jornal sem fronteiras – abril-maio/15 - caderno especial "literatura"

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UBE – RJ com nova Diretoria! UBE – RJ com nova Diretoria! N o dia 15 de abril, no Instituto Cultural da Sociedade Nacional de Agricultura, aconteceu a Cerimônia de Posse da Diretoria (biênio 2015/2016) e I Reunião Literária UBE RJ - União Brasileira de Escritores. Na ocasião, aconteceu a palestra do convidado Cláudio Murilo Leal, com o tema: “Josué Montello, uma tradição da Casa do Escritor, um Presidente da UBE RJ”. A posse deste novo biênio foi muito esperada. No dia 30 de março, aconteceu a eleição da nova Diretoria, com 27 votantes, sendo o resultado 4 votos em branco e esmagadores 27 votos a favor da chapa “RenovArte Já”. A proposta atual e inovadora da chapa “RenovArte Já” tem como objetivo revigorar a UBE, uma das mais importantes instituições culturais deste país, com mais de meio século de existência. Suas tradições remontam a nomes de seus consagrados fundadores: Peregrino Júnior, Stella Leonardos, Antonio Olinto, Josué Montello, Jorge Amado, Dinah Silveira de Queiroz, entre outros. A chapa firmou alguns objetivos elaborados no “Manifesto Renovarte Já”, e são eles: 1- Palestras Literárias de março a novembro; 2- Editar a Revista RenovArte com, pelo menos, uma publicação anual; 3- Folhetim informativo trimestral; 4- Divulgação das atividades e publicações por Correios e site; 5- Atualizar e alimentar de forma regular o site; 6- Comunicação frequente com os associados por e-mail, Correios e site; 7- Contato e divulgação da UBE RJ com outras associações, academias, etc.; 8- Expandir o quadro de associados dando oportunidade aos novos talentos; 9- Dinamizar o Concurso Internacional Literário UBE RJ, com ampla divulgação; 10- Trabalhar com boleto bancário na cobrança das anuidades; 11- Promover Simpósios, Seminários e Mesas redondas; 12- Divulgar o idioma em todos os níveis. Defender os direitos dos escritores – sejam autorais e outros, junto às autoridades e órgãos legislativos; 13- Atuar em conjunto com entidades que valorizem a Língua Portuguesa. Como a Participação na Festa da Língua - Mostra Cantares da Língua Portuguesa; 14- Propalar as atividades da UBE RJ nas Universidades de Letras; 15- Fazer do Troféu Rio oportunidade de divulgação da UBE RJ, enviando informações para escritores de todo o país, com cédulas de votação; 16- Revitalizar o acervo e a Biblioteca UBE RJ e 17- Interagir com a sociedade em programas sociais literários e culturais. A Chapa foi encabeçada pela escritora Juçara Valverde, que é Presidente da ABRAMES – Academia Brasileira de Médicos Escritores e participaram da elaboração deste manifesto: Bráulio Maciel, Edir Meirelles, Juçara Valverde, Luiz Gondim, Márcia Barroca, Maria Antonia da Costa Lobo, Mário Moreira e Stella Leonardos. Confira abaixo os integrantes da chapa vencedora e que estarão à frente da UBE RJ, no BIÊNIO 2015/2016: Presidente - Juçara Regina Viégas Valverde Primeiro Vice-Presidente - Luiz Gondim de Araújo Lins Segundo Vice-Presidente - Helena Parente Cunha Terceiro Vice-Presidente - Teresa Cristina Meireles de Oliveira Secretária Geral - Stella Leonardos da Silva Lima Cabassa Primeira Secretária - Márcia Barroca Segunda Secretária - Rachel Levkovits Terceira Secretária - Franci Machado Darigo Primeiro Tesoureiro - Arnaldo Saverio Mazza Segundo Tesoureiro - Cid José de Carvalho Magioli Diretor de Assuntos Internacionais - Ceila Maria Ferreira Batista Diretor Assuntos Jurídicos - Bráulio Sérgio Maciel Rocha Diretor de Concursos - Maria Antonia da Costa Lobo Diretor de Cultura - Mário Moreyra Diretor Social - Ângela Maria Carrocino Diretor de Comunicação - Eurídice Hespanhol Diretor de Biblioteca - Edir Meirelles Diretor de Patrimônio - Telênia Hill Diretor de Museu - Margarida Finkel Conselho Consultivo/ Fiscal: Tito de Abreu Fialho, Djalma Lemos Mendonça, Waldir Ribeiro do Val, Anderson Figueiredo Brandão, Maria Helena Kutnner, Emil de Castro e Ricardo Reis. Suplentes: Glória Fontes Puppin, Luiz Gilberto de Barros (Luiz Poeta), Aluízio Rezende, Elaine Mello, Marice Prisco, Alcina Morais e Elisa Flores Bezerra. O Jornal Sem Fronteiras apoia, integralmente, a nova Diretoria e coloca-se à sua disposição para divulgar seus feitos e colaborar para a volta da união de seus associados e amigos. E, ainda, deseja muito sucesso em suas produções culturais. Para saber mais, acesse: www.uberj.org.br Caricatura do Artista Plástico Cláudio Batista O artista inspirou-se em Carlos Drummond de Andrade para a sua caricatura do bimestre. Drummond era poeta, contista e cronista. Considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX. Nasceu em Itabira, em 31 de outubro de 1902, e faleceu no Rio de Janeiro, onde morava, em 17 de agosto de 1987. Contato: Facebook: Claudio Batista ART’S - e-mail: [email protected] Por Fábio Portugal L&M Fotografias: (21) 2232-0277

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Jornal Sem Fronteiras, uma produção da Rede Mídia de Comunicação Sem Fronteiras, da jornalista Dyandreia Portugal, Edição Abril-Maio/15, traz nessa edição a posse da nova diretoria da UBE-RJ; lançamento da antologia Rio de Janeiro 450 anos de prosa e verso; Momento Poético, entre outras novidades!

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Page 1: Jornal Sem Fronteiras – Abril-Maio/15 - Caderno Especial "Literatura"

UBE – RJ com nova Diretoria!UBE – RJ com nova Diretoria!

No dia 15 de abril, no Instituto Cultural da Sociedade Nacional de Agricultura, aconteceu a Cerimônia de Posse da Diretoria (biênio 2015/2016) e I Reunião Literária UBE RJ - União Brasileira de Escritores.Na ocasião, aconteceu a palestra do convidado Cláudio Murilo Leal, com o tema: “Josué Montello, uma tradição da Casa do Escritor, um Presidente da UBE RJ”.

A posse deste novo biênio foi muito esperada. No dia 30 de março, aconteceu a eleição da nova Diretoria, com 27 votantes, sendo o resultado 4 votos em branco e esmagadores 27 votos a favor da chapa “RenovArte Já”.

A proposta atual e inovadora da chapa “RenovArte Já” tem como objetivo revigorar a UBE, uma das mais importantes instituições culturais deste país, com mais de meio século de existência. Suas tradições remontam a nomes de seus consagrados fundadores: Peregrino Júnior, Stella Leonardos, Antonio Olinto, Josué Montello, Jorge Amado, Dinah Silveira de Queiroz, entre outros.

A chapa firmou alguns objetivos elaborados no “Manifesto Renovarte Já”, e são eles:1- Palestras Literárias de março a novembro; 2- Editar a Revista RenovArte com, pelo menos, uma publicação anual;3- Folhetim informativo trimestral;4- Divulgação das atividades e publicações por Correios e site;5- Atualizar e alimentar de forma regular o site;6- Comunicação frequente com os associados por e-mail, Correios e site;7- Contato e divulgação da UBE RJ com outras associações, academias, etc.;8- Expandir o quadro de associados dando oportunidade aos novos talentos;9- Dinamizar o Concurso Internacional Literário UBE RJ, com ampla divulgação;10- Trabalhar com boleto bancário na cobrança das anuidades;11- Promover Simpósios, Seminários e Mesas redondas;12- Divulgar o idioma em todos os níveis. Defender os direitos dos escritores – sejam autorais e outros, junto

às autoridades e órgãos legislativos;13- Atuar em conjunto com entidades que valorizem a Língua Portuguesa. Como a Participação na Festa da

Língua - Mostra Cantares da Língua Portuguesa;14- Propalar as atividades da UBE RJ nas Universidades de Letras;15- Fazer do Troféu Rio oportunidade de divulgação da UBE RJ, enviando informações para escritores de todo

o país, com cédulas de votação;16- Revitalizar o acervo e a Biblioteca UBE RJ e17- Interagir com a sociedade em programas sociais literários e culturais.

A Chapa foi encabeçada pela escritora Juçara Valverde, que é Presidente da ABRAMES – Academia Brasileira de Médicos Escritores e participaram da elaboração deste manifesto: Bráulio Maciel, Edir Meirelles, Juçara Valverde, Luiz Gondim, Márcia Barroca, Maria Antonia da Costa Lobo, Mário Moreira e Stella Leonardos.

Confira abaixo os integrantes da chapa vencedora e que estarão à frente da UBE RJ, no BIÊNIO 2015/2016:Presidente - Juçara Regina Viégas ValverdePrimeiro Vice-Presidente - Luiz Gondim de Araújo LinsSegundo Vice-Presidente - Helena Parente CunhaTerceiro Vice-Presidente - Teresa Cristina Meireles de OliveiraSecretária Geral - Stella Leonardos da Silva Lima CabassaPrimeira Secretária - Márcia BarrocaSegunda Secretária - Rachel LevkovitsTerceira Secretária - Franci Machado DarigoPrimeiro Tesoureiro - Arnaldo Saverio MazzaSegundo Tesoureiro - Cid José de Carvalho MagioliDiretor de Assuntos Internacionais - Ceila Maria Ferreira BatistaDiretor Assuntos Jurídicos - Bráulio Sérgio Maciel RochaDiretor de Concursos - Maria Antonia da Costa LoboDiretor de Cultura - Mário MoreyraDiretor Social - Ângela Maria CarrocinoDiretor de Comunicação - Eurídice HespanholDiretor de Biblioteca - Edir MeirellesDiretor de Patrimônio - Telênia HillDiretor de Museu - Margarida FinkelConselho Consultivo/ Fiscal: Tito de Abreu Fialho, Djalma Lemos Mendonça, Waldir Ribeiro do Val, Anderson

Figueiredo Brandão, Maria Helena Kutnner, Emil de Castro e Ricardo Reis.Suplentes: Glória Fontes Puppin, Luiz Gilberto de Barros (Luiz Poeta), Aluízio Rezende, Elaine Mello, Marice

Prisco, Alcina Morais e Elisa Flores Bezerra.O Jornal Sem Fronteiras apoia, integralmente, a nova Diretoria e coloca-se à sua disposição para divulgar seus feitos e

colaborar para a volta da união de seus associados e amigos. E, ainda, deseja muito sucesso em suas produções culturais.

