jornal regional sul jmv | maio | 2014

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uBI caritas JUVENTUDE MARIANA VICENTINA - BOLETIM DA REGIÃO SUL - MAIO 2014 Testemunho dos jovens da JMV depois de passarem uma semana a viver ao estilo de São Vicente 30 anos de JMV em Portugal Viajamos no tempo com o Pe. Leitão para descobrir o passado da Região Sul p.19 p.4 p.13 ENCONTRO SUB-16 MARIA, SÓ EM TI OS PASSOS GANHAM UM SENTIDO! SOBREIRA FORMOSA João Paulo II e João XXIII declarados santos Novo conselho nacional JMV 2014/2017 p.3 António Clemente Presidente Marta Araújo Secretária Fábio Mendes Tesoureiro p.23

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Jornal Regional Sul JMV | MAIO | 2014

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Page 1: Jornal Regional Sul JMV | MAIO | 2014

uBIcaritasJUVENTUDE MARIANA VICENTINA - BOLETIM DA REGIÃO SUL - MAIO 2014

Testemunho dos jovens da JMV depois de passarem uma semana a viver ao estilo de São Vicente

30 anos de JMV

em PortugalViajamos no tempo com

o Pe. Leitão para descobrir o passado da Região Sul

p.19

p.4

p.13

ENCONTRO SUB-16MARIA, SÓ EM TI OS PASSOS GANHAM UM SENTIDO!

SOBREIRA FORMOSA

João Paulo II e João XXIIIdeclarados

santos

Novo conselho nacional JMV

2014/2017

p.3

António ClementePresidente

Marta AraújoSecretária

Fábio MendesTesoureiro

p.23

Page 2: Jornal Regional Sul JMV | MAIO | 2014

Editorial

Marta Araújo

Presidente Regional Sul

Ficha técnica - Propriedade: Conselho Regional Sul | Organização e Coordenação: João Ferreira e CRSul | Revisão: Mafalda Guia

Olá amigos JMV’s!Como já estão habituados, agora

em Maio, na 12ª Vigília Mariana, é edi-tado mais um UbiCaritas onde todos nós podemos ler, com mais atenção, os testemunhos de várias atividades da JMV.

Há cerca de 3 meses que se rea-lizou mais um Encontro Sub-16 da nossa região e, pela primeira vez, no centro local de Sobreira Formosa! Certamente ainda presente na memó-ria de muitos jovens e no coração de ter sido o arranque para pertencer ao nosso movimento, voltamos a relem-brar o quão foi magnífico saber mais sobre Maria!

Aqui podem refletir e conhecer melhor como surge a JMV em Por-tugal, não fosse termos nós o maravi-lhoso testemunho do Padre Leitão que nos acompanha desde sempre! Mes-mo desde sempre… já repararam nas quantas emoções deve ter vivido em tantos encontros e orações!?

Partilha também com o teu grupo os testemunhos missionários de quem se envolveu de caridade para viver o tempo pascal!

E alegremo-nos por termos mais dois santos: Viva São João XXIII! Viva São João Paulo II! Que a sua Luz nos guiem tal como as suas palavras o fize-ram e fazem!

Que Maria ilumine o nosso cami-nho com os seus raios cheios de bon-dade e que nós jovens saibamos que a Ela devemos o maior dom de testemu-nho de Fé!

Um forte abraço mariano no vos-so coração, da vossa da Presi,

Marta Araújo

Deus juntou todas as águas e deu nome de mar, e juntou todas as graças e deu nome de Maria

(São Luiz de Montfort)

As orações de Maria junto a Deus têm mais poder junto da Majestade divina que as preces e intercessão de todos os anjos e santos do Céu e

da Terra(Santo Agostinho)

Sabemos muito bem que a Virgem Santíssima é a rainha do céu e da terra, mas ela é mais mãe

do que rainha(Santa Teresinha)

.EditorialuBIcaritas JUVENtUdE MariaNa ViCENtiNa - BolEtiM da rEGiÃo SUl

2

fotoleg

Na audiência da versão italiana do concurso de talentos “The Voice”, uma irmã católica italiana de 25 anos surpreendeu o mundo, interpretando uma música pop. Sor Cristina, uma religiosa de origem Siciliana, conseguiu fazer com que os 4 jurados virassem as suas cadeiras para acrescentá-la às suas equipas e afirmou que foi ao concurso animada pelo convite do Papa Francisco, de sair das igrejas e conventos para evangelizar e pelo desejo de compartilhar com o mundo o seu dom. Boquiaberta, a cantora Raffaela Carrà perguntou: “Você é uma freira de verdade?”“Sou uma freira verdadeiríssima”,

respondeu Suor Cristina.Carrà, famosa em todo o mundo pela sua Carreira, prosseguiu: “Mas o que te fez vir aqui?“Eu tenho um dom e estou aqui para dá-lo a todos vocês”, respondeu sorridente. Ainda surpresa, Rafaella Carrà perguntou: “E o que você acha que o Vaticano vai achar de sua participação no ‘The Voice’?” Com muito bom humor a Ir. Cristina disse:“Eu acho que receberei uma ligação do Papa Francisco! Ele mesmo tem-nos convocado a sair das igrejas e dos conventos para evangelizar... É por isso que estou aqui, para mostrar que Cristo não nos tira nada, Ele dá-nos ainda mais”. A reação foi um caloroso e longo aplauso do público.

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uBIcaritasJUVENTUDE MARIANA VICENTINA - BOLETIM DA REGIÃO SUL

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atiVidadES.

JMV nacional

Assembleia Nacional JMVNo dia 5 de Abril de-

correu em Fátima, na casa da Medalha Milagrosa das Filhas da Caridade, a XI Assembleia Nacional (AN) JMV de Por-tugal e a reunião de Conselho Nacional (CN) Alargado nº 88.

As actividades do dia ti-veram início pelas 10h com a Eucaristia.

Depois de se ter realizado o acolhimento assumiu a dire-ção dos trabalhos o Francisco Vilhena, presidente da mesa da Assembleia, Filipa Mene-ses, vice-presidente da mesa da Assembleia e Alice Santos, secretária da mesa da Assem-bleia.

Estiveram presentes nes-ta assembleia 45 pessoas dos diversos Conselhos (Nacional, Regionais e Locais), dos quais 39 com direito a voz e voto.

Todos os pontos foram aprovados por unanimida-de (sem abstenções ou votos contra), o que denota a con-vergência de ideias e opiniões que tem vindo a acontecer ao longo dos anos.

No ponto sete procedeu--se às Eleições Nacionais, sendo que para o primeiro es-crutínio consideraram-se um total de vinte e quatro votos. A legitimidade dos votos foi ve-rificada, tendo-se procedido à validação da lista de presenças relativa ao primeiro escrutínio, à medida que os envelopes que continham os votos iam sendo abertos.

Para cada serviço elegível (Presidente, Secretario e Te-soureiro Nacionais) bastou o primeiro escrutínio para que em AN se decidisse os três próximos elementos eleitos para o XI Conselho Nacional JMV Portugal (2014-2017). Como Presidente Nacional o

António José Clemente, como Secretária Nacional a Marta Araújo e como Tesoureiro Nacional o Fábio Mendes.

Esgotada a ordem de trabalhos e não havendo mais assuntos a tratar, o Presidente da Mesa da Assembleia deu por encerrada a reunião. Agra-deceu a todos os presentes a colaboração, o empenho e a dedicação na condução e de-senrolar dos trabalhos.

Seguiu-se o almoço que decorreu de forma partilhada e acolhedora tal como já tem acontecido em outras activida-des JMV.

Depois da pausa do al-moço seguiu-se o CN Alarga-do pelas 14 horas no mesmo local.

Assumiu a direção dos trabalhos, eu, Ricardo Ferrei-ra, Presidente Nacional JMV, Cecília Teixeira, Secretária Nacional JMV e António José Clemente (Tó Zé para a Famí-lia JMV), Vogal Nacional de Comunicação e Informação JMV.

Estiveram presentes, nes-te CN Alargado sensivelmente as mesmas pessoas, dos mais

diversos Conselhos (Nacio-nal, Regionais e Locais), que tinham estado na XI AN na parte da manhã.

No ponto um cada Con-selho Regional fez a apre-sentação da sua região, uma abordagem do seu Plano de Actividades, um breve balan-ço dos três anos de mandato e o Relatório de Contas deste último ano.

No ponto dois foi apre-sentado o logótipo deste ano Pastoral JMV, a estatística JMV (nº de jovens inscritos…), um balanço das actividades já re-alizadas ou participadas, as próximas, o Livro de Rosários JMV alusivo aos 30 anos da JMV em Portugal, os campos de missão JMV em Portugal, a Missão Ad’Gentes da JMV portuguesa e o Balanço Geral dos 3 anos de mandato do ac-tual Conselho Nacional, tendo em conta o objectivo geral: “Fortalecer a Espiritualidade Mariana e Vicentina através da aproximação e formação dos grupos”.

No ponto três foi recor-dada a campanha de auto-fi-nanciamento do SIJMV e pro-

movida a renuncia Quaresmal proposta pela nossa Presiden-te Internacional Yasmin Ca-juste: “Um euro para a minha Associação”.

No final, como Presiden-te Nacional JMV Portugal e em nome do Conselho Nacio-nal Alargado, dei os Parabéns aos jovens recém-eleitos, que irão tomar posse no próximo Encontro Nacional JMV em Agosto (na Achada) e desejei--lhes um bom trabalho no próximo CN. Agradeci aos restantes elementos que se disponibilizaram a ser candi-datos, pois dizer “Sim” não é uma decisão fácil, que implica compromisso e acção. E agra-deci ainda a presença de todos ali presentes, pois acederam ao chamado de Jesus Cristo a fa-zerem parte da JMV que é de todos nós.

Dei por encerrado a or-dem de trabalhos desejando uma boa viagem de regresso a todos às suas casas.

Como conclusão do dia, considero que foi muito po-sitivo, pois mais uma vez os jovens que assumem as maio-res responsabilidades nos seus grupos ou Conselhos reuni-ram-se para fazer de uma JMV cada vez maior e melhor. São estes jovens os verdadeiros protagonistas da JMV e são estes jovens que dizem “Sim” ao Chamamento de Deus para a JMV. É uma alegria poder conviver e partilhar com to-dos eles, pois todos juntos po-demos crescer na Fé.

