obriga��o da empresa pagar, pagou o imposto a prefeitura pega o dinheiro do imposto e repassa para o ator, repassa para o produtor, porque a� fica uma coisa mais f�cil, a� sim a prefeitura estaria ajudando, do contr�rio n�o, do contr�rio a prefeitura est� liberando uma verba que o cara tem que pagar, mas o trabalho de receber esta

verba � toda da gente, � trabalho dobrado e leva a prefeitura na frente, um cartaz com o nome deles de todo o tamanho, ent�o � meio complicado isso.

- Import�ncia do teatro para o ser humano e para a sociedade em geral.O teatro para uma pessoal � uma quest�o muito complexa, porque tem gente que usa o teatro como profiss�o mesmo, tem pessoas que utilizam o teatro como uma forma de se libertar de algo, por exemplo, eu tenho alunos que fazem teatro porque o m�dico indicou, para melhorar quest�es da voz, tem alunos que s�o advogados e procuram o teatro para melhorar a quest�o da express�o vocal e da� para frente. Com rela��o � sociedade, eu acho que � a quest�o da cultura mesmo, teatro � um ponto importante da cultura, onde precisa ter um incentivo e a sociedade precisa estar participando.Ent�o eu vejo esta necessidade a partir do momento em que voc� come�a a agregar nas pessoas atrav�s dos espet�culos, a import�ncia que � as pessoas chegarem e falarem: “eu entrei bem e estou saindo melhor do que entrei”, este lado social, esta coisa de mexer com as pessoas que est�o assistindo � muito importante e com rela��o ao ser humano, trabalhar com a pr�pria pessoa, � todo que voc� faz com ela , esta coisa de mexer com a cabe�a da pessoa, de trabalhar quest�es de preconceitos, trabalhar o viver bem, de ver melhor o outro e por a�.

- Projetos futuros.Bem, eu n�o sou muito de ter projetos futuros, eu quero que este ano o NEAC cres�a um pouco mais, estamos trabalhando para isso, porque agente v� que o nosso trabalho pode ser maior, e por enquanto o que eu tenho de projeto para teatro futuro � uma reprise de God’s para fevereiro, agente vai reprisar o God’s, vai fazer uma apresenta��o por que teve muita gente que foi e queria ver de novo, tem tamb�m um espet�culo chamado “mulheres de babalu “ que vai ser apresentado, e eu tenho lido muito a obra de Chico Buarque e de Nelson Rodrigues mas n�o � nada certo de que vai ser montado, por enquanto s� estou lendo mesmo e deliciar com a obra.

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Festival de Teatro NEAC

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A Cultura Gnƒstica- O que € Gnosis:O termo Gnosis quer dizer conhecimento, por€m n•o se refere ao conhecimento como estamos acostumados, adquiridos atrav€s de livros, cursos, etc. Gnosis € um conhecimento que se adquire atrav€s da experi‚ncia direta, € um conhecimento superior e real, € o funcionalismo natural da consci‚ncia humana, portanto n•o € um conhecimento baseado em teorias, crenƒas, negaƒ•o e aceitaƒ•o, € um conhecimento real e experiment„vel pela consci‚ncia.Gnosis € um conhecimento, uma sabedoria que est„ dentro do pr…prio homem, que pode adquiri-lo atrav€s do auto conhecimento.

A Gnosis se fundamenta nas quatro colunas do saber humano, que €:A ci‚ncia: na qual leva o homem a experimentar e comprovar a realidade. N•o se trata da ci‚ncia materialista e comum baseada em teses, formulas e c„lculos, € a ci‚ncia da consci‚ncia, baseada na experi‚ncia direta da verdade imut„vel.A filosofia: que leva o homem † indagar sobre si e sobre o mundo que lhe rodei, pois se o homem n•o questiona sobre as coisas, ela jamais ir„ em busca da verdade sobre o mesmo. O primeiro passo para se adquirir a Gnosis € o questionamento, a revis•o de nossos conceitos, a an„lise sobre n…s mesmos, e € esta auto cr‡tica que nos levar„ a conhecer a n…s mesmos em todos os aspectos, seja psicol…gico, emocional e espiritual.