Para saber mais, acesse: www.uberj.org.br

Caricatura do Artista Plástico Cláudio Batista

O artista inspirou-se em Carlos Drummond de Andrade para a sua

caricatura do bimestre. Drummond era poeta, contista

e cronista. Considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro

do século XX. Nasceu em Itabira, em 31 de outubro de 1902, e faleceu

no Rio de Janeiro, onde morava, em 17 de agosto de 1987.

Contato: Facebook: Claudio Batista ART’S -

e-mail: [email protected]

Por Fábio Portugal

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Em nome da guerra, o mundo perdeu-se da paz. Em nome do amor, toda bondade se faz. O soldado mais bem armado de que já se teve notícias é perfeição demais! Homem produto do meio, coração de bondade voraz. Um ser único em busca de paz! Consciente da bondade

e maldade, a qual, no mundo, já não se desfaz. Homens moribundos; e a fraternidade não mais. Uma visão peculiar deste soldado, a qual em muitos jaz. A bondade é eficaz!

Era uma cidade como qualquer outra, se não fosse o odor de gente morta espalhado no ar. Adentrando aos pulmões, lá estavam os mortos da guerra. Chegou ali vestido para mais uma batalha sangrenta! Armas em punho. Foi levado até ali para matar! Na guerra, não existe o inimigo; e quem mata, mata os amigos.

Num treinamento do qual participou, o soldado aprendeu a atirar na perna e no braço. Mas, principalmente na perna, pois é assim que se retira dois inimigos do campo de batalha ao mesmo tempo. As táticas de guerra, se aprende no quartel. E ele foi muito bem treinado! Era um dos melhores. Um verdadeiro guerreiro! Mas, as atitudes deste soldado é de homem que se liga diretamente ao céu! Olhos verdadeiros, beleza que se descortina no véu, cravados além deste mundo cruel.

Dona Dora, mulher que teve a vida como sua mais cruel missão, sentiu, nas mãos do soldado, a sua única salvação. O soldado e a perna, eterna contradição. Por aquele homem, ela teria eterna gratidão. Uma senhora de idade já avançada, vida sofrida e amargurada. Viveu no mundo da solidão, cultivou anos de desilusão regados a pouco pão. As dificuldades da vida ma-grela tiraram-lhe as sandálias do pé. Criou-se com os pés literalmente ao chão.

Rachaduras e coro duro firmaram-se aos longos dos anos naqueles pés cansados. Criou muitos filhos. O corpo sofrido já era visivelmente degradado. Restavam-lhe os pés para carregá-la por todos os lados. Teve, nesta vida, somente o que Deus lhe deu: braços e pernas para trabalhar até então. Plantar, cultivar, suor o dia inteiro em busca de pouco pão;

assim é a lida daqueles que sofrem as consequências da incompreensão. Humana desilusão.

Um dia, por fatalidade desta vida, queimou uma das penas em brasas vivas de carvão. Não podia mais andar a pobre senhora da rejeição. Perderia de vez a perna, vivenciava aquela situação! Remédio para tamanha ferida, ali não tinha não! É coisa desta vida, sofrer sem opção.

O soldado trabalhava dia e noite no campo da sofreguidão, pessoas mutiladas, sangue espalhado ao chão. Crianças esfomeadas, miséria sem comparação! Eram pessoas famintas e muita desolação. Cenário de guerra sem precedentes. A arma fere e mata a inocência de muita gente. Toda ajuda era bem-vinda para aquela multidão. Deus, por onde andava, se a guerra não tinha fim? O credo já era pouco para gente que sofre assim. A fé inabalável, porém, nunca tem fim.

Treinado para matar, um homem esguio, beleza peculiar, desfilava a bondade de alimentar, sabia guerrear. Queixo ereto, postura altiva, um homem pronto para a verdadeira guerra. Posição militar sempre! Coração de invejar toda a gente. A beleza do soldado era pura e inocente, pois, como poucos, ele entendia a guerra e cuidava do bicho gente. O campeão. Curou milhares de pessoas nos campos de desolação, matou muita doença. Quando a doença era a fome, ele distribuía o pão.

Ao ver dona Dora chegar ao campo, comoveu-lhe o coração. O guer-reiro promovia a nobre salvação! Por dias, dona Dora ia até a base militar carregada nos braços, pois já não andava mais. As dores eram imensuráveis. E a perna ferida, o seu único bem nesta vida, estava no campo da batalha para amputação. O soldado, percebendo aquilo; dedicou-se na sua missão: deixar dona Dora com seus dois pés ao chão. Não mediu esforços. Fez o que estava ao seu alcance e o que não estava também. Lavou a ferida com água e sabão, retirou dali as larvas que devoravam a perna daquela senhora, que ainda respirava, mas, já apodrecia. A carne nesta vida não tem muita valia. O que nunca envelhece é alma, cultivada na sabedoria.

Por dias, o curativo foi fei-to, não tinha remédios, mas o soldado deu seu jeito. A pobre senhora, nem clamava as dores que sentia, valia cada segundo de tratamento. O peito cheio de lamento e as rezas no intento da memória, assim a perna começou a cicatrizar. Passados muitos dias, o soldado ali a lutar, sem cessar. Ele não é homem de hesitar. Vive intenso ao próximo, sem se queixar. Deixaria com dona Dora o único bem que nesta vida lhe há: duas pernas para andar!

Vencida a luta! Dona Dora, agora, já podia caminhar. A guerra continuou, e antes de o soldado se ausentar, de volta para seu país de origem, dona Dora foi lhe presentear. Andando sobre duas pernas e quilômetro se podia con-tar. Levou-lhe um cesto com as melhores frutas que ela esteve a cultivar. A gratidão dos homens está em qualquer lugar. Nos olhos de uma senhora cansada de esperar, em paz está agora depois de voltar a andar.

O soldado, homem honrado da vida, na lida a se banhar, caminha na multidão sem que ninguém possa lhe notar. É ele o anjo de muita gente, que nem mesmo imagina, a sua luta consciente. O soldado foi só um momento. Subiu de patente; por merecimento, virou sargento! E a guerra continua para muitos com dor e sofrimento. Lamento!

Entre os inúmeros traços e comportamentos de origem pré-histórica, facilmente perceptíveis em todos os brasileiros, mais acentuados, é claro, nas populações mais miscigenadas, mas presentes também nas “zelites brancas”, está a constante preocupação com o olhar alheio

e a irrefreável necessidade de “estar conectado” e se comunicar com os outros, mesmo quando nada há a ser comunicado.

A tendência a procurar sem descanso a coletividade e fugir da solidão desfavorece, entretanto, atividades fundamentais para o desenvolvimento da individualidade, como a leitura, a reflexão, a meditação. Não estranhei, por isso, quando viajantes franceses que por aqui foram hospedados em vários apartamentos de luxo, ficaram surpresos com a ausência de quadros nas paredes, de livros e bibliotecas.

O gosto pela vida grupal bem como outras heranças e modelos mentais “afro-tupis”, como toda moeda, tem duas faces. Uma aterradora – 60.000 assassinatos anuais – mas outra fascinante e deliciosa – nossa sensualidade, nossa “inteligência corporal”, nosso carinho “Gilberto Freiriano” que não deixam indiferentes meus franceses e que Tom Jobim exprimiu com maestria se referindo ao viver nos Estados Unidos, retratando com perfeição nosso sentimento ao retornarmos de longas estadias no primeiro mundo: “- Lá é bom, mas é uma merda; aqui é uma merda, mas é bom!” Desculpavam--nos por isso facilmente, meus amigos viajantes, o que ressentiam como frequentes invasões às suas privacidades.

Conversávamos sobre a obesidade do aparelho de estado francês, novamente sob mando socialista e eles ironizaram: “- Somos o único país comunista que deu certo!” “- E nós, o único país pré-histórico tentando dar

certo.” repliquei. Pois nenhuma outra grande nação, candidata a potência mundial, tem uma população majoritariamente descendente de povos anteriores à escrita.

O resultado dessa nossa extraordinária mestiçagem cultural é uma be-líssima interrogação esperada pelo mundo todo. Essa maciça inseminação de usos e costumes, de comportamentos e de modelos mentais primitivos, no corpo ocidental, cristão e lusófono de nossa cultura, pode fertilizá-la e arrancá-la de seu suposto cansaço e desencanto, gerando novas bossas e mais longe ainda, lhe devolvendo o paraíso perdido há 5.000 anos atrás? Ou, ao contrário, nos condena a longos séculos no purgatório até nos al-fabetizarmos de fato, todos, inclusive os Presidentes da República, os pais de santo e os jogadores de futebol?

Aquele matador norueguês ultradireitista nos apontou como prova que mestiçagem não dá certo. No mesmo dia, a polícia de lá, que o prendeu sem dar tiros, empurrões ou safanões, humilhou o repórter brasileiro: “– Está pensando que aqui é o Rio de Janeiro?”. E nenhuma voz brasileira elevou-se para defender nossa mestiçagem cultural, como se elevou para propor diálogo com os decapitadores islamitas. Mas “Visões do Paraíso” também persistem e o capital de esperanças e de felicidade angariado pelos pés dançarinos de nossos craques de futebol, nossos capoeiristas, nossos músicos, mal foi arranhado pelos 7x1, pelo “Petrolão” ou por esse populismo de esquerda antediluviano que nos assola.

A questão não é simples, mas poderíamos trazê-la para nosso próprio dia a dia e nos perguntarmos quanto espaço e tempo concedemos ao coletivo e quanto reservamos para nossa individualidade. O filósofo contemporâneo

Boris Groys costuma afirmar que “somos aquilo que fazemos do nosso tempo”. Partindo dessa premissa, poderíamos perguntar: •Quanto tempo diário você

dedica à leitura? (Internet não vale, nem twitter ou whatsapp) •E a escritura? E a reflexão (sem estar

lavando alface ao mesmo tempo)?•Quando um amigo ou parente

aparece de improviso em sua casa você lhe diz: “- Espera um minutinho que estou terminan-do um capítulo!” ou fecha o livro e sai correndo para recebê-lo?