Que Deus nos continue a contagiar com as suas Bên-çãos e que Nª Srª e S.V.Paulo continuem a interceder por nós ao longo das nossas vidas.

Um até Já…Ricardo A. Sousa Ferreira

(Presidente Nacional JMV)

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uBIcaritas JUVENTUDE MARIANA VICENTINA - BOLETIM DA REGIÃO SUL

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.atiVidadES

XI Conselho Nacional JMV Portugal (2014-2017)

Marta Araújo

Secretária Nacional

2014/2017

António ClementePresidente

Nacional 2014/2017

Fábio Mendes

TesoureiroNacional

2014/2017

Marta Andreia Alves Araújo nasceu no dia 4 de Fevereiro de 1985 no Hosp. de Santa Maria em Lisboa. Viveu sempre na Paróquia de São João Evangelista e vive à 12 anos na Pa-róquia de São João de Brito, ambas em Lisboa. Habitualmente passa a maior parte do tempo em São João Evangelista.

Estudou Humanidades na Escola Secun-dária D.Luísa de Gusmão e terminou a sua li-cenciatura em Política Social no Instituto Su-perior de Ciências Sociais e Políticas (ambas em Lisboa). Posteriormente, no mesmo Insti-tuto, realizou uma Pós-Graduação em Crian-ças em situação de perigo e Intervenção Local.

Profissionalmente foi Operadora de call--center, Operadora de caixa e Assistente de in-vestigação (EUNL, em Lisboa).

Actualmente é Assistente Social, na ABCSVP, em Lisboa.

Como Hobbies considera a vida pastoral que exerce. Além disso gosta de passear pela “velha Lisboa”.

Como projectos de relevância na comu-nidade/sociedade referiu:

- Os vários serviços de voluntariado e proximidade com famílias praticado em várias instituições ao longo dos anos;

- Ter sido um dos elementos iniciadores do GMM (Grupo Missão Mundo - ICSP);

- Criação de projetos de serviço e apoio à comunidade, em termos profissionais.

Foi-lhe questionado que outros aspec-tos relevantes destaca da sua vida. Referiu:

- Estar ao serviço da paróquia;- Ser (ou pelo menos tentar ser) missio-

nária em todos os atos da vida;- Missão contínua em Moçambique e

Presidente Regional Sul.

António José Nunes Clemente nasceu no dia 17 de dezembro de 1985 em Alferrarede – Abrantes e reside na Paróquia de Nossa Se-nhora do Rosário – Alferrarede. A Localidade onde passa habitualmente a maior parte do seu tempo é em Lisboa.

Estudou Humanidades na Escola Se-cundária Dr. Solano de Abreu e na Escola Se-cundária Dr. Manuel Fernandes em Abrantes. Posteriormente estudou na Faculdade de Di-reito da Universidade Nova de Lisboa.

Terminou a sua Licenciatura em Direito; Mestrado em Direito; Pós-graduação em Ges-tão Pública.

Profissionalmente é Mediador de con-flitos e assessor jurídico, no Centro Nacional de Informação e Arbitragem de Conflitos de Consumo (em Lisboa); Jurista, no Ministério da Justiça (em Lisboa); e Assessor jurídico, no Ministério da Economia (em Lisboa). Exerce funções ao nível do procedimento legislativo do Governo.

Como Hobbies, gosta de ir ao teatro, ver televisão e ouvir música.

Como projecto de relevância na comu-nidade/sociedade, ao nível da comunidade paroquial, participa num projeto da JMV que permite a visita mensal a mais de 50 famílias carenciadas, levando alimentos e uma pala-vra de conforto. Ao nível da estrutura nacional da JMV, é atualmente Vogal de Comunicação e Informação do X Conselho Nacional da JMV.

Foi-lhe questionado que outros aspectos relevantes destaca da sua vida. Referiu: A JMV!

Fábio Vitor Batista Mendes nasceu no dia 1 de Agosto de 1990 em Torres Novas.

Reside na Paroquia da Nossa Senhora da Conceição, em Paialvo (Tomar). A Localidade onde passa habitualmente a maior parte do seu tempo é em Lisboa.

Estudou Artes Visuais na Escola Secun-daria Santa Maria dos Olivais, em Tomar.

Está actualmente a terminar Mestrado Integrado em Arquitectura na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa.

Enquanto aluno foi Guia e Vigilante dos museus de arte em Tomar. Associado às suas capacidades artísticas realizou diversos re-tratos, pintura de quadros, desenhos e ilus-trações para particulares como forma de se auto-financiar.

Como Hobbies gosta de Desenhar, Pin-tar, Cinema e Fotografar.

Foi-lhe questionado que outros aspec-tos relevantes destaca da sua vida. Referiu: dar catequese e pertencer à JMV, entre outras coisas no âmbito das artes e arquitectura.

Nome: Marta Andreia Alves AraújoIdade: 29 anosProfissão: Assistente SocialCentro local: São João EvangelistaAno de entrada na JMV: 2001 (farei 13 anos)Serviço Local atual: Vogal de FormaçãoServiço Regional/Nacional atual: Presidente Regional SulServiços Locais anteriores: Todos (menos te-souraria)Serviços Regionais anteriores: Vogal Regio-nal Caridade/Missão SulServiços Nacionais anteriores: NenhumNúmero de Enc. Nacionais: 9Número de Enc. Regionais: 12 Número de Enc. Internacionais: 12 principais ações de voluntariado:- Missão adgentes - Moçambique (2008, 2012)- Organização e participação III Colónia de Fé-rias (projeto Missão Região Sul, 2011).

Nome: António José Nunes ClementeIdade: 28 anosProfissão: JuristaCentro local: AlferraredeAno de entrada na JMV: 2001 (13 anos)Serviço Local atual: Presidente Serviço Regional/Nacional atual: Vogal Na-cional de Informação e ComunicaçãoServiços Locais anteriores: Secretário, Vogal de Tempos Livres, Vogal de Imprensa, Vogal de Novas Tecnologias, PresidenteServiços Regionais anteriores: NenhumServiços Nacionais anteriores: NenhumNúmero de Enc. Nacionais: 3Número de Enc. Regionais: +/- 10Número de Enc. Internacionais: 22 principais ações de voluntariado: - Voluntário do Banco Alimentar Contra a Fome nas duas campanhas anuais de recolha de ali-mentos (desde 2001), e participante no projeto “Pão é Amor”, de distribuição mensal domiciliá-ria de alimentos em casa de famílias carencia-das da paróquia de Alferrarede (desde 2002). - Colaborador nas festas de Natal para crianças carenciadas do CL de Alferrarede e nas visitas ao Centro de Dia de Alferrarede.

Nome: Fábio Vítor Batista MendesIdade: 23 anosProfissão: Estudante de ArquiteturaCentro local: PaialvoAno de entrada na JMV: 2005 (9 anos JMV)Serviço Local atual: PresidenteServiço Regional/Nacional atual: Tesoureiro Regional SulServiços Locais anteriores: Vogal de Impren-sa, Secretário e Vogal de FormaçãoServiços Regionais anteriores: NenhumServiços Nacionais anteriores: NenhumNúmero de Enc. Nacionais: 7Número de Enc. Regionais: 8Número de Enc. Internacionais: 22 principais ações de voluntariado: - Obra Social do Pousal- Comunidade Vida e Paz

Textos de Ricardo Ferreira(Presidente Nacional JMV)

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Encontro Fátima Jovem 2014O mês de Maio é sem-

pre, para todos os jovens ma-rianos vicentinos, uma data importantíssima. Para além de ser o mês das mães, é tam-bém o de Maria mãe de Jesus, sendo que em Maio todos os fins de semana são preenchi-dos por encontros, vigílias e orações.

O mês de Maio de 2014 começou, como já vai sendo habitual, com o encontro Fá-tima Jovem.

Mais de 2000 jovens jun-taram-se no lugar onde Nossa Senhora apareceu aos pasto-rinhos para, este ano, falarem das bem-aventuranças.

Os jovens da JMV fize-ram-se representar com os grupos da Região Sul: Paial-vo, Sines, Santiago do Cacém, Cernache do Bomjardim; e da zona Norte, com o grupo de Agilde. É sempre uma grande emoção quando encontramos no meio da multidão jovens com “aquele” lenço e, sem os conheceres, paras, fazes uma grande festa e conversas como se fossem os melhores amigos. Pois, foi assim que aconteceu com as pessoas da JMV neste Fátima Jovem.

Para não perder nada do encontro, os jovens começaram logo pela manhã a juntar-se na entrada do auditório Paulo VI cantando aquelas músicas que qualquer jovem católico deve de conhecer de trás para a frente. E quando já estávamos no ritmo certo “tocou” o sino do almoço. Bora lá recarregar energias (mas ainda não sabíamos o que nos esperava).

Pois é, uma peregrinação de 5 km (que pareciam 10) foi a abertura deste ano. Cada dioce-se tinha um trajeto já definido e com as chegadas a coincidi-rem no mesmo local, na Praça Padre Luís Kondor. Chegadas

todas as dioceses, movimentos e grupos e depois de música, apresentações e mais música, dirigimo-nos em grupo para a capelinha das aparições para a saudação a Maria.

Pouco depois dirigimo--nos para o auditório Paulo VI para assistir a um documen-tário: “O meu Bairro” que revela o trabalho dos Padre e Irmãs do Instituto Missioná-rio da Consolata no bairro do Zambujal. Daniela e Inês Lei-tão foram as autoras do filme que fez grande sucesso, pelo menos, na plateia.

No fim do filme ainda houve espaço para fazer algu-mas perguntas ao padre Antó-nio Fernandes dos missionários da Consulata, dois seminaristas e a realizadora Inês Leitão.

O relógio dizia-nos que estava na hora de jantar e tí-nhamos que recarregar rapi-damente baterias porque o melhor estava para vir.

Às 21.30 em ponto co-meçou talvez uma das cele-brações Marianas mais boni-tas de Portugal, o rosário no Santuário de Fátima. Milhares de luzinhas acesas preenchem todo o santuário, iluminan-do cada coração ali presente. Este foi um tempo de refle-xão profunda que nos apro-ximou de Cristo, lado a lado com Maria.

