jornal - reporter ambiental

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Resultado do projeto Repórter Ambiental. Um projeto de Educação Ambiental promovido pelo Instituto COMAR, beneficiado pela Caixa Econômica Federal. O projeto é voltado para alunos de Ensino Médio, com o objetivo de utilizar o jornal - veículo de comunicação impresso, como ferramenta de sensibilização socioambiental.

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Reprter AmbientalNOV/2011 EDIO 1 | ANO 1 DISTRIBUIO GRATUITA

Projeto ToninhasExistem cerca de 50 indivduos desta espcie na Baa da Babitonga, em So Francisco do Sul Santa Catarina. No Brasil, a espcie est includa na Lista Nacional das Espcies da Fauna Brasileira Ameaada de Extino, tendo sido classificada como "Vulnervel" no Plano de Ao dos Mamferos Aquticos do Brasil e como "Em Perigo" no Livro Vermelho da Fundao Biodiversitas. Pag. 06

Foto: Marta J. Cremer

Para responder esta pergunta, as reprteres ambientais Ana Carolinna S. Schneider e Mayara Arins, visitaram a SAMAE - Servio Autnomo Municipal de gua e Esgoto, localizada no Bairro Rocio Grande, em 17 de agosto de 2011. De acordo com o Sr. Jeferson Peixe Lima, responsvel pela operao de tratamento no dia, o processo de tratamento de gua est livre de qualquer tipo de contaminao, evitando a transmisso de doenas. Pag. 09

Pilha enterrada libera substncias txicas sade e ao meio ambiente. Pag. 03

O que voc sabe sobre o mangue?Os mangues ou manguezais so considerados ecossistemas costeiros, ele aparece nas regies tropicais e subtropicais. Esse ecossistema a transio entre os ambientes marinho e terrestre. Pag 11

Pag. 08

Foto: Leco Bueno

Voc sabe de onde vem a gua que sai de sua torneira?

Lixo. Pilhas e Baterias. Qual o destino correto?

Projeto Meros do Brasil

OFotos: Diogo A. Moreira

projeto Reprter Ambiental um projeto de educao ambiental no-formal que teve como objetivo utilizar um veculo de comunicao impresso, o jornal, como

ferramenta de conscientizao social e conservao ambiental, fomentando na populao de So Francisco do Sul SC o senso de cidadania. Atravs de capacitaes nas reas de comunicao/jornalismo e meio ambiente, 40 adolescentes de 2 escolas pblicas estaduais (EEB Eng. Annes Gualberto e EEB Felipe Schmidt) produziram este jornal, abordando e divulgando os problemas socioambientais municipais, bem como expressando suas idias em relao ao Meio Ambiente. O resultado esperado alcanar uma mobilizao e a conscientizao da comunidade local sobre problemticas ligadas sociedade e ao meio ambiente. Ao todo foram 6 capacitaes, que se iniciaram em julho a setembro, visando qualificar e enriquecer o contedo pedaggico-

cultural dos envolvidos, tornando-os aptos a pesquisar e redigir textos sobre os temas socioambientais utilizados nas pautas deste jornal. Alm disto, foram realizadas 2 visitas de campo: a primeira foi uma visita ao Jornal NOTCIAS DO DIA, do Grupo RIC/RECORD em Joinville/SC, para que os alunos conhecessem de perto os processos da produo de um jornal impresso, bem como os bastidores da produo da Televiso. A outra visita, realizada no Espao Ambiental Babitonga, na UNIVILLE (campus Iperoba) teve por objetivo sensibilizar os alunos sobre a importncia dos ecossistemas costeiros, alm de mostrar a eles exemplares de esqueletos e ossadas de aves, peixes e mamferos marinhos que foram encontrados mortos no litoral catarinense. Entre as ossadas esto a de uma baleia franca e a de um bototainha, e entre os esqueletos montados esto o de um pingim. Alm destes exemplares, no espao Ambiental Babitonga tambm existem aqurios marinhos com espcies encontradas em nossa regio, alm de um aqurio de toque que permite aos visitantes contato maior com os organismos marinhos. Aps as exposies tericas e prticas realizadas atravs das oficinas e visitas de campo, foram debatidas e organizadas as pautas do jornal. Para a escolha final dos temas foi considerado, principalmente, o interesse expresso dos alunos e a viabilidade dos assuntos, visando dar dinamismo e fundamentao s matrias. Logo, ao final do projeto, foi impresso esta edio do jornal, com 5.000 exemplares, nmero suficiente para o envio de cpias designadas a prefeitura e secretarias estratgicas, aos alunos participantes, escola e a comunidade em geral. Para o lanamento do jornal, foi realizado um evento de lanamento do jornal, que teve como a como inteno valorizar o trabalho

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Foto: Diogo A. Moreira

LixoVils dos tempos modernoso produzidas mais de 500 bilhes de unidades por ano, cada minuto distri budas 1 milho delas na populao. Sabe quem so elas? As famosas sacolas plsticas, mas voc deve pensar, o que uma coisa to pequena e insignificante como as sacolas tem haver com o meio ambiente? Bom, o problema que as sacolas plsticas so feitas de resina sinttica vindas do petrleo, e no biodegradvel, ou seja leva mais de 300 anos para se decompor, e nesse perodo elas entopem bueiros, poluem os rios, matam as tartarugas, sim, as tartarugas e mais de duzentas espcies de animais. Estima-se que mais de 100 mil animais marinhos morrem asfixiados com sacolas plsti

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poltica. Se cada um fizer a sua parte, evitando utilizar sacolas plsticas, estaremos ajudando consideravelmente o meio ambien-

Existem vrios tipos, tamanhos e modelos de bolsas de pano Autora: Caroline Regina Custdio Escola: E.E.B. Felipe Schmidt

Pilhas e baterias: Qual o destino correto?sta ltima dcada assistiu-se a uma proliferao enorme de aparelhos eletroeletrnicos portteis, tais como: brinquedos, jogos, relgios, lanternas, ferramentas eltricas, agendas eletrnicas, walktalks, barbeadores, cmaras fotogrficas, filmadoras, telefones celulares, computadores, aparelhos de som, instrumentos de medio e aferio, equipamentos mdicos etc. Ao mesmo tempo, aumentou muito a demanda por pilhas e baterias cada vez menores, mais leves e de melhor desempenho. Conseqentemente, existe atualmente no mercado uma grande variedade de pilhas e baterias a fim de atender s inmeras exigncias. As pilhas e baterias comercializadas no pas contm em sua composio metais pesados altamente txicos, como mercrio, cdmio ou chumbo, e representam, conseqentemente, srios riscos a sade e ao meio ambiente. Lanadas no solo, essas substncias so capazes de contaminar o leno fretico, bem como rvores e plantas. Para a sade pode causar doenas que desencadeiam o cncer. Em conformidade com a Resoluo CONAMA 257 de 1999, essas pilhas e baterias usadas jamais devem ser: a) lanadas in natura a cu aberto, tanto em reas urbanas como rurais; b) queimadas a cu aberto ou em recipientes, instalaes ou equipamentos no adequados; c) lanadas em corpos d'gua, praias, manguezais, terrenos baldios, peas ou cacimbas, cavidades subterrneas, em redes de drena

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tartarugas e mais de duzentas espcies de animais marinhos morrem asfixiados cas, pois pensam que so alimentos e ao ingerir acabam se asfixiando. Outro problema que os brasileiros se acostumaram com as sacolas plsticas, como o caso de pessoas que vo ao mercado, compram um pacotinho de suco por exemplo, e exigem sacola. As pessoas ficam bravas se o caixa recusa fornecer sacola plstica para coisas pequenas como o exemplo acima, muitas vezes deixam at de comprar no estabelecimento s porque no distribuem mais sacolas. Atualmente existem vrios tipos, tamanhos e modelos de bolsas de pano, custam em mdia R$8,00. Existem em alguns pases leis que ajudam a evitar o uso de sacolas plsticas, se voc vai a um mercado e quiser us-las, cobrado uma taxa por isso, e esse dinheiro revertido em projetos ambientais. No Brasil, alguns estados e cidades j criaram leis que caminham para mesma direo, proibindo a utilizao de sacolas plsticas em estabelecimentos como os mercados por exemplo. So Paulo, Santa Catarina, Paran, entre outros, j fazem parte desse time sustentvel. Joinville uma cidade que recentemente adotou essa

gem de guas pluviais, esgotos, eletricidade ou telefone, mesmo que abandonadas, ou em reas sujeitas inundao. A destinao final mais apropriada para essas pilhas e baterias usadas so os estabelecimentos que as comercializam, bem como a rede de assistncia tcnica autorizada pelos fabricantes e importadores desses produtos. Estes sero responsveis pelos procedimentos de reutilizao, reciclagem, tratamento ou disposio final ambientalmente adequada para as pilhas e baterias coletadas. Em So Francisco do Sul, conforme disponvel no site da Prefeitura Municipal, a Secretaria de Meio Ambiente instalou o primeiro coletor de pilhas e baterias no rol de entrada da Prefeitura. Foi o primeiro de 30 que foram colocados em pontos da cidade como escolas e comrcio. As pilhas e baterias coletadas sero armazenadas at sua destinao final adequada que a reciclagem. O descarte correto de suma importncia, pois sua composio contm elementos txicos que so nocivos sade e ao meio ambiente, uma vez que sua decomposio pode levar cerca 500 anos. De acordo com o secretrio de meio ambiente, Cludio Tureck, "o recolhimento das pilhas e baterias parte integrante do Programa de Educao Ambiental do municpio. Esta ao evitar que contaminantes, presentes nestes resduos, sejam descartados inadequadamente poluindo o solo e gua o que pode, inclusive, colocar em risco a sade humana e de todo o meio ambiente". Faa sua parte, evite o impacto ao meio ambiente. Jogue sua pilha/bateria no lugar certo!Fontes: QUMICA NOVA NA ESCOLA, 2000. http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc11/v11a01.pdf e Site da Prefeitura Municipal de So Francisco do Sul.

Autora: Joice Coelho Escola: E.E.B Eng. Annes Gualberto - 8 Srie (Ensino Fundamental)

Pilha enterrada libera substncias txicas sade e ao meio ambiente.