A arte: n•o se trata apenas da arte como trabalho artesanal e sim dos aspectos interiores da arte, pois a verdadeira arte n•o s•o as pinturas, as belas sinfonias, as esculturas, etc. e sim aquilo que havia no interior do artista na qual ele passou atrav€s de um trabalho artesanal. ˆ a arte da vida, a arte de saber viver como um autentico artista que pega a mat€ria bruta e a transforma em obra de arte, assim devemos viver nossas vidas, como se estiv€ssemos nos esculpindo, transformando nossos aspectos ego‡stas em virtudes superiores. Atrav€s da arte tamb€m se pode passar verdades c…smicas imut„veis.A Religi•o: a palavra religi•o vem de religare, que € tornar a ligar † algo superior, † divindade; por€m devemos nos conectar primeiramente † nossa chispa divina interior, devemos encontrar e nos conectar com a divindade dentro de n…s mesmo, pois se n•o encontramos a divindade dentro de n…s mesmos, n•o a encontraremos em lugar nenhum.

- a cultura gn…stica:A cultura gn…stica € a cultura da sabedoria interior, da sabedoria superior e esta cultura sempre esteve presente na humanidade atrav€s de v„rias culturas e recebendo variados nomes como Jnana na ‰ndia, Noscete em Roma, Daath pelos hebreus e Gnosis na Gr€cia.A cultura gn…stica em todas as €pocas, apesar das variadas instituiƒŠes, nomes, povos diferentes, etc. possui, possuiu e sempre possuir„ o mesmo

princ‡pio de busca do conhecimento dentro de si mesmo.Entre as culturas que possu‡ram em dado momento o conhecimento gn…stico est•o:Os ess‚nios, a qual pertenceu Jesus de Nazar€, os C„taros, os Templ„rios, os Hebreus, Caldeus, Hindus, Budistas, Eg‡pcios, Maias, Astecas, Incas, entre outras culturas que possu‡ram grande sabedoria.

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Jeferson Dias

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Livro: O M„sculoO M�sculo, de Jeferson Dias, a futura nova s�tira de crep�sculo.O livro conta a hist�ria de Biela (Gabriela), uma garota "sem gra�a" e an�mica que vai para o interior de Minas Gerais e l� encontra o misterioso Edvalto � qual se apaixona completamente, mas o que Biela n�o sabe � que Edvalto esconde um segredo maior do que ela imaginava, pois ele era um zumbi. Ao se aproximar de Edvalto, Biela passa por variadas situa��es dif�ceis e perigosas, fazendo com que sua vida pacata e chata se torne agitada e perigosa.

O livro n�o est� finalizado, mas est� em andamento, podendo ser conclu�do em janeiro de 2011.O livro nem chegou � metade e nem foi divulgado sequer uma p�gina e j� existem pessoas esperando pelo seu lan�amento; fiz uma pequena divulga��o do livro pelo orkut, utilizando a imagem de divulga��o e recebi bons coment�rios a respeito da id�ia.Atualmente estou no cap�tulo 6 do livro, n�o est� nem na metade, mas quero trabalhar de forma que termine o mais breve poss�vel, por�m com a qualidade desejada, sempre seguindo o mesmo padr�o de qualidade e estilo dos primeiros cap�tulos.

Para mim, o livro O M�sculo foi algo novo, algo que jamais tinha feito e jamais tinha imaginado fazer, pois nunca havia sido um bom humorista, nem mesmo em literatura e agora estou escrevendo uma s�tira de Crep�sculo.Escrever s�tira exige certa criatividade e tamb�m muito cuidado pelo fato de se estar modificando uma hist�ria para que ela tenha humor, e h� que se ter um cuidado com aquilo que voc� modifica, pois isto pode se tornar uma casca de banana futuramente com o decorrer da hist�ria, por isso � importante ter um conhecimento geral daquilo em que se est� satirizando, para n�o correr o risco de ter que modificar muitas coisas depois e Crep�sculo pode ser mais complicado pelo fato de que s�o quatro livros e n�o apenas um; se tudo der certo tamb�m irei fazer s�tiras dos outros livros da saga.O livro “O M�sculo” est� sendo escrito seguindo a narrativa do filme Crep�sculo, pois assim fica mais f�cil do que ter de ler os livros da saga, pesar que gosto de ler, para mim seria uma perca de tempo; cheguei a baixar metade do �udio-book mas n�o o escutei completamente. Um fato interessante nisso � que eu assisto o filme e vou escrevendo, por�m n�o assisto o filme a partir de um DVD, assisto o filme no site youtube, na qual s�o 13 v�deos compondo o filme, como assisto um peda�o, pauso e escrevo, d� tempo o suficiente para carregar o v�deo.