Se aceitarmos a colocação de Boris Groys, é no cotidiano que nossas questões se resolvem. Ele gosta também de repetir que tan-to quanto o jogador de futebol, o filósofo precisa treinar todos os dias. Ele tem que “exercitar seus músculos cerebrais”, lendo, escrevendo, meditando.

Que dizer então de um artista? Como desenvolver e nutrir nossas indi-vidualidades se passarmos 24 horas por dia tagarelando com a tribo, ao vivo e, agora, também, eletronicamente?

De onde a perplexidade de meus franceses: “- Mas vocês nunca leem???”

Mais uma vez, a parceira oficial do Jornal Sem Fronteiras - a escritora Raí D’Lavor - marca presença em um lançamento literário, levando

informações 100% cultural ao distribuir nossos exemplares. Desta vez, ela prestigiou o lança-mento do livro Eu Preciso de um HULK, da es-critora Valéria Guerra Reiter, na Livraria Instante do Leitor, no Largo do Machado (RJ).

O livro Eu preciso de um Hulk possui um leque de trabalhos, como minicontos, sone-tos e belíssimas poesias escritas por Valéria Guerra, que possui desenfreada criatividade, própria das mentes brilhantes que, mesmo na adversidade,conseguem forças para buscarem nas pequeninas letras a sua inspiração, seja aonde for, seja quando for, ou em qual situação se inserir.

Para contatos com a autora:[email protected]

ou [email protected]

*A escritora Luciene Rroques é formada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Goiás. Pós-graduada em Biotecnologia pela Universidade Federal de Lavras Minas Gerais. Docência Superior. Comendadora da ABD-RJ. Membro da Academia de Letras e Artes de Búzios do Rio de Janeiro. Membro da Academia de Letras e Artes de Goiás. Membro do Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de Buenos Aires - Argentina. Membro Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de Lisboa - Portugal - Gabinete Real Português (Nº 6.907.8). Membro da Academia de Letras Música e Artes - Salvador (Bahia) cadeira Nº 44. Membro da Academia de Letras do Brasil - Araraquara, cadeira Nº 29. contato: [email protected]

* João Monteiro nasceu em São Paulo, em 1953, e se revelou desde cedo, ganhando diversos Concursos de Arte nacionais e internacionais. Em 1972, João troca a FAUUSP pelas Belas Artes de Paris, de onde sai diplomado em 1977. Em 1981, estabelecido em Toulouse, expõe em diversos países da Europa e inclui a África em seu roteiro. Hoje, vive e mantém seu atelier em São Paulo, onde desenvolve com excelência Escultura, Desenho, Pintura, Gravura, Caricatura, entre outras técnicas.

Contato: [email protected]

Abr 2015 \ Mai 2015

Eu preciso de um Hulk

PROSEANDO... Sem Fronteiras!PROSEANDO... Sem Fronteiras! Em nome da guerra

Brasilidade e Analfabetismo

Por Luciene Rroques*

Por João Monteiro*, janeiro/2015

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Antologia Rio de Janeiro 450 Anos de Verso e ProsaOrganização de Juçara Valverde e Lydia Simonato

Coletânea MultifacetadasEditora Comunicação, 100 Págs.

Organização: Keetherine Giovanessa e Jannini Rosa

Empório de Trovas

Romper a cortina do machismo, trazer à tona as conquistas femininas alcançadas até aqui. São esses os objetivos que a coletânea Multi-facetadas tem como prioridade. Com o Iluminismo do século XIX e a quebra da visão teocêntrica, os homens viram a necessidade de

buscar a liberdade, a igualdade e a fraternidade, mas, infelizmente, esque-ceram de convidar as mulheres para a luta. Desde então, elas emergiram com movimentos e manifestações que, cedo ou tarde, lhes trouxessem a equidade de gênero. O caminho foi longo e árduo, porém, hoje, muita coisa pode ser comemorada. Neste livro, que por vezes se mistura com a ficção e a realidade, você conhecerá relatos de mulheres vítimas do machismo, visões de especialistas de políticas sociais e até contos de homens que reconhecem as múltiplas faces assumidas pela mulher na sociedade.

Surpreenda-se! Lembre-se que o tempo passou e não existe outra saída senão avançar sempre em direção à igualdade de gênero.

Previsão de Lançamento: 18 de julho de 2015, no Clube de Espanha, onde, na oportunidade, será entregue a Premiação Luso-Espanhola com o “Troféu García Lorca”.

Maiores informações: http://editoracomunicacao.com.br/

Continua em alta o mais recente livro do jornalista/poeta Arlindo Nóbrega.Lançado inicialmente em São Paulo, em dezembro último no restau-rante Bovino’S, rua Augusta, por ocasião da confraternização anual

dos jornalistas e na Associação Paulista dos Jornalistas Veteranos, da qual ele é conselheiro, o Empório ainda recebe pedidos de várias partes do país, numa prova eloquente de sua aceitação popular.

Do Brasil e do exterior, o autor, que na poemática coleciona vários títulos, como a Medalha Gonçalves Dias e o Prêmio Drummond de Andrade, entre outros, tem recebido, além de pedidos de aquisição da obra, recortes de revistas e jornais, os mais diversos, com algumas trovas publicadas e comentadas.

Ao longo deste ano, Empório de Trovas, sob o abalizado crivo de “experts” no assunto, chega a outras plagas, notadamente no Nordeste. Destaque para o Maior São João do Mundo, em junho, em Campina Grande (PB), por sinal, terra natal do poeta e em João Pessoa, na União Brasileira de Escritores e no Espírito Santo, quando da realização do XIII Congresso Brasileiro dos Poetas/Trovadores, em data e local ainda não definidos. Antes, entretanto, tarde de autógrafos está sendo agendada para o Movimento Poético Nacional, na capital bandeirantes, provavelmente em maio próximo.

Empório de Trovas, pelo preço simbólico de R$ 25,00, incluindo o frete está à disposição de todos. Contato pelo e-mail: [email protected], pelo telefone (11) 2785-3920 e também por via postal. Rua Rego Barros, 316, São Paulo CEP: 03460-000.

Vale a pena adquirir.

Por Dyandreia Portugal

Antologia Rio de Janeiro 450 Anos de Verso e ProsaOrganização de Juçara Valverde e Lydia Simonato

Lançada no PEN Clube do Brasil, em 31 de março, com abertura musical de Fernando Merlino no teclado, tocando Bossa Nova, a “Antologia Rio de Janeiro 450 anos de Verso e Prosa” reuniu um time de peso entre seus coautores. Após a apresentação da Antologia, pelas organizadoras Juçara Valverde e Lydia Simonato, os escritores leram seus poemas e textos, para o público presente, que girava em torno de 70 pessoas.

No texto que abre a antologia, a organizadora Juçara Valverde justifica: “Escrever sobre o Rio de Janeiro é festa e, sendo seu aniversário de 450 anos em 1º de março de 2015, foi motivador para reflexões e expor nossa paixão por esta CIDADE MARAVILHOSA.

Gosto de lembranças, de deixar registrado, porque ‘as palavras, o vento leva’, já disse alguém. O que está escrito passa de mão em mão, anda de navio ou avião. Segue além de nós. É encontrado em casas, escolas e bibliotecas. E lido hoje e amanhã. Além de reunirmos amigos, ideias, integramos projetos, vivências e expertises.

Programamos encontros, eventos e divertimo-nos juntos, trabalhando pela cultura e educação.Mais uma antologia realizada, reunindo sessenta escritores, em quarenta e dois poemas e vinte e dois textos em prosa. Enriquecendo o visual,

contamos com a participação de quatro fotógrafos que expuseram a beleza da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (...)”.

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Confira os participantes que ficarão para a história:Participantes em verso: Amélia Luz (MG), Angela Carrocino (RJ), Ângela Guerra (RJ), Ana Maria Pereira (RJ),

Anna Maria Fernandes (RJ), Antonio Almeida (GO), Antonio Gutman (RJ), Ascensión Chanqués (RJ), Astrid Cabral (RJ), Cacau Leal (RJ), Carmem Elias (RJ), Cecy Barbosa Campos (MG), Cid Magioli (RJ), Celi Luz (RJ), Dilercy Adler (MA), Dyandreia Portugal (RJ), Edilde Candido (RJ), Edir Meirelles (RJ), Eliane Morais (MA), Gilberto Mendonça Teles (RJ), Helena Ferreira (RJ), Heloísa Igreja (RJ), Ivo de Souza (RJ), Izabel de Mattos (RJ), João Marcos de Oliveira (RJ), José Warmuth Teixeira (SC), Juçara Valverde (RJ), Larissa Lorreti (RJ), Lydia Simonato (RJ), Márcia Barroca (RJ), Márcia Etelli (SP), Márcio Catunda (Argel), Marcus Vinícius Quiroga (RJ), Manoel Herculano (RJ), Marilza de Abreu Fialho (RJ), Sandra Lopes (RJ), Sílvio Ribeiro de Castro (RJ), Suely Balthazar (RJ), Sylvia Grabois (RJ), Tito de Abreu Fialho (RJ), Wilson Jasa (SP), Zélia Fernandes (RJ) e Zezé Barcelos (RJ).

Participantes em prosa: Aldir Penha Costa Ferreira (MA), Alice Spindola (RJ), Antonio Gutman (RJ), Antonio Pastori (RJ), Dina Frutuoso (RJ), Erika Werneck (RJ), Fábio Morínigo (RJ), Gilda Mª Sonhares (RJ), Jenner Menezes (RJ), João Batista Braga (RJ), José Valverde Filho (RJ), José Warmuth Teixeira (SC), Juçara Valverde (RJ), Larissa Loretti (RJ), Leslie Aloan (RJ), Lúcia Elena Ferreira Leite (RJ), Lydia Simonato (RJ), Márcio Catunda (Argel), Mª da Glória F. Souza (RJ), Nina Fernandes (RJ), Pedro Franco (RJ) e Vicente Alencar (CE).

Fotografia: Ascensión Chanqués (RJ) - orelha D, Humberto Simonato (RJ) - 4ª capa, Rubber Seabra (RJ) – capa e Yara Monteiro (RJ) - orelha E.