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LixoLimpeza na Praia do Budalo 12 de agosto de 2011, foi realizada uma limpeza na praia Alexandre Budal, mais conhecida como Budal, situada na rua Virgilio Machado Cidral, So Francisco do Sul/SC. Ao chegar nessa praia, possvel visualizar um placa com o seguinte dizer: Deixe somente suas pegadas na areia, o lixo deixe na lixeira.. A dvida : ser que o caminho do lixo vai l buscar? Pela quantidade de lixo encontrada possvel que no.

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Jos Elias dos Santos, para tratar sobre a questo do lixo encontrado nas praias. Segundo eles o lixo no somente encontrado na areia da praia, mas tambm no mar. Eles foram questionados sobre o que poderia ser feito para conscientizar as pessoas, onde afirmaram que placas orientativas e a panfletagem educativa seriam aes efetivas, mas os pescadores tambm devem fazer a sua parte. Vamos fazer nossa parte, jogue seu lixo no lixo. Alm de reciclarmos estes materiais que iriam para o cesto de lixo (cesto este que pode ser feito com produtos reciclveis), estamos ajudando o meio ambiente. Mas como? Como veremos na prxima pgina, muitos destes materiais demoram anos para serem decompostos. Assim, ao reutilizar um produto/material reciclado, voc est ajudando a evitar que seja necessrio utilizar material virgem para a produo de um novo produto. Autora: Thalita dos Santos Escola: E.E.B Eng. Annes Gualberto - 8 Srie (Ensino Fundamental)

SustentabilidadeUltimamente ouve-se muito falar em sustentabilidade, e sempre agregam esse termo com o meio ambiente, mais af inal, o que sustentabilidade? O que ser sustentvel?egundo a Doutora em Gesto empresarial Bianca Francine P. Galvo Ramos a sustentabilidade pode ser definida como: Satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das geraes futuras de satisfazer suas prprias necessidades. Ou seja devemos sim dar espao ao progresso, porm com cuidado, para no prejudicar demais o ambiente, devemos buscar um certo equilbrio. E nas pequenas atitudes temos que sempre procurar um meio para ajudar a preservar a natureza, um exemplo fcil praticar os 8 Rs da conscincia: - Refletir: Lembre-se de que qualquer ato de consumo causa impactos do consumo no planeta. Procure potencializar os impactos positivos e minimizar os negativos; - Reduzir: Exagere no carinho e no amor, mas evite desperdcios de produtos, servios, gua e energia; - Reutilizar: Use at o fim, no compre novo por impulso. Invente, inove, use de outra maneira. Talvez vire brinquedo, talvez um enfeite, talvez um adereo... - Reciclar: Mais de 800 mil famlias vivem da reciclagem hoje no Brasil, quer fazer o bem? Separe em casa o lixo sujo do limpo. S descarte na coleta comum o sujo. Entregue o limpo na reciclagem ou para o catador. - Respeitar: A si mesmo, o seu trabalho, as pessoas e o meio ambiente. As palavras mgicas sempre funcionam: por favor e obrigado. - Reparar: Quebrou? Conserte. Brigou? Pea desculpas e tambm desculpe.

Fotos demonstrando a quantidade de lixo encontrada na praia do Budal. Fotos: Luis Geovane Gonalves De acordo com Geni Maria Almeida de Souza, a limpeza das praias deveriam ser dirias, alm de mensalmente existir um MUTIRO incluindo vrias pessoas na localidade, visando a conscientizao e a preservao das praias de So Francisco do Sul. Essas aes resultariam em praia limpa o ano inteiro, contribuindo para o bem-estar tanto da comunidade quanto da natureza em si. Praia limpa praia boa, praia boa praia saudvel ! Autor: Luis Geovane Gonalves Escola: E.E.B. Felipe Schmidt - 3 Ano (Ensino Mdio)

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Autora: Paola de Azevedo Escola: E.E.B Eng. Annes Gualberto - 8 Srie (Ensino Fundamental)

O lixo nas praiasFoto: Thalita do Santos

RecicleO que podemos fazer com os materiais que no utilizamos mais e seriam jogados no lixo?arrafas PET, vidro, jornal, papelo, caixas de leite, entre outros, podem virar artesanato. Por exemplo, com o jornal podemos fazer cestinhas, com caixas de leite embalagens para presentes, com papelo brinquedos e decoraes, alm de podermos utilizar a garrafa PET para uma infinidade de artes reciclveis.

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m uma visita Rua Verglio Machado Cidral, onde est localizado o trapiche, lugar movimentado por pescadores locais, foi realizada uma breve entrevista com dois pescadores, Sr. Sidnei dos Santos e o Sr.

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Ultimamente ouve-se muito falar em sustentabilidade, e sempre agregam esse termo com o meio ambiente, mais af inal, o que sustentabilidade? O que ser sustentvel?egundo a Doutora em Gesto empresarial Bianca Francine P. Galvo Ramos a sustentabilidade pode ser definida como: Satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das geraes futuras de satisfazer suas prprias necessidades. Ou seja devemos sim dar espao ao progresso, porm com cuidado, para no prejudicar demais o ambiente, devemos buscar um certo equilbrio. E nas pequenas atitudes temos que sempre procurar um meio para ajudar a preservar a natureza, um exemplo fcil praticar os 8 Rs da conscincia: - Refletir: Lembre-se de que qualquer ato de consumo causa impactos do consumo no

Porque reciclar o papel? Porque cada tonelada de papel reciclado evita que derrubem de de 10 a 30 rvores. Em mdia essa mesma tonelada de papel economiza 2,5 barris de petrleo usados em sua fabricao com menos poluio no ar. Reciclando papis, diminui-se a quantidade de lixo em aterros sanitrios, aumentando o tempo de uso destes locais. Quanto tempo a natureza leva para absorver o lixo? Jornais: de 2 a 6 semanas. Embalagens de papel: de 1 a 4 anos. Guardanapos de papel: 3 meses. Pontas de cigarro: 2 anos. Palito de fsforo: 2 anos. Chiclete: 5 anos. Cascas de frutas: 3 meses. Nylons: de 30 40 anos. Copinhos de plstico: de 200 a 450 anos. Latas de Alumnio: de 100 a 500 anos. Tampinhas de garrafas: de 100 a 500 anos. Pilhas e Baterias: de 100 a 500 anos. Garrafas de Plstico (PET): mais de 500 anos. Tecido: de 6 a 12 meses. Vidro: tempo indeterminado. Madeiras pintadas: 13 anos. Fralda descartveis: 600 anos. Pneus: Indeterminados.

Meio AmbienteO que voc sabe sobre o mangue?s mangues ou manguezais so considerados ecossistemas costeiros, ele aparece nas regies tropicais e subtropicais. Esse ecossistema a transio entre os ambientes marinho e terrestre. Na Baa da Babitonga, essa vegetao corresponde a 75% do total deste ecossistema encontrado em Santa Catarina, com rea aproximada de 6.200ha, de acordo com estudos do IBAMA. O mangue um bioma diferente das florestas, apresentam baixa riqueza de espcies, contudo, encontramos nele bromlias, liquens, hibiscos e gramneas. A vegetao apresenta importncia na proteo da zona costeira contra perturbaes atmosfricas, evitando a eroso atravs da fixao das terras, funcionando como filtros na reteno de alimentos. considerado um grande berrio de vrias espcies, abriga espcies transitrias e residentes, ajuda no controle do nvel das mars, no armazenamento de carbono e tem uma produtividade elevada. A folha do mangue salgada pois ela elimina o excesso de sal contido dentro dela. O solo contm uma leve mistura de lodo e areia, quanto mais areia, mais firme ela ficar. Ele tem uma colorao escura pela quantidade de matria orgnica que concentra ali. Alm disso, tem um cheiro desagradvel, pela grande quantidade de gs metano que libera no ambiente., Mesmo no sendo cheiroso e agradvel, o mangue sofre com a falta de saneamento bsico e com o despejo de substncias contaminantes com alto poder de poluio. Por isso, antes de poluir o mangue, lembre-se que por ele que passam algumas coisas que voc come. Preserve e passe adiante! Autoras: Thainah Cidral e Vitria Regina Escola: E.E.B. Felipe Schmidt - 2 Ano (Ensino Mdio)Foto: Johnatas A. Alves

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O que fazer com o lixo?que procuramos fazer com o lixo que ns usamos? Existe em nossa cidade a coleta seletiva que levada para uma cooperativa de catadores de reciclveis e ali o material separado em metais, plsticos, papis, vidros e etc., para posteriormente serem vendidos para as recicladoras da regio. Podemos ento dizer que devemos separar nosso lixo para ajudar nesse processo de reciclagem. Quanto Tempo dura uma garrafa pet? As garrafas PET duram aproximadamente mais de 200 anos, pois os materiais que a compe so de alta resistncia. Como reciclar uma garrafa PET? Reutiliz-la como vaso para plantas, flores de plstico (artesanato) e brinquedos.Foto: Grcia Mariz

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Resduos encontrados s margens da Baa da Babitonga importante reciclar os papis, vidros, papeles, garrafas e etc. porque muitas pessoas no sabem utilizar esse materiais .O resto dos produtos que so acondicionam, eventualmente tudo so jogados no lixo misturando-se com materiais orgnicos. Alm disso, separando o lixo empregos podem ser gerados nas usinas de reciclagens. Materiais reciclveis podem ser usados de diversas formas gerando renda transformam o ambiente e ocasionam uma vida socioambiental consciente possvel de acontecer. Autores: Paula Trindade e Anderson Macedo Escola: E.E.B. Felipe Schmidt 2 Ano (Ensino Mdio)

Cesto de Lixo feito com Tampinhas de garrafa PET.

Foto: Johnatas A. Alves

Pr do Sol na Baa da Babitonga, com a vegetao de manguezal aos fundos.