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Conheci Crep�sculo a menos de um ano, por interm�dio de minha ex-namorada, que inclusive me chamou para assistir o lan�amento de um dos filmes da saga, por�m houve alguns contratempos na vida inst�vel de libriano e acabou que n�o fomos ao lan�amento, apesar de que estava disposto a ir conhecer este tal de Crep�sculo na qual ela tanto falava; creio que isto at� favoreceu um pouco para terminarmos o namoro, mas se n�o tiv�ssemos terminado na �poca, hoje ou futuramente ela terminaria comigo por escrever uma s�tira da hist�ria que ela tanto gosta.O livro O M�sculo tem uma grande expectativa de conseguir f�s e tamb�m inimigos (as), mais propriamente inimigas, pelo fato de que Crep�sculo conseguiu muitos e muitos f�s, mas tamb�m conseguiu muitos cr�ticos da obra que adoram satirizar e fazer piadinhas com a hist�ria.O nome da s�tira seria “Corp�sculo”, mas j� havia uma pe�a teatral com este nome, ent�o resolvi colocar “O M�sculo”, o que n�o tem muito a ver com o contexto da hist�ria, mas o nome Crep�sculo tamb�m n�o tem muito a ver com a hist�ria que recebe o mesmo nome.Particularmente n�o sou inimigo de Crep�sculo como talvez muitos possam pensar e nem sou um f� da saga, sou imparcial apesar de escrever uma s�tira da hist�ria, mas o pr�prio Crep�sculo faz uma s�tira com os vampiros, � uma modifica��o da lenda do vampiro, que foi uma falta de considera��o com a tradi��o de Bram Stoker.

Uma coisa eu sei: as f�s de Crep�sculo v�o querer me matar, mas fazer o que?

Livro: O M„sculo

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Cap€tulo 1: Chegando no interiorNunca pensei muito em como iria morrer, mas morrer no lugar de quem eu amo me parece...- Quem inventou esta idiotice aqui? Perguntei-me ao come€ar a ler um livro na qual n•o interessa o nome, ali‚s, ƒ uma hist„ria de uma menina sem gra€a que se apaixona por uma criatura esquisita.Sou Gabriela, mas costumam de chamar carinhosamente de Biela, moro com a minha m•e e seu novo marido jogador de t…nis amador, eles querem viajar e por isso vou para a casa de meu pai, fico pensando no que ƒ que minha m•e cabe€a oca tem na cabe€a de seguir nas viagens de um jogador de t…nis amador, o fato de ele ser amador n•o ƒ o problema, o verdadeiro problema est‚ em que ele ƒ um pƒssimo jogador, n•o tem nenhum futuro e por isso irei para o interior, para ter um futuro mais promissor, moro numa cidade grande, mas o fato de ter um padrasto que ƒ um pƒssimo jogador faz com que seja melhor deixar a cidade grande e ir para o interior, s„ assim poderei ter um futuro feliz, e na verdade n•o pretendo encontrar nada estranho l‚ apesar de que em cidades pequenas existem muitas lendas, mas quem ƒ que vai acreditar em vampiros? Ainda mais vampiros vegetarianos, ƒ muito sem no€•o, ninguƒm acredita nisso.

Cheguei ao aeroporto e meu pai veio em sua ambul†ncia, ele n•o era mƒdico, era apenas motorista de ambul†ncia, pois deixou de estudar para trabalhar cedo. Ent•o colocamos minhas malas no carro e seguimos para casa, no caminho

quase n•o nos falamos e chovia muito na cidade.Quando chegamos, deixei meu pai se virar com as malas, ali‚s, ele ƒ homem e deve se virar com isto, pois eu sou muito magra e ainda sofro de anemia, por isso deixei meu pai se virar com as malas, a ‡nica coisa que levei para dentro foi minha pequena planta carnˆvora.