Ainda em modo de ora-ção fomos participar na ado-ração na basílica da Santíssi-ma Trindade, preparada pelos jovens da Diocese de Beja.

Para o final da noite estava

ainda programado o concerto da Banda Jota, que foi sem dú-vida um verdadeiro festival de alegria ao som de músicas ca-tólicas que virou o auditório de pernas para o ar. Mas…já eram 2h da manhã e tínhamos todos que acordar cedinho.

No Domingo, e com um sol espetacularmente forte, participamos logo de manhã no rosário das 10h e às 11h celebrámos a missa de envio ao estilo de Fátima.

Este Fátima Jovem 2014 acabou como começou: em festa. Foi a festa da juventude católica, foi a festa dos jovens que adoram Cristo. Para o ano há mais!

João Ferreira(Vogal Regional de Imprensa)

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.atiVidadES

Foi na viragem do mês de Fevereiro para Março de 2014, que subimos até às belas vistas de Sobreira For-mosa, no concelho de Pro-ença-a-Nova, para mais um Encontro Sub-16.

Muitos foram os jovens que rumaram até esta bonita vila. Éramos cerca de 130.

O Sábado iniciou-se com a partilha sobre aquela reza que fazemos mas não sabemos bem o seu significado, “AVÉ MARIA”. No final já todos

JMV regional sul

diziam: “Ah agora já sei o que quer dizer e sim, faz sentido.”

Da parte da tarde traba-lhamos o tema “os mil nomes de Maria”, ou seja, conhece-mos e compreendemos algu-mas das designações atribuí-das a Maria (Nª Senhora das Graças, Nossa Senhora das Dores, Nª Senhora Desata-dora de Nós, Nossa Senhora Aparecida, entre outras).

Após isto, cada comuni-dade apresentou a sua “Nos-sa Senhora”, mas de uma for-

Encontro Sub-16 da Região Sul

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atiVidadES.

ma bem criativa, dinâmica e divertida. Foi genial!

Com o espírito Mariano a crescer, era tempo de pôr em prática tudo aquilo que aprendemos durante o dia e já bem de noite participámos na Vigília Mariana. Fizemos uma viagem pela história da JMV, terminando nos dias de hoje, ano em que comemo-ramos 30 anos de Juventude Mariana Vicentina em Por-tugal. Houve também quem nos seguisse em direto pelo

youtube, juntando-se assim á “festa”.

Acabada a oração a nos-sa Mãe e antes de ir dormir, o grupo de Sobreira Formo-sa presenteou-nos com uma bela e maravilhosa ceia.

Já no Domingo, dia do Senhor, trabalhamos um pou-co sobre os nossos Pilares JMV – Jesus, Maria e S. Vi-cente de Paulo. Já com o rit-mo certo fomos até a Igreja celebrar a Eucaristia presidida pelo sempre disponível Pe.

Luís Alves e co-celebrada pelo jovem amigo Pe. Leitão. No fim não poderíamos ir embo-ra sem tirar a famosa fotogra-fia de grupo. Cabemos todos? Claro que sim, apertem-se!

A parte da tarde foi mar-cada pelos jogos e momentos de convívio pois a chuvinha que caía lá fora não permitiu a realização do Peddy Papper.

E já terminou? Claro que não… No domingo à noite tivemos o esperado baile de Carnaval onde diversão não

faltou. Cantámos os parabéns à JMV de Sobreira Formosa pelos dois aninhos e também à JMV Portugal.

Ainda houve tempo para vermos um filme sobre os três anos do atual CRSul que cessa funções este ano e cla-ro que lágrimas no canto do olho não faltaram.

No último dia arrumá-mos as nossas mochilas e demos os últimos abraços partindo para as nossas co-munidades cheios de Maria e de Jesus.

Não poderíamos deixar de agradecer aos jovens que alegremente participaram no encontro, animadores que de-ram de si, à dedicação da equi-pa CRSul e claro, aos jovens do centro local de Sobreira Formosa e suas famílias que tão bem nos acolheram e cui-daram de nós.

Susana Barreira e João Ferreira

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.atiVidadES

O Grupo de Jovens da Paróquia de Cernache do Bonjardim “Grãos de Trigo” retomou no passado mês de Março a famosa noite de Fa-dos que, ano após ano, tem trazido grandes alegrias ao povo da terra.

Foi na noite do dia 22 desse mês que os fadistas Ana Fernandes e Tó Zé Nobre,

A JMV de Paialvo or-ganizou no passado mês de Março o Rally das Sobreme-sas. Este rally possibilitou a dinamização da freguesia de Paialvo, pois permitiu que as pessoas da comunidade par-ticipassem com os seus doces neste concurso, mediante a inscrição da sua iguaria.

Este rally tinha como nome Festival do Doce Vicen-

No passado dia 29 de Março, o centro local de São João Evangelista organizou a 4ª edição do Rally das Sopas.

O Rally das Sopas consiste num concurso que visa eleger a melhor sopa, sendo que este ano contá-mos com 9 sopas a concur-so. Mas o nosso rally não é

JMV grupos

C. L. Cernache do Bonjardim

C. L. Paialvo

C. L. São João Evangelista

Noite de Fados

Rally das Sobremesas

Rally das Sopas

acompanhados na guitarra portuguesa por Paulo Leitão e na viola por Gilberto Silva, fizeram de uma simples noite algo muito especial. Houve ainda oportunidade para que, quem se sentisse talentoso, cantasse também o fado.

“Criar laços de Solidarie-dade” foi o lema desta noite, pois foi com a ajuda de todos

que esta se tornou possível, nunca esquecendo que os fundos revertem sempre para

actividades solidárias!Maria Ribeiro

(JMV Cernache do Bonjardim)

tino. No dia da prova de bolos, cada pessoa teve o direito de provar 7 fatias de bolo.

Foi ótimo preparar este evento, pois sabíamos de an-

temão que o fundo angariado tem como fim o bem, carida-de e missão. Sentimos que es-távamos a ajudar as pessoas, embora ainda não o estivésse-

mos a fazer no sentido físico. Também é de referir que foi muito positivo ver as pessoas reunidas no salão paroquial a conviverem e a divertirem-se. Ficámos felizes com a satisfa-ção das pessoas, e com a or-ganização e trabalho do gru-po para conseguirmos levar Jesus ao outro.

Obrigado a todos os que participaram e fizerem deste evento um sucesso. Aos que não foram, não sabem o que perderam, pois todos os bolos estavam de chorar por mais.

Fábio Carvão(JMV Paialvo)

feito só de sopas! Contámos também com muitas entra-das, bebidas, sobremesas e muita animação, onde para tal tivemos a ajuda do grupo Live Dance e da banda De-salinhados.

Esta atividade ajuda o nosso grupo a angariar fun-dos, tanto para nós como

para a paróquia, e faz com que exista uma maior intera-ção entre todos os elementos

da paróquia.Cíntia Cardoso

(JMV São João Evangelista)

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atiVidadES.

No passado dia 15 de Abril, o Grupo de Jovens de Sines fez a sua primeira visita ao Lar de Terceira Idade de Sines.

Aqui fomos muito bem recebidos pelo enfermeiro Miguel, que inicialmente nos fez uma visita guiada pelas instalações dos diferentes edifícios. Depois, animámos diferentes grupos de idosos, quer cantando músicas tradi-cionais, por eles bem conhe-cidas, quer jogando jogos, como o dominó ou as cartas,

No passado dia 15 de Abril, o grupo de jovens de Sobreira Formosa juntou-se para mais um Encontro Qua-resmal. Pelas 10h da manhã começou o acolhimento, ini-ciando o dia com uma oração e com o balanço do Sub-16 da Região Sul, realizado em Fevereiro.

Na parte da manhã o grupo realizou uma via--sacra pelas capelas da vila, começando na Igreja Matriz, seguindo-se a capela de Santa Ana, capela da Misericórdia, capela de S. Sebastião, capela de Sto. António, capela de N. Sra. De Fátima e voltámos à nossa Igreja Matriz. Durante o percurso houve oportu-nidade para refletir sobre o percurso quaresmal de cada um, carregando a cruz tal como Jesus: “Se alguém qui-ser acompanhar-me, negue--se a si mesmo, toma a sua

C. L. Sines

C. L. Sobreira Formosa

Visita ao Lar de Terceira Idade de Sines

Encontro Quaresmal’14

cruz e siga-me” (Mt 16, 24). Este carregar da Cruz signi-fica para nós identificarmo--nos com Cristo nos seus sofrimentos, estar disposto a deixar o conforto da vida e carregar a Cruz de Jesus.

Depois desta caminhada,

foi hora de estabelecer ener-gias com um almoço partilha-do, onde não faltou alegria e boa disposição. À tarde, op-támos por ver um filme cha-mado “Favores em Cadeia”. O filme fez-nos olhar para a indiferença ou insensibi-

lidade com que tratamos as pessoas com quem lidamos diariamente ou para aquelas que passam na nossa vida. Fez-nos lembrar da hipocri-sia com que olhamos para os mais desfavorecidos ou para aqueles que ignoramos.

Após o filme fizemos uma oração de Taizé na qual tivemos uma intenção muito especial pela Rita. A Rita é uma jovem missionária per-tencente à Juventude Mariana Vicentina que está neste mo-mento como voluntária no Secretariado Internacional da JMV em Espanha e também ao serviço dos pobres, com quem trabalha diariamente. Neste dia rezámos especial-mente por ela, para que Deus lhe dê a força e a coragem para levar a sua Cruz, que nem sempre é fácil, mas tam-bém sabendo que Ele nunca nos abandona. Tenhamos esta jovem missionária nas nossas intenções, pois ela precisa muito do nosso apoio para continuar a sua missão.

Patrícia Cardoso(JMV Sobreira Formosa)

e ainda, simplesmente, falan-do com eles e escutando o que nos queriam dizer.

De um modo global, ti-vemos uma boa adesão, por parte dos utentes do Lar, em relação às atividades de dina-mização que organizámos e, por isso, pretendemos voltar a fazer mais visitas, até por-que a “Caridade e Missão” é uma das características que definem o nosso grupo.

Sofia Grilo(JMV Sines)

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.atiVidadES

O tempo de Quaresma é sempre vivido com grande sentido pelo grupo do Carva-lhal. Para além de refletirmos durante as semanas que ante-cedem a Páscoa nas reuniões de grupo, procuramos parti-lhar momentos com a comu-nidade.

