jornal regional chico da boleia - 9ª edição | baixa mogiana

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Distribuição Gratuita O JORNAL PARA O CAMINHONEIRO AMIGO www.chicodaboleia.com.br Orgulho de ser caminhoneiro EDIÇÃO REGIONAL BAIXA MOGIANA As ações suscitaram a discussão de questões que ainda afetam o TRC e geraram diferentes opiniões entre as lideranças do setor. No último dia 3 de julho um relató- rio bastante interessante foi divulgado pelo IBGE, chamado Pesquisa de In- formações Básicas Municipais (Munic 2012). Davoli promove “1º Encontro com Chico da Boleia para debate sobre a Lei 12.619” Ano 02 - Edição 9 - 2013 Paralisação de caminhoneiros divide opiniões do TRC Pág. 8 e 9 Pág. 3 Pág. 6 Pág. 4 e 5 Plano Municipal de trans- porte: porque só 3,8% dos municípios possuem? Chico da Boleia participou de várias Feiras e eventos por todo o Brasil. Confira as informações e os flashes por onde ele passou. ISO 9001 Chico da Boleia nas Festas e eventos Da esquerda para direita: João Davoli, Chico da Boleia, Marcos Aurélio, Virginia Laira, Mateus Silva e Edson Amarildo | Foto: Larissa J. Riberti

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Page 1: Jornal Regional Chico da Boleia - 9ª Edição |  Baixa Mogiana

Distribuição Gratuita

O JORNAL PARA O

CAMINHONEIROAMIGOwww.chicodaboleia.com.br

Orgulho de ser caminhoneiro

EDIÇÃO REGIONAL BAIXA MOGIANA

As ações suscitaram a discussão de questões que ainda afetam o TRC e geraram diferentes opiniões entre as lideranças do setor.

No último dia 3 de julho um relató-rio bastante interessante foi divulgado pelo IBGE, chamado Pesquisa de In-formações Básicas Municipais (Munic 2012).

Davoli promove “1º Encontro com Chico da Boleia para debate sobre a Lei 12.619”

Ano 02 - Edição 9 - 2013

Paralisação de caminhoneiros

divide opiniões do TRC

Pág. 8 e 9

Pág. 3

Pág. 6

Pág. 4 e 5

Plano Municipal de trans-

porte: porque só 3,8% dos

municípios possuem?

Chico da Boleia participou de várias Feiras e eventos por todo o Brasil. Confira as informações e os flashes por onde ele passou.

ISO

9001

Chico da Boleia nas

Festas e eventos

Da esquerda para direita: João Davoli, Chico da Boleia, Marcos Aurélio, Virginia Laira, Mateus Silva e Edson Amarildo | Foto: Larissa J. Riberti

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O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA

De novo, outra vez, novamente e não é re-petitivo.

Companheiros da es-trada como diria minha enteada, novamente a Lei 12.619 não sai da

boca ou do que escreve o Chico da Bo-leia! Não é para menos, o assunto é de suma importância, enquanto alguns fa-zem de conta que a Lei não existe e vão criando um passivo trabalhista, outros tentam desfigurá-la a todo custo.Deixe-me tentar explicar! Na Câmara Federal onde se reúnem os Deputados Federais existem comissões por assun-to ou por tema e na Comissão de Agri-cultura criou-se uma “Sub-Comissão” para sugerir mudanças na Lei 12.619, que, diga-se de passagem, esta em ple-no vigor.Esta Sub-Comissão votou algumas al-terações que na prática embola o eixo da Lei que é o tempo de direção.Estas alterações precisam passar pela Câmara e serem aprovadas, depois pas-sar pelo Senado e serem aprovadas e depois de todo tramite legislativo vai à sanção Presidencial que pode vetar. Ou seja, ainda há muita água para rolar de-baixo desta ponte. E vale o que já está sancionado, ate ser aprovada a modifi-cação e publicada no Diário Oficial da União.Como tenho dito, nós caminhoneiros,