Marcus Vinícius Quiroga, escritor, escreveu na quarta capa: “Toda antologia lembra um caleidoscópio, tal a diversidade de imagens que se formam, à medida que vamos manipulando seus textos. Esta, em homenagem ao Rio de Janeiro, por ocasião de seus 450 anos, não é diferente. Diríamos até que a analogia com o brinquedo se multiplica, pois o Rio é uma cidade multifacetada e que, portanto, se oferece lúdica às visões, tanto lírica quanto crítica, de tantos poetas e prosadores.

As inúmeras diferenças entre seus bairros, que extrapolam os cartões-postais da Zona Sul, e a galeria de personagens identificados com o espírito carioca correspondem às dicções variadas dos escritores que, neste momento, habitam esta antologia-metrópole.

Se o Rio é uma cidade partida, como já foi dito, é também uma cidade que se reparte, solidariamente, e renasce contra os clichês dos discursos oficiais e os lugares-comuns das fotografias turísticas. Aliás, como toda boa poesia, o Rio se deseja uma cotidiana surpresa.”

O coquetel com bolo com o logo do Aniversário da Cidade fechou o evento de lançamento sob o canto de Cidade Maravilhosa e de Parabéns para você.Nas fotos, vemos flagrantes do evento.

Destaque Poético Sem Fronteiras

Destaque Poético Sem Fronteiras

Um sonhoPor Iza Engel*

*Iza Engel (Maria Luiza Vicente Engelhardt), nascida em Abatiá (PR), em 1945. Estu-dou em Santo Antônio da Platina, onde teve início sua vida profissional. Licenciada em Matemática e Pós-graduada em Magistério. Devido seu acentuado gosto pela literatura e amor pela natureza, participou de vários cursos artísticos. Foi homenageada com o “Prêmio Literarte de Cultura 2012” e “Prêmio Excelência Cultural ABD”. Constam algumas de suas poesias e crônicas nas publicações da Câmara Brasileira de Jovens Escritores. E-mail: [email protected]

Ao despertarVem a lembrança

Aquela criançaPureza no olhar

Amor estampado...Afeto premente

Carinho demonstradoTernura nos modosO presente doado:

Canteiro improvisadoEm tampa de baldeSementes e mudasOrquídeas viçosasFulgor sem igual

Todas crescendo...Prova de amor

Amor da criançaLembrar seu nome...

Vanessa?... Valéria...?Tão doce o sonho

Na memória gravadoTraçado em passado...

Ou no futuro?Sonhos são mistérios...

Premonições?Talvez...

Page 4: Jornal Sem Fronteiras – Abril-Maio/15 - Caderno Especial "Literatura"

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Fonte: Projeto Quadrigrafias

Abr 2015 \ Mai 2015

Livro QUADRIGRAFIAS é lançado no Rio de Janeiro

DOM SEVEROPor Márcio Catunda*

Variação sobre um mesmo tema Para Delayne BrasilPor Tanussi Cardoso

FOTO 085: Fecha-se o diafragmaPor Ricardo Alfaya

*Márcio Catunda nasceu em Fortaleza. É poeta, ensaísta e romancista. Representante Internacional do Jornal Sem Fronteiras na Argélia. Trabalha atualmente como Diplomata na Argélia, a serviço da Embaixada do Brasil em Argel. Escreveu e publicou 28 livros de poesia e dez de prosa. Editou nove discos de poemas musicados. Morou, sucessivamente em Lima, Genebra, Sófia, São Domingos, Lisboa, Acra e Madri, onde escreveu a maior parte de sua obra até o momento editada. Contato: [email protected].

*Tanussi Cardoso, carioca, formado em Jornalismo e em Direito. Poeta, crítico, contista e letrista de MPB. Poemas publicados na Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, EUA, França, Itália, México, Portugal, Peru, Uruguai e Romênia, e traduzidos para o inglês, francês, espanhol, italiano e russo. Sua poesia tem sido avaliada positivamente por grandes críticos, escritores e poetas brasileiros. Incluído em dezenas de antologias de poemas, nacionais e internacionais. Publicou 11 livros de poesias. Vários prêmios literários, nacionais e internacionais. Pertence ao Conselho do Pen Clube do Brasil e da União Brasileira de Escritores RJ. Presidente do Sindicato dos Escritores do Estado do Rio de Janeiro (SEERJ). Contato: [email protected]

*Ricardo Alfaya, é carioca, de 08.08.1953. Divorciado, sem filhos. Formado em Direito e em Comunicação Social, Jornalismo. Escreve po-esia e prosa. Autor dos livros de poesia: Através da Vidraça, São Paulo, Poeco, 1982. Sujeito a Objetos, em Rios, Ibis Libris, Rio, 2003. Frutos da Paixão, em Vertentes, Five Star, Rio, 2009. Álbum sem Família, Uapê, Rio, 2015. Trabalha, atualmente, como revisor e consultor literário. Contato: [email protected]

“Silêncio-Espaço” Por Elaine Pauvolid*

*Elaine Pauvolid, nasceu e vive no Rio de Janeiro. É bacharel em Psicologia pela UFF – Universidade Federal Fluminense. Estudou Filosofia com Cláudio Ulpiano, de 1989/1991. Possui três livros de poemas publicados desde 1998. Colaborou como resenhista literária de 1999/2009, com publicações em O Globo, Jornal do Comércio e Jornal do Brasil. Coordenou, no ano de 2000, o Sarau João do Rio, no Catete. Editou a revista eletrônica de cultura Aliás, de 2000 a 2011, www.aliasrevista.com.br. A partir de 2013, começou a se dedicar também às Artes Visuais, tendo participado de sua primeira coletiva em 2013, como classificada do Prêmio Paraty Belvedere. Contato: [email protected]

Dom Severo só me mostra uma nuance da coisa desejada. E não me deixa mais opção, que um tédio de monarca destronado. Uma espécie de mágoa do destino, que tento remediar, com rebeldia redentora. Dom Severo me entrega apenas essa contraditória luta pelo direito ao delírio. Esse medo, como esperança desesperada. O seu olhar, impassível no nadir, é um colosso que perfura o azul e entra na consciência da gente. Dom Severo me conduz a um recanto, à sombra do mormaço, onde a poesia é um repouso efêmero.Dom Severo fez um jardim para o homem habitar,e, ao vê-lo triste, inventou a mulher e o alcaloide.O autor de tudo, em cujo templo os poetas exercem sacerdócio,criou manhãs disciplinares e tardes lúdicas.Estabeleceu a liberdade e a justiça com amor,como a beatitude de andar sorrindo, sem motivo,e a maravilha de peregrinar, vertiginosamente, pela cidade.

(do livro Dias Insólitos, p. 90, em Quadrigrafias)

Variação sobre um mesmo temaPara Delayne BrasilPor Tanussi Cardoso

Aonde vai o silêncioquando costura o seu lençol noturno?Onde descansará, no cobertor escuro,vaga-lume amoroso e lento?Para onde irá quando a Lua vai dormir na sua morada de gelo?Onde se esconde o silêncio,quando as buzinas, os cães e os galosiniciam as marchas ordenadas pelo Sol?Onde ele grita,quando os loucos acordam de suas injeções?Com quem falará o silêncionas horas insones do desespero?Onde chorará o silêncio,quando o dia nasce fruta, borboleta e girassol?Onde o céu do silêncio?Onde ele nasce?Onde ele morre?

(do livro Dos Significados, inserido em Quadrigrafias, Ed. Uapê, RJ, 2015)

Baixa-se a tampa: pela última vez,contempla-se a estampa do corpo morto.Caixão: definitiva câmara,derradeira foto de uma cara.Final de espetáculo,em que todo o mundo vira palhaço,em bizarro palco coberto de flores(inútil pedir bis).Despetalam-se as dores,desatam-se da família os laços.O patético final de ato deixa tudo e todos em pedaços.Na urna, o estranho e extremo voto:um rígido rosto,a imagem de santinho,que todo o cadáver tem.Real e viva, a foto exclusivapara quem ao cemitério vem.Imagem dura e fria,que nunca fará parte,do álbum de família.

(do livro Álbum sem Família, p. 148 de Quadrigrafias.)

Mar

celo

Rib

eiroNo mês de janeiro, o livro Quadrigrafias foi lançado

no Rio de Janeiro, na Casa de Botafogo, vinculada à editora Uapê, situada na Rua Martins Ferreira, 40, Botafogo, Rio de Janeiro (RJ).

Compareceram ao coquetel de lançamento: Gilberto Mendonça Teles, Olga Savary, Celina Portocarrero, Salgado Maranhão, Alexei Bueno, Astrid Cabral, Regina Puchain, Cairo Trindade e Denizis Trindade, Augusto Sérgio Bastos, Léa Madureira, Tchello D’Barros, Carmen Moreno, Juçara Valverde, Sérgio Gerônimo, Claufe Rodrigues, Mônica Montone, Messody Benoliel, Alex Hamburguer, Márcia Barroca, Maria Helena Latini, Igor Fagundes. O lançamento contou, ainda, com a presença em peso dos organizadores

Livro QUADRIGRAFIAS é lançado no Rio de Janeiro

O Jornal Sem Fronteiras, em homenagem ao seu Representante Internacional na Argélia, Márcio Catunda, e aos demais talentosos autores de Quadrigrafias, apresenta abaixo algumas

produções publicadas na referida obra. Parabéns aos autores!

do grupo Poesia Simplesmente: Sílvio Ribeiro de Castro, Laura Esteves, Delayne Brasil e Angela Carrocino. Além desses, vários outros poetas e amigos. Nas fotos de Marcelo Ribeiro, vemos flagrantes do evento.

Quadrigrafias é o terceiro fruto de um projeto criado e incen-tivado pelo escritor e diplomata brasileiro Márcio Catunda, desde 2003. Consiste na edição de livros de livros. Ou seja, cada volume lançado, desde aquela data, contém livros completos, no gênero poesia, de pequeno grupo de autores. O primeiro volume foi Rios, Rio de Janeiro, Ibis Libris, 2003, contendo livros de cinco autores. O segundo, foi Vertentes, Rio de Janeiro, Five Star, 2009, também com cinco autores. Por fim, este ano, temos: Quadrigrafias, Rio de Janeiro, Uapê, 2015, 210 p. (Preço unitário: R$ 40,00); reúne títulos dos quatro autores que também estiveram presentes nos

esse trabalho, Elaine mereceu resenha de Suzana Vargas, no Prosa e Verso, de O Globo.

