jornal sinpef - 4ª edição

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Ano 2 • Nº 4 julho de 2010 Cartão Vermelho para o Monitor de Esporte: • SINPEF-RJ e MOVAPEF em ato público na ABI contra o Art. 90-E da Lei Pelé. • III Conferência Nacional do Esporte • Art. 90-E é suprimido no Senado. • Frente Parlamentar pela Educação Física: uma necessidade! • Fim das Academias: a grande mentira.

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Publicação do Sindicato dos Profissionais de Educação Física do Rio de Janeiro

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Page 1: Jornal SINPEF - 4ª Edição

Ano 2 • Nº 4 julho de 2010

Cartão Vermelho para o Monitor de Esporte:

• SINPEF-RJ e MOVAPEF em ato público na ABI contra o Art. 90-E da Lei Pelé.

• III Conferência Nacional do Esporte

• Art. 90-E é suprimido no Senado.

• Frente Parlamentar pela Educação Física: uma necessidade!

• Fim das Academias: a grande mentira.

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Informativo Oficial do Sindicato dos Profissionais de Educação Física do Estado do Rio de JaneiroPresidente: Ernani Bevilaqua Contursi - Vice-Presidente: Niger MorieSede: Rua Guapiara, 28 - Tijuca - RJ - CEP: 20521-180Telefax: (21) 2567-5008 Projeto Gráfico: DimmerE-mail: [email protected] Tiragem: 30.000 exemplares www.sinpefrj.org.brHorário: De segunda à sexta - 9h às 17hEste informativo é distribuído gratuitamente.Os artigos assinados são de responsabilidade dos respectivos autores, não expressando necessariamente a opinião do SINPEF.

Qual foi a real participação do SINPEF na manifestação no Senado contra a lei do Monitor de Esporte?

Niger: de total apoio ao CREF1, que liderou essa manifestação em nível nacional, cada macaco no seu galho. SINPEF atua nas questões trabalhistas da profissão.O CREF1 tem uma única missão, que é manter o mercado de trabalho no segmento da prescrição de exercícios e de atividade física com prof. de Educação Física. Por isso, apenas apoiamos os CREFs de todo Brasil, que estavam em Brasília. No entanto, foram os CREFs, e não o SINPEF-RJ. Nem cons-tatei outros sindicatos da nossa catego-ria presentes no Senado.

Mas na revista do CONFEF é citado que a liderança foi do SINPEF-RJ?

Niger: É citado, mas está errado Não participamos nem da organização. Tudo foi feito pelo CREF1, convocando os de-mais CREFs para irem a Brasília, assumin-do a luta que o Conselho Federal dava como perdida. O presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber, está tentando tirar dos CREFs os bônus da vitória no Senado e está propagando que fomos nós os mo-

bilizadores, mas é mentira. Quem mobi-lizou os CREFs no Brasil foi o CREF1 e os responsáveis pela virada de mesa, em Brasília, foram os CREFs.

Por que o CONFEF não quer dar os crédi-tos da vitória no Senado aos CREFs?

Niger: Não é problema nosso. Repito: cada macaco no seu galho. Mas dizer que o Ministro do Esporte, Orlando Silva, apóia a nossa luta contra o Monitor de Esporte foi um erro do CONFEF, consumado com a de-claração do presidente Lula na Conferência Nacional do Esporte, em Brasila, pedindo desculpas à categoria por ter inserido o Art. 90-E que criava o Monitor. Aí, dirigin-do-se ao Ministro Orlando, disse:― Erramos, mas estamos corrigindo a partir de hoje. Vamos trabalhar no Sena-do para excluir esse art. da Lei Pelé. SICEu que pergunto agora: como fica o CONFEF, que sempre defendeu a tese de que o Ministério do Esporte estava contra o Art. 90-E?.

Niger Morie Vice-PresidenteEleito para o período de 2009/2014

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O SINPEF-RJ e outras entidades do MOVAPEF (movimento pela valoriza-ção dos profissionais de Educação Fí-sica) organizaram no dia 06/05/2010, uma audiência pública para discutir o Art. 90-E da pl 5186 de 2005 (que modifica a Lei Pelé). O evento contou com a presença de cerca de 800 pesso-as entre profissionais e estudantes de Educação Física.

Ato Público ABI

Além de representantes da socieda-de civil organizada, participaram da ma-nifestação estudantes do ensino médio, políticos e os guardiões da Educação Física (o Dep. Estadual Chiquinho Car-valho, o Dep. Federal Otávio Leite e o Senador Marcelo Crivella).

A audiência pública acabou se tor-nando um grande momento de mani-festação contra a figura do Monitor de Esporte. Ficou claro o quanto a aprova-ção desta lei será prejudicial aos profs.

e estudantes de Educação Física, e mui-to mais prejudicial à sociedade.

“É um absurdo não atender à po-pulação com qualidade. Contra um ab-surdo deste só existe uma atitude: car-tão vermelho. Temos que dizer não”, disse o Vice-Presidente do SINPEF, o prof. Niger Morie.

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Decidir 10 anos do cenário esportivo não é tarefa fácil e representantes de to-dos os estados participaram efetivamen-te. O Rio de Janeiro formou uma comitiva de profs. e estudantes de EF, liderada por entidades do MOVAPEF (SINPEF-RJ, CEEF-BR, CREF e APEF).

Conseguimos mais uma vez demons-trar a importância dos Profs. de EF.

Cabe agora ao Ministério do Esporte e ao Governo Federal colocar em prática as decisões tomadas em benefício da socie-dade e dos profs. de EF.