Um dos pontos altos para nós é a organização da Via Sa-cra, que este ano decidimos realizar dentro da nossa Igreja, onde fizemos a representação das 14 estações, num momen-to intimista e de reflexão.

Também fazemos “ta-petes” com diversos mate-

Viver o Tempo de QuaresmaC. L. Carvalhal

riais, desde milho, sementes, cascas de ovos, pedras, cas-calho, conchas e tudo o que possa “dar vida” às imagens e mensagens que pretendemos

Realizou-se no passado fim-de-semana de 24 a 27 de Abril, o retiro anual do grupo Seara de Cristo – JMV Acha-da, em Fátima na Casa das Irmãs.

Tendo como tema, o tema do ano da JMV, “Com(o) Maria, felizes os

Retiro em FátimaC. L. Achada

transmitir. Este ano construí-mos um tapete com a cruz de Jesus, que simboliza a morte e ressurreição d’Aquele que deu a Sua vida por nós. Estes

“tapetes” só serão retirados no dia de Pentecostes.

Este ano, a JMV do Car-valhal teve a missão de, além de participar na Vigília Pascal, dinamizá-la. A Vigília Pascal realizou-se na nossa Igreja, sendi dirigida a todas as co-munidades do nosso pároco, Pe. Pedro Tropa.

Paralelamente a todas es-tas cerimónias pascais, pude-mos ainda realizar as habitu-ais visitas aos idosos da nossa paróquia, levando sempre a nossa característica alegria a boa disposição, não esque-cendo nunca de levar Jesus a cada pessoa que visitamos.

Mafalda Guia(JMV Carvalhal)

conVocados”, o fim de se-mana foi todo dedicado à reflexão sobre o que é e não é a vocação, grandes persona-gens bíblicas que são exem-plos de vocação, Maria como sendo a convocada e por fim, Maria a convocadora.

Não esquecendo nunca

o local onde nos encontráva-mos, todos os dias tivemos os nossos momentos dedicados

à nossa Mãe. Todos os dias foram dias de rezar o terço com ela e para ela, foram dias

Como se tem vindo a re-alizar todos os anos, a Juven-tude Mariana Vicentina de Alferrarede organizou na Pa-róquia a Via-Sacra pelas ruas, sendo que este ano realizou--se no Tapadão.

A Via-Sacra iniciou-se na antiga sede da Junta de Fre-guesia de Alferrarede e termi-

C. L. Alferrarede

Via-Sacra pelas ruas nou na Igreja Matriz da Pa-róquia. As 14 estações foram representadas pelos jovens da JMV através de quadros vivos.

Esta atividade é impor-tante para a comunidade porque permite aproximá-la dos jovens e tornar mais pal-pável o caminho sagrado de Jesus, de modo a que possa-mos vivê-lo com mais inten-sidade.

Pedro Dias e João Pedro(JMV Alferrarede)

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atiVidadES.

A JMV do Sobreiro pe-regrinou no passado dia 5 de Maio até ao Santuário de Fá-tima, juntamente com toda a Comunidade Paroquial, para louvar Nossa Senhora e in-vocar os Beatos Francisco e Jacinta Marto, na inauguração do Núcleo Museológico so-bre a vida destas duas «can-deias que Deus acendeu».

O programa da peregri-nação iniciou-se com o Terço oficial do meio-dia na Capeli-nha das Aparições, sendo este recitado pelo nosso Grupo, durante o qual também can-

Peregrinação ao Santuário de FátimaC. L. Sobreiro

támos à Virgem de Fátima. Após o Terço pudemos tam-bém participar na Santa Mis-sa e novamente os cânticos foram responsabilidade da JMV do Sobreiro, bem como as leituras da Missa. Seguimos então com a Comunidade até à Postulação dos Pastorinhos para visitar a exposição com objetos que foram pertences destas duas crianças, bem como alguns objetos pesso-ais oferecidos pelo Papa São João Paulo II ao Santuário.

Podemos dizer que este dia ficará para sempre grava-

do no coração do grupo, não só pela oportunidade que nos foi dada pela parte do Santu-ário de Fátima, como pela de-dicação e amor com que nos

preparámos para viver todos estes momentos em comuni-dade!

João Cadete(JMV Sobreiro)

de muitas velas de pedidos e agradecimentos, dias de mui-tas lágrimas e sorrisos, dias de visitas ao Santuário durante a noite para podermos sentir a plenitude e serenidade que ali reina! Nunca estivemos sós neste retiro, e dele viemos cheios e com todos vós o es-peramos partilhar.

Queremos aqui deixar um especial agradecimento às Irmãs pelo excelente aco-lhimento na casa e por todos os miminhos que nos foram dando. Deixámos a casa e Fá-tima com vontade de voltar e repetir. Obrigada!

Catarina Batalha(JMV Achada)

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.diÁrio dE Bordo

Há tantos pés por lavar…Acabo de sair do Centro

Social de S. Vicente de Pau-lo (das Filhas da Caridade) a metade do ano passado pedi-ram-me para prestar serviço na sala de estar, em vez de ir ao Refeitório, onde sobrava muita gente aos domingos. Como já vos contei uma vez, ainda que o trabalho seja simples exige algum esforço mas é onde estão mais vo-luntários.

Aceitei o desafio de “su-bir” à sala de cima em que o serviço de voluntário consis-te apenas em estar e conviver com as pessoas.

Como sabem, eu gosto muito de falar e conviver e esperar 6 meses para passar das palavras triviais como “Bom dia” a uma conversa mais prolongada foi compli-cado.

Neste tipo de serviço é mesmo assim, é preciso tempo para que as pessoas confiem em ti. Quando que-ria romper o silêncio ape-nas sorria e/ou dizia com os olhos “estou disposta a ouvir-te” e assim fui apren-dendo a falar no meio do si-

lêncio, a ouvir sem responder, a Escutar...

Aparentemente estão bem vestidos e bem cuidados, só nos dias em que faz muito frio, como hoje, é que existe um cheiro mais acentuado, que às vezes dá nauseas mas acaba por dissolver-se com o passar do tempo, no entan-to acreditem que é bem mais forte sentir como estão por dentro. São pessoas maltrata-das pela vida, sem esperança e algumas delas criam o seu pró-prio mundo imaginário.

Às vezes penso que pos-so eu fazer para…?

Pois fico na dúvida e a resposta é sempre a mesma: presta atenção a todas as his-tórias mesmo que não sejam verdadeiras, dá esperança, mostra confiança, ouve com paciência mesmo que te con-tem 10 vezes a mesma coisa!

Muitas vezes revolta-me a situação social que apre-sentam mas em nenhum mo-mento posso dar a minha opi-nião ou aconselhar (quem sou eu para?) há sempre que res-

peitar a sua vontade e tomei a decisão de apenas Escutar!

O tempo é sempre pou-co para estar a conversar ou para jogar, ver um filme, ler o jornal ou simplesmente para Estar presente.

Quando saio, peço a Deus por cada um deles, para que Hoje tenham um al-bergue um pouco mais quen-te e para que amanhã tenham vontade de mudar, se é que isso é possível.

Rita Bemposta(Voluntária internacional JMV)

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CaNtiNHo da MiSSÃo.

Nas férias da Páscoa foram or-ganizadas, pela JMV, duas semanas de campos de missão. Entre os dias 6 e 11 de Abril, a Lara Pinto (Acha-da), a Patrícia Coelho Pinto (Acha-da), a Ana Vaz Antunes (Mafra), a Beatriz (Santiago), a Vera e a Susana (Fornos de Algodres) dedicaram a sua semana de missão no Externato de São Vicente de Paulo.

Quem também participou no campo de missão no Externato, des-ta vez na semana de 13 a 17 de Abril, foram a Ana Teresa (Marinhais), a Sofia Grilo (Sines), a Catarina (Si-nes), o Paulo e a Tânia (Cucujães). Contudo, a missão não ficou só pelo Externato, sendo que nessa mesma semana, a Nádia (Paialvo), a Patrícia Sebastião (Alcainça), a Andreia (Al-cainça) e o Bruno (Alcainça) estive-rem na Casa de Saúde do Pousal.

Aqui ficam os testemunhos de alguns voluntários que participaram nos campos de missão organizados pela JMV.

De 6 a 11 de Abril, regressei ao Ex-ternato S. Vicente de Paulo para mais uma vez viver uma experiência de vo-luntariado.

Durante esta semana fiquei entre-gue às crianças que frequentam o Jar-dim de Infância, pessoas em miniatura com energia para dar e para vender! Ob-viamente foi exigente e no final estava a cair de cansaço, mas isso não teve a mínima importância. Chegar às 8:30h ao refeitório para tomar o pequeno-almoço e receber inúmeros sorrisos de bom dia das senhoras e senhores do lar e às 9:00h receber mais sorrisos de bom dia de vin-te meninos e meninas, ainda com cara de sono mas já com energia a sair pelas orelhas, isso é o que fica na memória e ofusca o cansaço.

Passei os dias a receber flores, a enfeitar cupcakes, a fazer jardinagem,

Amigos de São Vicente de PauloCampos de Missão – Páscoa 2014Externato São Vicente de Paulo

a pintar, a ver filmes… E havia sem-pre um momento em que conseguiam convencer-me a jogar ao “feiticeiro”: começava a jogar com quatro ou cinco crianças e de repente via-me rodeada por quinze ou mais a querer que eu as tentasse apanhar! Foi uma semana bas-tante engraçada.

Tivemos também alguns momen-tos de formação durante a semana: vi-sitámos a Ajuda de Berço, ouvimos tes-temunhos… O que mais me marcou foi a noite em que ajudámos a Comunidade Vida e Paz. É um grande “abre olhos”

ver o que acontece mesmo ao nosso lado e em que muitas vezes não repa-ramos. Foi uma experiência ótima para completar a semana.

Foram dias cheios, cansativos, ale-gres, divertidos… Acima de tudo, foram felizes e sabemos que ocupámos nem que seja só um bocadinho do coração das pessoas quando nos despedimos de uma criança e ela está a controlar as lágrimas.

“O mais feliz dos felizes é aque-le que faz os outros felizes.”