Márcio Catunda comparece com Dias Insólitos. Segundo o prefa-ciador, Ricardo Alfaya, trata-se de uma obra em que poesia e medi-tação se unem como força transformadora. Embora atento a tudo o que acontece no universo da poesia, Márcio sempre evitou ater-se a modismos, ousando trilhar um caminho insólito, no sentido tanto de perceber o que há de exclusivo nos dias, quanto no aspecto de construir sua originalíssima trajetória.

Por sua vez, Ricardo Alfaya revela seu Álbum sem Família, livro temático, composto de 100 poemas. São textos que se exibem como fo-

tografias reunidas em um álbum. Objeto que, metaforicamente, representa o próprio autor em sua solidão, ironia e perplexidade, como bem notou Tanussi Cardoso no prólogo.

Temos, por fim, a abrangente reflexão de Tanussi Cardoso. O atual Presidente dos Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro nos brinda com seu belo Dos Significados, obra que se destaca pela riqueza de conteúdo e, também, pelo elaborado arranjo estético de cada poema na página. Composto de três seções, é, sobretudo, um livro de metalinguagem, uma profunda reflexão sobre o sentido e o significado da poesia.

Portanto, temos uma obra em que escrita e visualidade dialogam todo o tempo. Seja na forma e no modo de distribui-ção dos poemas, como em Elaine, Ricardo e Tanussi, seja no conteúdo, muitas vezes panorâmico e paisagístico, conforme se pode notar em Márcio, Ricardo e Tanussi. Daí, os autores pensarem em grafias, termo que tanto sugere a escrita quanto as artes visuais, duas modalidades que cada vez andam mais próximas. Desse modo, Quadrigrafias, título alusivo aos quatro autores, suas escritas, suas visões e suas visualidades.

dois volumes anteriormente citados: Elaine Pauvolid, Márcio Catunda, Ricardo Alfaya e Tanussi Cardoso. O estímulo à continuidade se deu, em grande parte, pela boa receptividade junto aos leitores. Por sinal, quase todos: críticos literários, escritores, editores e artistas.

Em Quadrigrafias, Elaine Pauvolid, poeta e artista plástica, apresenta Silêncio-Espaço. Conforme o nome sugere, uma obra que desenvolve uma reflexão sobre o silêncio e que explora a espacialidade dos versos no branco da página, em poemas minimalistas. Por

Ricardo Alfaya oficializa o lançamento de Quadrigrafias.

Elaine Pauvolid autografa para o poeta Jorge Ventura.

O poeta Marcelo Ribeiro (com o livro) leva o seu abraço e apoio aos autores.

Os Autores de Quadrigrafias: Tanussi Cardoso, Elaine Pauvolid, Ricardo Alfaya e Márcio Catunda.

Durante o lançamento, Márcio Catunda é aplaudido após a

declamação de uma de suas obras.

Tanussi Cardoso também declama seus poemas.

Ainda que existam ritos e risadas ancestrais hoje continua sendoum dia provisório

A verdade não se comunica A solidão tem coisas que a gente só sabe depois que morre

Viver ao silêncio quando* * *

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Abr 2015 \ Mai 2015

TransgressãoPor Laura Esteves*

RIO - Capital da UtopiaPor Cacau Leal*

DE GRAÇAPor Delayne Brasil*

VERÃOPor Silvio Ribeiro de Castro*

EmaranhadosPor Angela Maria Carrocino*

PoemanhãPor Anna Maria Fernandes*

* Laura Esteves é poeta e contista. Pertence ao Grupo Poesia Simplesmente, à Academia Brasileira de Poesia e ao Pen Clube do Brasil. Oito livros publicados: “Transgressão” (Edit. Sette Letras – poesia), “O sabor, o saber e o sonho” (roman-ce memorialista), “Como água que brota na fonte”, (Edit. Barcarola – poesia), “A mulher, a pedra” (Edit. Ibis Libris – contos), “Rastros” (Edições Sindicato Escritores), “O dia em que as mulheres voaram” (Edit. Ibis Libris – contos), “50 poemas escolhidos pelo autor” (Edit. Galo Branco – poesia) e “Uns tempos estranhos” (Edit. Ibis Libris – contos). Contato: [email protected]

*Cacau Leal (pseudônimo de Cláudio Leal) nasceu no Rio de Janeiro. É jornalista, poeta, letrista, artista plástico, dramaturgo e empresário. Publicou: “Utopia doce utopia”, 1980; “Além das muralhas”, em 1995; “Cabo Frio: o vento fala”, em 2005 e “O inferno cronológico”, em 2011. Alguns prêmios literários: 1º lugar Concurso Stanislaw Ponte Preta de Poesia, da Rio Arte, edição 1994; Menção Honrosa do mesmo concurso, em 1995 e 2º lugar no Concurso Nacional de Poesia Prêmio SEERJ de literatura, com o livro “Raízes do imaginário do povo da Terra Brasilis”, em 2005. Contato: [email protected]

* Delayne Brasil é natural do Rio de Janeiro, cursou Letras na UFRJ. É integrante do Grupo Poesia Simplesmente com o qual publicou três livros (em 1999, 2001 e 2008) e organiza os eventos Terça Con-Verso no Café e Festival Carioca de Poesia - onde já se apresentaram importantes nomes da literatura e da arte brasileiras. Participou de várias coletâneas e publicações literárias. Musicou poemas de diver-sos autores contemporâneos e lançou, em 2003, o CD “Nota no Verso”, fruto destas parcerias. Publicou, em 2013, seu livro de poemas “Em Obras”. Contato: [email protected]

*Silvio Ribeiro de Castro é Poeta, contista, roteirista. Integra o grupo Poesia Simplesmente, que promove o Sarau Semanal Terça ConVerso no Café e, anualmente, o Festival Carioca de Poesia. Publicou três livros: Memórias, Confissões & Outras Mentiras, Quando o Amor Acaba e 50 Poemas Escolhidos pelo Autor. Pertence ao PEN Clube do Brasil e à UBE RJ. Contato: [email protected]

* Angela Maria Carrocino é pedagoga, artista plástica e escritora. Tem 5 livros de poesia editados, sendo 4 da Coleção “Foto & Grafia Poética”, onde reúne duas de suas artes: poesia e fotografia. Integra o Grupo Poesia Simplesmente, que coordena o evento poético-musical “Terça ConVerso” há 18 anos e o Festival Carioca de Poesia. É Diretora Cultural do Sindicato dos Escritores do Est. do Rio de Janeiro (SEERJ), onde coordena há 10 anos, o “CHARAU – um sarau com chá e charme”. Contato: [email protected]

* Anna Maria Fernandes atualmente tem 5 livros de poesia publicados, sendo que o segundo, lançado em 1973, denominado “Seiva e Sumo”, rece-beu o prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras e foi coeditado pelo MEC. Atua hoje como 1ª, secretária da Academia Nacional de Letras e Artes. A poesia apresentada nesta oportunidade faz parte do seu 3º Livro, Som-Reflexo, lançado em 1985, com Menção Honrosa da UBE-RJ. Contato: [email protected]

Quando escrevo, caem todas as barreiras.Tudo me é permitido.Desobedeço.Violo. Infrinjo.Não consigo falar de flores,pássaros, encontros, amores.Coisas singelas que, sem elas,eu sei, a vida seria sem graça.Mas, o que querem que eu faça?

Nada de regras!Falo dos deserdados,de mulheres massacradas,pivetes e desgraçados.Falo da mentira, inveja, traição.Vou fundo, endemoniada.Tal qual o mal feito gente, cravo o punhal, não nos outros,mas em meu próprio coração.E vocês ainda não viram nada!

Rio - teu espírito invadiu o mundocom as armas de Jorge, com os teus corpos nus, mares azuismarés de luz de Norte a Sulpor estares em mim e eu em ti noite e diapor sermos duas existências fundidas numa sóRio, tu és de forma implícita a capital da poesiaés o centro, o epicentro da arte na alma na carne, na cor negra, na alva pele amorenadaa lágrima cristalina de ver límpida a água da Baía de GuanabaraRio - teu espírito é o Corcovado, carioca da gemao Pão de Açúcar, a Garota de Ipanemaa Praia de Copacabana, o Carnaval, o futebolo sim, o sal, o solpor estares em mim e eu em ti noite e diapor sermos duas existências fundidas numa sóRio, tu és de forma explícita a capital da poesia por teres na alma um nóe carregares dois mundos num corpo sóa parte da Zona Sul, rica; a parte da Zona Norte, pobre Rio – tu és a capital de dois BrasisRio, orgasmaravalha de felicidadania, tu és a capital da utopia.

torço e retorçoem busca do meu caminho...faço e refaço de tudo,cometo até desatino...

enquanto nessa luta árdua me contorço,sinto que meus atos deixam marcas no meu dorso...

e no zig-zag dessas idas e vindas caminhos trançados formam emaranhados...

já nem sei o que sou ou o que sinto, me percono meu próprio labirinto!...

corpo e cama

se aninham

entre vértebras

desgastadas

Generosa, a janela

oferta um céu farto:

nuvens prenhes

parem raios

Gratos, os olhos

distraem o corpo

cheios de espanto

Uma garrafa de uísque quase no fim cigarros no cinzeiro com marcas de batom a música suave de um disco de Jobim adocicado perfume, papéis de bombom Sapatos espalhados pelo chão roupas jogadas sobre uma cadeira o hálito morno de uma brisa de verão percorrendo lentamente a casa inteira Palavras sussurradas, total descompromisso fantasiosas promessas de amor eterno felicidade talvez seja apenas isso lembrar de um verão em pleno inverno

Exploro mais que essas horasFarejadas entre jornaisArmando breves demorasMais que um adeus, e um até mais.Exploro mais que esse espaçoUrdido para visitasFosse o crochê que não façoFosse o sol que me excitaPor golpeados momentosSinto mais que esses ecosDe pássaros a coreografarRoteiros de cataventosPairam em meu despertar.

Edição Especial com os Poetas do Grupo “Poesia Simplesmente”

“Poesia Simplesmente” completará 18 anos de atividades em junho de 2015. O grupo é formado por profissionais liberais, músicos, poetas, atores e mantém intensa atividade, não apenas em palcos cariocas, mas em diversos festivais culturais no país.

A principal característica do grupo é a integração de linguagens: poesia, música, dança e performance.

O nome “Poesia Simplesmente” foi inspirado em um bar de Santa Teresa chamado “Simplesmente”, onde os participantes se reuniram pela primeira vez, contou Silvio Ribeiro de Castro, escritor.

