jornal semanário- 03/05/2014- edição 3024

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BENTO GONÇALVES sábado 3 DE MAIO DE 2014 ANO 47 N°3024 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Vinhos Meio Ambiente Mortes no Santa Helena Um alento à dor Histórias do Dia das Mães Especial Encartado Páginas 24 e 25 Nesta edição, reportagens emocio- nantes contando as histórias de quatro mães muito especiais. Relatos de Ana Geremia Bruschi, de 92 anos, da fisio- terapeuta Andreia Lunelli, de Lisan- dra Dalla Costa e do casal Marli e Rui Oliveira (foto). Marli, por sinal, está a espera do primeiro filho, que deve vir ao mundo na semana do Dia das Mães, contrariando os prognósticos médicos. Iolanda Silveira (foto), mãe de Anderson Stiburski, re- lata que indiciamento de policiais chega como um pre- sente de Dia das Mães, enquanto advogado dos militares questiona o delegado Álvaro Becker. Antibióticos na pipa Páginas 12 e 13 Construir ou não junto à Bacia de Captação? Técnicos apontam que a cidade precisa buscar alternativas para liberar a área, enquanto a prefeitura não vê problemas de empresas se instalarem no local Página 6 Ministério da Agricultura denuncia 13 indústrias por utilizarem substância para conservar produto VITÓRIA LOVAT ANDREIA D FOTOGRAFIAS LEONARDO LOPES

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Bento Gonçalves/RS

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Page 1: Jornal Semanário- 03/05/2014- Edição 3024

BENTO GONÇALVESsábado3 DE MAIO DE 2014ANO 47 N°3024 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

zzzzzVinhos

Meio Ambiente

Mortes no Santa Helena

Um alento à dor

Histórias do Dia das Mães

Especial

Encartado

Páginas 24 e 25

Nesta edição, reportagens emocio-nantes contando as histórias de quatro mães muito especiais. Relatos de Ana Geremia Bruschi, de 92 anos, da fisio-terapeuta Andreia Lunelli, de Lisan-dra Dalla Costa e do casal Marli e Rui Oliveira (foto). Marli, por sinal, está a espera do primeiro filho, que deve vir ao mundo na semana do Dia das Mães, contrariando os prognósticos médicos.Iolanda Silveira (foto), mãe de Anderson Stiburski, re-

lata que indiciamento de policiais chega como um pre-sente de Dia das Mães, enquanto advogado dos militares questiona o delegado Álvaro Becker.

Antibióticos na pipa

Páginas 12 e 13

Construir ou não junto à Bacia de Captação?Técnicos apontam que a cidade precisa buscar alternativas para liberar a área, enquanto a prefeitura não vê problemas de empresas se instalarem no local

Página 6Ministério da Agricultura denuncia 13 indústrias por utilizarem substância para conservar produto

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Page 2: Jornal Semanário- 03/05/2014- Edição 3024

Penas menores, multas maioresQuantas vezes a gente lê que determinada lei não pe-

gou ou se pegou não é aplicada? A Lei do Silêncio, por exemplo, está sendo burlada justamente por quem tem o dever de aplicar as penalidades previstas aos infratores.

Li, com espanto, que algumas autoridades municipais estudam criar uma “área do barulho”, para resolver o problema do barulho do som automotivo que tira o sono e a tranquilidade dos moradores em determinados bairros da cidade (São Bento, Planalto e Cidade Alta).

A intenção é criar uma “área de barulho” para que a prática da modalidade não perturbe a comunidade.

Um cidadão ouvido a respeito foi claro e conciso quando disse: “se existe uma lei que proíbe som alto, que se faça cumpri-la, do contrário estaremos criando “um jeitinho brasileiro” de fazer as coisas erradas se-rem permitidas”.

A sabedoria desse cidadão é exemplar. Eu, se fosse o burgomestre (prefeito), nomearia esse cidadão para ocupar uma secretaria de peso no governo municipal.

O Brasil têm leis demais, muitas leis mesmo. Não é por acaso que os escritórios de advocacia estão entulha-dos de livros de leis de todas as espécies.

Têm leis que pegam e outras que não pegam. As que pegam são aquelas que geram benefícios aos cidadãos e as que não pegam são aquelas controladoras de condu-tas que impõe penalidades aos infratores.

Aplicar penalidade ao infrator gera um desconforto ao agente da fiscalização tornando-o impopular.

Será mesmo? O ministro Joaquim Barbosa, presiden-te do Supremo Tribunal Federal não pensa assim e hoje é sem dúvida alguma a autoridade mais popular do país

graças à atuação enérgica na presidência da mais alta corte do Brasil.

Uma das soluções aventadas é diminuir o tempo da pena e aumentar o valor da multa ao agente infrator da norma.

Pena menor, porém efetivamente aplicada e cumpri-da na cadeia, sem benefícios reducionistas como é no sistema atual, onde uma pena de 12 (doze) anos não é 12 anos e sim 2 (dois) anos, ou seja, l/6 da pena previs-ta.

Diminuindo-se as penas e cumprindo-as efetivamen-te dói mais do que punir o agente com 12 (doze) anos e cumprir apenas 2 (dois) anos.

As multas deveriam ser elevadas para um patamar assustador, fazendo com que a pessoa pensasse duas vezes antes de cometer a infração. Dói mais no bolso.

A Lei do Silêncio existe, porém não é aplicada, ora por que não existe aparelho para medir a quantidade de de-cibéis, ora por que é antipática quando aplicada.

Aí dizem que lei não pegou. Deveria existir apenas uma lei, ou seja: “Art. 1º - todo brasileiro deve ter ver-gonha na cara. Parágrafo único: revogam-se as disposi-ções em contrário”.

E durma-se com um barulho desses.

Artigo

O texto para esta seção deve conter aproximadamente 2.500 caracteres, incluindo os espaços, e ser enviado para o endereço de e-mail [email protected]

ALCEU MEDEIROSAdvogado

SEDEWolsir A. Antonini, 451

Bairro Fenavinho - Caixa Postal 12695 700.000 - Bento Gonçalves - RS

ESCRITÓRIO CENTRALMal. Deodoro, Centro, 101Galeria Central - Sala 501

DIRETOR PRESIDENTE HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

DIRETORES ANA INÊS FACCHIN

HENRIQUE ANTÔNIO FRANCIO

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Escritório Centro: 3452.2186Rádio - Estúdio: 3455.4530

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JORNALISTA RESPONSÁVEL HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

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Semanário na Internet

Vamos jogar rúgbiEditorial

Bola oval, variações de sete, 13 ou 15 componentes no campo e jogadores com armadura protetora. Qual esporte vem à sua cabeça? Se a reposta for futebol americano, erra-do. Estamos falando do rugby. Disputado em mais de 120 nações, o esporte é extremamente popular, principalmente, em países de colonização inglesa, como: Reino Unido, Ir-landa, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul.

Apesar de pouco conhecido nos meios mais populares, o esporte é o segundo que mais cresce no país. Para mostrar essa evolução, dados da Confederação Bra-sileira de Rúgbi (CBRu) apontam que em 2004 havia 5.400 adeptos, em 2010, o nú-mero subiu para 30 mil e, para 2016, ano dos Jogos Olímpicos no Brasil, a Confede-ração trabalha com uma projeção de mais de 60 mil praticantes.

Um dos motivos para esse crescimento deve-se ao retorno da modalidade às Olim-píadas (2016), fato que não ocorria desde 1924. E um paradoxo, apesar de mais de 100 anos de prática no Brasil, o rugby é o menos conhecido. Os dados fazem parte de pesquisa realizada pela empresa Consultoria Deloitte (2011), com o objetivo de analisar e traçar um panorama geral do interesse e da prática de es-portes pelos brasileiros devido à proximidade de eventos como a Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas Rio 2016.

Em Bento Gonçalves, o Farrapos Rugby Clube, criado

A evolução do esporte, visto por

muitos como bruto e masculino, tam-bém atrai mulhe-

res e crianças

há menos de uma década, conta com dezenas de atletas e alguns títulos expressivos: campeão da Copa do Brasil de Rugby, tetracampeão gaúcho de 2010 até 2013 e única equi-pe que representa o Rio Grande do Sul no Super 10, a elite nacional do rúgbi no Brasil.

A evolução do esporte, visto por muitos como bruto e masculino, também atrai mulheres e crianças. Prova disso é o trabalho realizado pela escolinha do Farrapos, que tem dezenas de crianças participando. O mesmo acontece com

as mulheres, que estão procurando cada vez mais praticar a modalidade esportiva. A paixão parece ser irreversível, indepen-dente do sexo.

Por isso, todos os caminhos levam à Montanha Velha na tarde de hoje. A expec-tativa é de público recorde. Teremos um Brasil x Uruguai, com os “Tupis” (apelido do time brasileiro) chegando para a dis-puta num nível nunca antes alcançado em nosso país. Vale a pena conferir e torcer

pelo Brasil. Afinal, quem gosta, vai com certeza. Quem não gosta, pode aparecer por lá por simples curiosidade. O certo é que o rúgbi está consolidado como esporte, seja no país ou em Bento Gonçalves. O Farrapos é uma força viva entre os clubes brasileiros e a Montanha Velha, que passou muito tempo esquecida e abandonada, se consolida como um dos principais palcos do esporte em nosso país.

Sábado, 3 de maio de 20142 Opinião

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Ricardo Siviero, sobre a polêmica envolvendo o loteamento San Marino 3

“Não se amplia a voz dos imbecis”

Painel

Sem água no Tancredo Neves

Sábado, 3 de maio de 2014 3

Iniciativa da Isabela

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Quero aqui agradecer em nome dos Bairros Botafogo e Santa Rita a Isabela S/A e aos moradores da Rua Antonio Michelon, pela iniciativa da colocação das placas, conforme poderão observar no anexo. Iniciativa esta que muito vai nos ajudar na conservação de nossas árvores e na limpeza de nossas ruas, que são muito maltratadas pelos proprie-tários de animais, que os levam a defecarem nas ruas, sem nenhum pudor e com o maior desrespeito com o seu seme-lhante. Gostaríamos que as demais empresas e a população em geral, também tomassem estas mesmas iniciativas. É um grande exemplo a ser seguido, pois é o lugar onde mora-mos e vivemos. Nada melhor que conservar e manter limpo. Isto é, preservar, respeitar e educar.

Dorvalino Sonaglio

Trânsito bloqueadoO Departamento Municipal de

Trânsito informa que na próxima segunda-feira, 5, em função da so-lenidade em comemoração ao Dia das Comunicações, a rua Marechal Deodoro (no trecho entre a Saldanha Marinho e a Júlio de Castilhos) esta-rá bloqueada entre 15h30min e 17h.

Moradores do Tancredo Ne-ves estão indignados com a falta de água. Segundo eles, há duas semanas, o bairro intei-ro fica com as torneiras secas por várias horas, sem que ne-nhuma explicação seja passada pela Corsan. Apesar das liga-ções, nenhum retorno foi dado até esta sexta-feira, 2.

Rúgbi Day feminino

Meninas e mulheres inte-ressadas em aprender a jogar rúgbi terão uma grande opor-tunidade no dia 31 deste mês. A partir das 16h, na Montanha Velha, será realizado o Rúgbi Day, voltado ao público femi-nino, onde os professores do Farrapos darão aulas somente para elas. Vale a pena conferir.

FOTO

S DIVU

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CURTI!

NÃO CURTI...

A ampliação no número de oficinas ofereci-das na Casa das Artes, bem como a inclusão de portadores de deficiência nos projetos da Secretaria Municipal de Cultura.

Ter apenas dois médicos atendendo no PA 24 horas durante a noite. Os pacientes têm que esperar mais de quatro horas por um atendimento.

Viagens, viagens, promoções, Expovinis, ampla divulgação de empresas vinícolas nacionais premiadas, aval de autoridades internacionais, ligadas ao vinho mas, Ibravin, quem cuida das falsificações? Envie a sua sugestão de pergunta pelo e-mail [email protected]

A pergunta que não quer calar

HUMOR Moacir Arlan

Bento, boa para negócios

A edição de abril da Revista Exame traz um amplo levan-tamento, realizado pela consultoria paulista Urban Systems, sobre a situação das cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes no que se refere a investimentos em negócios. Um ranking com as 100 melhores foi elaborado levando em conta 27 indicadores, divididos em sete subcategorias, com pesos diferentes. Bento Gonçalves aparece na posição 84, com média de 11,49 pontos na avaliação. Foram levados em conta indicadores como saúde, educação, economia, fi-nanças, transporte, telecomunicações e sociodemografia. Os dados mostram todo o potencial de negócio do município.

Motoristas conscientes

Os motoristas bento-gonçal-venses estão dando bom exem-plo ao volante em Bento Gon-çalves. Na segunda operação do Balada Segura, realizado pelo Departamento Municipal de Trânsito (DMT), na Rua Herny Hugo Dreher, no bairro Planal-to, foram realizados 62 testes de etilômetro, dos quais 100% deram negativo. Dentre os veí-culos abordados, três foram au-tuados por infrações diversas.

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Sábado, 3 de maio de 20144 Opinião

[email protected]

Vai ter copa, sim!É incrível como as coisas estão sendo condu-

zidas no Brasil da última década. O “Complexo de Vira-Latas”, inventado – muito apropriada-mente, diga-se - por Nelson Rodrigues, ainda traduz muito bem o sentimento de boa parte do povo brasileiro. Graças à “mídia amiga” (aquela que está a serviço dos “donos do Brasil” – em-preiteiros, grandes empresários, banqueiros, ruralistas, usineiros – e, também sob o coman-do deles, manipula a política e os políticos, mantendo-os controlados com as verbas de campanha), esse povo se sente inferiorizado pe-rante o resto do mundo. Exatamente como Nel-son Rodrigues entendeu sentir-se a seleção bra-sileira de 1958. Tivemos, em 1950, a realização de uma Copa do Mundo no Brasil. Passamos a ser conhecidos mundialmente graças ao futebol e recebemos o título de “País do Futebol”. Lógi-co, pois, que mais de 60 anos depois tivéssemos a realização dela novamente no Brasil.