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onsiderado como o maior evento ambi ental do mundo, o Dia Mundial de Lim peza de fato uma rede de eventos visando conscientizar a populao sobre a importncia de conservar os ecossistemas agredidos pelo ser humano em todo o planeta. A cada ano vem contando com uma participao crescente, envolvendo cerca de 130 pases, centenas de milhares de voluntrios e coleta de milhares de toneladas de lixo. Todos os anos durante o 3 final de semana de setembro, ocorre o dia Mundial de Limpeza, e voluntrios de todas as partes do mundo vo s ruas, praias, lagos e rios coletar o lixo depositado pelos usurios locais, turistas e por descargas originadas de navios. Alm disso, fazem mais do que apenas catar e pesar o lixo: classificam e catalogam o que encontram em fichas padronizadas, que posteriormente so enviadas ao organizador mundial da Ao (em Sydney, na Austrlia), possibilitando assim rastrear a origem desses detritos. A inteno colaborar com o delineamento de novas polticas pblicas, a partir da formao de um banco de dados, possibilitando que pases, estados e municpios busquem sadas adequadas para o problema do lixo. Nas aes que o Instituto COMAR organiza nas praias do norte de Santa Catarina, desde 2008, a caminhada pelo litoral realizando a coleta de materiais estranhos ao ambiente objetiva sensibilizar a populao para a conservao das praias e conscientizar voluntrios e expectadores quanto ao consumo desnecessrio de embalagens e produtos descartveis, alm dos problemas gerados pelo descarte inadequado de resduos slidos, incentivando o consumo sustentvel e alertan-

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do sobre as causas e conseqncias da cres cente degradao dos ambientes costeiros (oceanos, mares, esturios, manguezais e lagoas). importante ressaltar que esse movi-

mento no tem conotao poltico-partidria. No queremos culpar as instituies competentes pelo acmulo de lixo em nosso litoral. Queremos, sim, identificar o tipo de lixo jogado em nossas praias e divulgar para a sociedade os resultados do mutiro de limpeza, identificando o tipo e a quantidade de lixo coletado, para podermos depois propor aes junto s autoridades competentes, comerciantes, fabricantes e sociedade civil organizada, a fim de reverter esse quadro. Queremos, sim, conscientizar nossa populao para os problemas gerados pelo lixo abandonado em locais imprprios. Queremos, sim, praias limpas e despoludas para nossos filhos e geraes futuras. Este um trabalho voluntrio dos amantes da natureza, dos ambientalistas e

dos que querem uma melhor qualidade de vida. No norte do estado de Santa Catarina, a adeso Campanha do Dia Mundial de Limpeza iniciou em 2008, com a participao do municpio de Balnerio Barra do Sul, em 2009, participaram da iniciativa dois municpios So Francisco do Sul e Balnerio Barra do Sul. Em 2010 foram trs os municpios, So Francisco do Sul, Balnerio Barra do Sul e Barra Velha, todos sob a coordenao do Instituto COMAR. Nestes 3 anos de campanha, conseguimos retirar mais de 1,5 toneladas de lixo das praias de nosso litoral, contando com o auxlio de mais de 200 voluntrios. O sucesso obtido desde a primeira ao fruto de parcerias com as prefeituras, ONGs, associaes de moradores, escolas, bombeiros e apoio de empresas privadas. Sabendo-se que a sujeira nas praias resultado da falta de conscientizao da populao, acreditamos que o principal objetivo do mutiro - conscientizar as pessoas sempre foi alcanado com sucesso, alm de conseguirmos retirar centenas de quilos de lixo das praias. Em 2011, devido quantidade de chuva que atingiu nosso Estado, a Campanha de Limpeza nas Praias no ocorreu na data prevista, dia 17 de Setembro. N o entanto, a equipe do Instituto COMAR est comprometida a realizar esta campanha durante o vero 2011/12, possivelmente em Janeiro. Fiquem atentos, pois a sua participao de suma importncia para a efetiva realizao desta campanha. Desde j, CONTAMOS COM VOC !!! Para obter mais informaes sobre esta ou outras campanhas realizadas pelo Instituto COMAR, entre em contato pelo e-mail [email protected] ou acesse www.institutocomar.org.br Douglas Macali Souza Bilogo, Ps Graduado em Manejo e Conservao da Biodiversidade, Scio Fundador do Instituto COMAR - Conservao Marinha do Brasil - [email protected]: Instituto Comar / Divulgao

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Fotos: Instituto Comar / Divulgao

projeto Meros do Brasil est formando uma rede de instituies de pesquisa ao longo do litoral brasileiro para abordar a problemtica enfrentada pela espcie e ambientes associados no pas. As diversas aes so desenvolvidas de forma autnoma pelas organizaes que integram esta rede, mas a cooperao tcnica e padronizao de metodologias entre as diversas instituies so necessrias para se abordar os desafios de pesquisa e conservao de uma espcie que possui uma extensa distribuio geogrfica. O trabalho em parcerias e o grande diferencial do Meros do Brasil, que constri uma rede nacional de articulao, tendo o Mero como figura central e agregadora de conceitos e valores sobre a temtica da conservao marinha. Este grande potencial atingido somando-se capacidades institucionais e pessoais de diversas organizaes governamentais, terceiro setor, setor privado e cidados independentes como escolas, pescadores, mergulhadores, empresas de mergulho, empresrios de pesca, veculos de comunicao, turistas, pesquisadores, funcionrios pblicos e ambientalistas. Hoje a Rede Meros do Brasil realiza trabalhos na rea de pesquisa e conservao em 8 estados do Brasil. Fabiano Grecco membro da rede meros do Brasil e atua no estado de Santa Catarina, conhecendo bem as problemticas relacionadas a conservao encontradas na regio da Baia da Babitonga.

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EntrevistaFabiano Grecco Bilogo - Mestrando em Ecologia e Conservao - UFPR e Pesquisador Rede Meros do Brasil de Pesquisa e Conservao / Associao de Estudos Marinhos e Costeiros ECOMAR 1 Como surgiu a Rede Meros do Brasil? R: A Rede Meros do Brasil surgiu em 2003, tendo como pedra fundamental, pesquisas relacionadas biologia e ecologia do mero na regio de So Francisco do Sul. Atualmente composta por vrias instituies de ensino e pesquisa e ongs, a Rede atua em seis estados da costa brasileira. Ainda com especial ateno bioecologia dos meros, desenvolvemos tambm pesquisas com outras espcies de peixes alm de aes para a conservao de ambientes costeiros e marinhos, valorizao de culturas tradicionais, gesto compartilhada de recursos e educao ambiental.

2 Fale um pouco sobre a Rede Meros do Brasil e sua importncia para a Regio da Baa da Babitonga. R: Ns temos a mesma importncia que cada cidado que preza pelo desenvolvimento limpo, consciente e igualitrio. Porm, temos a responsabilidade contribuir para o desenvolvimento cientfico e de disseminar essas informaes pra que sejam aplicadas para o bem. 3- Qual a importncia da Conservao desta espcie? R: Durante muito tempo o mero foi explorado pela pesca submarina e artesanal e industrial. Atualmente uma espcie de peixe classificada pela Unio Internacional para a Conservao da natureza como criticamente ameaada, devido ao acentuado declnio de suas populaes em toda sua rea de ocorrncia. Caractersticas da histria de vida dos meros como maturao tardia e crescimento lento, associadas explorao pesqueira desordenada o colocaram nesta situao. Por isso, no Brasil um peixe protegido por lei desde 2002 (Portaria IBAMA n 42/2007). Esto disponveis em nosso site (www.merosdobrasil.org) resultados de algumas pesquisas j realizadas em Santa Catarina. 4 O quo importante o conhecimento dos pescadores para auxiliar no RMB e na conservao desta espcie? R: Pescadores e a comunidade em geral pode contribuir com as pesquisas. Podem informar capturas acidentais ou ocorrncia de espcimes mortos, por exemplo. Muitos dos pescadores da Baa Babitonga e seu entorno vem a anos participando de pesquisas da Rede Meros do Brasil, compartilhando informaes importantssimas sobre os meros e diversas outras espcies da regio. Mergulhadores e pescadores submarinos podem ainda contribuir com o Programa de Pesquisa Participativa, informando avistagens de meros atravs do site www.merosdobrasil.org. Se um mergulhador fotografar um mero tambm pode inserir sua imagem num banco de dados nacional, que possibilita a fotoidentifcao dos meros, um trabalho essencial para o acompanhamento das populaes deste peixe incrvel. O conhecimento dos pescadores de grande importncia, e de inestimvel valor para o melhor entendimento sobre a ecologia do mero e de muitas outras espcies. 5 Atualmente, na sua opinio, quais so os maiores problemas ambientais encontrados na Baa da Babitonga? R: A falta de saneamento que existe nos seis municpios da Baa, a destruio de reas de manguezal pela urbanizao desordenada e o aoreamento. Devemos considerar tambm alguns projetos de portos em reas internas da Babitonga que traro, junto consigo impactos ambientais e preocupantes problemas sociais, como crescimento desordenado das cidades e inviabilizao das atividades pesqueira e turstica.