O “Poesia Simplesmente” organiza o evento Terça ConVerso no Café (Teatro Gláucio Gill/Copacabana), toda terça-feira, às 18h30, há mais de 15 anos. Coordena, também, o Festival Carioca de Poesia (Poesia em Festa). No decorrer desse tempo, foram muitas as apresentações e espetáculos em escolas, universidades, teatros, hospitais, sindicatos, museus e centros culturais.

Nossa Parceira oficial Rai D’Lavor frequenta os encontros e, nessas ocasiões, presenteia os participantes com nossos exemplares. O Jornal Sem Fronteiras, através desta parceira, homenageia todos os membros do grupo e seus seguidores, dedicando a Coluna “Momento Poético” desta edição ao “Poesia Simplesmente” e deseja muito mais anos de poesia, arte e cultura.

Saiba mais em: http://grupopoesiasimplesmente.blogspot.com.br

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Por Dyandreia Portugal

Por Fábio Portugal

Por Mayra Soares

Abr 2015 \ Mai 2015

Izabella Pavesi e suas AntologiasDivulgação

Acervo Arleni Batista

Desde seu début literário em setembro de 2004, quando lançou em Flo-rianópolis seu romance O Último Gerente, Izabella Pavesi tem recebido incontáveis convites para participar de Antologias e Coletâneas, em coautoria com grandes escritores. Essa união de esforços, em função

da literatura de gente que acredita num mundo melhor através das letras, agigantou o trabalho de quem guardava papéis e mais papéis na gaveta e foi o passo decisivo para a divulgação de seus trabalhos literários. Foram po-esias, cartas, contos, crônicas, ensaios, haikais, minicontos e pensamentos, encontrando um espaço no mundo das produções literárias. O fio condutor dessas coletâneas é a primorosa literatura em todas as suas expressões.

O primeiro convite partiu da SEB – Sociedade Escritores de Blumenau, em 2005. Izabella Pavesi integrou-se a esse grupo de escritores e poetas, lançando seguidos compêndios: Palavras Azuis e Coleção Prosa & Verso, as quais evidenciaram o belo trabalho de Eduardo de Alencar, Terezinha Manczak e Neida Rocha. Seguiram-se Antologias da Editora Guemanisse

(RJ), da Literarte (RJ), da Editora Scortecci (SP), comemorando seus 25 anos, da Editora Alternativa (RS); da Aliflor (SC), em diversos volumes de Prosa & Versos, organizados por Janice Pavan e Donato Ramos; da ACLAV – Coletâ-nea dos Acadêmicos da ACLAV (Vitória –ES) e é coautora do Varal do Brasil. Izabella dividiu seu espaço com brilhantes literatos e escritoras e participou, também, da II e III Antologia Poetas Fazendo Arte em Búzios (RJ).

Em 2013, Izabella Pavesi lançou-se em novos voos, sendo coautora de livros bilíngues, tais como: Pensieri in Parole, da ACIMA, Itália (port. e italiano); A Era das Palavras - Academia Letras Brasil/Suíça (port. e inglês) e Navegantes da ACIMA (port. e italiano), lançado em 2014. A última das Antologias - Assim escrevem as Brasileiras, (port. e francês), sucesso da REBRA, lançado em Paris neste último março/2015, foi organizada por Joyce Cavalcante. Contou com a participação de brilhantes coautoras.

Todos esses belos compêndios estão disponíveis através do site: www.izabellapavesi.net.

No dia 15 de abril, na Biblioteca da Escola Cocio Barcellos, o CLC Francisco César Monteiro Gondar tomou posse no Lions Clube Lagoa Rodrigo de Freitas (RJ). Indicado pela escritora e poetisa Arleni Batista, o novo “Leão” - como são chamados os membros do Lions - foi homenageado lindamente pela

Presidente Zely Rangel, que, na ocasião, também recebia a visita da governadora do Distrito (LC1), Francisca Talarico.

Os Leões atendem às necessidades das comunidades locais e do mundo, acre-ditando no mesmo ideal: A comunidade é o que fazemos dela. São mais de 1,35 milhão de associados em 206 países.

O Comandante Gondar, como é chamado, é formado em Licenciatura e Bacha-relado em Ciências Biológicas e Cursos de Extensão Universitária com Curso Dou-torado profissional em Política e Estratégia Marítima – CPEM – Escola de Guerra Naval, além de vários outros cursos de formação. Acumula uma série de cargos e atividades, como, por exemplo: Juiz Suplente do Tribunal Marítimo do Brasil e Vice-presidente do Centro de Capitães da Marinha Mercante. É ainda Conferen-cista das Escolas de Marinha Mercante e outras instituições. Além de tudo isso, na área cultural é Escritor, Compositor e Poeta. Mostra, com maestria, alguns dos seus talentos, sendo, portanto, regularmente convidado para compor o quadro de inúmeras Academias de Letras e Artes e Associações.

Comandante Gondar é da turma de 1974 do Ciaga. Iniciou sua vida marinhei-ra em 1975, na Aliança Navegação e Logística. Desde então, o Oficial Mercante construiu sua carreira marinheira de 40 anos nessa companhia, dos quais 28 em função de comando. Atualmente, exerce Comando de navios Porta Contentores da Aliança sob bandeira brasileira.

O Jornal Sem Fronteiras parabeniza-o por mais essa conquista!

Em março, a Escritora Fáthima Coelho Sohar, recebeu, na Câmara Municipal de Niterói, a Medalha de Bronze por participação no Sarau Internacional de Artes e Poesias da ANBA. Fáthima já havia recebido Troféu pela ANBA. Além disso, foi “Autora Destaque 2013”

e homenageada com Medalha de Honra como Membro Correspondente da ALAF - Academia de Letras e Artes de Fortaleza.

Esses reconhecimentos vêm de encontro a várias ações que a escri-tora tem realizado nos últimos anos na cultura.

Fáthima Coelho Sohar é pseudônimo de Maria de Fátima Coelho Soares. De Acopiara, Fortaleza, Ceará. É Pedagoga, Pós--graduada em Português/Literatura pela Faculdade UNIP Jundiaí (SP), com es-pecialidade em Produção Textual. É Poeta, Escritora e Artista Plástica.

Como escritora, lan-çou, nos últimos anos, duas obras literárias. Em 2013, escreveu sua primeira obra literária pela Editora Gregory: O Amor Existe e é Eterno (à venda na Livraria Sarai-va www.livrariasaraiva.com.br). Em 2014, lan-çou seu primeiro livro infantil O Mundo Mági-co das Fadas, pela Garcia Edizioni, na Bienal Internacional de São Paulo.

Como coautora, participou de várias antologias, entre elas: Catálogo Literário Inter-nacional CALY (lançado em Nova York), Histórias Especial de Natal, Antologias Poéticas da ALAF, O Jogo da Vida CBJE, Asas da Liberdade e Raízes, bem como, da Antologia Luiz

Izabella Pavesi e suas Antologias

Fáthima Coelho Sohar e sua Jornada Cultural

O escritor e Comodoro da Marinha Mercante Brasileira, Francisco Gondar, toma posse e é homenageado no Lions Clube

Comandante Gondar ladeado pela Presidente Zely Rangel e pela Governadora do Distrito, Francisca Talarico.

Comandante Gondar e sua esposa Maria

Célia.

A partir da esquerda: Comandante Gondar, Maurício Eloy (próximo Governador do Distrito 20155/2016), Arleni Batista (Madrinha do Comandante), Francisca Talarico (Governadora

do Distrito), Zely Rangel (Presidente do Clube) e este Editor, Fábio Portugal.

Vaz de Camões (com a Crônica “Seguir em Frente”, lançada em Brasil e Portugal) e a Antologia Navegantes (lançada em Vene-za, e que fará parte do Salão de Turim na Itália). Por conta dessa última participação, Fáthima Coelho recebeu Menção Honrosa pela A.C.I.MA. - L’Associazione Culturale Internazionale Mandala, com o texto “Uma Tarde de Março”.

Para finalizar, atua também pela PEA--Projeto Esperança Animal, ajudando a combater os maus tratos e o abandono dos animais.

Segundo a autora, “O amor é o mantra que meu espírito insaciável clama para aliviar minha alma.”

Para contato: [email protected]

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A Associação Poemas à flor da pele, comemorando o seu décimo aniversário, convida seus associados, amigos, poetas e escritores de um modo geral para participarem do nono volume de sua antologia.O prefácio e a orelha ficará a cargo dos convidados especiais: Sigrid Spolzino Telma Moreira Cris Martim Branco e o texto da contracapa a de Rosângela de Souza Goldoni.

A Antologia Poemas à flor da pele – Volume 9, será produzida pela Editora Somar de Porto Alegre. As inscrições já estão abertas e as vagas são limitadas.

O tema será livre e composto por diversos gêneros literários, sendo que o escritor pode enviar contos, poemas, trovas, haicais, sonetos, crônicas ou outros.

Solicite o regulamento pelo e-mail: [email protected] Maiores Informações: 51-82230759 (TIM)

Antologia Poemas à flor da pele Volume 9

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Por Flávia Assaife - Escritora e Poetisa | Colunista Convidada da Edição | Parceira Oficial do Jornal Sem Fronteiras | [email protected]

Abr 2015 \ Mai 2015

Amilton Mendes dos Passos O Multifacetado Militar Cultural

Amilton Mendes dos Passos nasceu em 29 de março de 1964, em Santa Maria (RS). É Oficial do Exército Brasileiro no posto de 2º Tenente, Regente de Bandas de

Música. Escritor e Pesquisador da Arte Musical Militar, lançou dois livros do Salão do Livro de Paris: A Alma da Tropa (sobre a origem das Bandas de Música do Exército Brasileiro aos dias atuais) e a Antologia Brésil em Scène 2 (Divine Édition). É Vice-Presidente de Honra da Divine Académie Française des Arts Lettres et Culture (Paris); Comendador Humanitário da Paz do World Parlament of Security and Peace/WPO; Membro da Academia do Mérito e Devoção Francesa (Paris); Membro da Academia de Arts, Sciences et Lettres (Paris); Membro Honorário da Academia de Letras Rio-Cidade Maravilhosa; Acadêmico Correspondente da Academia Internacional de Artes, Letras e Ciências A Palavra do Século 21 (APAS-21), Membro Efetivo da Associação dos Diplomados da Academia Brasileira de Letras.