Vai ter copa, sim! IIMas, esse “complexo de vira-latas” está sendo

ampliado, potencializado pela política partidária que assola o Brasil nos últimos tempos. O mani-queísmo que antes era “privilégio” do Rio Gran-de do Sul, com a “grenalização” de tudo – Grê-mio/Inter, Maragatos/Chimangos, - espalhou-se pelo Brasil desde que o PSDB assumiu o poder e depois foi desbancado pelo PT. Agora, o PT com seus “petralhas” e o PSDB, com seus “demotu-canalhas”, trocam farpas, agressões, injúrias, calúnias, difamações, tudo oriundo dos porões imundos habitados por “lobos da internet” con-tratados por eles com esse objetivo. E o Brasil e seu povo, no meio dessa “guerra de bugios”, paga o pato. Estão...e andando para os reflexos, as consequências do que fazem. E o pior de tudo é que encontram adesistas para suas ronhas. São aqueles a quem convencionei chamar de “ino-centes úteis” (mesmo tendo muitos que não são tão “inocentes” assim, mas militantes partidários tipo maria-vai-com-as-outras que acreditam nas baboseiras que recebem e repassam gratuita-mente, não raro até “opinando” a respeito), que, ao invés de conferirem e constatarem que tam-bém são prejudicados, ignoram tudo.

AntônioFrizzo

Vai ter copa, sim! IIIPois bem, apesar desses contrários à Copa do Mundo, muitos sequer

sabem o porquê de serem contra, a Copa será disputada no Brasil, sim. E seremos uma vitrine para o mundo todo, para o bem ou para o mal, de-pende de nós e das autoridades constituídas. Estas têm o dever, a obriga-ção de fazer com que tudo corra dentro da normalidade, com os cidadãos brasileiros que sabem da importância de um mega evento desses e, ob-viamente, com os milhões que nos visitarão. Entendo que até a força de-verá ser empregada se necessário for. Os arruaceiros, baderneiros, bandi-dos mascarados que pretendem apatifar tudo – certamente, por motivos político-partidário-eleitoreiros – devem ser reprimidos na mesma inten-sidade com que agirem. Se desde o primeiro movimento de bagunça eles foram colocados no seu devido lugar, teremos, sim, uma grande Copa do Mundo da qual o Brasil e os brasileiros poderão se orgulhar.

FaláciasOs argumentos que são utilizados são, no mínimo, falaciosos. Pro-

testar contra a Copa dizendo que “faltam verbas para saúde, educa-ção, segurança pública”, etc, é desconhecer – Propositalmente? Elei-toralmente? Ingenuamente? – que se não tivesse Copa essas verbas não seriam destinadas a essas necessidades. E, convenhamos, nin-guém ousará afirmar que em qualquer momento da vida brasileira, desde 1.500, quando Cabral aqui aportou, tivemos verbas adequadas para saúde, educação, segurança pública. Só o número de empregos diretos e indiretos criados com as obras da Copa do Mundo já a jus-tificam, sem contar com os demais benefícios advindos dela. Há sim, coisas desfavoráveis a serem citadas (estas já estão sendo exploradas ao máximo), mas poucos se dedicam a mostrar as coisas favoráveis. Assim, dizer-se que “deveriam destinar os bilhões gastos com as obras da Copa para educação, saúde, etc”, é falacioso. No mínimo.

A “crise”Não há mais como negar a “crise”. Viajei há alguns dias. Constatei a

“crise” nos aeroportos. Filas imensas, intermináveis, de pessoas via-jando para o exterior, esperando horas nessas filas para a conferência da polícia federal. Essa “crise” está provocando essas filas. Não fosse assim e as pessoas não quereriam sair do Brasil para passear, estudar, fazer intercâmbios, negócios, etc. Outra constatação da “crise” é o nú-mero de caminhões nas rodovias. E as rodovias estão em mau estado, é bom lembrar. Caminhões e caminhões transportando mercadorias! E automóveis entupindo ruas e rodovias. Por quê? Simples, são maus brasileiros que não respeitam a “crise” e vivem a sua vida, mesmo com tantos alertas dos “economistas” dos grandes meios de comunicação. Logo virá o desemprego, a recessão, os juros mais altos e a inflação, que agora “está fora de controle” (segundo eles), estará contida. Afi-nal, esse mesmo “remédio” foi empregado na década de 90 e início da de 2002, certo? Deu certo? É só pesquisar para ver e constatar.

ÚLTIMAS

Primeira: CIC/BG, no ano do seu cen-

tenário, promovendo reuniões com pales-

trantes de nível, tornando-as atraentes e

proveitosas. A desta semana, com Fausto

Silva, falando sobre dólar, investimentos e

perspectivas foi excelente;

Segunda: E, para corroborar a “crise”

que estamos vivendo na última década,

pesquisa aponta que temos DOIS compu-

tadores para cada TRÊS habitantes brasi-

leiros;

Terceira: São 136 milhões de compu-

tadores para 200 milhões de habitantes. A

previsão é chegar a 200 milhões de compu-

tares nos próximos dois anos;

Quarta: Dez militares condenados à

prisão perpétua pelos seus crimes durante

o regime de força argentino. Chile também

fazendo a sua parte. No Brasil, segue a anis-

tia ampla, total e irrestrita;

Quinta: A população de muitos países

certamente gostaria de entender o porquê

de bandidos incendiarem ônibus se são

eles, seus amigos e familiares que os utili-

zam e pagam pelo vandalismo;

Sexta: Já a população brasileira, a “de

bem”, gostaria de saber o motivo pelo qual

nossas autoridades não tomam atitudes

mais contundentes contra essas bandidos,

perigosos marginais;

Sétima: O 1º de Maio foi de politicagem

rasteira em todo o Brasil. Falsos líderes –

verdadeiros “mamadores” de tetas de sin-

dicatos – fazendo discursos político-parti-

dários. E é assim que pensam em “mudar o

País”. Pobre Brasil!

Oitava: E o Grêmio foi eliminado da Li-

bertadores da América. Exatamente como

poderiam prever os menos fanáticos, os

que assistiram aos jogos e viram as carên-

cias do time, notadamente no ataque;

Nona: Sem um centroavante que saiba,

pelo menos, a dominar uma bola, time ne-

nhum vai a lugar algum. Mas, ficamos “dan-

do força”, “apoiando” e deu no que deu;

Décima: Agora é unir forças em torno

do Grêmio – o Grêmio é grande, imenso e

está acima de pessoas – para buscar algo

melhor em 2014;

Décima-primeira: A hora é, portanto, dos gremistas se associarem ao Grêmio, fa-

zendo a sua parte e, depois, cobrando dos

que dirigem. Esse é o caminho.

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Sábado, 3 de maio de 2014 5

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Sábado, 3 de maio de 20146 Geral

Antibiótico encontrado em vinhos

O Ministério da Agricultura di-vulgou na tarde desta sexta-

-feira, 2, a lista de vinícolas inves-tigadas por uso de antibióticos em vinhos de mesa produzidos no Rio Grande do Sul. São 13 in-dústrias investigadas pela adição da substância natamicina nos produtos. O antibiótico auxilia na conservação do vinho. Segundo o ministério, todos os lotes das em-presas com problemas, a maioria da Serra Gaúcha, foram recolhi-dos do mercado, ainda no ano passado. Muitas vinícolas são das cidades de Farroupilha e Ca-xias do Sul. A Vinícola Titon é a única de Bento Gonçalves envol-vida na utilização da substância. De acordo com o chefe do serviço de inspeção vegetal do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul, José Fernando Werlang, a natamicina é um agente antifún-gico que prolonga a conservação

Fiscalização

Ministério da Agricultura afirma que 13 indústrias utilizavam a substância natamicina para preservar produto por mais tempo

Vinícola garante que lotes foram recolhidos

Indústrias envolvidasno uso da substânciaCaxias do SulVinícola GilioliVinícola Casa MotterVinhos BampiCoop. Vinícola ForquetaCoop. Vinícola EmanuelSantini Indústria VinícolaAntônio PradoCom. De Bebidas Del ColonoInd. Com. Bebidas CMSBento GonçalvesVT Vinhos (Vinhos Titton)FarroupilhaVinícola CapellettiAdega SilvestriFlores da CunhaI. A. Sandi - Vinhos DellanoGaribaldiIndústria Vinícola São Luiz

Marcelo [email protected]

do vinho. Diferentemente da fraude do leite, ele não é adicio-nado durante o transporte, mas sim nas vinícolas, no momento do engarrafamento do vinho.

Em nota, o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) alegou desco-nhecer o problema, e destacou que cabe aos órgãos responsáveis “investigar, punir os responsá-veis e orientar o setor a fim de não prejudicar a reputação da cadeia produtiva”. No Rio Grande do Sul, o setor produtivo da uva e do vinho envolve 15 mil proprieda-des vitícolas e 735 vinícolas com cadastro ativo. O Ibravin infor-mou ainda que o projeto para atualização tecnológica do Labo-ratório de Referência Enológica (Laren), que realiza as análises, foi pré-aprovado pelo Ministério do Planejamento e pelo Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem). Orçado em R$ 5 milhões, a proposta está em fase final de avaliação para libe-ração dos recursos.

A empresa Vinhos Tit-ton informa que o lote com vinhos que continham na-tamicina foram recolhidos ainda no ano passado, logo após a vistoria do Ministé-rio da Agricultura. De acor-do com o proprietário da empresa, César Titton, era comum a compra de um produto composto, a base de sorbato de potássio, um conservante que inibe o crescimento de bolores e mofos, muito utilizado na produção e conservação de alimentos e bebidas, como os vinhos doces e sucos.

Titton afirma que, sem que a empresa suspeitasse, um dos produtos continha a substância natamicina em sua composição. “Temos o maior cuidado com tudo aquilo que fabricamos aqui.

Quando fomos notificados pelo Ministério da Agricul-tura, imediatamente realiza-mos o recolhimento de todo o lote do produto. Ele está estocado aqui na empresa para quem quiser conferir”, revela o empresário.

Ele lembra que, ao contrá-rio da fraude no leite, o uso da natamicina não coloca em risco a saúde dos consumi-dores e tampouco é caracte-rizado como fraude. Tanto que em alguns países, como a África do Sul, o antibiótico é utilizado. “Estamos tranqui-los quanto à repercussão do caso. Este problema aconte-ceu no início de 2013 e todas as providências foram toma-das para que isso não volte a acontecer. Na segunda-feira, a empresa irá se manifestar de forma oficial”, garante.

Page 7: Jornal Semanário- 03/05/2014- Edição 3024

Sábado, 3 de maio de 2014 7Geral

Definidas as prioridades do município

As 20 primeiras demandas de Bento Gonçalves no

projeto de Participação Popu-lar e Cidadã 2014 foram de-terminadas na assembleia que ocorreu na noite de quarta--feira, 30 de abril. Em torno de 150 pessoas, representan-tes de entidades, estiveram presentes no evento que ele-geu cinco delegados para a de-finição dos projetos que irão para a cédula de votação.

No dia 14 de junho ocorre o Fórum Regional no bloco B da UCS Carvi, que determinará

Consulta Popular

Em assembleia realizada na quarta-feira, 30 de abril, foram definidas as 20 primeiras demandas

Projetos apresentados na assembleia

Desenvolvimento econômico

Projetos para Arranjos Pro-dutivos Locais no setor vitivinícola, visan-do a ampliação da Certificação de Origem R$ 30mil

Investimento em pesquisa na área da biotecnologia pa-ra produtos da agroecologia (R$ 30mil)

Desenvolvimento ruralProjeto de transição da

agricultura tradicional para a agroecologia (R$ 50mil)

Construção de centrais de abastecimento (R$ 100mil)

SaúdeEquipamento

para a inovação do serviço de ra-dioterapia do Hospi-tal Tacchini (R$ 900mil)

Construção e reforma de Uni-dades Básicas de Saúde (UBS) (R$ 80mil)

Vitória [email protected]

Segurança Pública Aquisição de duas viaturas para

a Polícia Civil: uma leve (R$ 60mil) e uma picape (R$ 120 mil)

Meio ambientePlano de arbo-

rização na cidade (R$ 20mil)

Programa de educação sobre agroecologia e ali-mentação (R$ 20mil)

Esporte, Lazer e Turismo Apoio a progra-

mas educacionais (R$30mil)

Apoio à atra-ção de eventos (R$ 30mil)

HabitaçãoDisponibilização

de lotes urbaniza-dos (R$ 60 mil – R$ 5mil cada lote)

Melhorias nas infraestruturas habitacionais (R$60 – R$ 3mil por projeto)

Ensino SuperiorModern i za -

ção de bibliote-cas da Uergs (R$ 231,7mil)

Apoio a pro-jetos regionais da Uergs (R$ 231,7mil)

Educação BásicaLaboratório de

Ciências para Escola Família Agrícola (R$ 30mil)

Laboratório de Ciências pa-ra Escola Imaculada Conceição (R$ 30mil)

Planejamento

local e regionalPlanejamento estratégico re-

gional (R$ 231,7mil) Planejamento municipal de

desenvolvimento (R$ 231,7mil) Projetos estratégicosSaúde – Construção de um

hospital público em BentoInfraestrutura –

Conclusão da ERS-431

quais serão os dez projetos fi-nais. Apenas um de cada área poderá ser votado. Um dos principais projetos é a atuali-zação do sistema de radiotera-pia do Hospital Tacchini.