Entrei em casa e vi que era a mesma de sempre, meu pai tinha um pƒssimo gosto, ou melhor, ele n•o tinha gosto nenhum, talvez tivesse algum problema no cƒrebro que o impe€a de ter paladar, apesar de que isto n•o tenha nada ‰ ver com o mau gosto pela mobˆlia.Subi atƒ o segundo andar onde ficava o meu quarto esperando o meu pai por alguns segundos, ou melhor, alguns muitos minutos, pois ele demorou muito com as minhas bugigangas, ent•o esperei... Esperei... Esperei... Atƒ que finalmente tive que esperar mais um pouco e ele chegou quase sem fŠlego e me disse que havia separado uma prateleira para mim no banheiro, mas como ele havia demorado muito eu j‚ tinha vasculhado a casa e percebido isto, inclusive joguei os produtos dele fora para ficar com todas as prateleiras do banheiro, j‚ que uma n•o era o suficiente; sabia que ele poderia ficar chateado por ter jogado os produtos dele fora, mas fazer o que? Ele ƒ meu pai e deve compreender isto.- Biela, dei uma arrumada no seu quarto, comprei algumas bonecas novas para voc…, instalei a internet grampeada para me assegurar que voc…

n•o esteja acessando certos sites, e coloquei este len€ol roxo em sua cama, voc… gosta de roxo? Perguntou meu pai.- sim, claro, est‚ „timo. Respondi, mas na verdade tinha achado horrˆvel, quem ƒ que coloca um len€ol roxo na cama? - vou descer e te deixar sozinha, poderia ficar aqui com voc… j‚ que n•o tenho nada para fazer, mas prefiro descer e ficar na garoa.A ‡nica coisa boa em meu pai ƒ que ele n•o fica me rondando e vigiando. Quando vi que ele saiu, tratei logo de jogar aquele len€ol brega no lixo e colocar outro que tinha trazido no meio de minhas bugigangas in‡teis, mas que um dia irei precisar, minhas malas eram muito organizadas, a maioria das pessoas acham que ƒ uma bagun€a, mas o fato ƒ que elas n•o compreendem o meu estilo de organiza€•o, ƒ uma nova tend…ncia, bagun€a organizada.

Depois que fiquei entediada de ficar olhando para a cara de minhas bonecas, resolvi descer e l‚ estava meu pai com um amigo de muletas e outro cara estranho que me lembrava um babaca na qual eu brincava na minha inf†ncia, ele fazia bolos de lama e ainda comia, era um verdadeiro sem no€•o!Tambƒm havia na frente de minha casa uma latariavelha com rodas na qual eu ia chamar o guincho para retir‚-lo da frente de minha casa j‚ que estavaenfeiando toda a rua, mas o telefone estava desligado, pois meu pai o desliga quando sai,

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Cap€tulo 1: Chegando no interiormesmo que v€ apenas • esquina, ele tem medo de que alguma criatura sobrenatural ligue para mim passando algum trote e por isso a minha tentativa de chamar o guincho foi defraudada.

Quando desci meu pai me perguntou: - lembra do Guile Bloco? Apontando para o cara de muletas.- Sim claro, claro que me lembro, como vou esquecer o cara do Street Fighter? Respondi educadamente mas na verdade n‚o fazia a mƒnima id„ia de quem era este cara, mas como utilizei as t„cnicas que aprendi no curso de teatro eles nem desconfiaram.- Seu pai n‚o parou de falar que a vida dele acabaria quando voc… chegasse e que n‚o via a hora de voc… pegar as malas e ir embora. Disse o cara das muletas.- Continua inventando e eu te jogo €gua fria! Disse meu pai tentando ser convincente de que o que Guile Bloco disse era mentira, mas na verdade eu sabia que era verdade, pois sempre me disseram que eu sou um tormento na vida das pessoas, basta me conhecer que a pessoa n‚o ter€ mais sossego.Ap†s dizer isto, os dois saƒram para brincar de lutinha, mau pai era viciado em Street Fighter e este vicio ele o criou por que n‚o tinha mais nada o que fazer e tamb„m por n‚o arrumar nenhuma outra namorada depois de minha m‚e, o que eu n‚o entendo, pois os caras geralmente terminam em um dia sendo que j€ est‚o com outra • uma semana antes de terminar.