Ana Vaz Antunes(JMV Mafra)

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.CaNtiNHo da MiSSÃo

INTENSA! Se tivesse que descre-ver a semana passada no Externato de S. Vicente de Paulo usaria esta palavra. Foi uma semana em que o meu mundo ficou lá fora e vivi estes dias de corpo e alma, entreguei-me a esta missão e vivi-a intensamente.

Há muito que tinha o desejo de fa-zer missão para o Externato de S. Vicen-te de Paulo, felizmente esta Quaresma pude realizar esse desejo. Fiquei no Lar de S. Luísa, o Lar das Irmãs. Foi uma experiência muito enriquecedora, fui muito bem acolhida e senti-me muito bem rodeada daquelas pessoas que en-tregaram a sua vida a Ele. Ouvi histórias de vida extraordinárias de pessoas mag-níficas. Deste ajudar a mudar camas, mu-dar fraldas, ajudar a levantar e deitar, dar comida, fazer jogos e conversar, tudo nessa semana foi especial.

Para além da experiência dentro do Externato, tivemos ainda a sorte de po-der visitar uma casa da Ajuda de Berço, para onde foi a renúncia quaresmal des-te ano, e falar com a pessoa responsável pela sua criação. Foi muito gratificante e inspirador ouvir o que lá se faz.

Fomos ainda fazer uma noite de voluntariado aos sem-abrigo com a Co-munidade Vida e Paz. Outro desafio, outra realidade. É tão bom saber que realmente podemos fazer a diferença na vida daquelas pessoas que, por opção ou por falta dela, vivem nas ruas e não têm comer ou condições para dormir.

Foi uma semana de desafios e des-cobertas!

Voltava a fazer tudo outra vez e não me arrependo nada de ter dito SIM a este desafio. Obrigada a todas as pes-soas que contribuíram para que esta se-mana tenha ficado na minha memória e no meu coração e um especial obrigada a Ele, que nunca se engana nos desafios que nos faz.

Lara Pinto (JMVAchada)

Quando queremos servir e ser Vi-centinos nos dias de hoje temos de ir ao encontro daqueles que nos pedem ajuda, mesmo esse pedido não sendo concreto.

Estar uma semana no Lar de San-ta Catarina de Labouré foi a melhor das experiências de missão e serviço que eu

podia vivenciar nesta Quaresma…e que passou tão rápido! Não posso dizer que foi fácil, não é fácil acordar cedo todos os dias e deitar tarde, mas torna-se me-nos agressivo e menos doloroso quando o fazemos com amor, dedicação e en-trega.

Os dias começaram a ser cada vez mais cansativos, mas eu sabia que o eram porque eu dava tudo o que podia dar àquelas senhoras e senhores, que não tinham todos os dias a alegria e a companhia de um sorriso jovem. Acre-ditem que o nosso sorriso pode mudar uma vida!!

Sei que não teria vivido esta expe-riência tão intensamente se não tivesse comigo o restos das companheiras que me acompanharam…a alegria quando partilhada é muito mais saborosa!

Resta-me dizer que todos momen-tos diferentes, especiais e inesquecíveis que vivi naquela semana vão fazer parte do meu maior tesouro: as memórias do meu voluntariado!

Ser voluntária em missão é das me-lhores coisas e das mais eficazes para re-vitalizar as nossas forças!!!

Patrícia Coelho(JMV Achada)

Desde que entrei para a JMV, que tinha um objectivo geral para cumprir: SER FELIZ NA FÉ! Como é que pode-ria alcançar esse objectivo, era a grande questão.. Mas aqui está, o caminho per-corrido destes 5 anos tem-se tornado dificil mas felizmente possível.

Ser jovem vicentina significa muito, e ser feliz enquanto jovem vi-centina torna-me numa pessoa for-te. Não tenho medo de afirmar para com a sociedade que sou cristã e que pertenço a esta grande família que é a JMV.

Estas férias da Páscoa foram muito atribuladas, mas não podia dizer “NÃO” ao voluntariado. Eu sabia que me iriam ajudar, e que me daria um ensinamento maior. E posso confirmar, esse objecti-vo continua a ser cumprido.

Saber que fazer um esforço para com aqueles que iremos cuidar durante esses dias, dar-me-ia um sorriso que fica na memória. Saber que ouvir a história de vida de uma senhora, dar-lhe-ia con-forto e confiança em mim. Saber que ajudar o próximo, torna-me mais atenta, mais desperta para a realidade, mais dis-posta a fazer mais! Saber ser EU, torna--me feliz!

O voluntariado desperta emoçoes e vontades, e faz-nos perceber o quão é importante dar cada vez mais de nós! Ser voluntário não significa ir ao Ex-ternato, ou ao Pousal, ou aqui e além para se ser isso. Ser voluntário nasce em cada um de nós, e parte SEMPRE daí. E proguedindo iremos crescer na Fé.

Estas férias foram feitas para isso, para crescer enquanto pessoa, enquan-to jovem! Por isso, apelo-vos para fa-zerem o mesmo, porque a responsabi-lidade que se tem durante esses dias de voluntariado repete-se durante toda a vida!

Eu posso dizer que fui muito feliz nestes dias, e que ser voluntário foi um grande desafio. Muito mais do que isso, ser voluntário faz-nos ver quem real-mente somos, e isso é algo que quere-mos sempre ver!

Eu sou voluntária e sou feliz! Abrei-jos :*

Teresa Silva(JMV Marinhais)

“É preciso dar o seu coração, para obter

em troca o dos outros”São Vicente de Paulo

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CaNtiNHo da MiSSÃo.

Nestas férias fui fazer missão para o Pousal. Pediram-me para ir e eu deci-di experimentar, foi a primeira vez e es-tava com receio de não aguentar aquilo tudo.

Quando lá cheguei e me foram mostrar as instalações, olhei para aque-las pessoas e deu-me vontade de cho-rar, não por me fazer confusão as suas deficiências, mas por pensar no quanto eles sofrem. Fui para lá mais para estar com os meus amigos, mas aconteceu exatamente o oposto, acabei por passar a maior parte do meu tempo a dar aten-ção aos utentes do Pousal.

É maravilhoso o quão aquelas pessoas ficam felizes com coisas tão simples como um “olá” acompanhado de um sorriso, eles precisão de aten-ção e de amor, e foi o que tentei lhes dar naqueles dias que passei com eles. Adorava quando entrava num quarto para visitar um acamado e ele sorria,

quando ia a passar nos corredores e algum me abraçava, e quando até os mais fechados em si tinham gestos de alegria para comigo. Sem dúvida, o pior momento foi a despedida, em que fui dizer adeus a todos, e alguns fica-vam tristes por ir embora e me pediam para voltar ou para ficar a viver com eles para sempre. Algumas das suas pa-lavras fizeram-me chorar, assim como os abraços de despedida, mas prometi--lhes que ira visitá-los, e já comecei a cumprir a promessa porque passados 4 dias fui passar a tarde com eles.

Eles mostraram-me o quão pode-mos ser felizes com as simples coisas da vida, e que é a fazer felizes os outros que alcançamos a nossa própria felicidade.

Foi das melhores experiências de sempre, e deixou muitas saudades!

Andreia Rodrigues (JMV Alcainça)

A experiência pela qual passei du-rante a missão que fiz no pousal foi mui-to marcante, enriquecedora e algo que quero de certeza repetir. Aqueles dias que passei com aquelas pessoas muda-ram de certa forma a minha vida, fize-ram-me olhar para mim e para o que me rodeia e aperceber-me de que as peque-nas coisas da vida, como um gesto de carinho, um simples abraço, são as ações mais bonitas que alguém pode partilhar com o outro. Foi a primeira vez que fiz missão no pousal, e apesar de ao início estar um pouco receoso, devido à rea-lidade tão diferente da minha com que me deparei, à medida que os ia conhe-cendo ia ganhando coragem e alegria para estar junto deles, para lhes dar algo de mim que fizesse a diferença para eles. Agradeço a Deus a oportunidade que me deu, não desperdicem as vossas.

Bruno Malainho(JMV Alcainça)

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.CaNtiNHo da MiSSÃo

Em Janeiro tive no Pousal, pois além de ter sido uma semana muito in-tensa e com muitas experiências dife-rentes, todos os funcionários do Pousal acharam que eu nunca mais voltaria. Mas não foi bem assim...

A primeira vez que estive no Pou-sal estive com mais 5 Jmv’s e tudo era complicado. Complicado, pois era uma realidade com que eu não estava habitu-ada a lidar. Porém, em Fevereiro decidi dedicar o mês ao outro e assim estive na Revitalização da Missão em Ermidas--Sado e Alvalade (Alentejo) 15 dias com uma equipa missionária fantástica, daí segui novamente até ao Pousal para con-cluir a missão a que me tinha proposto.

Se em Janeiro com mais 5 Jmv’s a missão tinha sido difícil, agora iria sozi-nha e tudo se complicava bem mais. O medo e a ansiedade tomavam conta de mim, pois não sabia o que iria acontecer, não sabia se iria conseguir, mas mesmo assim arrisquei.

Arrisquei e posso dizer que foram os melhores dias da minha vida. No Pousal basta acreditar, deixar a nossa vida cá fora e entregar-mo-nos, se assim for tudo é possível.

Trago imensas histórias, experiên-

cia e grandes lições de vida. A vida sorri quando nós lhe sor-

rimos. Como as saudades tomavam conta

de mim, voltei nas férias da Páscoa com mais 3 jovens de Alcainça, nestes dias que lá estive consegui algo que nunca imaginei, consegui manter o Iko (uten-te do Pousal) perto de mim e até que me desse um bejjinho. Recoradarei este momento sempre, pois foi algo que me marcou muito. Para mim o Pousal será o meu local de missão e sempre que ti-ver disponibilidade irei visitar aquelas

pessoas que guardo sempre no coração. Sempre que volto não digo “adeus” mas antes um até já.

“Deus basta- se a si próprio, mas prefere contar contigo.”

Nádia Ferreira(JMV Alcainça)

Os dias que passei no pousal, apesar de poucos, foram mais uma experiência que não vou esquecer! Não foi a primei-ra vez que fiz missão no pousal, mas não foi por isso que cada dia não teve um novo brilho, tanto para mim, como para cada um deles. Cada vez estou mais cer-ta de que estes dias que passámos com eles fazem a diferença na vida deles, e que lhe conseguimos proporcionar mui-tos momentos bons! Sinto-me realizada a fazer sorrisos nas caras deles e é prin-cipalmente isso que me motiva a querer sempre mais e mais estar a fazer missão ao pé deles. Acreditem que é uma ex-periência única e que pessoalmente nos torna pessoas melhores, com mais von-tade de ajudar o próximo, e muito reali-zadas connosco mesmas.