“Queremos fazer uma vota-ção justa e equilibrada para que todos os municípios te-nham acesso à verba”, afirma José Antônio Adamoli, secre-tário executivo do Corede Ser-ra. A votação ocorre nos dias dois, três e quatro de junho pela internet. A votação física ocorre apenas na quarta-feira dia 4 de junho, nas urnas que serão espalhadas na cidade pela prefeitura.

Page 8: Jornal Semanário- 03/05/2014- Edição 3024

Sábado, 3 de maio de 20148 Geral

Qualidade de vida em destaque

Atraída pelas boas oportu-nidades de emprego e qua-

lidade de vida, Flora Comas-setto, 53 anos, escolheu Bento Gonçalves para crescer profis-sionalmente. Em 1994 ela saiu de Santa Maria com destino à Serra Gaúcha. Há 20 anos em Bento, ela destaca a oportuni-dade que recebeu e o potencial do município. “Eu vim pra cá com a ideia de montar um ne-gócio próprio e encontrei es-paço no comércio. A estrutura do município é boa e oferece muito pra gente poder crescer.

Oportunidade

Idese dos municípios do Estado coloca Bento em primeiro lugar entre cidades com população acima de 100 mil habitantes

Sobre o IdeseO Idese é um índice que abrange um conjunto amplo de indica-

dores sociais e econômicos, classificados em quatro blocos temá-ticos: educação, renda, saneamento e domicílios, e saúde.

O alto índice de Bento foi puxado principalmente por seu ex-cepcional desempenho nos indicadores de saúde (0,893) e edu-cação (0,753).

O Idese varia de zero a um e permite que se classifique o RS, os municípios ou os Coredes em três níveis de desenvolvimento: bai-xo (índices até 0,499), médio (entre 0,500 e 0,799) ou alto (maio-res ou iguais a 0,800).

No Bloco Renda, o município está entre os cinco primeiros, com índice de 0,803, atrás apenas de Porto Alegre (0,886), Caxias do Sul (0,841), Canoas (0,840) e Santa Cruz do Sul (0,821);

Flora Comassetto, de Santa Maria, com a filha Mariana de Almeida

OI, BISCO

ITO, DIVU

LGA

ÇÃO

Josiane [email protected]

Depois de alguns anos atuando no comércio resolvi criar uma confecção própria de roupas que também está dando muito certo”, comenta.

Administrando um negócio próprio, Flora avalia sua qua-lidade de vida e o dia a dia no município. “Optei por morar bem, dormir bem, ter momen-tos de lazer, estar com meus dois filhos. Tem gente que ain-da prefere ter um carro novo e ficar sempre endividado. Eu quero aproveitar tudo, traba-lhar bastante, mas ter tempo também de viajar, com uma vida simples. Bento é uma cida-de ótima, de primeiro mundo”.

Assim como Flora, centenas de pessoas buscam em Bento uma melhor qualidade de vida, impulsionadas pelas oportuni-dades de emprego e assistên-cia. A prova disso é a excelente colocação do município Índice de Desenvolvimento Socioeco-nômico (Idese) dos municípios e do Estado do Rio Grande do Sul, referentes ao ano de 2010. Entre os municípios com população acima de 100 mil habitantes no RS, Bento Gonçalves lidera o ranking com índice de 0,816. Ao considerar todos os municípios do estado, Bento é o 7º colocado. Na última pesquisa, em 2007, ocupava a 16º posição.

Page 9: Jornal Semanário- 03/05/2014- Edição 3024

A boa colocação de Bento também se deve ao bom desem-penho na educação, com 0,753. Somente em 2013 a área consu-miu 33% do total das despesas autorizadas pelo governo. Esse potencial na educação, princi-palmente no setor vitivinícola, foi o que motivou a vinda de André Peres Jr, 27 anos, para Bento Gonçalves. Natural de Goiânia ele se mudou em 2006 quando ingressou no atual IFRS-BG para cursar o Curso Superior de Tecnologia em Vi-ticultura e Enologia. “Morava em Goiânia e me mudei para cá motivado especialmente pelo curso de Enologia, na época o único de nível superior no Bra-sil”, comenta.

Peres destaca a receptividade e as oportunidades que surgi-ram ao longo dos anos. “Duran-te o curso de Enologia já iniciei um estágio e posteriormente já fui contratado. São oito anos em Bento e oito anos traba-lhando na mesma empresa. Fui muito bem recebido no traba-lho, e o fato de ser de outra re-gião nunca causou nenhuma di-ficuldade. A sensação é de que o mercado de trabalho de Bento

No Maranhão, ele ganhava um salário mínimo de R$ 400. Hoje, Waleson Brito, 21 anos, ganha cerca de R$ 1.500 por mês em uma empresa de Bento. Para ele, a oportunidade que o município oferece é o princi-pal atrativo. “Nem tenho como comparar as duas regiões. O custo de vida é bem mais alto, mas compensa pelos bons sa-lários”, afirma. A partir do em-prego, Brito resolveu também investir no ensino participando do curso de Auxiliar de Produ-ção Mecânica no Senai. “Aqui eu encontro muita chance para crescer”, complementa.

Roberson Saint Julien, 29 anos, veio do Haiti para Ben-to por indicação de um amigo. Formado em engenharia elé-trica, ele avalia a cidade. “Os empregos aqui são muito bons, mas a cidade ainda precisa me-lhorar. Sofri muito preconcei-to pela minha cor, aqui ainda existe muito racismo. Tenho um trabalho bom aqui, a cida-de é boa, mas tenho muita sau-dade de casa e pretendo voltar para o Haiti”.

As oportunidades de emprego e qualificação

Do estudo ao crescimento profissional

Natural de Goiânia, o enólogo André Peres está há oito anos em Bento

Waleson Brito, do Maranhão

Haitiano Roberson Saint Julien

FOTO

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NE RIBEIRO

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UZZI, D

IVULG

AÇÃ

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Sábado, 3 de maio de 2014 9Geral

e região é muito profissional e acolhe profissionais indepen-dentemente de sua origem”.

De acordo com o enólogo, Bento tem uma qualidade de vida boa quando comparado com outras regiões. “O mercado de trabalho é promissor e as in-

dústrias puxam o progresso, po-rém a sensação é de que a cidade está crescendo desordenada-mente. Tudo isso pode se tornar um grave problema no futuro. Não podemos deixar que Bento sofra dos mesmos problemas que todo o país”, ressalta.

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Sábado, 3 de maio de 201410 Geral

Associação Gota D’Água

Autistas poderão voltar para a Gota D’Água nas próximas semanas

Vitória [email protected]

Atividades podem ser retomadas

Após as irregularidades re-gistradas na Associação

Gota D’Água no final do ano passado, a entidade aguarda resposta de solicitação de re-cursos ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica). A ver-ba foi solicitada por meio de um projeto para o suprimento das necessidades básicas da entidade, como o pagamento de funcionários, no entanto o Comdica ainda não liberou os recursos devido aos erros no texto do documento.

A presidente do Comdica, Patrícia Giuriatti, destaca que no projeto entregue consta-vam alguns equívocos nas indicações financeiras e que não seria possível liberar a verba desta forma, alem dis-so, os objetivos da associação

Após uma semana sem educador, entidade aguarda confirmação de verba do Comdica para recomeçar trabalho educacional

estavam descritos de forma diferente no projeto, no plano de ação e na ficha de análise, por isso não foi aprovado em primeira estância.

Na segunda-feira, 5, o Com-dica vai entregar um parecer confirmando o pagamento do valor, seguido das primeiras instruções e afirmando que será realizado o monitoramen-to do funcionamento do local. “O monitoramento é feito em todas as associações como a Gota D’água, mas devido aos problemas de gestão que ela passou será feito um acompa-nhamento de forma intensifi-cada com orientações para a execução dos objetivos do pro-jeto”, afirma.

A presidente da associação, Carmen Rasera resgata que assumiu a Gota no final de novembro de 2013, quando os problemas de negligência já estavam ocorrendo. “Ten-

tamos administrar da melhor maneira possível, mas ainda não foi possível atingir o êxi-to, agora precisamos esperar a confirmação da Comdica para retomarmos o trabalho educa-cional”, afirma.

Autistas ficam sem acompanhamento

Carmen conta que por fal-ta de verba, desde o dia 20 de fevereiro, a Gota trabalha com apenas um educador no período da tarde. Na sexta--feira, 25, a única professora também deixou a associação por não poder receber o salá-rio. Assim, na última semana, não ouve atendimento educa-cional na entidade. Apenas a fisioterapeuta e psicóloga tra-balharam no local.

Ela enfatiza que assim que o reurso estiver disponível para a Gota, será preciso readmitir os

educadores ou admitir outros novos para recomeçar as aulas. “O trabalho pedagógico que es-tava sendo realizado precisa ser retomado do início, pois neste

tempo que os jovens ficaram sem aula, os conteúdos se per-deram, mas isso não é proble-ma, logo tudo volta a funcionar normalmente”, finaliza.

FERNA

ND

O LEVIN

SKI, ARQ

UIVO

Page 11: Jornal Semanário- 03/05/2014- Edição 3024

Sábado, 3 de maio de 2014 11Geral

Número de eleitoresBento Gonçalves: 83.228Monte Belo do Sul: 2.686Pinto Bandeira: 2.122Santa Tereza: 1.634

ARQ

UIVO

Silvia [email protected]

Eleições

Prazo para eleitores termina dia 7Títulos eleitorais devem ser regularizados até a data. Cartório de Bento atende também neste final de semana

Termina nesta quarta-feira, dia 7 de maio, o prazo para

os eleitores solicitarem seu título ou solicitar a transferência para votar em outra seção nas eleições de 2014. Para atender a deman-da, o Cartório Eleitoral da 8ª zona (que abrange Bento Gon-çalves, Monte Belo do Sul, Santa Tereza e Pinto Bandeira) estará atendendo em horários especiais neste final de semana, das 10h às 17h. O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de 18 anos e facultativos para os jovens de 16 e 17 anos.

Durante a semana, a movi-

ServiçoO quê? O Cartório Eleitoral da 8ª Zona abrange eleitores de Ben-

to Gonçalves, Monte Belo do Sul, Santa Tereza e Pinto Bandeira. Horários: Sábado e domingo, das 10h às 17h; segunda, terça

e quarta-feira, da 9h às 19h.Endereço: Rua Goes Monteiro, 91- sala 1, Bairro São Francis-

co, telefone (54) 3451.8688.Documentos necessários para solicitar o título: Docu-

mento oficial de identificação com foto; comprovante de endere-ço; comprovante de quitação do Serviço Militar obrigatório (para eleitores do sexo masculino).

Para a segunda via são exigidos documento de identificação e comprovante de votação (ou justificativa) das últimas eleições.

Para transferência do domicílio eleitoral, que deve ser feita na cidade na qual a pessoa passou a residir, é necessário documen-to de identificação, título de eleitor, comprovante de votação (ou justificativa) e comprovante de domicílio eleitoral.

As condições para fazer a transferência de domicílio exigidas são: ter decorrido pelo menos um ano da inscrição ou da última transferência, residir por no mínimo três meses no novo endereço e não possuir pendências com a Justiça Eleitoral.

mentação foi grande no Cartó-rio Eleitoral de Bento. Segundo o chefe do cartório, Ricardo de Abreu, foram atendidas em média cem pessoas por dia – o triplo do que em dias normais. “O pessoal sempre deixa para a última hora, aumenta bastante a procura nessa época do ano”.

Desde junho, do ano passado os eleitores também passam por um recadastramento biométrico, que coleta as digitais, a foto e a assinatura digital. “Como preci-

samos ter uma boa conexão com o sistema, isso acaba demorando um pouco mais o tempo de aten-dimento, que agora é de cerca de 15 minutos por pessoa”, comenta Ricardo. Para agilizar o proces-so, os eleitores podem realizar o pré-agendamento pela internet, através do site do Tribunal Su-perior Eleitoral (www.tse.jus.br). Todas as solicitações via internet deverão ser feitas até o dia 2 de maio. Após, o pré-atendimento não estará mais disponível.

Cartório fica na rua Goes Monteiro, no bairro São Francisco

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Sábado, 3 de maio de 201412 Geral

Bacia de Captação

IPTU progressivo como alternativa consciente

Entenda o casoO debate sobre a alteração do Plano Diretor está no Artigo 53.

No artigo, a Corsan seria responsável pelo licenciamento de obras na área. Como a Corsan não está habilitada a emitor licenças, ca-beria ao município a responsabilidade.

Art. 53 - O licenciamento de outros usos e atividades deverá ser concedido, após parecer prévio da Corsan, com base em critérios de proteção ao meio ambiente e preservação da qualidade da água.

Bacia de Captação de Bento é tema de debate que envolve mudança no Plano Diretor do município

VITÓRIA

LOVAT

Josiane [email protected]

Um debate longe do consenso

Para Artêmio Riboldi toda discussão se encerraria se o município aplicasse efetiva-mente outros instrumentos urbanísticos. Segundo Ri-boldi, a saída está no uso do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) de forma progressiva (IPTU Progres-sivo). A partir disso seria possível ampliar o acesso aos terrenos com maiores oportunidades. “Toda essa ideia de habitar a Bacia de Captação é baseada na falta áreas para construção. Essa discussão é totalmente nula quando não é aplicado o IPTU progressivo”, garante.

O debate sobre a insti-tuição do IPTU progressi-vo teve início durante a 5ª Conferência Estadual das Cidades que ocorreu entre 15 e 17 de agosto de 2013. A forma de tributação, antes tida como uma alternativa para os municípios, passa a ser obrigatória. Até 2016 os municípios devem aplicar o imposto para não correr o risco de perder financia-mentos da Caixa Econômi-ca Federal. “A Caixa não pode financiar especulação imobiliária, não pode per-der dinheiro público. Se é objetivo do poder público que os gestores fiquem em Bento é preciso implantar o quanto antes o IPTU pro-gressivo”, explica.

