jornal sindsaúde/sc - outubro/2015

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SindSaúde Florianópolis, outubro de 2015 facebook.com/sindsaude.sindicatosaude www.sindsaudesc.com.br f 4 CONHEÇA A PAUTA DE REIVINDICAÇÕES DA CATEGORIA 2015/2016 CAMPANHA SALARIAL: páginas 2 e 3 p. 4 encarte especial Paralisação no HF ISEV nega direitos a trabalhadores(as) Prestação de Contas Congresso discute Assédio Moral no trabalho

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Leia a edição deste mês do nosso jornal: conheça a pauta de reivindicações das trabalhadoras e trabalhadores do setor privado na Grande Florianópolis; saiba mais sobre a paralisação no HF, os trabalhadores que tiveram direitos negados pelo ISEV e o congresso que abordou o tema do assédio moral no trabalho.

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Page 1: Jornal SindSaúde/SC - Outubro/2015

JORNAL do

SindSaúdeFlorianópolis, outubro de 2015

facebook.com/sindsaude.sindicatosaudewww.sindsaudesc.com.br f4

CONHEÇA A PAUTA DE REIVINDICAÇÕES DA CATEGORIA 2015/2016

CAMPANHA SALARIAL:

páginas 2 e 3

p. 4

encarte especial

Paralisação no HF

ISEV nega direitos a trabalhadores(as)

Prestação de Contas

Congresso discuteAssédio Moral no trabalho

Page 2: Jornal SindSaúde/SC - Outubro/2015

f

Editorial

JORNAL do SindSaúde - Florianópolis, outubro de 2015 - www.sindsaudesc.com.br

Expe

dien

te

No dia 13 de outubro as trabalhadoras e os trabalhadores das clínicas, hospitais e la-

boratórios privados da Grande Florianópolis apro-varam a pauta de reivindicações dos trabalhadores da saúde para ser negociada com o sindicato das empresas.

A data-base da categoria é no próximo dia 31 de outubro e é por esse motivo que deve ser ne-gociada a Convenção Coletiva de Trabalho, para assegurar reajuste salarial e demais direitos dos tra-balhadores.

O SindSaúde/SC representa todos 18 os municí-pios da Grande Florianópolis. Ou seja, somos uma categoria numerosa, que trabalha muito e merece ser melhor valorizada. Ao longo dos anos, temos conseguido garantir melhores condições de tra-

balho e remuneração junto às empresas, além de fiscalizar o cumprimento da Convenção Coletiva depois que ela é aprovada. Exemplo dessas con-quistas foi o aumento do patamar do piso estadual de salário da saúde, que estava baseado no quarto patamar e hoje, após muitos enfrentamentos e ne-gociações, foi aumentado para o primeiro patamar.

O desafio nas negociações desse ano é avançar nos ganhos para os trabalhadores no cenário de crise que estamos vivendo. Mas entendemos que não são os trabalhadores que devem arcar com a crise. Por isso, chamamos todas as trabalhadoras e os trabalhadores a se engajarem na campanha salarial deste mês!

Conheça a pauta de reivindicações aprovada na Assembleia:

Estamos no mês da data base da cate-goria, 31 de outubro. Esse momento

é de negociação e de nos prepararmos para garantir nossos direitos já conquistados e seguir avançando na próxima Convenção Coletiva de Trabalho. A diretoria do Sind-Saúde/SC está organizando uma campanha salarial nas empresas privadas de saúde pois entendemos que nenhum avanço será con-quistado sem mobilização das trabalhado-ras e dos trabalhadores.

Todos os dias ouvimos na mídia sobre a crise que vivemos no nosso país e no mundo, uma crise financeira e econômica que, entre outras coisas, tem influenciado no aumen-to do custo de vida das famílias. O que se esperava é que o Brasil tivesse um projeto popular e que não admitisse retrocesso nos direitos já conquistados, mas o triste resulta-do dessa crise é que nós trabalhadores somos os mais prejudicados.

Nossos direitos estão sendo atacados por todos os lados. Prova disso são as recentes mudanças nos critérios para concessão de pensões e no seguro desemprego, a precari-zação da saúde com as privatizações e o pro-jeto das terceirizações. Mas não é justo que os trabalhadores, que são os que produzem o lucro das empresas paguem por essa conta, por uma dívida que já pagamos inúmeras vezes e que não para de crescer.

Por outro lado, também temos visto mui-tas categorias reagirem aos desmandos dos patrões. Exemplo disso são as mobilizações recentes dos trabalhadores da Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medi-cina (SPDM) em Florianópolis e Araranguá, que não aguentam mais os atrasos de salá-rios e os abusos da empresa. Outras mobi-lizações contra as demissões da SPDM em São Paulo provam que a classe trabalhadora pode ser vitoriosa quando se une.

Neste jornal, queremos apresentar a pau-ta de reivindicações deste ano e fazer um chamado para todas as trabalhadoras e os trabalhadores da saúde: precisamos nos or-ganizar e nos fortalecer. Por isso, conheça a campanha salarial e participe! Só assim será possível conquistarmos nosso direito vida digna e valorização profissional!