6 No seu ponto de vista, qual a importncia da criao da Reserva de Fauna para a Baa da Babitonga e seu entorno, e de que maneira ela vem contribuir para as comunidades que utilizam os recursos da Babitonga? R: Sob meu ponto de vista a criao desta Unidade de Conservao de Uso Sustentvel pode vir a ser a mais eficiente ferramenta para integrar usurios e gestores pblicos a fim de promover a gesto compartilhada da Baa da Babitonga. Toda Unidade de Conservao possui um Conselho Gestor, formado em parte por integrantes da sociedade civil (associaes de pescadores, associaes de moradores, organizaes no govarnamentais), e em parte por representantes do poder pblico. Desta maneira, atravs da participao popular nos processos de tomada de deciso, relacionados resoluo de problemas e busca de oportunidades, a comunidade fortalecida. Sua voz tem peso nas decises! A criao da Reserva de Fauna, garantindo maior participao popular na gesto da Babitonga, certamente facilitar a resoluo de conflitos na atividade pesqueira e potencializar a promoo do turismo ecolgico e cultural de base comunitria e da maricultura. Todas estas, atividades com baixo impacto e com grande potencial de gerao de renda para comunidades dos seis municpios do entorno da Baa. Para conhecer melhor a proposta, o leitor pode acessar o site da Rede Meros do Brasil (www.merosdobrasil.org) e obter os estudos tnicos elaborados pelo IBAMA e mais recentemente pelo Instituto Chico Mendes de Conservao da Biodiversidade ICMBio. Nestes documentos existe uma grande quantidade de informaes sobre os ecossistemas da Baa Babitonga e sobre a realidade scio-econmica de seu entorno. 7 Voc j vem a algum tempo trabalhando com conservao na baa da Babitonga. Como voc imagina que ela estar daqui a 10 anos? R: Espero encontr-la to bela e rica quanto hoje. Mais ainda... Espero encontr-la to rica quanto j foi um dia! Rica como nas histrias que ouvi de muitos pescadores antigos. Quero encontr-la prspera! Quero encontrar o to aclamado desenvolvimento, mas espero que ele venha acompanhado de bom senso, de respeito s pessoas e suas tradies e respeito ao meio ambiente.Foto: Leco Bueno

Mero (Epinephelus itajara)

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Projeto TONINHAS um projeto que visa a conservao e pesquisa da toninha (Pontoporia blainvillei) em Santa Catarina, atravs do monitoramento de indivduos da espcie. Sero utilizados transmissores satelitais para a investigao de padres biolgicos e ecolgicos, mapeamento de reas prioritrias para a conservao da espcie e sensibilizao ambiental das comunidades litorneas. O projeto patrocinado pela Petrobras atravs do Programa Petrobras Ambiental e Governo Federal, realizado pela Universidade da Regio de Joinville - UNIVILLE.

Conhecendo a Toninhatoninha (Pontoporia blainvillei) encontrada no litoral da Amrica do Sul, entre o Brasil (Esprito Santo) e a Argentina (Golfo San Matias).

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Mapa da distribuio da Toninha (Pontoporia blainvillei). Fonte: IUCN - Red List of Threatened Species. Disponvel em www.iucnredlist.org

Segundo pesquisas feitas pela equipe do Projeto Toninhas, existem cerca de 50 indivduos desta espcie na Baa da Babitonga, em So Francisco do Sul Santa Catarina. No Brasil, a espcie est includa na Lista Nacional das Espcies da Fauna Brasileira Ameaada de Extino, tendo sido classificada como "Vulnervel" no Plano de Ao dos Mamferos Aquticos do Brasil e como "Em Perigo" no Livro Vermelho da Fundao Biodiversitas. A base de sua alimentao constituda principalmente de pequenos peixes, com aproximadamente 10 cm de comprimento. Ao contrrio dos golfinhos, a toninha discreta, no sendo freqente a sua visualizao fora da gua, podendo ser observada somente sua cabea quando ela sai para respirar. As Toninhas so vistas de 3 a 4 vezes por semana, e no ficam muito tempo fora da gua , afirma Luan Fernando Barros, marinheiro de So Francisco do Sul. Alm disso, elas ficam pouco tempo fora da gua, e no se exibem com saltos, completa Barros. Foto: Marta J. Cremer A espcie muito arisca, por isso evita aproximao embarcaes, mesmo assim capturas acidentais em redes de pesca acontecem, causando mortes por afogamento e/ou stress. Esse no o nico risco que as toninhas sofrem com as embarcaes, elas tambm podem ser feridas pelas hlices, muitas vezes causando bitos. Por esse motivo, os pescadores devem tomar cuidados para evitar esse incidente. Um dos fatores que tambm constitui uma das principais ameaas para a extino da espcie a grande poluio que a Baa da Babitonga recebe, tanto de So Francisco do Sul pelos moradores e na alta temporada, com os turistas, quanto de Joinville com esgotos e

lixos despejados na Baa. Outro fator a poluio sonora, a qual atrapalha a comunicao entre elas e ao mesmo tempo causa desorientao. O Porto, que apresenta intensa movimentao de navios e embarcaes, torna-se um grande emissor de poluio sonora e ambiental. Uma maneira de preservar as toninhas no andar com embarcaes ou navios em velocidade muito elevada em reas onde sua presena constante. Essa seria uma forma de preservar no s as Toninhas, mas tambm outras espcies que ali habitam, como por exemplo o Golfinho Cinza. Porm o que falta para muita gente informao, muitas vezes as pessoas so informadas, mas no tem conscincia ambiental/ecolgica e/ou respeito pela natureza. Se o ser humano no tem amor prprio, como vai amar a natureza?, questiona Alisson Valrio Brito, presidente do Instituto Ecociente. O ser humano tem quer ter respeito, convvio e conhecimento sobre a natureza para poder preservar, acrescenta Brito.Autores: Lorena Cidral, Thainah Cidral e Vitria Regina Escola: E.E.B. Felipe Schmidt - 2 Ano (Ensino Mdio)

EntrevistaMarta Jussara Cremer Biloga, com Mestrado em Ecologia e Recursos Naturais e Doutorado em Zoologia atua como Docentepesquisadora na Fundao Educacional da Regio de Joinville/Unidade So Francisco do Sul. 1 Fale um pouco sobre o Projeto Toninhas e sua importncia para a Regio da Baa da Babitonga. R: H mais de dez anos que desenvolvemos projetos com cetceos na Baa da Babitonga. Este ano, com o patrocnio da Petrobras, atravs do Programa Petrobras Ambiental, estamos intensificando nossas aes com nfase na toninha, por ser esta a nica espcie de pequeno cetceo ameaada de extino no Brasil. O projeto desenvolve pesquisas sobre a biologia (dieta, contaminao, parasitologia, reproduo, etc) e ecologia da espcie (uso de habitat, distribuio, estimativas populacionais, padres de residncia, etc). Atualmente estamos utilizando transmissores satelitais, que iro gerar informaes inditas sobre a toninha, como rea de vida, padres de mergulho e comportamento da espcie, que podero subsidiar aes de conservao ao longo de sua distribuio. Desenvolvemos tambm um programa de educao ambiental no Espao Ambiental Babitonga, onde a comunidade pode conhecer um pouco mais sobre os ecossistemas e a fauna local. Os cetceos, como as toninhas, so considerados sentine-

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Foto: Projeto Toninhas

las dos ecossistemas que habitam, pois indicam a qualidade do ambiente, e tambm so conhecidos como espcies guarda-chuva, pois a sua conservao representa a conservao de todo o ecossistema onde vivem. 2 - Quais tipos de trabalhos com cetceos, alm do Projeto Toninhas, esto sendo realizados atualmente na Baa da Babitonga? R: Alm da toninha, a Babitonga tambm abriga uma populao residente de botos-cinza, que vem sendo estudada paralelamente. Da mesma forma, estudamos sua biologia (dieta, contaminao, parasitologia, reproduo, etc) e ecologia (uso de habitat, distribuio, estimativas populacionais, padres de residncia, etc). Alguns indivduos j so conhecidos h mais de 10 anos, sendo identificados atravs de marcas naturais na nadadeira dorsal. 3 Como os moradores, pescadores e populao em geral podem auxiliar com estes projetos? R: Todos podem contribuir com o projeto fornecendo informaes sobre a ocorrncia de animais vivos e mortos. muito importante que quando encontrar um animal morto, a equipe do projeto seja avisada o mais rpido possvel para que possa recuperar o material. Os animais mortos so uma impor 4 Voc acredita na educao ambiental como uma ferramenta importante no auxilio para a conservao e preservao de ambientes ecologicamente importantes como a Baa da Babitonga? R: Sim, mas apenas na Educao Ambiental desenvolvida como processo. Precisamos de aes educativas de carter permanente que reforcem o comprometimento das pessoas com o lugar onde vivem e contribuam na mudana de atitudes, e no apenas aes pontuais. As pessoas pouco conhecem sobre o ecossistema onde vivem, sua importncia e sobr como podem contribuir para a qualidade do meio ambiente. Qualquer estratgia de conservao implica, necessariamente, no envolvimento da comunidade que vive no local, que deve estar bem informada e sensibilizada com a causa. 5 Atualmente, quais so os maiores problemas encontrados na Baa da Babitonga? R: A expanso porturia para o interior da baa pode ser considerada uma grande ameaa, de carter irreversvel, que poder comprometer todo o ecossistema caso se concretize. A rea tambm sofre com problemas crnicos, como o lanamento de esgoto domstico e industrial, o lixo e o crescente assoreamento. O problema do assoreamento pode ser atribudo, em grande parte, ao fechamento do Canal do Linguado, que tambm prejudica a circulao da gua na baa. Mas no podemos esquecer que o sedimento que causa este assoreamento vem da bacia de drenagem, ou seja, dos rios. A

destruio das matas ciliares dos rios que desaguam na baa tambm um fator de grande impacto. A dragagem, consequencia deste assoreamento, tambm muito prejudicial fauna local. 6 No seu ponto de vista, qual a importncia da criao da Reserva de Fauna para a Baa da Babitonga e seu entorno? R: A Babitonga alvo de muitos e contraditrios interesses. A baa necessita de um mecanismo de gesto integrada de seus recursos naturais, onde a populao possa contribuir nas decises. Entendo que a Reserva de Fauna possa ser este mecanismo, pois se trata de uma unidade de conservao de uso sustentvel, ou seja, onde possvel explorar seus recursos naturais, mas de maneira sustentvel. A Babitonga um berrio da vida marinha e merece maior ateno dos rgos pblicos e da comunidade para que sua capacidade produtiva no se esgote. 7 Durante muito tempo voc trabalha com a conservao da baa da Babitonga. Como voc imagina que ela estar daqui a 10 anos? R: Estamos vivendo um momento decisivo, que ir definir o futuro da regio. Se a expanso porturia para o interior da baa ocorrer, o cenrio daqui a 10 anos ser desastroso. O turismo, a pesca e outras atividades extrativistas sero comprometidas, alm de mudanas substanciais na comunidade e na paisagem local. Contudo, se seguirmos pelo caminho de um desenvolvimento mais sustentvel, podemos vislumbrar um futuro mais promissor e com mais qualidade de vida para toda a populao do entorno. Investimentos tem sido feitos no saneamento bsico e as indstrias esto mais preocupadas com seus efluentes frente a um mercado cada vez mais exigente em relao aos cuidados com o meio ambiente. A deciso sobre a abertura ou no do Canal do Linguado, que hoje esta judicializada, tambm ter grande influncia sobre o futuro da regio.