Para o farmacêutico e geógrafo, antes de utilizar a Bacia de Ocupação, os espa-ços vazios do município de-vem ser ocupados. Segun-do ele, menos de 50% das

De um lado, o crescente nú-mero de empreendedores

interessados em investir na instalação de empresas em áreas próximas aos manan-ciais do município. De ou-tro, pedidos de preservação e crescimento consciente. O debate crescente em relação a mudanças no Art. 53 do Plano Diretor, que determina o li-cenciamento e outros usos de mananciais, gera dúvidas em torno da viabilidade das pos-síveis construções. Enquanto a alteração do Plano Diretor não acontece é possível avaliar os prós e contras dessa possí-vel expansão empresarial em Bento Gonçalves.

Em relatório apresentado em 2010 e atualizado no ano passado, o farmacêutico Artê-mio Riboldi Júnior da Vigilân-cia Ambiental da Secretaria da Saúde, analisa a Bacia de Captação do município apre-sentando um diagnóstico da região, levando em conta os riscos da construção na área. O estudo aponta que o espa-ço em discussão pode ser ca-

Ocupação da área para expansão empresarial é questionada levando em conta a preservação e qualidade da água

racterizado como a área mais sensível dessa bacia de capta-ção. Ele afirma que possíveis contaminações nesta área têm alta capacidade de se-rem captadas pela barragem. Segundo Riboldi, a ocupação da região está diretamente condicionada à interdição da Bacia. “Ampliar a ocupação ou formas de ocupação sem abandonar a bacia não é mais possível. A Bacia não apre-senta mais segurança. A ideia não é proibir a ocupação, mas fazer com que quem queira a ocupação também arque com os custos de uma nova fonte de água. Os custos dessa nova fonte não devem ser sociali-zados, mas bancados pela ini-ciativa privada que quer essa expansão”, destaca.

Neste sentido, Riboldi tam-bém questiona a qualidade da água se as construções forem liberadas. Para ele, o municí-pio e a iniciativa privada não devem condicionar a qualidade apenas a possíveis investimen-tos da Corsan. “Se as empre-sas querem construir, podem construir. Mas então que pa-guem para que a população te-nha uma água de qualidade. Só

posso falar pela saúde, não es-tou nem entrando na questão ambiental. Não adianta pensar que a Corsan irá melhorar o sistema deles. É preciso pensar que a Corsan também tem limi-tes econômicos para melhorar. Não tem como cobrar mais tec-nologia ao preço que se paga. Tudo tem um custo, não tem magia. Não tem almoço grátis. Tá na Bíblia”, ressalta.

Apesar disso, Riboldi reco-nhece a potencialidade econô-mica com a ocupação e os bene-fícios futuros das construções. “A alteração sugerida é bené-fica para a arrecadação de im-postos para a prefeitura, tendo também impactado positiva-mente na criação de empregos na cidade. Neste sentido, deve se levar em conta os impostos arrecadados, não apenas com IPTU pós venda dos lotes, mas com ICMS e ISSQN na cons-trução dos mesmos. Outro fa-tor promotor de arrecadação e empregos seria a construção de residências na área. É pre-ciso pensar muito em um cres-cimento consciente, pensando em todos os fatores e não só no retorno econômico e na pres-são de empresários”, explica.

áreas destinadas para fun-ção industrial estão sendo usadas para seu fim. “Mui-tas ainda são usadas pela agricultura. Ainda temos registro de centenas de ter-renos baldios no município que não estão sendo ocupa-dos”. Riboldi ainda desta-ca o cenário imobiliário do município que não apresen-ta uma ocupação inteligen-te de suas áreas. “Sabemos que há uma bolha imobiliá-ria muito grande em Bento e isso é fruto da especulação imobiliária. É preciso que a gestão pense nos interesses sociais, de toda comuni-dade, pensando no seu po-tencial de crescimento sem sofrer grandes pressões”, justifica.

De acordo com o Secre-tário de Finanças, Marcos Fracalossi, a alternativa é válida e já está prevista na Lei Complementar de Fi-nanças apresentada no final de 2013. Para a aplicação, a secretaria aguarda as mo-dificações no Plano Diretor do município. “Essa medida é importante principalmen-te pela nossa limitação ter-ritorial. Para manter o cres-cimento temos que seguir isso, não por uma imposi-ção legal, mas também pela realidade local. Com isso áreas improdutivas pas-sariam a gerar benefícios, ocasionando também uma descentralização imobiliá-ria. A discussão é oportuna e a sociedade deve se envol-ver com o debate”, afirma Fracalossi.

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Meio ambiente seguro

Para secretário mudança não apresenta riscos

Ex-procuradora reacende debate

Saiba mais sobre o IPTU progressivo

Os artigos 156 e 182 da Constituição Federal autorizam os mu-nicípios a aplicarem alíquotas progressivas de IPTU em duas situa-ções: uma em relação ao valor venal do imóvel, à sua localização e o seu uso; e a outra, a chamada “progressividade no tempo”, que tem a função de penalizar o proprietário que não dá o ade-quado destino à sua propriedade imobiliária, sob o ponto de vis-ta do cumprimento da função social da propriedade.

O objetivo da implantação das alíquotas progressivas de IPTU (ou seja, uso de alíquotas crescentes no decorrer do tempo) é de-sestimular proprietários a manter seus imóveis fechados, ou su-butilizados, fatos que provocam indesejável redução de oferta de imóveis para o mercado, seja para venda, seja para locação.

Em caso de descumprimento, o município procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo pra-zo de cinco anos consecutivos. O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado no Plano e não excederá a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de 15%. Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em cinco anos, o município manterá a cobrança pela alí-quota máxima, até que se cumpra a referida obrigação.

Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o município poderá proceder à desapro-priação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública.

Advogada Simone Azevedo

Secretário Luiz Signor

FERNA

ND

O LEVIN

SKI, ARQ

UIVOEm meio a questionamen-

tos sobre os riscos da implan-tação de empresas próximas a Bacia de Captação, o Secre-tário do Meio Ambiente, Luiz Augusto Signor, está seguro ao afirmar que a mudança não é uma ameaça ao meio am-biente muito menos à popu-lação de Bento Gonçalves. A justificativa do secretário está nos benefícios para o municí-pio, além do melhor aprovei-tamento da área. “Atualmente a Legislação priva a constru-ção naquela região. Mas esse é um pensamento ultrapassa-do, até mesmo ‘burrinho’. Não vejo motivos para inviabilizar esse avanço”, comenta.

Como argumento o secretá-rio destaca os tipos de cons-truções que seriam feitas, principalmente por empresas não poluidoras. “Como não autorizar a implantação de uma revenda de automóveis na área ou até mesmo um co-mércio de parafusos. Que ris-cos esses empreendimentos, por exemplo, podem oferecer ao meio ambiente. Se colocar-mos de 80 a 100 indústrias na

Contrária à ideia de expan-são empresarial na área dos mananciais, a ex-procuradora do município, Simone Azeve-do, reforça o debate em prol da causa afirmando que os riscos dessa ampliação seriam gran-des para Bento Gonçalves. A base dos argumentos de Simo-ne está em um processo enca-minhado ao Ministério Público ainda em 2010 comprovando que o encaminhamento não traria benefícios ao município.

De acordo com Simone, a expansão e ocupação deve ser feita de forma racional, sem vazios habitacionais. “Aumen-tar esse número é uma cons-tante aritmética simples. Se colocar mais indústrias a chan-ce de contaminação e poluição é maior. O município já possui áreas industriais e áreas pre-vistas para ocupação”.

Segundo ela, os espaços va-zios geram a chamada “espe-culação imobiliária”. “Só quem ganha é quem especula, não é a cidade, não é saúde, não é o transporte público nem o pri-vado. Essa tendência tem que ser coibida e esclarecida para a população. Os riscos de in-dustrialização em uma área de captação de água é muito gran-de”, defende.

Além disso, Simone desta-ca os problemas que seriam

ARQ

UIVO

Sábado, 3 de maio de 2014 13Geral

gerados com o ordenamento dessas empresas em regiões impróprias. “Problema do trá-fico, rota de veículos, vazios urbanos, qualidade de vida e poluição. Isso tudo vai piorar. É sempre mais fácil para uma empresa dar vazão ao seu ma-terial poluidor também pela água. Os órgãos fiscalizadores não estarão lá o tempo todo para verificar essa regulari-dade. Os reflexos poderão ser vistos no aumento de pessoas com câncer no município, por exemplo. Os prejuízos serão maiores que os benefícios”.

A favor do crescimento consciente

Para a ex-procuradora e ad-vogada do município, a ex-pansão é sempre um fator po-sitivo para qualquer cidade. No entanto, ela defende uma forma consciente e sustentável para que esse desenvolvimen-to aconteça, sem prejuízos ao município. “Não se é contra a atração de indústrias. Mas é preciso que isso ocorra de for-ma racional realmente pensan-do no bem da comunidade, não pensando só no bolso. Quem menos usufrui desse grande desenvolvimento que se vende dessa forma é a comunidade. Nem mesmo os próprios em-preendedores ganham, pois é preciso grande investimento fi-nanceiro em uma área que não tem vocação para isso, como é o caso da Bacia de Captação”.

Simone também incentiva o engajamento de toda comu-nidade. “Muitas cidades estão sujeitas a cometer esse erro, mas com o conhecimento da população foi possível vedar isso na última década. A cidade pertence aos cidadãos. O Plano Diretor não é algo abstrato. Va-mos ter que abrir essa porta e exigir essas mudanças em uma linguagem clara e objetiva”.

região, o impacto seriam mui-to menor se comparado a três ou quatro empresas que já poluem nas proximidades da Barragem de São Miguel em Farroupilha. Afirmo nova-mente que não existe risco”, destaca.

Se a alteração do Plano Di-retor for confirmada, com o município se responsabili-zando pelas licenças dessa área, o secretário afirma que a fiscalização será mais intensa. “É preciso uma mudança de comportamento. Com tan-ta tecnologia é burrice uma empresa ainda querer poluir. Mesmo assim ficaremos em cima para fiscalizar”, diz.

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Sábado, 3 de maio de 201414 Geral

A entrada na Comunidade Tera-pêutica Rural do Tuiuty é feita vo-luntariamente por meio do Cen-tro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) do Sistema Único de Saúde (SUS). A coorde-nadora, Adriana Lazzarotto, ex-plica que a internação é feita por vontade própria, sem obrigações da família. Antes de entrar para o programa é realizada a desinto-xicação do paciente e verificação das condições de saúde.

“Os perfis das pessoas interna-das aqui são homens mais velhos alcoólatras e rapazes com 18 anos ou pouco mais, usuários de crack”, destaca. Estes dispõem de trata-mento médico, com clínico geral, psicólogo, psiquiatra, educador físico e assistente social, além de nove monitores. O acompanha-mento também é feito com grupos de autoajuda, encontros religiosos e a laborterapia, que é o tratamen-to ocupacional.

“Eles não ficam parados, estão sempre fazendo manutenção, cor-tando a grama, cuidando dos cães

“Eu não fazia ideia de que era um dependen-te químico, para mim, eu era um vagabundo drogado, não valia mais nada, só semanas depois fui entender que era uma doença, e que eu poderia me curar.”

Marcos Almeida (nome fic-tício), ex-usuário de crack, co-meçou a fumar maconha aos 16 anos, usou cocaína e passou quase 30 anos administrando a vida entre o trabalho, a fa-mília e as drogas. “Eu sempre fui usuário e sabia disso, mas minha família não precisava saber, eu conseguia lidar com tudo, casei, tive um filho e nunca deixei de fumar ou chei-rar, o problema foi quando eu fumei crack pela primeira vez, eu não sabia onde estava me me-tendo” conta.

Almeida rela-ta a sua trajetó-ria após o uso da pedra, diz que em pouco tempo a sua vida mudou em casa, sua esposa foi quem passou a sustentar a família e que as brigas termi-navam sempre em ameaças de separação.

“Escondi até o último minuto da minha família, eles não pre-cisavam saber e também não me incomodariam. Eu queria me divorciar, queria dividir os bens para gastar com o crack, eu não o trocava por mais nada, nem minha mulher, nem meu filho”, resgata. Quando seu salário não era mais sufi-ciente, ele começou a vender todos os materiais de constru-ção que tinha em um porão.

“Eu roubei da minha mu-lher, roubei do meu filho, da minha mãe e até da minha so-gra, tirava dinheiro da cartei-ra deles para sustentar o meu vício. Crack é devastador, não havia sobrado mais nada pra mim, dinheiro, amor ou famí-lia, eu tinha virado um escra-vo daquela droga e não tinha

Comunidade Terapêutica do Tuiuty

A assistência médica e social da Comunidade

Hoje, Almeida é monitor na Comunidade Terapêutica do Tuiuty e divide a sua história com os residentes, oferecendo conforto e motivação para que eles possam seguir o mesmo caminho

Vitória [email protected]

a intenção de deixar de ser”, coloca.

Almeida relembra que antes de chegar nesta situação, ele já havia tentado parar, começou a frequentar a igreja com sua es-posa e buscou ajuda em Deus, mas essa alternativa não foi suficiente. “Eu era um hipócri-ta com Deus e todo o mundo, na frente das outras pessoas eu rezava, depois ia ao banheiro da igreja para cheirar. Que ho-mem faz isso?”, questiona.

O importante papel da família

Quando a situação começou a ficar crítica, a sua esposa co-meçou a desconfiar e passou a questioná-lo, mas ele não que-ria dizer a verdade.