Filho do mineiro Jair Ramos dos Passos e da gaúcha Mara Bastiani, influenciado pela atividade musical do pai (trompetista e músico do Exército Brasileiro), teve sua iniciação musical neste mes-mo instrumento aos 10 anos. Aos 14 anos, iniciou o estudo dos instrumentos de palhetas. Martinho Guerra foi seu primeiro professor na Clarineta Pic-colo; Adão Batista de Mello, da Clarineta Soprano e Saxofone Tenor.

Ao ingressar nas fileiras do Exército Brasileiro (1983), passou a integrar a Banda de Música do 7º Batalhão de Infantaria Blindada (7º BIB). No ano seguinte, foi aprovado no concurso para Cabo Músico no Saxofone Alto. Em 1985, foi aprovado no concurso para Sargento Músico, nos instrumentos Clarineta Soprano, Saxofone Alto e Saxofone Tenor. Foi aprovado e promovido nas graduações seguintes previstas no programa de ascensão ao quadro de músicos do Exército Brasilerio. Como Subtenente Músico, concluiu o Curso de Especialização em Mestre de Música na Escola de Sargentos de Logística (EsSLOG), obtendo o Título de Mestre de Música do Exército Brasileiro (2011). Neste mesmo ano, foi designado para a função de Mestre de Música da histórica Banda de Música do 1º Batalhão de Guardas (1º BG) (RJ), o Batalhão do Imperador, com sua origem em 1832, quando D. Pedro I escolhe pessoalmente sua guarda pessoal e seus músicos. Hoje, nos tempos modernos, é ela a responsável pelo cerimonial, solenidades e eventos cívico-militares de uma das maiores Guarnições Militares do país.

Ao longo da carreira militar, foi agraciado com as Medalhas: Militar (Bronze, Prata e Ouro); Pacificador; Marechal Zenóbio da Costa; Tenente Antônio João; Corpo de Tropa (Ouro); Marechal Machado Lopes; Cruz da Paz dos Veteranos da FEB; Ma-rechal Falconièri; Marechal Cordeiro de Farias; Três Heróis Brasileiros; Tributo ao FAIBRÁS; Padre Roberto Landell de Moura; Mérito Maçônico; Tributo à Batalha de Montese; Ordem do Mérito da ABRAMMIL (Grau Cavaleiro); Sangue dos Heróis; Mérito Granadeiro do Imperador; Capitão Franklin (Mérito do Músico Militar); Esplendor dos Heróis da Paz; Mascarenhas de Moraes (ANVFEB-RJ); Sentinela da Paz; General Plínio Pitaluga; Amigo da Marinha do Brasil; Academia Internacional do Mérito e Devoção Francesa – ouro (França); Académie des Arts Sciences Lettres (França); Mérito Cultural da Associação Brasileira de Desenho e Artes Visuais (ABD). Ainda foi Laureado pela Divine Académie Française des Arts Lettres et Culture (França) e recebeu o Grande Colar de Ouro.

Bacharel em Música (Flauta Transversa-1994) (Universidade Federal de Santa Maria). Realizou diversos cursos e estágios: Estúdio de Verão de Música Instrumental-Vocal (Clarineta Soprano e Piano), Extensão em Regência de Coral pela UFSM e Centro de Artes e Letras; Básico de Excelência Gerencial; Proteção e Segurança de Autoridades; Escolta VIP; Extensão em Segurança Pessoal Privada; Condutor de Veículo Policial; Motociclista Militar; Direção Defensiva (Modalidade Aperfeiçoa-mento Profissional); Atualização em Legislação de Trânsito pela Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul (BMRS); Instrutor de Pilotagem Honda; Socorrista; Socorro em Áreas Remotas; Atendimento de Urgência, Emergência e Trauma; Imobilizações no Trauma; Básico de Resgate (nível 2); Resgates: Veicular; em Conflitos Urbanos; em Altura; em Áreas de

Difícil Acesso; e Emergências Médicas; Básico de Defesa Civil; Formação Básica Institucional da Cruz Vermelha Brasileira; Combate com Faca; Curso de Tactical Immobilization (CATI/SWAT); Ações Táticas em Ocorrências de Alto Risco; Técnicas Verticais; Rapel Tático; Capacitação em: Dependência Quí-mica; Os CONSEGs e Redução de Danos (CEPED/UFSC): SUPERA (SENAD e UNIFESP); Curso de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas – Capaci-tação p/ Conselheiros e Lideranças Comunitárias (UFSM, MJ, SNAD, GSI, PRONASCI); Curso-Estágio de Comunicação Social do Comando Militar do Leste (CML).

No decorrer da carreira, recebeu os Diplomas de: Mestre Maçom da Grande Loja Maçônica do Estado do RS; Habilitação de Saxofonista da Ordem dos Músicos do Brasil (RS); Amigo da 3ª Companhia de Comunicações Blindada (3ª Cia Com); Jubileu de Prata da Banda de Música da Base Aérea de Santa Maria (RS); Melhor Instrutor no Atributo Sociabilidade da Escola de Sargentos de Logística (EsSLOG) (RJ); Membro do Júri do Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército (CEPHiMEx), V e VII Salão de Artes Plásticas da Assoc. Brasileira de Desenho e Artes Visuais (ABD); Mérito Benjamin Constant do Inst. dos Docentes do Magistério Militar (IDMM) e Depart. de Cultura do Exército (DECEx); Palestrante do I Seminário Nacional sobre o Brasil na II Guerra

Mundial; Palestrante do V Ciclo de Palestras de História Militar do Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército (CEPHiMEx); Prêmio Destaque Rio-2013 da ZMF Editora e Sociedade de Cultura Latina do Estado do RJ. E os Certificados de: Participação da I Jornada de Direito Militar (Unifra OAB/RS 2001); Voluntário no Projeto Ronda da Cidadania (2001)-Poder Judiciário e Tribunal de Justiça, Santa Maria (RS); Iron Butt Association Saddle Sore 1000 (Chicago, Illinois, USA); Participação no 5º Festival de Bandas da 8ª Coordenadoria Regional de Educação de Santa Maria (RS); Especial de Amizade da Assoc. dos Integrantes do Batalhão Suez do Rio de Janeiro (RJ);

Atuou, ainda como integrante da Orquestra Sinfônica de Santa Maria; Banda dos Imigrantes de Silveira Martins (RS); Classe de Clarinetas do Curso Extraordinário de Música da UFSM; Classe de Flauta Transversa do Curso Bacharelado em Música da UFSM; Orquestra de Sopros da UFSM; Bandas de Música do 7º BIB e da 3ª Divisão de Exército (3ª DE); Gravação do CD Hinos e Canções Militares e Regionais, da Banda de Música da Companhia de Comando da 3ª Divisão de Exército (2002) e do DVD ao Vivo do Concerto da Pátria e 11º Aniversário da Banda de Música da 6ª Brigada de Infantaria Blindada (2007); Apresentador do programa radiofônico Informativo Militar e locutor do programa de televisão Missão Brasil, produzidos pela Seção de Comunicação Social da 3ª DE (Divisão Encouraçada) (2007 a 2009). Criador do Projeto Tenha Liberdade! Não Use Drogas!, voltado à prevenção ao uso de drogas aos jovens adolecentes. Palestrante Motivacional com os temas: ‘Valo-rização da Vida’; ‘Prevenção ao Consumo de Drogas’; ‘Efeitos Químicos, Psicológicos e Legais do Uso Indevido de Drogas’; ‘Preparando uma Adolescência sem Drogas’; ‘Identificando os Perigos das Drogas’; “Cidadania e Amor à Pátria’; ‘Resgate da Cidadania’; ‘Projeto Banda nas Escolas’; ‘Bandas Marciais e a Comunidade Estudantil’; ‘A Música Militar’. Atuou como Maestro da Orquestra “Violões do Forte de Copacabana” e da Orquestra “SindiRefeições do Rio de Janeiro”. (2012 e 2013).

Atualmente, serve na Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (DPHCEx), na função de Chefe da Seção de Musicologia do Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército (CEPHiMEx), com sede no Palacete Laguna, no bairro Maracanã, Rio de Janeiro.

Por toda essa bela trajetória, é respeitado pelas autoridades militares e por toda a área cultural. Assim, a imprensa, representada pelo Jornal Sem Fronteiras e com colaboração do parceiro oficial da publicação, o Capitão de Longo Curso - Comodoro da Marinha Mercante Brasileira e Escritor Francisco César Monteiro, rende homenagens a este grande talento.

Para contato: www.amiltonpassos.com; [email protected]

Impossível descrever – de forma plena, com palavras – o que foi o VI Congresso de Poetas do Brasil, realizado em Cam-pinas, nos dias 24, 25 e 26 de Abril de

2015: um entrelaçamento de almas poéti-cas que se encontraram para compartilhar poesia: corações acelerados; abraços aper-tados; olhos brilhando, poesias na bagagem e muita emoção rolando...

Estávamos todos tão imbuídos de nossa responsabilidade que, como foi dito em diversos momentos, fica muito claro o “quanto somos diferentes” em propósito, ética, compromisso, respeito e atitudes.

Como escreveu a Presidente da ANLPPB, Aline Romariz: “São tantas as pedras no caminho… Tudo o que fazemos e fizemos neste fim de semana foi espalhar, incentivar e compartilhar cultura”.

Foram várias as atividades programadas. Dentre elas, destacamos o Grande Livro (uma obra jamais vista e colocada em praça pública, feito outdoor, onde o público poderá folhear o livro. Um projeto lúdico e de vanguarda, onde a grande estrela é o poeta.); as Tendas de Contação de Histórias e Declamação de poesias; o Projeto A Poesia contra a Dengue e a Poesia na Bandeja, todos realizados no Parque dos Jequitibás, onde a interação com o público proporciona momentos que tocam o coração de todos. Outro ponto alto foi a palestra proferida por Marcílio Menezes, que contou um pouco de sua experiência com Rubem Alves, a própria confrater-nização e sarau do grupo no Bistrô Rubem Alves, e a Oficina de Declamação, que propiciou muitas reflexões e aprendizados.