Patrícia Sebastião(JMV Alcainça)

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ProJEtoS CrSUl.

Mais do que sair vencedor do projeto Linha de Amor, é saber que saímos de coração cheio por conseguirmos ajudar quem realmente precisa e saber que a região sul quer viver ao estilo de São Vicente de Paulo.

O objetivo do projeto é esse mesmo: permitir que os centros locais saíam da sua zona de confor-to, olhem à sua volta, procurem “nesses bairro de fome onde a miséria resseca o homem” a pobre-za, seja ela espiritual ou material e atuem!

Apesar do Centro Local do Carvalhal ficar num ambiente pequeno, existe sempre alguém que precisa da nossa ajuda. E foi as-sim que decidimos atuar: ao conversar com o nosso pároco, o Padre Pedro Tropa, conseguimos sinalizar várias situações que careciam de ajuda. E foi assim que chegámos à família que hoje estamos a ajudar. Uma família que, como tantas outras pelo mundo inteiro (e infeliz-mente), sobrevive com imensas dificuldades no seu dia-a-dia.

Fazem parte desta família um casal que têm imensas difi-culdades económicas devido ao facto de o patriarca da família

Há muitos anos que procuramos estar junto da comunidade onde vive-mos, estando atentos às suas necessi-dades e problemas. Sensíveis às dificul-dades da maioria das famílias, surge a ideia de um banco de livros escolares – “Livros em Movimento”Este será um banco de troca e empréstimo de livros escolares, gratuito. Neste mês de Maio e Junho faremos a divulgação do pro-jecto junto das escolas, Encarregados de Educação e alunos: através da distribui-ção de panfletos, redes sociais e passar a palavra boca-a-boca. Durante os meses de Junho, Julho e Agosto faremos a or-ganização do banco e depois no final de Agosto e inícios de Setembro faremos a entrega dos livros.

Este projecto é para muitos um so-nho, que efectivamente necessita do em-penho e parceria de muitos, mas acre-ditamos enquanto grupo que só assim somos IGREJA.

Esperamos que as pessoas fiquem atentas, partilhem os seus livros e que depois no início das aulas consigamos gerar uma roda de livros em movimento.

O projeto ” Linha de Amor” do cen-tro local de S. João Evangelista debruça--se sobre o caso do Sr. António, mem-bro da nossa comunidade paroquial, que na sua vida teve alguns problemas sérios, que conseguiu ultrapassa-los mas devido à falta de hábitos levaram-no a ter alguns problemas e são esses que pretendemos auxiliar. Apesar das nossas tentativas em querer ajudar o Sr. António, este objetivo não teria sido alcançado se não fosse a ajuda deste projeto devido à falta de meios financeiros para tal.

Para organizarmo-nos e certificar-mos que o Sr. António cumpre alguns dos objetivos que lhe propusemos a cria-ção de uma calendarização foi muito im-portante. Foram feitas até ao momento três visitas, numa das quais já foi entre-gue um cabaz, sendo que este mês será entregue outro e iremos ver se ele tem cumprido com o que foi combinado.

Com este projeto estamos não só ajudar este senhor como também a apro-ximar os jovens da JMV à comunidade e faze-los perceber as diversas dificulda-des que a nossa sociedade enfrenta.

O centro Local de Paialvo está a dar continuidade ao projeto “O Re-creio”, este nasceu em 2011 o projeto destina-se a 16 crianças com idades dos 6 aos 10 anos provenientes de fa-mílias carenciadas a nível económico ou psicológico/espiritual. Consiste em organizar 4 dias de atividades para procurar melhorar a ocupação dos tempos livres das crianças desfavo-recidas da nossa freguesia, através de atividades lúdicas de modo que as suas aprendizagens pessoais e sociais pos-sam ser estimuladas. Iremos procurar contribuir para o desenvolvimento, es-timulando a criatividade e orientar as ações pessoais e sociais no sentido da partilha e do espírito de equipa.

Para conseguimos concretizar no-vamente o ATL, está a ser fundamen-tal a ajuda do Conselho Regional Sul, através do projeto “Linha do Amor” e do IPDJ (Instituto português do Des-porto e da Juventude), sem estas duas importantes ajudas, não conseguiría-mos ter tanta qualidade para oferecer as nossas crianças.

estar impossibilitado de trabalhar por ser tetraplégico e pelo facto de a senhora estar desempregada. Além disso, este casal tem uma filha que tem uma doença grave que a impossibilita de trabalhar, e duas netas, sendo que estas netas, e apesar das difi-culdades, são ajudadas pelos avós. O nosso objetivo, indepen-dentemente de “ganhar” ou não o concurso do projeto Linha de Amor, foi e sempre será ajudar a família, não apenas com doações monetárias, mas através de ações que promovam a me-lhoria da qualidade de vida deste agregado, e muitas são as ações

que podemos e que temos vindo a dinamizar: interceder junto das autoridades competentes de modo a conse-

guir benefícios económicos, falar com o Banco Ali-mentar contra a fome para a doação de alimentos, compra de roupa e material escolar para as netas, entre muitas outras coisas que estão ao nosso al-cance. Todos os meses fazemos a nossa visita mensal à família: levamos não só bens materiais,

como também a nossa disponibilidade para ouvir e conversar, cheios de alegria, alegria essa que é tão

característica de um JMV.Deixo um desafio a todos vós: olhem à vossa volta

com atenção, porque existe sempre algo que podemos fazer para ajudar o outro e para tornar o mundo melhor. Porque comportamento gera comportamento, e as boas ações trazem boas ações, nada mais importante do que “partilhar a riqueza porque Deus de todos é Pai!”.

Linha de amorMissão Anjo da Guarda - Carvalhal

Livros em Movimento – Catujal Extreme Makeover – S.J.Evangelista ATL – “O Recreio” – Paialvo

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ProJEtoS CrSUl.

“Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indi-ferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da Sua misericórdia e do Seu amor”. (Homilia da Missa de encerramento da JMJ Rio 2013)

“… quero que se façam ouvir também, nas dioceses, quero que saiam, quero que a Igreja saia pelas estradas”. (Discurso aos Jovens Argentinos durante a JMJ Rio 2013)

Nestas duas afirmações que o Papa Francisco faz, este convida os jovens a saírem pelo mundo e a anunciarem a Pa-lavra de Deus, que não se escondam nas suas casas, mas que saiam para as ruas e “gritem”: “Deus é amor!”. Que os jovens revelem Deus pelas suas palavras e pelos seus atos!

Os jovens da JMV não ignoraram este convite do Papa Francisco, eles mesmo saem para as ruas e anunciam Jesus Cristo, como o único caminho possível, para uma vida autên-tica! “ Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim (Jo 14, 6).

O projeto Jerasmus é isto mesmo, um projeto onde jo-vens JMV correm quilómetros para se deslocarem a outros centros locais, e assim levarem a palavra de Deus aos irmãos! Não se assustam perante distâncias, compromissos da vida, distrações... Saem das suas paróquias carregados de um au-têntico fervor missionário e vão ao encontro do irmão que o aguarda!

Um novo desafio deste projeto, é que os jovens missioná-rios partam, não somente para dar testemunho de Cristo em reuniões de formação, mas que deem também testemunho de Cristo nas ruas dos centros locais que os acolhem! Inserir nas visitas dos Janimadores aos centros locais, visitas a lares, a hospitais, a pessoas isoladas, na sua máxima, saírem das salas de formação para as ruas onde se encontra o irmão, deve ser um dos objetivos desejados por estes!

E como sem oração, não há caminhada para um cristão, deixo-vos a oração feita pelo nosso querido Padre Leitão, para os Janimadores que partem em missão! Esta deve ser feita nos centros locais que os enviam!

Senhor Jesus Cristo, o Enviado do Pai aos homens, Tu que enviaste os apóstolos em Missão derramando sobre eles o Espírito Santo, derrama

também sobre N. que pertence ao nos-so Centro Local o mesmo Es-pírito Santo para bem desempe-nhar a missão junto do Centro Local de N. a que é enviado.

A Bênção de Deus desça sobre nós:

Pai, Filho e Espírito Santo!

-- Amém!Liliana Troeira

(Vogal Regional Sul de Formação)

A Rita Bemposta está à quase dois anos em missão no Secretariado Internacional da JMV e ainda falta mais um para concluir o que Deus lhe pediu. É um privilégio sermos ami-gos da Rita e fazermos parte desta região que tanto ela adora e tanto nos deu por isso está na hora de nós também darmos um pouco do nosso amor à Rita. Desde Outubro, a região sul têm vindo a fazer uma corrente de oração pela Rita, como forma de abençoar a sua missão. É dado aos vogais de missão e caridade a oração (esta pode ser feita no início ou no fim de uma reunião) para eles organizarem e no fim terão de tirar uma foto de grupo (como está abaixo do texto).

Ana Filipa Araújo(Vogal Regional Sul de Missão e Caridade)

Jerasmus Oração pela Rita

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a VoZ do Pe. aSSESSor.

REGIÃO SULFoi-me pedido que fizesse um ar-

tigo sobre os trinta anos da JMV, em Portugal. Com a devida licença, resolvi olhar para estes trinta anos unicamen-te na Região Sul. E logo me vieram à lembrança muitos grupos que nasceram e que foram ficando pelo caminho. E olhem que não são poucos! Muitos vão ficar mesmo espantados. Vale a pena recordar esses grupos que estiveram a viver o mesmo carisma que nós hoje es-tamos a viver.

Ei-los:Da Diocese de Beja: Almodôvar,

Aldeia dos Fernandes, Gomes Aires, Dogueno, Grândola, Alagoachos (Vila Noda de Milfontes).