“Lembro que era um sábado de manhã, ela pediu se eu esta-va usando drogas e é claro que

eu disse que não, depois ela saiu com meu filho, passou o dia fora e, quando voltou, estava com alguns amigos meus. Eu não sabia o que fazer, me tranquei no banheiro para me esconder de-les”, relata.

Após muita insis-tência e questionamentos, ele contou a verdade aos amigos, aceitou a ajuda oferecida, mas diz que não tinha vontade de fa-zer isso, só queria que eles fos-sem embora para que ele ficasse em paz. “Quando tu estás sob o efeito do crack tu mente, mani-pula, esquece as pessoas que tu gosta e age apenas impulsiva-mente para conseguir escapar, se isolar e fumar mais. Era isso que eu queria”, ressalta.

O que motiva a recuperação

Depois que a esposa desco-briu, não houve mais brigas, ela entendeu a situação dele e buscava ajuda. As clínicas particulares eram caras, en-tão eles tentariam entrar pelo programa municipal no Centro de Atendimento Psicossocial (Caps), mas dificilmente havia vagas. Apesar da dificuldade, a sua esposa conseguiu um leito disponível em 20 dias.

“Lembro como se fosse on-tem, tinha uma propa-

ganda na TV que dizia para não se entregar ao crack, por-que ele viciava de primeira. Não acreditei, fui testar, achei que eu era melhor que ele, que podia me controlar quando eu quisesse, mas eu estava errado, com o crack eu não podia”.

“Até então, eu não estava me dando conta dos fatos, eu não queria ser internado, ser aprisionado, eu queria só fu-mar a minha droga em paz”, lembra. Após os 20 dias de internação ele foi transfe-rido para uma comunidade em Viamão, onde havia ou-tras pessoas na sua situa-ção vivendo em comunida-de e recebendo a assistência necessária.

“No primeiro dia de visitas, 45 dias depois que eu havia entrado, vi minha mulher, meu filho, minha mãe e mi-nha sogra, todas as pessoas que eu tinha roubado, de-cepcionado e magoado esta-vam ali, como se nada tivesse acontecido, elas me abraça-ram e falaram coisas boas. Desse dia em diante eu decidi que queria mudar, se não fos-se mais por mim então seria por eles”, relata.

Após a visita, houve um período de remorso, um mo-mento de introspecção e, aos poucos, a percepção de que ali era um lugar seguro, sere-no e que o ajudaria a retomar a vida.

A vontade de ajudar

Durante o tratamento, Al-meida observava os monito-res, as pessoas que o ajuda-vam ali e, ao final dos meses de tratamento, ele optou por estudar e ser um um deles. Fez um curso de monitor e estágiou por três meses em Gramado. “No estágio eu ga-nhava 100 reais, enquanto isso, minha mulher bancava tudo”, diz.

A vaga de monitor na Co-munidade Terapêutica de Bento, veio meses mais tar-de, aqui ele ganha salário e tem carteira assinada. “Agora todo o meu salário vai para a minha mulher”, comenta.

Hoje, quase dois anos de-pois do fim do tratamento, o monitor pode contar a his-tória de superação a outros homens que estão passando pelo mesmo que ele, ofere-cendo conforto. “Hoje eu sou homem de verdade, sou pai, sou filho, sou esposo e sou monitor, não tenho orgulho do que fiz, mas tenho orgulho do que me tornei”, finaliza.

O relato de um ex-usuário de crack que encontrou motivação na entidade de Bento Gonçalves e hoje é monitor do local

Trajetória de superação e recomeço

e gatos ou cozinhando o próprio pão”, comenta. Ela diz que eles tinham outros animais, mas não há estrutura para mantê-los nas condições corretas.

A Comunidade tem capacida-de para abrigar 32 residentes,

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Apoio familiar

Depois da internação, a recuperação continua

Sábado, 3 de maio de 2014 15Geral

“As pessoas precisam perder a ideia de que eles sairão cura-dos daqui. Isso não acontece.”

Adriana Lazzarotto, explica que o tratamento dos internos não termina quando eles dei-xam a Comunidade e vão para casa. Este é um momento deli-cado, onde o processo precisa ser intensificado, agora com o apoio familiar mais de perto. Ela aconselha a mudança de hábitos, de rotina, de pessoas com quem se relacionava an-teriormente, um recomeço.

“Ao voltar para casa e para a famí-lia é momento de reorganização. Nós sempre aconselha-mos a buscar uma vida nova, novos lo-cais, novos amigos, já que a velha rotina pode relembrar e até incentivar a pessoa a voltar usar drogas”, afirma. Ela diz que o trata-mento depois de sair do local é constante, é preciso supor-te da família e muita força de vontade. Quando possível, o acompanhamento psicológi-co também pode auxiliar na recuperação e na persistência de se manter limpo.

A assistência médica e social da Comunidade

Hoje, Almeida é monitor na Comunidade Terapêutica do Tuiuty e divide a sua história com os residentes, oferecendo conforto e motivação para que eles possam seguir o mesmo caminho

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Trajetória de superação e recomeço“Eles não saem curados da-

qui, as famílias precisam per-der a ideia de que há uma cura e que nunca nada vai voltar a acontecer. Deve haver um pre-paro psicológico das pessoas que irão o cercar em casa, a es-timativa de recaídas é altíssima e todos precisam ser fortes para fazer com que isso não aconte-ça”, coloca. O índice de pessoas que deixam as drogas após a es-

tadia na Comunidade é alto, se comparado ao índice brasileiro.

“No Brasil, a cada cem pessoas que ini-ciam um tratamento de desintoxicação e recuperação, apenas

sete ou oito realmente deixam as drogas. Em Bento, a esti-mativa é mais alta com apro-ximadamente 30 recupera-ções a cada cem pessoas”. Ela completa dizendo que dos 30 que saem recuperados, o risco é de que a metade deles tenha alguma recaída após voltar para casa, por isso as relações após o tratamento devem ser tratadas com cautela.

e gatos ou cozinhando o próprio pão”, comenta. Ela diz que eles tinham outros animais, mas não há estrutura para mantê-los nas condições corretas.

A Comunidade tem capacida-de para abrigar 32 residentes,

mas o máximo atingido foi de 27. Hoje, 14 homens estão inter-nados. “Queremos ajudar o má-ximo de pessoas que pudermos, mas se o número de internos não for muito alto nós poderemos dedicar mais tempo e atenção

para cada um, fazendo com que o tratamento seja melhor”, coloca.

A coordenadora lembra que os portões da Comunidade estão sempre abertos, só fica internado quem quer. “Qualquer um dos in-ternos pode deixar o programa no momento que quiser, e é isso que buscamos usar como motivação. Eles podem estar lá fora, mas pre-cisamos mostrar que é necessário e melhor que eles estejam aqui, não sendo obrigados a ficar”. As visitas dos familiares ocorrem uma vez a cada mês.

Os internos que não têm o ensi-no básico têm a oportunidade de fazer o nivelamento escolar. Eles estudam com apostilas e podem realizar as provas de Ensino Fun-damental e Médio.

Outra oportunidade disponi-bilizada pela Comunidade é se tornar um monitor. “Quem já foi interno tem experiência de vida, sabe o que o outro está passando e terá sensibilidade e conhecimento para lidar com os outros residen-tes”, destaca.

“Trabalhamos com três pilares que ajudam os internos se manterem

resistentes: o trabalho, a disciplina e a oração”

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Sábado, 3 de maio de 201416 Geral

Oficinas para todos os talentos

Para incentivar novos talen-tos e fomentar a cultura de

Bento Gonçalves, a Fundação Casa das Artes dobra o nú-mero de oficinas culturais em

Cultura

Fundação Casa das Artes aumenta número de atividades em todas as áreas para incentivar artistas do município

Tintas e traços nas mãos habilidosas de dona Nadir

Saiba maisNovidades deste ano: xadrez, bateria, oficinas itinerantes de ar-

tesanato no interior, oficinas de inclusão e filmagem pelo celular. As novas oficinas passam por processo de licitação.

Informações: sobre inscrições, prazos e vagas entrar em conta-to com a Casa das Artes pelo fone 3454.5211

Aos 95 anos, dona Nadir participa das aulas com muito alto astral

JOSIA

NE RIBEIRO

Josiane [email protected]

áreas como teatro, dança, artes plásticas, música, cinema e fo-tografia. Em 2013 eram oferta-das 24 oficinas com 230 alunos inscritos e 16 professores. Nes-te ano estão disponíveis 65 ofi-cinas, com 646 alunos e cerca de 23 professores.

“Essa é a melhor coisa da mi-nha vida. O dia que não posso vir para cá, é um dia perdido”. Assim, Nadir Ishard, 95 anos, define a importância da ofici-na de pintura em sua vida. En-quanto retoca com tinta rosa as flores em uma tela, a pro-fessora aposentada fala sobre a importância da arte em sua vida, recordando episódios importantes de sua história.

Em 2013, ela saiu de Porto Alegre e veio para Bento Gon-çalves para morar com a filha. “Quando meu marido mor-reu fiquei muito sozinha. Foi importante vir para cá. Gosto muito da cidade especialmente

De acordo com o secretário de Cultura, Jovino Nolasco, o aumento da oferta de oficinas faz parte das estratégias do Projeto Semeador com foco na valorização do artista lo-cal. Entre os destaques estão as oficinas itinerantes no in-

terior do município e novas modalidades como xadrez, filmagem pelo celular e ba-teria. “Jamais imaginávamos essa grande procura pelas oficinas. Realmente estamos surpresos e muito felizes. To-dos os espaços da fundação

estão sendo ocupados, de se-gunda a segunda. Essa é uma das nossas metas mais claras: fazer com que o estudante dê asas ao seu sonho.

Precisamos acreditar na nossa gente, nos nossos ta-lentos”, comenta.

dos Caminhos de Pedra”, afir-ma. Logo, incentivada pelas netas que também participa-vam das oficinas, dona Nadir decidiu se matricular. “Detes-to ficar em casa. Gosto de me movimentar, de realizar ativi-dades. Faço tricô, crochê, mas gosto muito mesmo de pintar”, comenta.

O alto astral de Nadir é con-tagiante. Sempre sorrindo, ela movimenta a turma entre brin-cadeiras e novas telas. “Gosto das minhas novas amigas que fiz aqui e do que aprendo a cada dia. Hoje consigo escolher minhas amizades e me sinto cada vez mais realizada”.

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Sábado, 3 de maio de 2014 17Geral

Ao verificar a importância de oficinas como a “De ponta cabe-ça”, a secretaria também se pre-para para aumentar o número de atividades de inclusão. A iniciati-va pioneira está em uma oficina de teatro para alunos a Associação Integrada do Desenvolvimento do Down (AIDD). “Queremos demo-cratizar a cultura em todos os seg-mentos, ultrapassando fronteiras. Essas oficinas são fundamentais para o desenvolvimento de jovens com Down”, destaca o secretário de Cultura, Jovino Nolasco.

A satisfação pelo desenho e pelas cores está no sorriso de Ana Graziela Rodrigues, 33 anos. Há cinco anos, ela par-ticipa da oficina de inclusão “De ponta cabeça”, criada es-pecialmente para atuar com o desenvolvimento das poten-cialidades de crianças e jovens com Síndrome de Down. Para Maria Dall Lago Rodrigues, mãe de Ana, a oficina influen-cia muito para o desenvolvi-mento da filha. “Ela gosta mui-to de frequentar as aulas e se adaptou muito bem. O contato com os colegas ajuda também no relacionamento e evolução dela”, comenta.

De acordo com o professor de desenho e ilustrador Micael Biasini, os alunos são estimu-lados através de atividades e são incentivados a explorar e desfrutar as diferentes possi-bilidades da arte. “Elas usam a arte como uma terapia, forta-lecendo a auto-estima e a con-fiança”, afirma. Através das atividades os alunos podem trabalhar suas habilidades, coordenação motora, destreza, habilidade manual, motricida-de fina e grossa.

A oficina, que funciona há cin-co anos, já colhe grandes resul-tados com os alunos. “No início

A arte ultrapassando fronteiras

Aluna Ana Rodrigues da oficina de inclusão “De ponta cabeça”

Professor Biasin (C) com os alunos César e Ana durante oficina

FOTO

S JOSIA

NE RIBEIRO

Oficina de teatro é mais uma novidade

trabalhamos com uma grande variedade de materiais. Este ano, devido ao grande potencial dos alunos, são desenvolvidos

trabalhos com o tema escolhido pelo alunos. Eles já estão crian-do uma identidade artística e uma linguagem individual”.

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Sábado, 3 de maio de 201418 Geral

Escola desenvolve projeto literário

O incentivo a leitura desde a infância é uma das prin-

cipais preocupações da equipe diretiva e dos professores da Escola Municipal de Educação Infantil Mamãe Coruja, locali-zada no bairro São Roque. Por isso, a instituição de ensino está desenvolvendo atividades especiais voltadas a 29ª Feira do Livro de Bento Gonçalves que ocorre entre os dias 7 e 18 de maio.

Nesta edição, a escritora Marta Lagarta irá visitar o co-légio durante a programação do evento. A diretora do colé-gio, Salete Tonet Lazzaretti, re-lata que estava com dificuldade em conseguir o livro da autora. “Estávamos preocupados com a forma que iríamos trabalhar sem ter um material. Agora que conseguimos o exemplar vamos começar as atividades”, esclarece. A obra escolhida é “Mamãe Fera, Mamãe Bela”, que também servirá para ativi-dades relacionadas ao Dia das

São Roque

Professores irão desenvolver atividades com o livro “Mamãe Fera, Mamãe Bela”, com os alunos do colégio Mamãe Coruja

Diretora Salete Tonet Lazzaretti, explica como será a visita da escritora

ESTEFAN

IA V. LIN

HA

RES

Estefania V. [email protected]

Mães, já que a obra fala sobre os momentos em que a mãe precisa ser legal e em outras horas não com os seus filhos.