carreteiros e Empresários do setor te-mos que participar, debater, discutir e não deixar correr frouxo.Por isso neste mês de Julho começamos com os Encontros com o Chico da Bo-leia para debater a principio este assun-to, e pretendemos levar isso ao interior, levar isso para estrada e fazer o debate para que tenhamos noção do que esta acontecendo. Nesta edição poderá ver como foi o 1ª Encontro com Chico da Boleia em Mogi Mirim.Outro assunto de grande importância é sobre a “GREVE”. Companheiros! A GREVE é um importantíssimo ins-trumento de luta e não pode ser tratada com leviandade, não pode sem mais sem menos ser convocada de um dia para outro, e acima de tudo, não pode ser decisão de alguns poucos “ilumina-dos”. Nos últimos dias vimos mais uma vez a categoria ser chamada para uma paralisação, e com exceção do Estado de São Paulo onde havia uma pauta definida de reinvidicações, os demais não tinha algo definido. Isso é muito perigoso, pois leva ao descrédito e a desilusão. É importante ter claro que uma paralisação é a ultima instância em qualquer processo de negociação, pois ela afeta toda a sociedade e não só a categoria envolvida.Um assunto que inúmeros municípios discutir é o Plano Municipal de Trans-porte, e você deve procurar na sua cida-de como esta este assunto, por que com

Sede: Rua Bento da Rocha, 354 - Itapira-SP, CEP 13.970-030 Fone:(19) 3843-5778Tiragem: 50.000 exemplares Nacional, 10.000 exemplares Baixa Mogiana e 10.000 exemplares Grande Ribeirão PretoDiretora-Presidente: Wanda JachetaDiretor Editorial: Chico da BoleiaEditor Responsável: Chico da BoleiaCoordenação / RevisãoLarissa J. RibertiDiagramaçãoPamela SouzaSuporte TécnicoMatheus A. MoraesJuliano H. BuzanaConselho Editorial:Albino Castro (Jornalista) Larissa J. Riberti (Historiadora) Dra. Virgínia Laira (Advogada e coor-denadora do Departamento Jurídico da Fenacat) Roberto Videira (Presidente da APRO-CAM Brasil) José Araújo “China“ (Presidente da UNICAM Brasil)Responsabilidade social:ViraVidaLigue 100Na mão certa

02 EDITORIAL

Expediente

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA

certeza vai te afetar diretamente.Nesta edição vamos falar de forma es-pecial sobre a Fórmula Truck que es-teve no templo do automobilismo bra-sileiro Interlagos, e com uma disputa emocionante na última volta.Estive na bela cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, acompanhado a 15ª Transposul bem como em Apareci-da no Estado de São Paulo na tradicio-nal Festa do Carreteiro.Companheiros! Espero que gostem da leitura e ate a próxima edição.

Um abraço Chico da Boleia.

Page 3: Jornal Regional Chico da Boleia - 9ª Edição |  Baixa Mogiana

pode fazer um contrato de arrenda-mento do senhor para sua empresa, assim o senhor poderá fazer a inclusão do caminhão sem problemas na ANTT da sua empresa. Inclusive o senhor po-derá visualizar no extrato que o posto autorizado lhe entregar que o veículo ficará como arrendado para a empresa. E não se esqueça de sempre andar com uma cópia do contrato de arrendamen-to junto ao documento do veículo, em caso de fiscalização esse contrato de-verá ser exigido.Feito dessa forma não é preciso se preocupar na hora de carregar, pois o pagamento é feito para a empresa, não para o proprietário do caminhão.Em caso de duvidas de como conse-guir o contrato de arrendamento con-verse com seu contador ou entre em contato com um posto credenciado da ANTT, você pode encontrar o posto mais próximo de você através do site : www.sicat.com.br. Eu sempre recomendo o escritório da Central do Transporte. Você pode en-trar em contato através dos tefones:(19) 3843-5778 / (19) 3843-6487 ou pelo site: www.centraldotransporte.com.br

Abraço, Chico da Boleia

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CHICO DA BOLEIA

Sede: Rua Bento da Rocha, 354 - Itapira-SP, CEP 13.970-030 Fone:(19) 3843-5778Tiragem: 50.000 exemplares Nacional, 10.000 exemplares Baixa Mogiana e 10.000 exemplares Grande Ribeirão PretoDiretora-Presidente: Wanda JachetaDiretor Editorial: Chico da BoleiaEditor Responsável: Chico da BoleiaCoordenação / RevisãoLarissa J. RibertiDiagramaçãoPamela SouzaSuporte TécnicoMatheus A. MoraesJuliano H. BuzanaConselho Editorial:Albino Castro (Jornalista) Larissa J. Riberti (Historiadora) Dra. Virgínia Laira (Advogada e coor-denadora do Departamento Jurídico da Fenacat) Roberto Videira (Presidente da APRO-CAM Brasil) José Araújo “China“ (Presidente da UNICAM Brasil)Responsabilidade social:ViraVidaLigue 100Na mão certa