A sessão aberta foi outro momento muito especial, pois nela foram recebidos os neo-acadêmicos e reconhecidos os projetos aplicados pelos poetas que fizeram a diferença. Nesta solenidade, foram reconhecidos os trabalhos de Betina Marcondes, com o projeto A Poesia contra a Dengue; de Marisa Gonçalves, com o Projeto Enlevo Poético e de Stella de Sanctis, com o Projeto O Poeta vai a Escola. Nesta mesma solenidade, foram entregues livros editados gratuitamente pela Editora Iluminatta para a Escola Estadual Professora Ana Rita Godinho Pousa, da cidade de Campinas, cujos autores são os próprios alunos

VI Congresso de Poetas do Brasil ANLPPB

Por Betty SilbersteinFonte: Assessoria de Imprensa

Amilton Mendes dos Passos O Multifacetado Militar Cultural

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que participaram do projeto O poeta vai a escola. Ainda na sessão aberta, outro momento de muita emoção foi a divulgação de que o Portal do Poeta Brasileiro foi referendado pela UNESCO pelos trabalhos realizados. Enquanto tudo isso acontecia, fragmentos de poesias dos poetas eram apresentados para a população nos ônibus da cidade.

Por tudo isso, somos diferentes e, como disse o poeta Andrade Jorge, em seu discurso: “um sonho que tem os pés bem fincados na terra, o trabalho diário e sério, a luta pelo coletivo ao invés do individual. Aqui o “nós” substitui o “eu”.

São estas atividades coletivas e estes sentimentos de que todos somos um, que tornam cada um destes momentos tão especiais, únicos e diferentes!

Em Outubro, nos encontraremos no próximo Congresso, que será realizado em Jales.

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Page 8: Jornal Sem Fronteiras – Abril-Maio/15 - Caderno Especial "Literatura"

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www.redesemfronteiras.com.br | [email protected]

Abr 2015 \ Mai 2015

EntrEvista com JamEs mcsill

Betty Silberstein bate papo com um dos consultores literários mais bem sucedidos do mundo e que, agora, também, é Representante Internacional do Jornal Sem Fronteiras.

Por Betty Silberstein

Nesta edição, apresentamos uma entrevista com um dos consultores literários mais bem-sucedidos do mundo: James McSill. Seu trabalho abrange Europa, América Latina, América do Norte e Japão. É reconhecido por suas atividades pioneiras na indústria do livro. James nasceu no sul do Brasil, onde se formou em Letras pela UCPel. Fez Mestrado em Produção e Venda

de Material Literário (Chichester, Inglaterra) e Negócios na Jordan Hill College (Glasgow, Escócia). Como linguista, impulsionou metodologias como Task-based Learning, mudando o cenário do ensino de idiomas estrangeiros no mundo. É Educador e Conferencista na área de ensino de idiomas, dialetologia e consultoria. Mentor certificado

pelo Institute of Enterprise and Entrepreneurs (IOEE), representante para a América Latina e Península Ibérica do prestigiado BritWriters’ Awards (Inglaterra), fundador e Diretor Executivo da McSill Agency e McSill Ltd, Assessoramento Literário Yorkshire Studio (Inglaterra), Mentoring, Coaching e Treinamentos à Distância para autores.

James aceitou o convite de nossa Editora Geral, Dyandreia Portugal, para tornar-se Representante Internacional do Jornal Sem Fronteiras na Inglaterra (Reino Unido). Para nossa alegria, ele aceitou. É com grande orgulho que o entrevistamos para que nossos leitores possam conhecer um pouco mais desse talentoso profissional. Vamos conferir!

JSF: James, conte para nossos leitores o que a McSill Story Studio faz.

JM: O McSill Story Studio presta consultoria a autores e empresas como melhor estruturar e comunicar suas histórias, bem como ministra treinamentos para autores, storytellers, isto é, pessoas e empresas que precisam trabalhar com histórias ou possam se beneficiar em como elas funcionam. Trabalhamos também com consultoria privada, individual, para empresas nas áreas de marketing, gerenciamento de mudanças e gerenciamento de carreiras de autores.

JSF: Você é o representante para a América Latina e Península Ibérica do prestigiado BritWriters’ Awards da Inglaterra. O que isso significa?

JM: Significa que cada vez que houver um desses eventos no Reino Unido, o McSill Story Studio intermedia os contatos.

JSF: Nem só de romances vive o universo literário do Studio McSill. A quais outras facetas literárias você se dedica?

JM: Trabalhamos com todas as facetas da produção de material para publicação, do livro pronto, por exemplo, em que produzimos um livro, que pode ser desde um romance a um livro de autoajuda, em cerca de oito horas! Betty Silberstein, colunista deste jornal, teve a oportunidade de trabalhar conosco em um destes projetos (foi a primeira vez que fizemos uma demonstração dessas técnicas na América Latina) até projetos extremamente complexos, que podem levar anos.

JSF: Mais de 90% dos autores de James McSill alcançam publicação num mercado em que menos de 0,5% dos escritores encontram sequer um agente literário. Pode nos explicar essa mágica?

JM: Seleção criteriosa de com quais autores escolhemos

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trabalhar e um trabalho duríssimo na produção do texto. O McSill Story Studio também cria várias oportunidades para que o autor possa apresentar, em condições privilegiadas, o seu texto para editoras que possam vir a se interessar pelo livro.

JSF: Você viaja por todo o planeta literalmente, dando cursos nos EUA, Europa, América Latina e até Ásia. Mas está baseado em York, no Reino Unido. Como os brasileiros podem usufruir deste seu trabalho, já que o Studio McSill assim com o Jornal Sem Fronteiras é também sem fronteiras?

JM: O estúdio é extremante bem equipado, com ligações em banda larguíssima. Podemos, por exemplo, realizar uma transmissão em tempo real, em 3D, em alta definição, para o Japão! Para o Brasil, já realizamos um treinamento virtual em 3D, que estreou o nosso sistema. A tecnologia nos une. Não há mais fronteiras.

JSF: Como as pessoas que se interessarem por seus próximos Cursos, Workshops, Seminários e Palestras podem entrar em contato com você?

JM: O estúdio tem representantes em vários países (Brasil, Portugal, Noruega, Japão, Inglaterra e EUA). Porém, para obter informações, basta que nos escrevam para [email protected], que uma equipe repassará o pedido para o representante dos países onde houver os eventos. O mesmo vale para quem quiser se candidatar a ser um dos nossos autores. Para que as pessoas nos conheçam, realisamos eventos muitas vezes gratuitos, como o Congresso de Autores, a se realizar em São Paulo, Brasil, em maio de 2015 (www.congresso2105.mcsill.com). Contudo, este ano haverá eventos como o de São Paulo na Escandinávia e no Japão.

Conheça mais de James McSill em: http://www.mcsill.com/

Um novo e moderno ponto turístico na cidade histórica de Sabará (Minas Gerais) Brasil

A Faculdade de Sabará, uma vez ao ano, promove e abre espaço para exposição de Artes Plásticas, e concursos literários entre seus alunos. Duas vezes ao ano, leva seus alunos a percorrerem o Centro Histórico de Sabará, sempre acompanhados de um Professor de História para aprenderem sobre três fases da Arte Barroca.A Instituição preocupa-se em resgatar e repassar os valores dos antepassados, mostrando também o folclore da região.

A Faculdade de Sabará possui um diferencial: é a única em todo o Brasil que tem em sua grade curricular a disciplina “História da Cultura Mineira”, que é obrigatória em todos os cursos.

A Faculdade também sedia o Instituto Histórico e Geográfico do Ciclo do Ouro. O terreno ocupado pela Faculdade possui uma área superior a 100.000 m² e foi adquirido pela Mantenedora (SOECS), mediante contrato de compra e venda realizada entre particulares.

Além dos edifícios dentro do Campus, foi construída a Capela do Divino Espírito Santo, com o objetivo de propiciar momentos de paz e reflexão a todas as pessoas ligadas à Faculdade e seus visitantes. A Instituição oferece, gratuitamente, um estacionamento de 4.000 m², com vigilância durante todo o horário de aula.

O Campus da Faculdade de Sabará fica a apenas 15 minutos do centro de Belo Horizonte e a 1 km do Centro Histórico de Sabará, com modernas instalações.

Possui os Cursos Presenciais: Administração – Direito - Técnico em Logística - Pós-Graduação, os Cursos de Ensino a Distância: Bacharelado – Ciências Contábeis – Sistemas de Informação – Engenharia de Produção – Pedagogia e o Tecnológico: Gestão de R. H- Gestão de Segurança Privada - Gestão Financeira

A referida Faculdade foi fundada por dois homens: Dr. Mário Guerra e Dr. Marcelino Guerra, a ideia foi do Dr. Marcelino Guerra, um jovem ousado, determinado íntegro e que, apesar da pouca idade, demonstrou maturidade e responsabilidade social.

Dr. Mário Guerra é um homem valoroso, dado ao seu caráter, dinamismo, amor pela família, pelo próximo e, um grande e audacioso visionário.

Juntos, resolveram então, fundar a Faculdade de Sabará, mas encontraram obstáculos, pois os arquitetos sugeriram derrubar centenas de árvores, destruir a mata nativa, e construir a Instituição de Ensino no topo da montanha o que, economicamente era mais viável e um projeto arquitetônico muito mais fácil.

Os guerreiros desejavam fundar uma Faculdade na cidade histórica de Sabará, mas a boa índole falava mais alto: Faculdade sim, destruir a Natureza não!

O projeto já estava se tornando uma batalha exaustiva quando a Profª e Paisagista Marli Guerra entrou em cena, desenhando a Faculdade na encosta da montanha sem danificar o meio ambiente!

Com muita luta e ousadia, el es construíram a Faculdade. Derrubaram pouquíssimas árvores, construíram ruas estreitas, aproveitando lagos e a própria mata nativa como decoração da faculdade, preservando, assim, a natureza exuberante do local e seus animais.

Hoje, a Mineiríssima FACULDADE DE SABARÁ se tornou mais um ponto turístico na cidade, pois os “Guerra”, unidos, conseguiram provar que o homem pode conviver com a modernidade, sem danificar o meio ambiente.

O Reitor Dr. Mário Guerra e o Vice-Reitor Dr. Marcelino Guerra primam por um ensino de qualidade em um ambiente harmonioso e saudável, onde alunos e professores passam o dia em contato direto com a natureza, tornando o estudo e o trabalho extremamente prazerosos.

Por este motivo, a MINEIRÍSSIMA FACULDADE DE SABARÁ, com menos de 17 anos, já faz parte do turismo da região, sendo visitada por educadores de diversas partes do Brasil e do mundo.

Visitem o site: www.faculdadedesabara.edu.br

Ano 2005

Ano 2015