O SINPEF-RJ esteve em Brasília, entre os dias 3 e 6 de Junho, representando os interesses da Educação Física do Rio de Janeiro. Desta vez, a Conferência de Es-porte foi bem favorável aos interesses da sociedade e também da Educação Física. O Presidente da República comentou no inicio do evento: “O governo errou ao permitir o surgimento do Art. 90-E. Não vamos aprovar esse item”. Apesar desta declaração continuamos vigilantes no Senado e agora na Câmara.

III CNE

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Monitor de Esporte na CCJ do Senado

Dando continuidade ao Ato Público da ABI, o SINPEF-RJ esteve presente em todas as sessões da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado Fe-deral. Nesse processo, ficou evidente a necessidade de engajamento político da Educação Física. Foram cinco sessões até que os Senadores entendessem o quanto a Sociedade perderia com a aprovação do Monitor de Esporte. Conseguimos a supressão do Art. 90-E no Senado, mas na Câmara recomeça todo o processo. Vamos à batalha. Não podemos recuar. Não ao Monitor de Esporte! Em defesa da Sociedade!

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Com a derrubada do Art. 90-E da Lei Pelé, confirmou-se a importância do tra-balho político na Câmara e no Senado em Brasília.Constatamos pessoalmente. Convivemos dia a dia durante todo mês de maio e primeira quinzena de junho p.p, com a luta do Senador Crivella e do Deputado Otavio Leite para reverter uma decisão tida como certa da banca-da do Governo, com apoio de parte da oposição. O cenário era todo contrario à Educação. Juntos, Ministério do Esporte, SINDICLUBES, Rede Globo, Bancada da Bola, Sindicato dos Atletas de Futebol, com a omissão suspeita do Conselho Fe-deral de Educação Física - que silenciou-se durante toda tramitação do Projeto de Lei - ficou claro que a derrota era evi-

Frente parlamentar pela Educação Física

dente, era certa. Mas vencemos! David venceu Golias e agrademos aos CREFs que se rebelaram e assumiram os tra-balhos em Brasília, contra a vontade do CONFEF. Agradecemos muito aos nossos guardiões em Brasília, Senador Crivella e Deputado Otavio Leite, esses sim, contra tudo e contra todos, estiveram do nosso lado na hora ruim.

Fica entretanto, um alerta aqui nesta página: como estamos representados na Assembleia Legislativa do nosso estado? Será que temos Deputados Estaduais que vão assumir nossa luta como Crivella e Otavio Leite assumiram? E nas Câmaras de Vereadores de todos os municípios? Como estamos? Temos representatividade?

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Caros colegas da EF, no dia da posse do SINPEF, tivemos a promessa do Dep. Chiquinho de que as carteiras de trabalho dos profs. dos projetos da SMEL seriam assinadas como PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Apesar do histórico de parceria do Deputado com nossa causa, a promessa não foi posta em prática. Mas política é assim... O Deputado afastou-se da Secretaria e garantiu que seu sucessor daria prosseguimento à promessa.

No entanto, o novo Secretário Rogério Pimenta não só não cumpriu o prometido por Chiquinho, como está fazendo o possível para retirar Diretores do SINPEF do corpo de profs. contratado, utilizando, in-clusive, frases ofensivas:

― “Aqui não é lugar de Sindicalista.”

Vamos recordar ao Secretário Rogério Pimenta:

Você é Profissional de Educação Física. Por isso mesmo deve nos respeitar. Estamos de olho e não vamos recuar.

Promessas e Dívidas

Vitória Jurídica

Já começaram a aparecer os resultados de nossas Ações Jurídicas. Ganhamos as ações contra a A!Bodytech, AABB (Associação Atlética Banco do Brasil), entre outras.

O que isto significa? Que agora esses empregadores devem assinar as carteiras de seus Profs. como Profissionais de Educação Física. É mais uma tentativa de organizar esta bagunça criada pela “Máfia dos Patrões”. Nós temos formação acadêmica, não podem menosprezar nossa Profissão!

Não somos Instrutores! Somos Profissionais de Educação Física!

Estamos

de olho!Estamos

de olho!

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Caros colegas de profissão, temos visto a Educação Física sendo degradada nos últimos anos. Piso salarial injusto, pés-simas condições de trabalho, mercado de trabalho regula-do por sindicatos de patrões. Com isso a falta esperança.

Lançamos a campanha sala-rial R$ 11,85 h/a, uma batalha para moralizar o mercado de trabalho e ter um piso mínimo.

Nesse momento começou o mito:

“Se pagarmos o que o SINPEF quer, as academias vão ter que fechar.”

Prof., você acredita nisto?Bem, é nisso que os patrões querem que acreditemos. E por conta de desinforma-

ção, realmente acreditamos. Os patrões assinam uma convenção coletiva aumentan-do nosso piso de R$ 3,55 para R$ 4,00, sem férias integrais, sem 13° salário integral.

A máfia dos patrões (SINDACAD, SINDECLUBES E ACAD) mente e manipula, alega que a média salarial é de oito reais, mas pagam isso por fora. Eles nos roubam.

É simples, ter um piso de R$ 11,85 é necessário. Porém as Academias que não tem condições de pagar, podem assinar um acordo coletivo (discutido entre funcionários, sindicato e dono da academia) para estipular um valor justo para todas as partes.

O Fim das Academias: a Grande Mentira

Niger Morie, Vice-Presidente do SINPEF.

As academias não vão aca-bar, vai acabar a explora-ção! Pense nisso, faça a conta de quanto ganham com nosso trabalho.