De Setúbal: FeijóDe Évora: Vendas NovasPortalegre: Nisa, Cabeça das MósLisboa: São Tomás de Aquino, Ex-

ternato de São Vicente de Paulo, Mer-cês, Unhos, Galinheiras, Caldas da Rai-nha, Nadadouro, A-dos-Negros

Santarém: Foros de Salvaterra, Achete, Muge

São 21 grupos no total.Uma pergunta se impõe: por que

razão deixaram de existir?Quero crer que, para muitos jovens,

estes grupos são-lhes inteiramente des-conhecidos. Mas uma coisa é certa: eles fazem parte destes trinta anos da JMV da Região Sul. Nestas celebrações não os podemos esquecer. De uma maneira ou doutra, também contribuíram, com muito ou com pouco, para que os gru-pos de hoje estejam como estão. Nós carregamos na nossa vida com o seu contributo. Fazem parte de nós!

Por isso, (e agora passo a enunciar os grupos atuais da Zona Sul), Santia-go do Cacém, Olival Basto, Alcainça, Paialvo, Achada, Marinhais, São João Evangelista, Catujal, Alferrarede, Carva-lhal, Cernache do Bonjardim, Sobreiro, Sobreira Formosa, Mafra e Sines... E outros grupos que estão para surgirem, como Charneca, todos, mas todos, de-mos graças a Deus por sermos quem somos porque foi Ele que, através de Maria, nos congregou para seguirmos

Trinta anos de JMV em Portugalos passos de Seu Filho ao jeito de Maria e de Vicente de Paulo.

Aos grupos que completam este ano trinta anos de existência - Santiago do Cacém e Olival Basto - os meus para-béns e só desejo que nunca desanimem e sejam força comunicativa aos outros para os incentivarem nesta caminhada em JMV.

Recordações:O meu primeiro Encontro Regional

foi em Santiago do Cacém, que conheci pela primeira vez e onde estive durante 18 anos (de 1991 a 2009). E, já agora, no âmbito das recordações, nestes trin-ta anos da JMV, não podemos deixar de recordar o nosso jovem Luís que deixou muitas saudades ao partir fisicamente de junto de nós, daquela maneira tão vio-lenta, mas que está bem perto de nós pelo exemplo que nos deu, pela força que lá do Alto nos está dando.

Outros Encontros Regionais suce-deram: Nisa, Feijó, Nadadouro, Foros de Salvaterra, Achete, Almo-dôvar, São Tomás de Aquino, Unhos,

Galinheiras (estes, sem levar em conta a ordem cronológica, foram realizados em grupos que já não existem). Os outros ER foram realizados em Centros Locais existentes.

O primeiro Sub-16 foi em Paialvo. Foi o primeiro! Outros se seguiram e com muito fruto! Deus seja louvado!

E quantos jovens foram eleitos para a missão do Conselho Regional!? Com quantos eu me relacionei, duran-te 29 anos! Não me quero esquecer de nenhum presidente. Por isso não os vou mencionar para não chocar ninguém pelo meu esquecimento.

E os secretários e os tesoureiros e os outros vogais?!!! Quanto eles me ensi-naram com o seu exemplo, a sua vitalida-de, o seu espírito jovem! Quantos jovens se cruzaram comigo na vida e me deram a mão para eu lhes dar a minha também! Deus seja bendito por tudo isto!

Que estes trinta anos de JMV nos ajudem a continuar a ser os JMV’s de um futuro com um amor cada vez mais “in-ventivo e afetivo”!

Pe. Leitão dos Santos, (Assessor Regional Sul)

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.MariaQUi

Foi há precisamente 30 anos que a Juventude Mariana Vicentina surgiu em Portugal, por iniciativa de alguns Padres e Irmãs que ainda hoje permanecem na JMV e que fazem questão de dedicar a sua vida ao projeto d’Ele, acompanhan-do os jovens da Associação na sua cami-nhada.

Ao longo destes 30 anos, muitas são as histórias que existem para contar, muitas são as aventuras e as emoções por partilhar. Foram 30 em que a JMV nasceu e cresceu pelo país inteiro. Muitos gru-pos nasceram, outros tantos acabaram, muitos jovens entraram no movimento, outros tantos saíram… a vida é feita de

Ó Mãe do Redentor,crucificado e ressuscitado,tornada nossa mãe,no momento em que Cristo, morrendo,realizava o ato supremodo seu amor pelos homens, ajuda-nos!

Parabéns JMV!30 anos de histórias, aventuras e muitas emoções!

ciclos, mas apesar disso, a JMV continua viva e está bem presente, não só em Por-tugal, como no Mundo inteiro.

E foi graças ao pedido de Nossa Senhora a Santa Catarina de Labouré que esta grande família nasceu. A ela de-vemos agradecer e pedir todos os dias para que a nossa Associação continue viva, que continue a cativar e a motivar os jovens a seguir Jesus Cristo, levando a sua Boa Nova a todos os que estão à sua volta, com toda a sua irreverência, com toda a alegria e com toda a imensa vontade de transformar o Mundo!

Que sejamos exemplo, como Maria é para nós, de humildade, sempre viven-

do ao estilo de São Vicente de Paulo, nunca esquecendo que, mais que todos os outros cristãos, e como jovens ma-rianos vicentinos que somos, temos o dever de levar Jesus a todos aqueles que mais precisam, a todos os nossos fami-liares, amigos, aos elementos dos nossos grupos e a toda a nossa comunidade pa-roquial! Transmitir a alegria de ser cris-tão, de ser JMV, está nas nossas mãos.

Por isso, parabéns também para ti, que fazes parte da história e vida desta grande família que é a JMV!

Mafalda Guia(Vogal Reg. Sul de Liturgia e Mariano)

Roga por nós!Precisamos de viver ressuscitados contigo!Devemos e queremos abandonarTodo o compromisso humilhante com o pecado,Devemos e queremos caminhar contigo,

no seguimento de Cristo.O teu Filho ressuscitou.Pede por nós ao Teu Filho:já que morremos com Ele,Também queremos viver ressuscitados,hoje, com Ele!

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tEMa.

“Jesus usou o tweet an-tes de todos, com as suas fra-ses cheias de essência e que tinham menos de 45 caracte-res” disse o cardeal Gianfran-co Ravasi.

Com as suas frases sim-ples mas cheias de conteúdo, Jesus Cristo foi o primeiro homem a tweetar, disse o car-deal num encontro em Roma com os diretores da imprensa italiana.

Ravasi, que é presidente do Conselho do Pontificado para a Cultura do Vaticano, falava sobre a comunicação da Igreja Católica numa ses-são do espaço de diálogo en-tre crentes e não crentes cria-do pelo Papa Emérito Bento XVI.

“Jesus usou o tweet an-tes de todos, com as suas frases cheias de essência e que tinham menos de 45 ca-racteres, por exemplo ‘Amai--vos uns aos outros’”, disse o ministro da Cultura do Papa Francisco. Também com-parou as parábolas de Jesus com a televisão que “trans-mite uma mensagem através de uma história, de um sím-bolo”. “Se um eclesiástico, um pastor, não se interessa por comunicação, fica muito distante do seu ministério”, disse o cardeal Ravasi.

Os diretores de jornais falaram, por seu lado, da “objetividade” e da “respon-sabilidade” dos jornalistas. Para Mario Calabresi, do La Stampa, os jornalistas devem “colocar os acontecimentos dentro de contexto”. O di-retor do Corriere della Sera, Ferruccio de Bortoli, disse que os jornalistas não devem “pensar que detêm a verda-de e devem contar sempre com o benefício da dúvida” e Enzo Mauro (La Repubblica) disse que a regra principal é serem “honestos para com os leitores”.

O encontro foi realizado na sequência da publicação, pelo La Repubblica, de uma carta do Papa ao fundador do jornal de esquerda, Euge-nio Scalfari, respondendo a uma série de perguntas des-te jornalista que se assume como ateu. A este propósito,

o diretor do diário Il Sole 24 Ore, Roberto Napoletano, comentou que a Itália é um país diferente porque “nunca conseguiu ser verdadeiramen-te laico devido à presença do Vaticano”.

Na carta ao jornalis-ta ateu, Francisco agradece

a Scalfari por ser um “não crente há muitos anos inte-ressado e fascinado pela pre-gação de Jesus de Nazaré” e por promover o diálogo so-bre a fé. “Esse diálogo não é um acessório secundário da existência do crente: ao invés, é uma expressão íntima e in-dispensável dela.”

O Papa explica que, no seu caso, a fé nasceu “do en-contro com Jesus”. “Um en-contro pessoal, que tocou o meu coração e deu uma dire-ção e um sentido novo à mi-nha existência. Mas, ao mes-mo tempo, um encontro que se tornou possível pela comu-nidade de fé em que eu vivia e graças à qual eu encontrei o acesso à inteligência da Sagra-da Escritura, à vida nova que, como água que jorra, brota de Jesus através dos Sacramen-tos, à fraternidade com todos e ao serviço dos pobres, ima-gem verdadeira do Senhor. Sem a Igreja – acredite-me –, eu não teria podido encontrar Jesus, embora na consciência de que aquele imenso dom que é a fé é custodiado nos frágeis vasos de barro da nos-sa humanidade”, escreveu o Papa Francisco, na tradução do Instituto Humanitas Uni-sinos que publicou a carta na íntegra em português.

“No editorial do dia 7 de Julho, o senhor pergun-tou-me como entender a originalidade da fé cristã, uma vez que ela se articula justamente na encarnação do Filho de Deus com re-lação a outras fés que gra-vitam, ao invés, em torno da transcendência absoluta de Deus. A originalidade, diria eu, está precisamen-te no facto de que a fé nos faz participar, em Jesus, da relação que Ele tem com Deus. (...) A singularidade de Jesus é pela comunica-ção, não pela exclusão.”

Jesus Cristo

foi o primeiro

homem no mundo

a “tweetar”

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.EClÉSia

A cerimónia de cano-nização de João XXIII e de João Paulo II teve início logo ao abrir da celebração da Missa no domingo, dia 27 de Abril, no Vaticano, presidida pelo Papa Francisco.

O prefeito da Congrega-ção para a Causa dos Santos, cardeal Angelo Amato, fez o pedido oficial ao Papa, ao que este respondeu positivamen-te. A partir desta formalida-de, a Igreja Católica passou a contar com dois novos san-tos, que podem agora ser ve-nerados como tal pelos fiéis.

Como sinal desta eleva-ção, foram então levadas para junto do altar relíquias destes dois novos santos. De João Paulo II, um pequeno frasco de sangue, e de João XXIII um pedaço de osso. As relí-quias foram depois incensa-das por um diácono.