Chico da Boleia responde

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIAPAPO DE BOLEIA 03

No último dia 3 de julho um relató-rio bastante interessante foi divulgado pelo IBGE, chamado Pesquisa de In-formações Básicas Municipais (Munic 2012). Para a realização desse traba-lho, o Instituto coletou durante todo o ano passado, dados dos municipios do país que apontam para diferentes as-pectos como os investimentos em Meio Ambiente, a economia dos lugares, a segurança e também o transporte.Nesta última área, o relatório constatou que somente 3,8% dos municípios pos-suem um Plano Municipal de Trans-portes, apesar de 74,3% (4.133) dos municípios declararem possuir estrutu-ra organizacional para cuidar do tema. Somente 3,7% contam com Fundo Mu-nicipal de Transporte. Com relação ao tipo de transporte existente 0,3% dos municípios possuem metrô, 2,5% pos-suem trem, 55,3% contam com o servi-ço de mototaxi, 67,7% possuem vans,

38% (2.114) possuem ônibus munici-pal e 85,8% (4.775) tem ônibus inter-municipal.Outro dado importante apresentado pelo Munic 2012 é que dos 5 565 muni-cípios avaliados, somente 357 possuem Conselho Municipal de Transporte. Em percentuais, a pesquisa mostra que so-mente 6,4% dos municípios de todo o Brasil possui um orgão voltado para o gerenciamento e para a implementação de propostas relacionadas à questão do transporte. Esta questão é ainda mais agravante quando se tratam de cidades de peque-no porte. Das 5277 cidades do país com até 100 mil habitantes do país, somen-te 4,1% possui um Conselho Munici-pal de Transporte, sendo que a maior concentração desse percentual fica por conta das cidades que possuem entre 20 e 100 mil habitantes. Já dos 288 muni-cípios brasileiros que possuim mais de

Olá Chico da Boleia!Sou o Jurandir Matarazo Diniz, desde 1984 trabalho com caminhão. Sempre fui autônomo e carregava para várias empresas daqui do interior do Paraná e de São Paulo sem problema algum. Só que de uns tempos pra cá com essa historia do fim da carta frete, do CIOT e de toda essa modernização que vem ocorrendo no setor fui meio que “obri-gado” a abrir uma micro transportado-ra. Não que eu seja contra, pelo con-trário sou super a favor e dou o maior apoio, acho que só assim o caminho-neiro poderá lutar por seus direitos e ser enfim respeitado. Mas o problema mesmo é que algumas empresas pare-cem estar dando preferência na hora de carregar aos caminhões de trans-portadora, talvez por algum detalhe burocrático, não sei. Ai que está o problema. Agora que abri minha micro transportadora como é que eu faço pra tirar a ANTT em nome da empresa se o documento do caminhão esta no meu nome e no mo-mento eu não posso transferir? Como devo proceder nesse caso? Há alguma alternativa ou eu tenho mesmo que continuar usando a ANTT em meu nome?Olá Jurandir, como vai?Há uma alternativa sim! O senhor

100 mil habitantes, aproximadamente 47% possui Conselho Municipal de Transporte.É claro que na análise desses dados é preciso considerar que em muitas das cidades pequenas não existe uma gran-de circulação de veículos, nem sequer uma lógica de trânsito como se entende nas cidades grandes. No entanto, es-ses cidadãos necessitam de vias para trafegar, seja a pé ou a partir de outros veículos de locomoção como charre-tes e cavalos. Além disso, mesmo em cidades pequenas é preciso garantir o mínimo de infra estrutura para a loco-moção intermunicipal e municipal das pessoas. É importante destacar também que mais da metade dos municípios com mais de 100 mil habitantes ainda não possui um Conselho para discutir projetos e dire-cionar fundos para o transporte. Sobretudo, os dados revelam que, ape-

sar da extrema importância que o trân-sito possui na vida das pessoas, muitas administrações municipais ainda não atentaram para a necessidade de pla-nejar e implementar políticas públicas nessa área. Quando falamos sobre isso, queremos destacar a necessidade de se melhorar o transporte público, a organi-zação do trânsito, a educação nas ruas, garantir a mobilidade e o direito de ir e vir de qualquer cidadão. O IBGE mos-trou o tamanho da defagem apresenta-da pelos municípios nesse sentido. AbraçoChapa.