EntrevistaCludio Rudolfo Tureck Secretrio de Meio Ambiente da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de So Francisco do Sul/SC. Contatos: [email protected] (47)3444-0198 1 Quais as funes atribudas Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) de So Francisco do Sul? R: Como de responsabilidade de rgos ambientais municipais, a SMMA atua diretamente no LICENCIAMENTO, FISCALIZAO e EDUCAO AMBIENTAL. No item Licenciamento Ambiental esto, entre

os principais servios prestados, a AuC Autorizao de Corte de Vegetao, Averbao de Reserva Legal e DOF Documento de Origem Florestal (Autorizao para transporte). A SMMA ainda emiti pareceres ambientais para viabilidade de construo, autorizao de construo, reforma, ampliao, ligao de energia eltrica, autorizaes estas vinculadas outras secretarias municipais. A Educao Ambiental bastante voltada s escolas e crianas, mas abrange toda a comunidade em seus diversos projetos como o de Coleta de Pilhas e Baterias, Recolhimento de leo Cozinha usado, separao de resduos reciclveis, recuperao de reas degradadas, preservao de mananciais, mutires de limpeza nas praias, monitoramento da qualidade de gua entre outros. 2 Quais as normas e quais as formas de fiscalizao utilizadas pela SMMA a fim de minimizar os danos ocasionados pelos grandes poluidores da cidade de So Francisco do Sul? R: A SMMA segue rigorosamente as leis Federais, Estaduais e Municipais pertinentes aos assuntos ambientais e trabalha em parceria com a fiscalizao municipal, FATMA, IBAMA e Polcia Ambiental. 3 Existe atualmente algum tipo de questionamento relacionado s polticas para conservao da biodiversidade em discusso na cidade de So Francisco do Sul? As questes ambientais no municpio so amplamente discutidas no Conselho Municipal de Meio Ambiente, que deliberativo e tem poder de deciso, no entanto, ele precisa da participao efetiva da comunidade que representada por entidades eleitas por maioria de votos. Ressalto sempre da fora que a comunidade tem quando est organizada. 4 - No seu ponto de vista, quais so os maiores problemas encontrados na Baa da Babitonga? R: Sem dvidas, o aspecto da carncia de saneamento bsico o principal fator que compromete a baa Babitonga, mas tambm no se pode deixar de citar a captura de pescados nos perodos de defeso das espcies. 5 Qual a importncia da criao da Reserva de Fauna para a Baa da Babitonga e seu entorno? R: Ser benfica para as comunidades de pescadores artesanais, ao Ecoturismo e maricultura (cultivo de organismos marinhos). Trar a possibilidade e oportunidade de tomada de deciso em nvel regional e local. 6 - Durante muito tempo voc mora e trabalha na Baa da Babitonga. Como voc imagina que ela estar daqui a 10 anos? R: Apesar de toda presso pela instalao de mais portos, a populao vem se organizando e est mais atenta e preocupada com as questes ambientais. Acredito que se cumpridas as metas do Plano de Saneamento Bsico do Municpio de So Francisco do Sul e dos municpios do entorno, teremos uma melhor qualidade ambiental e desenvolvimento de atividades aliadas conservao ambiental.

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EsgotoVoc sabe de onde vem a gua que sai de sua torneira?fim de conhecer os procedimentos usados no tratamento de gua do municpio de So Francisco do Sul, as reprteres ambientais Ana Carolinna S. Schneider e Mayara Arins, visitaram a SAMAE - Servio Autnomo Municipal de gua e Esgoto, localizada no Bairro Rocio Grande, em 17 de agosto de 2011. De acordo com o Sr. Jeferson Peixe Lima, responsvel pela operao de tratamento no dia, o processo de tratamento de gua est livre de qualquer tipo de contaminao, evitando a transmisso de doenas. A estao de tratamento baseia-se em um processo simples onde a gua consumida no municpio captada na barragem do Rio Laranjeiras, percorrendo o bairro Rocio Grande, sendo distribuda para os bairros atravs da rede de adutoras. O processo de tratamento de gua realizado atravs de 7 etapas: COAGULAO: quando a gua,em sua forma bruta (no tratada), entra na ETA (estao de tratamento de gua) e passa para os tanques, recebendo uma determinada quantia de sulfato de alumnio, que serve para atrair e unificar as partculas slidas que se encontram na gua. (Figura 2) FLOCULAO: Nos Tanques de concreto com a gua em movimento as partculas slidas se fundem em flocos maiores. DECANTAO: Em outro tanque, por ao da gravidade, os flocos com impurezas ficam depositadas no fundo do tanque que as separam da gua.

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FILTRAO: gua passa por um filtro, formado por carvo, areia e pedra. Nesta etapa, as impurezas de tamanho pequeno, ficam retidas no filtro. DESENFECTAO: aplicado na gua cloro ou oznio para eliminar microorganismos causadores de doena. FLUORETAO: aplicado flor na gua para evitar cries. CORREO DO PH: aplicada uma certa quantia de cal hidratado ou carbonato de sdio. Esse procedimento serve para corrigir o PH da gua. Hoje a SAMAE abastece cerca de 42.000 habitantes em So Francisco do Sul, estima-se que no vero e no carnaval esse nmero duplicado, e com isso, irrefutvel que os muncipes sofram com a falta de gua. Para isso no acontecer preciso que faamos o uso correto da gua, para no sofrermos futuramente com a falta dela. Hoje, o que interessa no so apenas as grandes, mais tambm as pequenas atitudes, para enfim garantirmos um futuro melhor e mais saudvel para todos. No adianta fazermos uma pequena campanha s para dizer que estamos fazendo alguma coisa. Vamos evitar o desperdcio, para que amanh levantemos com nossa conscincia livre de qualquer culpa. No deixe para amanh o que voc pode fazer hoje!

Seja voc a mudana que quer ver no mundo! (Mahatma Ghandi) Autoras: Ana Carolinna S. Schneider e Mayara Arins Escola: E.E.B Eng. Annes Gualberto - 8 Srie (Ensino Fundamental)

Tanque de coagulao.

Saneamento bsico na praia de Paulasomo pode ser observado na foto abaixo a maioria das praias em So Francisco do Sul so receptores de esgoto. Os moradores alegam que o esgoto filtrado, mas a maioria das casas no utilizam as fossas adequadas para o processo de filtrao. Ao todo so 3 fossas que compem o processo de filtrao. Alguns utilizam apenas 1 das fossas ou at mesmo nenhuma, ligando o esgoto diretamente no sistema fluvial da rua. Segundo Deise Regina Souza, moradora e professora no Bairro, sua casa ecologicamente correta, pois utiliza as 3 fossas e aciona o caminho pipa para coleta dos resduos. A mesma afirma que se a maioria das pessoas tivesse a mesma viso, teramos praias mais limpas e uma melhor qualidade de vida. Autor: Luis Geovane Gonalves Escola: E.E.B. Felipe Schmidt - 3 Ano (Ensino Mdio)

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Fossa Filtro

Praia do Bairro Paulas- SFS

fim de pesquisar e tentar conscientizar as pessoas que moram prximo s praias, foi realizada uma visita as esses ambientes, com os reprteres ambientais Letcia Ges e Geovane Gonalves. Em duas praias foi fcil observar os canos de

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esgoto ligados ao mar, como na Praia do Budal e do Calixto. triste ver essa cena, j que todo o esgoto vai para as praias e poluem toda a gua, matando os peixes e podendo causar doenas s crianas que ali se banham diz Roseli, moradora do bairro Paulas. Alm de todo o esgoto, tubulaes grandes e pequenas ligadas ao mar, tambm comum ver muito lixo jogado ao meio de tanto esgoto, e crianas brincando ao redor de toda a sujeira. A soluo para esse problema seria a instalao de uma fossa sptica. Esse tipo de fossa nada mais que um tanque enterrado, que recebe os esgotos (dejetos e gua servidas), retm a parte slida e inicia o processo biolgico de purificao da parte lquida (efluente). Mas preciso que esses efluentes sejam filtrados no solo para completar o processo biolgico de purificao e eliminar o risco de contaminao. Autores: Letcia Ges e Luis Geovane Gonalves Escola: E.E.B. Felipe Schmidt (Ensino Mdio)

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Foto: Ana Carolinna S. Schneider

EsgotoEsgoto a cu aberto!Muitas pessoas podem considerar o esgoto a cu aberto insignif icante, porm prejudica e muito o meio ambiente e as comunidades. Temos que ter conscincia sobre o impacto que o esgoto no tratado tem na natureza, bem como as conseqncias que isso gera sobre as pessoas, causando doenas e problemas de sade.

des poderiam ter seus esgotos tratados. O esgoto pode ser insignificante para algumas populaes, portanto causa muitos problemas para muitas pessoas e comunidades At os animais ficam indignados com esses problemas, das comunidades, das pessoas que no tem conscincia, em no jogar lixo no lugar correto, que auxiliam para a poluio aumentar cada vez mais ! Como esse problema acaba prejudicando o meio ambiente e pode acabar prejudicando os animais, temos que ter conscincia e cuidar de nossa comunidade. Autoras: Julia Carolina Jacinto e Paola Azevedo Escola: E.E.B Eng. Annes Gualberto - 8 srie (Ensino Fundamental)

mesmo modo que as indstrias investem em novas tecnologias para prejudicar o mnimo possvel a natureza, preciso que as pessoas tenham iniciativas sustentveis em suas casas tambm, como por exemplo, a reciclagem de lixo e o uso inteligente de gua e energia. A educao voltada para a conscientizao ambiental, permite a internalizaro de conceitos e questes, como por exemplo: como usar os recursos naturais de forma responsvel? Qual a importncia da natureza na vida do homem? Como devem ser separados os resduos de casa? Dentre muitas outras envolvendo meio ambiente e sociedade.