Na escola, frequentam 63 crianças de zero a três anos, as-sim os trabalhos são realizados de acordo com a idade. “A ex-pectativa é que a escritora ve-nha a até a escola e conte histó-rias para os alunos”, comenta. Antes da visita, os professores e a equipe diretiva coletaram dados sobre a escritora e para que os estudantes se familia-

rizem com ela, será apresen-tada uma fotografia. Segundo Salete, cada professora estará trabalhando com desenhos re-lacionados à temática.

Os alunos com idade supe-rior do colégio irão visitar a Feira do Livro que estará loca-lizada na Via Del Vino. A pro-gramação conta com sessões de contação de histórias, assim o passeio será agendado para que as crianças participem desta atração. Outra visita está prevista, porém com todas as

crianças acompanhadas pelas mães.

Ambientes literários

A leitura está presente em di-versos ambientes da instituição como na enfermaria e na sala de aula. Conforme a diretora, os alunos são incentivados a ter o contato com o livro. “Eles pegam as obras e fingem ler. Alguns nem falam e apontam para os exemplares que querem ouvir alguma história”, destaca.

A obra da escritora que irá vi-sitar a instituição de ensino será disponibilizada aos pais por um preço especial. Assim, ela poderá autografar com o nome do estu-dante. “É uma forma de apro-ximar o autor com o aluno e ele entender que é uma pessoa que escreve aquela história”, revela Salete.

O desejo da diretora é que as crianças incentivem este imagi-nário que também irá influenciar posteriormente no escrever. “A leitura e a escrita são bem impor-tantes. Eles adoram as histórias e quando eles sentam sabem que é

para ouvir algo”, aponta. Para a diretora é interessante

os escritores irem até as escolas, porém é preciso ter cautela ao escolher a pessoa que irá até a instituição para que não seja al-guém que nunca tenha trabalha-do com crianças pequenas. “É di-ferente contar uma história para uma criança de três anos e para um adolescente. Tem que saber contar a mesma história, mas de maneira diferente”, esclarece. No ano passado, a visita foi realizada pela escritora Rosane Castro, que trouxe alguns instrumentos para interagir com os alunos. A expec-tativa da equipe do colégio é que o resultado positivo se repita nes-ta edição. A data da visita deve ser definida nos próximos dias.

Após a conclusão das ativi-dades relacionadas ao Dia das Mães e a Feira do Livro, a ins-tituição irá debater a Copa do Mundo através de um projeto desenvolvido pela Secretaria de Educação. A proposta prevê que cada escola do município desen-volva trabalhos com um país – o escolhido para o colégio será o Japão.

Centenas de pessoas presti-giaram a festa em honra a Santa Eulália e São Vitor realizada no domingo, 27, padroeiros da co-munidade. A programação ini-ciou com a celebração da missa festiva que contou com a parti-cipação do coral da localidade.

A festa teve como casais

Linha Eulália

Comunidade festeja Santa Eulália e São Vitor

Casais de festeiros conduziram as imagens de Santa Eulália e São Vitor

de festeiros Vilso e Nerci De Mari, Avelino e Gema Tere-zinha De Mari e Ivo e Maria Helena Bianchi. Antes de ser servido almoço, o grupo en-trou no salão da comunidade com a imagem de São Vitor e Santa Eulália acompanhados pelo padre Almir Risson

DIVU

LGA

ÇÃO

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Sábado, 3 de maio de 2014 19Geral

Subprefeitura define açõesSaber comprar é indispen-

sável para que uma empresa não gere gastos desnecessários. Destinada aos microempreen-dedores individuais, a Associa-ção do Comércio, Indústria e Serviços (ACI) de Carlos Barbo-sa, em parceria com o Sebrae/RS, oferece a Oficina Sei Com-prar, para que os empresários possam esclarecer suas dúvidas sobre o assunto e tenham mais conhecimento sobre o tema.

A oficina, totalmente gratui-ta, acontece na segunda-feira, 5 de maio, das 18h30min às 21h30min, na sede da entidade. O objetivo é que os Microem-preendedores Individuais aprendam a adquirir o que é necessário e com qualidade, preços e prazos de pagamento favoráveis às necessidades do cliente, aumentando assim a lu-cratividade do negócio, além de manter uma boa relação com os seus fornecedores. Os interes-sados em participar da oficina devem se inscrever no site da ACI (www.acicb.com.br).

Durante os primeiros quatro meses do ano, a Subprefei-

tura do Vale dos Vinhedos tra-balhou para atender a demanda da safra da uva. O subprefeito Volnei Christofoli explica que durante este período foram re-gistradas fortes chuvas que afe-taram as condições das vias. “O que temos feito é priorizar as estradas principalmente aque-las que são de chão”, comenta. Apesar dos fatores climáticos a execução da manutenção é ava-liada positivamente por Chris-tofoli.

A Administração projeta con-tinuar executando esse traba-lho e ainda ampliar as ações na comunidade. Recentemente, o Poder Público assinou a ordem de serviço para o asfaltamen-to do acesso da Comunidade Santa Lúcia e um trecho de um quilômetro localizado no 15 da Graciema.

Uma das principais deman-das do Distrito do Vale dos Vi-nhedos está relacionada com a manutenção da ERS-444. Com o objetivo de pleitear melho-ramentos da rodovia, o sub-prefeito do Vale dos Vinhedos realizou uma vistoria na via acompanhado de um enge-nheiro do Departamento Autô-nomo de Estradas de Rodagem (Daer). “A proposta foi analisar as demandas para o Distrito, pois existem diversos trechos com problemas”, explica. Se-gundo ele, foi solicitada uma atenção especial para que as

Carlos Barbosa Vale dos Vinhedos

Manutenção das estradas é uma das principais solicitações dos moradores e empresários

ACI oferece oficina gratuita na segunda

Subprefeito Volnei Christofoli projeta as ações que serão executadas

Sobre o MEIMicroempreendedor Indi-

vidual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pe-queno empresário. Para ser um Microempreendedor In-dividual, é necessário fatu-rar no máximo até R$ 60 mil por ano e não ter participa-ção em outra empresa como sócio ou titular.

ESTEFAN

IA V. LIN

HA

RES

Estefania V. [email protected]

necessidades sejam atendidas. “Às vezes se não cobrar as coi-sas não funcionam”, aponta.

Próximos passos

Os moradores do Distrito do Vale dos Vinhedos procuram diariamente a subprefeitura para solicitar algumas melho-rias. Conforme Christofoli, o atendimento ao público é reali-zado de acordo com a deman-da. “Às vezes não conseguimos atender 100% a solicitação, mas estamos atendendo dentro do possível a todos os agricul-tores e até mesmo os proprietá-rios de empresas estabelecidos no distrito”, revela.

As principais solicitações estão voltadas a brita e a ma-nutenção da qualidade das estradas, além do trabalho de horas-máquinas. O subpre-feito esclarece que o municí-

pio desenvolve um programa coordenado pela Secretaria da Agricultura em que é pago uma parcela do valor e o produtor arca com o restante. Nos próxi-mos dias, serão atendidos dois produtores com este tipo de serviço, porém no final do mês será executado um roteiro para atender a todos aqueles que se inscreveram no projeto. As ins-crições ocorreram entre os me-ses de novembro e dezembro. O auxílio não ultrapassa R$ 700.

Outra ação em andamento no Distrito é de levar cinema para as comunidades do interior. O projeto é desenvolvido em par-ceria a Secretaria da Cultura. A primeira localidade benefi-ciada foi a Capela das Almas através da exibição do filme do Teixeirinha, e reuniu os mora-dores próximos. A proposta é oferecer para as demais comu-nidades como a de Santa Lúcia,

6, 8 e 15 da Graciema. “É um projeto que está começando e posteriormente irá abranger as demais”, comenta Christofoli.

Qualidade de vida

Atualmente, os moradores do Vale dos Vinhedos são atendi-dos na Unidade de Saúde 15 da Graciema. O posto disponibi-liza atendimento médico duas vezes por semana: as segundas e às quintas-feiras. No acom-panhamento realizado pelo subprefeito, o profissional tem conseguido atender a comuni-dade.

Recentemente, foi instala-do um toldo na unidade com o objetivo de proteger as pes-soas que se deslocam ao local em dias de chuva. “Estamos melhorando o posto e já conse-guimos avançar”, avalia Chris-tofoli.

A projeção é que no Vale dos Vinhedos residam 700 famílias o que seria aproximadamen-te 1.600 pessoas. No entanto, existem algumas pessoas que trabalham no distrito e outras que apenas moram e se des-locam para trabalhar em ou-tra localidade. Para garantir a segurança da comunidade foi implantado o Policiamento Co-munitário, no qual residem no distrito dois soldados que exe-cutam o patrulhamento diário. Outra vantagem deste sistema é que os moradores e os empre-sários possuem o número do telefone para quando precisam ligam diretamente para os sol-dados.

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Sábado, 3 de maio de 201420FOTOS CAROLINE PANDOLFO

Festa de Santo AntãoNo domingo, 27, aconteceu da festa em hon-ra a Santo Antão. A missa, rezada pelo Padre Jairo Gusberti, aconteceu do lado de fora, na praça, onde toda comunidade pode partici-par. Jovens, casais tradicionais e famílias da comunidade, com seus trajes alinhados, prestigiaram o evento. No almoço os con-vidados foram recepcionados pelos festeiros e conduzidos aos seus lugares. O salão, de-corado com lindas flores acolhia a todos. A comida típica colonial, se destacou pelo de-licioso galeto e principalmente pela atenção e simpatia com que todos foram servidos. Após a festa seguiu com sorteio de brindes e

muita animação. Flagrantes da festa.

Nilva e Alcides Longhi

Jeancarlo Zortea e a namorada Lilian Krindges

Eliane e Sérgio Dagostin

As amigas Araceli Rizzi e Elena de Marco

O tradicional casal da

comunidade Dolmires e Odila Lunardi

Wilson e Marisa Krindges, Maria Zortea e Nilson Erthal

Vitor Agostini Junior e Andriele Tomkiel, Cátia, o pequeno João gabriel e Wagner Agostini

Renan Conzatti, Bruna, Rogério, Cinara e Gabriela Signor, e Luiz Trevisol

Vitor Agostini, a pequena Larissa e esposa Luciana; Mariliva e Domingos Agostini

Apoio:

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Sábado, 3 de maio de 2014 21Geral

Moradores vão para as ruas conscientizarCidadania

A campanha foi posta em prática por João Tondo, José Romanga, Neusa Minuzzi, Jorge Nascimento, Aldemiro Geremia e Zeferino Pastore

ZEFERINO

PASTO

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LGA

ÇÃO

Marília [email protected]

Cansados de esperar por melhorias no local em que vivem, lideranças do São Bento põem em prática campanha educativa

Após lutar durante anos pela melhoria da qualidade de

vida no bairro São Bento sem alcançar resultados positivos, representantes da associação de moradores do local, a Ama-bento, resolveram apelar para a consciência da comunidade, co-brando melhorias cara a cara dos frequentadores do local. O movi-mento no bairro é intenso devi-do a presença da Praça Achyles Mincarone, que reune uma gran-de quantidade de jovens. O re-sultado da ação, segundo o pre-sidente da Amabento, Zeferino Pastore, superou as expectativas.

Com o apoio da administra-ção municipal, a Amabento realizou uma mobilização no último domingo, 27. O grupo formado por seis pessoas dis-tribuiu mais de 600 panfletos educativos, contendo infor-mações sobre boa conduta no trânsito, uso da ciclofaixa,

orientações aos pedestres e ci-clistas, dicas para melhor apro-veitamento da praça e infor-mações sobre a melhor forma de passear com seu animal de estimação em locais públicos.

A mobilização foi realizada ao redor da praça Achyles Min-carone. Pastore destaca a boa recepção por parte da comu-nidade que transitava no local. “A recepção foi muito boa, as pessoas agradeceram a nossa iniciativa, falaram que é uma ideia inteligente e se compro-meteram em repassar as nos-sas reivindicações para amigos e familiares”, explica. Devido a boa recepção, a mobilização será realizada novamente em outro final de semana.

A motivação da campanha

Segundo Pastore, as prin-cipais problemáticas que se repetem no bairro estão rela-cionadas ao trânsito, pois os

motoristas trafegam com ve-locidade excessiva, som alto nos veículos, lixo no chão – a entidade já solicitou à prefei-tura mais lixeiras para a praça –, e congestionamentos. “No fim de semana o grande mo-vimento é um problema para nós, congestiona tudo, se pre-

cisarmos sair devido a uma emergência de saúde, não con-seguimos. Não há mobilidade ali”, destaca.

Extraoficialmente, a prefei-tura já declarou que em breve irá instalar banheiros coleti-vos na praça, outra demanda apontada pelos moradores da

localidade. O presidente da entidade sa-

lienta que a motivação da en-tidade em agir vem da neces-sidade dos moradores. “Além de melhorar nossa qualidade de vida, temos turistas aqui na praça e no bairro diariamente, precisamos manter o ambien-te agradável e favorável para que eles se mantenham vindo”, explica. A entidade é uma lide-rança comunitária desde a sua fundação, em 1987.

Pensando no coletivo

A Amabento solicita à comu-nidade sugestões para melho-rias na comunidade. Pastore destaca que a associação está aberta para receber ideias de ações que melhorem a qualida-de de vida não só no local, mas em todo o município. Os inte-ressados em cooperar devem entrar em contato pelo telefone (54) 9987.3613, ou pelo e-mail [email protected].