- Voc… se lembra de mim? N†s brinc€vamos juntos quando „ramos crian‡a, fazƒamos bolos de lama e depois eu comia, lembra? Disse o outro cara que tinha a minha idade.- Sim claro que me lembro. Disse com muita falsidade e certo desanimo por constatar que realmente era aquele idiota da minha infˆncia.- Eles s‚o assim sempre? Perguntei antes que ele come‡asse a falar de suas idiotices.- Bem, quando tomam o rem„dio ficam melhor, mas a medida que o efeito passa vai piorando. Ele respondeu.- O que achou Biela? Disse meu pai dando um tapa na lataria ali parada. Se meu pai fosse forte a lata velha teria despencado, mas ainda bem que ele „ bem fraquinho, pois se o dono desta lataria deve ser um louco e sabe-se l€ o que ele poderia fazer ao saber que meu pai destruiu a velharia.- Achei o que do que? Perguntei.- Ao seu novo carro! - Isso? Perguntei com a boca aberta, n‚o estava acreditando que ele havia comprado esta lataria para mim, o que ele tinha na cabe‡a? Bem eu sei que „ nada, mas n‚o poderia ter exagerado tanto.- ‰ seu presente de boas vindas. Meu pai teve a cara de pau de dizer uma coisa destas.- N‚o poderia ter me dado apenas uma caixa de chocolates? Perguntei ainda n‚o acreditando no que estava se passando.- Como voc… tem um senso de humor apurado! Disse meu pai tentando convencer a si mesmo de que eu estava s† brincando, mas at„ o Guile e o

Jac† havia percebido que este n‚o era um bom presente.- Ah! Dei uma arrumada no motor, entra aƒ! Disse o Jac† tentando me animar.Abri a porta justamente no momento em que Jac† passava, dando uma boa portada em suas costas fingindo que foi um acidente, o que n‚o era, havia feito de prop†sito por ter arrumado aquela lataria e agora eu seria obrigada a andar nela para baixo e para cima.Confesso que fiquei com muito medo de entrar naquela geringon‡a, mas tomei coragem e resolvi entrar.Do nada o Jac†, em um ato muito atrevido, resolveu entrar na lata velha pela porta de passageiro e perguntei:- Quem te deu a permiss‚o?Ele me ignorou completamente, assim como a maioria das pessoas e disse:- Para lig€-lo, basta pisar fundo na embreagem, girar a chave v€rias vezes at„ pegar e quando pegar d… algumas bombeadas no acelerador para ele n‚o apagar, tem que tomar cuidado porque o freio n‚o funciona direito, tirando estes e mais outros problemas o carro est€ bom.- noooossssa! Voc… realmente „ um grande mecˆnico, voc… deveria trabalhar na NASA! Disse impressionada com o trabalho dele.- Bem... Eu fa‡o o que posso, inclusive aprendi mecˆnica na internet, com uns tutoriais que encontrei em um blog especializado.- Deu para perceber... Voc… quer uma carona

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Cap€tulo 1: Chegando no interiorpara a escola? Perguntei para fugir do assunto novamente antes que ele se disponha a concertar alguns problemas do meu computador.- N‚o obrigado, minha escola fica perto do canil.Quando ele disse isto, um sorriso apareceu em meu rosto, n‚o pude conter a alegria de n‚o ter que v…-lo na escola, pelo menos de uma eu estava livre.

Aguardem o lanƒamento de O M•sculo!

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AGRADECIMENTOS

Agradecimentos €:Lineker Santos, € K•nia Cristina e Kelly Cristina da escola S‚o Tomƒs de Aquino do bairro Porto Velhopor auxiliarem na execu„‚o da enquete para eleger a melhor banda divinopolitana de 2010.Ao ator Marcus Marques do NEAC pela entrevista.E agradecemos aos leitores do jornal Solaris pelo apoio, pois o Jornal Solaris sem os seus leitores n‚oseria nada, tudo que € feito € feito para os leitores.

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