Meio AmbienteAf inal, qual a funo da Educao Ambiental?presena de esgoto a cu aberto a degradao ambiental mais freqente no Brasil, frente do desmatamento e das queimadas. Os dejetos lanados inadvertidamente em fossas abertas, rios, lagos ou mesmo na sarjeta tornam-se a causa de doenas que anualmente levam milhares de crianas morte. O problema ainda um entrave ao desenvolvimento econmico de muitos municpios, que, devido falta de saneamento, perdem em parte seu potencial turstico e tem atividades como a pesca prejudicada. Outra conseqncia do lanamento de esgoto a cu aberto a poluio das guas em nascentes, rios, lagos, reservatrios e at mesmo lenis freticos. Em quase um quarto das cidades com rios e lagos poludos, a principal causa de contaminao foi o despejo de resduos industriais, de leos e graxas. O esgotamento sanitrio compe parte dos indicadores de desenvolvimento humano em que o Brasil est mais atrasado, de acordo com o PNUD (Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento). As pessoas da comunidade tentam minimizar esse problema fazendo valas para o escorrimento do esgoto, mas isso acaba piorando, porque isso acaba interferindo nas casas. Com isso pode causar enchentes nos dias de chuva. O esgoto um problema no s para a comunidade do portinho, e sim para todas as comunidades de so francisco. Alm disso no vero esse esgoto acaba causando mau cheiro, e pode causar doenas, podendo at causar a proliferao do mosquito da dengue pela gua parada. Por isso essas comunida

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om o grande crescimento populacional e industrial, o consumo e a demanda por riquezas naturais e minerais tm atingido nveis cada vez mais crticos. E com tanta explorao, normal que o planeta responda de maneira agressiva, seja atravs de mudanas climticas ou de outros desastres naturais. onde entra a Educao ambiental, justamente para conscientizar a populao a respeito da temtica ambiental e propor aes de sustentabilidade para garantir um meio ambiente equilibrado e saudvel. A educao est em constante dilogo com a sociedade. Sendo assim, as escolas, em todos os seus nveis, tm um papel importantssimo na formao de cidados conscientes, isto , que saibam reconhecer os problemas globais e apresentem um esprito de defesa da sociedade e do meio ambiente. Uma prtica pedaggica voltada para a Educao Ambiental ento a principal base para minimizar os grandes problemas sociais, ambientais e econmicos que o mundo enfrenta. Para que a Educao Ambiental seja eficaz na formao escolar necessria uma abordagem atravs das lentes da sustentabilidade. A sustentabilidade consiste em vrias aes, diretas e indiretas, que buscam o equilbrio entre o desenvolvimento econmico, o bem-estar social e a preservao do meio ambiente. Ou seja, trata-se do consumo responsvel dos recursos naturais. Medidas, como o uso de fontes de energias limpas e renovveis (biodiesel) e o plantio de rvores, principalmente nas reas degradadas, so algumas polticas adotadas para se viver em um mundo mais ecolgico. No entanto, a sociedade como um todo deve participar: do

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Na educao ambiental a teoria apenas no basta, fundamental que os alunos vejam na prtica como usar o que aprenderam na sala de aula. Os exemplos a seguir mostram como existem inmeras possibilidades de ensinar na prtica: Dinmicas que levem essas crianas a refletirem sobre as questes ambientais, incentivo em projetos pedaggicos e em atividades extracurriculares mais voltadas a conscientizao dos problemas que a natureza sofre e como resolv-los, chamar toda a sociedade para o ambiente escolar com a inteno de mobilizar um esprito comunitrio e solidrio na prpria sociedade, etc. O governo tambm tem um papel essencial na aplicao dessas prticas educativas na escola, elaborando leis de incentivo educao, mudando as grades curriculares das escolas, financiando projetos de sustentabilidade aplicados a educao, etc. Nesse sentido, cabe destacar que a Educao Ambiental assume uma funo transformadora, na qual a co-responsabilizao dos indivduos torna-se um objetivo essencial para promover um novo tipo de desenvolvimento - o sustentvel, formando cidados conscientes. Mas para que haja essa formao indispensvel parceria entre governo, sociedade e redes de ensino. Carlos Abreu http://www.atitudessustentaveis.com.br

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Meio Ambiente

Serra Dona Francisca. Joinville-SC. Temos a flora mais rica do mundo, cerca de 64 mil espcies de plantas vasculares, aproximadamente 40% das plantas tropicais com frutos. Contando plantas e animais, detemos a maior biodiversidade do planeta, mais de 20% do nmero total de espcies sobre a Terra. Toda essa incrvel biodiversidade fruto da grande variedade de climas do nosso pas, que influencia fortemente na formao dos tipos florestais. A Floresta Amaznica e a Mata Atlntica, por exemplo, so em sua maior parte florestas tropicais dependentes de grandes quantidades de chuva, enquanto que no Cerrado e na Caatinga so encontradas florestas mais secas. H florestas de pinheiros, remanescentes de eras mais frias, e mesmo as grandes regies (biomas) no florestais, como Pampa e Pantanal, possuem florestas junto a rios e encostas. De acordo com a classificao seguida pela FAO, mesmo mangues e restingas possuem florestas, desde que apresentem rvores de mdio a grande porte. A mesma organizao conceitua floretas como: reas medindo mais de 0,5 ha com rvores maiores que 5 m de altura e cobertura de copa superior a 10%, ou rvores capazes de alcanar este parmetro in situ. Isto no inclui terra que est predominantemente sob uso agrcola ou urbano. No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), encontramos 13 tipos de vegetao formada predominantemente por rvores, de acordo com a abundncia de chuvas, perenidade das folhas, riqueza de nutrientes do solo, entre outros fatores. As inmeras inter-relaes entre fauna, flora e meio fsico estabelecidas nestes sistemas, conferem s florestas uma fantstica diversidade e complexidade. Essa complexidade, no entanto, no garante uma maior resistncia s intervenes humanas. Ao contrrio, a reconstituio de sua integridade pode ser uma tarefa extremamente difcil. Portanto, a melhor sada ainda preservar nossas florestas, utiliz-las de forma sustentvel e procurar adotar hbitos de consumo

lorestas cobrem 31% da superfcie da Terra, mas a cada ano, nosso planeta perde centenas de reas equivalente cidades, repletas de rvores, animais, conhecimento tradicional e identidade cultural. Exagero? Infelizmente no. Esta a estimativa da Organizao das Naes Unidas para a Agricultura e Alimentao FAO para o desmatamento mundial: 13 milhes de hectares de florestas ao ano. Neste ritmo, em sete anos uma rea equivalente a regio sudeste brasileira (Minas Gerais, So Paulo, Rio de Janeiro e Esprito Santo) seria desmatada em funo da converso agrcola, da colheita insustentvel de madeira, do manejo inadequado das terras, da criao de assentamentos humanos, abertura de estradas, etc. Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanas Climticas (IPCC), o desmatamento responde por at 20% das emisses globais de gases de efeito de estufa (GEEs), que contribuem para o aquecimento global e, portanto, as alteraes climticas. Frente a esta triste realidade e com intuito de promover uma ao internacional para a gesto sustentvel, conservao e desenvolvimento das florestas, a Assemblia Geral da ONU declarou o Ano de 2011 como o Ano internacional das Florestas, convidando os governos, o sistema das Naes Unidas, organizaes no governamentais relevantes, o setor privado e outros atores para fazer um esforo conjunto para conscientizar o mundo sobre o manejo sustentvel, conservao e desenvolvimento sustentvel de todos os tipos de florestas, para o benefcio das geraes presentes e futuras. No Brasil, o Ministrio do Meio Ambiente atua como rgo representante do Ano Internacional das Florestas. O Brasil possui a segunda maior rea florestal do mundo, atrs apenas da Rssia, o que representa 61% do territrio nacional coberto por florestas 516 milhes de hectares, o que rende ao pas posio de destaque no cenrio internacional.

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menos agressivos ao meio ambiente. As taxas de desmatamento na Amaznia brasileira, apesar de ainda serem muito altas, vm caindo fortemente, mesmo com o crescimento econmico dos ltimos anos. O governo vem implementando, desde 2004, planos de preveno e combate ao desmatamento. Os planos, focados em aes de comando e controle, criao de unidades de conservao, e tambm em fomento de atividades sustentveis, j esto sendo implementados na Amaznia e no Cerrado. A Caatinga ganhou recentemente o seu plano de preveno do desmatamento. Na Amaznia, o pas possui um avanado sistema de monitoramento do desmatamento por satlite, e est comeando a implement-lo em outras regies. A queda continuada do desmatamento muito importante para o Brasil alcanar suas metas de reduo de emisses de gases causadores do efeito estufa, e assim cumprir seus compromissos de preveno das mudanas climticas com o planeta. Florestas protegidas garantem qualidade de vida Proteger as nossas florestas uma necessidade bsica para manter qualidade de vida e garanti-la para geraes futuras. A preservao das florestas tambm fundamental para o sucesso do processo de desenvolvimento. No apenas uma questo de proteger a vida silvestre e os recursos naturais, mas tambm garantir gua em quantidade e qualidade, estocagem de carbono, fornecimento de produtos madeireiros e no-madeireiros, alm da diversidade cultural e da beleza que elas proporcionam aos nossos olhos. Grande parte desse processo de preservao se faz atravs de Unidades de Conservao (UCs). As UCs so importantes para preservao florestal e possibilitam o uso da diversidade biolgica de forma sustentvel. As florestas podem prestar valiosos servios sociais a comunidades locais, bem como podem exercer importante papel econmico no aproveitamento de riquezas naturais. Voc sabia que os mangues so florestas midas? O manguezal definido como um ecossistema costeiro tropical de transio entre os ambientes terrestre e marinho, podendo apresentar vrias feies contnuas, como o mangue e o apicum. A feio formada por espcies arbreas (mangue) pode ser