Diretoria SindSaúde/SC

Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde Público e Privado de Florianópolis e Região

Florianópolis, outubro de 2015

Texto: Diretoria SindSaúde/SC - Gestão Sindicato É Pra Lutar 2014 - 2017

Edição: Rodrigo Chagas

Diagramação: Rodrigo Chagas Impressão: Gráfica Open Brasil

Mil cópias

Rua Frei Evaristo, 77 - Centro, CEP: 88015-410 - Florianópolis/SC |(48) 3222 4552 [email protected]

Categoria aprova Pauta de Reivindicações 2015/2016

CAMPANHA SALARIAL

Piso Salarial Reajusteq Nível fundamental

q Nível técnico

q Nível médio

q Nível superiorR$ 1.200

R$ 1.900

de GANHO REAL,além da inflação

q 5%R$ 1.600

R$ 2.500

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JORNAL do SindSaúde - Florianópolis, outubro de 2015 - www.sindsaudesc.com.br

Gratificação de Caixa

Jornada Extraordinária

Anuênio

Adicional Noturno

Adicional de Insalubridade

Vale alimentação

Vale transporte ou combustível

Jornada de Trabalho Especial

Trabalho dos plantonistas em dias de feriados

Garantia de emprego em casos de doenças graves

Auxílio Creche

Feriados nas Férias

Licença maternidade

Licenças Especiais

Folga de Aniversário

Prêmio Assiduidade

Multa pelo não cumprimento da

ConvençãoMulta de 50% do piso salarial, acrescido de juros mora e correção monetária, pelo descumprimento da obrigação de fazer, por infração, e por empregado, em favor

da parte prejudicada, sob pena de cobrança judicial.

Além da penalidade por descumprimento, a empresa pagará ao empregado 2% ao dia, sobre o salário vencido, no caso de

atraso no pagamento salarial.

q Adicional de 20% do seu salário base

q a) Até 20 horas extras – todas as horas extras serão calculadas com adicional de 50%;b) De 21 a 40 horas extras - todas as horas extras serão calculadas com adicional de 75%;c) Acima de 41 horas extras - todas as horas extras serão calculadas com 100%.

q A concessão de 1% do salário base para cada ano laborado na empresa.

q O(A) trabalhador(a) noturno(a) será remunerado(a) com o adicional de 40% no horário entre as 20h e às 07h a incidir sobre o salário hora normal.

q Pagamento tendo como base de cálculo o valor do piso regional de salários.

q Vale alimentação no valor mensal de R$ 370,00/mês; Vale refeição por dia de trabalho de R$ 17,00/dia.

q Quando solicitado pelo(a) trabalhador(a), o vale transporte pode ser substituído por vale combustível.

q Além das jornadas já existentes, para as funções de enfermagem a carga horária de no máximo 30h semanais, em escalas de 6h diárias ou 12x60.

q Garantia de extensão da licença maternidade, sempre que requerido pela trabalhadora, para 180 dias.

q Será concedido 1 dia de folga por ano em decorrência do aniversário do(a) trabalhador(a), independente de estar ou não trabalhando no dia, a ser gozada no dia do aniversário ou em dia acordado com a chefia.

q Prêmio assiduidade no valor de 2 dias de salário base no mês de competência quando não houver falta injustificada.

q a) Casamento - 8 dias consecutivos incluindo o dia do matrimônio.b) Falecimento de cônjuge, pai, mãe, filho, irmão - 8 dias.c) Nascimento de filho (licença paternidade) - 15 dias.d) Falecimento de avós - 08 dias.Abono de faltas dos trabalhadores em decorrência de doença do filho, cônjuge, pais idosos com dependência comprovada ou de pessoa com quem viva, para acompanhamento de consultas médicas e/ou internação hospitalar.q Os(as) trabalhadores(as) que cumprem jornadas de 12h terão direito de re-

ceber as horas dos feriados com adicional de 100%, conforme súmula 444 do TST.

q Os dias feriados que recaiam dentro do período de férias anuais do(a) tra-balhador(a), não serão computados como parte do período de férias.

q O(a) trabalhador(a) acometido(a) das doenças listadas na Instrução Nor-mativa SRF nº. 15, de 06 de fevereiro de 2001, e também beneficiados com a

q a) Empregados com carga horária mensal de 220h ou 200h, o auxílio creche será de R$ 350,00.b) Empregados com carga horária inferior a 200h, o auxílio creche será de R$ 225,00.

isenção de imposto de renda, dada a gravidade das doenças não poderão ser dispensados sem justa causa pelo prazo mínimo de 01 (um) ano após o retorno de qualquer benefí-cio concedido pela Previdência Social.

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Após novo atraso de salário, do mês de setembro, trabalhadores do Hospital

Florianópolis paralisaram suas atividades na quinta-feira (8/10). O mesmo aconteceu com as trabalhadoras e trabalhadores do Hospital Re-gional de Araranguá, que entraram em greve em 7 de agosto, também por conta de salários atrasados.