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Sábado, 3 de maio de 201422 ObituárioFaleceram em Bento

IGNEZ ANGELA CAPELARI, no dia 23/04/2014. Natural de Garibaldi, RS, era filha de Valentin Manica e Albina Lazzari e tinha 86 anos.

MARIA ROSA RASERA FRANDOLOSO, no dia 25/04/2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Flâminio Rasera e Victória Peruffo Rasera e tinha 80 anos.

MANUELA VITÓRIA WEIRICH LUCCI, no dia 26/04/2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Edwin Robert Weigle Lucci e Cíntia Ceriotti Weirich e tinha 1 dia.

DORIVAL RODRIGUES, no dia 26/04/2014. Natural de Tapejara, RS, era filho de João Francisco Rodrigues e Santina Neves de Paula e tinha 60 anos.

LOURDES LANFREDI MILANI, no dia 27/04/2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de João Lanfredi e Ténide Artini Lanfredi e tinha 88 anos.

MARIA AMABIL PASINI CELLI, no dia 28/04/2014. Natural de Vespasiano Correa, RS, era filha de Verginio Passini e Lucia Ziglioli e tinha 89 anos.

LOURENÇA BUENO DE CAMPOS, no dia 27/04/2014. Natural de Vacaria, RS, era filha de Tertuliano Bueno de Oliveira e Celanira Bueno Paim e tinha 92 anos.

ALBINA TRENTIN GIACOBBO, no dia 28/04/2014. Natural de Garibaldi, RS, era filha de Pedro Paulo Trentin e Anna Mattei Trentin e tinha 45 anos.

SAUL PICETTI, no dia 26/04/2014. Natural de Veranópolis, RS, era filho de Ambrosio Picetti e Arminia Sanaiotto e tinha 73 anos.

OLIVA MARIA PITOL GROMOWSKI, no dia 25/04/2014. Natural de Cotiporã, RS, era filha de Marcelo Pitol e Lourdes Eulalia de Gasperin Pitol e tinha 62 anos.

EZILIO ROSSATTO, no dia 29/04/2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Vespasiano Rossatto e Adelina Rossatto e tinha 86 anos.

AQUILES DOMINGOS DOS SANTOS, no dia 29/04/2014. Natural de São José do Ouro, RS, era filho de Domingos dos Santos e Arcelina Maria Ferreira e tinha 62 anos.

VIDIANE DA ROSA VIEIRA, no dia 29/04/2014. Natural de Gravataí, RS, era filha de Rudiar Silva Viera e Sandra Maria da Rosa e tinha 32 anos.

VALMOR PUERARI, no dia 29/04/2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de José Antonio Puerari e Italia Maria Menegotto Puerari e tinha 67 anos.

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Sábado, 3 de maio de 2014 23Segurança

Policiais apreenderam armas no interior do município

Foi com orgulho e satisfação que o 6° Batalhão de Comu-

nicações (6º BCOM) em Bento Gonçalves apresentou, em co-letiva na tarde de quarta-feira, 30, sua missão no sistema es-pecial de segurança da Grande Porto Alegre durante a Copa do Mundo. O 6º BCOM será responsável por toda comuni-cação do Exército Brasileiro, segunda força de contigência na defesa do evento mundial, na sede gaúcha. “Foi instalada uma cobertura por rádio com-pleta na Grande Porto Alegre. Esta é uma cobertura militar que ficará para sempre. Tam-bém prepararemos uma cen-tral de controle com video con-ferência e acompanhamento em tempo real das principais movimentações na capital gaú-cha”, relata o tenente coronel Alexander.

Os oficiais escalados para o evento destacam a oportuni-

dade única. “Iremos participar de uma Copa do Mundo. Uma operação para o bom anda-mento de uma situação alegre para o país, um evento festivo.

É uma grande oportunidade que todos se candidataram para ir”, destacou o capitão Ve-lazquez.

O major Dalbelo ressaltou o legado da Copa do Mundo para o 6º BCOM. “Em todos os meus anos de serviço pos-so afirmar que nunca estive-mos tão bem equipados como agora. Com um equipamento completo, extenso e qualifica-do. Viaturas em quantidade e qualidade para todo o batalhão embarcar”, afirma.

O tenente coronel Alexander apontou este legado para a ci-dade. “Um soldado aspiran-te que está em serviço neste momento no batalhão está se qualificando muito mais. É um jovem que irá retornar para so-ciedade com instruções e cur-sos muito avançadas. Será um profissional muito qualificado. Este é um bom legado para Bento Gonçalves”, ressalta.

Oficiais do 6º BCOM apresentaram as viaturas adquiridas para a Copa

Os agentes da Polícia Civil apreenderam duas espingar-das, calibre 12 e 32, e quase 20 cartuchos de munição em residência na Linha Toma-zini na noite desta quinta--feira, 1º de maio. O proprie-tário das armas foi preso por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e disparo de arma de fogo.

Por volta das 20h, o plantão da Polícia Civil recebeu uma denúncia sobre tais armas. Após deslocamento ao local, os policiais civis prenderam o suspeito em sua residência. Foi constatado que uma das espingardas tinha efetuado um disparo minutos antes, prova-velmente em uma rixa entre vi-zinhos. Não houve feridos.

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Polícia Civil apreende espingardas e munições

Linha Tomazini Legado para Bento

BCOM preparado para Copa em Porto Alegre

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Sábado, 3 de maio de 201424 Segurança

O que disse o delegado“Eu entendo que, até o momento em que houve o pseudo con-

fronto, a atuação dos policiais estava dentro dos conformes e dos protocolos legais. Ocorre que no momento deste confronto hou-ve o exagero que reforça nossa tese do dolo eventual. Por isso estamos concluindo o inquérito e indiciando os dois PMs em dolo eventual por dois homicídios consumados e dois tentados (con-dutor e o carona).”

“Mas, além deles, está sendo indiciado também o motorista por sua ação, pelo não atendimento a parada, assumindo o risco de que os policiais, portando arma, poderiam atirar e atingir os seus amigos, que ele sabia estarem no furgão. O condutor também es-tá sendo indiciado por dolo eventual por dois homicídios e uma tentativa (carona).”

“Refuto a importância, no momento de um fato destes, da pre-servação do local. Pode ser que tanto o condutor como o menor, que estavam na frente (cabine) tenham jogado esta arma para trás. Como também pode ser que alguém tenha colocado esta arma lá dentro. Isto não está descartado. Mas isto é hipótese. A conclusão do dolo eventual para os PMs é por eles atirarem sem saberem o que tinha dentro do veículo.”

“Nos depoimentos (os sobreviventes) falam que durante o tra-jeto, no primeiro encontro com a polícia, levantaram os vidros (da cabine). Quando a perícia chegou ao local, o vidro do condutor estava parcialmente aberto, e o do caroneiro totalmente aberto.”

“O exame residuográfico pode confirmar o possível confronto. Mas não vai alterar o excesso, que todos estes (indiciados) con-correram para o evento morte. (...) Até porque um dos indivíduos, o caroneiro, no momento que foram retirados os resíduos da mão dele, já tinha tomado banho.”

“Existem protocolos que cada polícia deve fazer no momento de uma abordagem. A Brigada tem o seu protocolo e deve seguir ele. Eu acho que quebraram este protocolo no momento do ex-cesso dos tiros que foram dados. Poderiam ter dado menos tiros e buscado outras formas de abordagem. Claro que eles também ti-nham a precaução de se os individuos estivessem armados e eles não serem atingidos. Tudo isto é uma questão que deve ser ana-lisada em cada caso. (...) A abordagem da Brigada é que ocorre o fato e eles precisam agir no momento.”

“Os PMs confirmam em depoimento que viram dentro da cabi-ne um braço com uma arma que atiraram contra eles. Aliás, todos os PMs que foram no apoio também foram ouvidos e confirmaram que ninguém mexeu na Fiorino (após suas chegadas).”

“Eu espero que a justiça seja feita, e a justiça neste caso é que o fato seja levado para júri. E o júri, a população, que deve deci-dir o futuro destes envolvidos neste caso.”

Caso Fiorino

Policiais indiciados por excessoAlém dos soldados, motorista do veículo, Tiago de Paula, também foi denunciado, ambos por homicídio com dolo eventual

Leonardo [email protected]

Em entrevista coletiva na manhã de quarta-feira,

30 de abril, o delegado Álvaro Becker, titular da 2ª Delegacia da Polícia Civil de Bento Gon-çalves, informou que o inqué-rito do Caso Fiorino está ter-minado e os três protagonistas serão indiciados por dolo even-tual (quando não há a intenção, mas se assume o risco). O pro-cesso agora será encaminhado para o Ministério Público.

A investigação acusa os po-liciais militares Edegar Júnior Oliveira Rodrigues, 29 anos, e Neilor dos Santos Lopes, 23, de duplo homicídio simples com dolo eventual e duas tentativas por dispararem contra o veícu-lo dos jovens, o que foi caracte-rizado como um “exagero” pelo delegado.

O motorista Tiago de Paula, 18, também será indiciado por duplo homicídio simples e uma tentativa por assumir o risco da fuga. O outro adolescente de 15 anos que estava na caro-na da Fiorino não foi indiciado.

Faltam laudosdo IGP

Apesar de o inquérito estar sendo encaminhado para o Mi-nistério Público, nem todas as perguntas da investigação pu-deram ser respondidas. O dele-gado relatou que alguns laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP) não foram entregues por dificuldades técnicas. Um deles seria o exame residuo-gráfico nas mãos dos ocupan-tes da Fiorino, que apontaria se há existência de resquícios de pólvora e poderia indicar o manuseio de arma de fogo. Tal exame não foi finalizado pois o aparelho estaria quebrado e aguarda manutenção.

Delegado Álvaro Becker prestou esclarecimentos na quarta-feira, 30

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Improvável caso de armas gêmeas gera dor de cabeça

O revólver Rossi calibre 38 encontrado no baú da Fiorino se tornou uma “dor de cabe-ça” na investigação da Polícia Civil. Tal arma está registrada em Santa Cruz do Sul, por um indíviduo que foi encontrado pela polícia. Este afirmou ter adquirido a arma em 1989 e que, em 2003, a vendeu para um homem que trabalhava em Portão.

Foram encontrados quatro possíveis compradores. Um de-les, indicado pelo antigo dono como mais provável, seria um pastor que está na Amazônia e não foi possível o contato.

Porém, durante a investiga-ção, apareceu outro registro com o mesmo número de série

em Santa Catarina. A polícia local confirmou o registro e informou que o dono estava fa-lecido. Após contato com os fa-miliares, tal revólver também foi apreendido. “É como se você tivesse um irmão gêmeo que só fosse descoberto no mo-mento da partilha e você não sabe como. Então essa arma tem uma ‘irmã gêmea’. Pare-ce impossível, mas aconteceu. Agora nós vamos verificar o porquê disso”, explicou o dele-gado Álvaro Becker.

Não há registros de furto ou o extravio de qualquer uma das duas armas, o que ainda não possibilitou a investigação explicar como esta arma veio a aparecer em Bento Gonçalves.

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Espera por justiça

Perguntas sem respostas

Mãe de vítima considera indiciamentos um presente

Os questionamentos da defesaO que seria o tal excesso?Na opinião da defesa, não foi explicado o porquê de ter sido cons-

tatado um excesso na ação dos policiais. Como a investigação não descartou os disparos vindos da Fiorino, há três pontos que refuta-riam tal tese:

1. Os tiros são uma resposta há uma agressão de mesmo tama-nho (como apontamento da Organização das Nações Unidas - ONU - sobre o uso progressivo da força).

2. Os disparos foram dados prudentemente na direção onde não deveriam ter pessoas (baú).

3. Os tiros não foram dados na direção aonde tinham pessoas (cabine).

Por que não foi feita a reconstituição?A defesa acredita que a reconstituição do caso é um passo impo-

rante da investigação:“Acredito que o promotor peça a reconstituição, que não foi feita

e que a defesa quer que seja feita”.

Por que a arma não foi levada em consideração? O advogado de defesa não compreende a declaração do delega-

do que o esclarecimento da origem da arma e do possível confron-to não interfiram no resultado final do inquérito:

“Se não há prova que a arma foi plantada; se todo o relato dos policiais bate durante todo o indiciamento; por que esta arma com dois tiros deflagrados foi esquecida?”.

Fragilidade do depoimento do condutor“Mesmo depois de levar tiro o motorista continua fugindo. O que

ele tinha que esconder? Ele podia fugir para o postão 24h que é ali perto, mas escolheu fugir para esconder o veículo. O próprio dele-gado afirmou que são frágeis os seus argumentos”.

Falta de provas enfraquece inquérito“O indiciamento é muito frágil e, diante de todas estas circuns-

tâncias citadas, acredito que o promotor irá determinar o retorno do inquérito para aguardar estes resultados e esta complementação”.

Sábado, 3 de maio de 2014 25Segurança

Um alento para dor. É assim que Iolanda Silveira definiu a manifestação do delegado Álvaro Becker e o indicia-mento dos três protagonistas da perseguição policial que vitimou seu filho, Anderson Stiburski. “O que eu espero, para nos confortar, é que seja feita uma justiça. Então cada dia daquele silêncio estava sendo uma tortura. Saber que a investigação está andando foi um presente de Dia das Mães”, relata.

Iolanda confessa que não consegue se acostumar com esta nova realidade que tomou conta da sua vida. “Ele era o meu companheiro, a gen-te tomava café juntos. Neste ritual da manhã eu ainda me pego fazendo dois cafés. Mas tenho que ser forte porque tenho mais duas filhas. E te-nho que ser forte para cobrar esta justiça. Até para que não aconteça novamente com ou-tras famílias. É o que o meu filho gostaria. O meu filho era uma pessoa prática, alegre e não gostaria de me ver triste, sofrendo”, explica.