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reconhecida como um tipo de floresta mida. As reas de manguezais esto presentes em 123 pases de regies tropicais e subtropicais. O manguezal, com todas as suas feies, deve ser protegido por representar um verdadeiro berrio para vrias espcies de peixes e invertebrados, e por fornecer meio de sobrevivncia a muitas populaes. Presta ainda servios ambientais como a proteo da linha da zona costeira, frente s mudanas climticas, a reteno de sedimentos e poluentes e a manuteno da qualidade dos ecossistemas aquticos a elas associados. Segundo o mapeamento realizado pelo Ministrio do Meio Ambiente em 2009, os manguezais abrangem cerca de 1.225.444 hectares em quase todo o litoral brasileiro, desde o Oiapoque (Amap) at Laguna (Santa Catarina), constituindo zonas de elevada produtividade biolgica, uma vez que acolhem representantes de todos os elos da cadeia alimentar. A rigor, os manguezais so considerados reas de preservao permanente, segundo o artigo 2 da Lei 4.771/65, o Cdigo Florestal. No entanto, com a expanso de empreendimentos de aquicultura (criao de peixes e camaro) ao longo de toda a costa brasileira, especialmente na ltima dcada, as reas de mangue vm sendo destrudas, o que resultou em sucessivas denncias encaminhadas ao poder pblico. Em regies de manguezais, essa atividade ocasiona no s a degradao ambiental, mas tambm grandes perdas sociais e econmicas. Fonte: Ministrio do Meio Ambiente Daniel Lus Lepka Bilogo, Mestre em Zoologia, Diretor de projetos da SAVE- Engenharia e Solues Ambientais. ([email protected])

o mais importante de tudo, falar a todos sobre a importncia da preservao. Portanto, reflita e siga em frente! Autora: Thainah Cidral Escola: E.E.B. Felipe Schmidt - 2 Ano (Ensino Mdio)

EntrevistaAna Maria Torres Rodrigues - Graduada em Cincias Biolgicas pela UFRJ e com Mestrado e Doutorado em Engenharia Ambiental pela UFSC Analista Ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservao da Biodiversidade (ICMBio) no Centro de Pesquisa e Gesto de Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul (CEPSUL), localizado em Itaja/SC. 1 Quais os maiores desafios voc enxerga para a criao de reas protegidas em ecossistemas costeiros e marinhos? R: Dentre os inmeros desafios a serem enfrentados, um dos mais difceis seria o de conquistar o apoio da sociedade e da mdia a partir da percepo das vantagens coletivas advindas da conservao de reas e recursos naturais. 2 No seu ponto de vista, qual a importncia da criao da Reserva de Fauna para a Baa da Babitonga e os benefcios para a populao que vive em seu entorno? R: A Baa da Babitonga uma importante rea de criadouro da vida marinha e abriga o maior manguezal do litoral catarinense, no limite austral de ocorrncia desse ecossistema, alm espcies da fauna nativa ameaadas de extino. Suas guas ainda so piscosas, mantendo vrias comunidades de pescadores artesanais, alm dos maricultores, que mais recentemente, utilizam uma parte da Baa para cultivar moluscos. Belas paisagens tambm so partes dessa baa, que

O que houve com a natureza?

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que est acontecendo com o nosso planeta? Hoje vivemos a chamada crise ambiental, sendo o homem o grande responsvel por essa crise. fato que desmatamos, caamos os animais, polumos as praias e as florestas e ainda por cima reclamamos de nossa qualidade de vida. No entanto, como parar essas coisas e reverter essa crise? Como preservar? Como se dedicar aos nossos hbitos? As respostas so simples, e so baseadas na conscientizao ambiental. De acordo com crianas da escola Waldemar da Costa em So Francisco do Sul, podemos cuidar da natureza no jogando lixo nas praias e florestas, evitar de comprar mercadorias que no sejam reciclveis, fazer a coleta seletiva de sucata, verificar o saneamento bsico da sua regio, no alimentar animais selvagens para que no se acostume com a civilizao e

por isso tambm abre perspectivas interessantes ao turismo. A criao da REFAU possibilitar um melhor ordenamento das atividades humanas, permitindo a melhor repartio dos benefcios da explorao sustentvel dos recursos entre s comunidades locais, de forma planejada, evitando que atividades com maior potencial degradador sejam as opes para a rea. 3 - Como anda o processo para a criao da Reserva de Fauna da Baa da Babitonga e qual a expectativa para que ela seja criada? R: O processo est no ICMBio sede, aguardando que as negociaes com o governo do Estado sinalizem positivamente para sua oficializao. 4 - De qual modo a populao pode auxiliar para incentivar a criao desta Reserva? R: Deixando claro aos poder pblico o interesse na sua decretao. Abaixoassinados, contatos com a mdia, visita aos representantes do poder pblico, dentre outras iniciativas, demonstraro a vontade da sociedade e podero acelerar o andamento do processo. 5 A gesto participativa uma ferramenta importante para a sustentabilidade marinha, como a comunidade pode contribuir com a pesquisa e conservao de ecossistemas marinhos e costeiros? R: No caso da criao da RAFAU, principalmente, participando de seu Conselho Gestor da UC, como representantes dos diferentes segmentos da sociedade local, mas tambm participando das Consultas e Audincias Pblicas, manifestando-se, sem receios de expressar suas dvidas e anseios para o local, dentre outras. 6 Do seu ponto de vista, as aes tomadas atravs da educao ambiental tem trazido algum resultado relevante para a conscientizao da populao de reas costeiras? R: As aes de EA sempre resultam em alguma tomada de conscincia e empoderam as comunidades que passam a ter maior condio de debater e expor seus anseios, no mais sendo utilizadas como massa de manobra de interesses econmicos e polticos. Por ser um processo, os melhores resultados so obtidos no mdio e longo prazo.

Manguezal da Baa da Babitonga

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Vista do interior do Parque. 1 - Qual a importncia da criao de um Parque Estadual para a regio de So Francisco do Sul? R: Talvez apenas o tempo possa responder esta questo, considerando a amplitude e a importncia da chamada questo ambiental, foco central das discusses, prticas e polticas implementadas a nvel mundial, visando reconsiderar as relaes que os seres humanos desenvolvem para com sua natureza externa, a fim de dar conta de suas vidas materiais e espirituais. No entanto, e de forma mais especfica, a Unidade de Conservao (UC) Parque Estadual Acara abre, em nosso entendimento, a possibilidade de uma nova forma de pensar as possibilidades de um desenvolvimento baseado em princpios ecolgicos. Neste sentido, prope-se atravs do Parque, um novo olhar, uma nova prtica, uma nova relao que envolva ao mesmo tempo possibilidades de melhoria da qualidade de vida e gerao de renda dos francisquenses com a preservao de um ecossistema nico, pouco protegido a nvel nacional e ouso dizer, relativamente pouco conhecido. Em outras palavras, a UC no constitui somente ou exclusivamente um ambiente natural local de flora e fauna ainda relativamente protegida, mas tambm, e isto importante, constitui um relevante stio arqueolgico, que pode reorientar as pesquisas na rea, alm de importantssimo stio histrico. Em recente encontro com o Prefeito Municipal, fomos informados, e isto no conhecamos, que a regio, mais precisamente a Tapera (limite do Parque) foi uma das mais importantes produtoras de farinha de mandioca, que inclusive abastecia o exrcito brasileiro durante a Guerra do Paraguai. Poderamos nos alongar muito em respondendo esta questo, a exemplo da no menos

riado em 23 de setembro de 2005, pelo Decreto Estadual N 3.517, localizado no municpio de So Francisco do Sul, o Parque Estadual Acara uma ao propositiva para o estabelecimento de uma poltica territorial direcionada, em especial, para o turismo e para o desenvolvimento. Esta unidade de conservao com uma rea aproximada de 6.667 hectares localizada na plancie litornea da ilha de So Francisco, somado o arquiplago Tamboretes, pertencentes ao municpio de So Francisco do Sul, mais uma iniciativa governamental e da sociedade civil no sentido de garantir a preservao de reas de valor cnico, de relevncia em biodiversidade e do mais importante remanescente contnuo de ecossistemas costeiros em Santa Catarina formado pela restinga da Praia Grande, e de ampliar o conhecimento de nossa histria pr-colonial e colonial. O complexo hdrico existente nesta rea, formado pelo rio Acara, que d o nome ao Parque, nascentes do rio Perequ e lagoa do Capivaru, responsvel pelo abrigo, reproduo e alimentao de vrias espcies aquticas, que somado a Vegetao de Restinga e de Floresta das Terras Baixas do Domnio da Mata Atlntica, constituem local para proteo da flora e fauna, entre elas as endmicas e ameaadas de extino.

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EntrevistaTarcsio Possamai (Gelogo) e Paulo Henrique Krappe (Eng. Agrnomo) so Analistas Tcnicos em Gesto Ambiental da FATMA Fundao do Meio Ambiente Parque Estadual Acara, So Francisco do Sul/SC.