A responsável pela gestão de ambos hospitais, Associação Paulista para o Desenvolvi-mento da Medicina (SPDM), afirma que o problema está na falta de repasse dos recursos por parte do Estado. No en-tanto, o sindicato da categoria, SindSaúde/SC, entende que a responsabilidade por garantir o pagamento dos trabalhadores é da SPDM e que é prerroga-tiva da entidade romper o contrato com o Es-tado ao entender que este não está cumprindo com o pactuado. Além disso, o contrato que a SPDM assinou com o Governo estabelece que é responsabilidade da empresa custear os salários em caso de atraso no repasse das verbas.

Nesse jogo de empurra-empurra, em que o Estado se exime do seu dever terceirizando suas responsabilidades, quem paga, além da popu-

lação, são as trabalhadoras e os trabalhadores.

SPDMOs problemas envolvendo unidades admin-

istradas pela SPDM, que também é responsável pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgên-

cia (SAMU), vêm se acumulando nos últimos meses.

Além do atraso no pagamento dos salários, a empresa SPDM também têm sido denunciada por perseguição e demissões de servi-dores. Desde o início do contrato da SPDM para administrar o Hos-pital Florianópolis, em janeiro de 2014, as demissões promovidas pela empresa geraram custos de

R$ 5 milhões aos cofres públicos.No SAMU, entre os problemas recor-

rentes estão a falta de material esteri-lizado, demora no atendimento, fechamento das centrais de atendi-mento, atraso no salário dos tra-balhadores, e episódios como de ambulâncias paradas por problemas mecânicos e falta de combustível.

SPDM atrasa salários e trabalhadores do HF paralisam atividades por um dia

Além do atraso no pagamento dos

salários, a empresa SPDM também tem sido denunciada por

perseguição e demissões de

servidores.

Especialistas vindos de 12 países, sobretudo

latino-americanos, socializaram estratégias

de intervenção e articulação para

combater a violência no trabalho

LUTA POR direitos

Trabalhadores de Biguaçu têm direitos negados pelo ISEVTrabalhadores da atenção básica à saúde do

município de Biguaçu estão sendo demiti-dos sem a devida homologação dos seus contra-tos. O responsável pelo serviço é o Instituto de Saúde e Educação Vida (ISEV), que, segundo de-núncias recebidas pelo Sindicato, além de negar o direito de homologação de suas rescisões con-tratuais aos funcionários demitidos e não pagar devidamente os encargos das demissões, ainda mantém um sistema irregular de banco de horas. O SindSaúde/SC já se posicionou e vai impetrar uma ação coletiva contra o ISEV, que também atua em outras dez cidades.

OS e OscipO caso é semelhante aos que vêm ocorrendo

com frequência na relação do poder público com as Organizações Sociais (OS) que contrata para realizar serviços públicos. Assim como fez a OS responsável pelo SAMU – a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) –, o ISEV alega que o município não tem repassado os recursos previstos em contrato.

Há diversas denúncias sobre os desmandos praticados pelas OS e Oscip que administram estruturas públicas de saúde em Santa Catarina. Além da precarização do serviço e das condições de trabalho dos trabalhadores, esse modelo de terceirização representa um avanço da iniciativa privada sobre a saúde. O governo do estado, por exemplo, já destina mais recursos à minoria (8) de unidades estaduais geridas por OS e investe a menor parte do orçamento nas 15 unidades total-mente públicas.

Entre os dias 8 e 11 de outubro, o SindSaú-de esteve presente no IIIº Congresso Ibero-

-Americano sobre Assédio Mo-ral no Trabalho e IVº Seminário Catarinense de Prevenção ao Assédio Moral no Trabalho, re-alizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com o tema: Dignidade, Direitos Hu-manos e Solidariedade: Rumo à Transformação Social.

As atividades foram organiza-das em conferências, debates, minicursos, sessões

de comunicação oral ou trabalho, estudos e relatos de experiência, com o intuito de criar um ambien-

te de reflexão a partir da realida-de dos países da América Latina.

Especialistas vindos de 12 pa-íses, sobretudo latino-america-nos, socializaram estratégias de intervenção e articulação para combater a violência no trabalho e defender a dignidade da pessoa humana, fortalecendo o traba-lhador na perspectiva de sujeito

da própria história e contribuindo para a demo-

cratização das relações de trabalho, no esforço co-letivo de gestar um novo projeto societário.

Ao final destes eventos, construiu-se uma pro-posta coletiva com os seguintes pontos: Organi-zar seminários regionais sobre assédio moral; Fortalecer a Rede Nacional de Enfrentamento de Combate ao Assédio Moral, entre outras impor-tantes iniciativas para ampliar o debate a cerca do Assédio Moral, bem como, suas estratégias de en-frentamento.

O próximo Congresso Ibero-Americano será realizado em 2017 na cidade de Quito, no Equa-dor.

Sindicato participa de congresso sobre Assédio Moral no Trabalho

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