As burocracias do processo investigativo é um dos agra-

Defesa vê final da investigação como uma precipitaçãoÉ com surpresa e indignação

que a defesa dos policiais mili-tares recebe o resultado das in-vestigações e os indiciamentos dos soldados. Para o advoga-do responsável, Adroaldo Dal Mass, este foi um passo preci-pitado, possivelmente pelo cla-mor público. “Tecnicamente não é possível acreditar que se chegue a uma conclusão sem a realização de todas as diligên-cias da investigação. O resul-tado tem que depender destas perícias”.

Para o advogado é preocu-pante a afirmação do delegado que o final deste inquérito não dependeria do esclarecimento da origem da arma e da com-provação ou não dos disparos por parte dos jovens da Fiori-no. “Como querem esquecer o fato de que a arma estava lá dentro e com dois tiros defla-grados? Só porque os jovens afirmaram que nunca viram aquela arma e os policiais de-vem ter plantado ela? Esta é a primeira desculpa que se dá.

Iolanda Silveira recuperou as roupas que o filho usava no trágico dia

Ou se acredita que um infrator irá dizer que a arma era dele?”, argumenta Dal Mass.

Como advogado e cidadão,

Dal Mass acredita que este indiciamento manda um reca-do perigoso para a sociedade e para os policiais militares.

“Talvez por esta e por outros que os jovens já estão se dando o direito de urinar no coturno de um policial quando aborda-

do por uma investigação, como ocorreu logo depois deste fato (dia 6 de abril no bairro Planal-to)”, finaliza.

vantes para sua dor. Das coi-sas que estavam com o filho naquele trágico dia, Iolanda conseguiu apenas resgatar as roupas que estavam no Departamento Médico Legal (DML). Os demais perten-ces estão retidos pela perícia como provas. “Eu fui atrás até para saber como meu fi-lho morreu. E cada vez que eu olho estes buracos (feitos pe-los projéteis) parece que dói em mim”, confessa.

Que a morte não seja em vão

O aprendizado para que não ocorram novas vítimas em ca-sos como este parece ser uma das forças que amenizam um pouco do sofrimento desta mãe. “Que sirva de aprendi-zado, que os jovens parem diante de uma abordagem, tenham noção que quando estão na direção são respon-sáveis pelas vidas que carre-gam. Que os policiais tenham mais cuidado, pensem bem antes de atirar”.

Por isso, Iolanda destaca a atuação da imprensa e da investigação policial. Mesmo

que a justiça brasileira tenha um histórico de arrastar ca-sos como este por anos, esta mãe quer ver a justiça sendo feita. “O importante é o caso ser julgado de acordo com a lei. Eu gostaria que o julga-mento fosse este ano ainda. Mas se forem precisos 20 anos que seja. O importante é que o julgamento seja feito com sabedoria e os culpados sentenciados”, afirma.

Indignação com ação policial

Mesmo que algum dos ou-tros ocupantes da Fiorino possa ter tenha atirado con-tra a viatura policial, Iolanda sabe que seu filho é inocen-te e vê a ação policial como desastrosa. “Eu culpo o que vitimou o meu filho. Não foi a fuga que matou meu filho, foram os tiros dos policiais. Não quero tirar a culpa do motorista, mas ele é um jo-vem que não pensou. Mas os policiais tem um treinamen-to, deveriam pensar em todas as hipóteses. Se eles queriam parar o veículo então que ati-rassem no motorista”.

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Sábado, 3 de maio de 201426

Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.922

Tacchini – Centro de Oncologia

MUITO expressiva a solenidade que marcou historicamente às 18h de 24 de abril 2014 a inauguração, ampliação e en-trega oficial à comunidade da cidade e re-gião das modernas instalações do CENTRO DE ONCOLOGIA – ao lado da Farmácia Tacchimed. Investimento de alto nível do Hospital Tacchini de Bento Gonçalves. Nas palavras do presidente do Conselho de Ad-ministração Antonio Stringhini o reconhe-cimento do trabalho de equipe de todos que se dedicam na área da saúde do Tacchini na pessoa do Superintendente Geral Armando Piletti e Superintendente Executivo Hil-ton Mancio cujo desempenho ao lado dos conselheiros representam a caminhada de importantes e inevitáveis investimentos no ano das comemorações dos 90 anos de atu-ação da instituição.

Ponto de referênciaESTRUTURA médica e profissionais

qualificados, uma Unidade de alta com-plexidade em oncologia – Unacon – aten-dendo 22 municípios, o Hospital Tacchini é referência no estado e país. Agora em um único local os serviços de tratamento contra o câncer - Quimioterapia e Radioterapia. É o Centro Regional de Oncologia do Tac-chini trazendo em suas ações a serenidade da hospitalidade, carinho e compaixão. Destacando a importância e crescimento do Tacchini na área da saúde fez-se ouvir o prefeito municipal em exercício Mario

Gabardo e a benção das novas instalações e aos presentes pelo vigário Geral da Diocese padre Izidoro Bigolin. Mais investimentos vem por aí! Parabéns e saúde gente amiga!

FIEMA BRASIL 2014 – Sucesso

EFETIVAMENTE a Fiema Brasil – Feira Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente – em sua 6ª edição realizada na Fundaparque de 22 a 25 de abril 2014 em Bento Gonçalves – RS consagra um even-to não apenas de negócios, mas expressivo no despertar da consciência do ser humano na preservação do meio ambiente. Ao pre-sidente da Fiema Brasil, Jones Favretto, e presidente da Proamb, Neri Gilberto Bas-so, entidade promotora e equipe diretiva liderada pela dinâmica Fabiane Locatelli, cumprimentos pelo sucesso da maior feira no gênero da América Latina. Resultado de bons negócios e avançada tecnologia, ofe-recendo caminhos e soluções em defesa do meio ambiente. A Natureza agradece! Até a próxima!

CIC/BG – DesafiosOS dirigentes do Centro da Indústria, Co-

mércio e Serviços hoje liderados pelo presi-dente Leonardo Giordani gestão 2014/2015 buscam diariamente novos horizontes e mercados em todos os setores de atividade. Fruto da capacidade realizadora, criativi-dade, espírito empreendedor e visão em-presarial o município de Bento Gonçalves tem o privilégio de contar em seu meio e em diferentes segmentos de atividade com li-

deranças exponenciais que buscam através de sua perspicácia caminhos do progresso e desenvolvimento. Indicadores da evolução e inovação da qual a posição que ocupa-mos é resultado do crescimento e potencial socioeconômico que hoje desfrutamos. E desta linha de ação a classe empresarial as-sociada ao CIC/BG liderada pelo presidente Leonardo Giordani entre metas e desafios e no ano de seu CENTENÁRIO vai a busca de novas conquistas entre elas a construção de sua Sede própria. É o CIC/BG em ação! Uma trajetória histórica que orgulha nossa gente! Sucesso!

EXPOBENTO 2014 – Crescimento

A ExpoBento – Uma Feira Sem Limites – a maior feira multisetorial do país – busca traduzir o trabalho de equipe liderada pelo presidente Rafael De Toni. O presidente de 2013, Eduardo Caleffi destaca a importân-cia da ExpoBento – sua evolução, conceito e objetivos. Cumprimentar os dirigentes da ExpoBento 2014, seu presidente Rafael De Toni, almejando sucesso. Uma feira forta-lecida!

Atrativos...O presidente da ExpoBento 2014 Rafael

De Toni e Diretoria Executiva esperam uma feira de super novidades e atrativos quer de expositores, negócios, e visitantes, no perí-odo de 05 a 15 de junho, Parque de Even-tos – Bento Gonçalves – RS. O presidente do CIC/BG Leonardo Giordani destaca a

importância que a feira representa para o município e região. Há muitos anos vem ultrapassando fronteiras. E isso é o empre-endedorismo e dinamismo de nossa gente. É a ExpoBento em ação e de espírito Copa do Mundo, com mais de 90% dos espaços comercializados e ingressos já a venda.

Corpore – boas opçõesA Corpore Academia vem oferecendo aos

seus inúmeros frequentadores uma série de opções para exercitar corpo e mente. Ao longo dos anos, registra o empenho de dirigentes e equipe de profissionais preocu-pados no bem estar em todas as atividades disponíveis. É a Corpore Academia liderada pelas empresárias Fabiana Geremia Bucco e Viviana Geremia disponibilizando am-biente confortável, lazer e acompanhamen-to profissional, 3451 5279! Uma boa!

Jantar – vinho e alegria...DENTRO da programação da Festa de

São Bento 2014 no sábado 10 de maio no CTG Laço Velho, às 19h45 o 5º Jantar Bai-le Dell Vin animado pelo Conjunto Ragazzi Dei Monti. O cardápio é fora de série acom-panhado dos vinhos Batistello, água mine-ral e refrigerantes inclusivo, mais sobreme-sa e a meia-noite café e grostoli. A Comissão de Festeiros São Bento e equipe de apoio convidando para o evento social! Prestigie!

IGVariedades

A FRASEO tempo não apaga o que em vida deixa-

mos registrado para a história, até mesmo, a ganância e a prepotência! (.)

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Sábado, 3 de maio de 2014 27

A trajetória das conquistas da vitivinicultura

As cooperativas haviam demonstrado que a vinificação da uva Isabel, controlada pela moderna técnica enológica, dava pra melhorar, consideravelmente, o vinho comum até então produzido.

Nas adegas dos Irmãos Maristas, podia-se degustar vinhos que, embora de Isabel, apresentavam boa qualidade. O mes-mo se verificava em algumas cantinas de viticultores mais esclarecidos.

O vinho de Barbera de Antônio Pieruccini; o Bordô da granja Progresso de Alberto Bins; os vinhos viníferas elabo-radas de Carlos Dreher Filho, os da granja Santo Antônio e os de outras cantinas, eram testemunho do futuro promissor que poderia atingir a enotecnia sul-rio-grandense.

Escassos eram os conhecimentos técnicos dos agricultores , que realizavam milagres de produção apenas pela vonta-de de dominar a natureza e pelo trabalho diuturno a que se entregavam para garantir e melhorar a subsistência e suas famílias.

Os imigrantes provenientes de um hemisfério antagônico do nosso e sem guias, pela deficiência das vias de comuni-cações e seus descendentes, sem escolas e sem instrutores técnicos, repetiam o que tinham aprendido com seus pais.

O novo Ministro da Agricultura, conhecedor dessa situa-ção, procurou tomar a linha de frente, embora as dotações orçamentárias fossem deficientíssimas, ainda em 1920 cria a Estação de Experimentação do Rio Grande do Sul, com sede em Osório. Destinava-se à investigação e à pesquisa de três importantes lavouras do estado, dividido em três regiões. A da cana-de-açucar, em Osório; a de viticultura e enologia em Caxias do Sul e a de triticultura, em Alfredo Chaves, hoje Veranopólis.

Em 1921, a sede administrativa, dispunha do laboratório enoquuímico e da adega experimental, embora bem mo-desta. Torna-se, assim, apta para o ensaio tecnológico das diferentes castas que cultiva a para demonstrar aos vitivini-cultores da região as vantagens de uma variedade e os pro-cessos mais convenientes de vinificação dos diferentes tipos de videiras.

Em 1927 a estação experimental importa, da França, pri-morosas viníferas, de híbridos e de porta-enxertos, que re-produzidas mais tarde em seus viveiros, tanto contribuíram para o melhoramento vitícola do Rio Grande do Sul.

De 1920 a 1930, verificou-se a fase inicial da transforma-ção da viticultura da Região Nordeste do Estado que alcança o apogeu durante a década subseqüente.

FELIZES SOMOS NÓS QUE VIVEMOS A SAFRA DO NOSSO TEMPO... A NOSSA REGIÃO É PREVILEGIADA PELO PROGRESSO... SOMOS DE PROJEÇÕES INTERNA-CIONAIS... PROCURE CONHECER NOSSA HISTÓRIA.

AssuntaDeParis

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Distribuição de mudas -1926

A belíssima festa coordenada pelo padre Oscar Bertholdo, vigário forâneo de Bento Gonçalves, em homenagem aos 90 anos de fundação da Paróquia de Santo Antônio, revestiu-se do mais absoluto sucesso. Os atos litúrgicos, que contaram com a presença de quase 30 sacerdotes, foram o ponto alto do acontecimento. Os fogos de artifício, o jantar – que reuniu 340 pessoas –, a presença de inúmeras autoridades, a salva de tiros, tudo isso, aliado ao número expressivo do povo contri-buiu para que a festa marcasse a história bento-gonçalvense.

Festa de 90 anos foi sucesso

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Jociane Almeida da Rosa

Dedicada à vida pessoal e profissional

Caderno S

Aromas e Poções

28 anos de dedicação e manipulação

Empresas&Empresários

Aromaterapia

Técnica ajuda no emagrecimento

Saúde&Beleza

A Ediçãowww.jornalsemanario.com.br

BENTO GONÇALVES

Sábado3 DE MAIO DE 2014ANO 47 N°3024R$ 3,00

64 páginas

Primeiro caderno .................. 28 páginasEsportes ................................. 8 páginasEmpresas & Empresários ......... 8 páginasSaúde & Beleza ....................... 8 páginasCaderno S .............................. 8 páginasCaderno Especial Mães ........... 4 páginas

EditorialVamos jogar rúgbi destaca o crescimento do esporte no país e em Bento

Duelo Brasil x Uruguaino Montanha Velha

Rúgbi

Partida que acontece hoje, às 14h, e é válida pela segunda rodada do Campeonato Sul-Americano, coloca Bento Gonçalves no cenário internacional do esporte que mais cresce no país