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importante comunidade tradicional cujos hbitos ainda presentes, marcam uma relao muito estreita com o grau de preservao do ambiente na UC. Como Gelogo, esto descritos nos cordes litorneos, nas dunas, no prprio sedimento da Lagoa do Acara, a histria dos ltimos vinte mil anos, aproximadamente, de nossa ilha. Consideramos, ento, e no poderia ser diferente, que a UC constitui um dos mais ricos patrimnios ambientais e culturais de So Francisco do Sul, merece ser cuidado. 2 - Quais so os principias impactos ambientais que o Parque Estadual Acara sofre atualmente? R: So vrios com amplitudes e intensidades diferentes. Parece que para muita gente o parque simplesmente o local ermo onde se joga o lixo das podas de jardim, das reformas de casa, etc., e no pouco lixo. Tal fato ocorre sempre na calada da noite e pelas caractersticas do material jogado, no se trata de lixo de pessoas desavisadas, pelo contrrio, so vrias as placas informativas no Parque. Outro problema a degradao das dunas, normalmente causadas por motocicletas, jipes e outros veculos. No s a duna que degradada, mas tambm a vegetao, que exerce importante funo impedindo a migrao das mesmas via agentes elicos. A prpria perda de vegetao nas dunas promove uma intensa degradao da vegetao de entorno, devido ao das partculas de areia carreadas que so pelos ventos, soterrando e debilitando a flora. Igualmente, a realizao de acampamentos com a prtica de fogueiras, quebras de garrafas, corte de vegetao, acabam por degradar stios de importncia paisagstica. Outro problema o corte de vegetao, principalmente para a venda de escoras para construo civil, e retirada de areia para a mesma finalidade. A pesca e a caa predatria constituem outra grave agresso ao meio natural local. Aqui cabe destacar a pesca realizada pela comunidade tradicional, como uma das prejudicadas pela ao predatria de terceiros. Finalizando, a UC objeto de uma verdadeira invaso de espcimes exticas de difcil erradicao, e, portanto objeto de monitoramento contnuo. Diria que difcil mesmo sensibilizar pessoas que consideram este bioma importante de So Francisco do Sul, como terra do vale tudo. 3 - Quais so as medidas de manejo que sero implementadas no Parque? R: As medidas de manejo esto discriminadas no Plano de Manejo da UC, ocorre que por fora de deciso judicial, que discute o status desta UC, pode tal plano ser substitudo. Em poucas palavras, a UC de Proteo Integral pode, por deciso judicial, ser transformada em uma Unidade de Uso Sustentvel, o que implica necessariamente na reestruturao do Conselho, que deixa de

Fotos: Jamile Beninca

ser Consultivo para ser Deliberativo, devendo ento, ser organizado um novo Plano de Manejo. Entretanto, as aes comuns s duas categorias esto sendo implementadas, como a implantao das trilhas, a construo de um centro de visitantes, a colocao de placas informativas e indicativas, as vistorias e fiscalizaes, as autorizaes para a realizao de pesquisas, o atendimento de escolas e demais instituies no mbito da educao ambiental, os programas de erradicao das espcies exticas invasoras, dentre outros. 4 - Como vocs prevem que a fiscalizao contra a caa, a retirada de madeira, e a pesca seja realmente efetiva dentro do Parque? R: Primeiro, contamos com um convnio que vem sendo efetivamente cumprido, com a Polcia Militar Ambiental, e para tanto dispomos de uma caminhonete, um quadriciclo e um barco, alm de equipamentos de registro e de georeferenciamento. A equipe que hoje envolve trs tcnicos, um Eng. Agrnomo, um Bilogo e um Gelogo, tm legalmente o que se chama de poder de polcia, ou seja, o dever de proceder o enquadramento legal de possveis infratores, inclusive resultando em processo-crime por degradao ambiental. Ainda, a prpria comunidade local atua com informaes na forma de denncias. No entanto, bem verdade, que faz-se necessrio a contratao ou a formao de agentes ambientais, visto as dimenses e os interesses diversos que conflitam com a preservao desta UC. 5 Quais so as principais espcies ameaadas encontradas no Parque? R: Praticamente extintas, esto o palmito nativo (euterpe edulis) e na fauna, o jacar-de-papo-amarelo. No entanto acrescentamos como espcies ameaadas, na fauna: Cutia, capivara, felinos, mero, cachorrodo-mato, tatu, nhambu, bugio, dentre outros. Na flora podemos citar, alm do palmito nativo, a palmeira-jeriv e o guanandi. 6 Qual a situao atual do parque em relao a sua efetividade e conservao ? R: Esta uma questo relativamente difcil de responder, pois demanda, antes de tudo, um bom conhecimento do ecossistema restinga, bem como do histrico do uso e ocupao da UC, dentre outros fatores. Por exemplo, os estudos realizados para a consolidao do Parque Acara, em termos de flora, bem caracterizam a restinga, no entanto no tratam de dois aspectos importantes e especficos do local: os estgios sucessionais desta vegetao (estgio secundrio inicial, mdio, avanado ou mesmo primrio). Em recente acompanhamento de especialistas em botnica, ficou claro a predominncia de ectonos na rea, isto , dominam ambientes de transio do que ambientes propriamente ditos de vegetao herbcea, arbustiva

ou arbrea de restinga. Entendemos que conhecer melhor tal especificidade importante, pois constitui elemento fundamental no prprio Plano de Manejo. Desta forma, consideramos a necessidade de estudos mais detalhados, at para melhor responder a questo. Por outro lado, o atual Plano de Manejo destaca a necessidade de uma equipe formada por treze componentes, para uma efetiva proteo da UC, hoje somos em trs. 7 - Existem projetos e programas de pesquisa e de visitao no parque? R:Sim e so vrios: temos, por exemplo, um programa desenvolvido j h sete anos, de educao ambiental e visitao do Parque. Este vem sendo utilizado inclusive por Escolas e Universidades de outras cidades, tanto do setor pblico quanto do privado. Com relao pesquisa, destacamos os trabalhos de concluso de curso (TCC) sendo executados: populao de macaco-prego (Univille); identificao de felinos (Univille); comunidades de entorno (UFSC); comportamento e dieta de corujas-buraqueiras (UFPR); quaternrio na Ilha de So Francisco do Sul (Univille); pequenos mamferos (Univille). A equipe de gesto tambm oferece acompanhamento sistemtico aos interessados em visitar o Parque.Fotos: Jamile Beninca

Meio AmbienteFalando sobre Sustentabilidadeer sustentvel preservar o ambiente onde se vive. Pode-se fundamentar a sustentabilidade como amenizar os danos provocados no passado, pensando em uma qualidade de vida no futuro. Nunca antes se ouviu falar tanto em sustentabilidade como nos dias atuais. Nesse contexto, foi realizada uma breve entrevista com os assessores de direo da Escola de Educao Bsica Felipe Schmidt para falar sobre quais aes sustentveis a escola adota. Segundo o assessor de direo Andreas Hendel, a escola aproveita os rascunhos do xerox para fazer blocos de anotaes. Outra ao destacada por ele a utilizao de lmpadas fluorescentes em toda a escola, que se comparadas com as lmpadas incandescentes, podem reduzir em at 80% o consumo de energia. De acordo com Hendel, apagar as luzes ao sair de cada ambiente tambm uma ao que a escola preza para evitar o desperdcio. A assessora de direo Gabriela Santiago Barbosa acrescenta que os professores no esto mais utilizando copos plsticos descartveis, ao invs disso, cada um traz a sua caneca para tomar caf.

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Dica: Leve para o trabalho seu prprio copo de vidro ou caneca, evitando o uso de copos descartveis. De acordo com o que vimos acima, entendemos que realizar projetos ou colocar em prtica idias voltadas conscientizar as pessoas sobre os verdadeiros impactos sobre o meio ambiente so exemplos prticos de sustentabilidade. Sendo assim temos que encontrar um meio de configurar a civilizao e atividade humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pr-eficincia na manuteno indefinida desses ideais. Autor: Jean Carlos Ribeiro Escola: E.E.B. Felipe Schmidt - 2 Ano (Ensino Mdio)

Vista do Pr do Sol no interior do Parque.

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www.institutocomar.org.br

Instituto COMAR Conservao Marinha do Brasil, uma associao civil ambientalista, sem fins lucrativos, qualificada como OSCIP pelo Governo Federal, com carter cientfico e educacional. Temos a misso de Contribuir para a conservao e uso sustentvel da diversidade biolgica, cultural e social, visando o desenvolvimento de forma sustentvel e permitindo a sobrevivncia das futuras geraes. Temos a finalidade de atuar pela preservao, conservao, recuperao e manejo sustentvel do meio ambiente e dos bens e valores culturais. O Instituto surgiu da idealizao de 4 bilogos, em 2008, que viram a necessidade

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de reunir esforos no governamentais aes de conservao e uso sustentvel da biodiversidade da regio norte de Santa Catarina. Desde ento, a entidade realiza projetos voltados para a pesquisa e conservao do meio ambiente, nas mais diversas reas de conhecimento. Para atingir nossos objetivos, atuamos em conjunto com uma rede de parceiros e a sociedade civil envolvida. Alm dos projetos de pesquisa e socioambientais, que trabalharam de acordo com os objetivos e misso da entidade, o Instituto participa das reunies, fruns regionais e consultas pblicas realizadas na regio, opinando sobre aes de conservao e uso

sustentvel na sua regio de atuao. Para obter mais informaes sobre o Instituto COMAR: Acesse nosso site: www.institutocomar.org.br, ou pelo e-mail: [email protected] Saudaes ecolgicas em prol de um mundo mais sustentvel, Douglas Macali Souza - Bilogo, Ps Graduado em Manejo e Conservao da Biodiversidade, Scio Fundador do Instituto COMAR Conservao Marinha do Brasil. ([email protected])

PROGRAMA CAIXA-ODMO Projeto Reprter Ambiental, desenvolvido pelo Instituto COMAR - Conservao Marinha do Brasil beneficiada pelo Programa CAIXA Objetivos de Desenvolvimento do Milnio.apoio

Agradecimentos:A equipe do Instituto COMAR e alunos do Projeto Reprter Ambiental agradecem ao apoio dado pelas seguintes instituies: Grupo RIC/Record de Joinville, SAMAE de So Francisco do Sul e UNIVILLE, que receberam os alunos em suas dependncias para visitao, onde os mesmos puderam vivenciar o dia-a-dia de um reprter; Secretaria do Meio Ambiente de So Francisco do Sul e Secretaria Estadual de Educao - por intermdio da Gerncia de Educao de Joinville pela parceria e apoio dado para o pleno desenvolvimento do projeto; Aos entrevistados do jornal, pela disponibilidade e interesse em nos auxiliar; e Escolas EEB Eng. Annes Gualberto e EEB Felipe Schmidt, que de forma solcita toparam participar deste projeto em todas suas fases.

EXPEDIENTE: O Jornal Reprter Ambiental uma publicao do Instituto Comar - Conservao Marinha do Brasil. Jornalista Responsvel: Claudionei Fernandes (JP 03687 SC). Conselho Editorial: Diogo Augusto Moreira, Douglas Macali Souza, Leonardo Schlogel Bueno e Thiago Felipe Souza. Projeto Grfico e Diagramao: Artgrafo Comunicao (47) 3028-3682. Impresso: Grfica Grafinorte. Tiragem: 5.000 exemplares. Todas as opinies expressas neste jornal, sejam em entrevistas, artigos ou reportagens, so de responsabilidade de seus prprios autores e no representam necessariamente a opinio do Instituto Comar e seus colaboradores.

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