João XXIII e João Pau-lo II foram duas das mais importantes figuras da Igreja do século XX. O primeiro teve a coragem de convocar o Concílio Vaticano II, apesar de muitos o considerarem um “Papa de transição”, eleito depois do longo pontificado de Pio XII. O Concílio mu-daria a face exterior da Igreja, alterando a forma como esta se encara a si mesma, mudan-do a liturgia e abrindo-a ao diálogo com o mundo, com outras confissões cristãs e com outras religiões.

João Paulo II foi um dos jovens bispos que participou nesse Concílio e passou anos a aplicá-lo na sua diocese de Cracóvia, antes de ser eleito Papa, em 1978. Ao longo do seu pontificado de quase três décadas, um dos mais longos da Igreja, enfrentou inúmeros

desafios, teve uma grande in-fluência na queda do Comu-nismo, no bloco de Leste, e conquistou tanto os corações dos fiéis como o respeito dos seus contemporâneos.

Com a canonização si-multânea dos dois Papas, es-tes ficam ligados para sempre na História da Igreja, mais do que já tinham estado em vida.

Episódios de João XXIII

Quando lançaram o pri-meiro foguetão à lua com alunagem de um astronau-ta, os jornais publicaram a notícia com grande impac-to e títulos sensacionalistas espetaculares. O Papa João XXIII limitou-se a comentar o facto com os seus íntimos movendo lentamente a cabe-ça enquanto exclamava várias vezes: “Há tanto que fazer na terra, há tanto que fazer!”

Um Bispo francês con-tava que, no final da primeira sessão do Concílio, um dia fa-lou com João XXIII sobre o discurso de abertura, e o Papa dizia-lhe: “A verdade é que no discurso de abertura que dirigi aos Bispos ao começar o Concílio, não tinha visto tantas coisas como depois, estudando-o, os Bispos en-contraram. No entanto, ago-ra, quando o releio, também eu as encontro... Vê-se que o Espírito Santo é mais esperto do que todos nós”.

Regressava um dia ao Vaticano com o seu secretá-rio depois de ter visitado um asilo de idosos e de lhes ter oferecido alguns presentes. Ao passar diante de uma casa, o secretário, indicando-a, dis-se-lhe: “Santidade, nesta casa

vive o professor Lolli, redator do L´Osservatore Romano. Tem a mulher muito doente. Não poderia enviar-lhe uma bênção?”

O Papa respondeu-lhe: “É difícil mandar uma bên-ção pelo ar, dom Loris. Não é melhor levar-lha pessoalmen-te?”

E sem avisar, como tan-tas vezes fazia, estava a bater à porta do redator do jornal para lhe dar a bênção em pes-soa...

No início do seu ponti-

ficado, João XXIII teve que posar para os fotógrafos, para que estes fizessem as foto-grafias oficiais do novo Papa. Numa ocasião, imediatamen-te depois de posar diante das câmaras, recebeu em audiên-cia a monsenhor Fulton She-en, que era um Bispo muito conhecido nos Estados Uni-dos porque pregava na televi-são. Ao cumprimentá-lo, João XXIII manifestou-lhe com toda a simplicidade: “Olhe, Deus nosso Senhor sabia muito bem desde há setenta e

João XXIII e João Paulo II declarados santos

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EClÉSia.

sete anos que eu havia de ser Papa. Não podia ter-me feito mais fotogénico?”

Contam que na sua pri-meira noite como Pontífice pediu ao Cardeal Nasalli que ficasse para jantar com ele. Mas o purpurado disse-lhe que era costume que os Papas comessem sozinhos, ao que o recém-eleito respondeu: “Mesmo sendo Papa não me vão deixar fazer o que eu queira!”. O cardeal, acedendo à petição perguntou: “Santi-dade, posso trazer champa-nhe?”. João XXIII respon-deu: “Sim, por favor, mas não me chame Santidade, porque cada vez que o faz parece-me que está a brincar comigo!”.

Episódios de João Paulo II

Na sua última celebração do Corpus Domini a que pre-sidiu em 2004, o Papa já não podia andar, de forma que ti-veram que fixar a sua cadeira à plataforma do veículo dispo-nível para a procissão. À sua frente, por cima do genufle-xório, exibia-se o ostensório com o Santíssimo Sacramen-to. Pouco depois da partida, João Paulo II dirigiu-se a um dos mestres-de-cerimónias e perguntou-lhe se podia ajoe-lhar-se. Com delicadeza, este explicou-lhe que era demasia-do arriscado, dado que o per-curso era bastante acidentado e isso diminuía a estabilidade do veículo. Passados uns mi-nutos o Papa repetiu:

- “Quero ajoelhar-me”.Responderem-lhe que

esperasse até que o pavimen-to fosse melhor. Uns instan-tes depois disse:

- “Está ali Jesus, por fa-

vor!”Os dois mestres-de-

-cerimónias ajudaram-no a ajoelhar-se no genuflexório. Como não conseguia manter--se nas pernas, o Papa tentou segurar-se fixando-se ao bor-do mas, quase de imediato, tiveram que o sentar de novo na cadeira.

Conta o Cardeal Coppa, sobre uma viagem do Papa à República Checa em 1995, quando já começava a usar bengala devido à sua saúde: “A primeira noite daquela viagem, a seguir ao regresso da ceia com os bispos, desceu à capela diante do Santíssimo. As irmãs tinham-lhe prepara-do um grande genuflexório, mas preferiu rezar num dos bancos habituais. Eu acompa-nhava-o, esperando-o fora da capela. Na noite seguinte tive que responder a uma chama-da urgente e não pude acom-panhá-lo à capela. Cheguei depois, quando já estava ajo-elhado. Antes de entrar ouvi como que uma música dife-rente, e quando abri silencio-samente a porta, ouvi como, ajoelhado no banco, cantava diante do tabernáculo. Nunca esqueci esse delicado canto, que era como um colóquio de amor com Cristo...”

Um dia, D. Álvaro del Portillo, Prelado do Opus Dei, esperava para ser rece-bido em audiência por João Paulo II. Ao ouvi-lo chegar, notou que o fazia arrastando os pés. O Prelado disse-lhe: ”Como está cansado, Santi-dade!”. Ao que o Papa repli-cou de imediato: ”Se a estas horas da noite o Papa não estivesse cansado seria por-que hoje não teria cumprido o seu dever”.

Em 1994, a revista TIME nomeou João Paulo II “Ho-mem do ano”. O seu porta--voz mostrou-lhe a primeira página da revista e o Papa vol-tou-a. O seu assessor mostrou--lha de novo e o Papa voltou-a de novo. “Santidade, não gos-ta da revista?”, perguntou-lhe. “Talvez me agrade demasiado – disse o Papa”.

Em 2001 o Papa reali-zou uma histórica viagem à Grécia, onde pôde reunir-se com os bispos ortodoxos. Num dos encontros com o

Arcebispo de Atenas, Sua Be-atitude Christodoulos, João Paulo II disse-lhes que tinha um grande desejo de rezar o Pai-nosso com ele em grego, e ele também aceitou e reza-ram-no juntos em voz alta. Este gesto importante – há dez séculos que não aconte-cia algo assim – não foi im-provisado; o Papa, antes da viagem, tinha recitado duran-te vários dias o Pai-nosso em grego, para o aprender.

Fonte: opusdei.pt /renascença.pt

João XXIII e João Paulo II declarados santos

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JUVENtUdE MariaNa ViCENtiNa - BolEtiM da rEGiÃo SUl .PrÓXiMaS atiVidadES

A maior história jamais contada, a vida de Jesus, chega agora ao grande ecrã pelas mãos dos produtores Roma Downey e Mark Burnette, vencedor de dois Emmys. Com o português Diogo Morgado à frente dum importante elenco internacional, o filme relata-nos a vida pública de Jesus até à sua morte na cruz e posterior ressurreicão. Um retrato fiel da vida de Jesus, com uma fidelidade que só a fé partilhada pelos produtores pode garantir. O filme conta ainda com uma banda sonora poderosa assinada pelo oscarizado Hans Zimmer.

Realização: Christopher Spencer| Interpretação: Diogo Morgado, Roma Downey, Louise Delamere, Darwin Shaw, Amber Rose Revah,Andrew Brooke, Simon Kunz

• 28 - Comemoração dos 30 anos JMV Portugal, da JMV OB e JMV Santiago Cacém - Lisboa

• 18 – Aniversário da Primeira Aparição de Nossa Senhora a Santa Catarina de Labouré

• 20 a 24 – XXX Encontro Nacional JMV- Achada

Deus sofre porque não é todo-po-deroso, nem quer sê-lo: se o fosse, não seríamos homens.Autor de Jesus e de Maria - A Ver-dadeira História de Mãe de Jesus, duas obras que

abalaram muitas ideias feitas, Jacques Du-quesne prossegue a sua meditação sobre a ctualidade da mensagem cristã com uma reflexão sobre o Mal. Séculos de crenças e de uma dogmática severa deformaram, de algum modo, o rosto do Deus, da Bíblia e dos Evangelhos.É esse Deus que aqui é restituído, numa linguagem acessível a todos.

Como não podia deixar de ser, neste mês mariano tão especial, o sítio a visitar é o Santuário de Fátima.A Mensagem de Fátima é um convite e uma escola de salvação. Foi iniciada pelo Anjo da Paz (1916) e completada por Nossa Senhora (1917). Foi vivida de maneira histórica pelos três Pastorinhos – Lúcia, Francisco e Jacinta. A aceitação desta mensagem traz consigo a Consagração ao Coração Imaculado de Maria, que é símbolo de um compromisso de fidelidade e de apostolado.Em Fátima não podem deixar de visitar:Capelinha das Aparições, Muro de Berlim, Presépio, Capela do Santíssimo Sacramento; Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, Monumento ao Sagrado Coração de Jesus; Casas de Retiros e Centro Pastoral de Paulo VI; Basílica da Santíssima Trindade; Aljustrel e Valinhos; Azinheira Grande.

FILME A VER

UBITOON

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LOCAL A VISITAR

O Filho de Deus

Junho

Julho

Agosto

Deus, apesar de tudo

Santuário de Fátima

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Autor: Elodie Marques