Plano Municipal de Transportes: porque só 3,8% dos municípios possuem?

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O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA04 FIQUE POR DENTRO

Chico da Boleia esteve presente na 34ª Feira do Carreteiro na cidade de Apare-cida do Norte, interior do estado de São Paulo. Promovida pelos companheiros da Revista O Carreteiro, o evento é fa-moso no trecho sendo um dos mais fes-tejados pelos caminhoneiros do Brasil e de outros países. De 10 a 13 de julho o evento ofereceu uma programação extensa, com pales-tras técnicas, truck service e truck test, sala do motorista, salão da criança e a tradicional Romaria de São Cristóvão e Nossa Senhora de Aparecida. Cerca de 50 expositores, dentre eles montadoras, distribuidoras de com-bustíveis e fabricantes, estiveram presentes no evento oferecendo peças, serviços, acessórios e in-formações diversas para os caminhoneiros. Como já acontece há al-gumas edições, o evento também promoveu pales-tras e conversas com os presentes. Os temas apre-ciados pelos palestrantes estavam relacionados com o dia a dia do motorista: Lei 12.619, custo do frete e fiscalização nas rodo-vias. Além disso, foram realizadas pa-lestras de conscientização nas rodovias sobre temas como a exploração infantil. De forma a interagir com os caminho-neiros, houve exibição de vídeos sobre segurança no trânsito e outros assuntos durante o “Cinema Rodoviário”. De acordo com João Geraldo, editor responsável da Revista O Carreteiro e um dos organizadores da Feira, o even-to vem passando por constantes modifi-cações em seu modelo. Até 1996, quan-do passou a ser chamada de Feira do Carreteiro, a antiga Festa tinha como

15ª Transposul promove negóciosno setor do TRC

objetivo promover uma confraterniza-ção entre os caminhoneiros. “Vinham carreteiros do mundo inteiro porque sabiam que era uma semana de distra-ção, show. Só alegria”, afirmou João Geraldo. Ao longo do tempo e com o crescimen-to do mercado, surgiu a necessidade dos caminhoneiros se profissionaliza-rem. João Geraldo afirma que a partir dessa mudança no cenário nacional, a organização da Feira passou a se preo-cupar com a formação profissional dos motoristas. “Não bastava só o sujeito

sentar no caminhão, carregar, levar car-ga e trazer. Era preciso dirigir economi-camente, mais responsavelmente. Nós chegamos agora em 2013 realizando a 18a edição na Basílica e com um even-to totalmente diferente, mais voltado à profissionalização dos motoristas. Pra isso, nós reforçamos o Ciclio de Pales-tras e demos bastante foco na profissio-nalização. Por exemplo, uma palestra que julgamos de bastante importância e trouxemos esse ano é como ensinar o motorista a calcular o frete. A outra é sobre a Lei do Motorista, entre outras”, explicou João.A novidade para a 34a Edição da Fei-

ra é justamente um reforço no Ciclo de Palestras que contou com profissionais de diferentes áreas de atuação. Estive-ram presentes representantes da Polícia Rodoviária Federal, da Confederação Nacional dos Transportadores Autôno-mos e da Agência Nacional de Trans-portes Terrestres.Com o objetivo de informar e cons-cientizar o caminhoneiro, João Ge-raldo argumentou que existem mui-tos profissionais que ainda não sabem calcular quanto vale o seu frete ou que trabalham por preços muito abaixo do real valor de mercado. “As vezes o ca-minhoneiro pega uma carga no trecho Rio-São Paulo e calcula o frete pensan-do somente no gasto do pedágio e no quanto ele precisa receber, que é o mais óbvio. Mas ele tem custos diretos e in-diretos. Tem o combustível, a deprecia-ção do caminhão, os impostos que ele paga”, afirmou João Geraldo.De acordo com o organizador, a inefici-ência no cálculo do valor real do frete leva à um desgaste do caminhão e uma baixa capacidade de renovação de frota por parte do caminhoneiro autônomo. “Quando chega depois de 5 e 6 anos, digamos que ele tenha comprado um caminhão novo, ele não tem condição nenhuma de comprar outro caminhão.

Ele não con-seguiu poupar, não calculou a depreciação do caminhão dele e ele vai continuar rodando com um caminhão velho e ganhando cada vez menos. Por-que o caminhão depreciado vai ficando improdu-tivo. Por isso, os cursos são muito importantes para

o motorista”, concluiu João.A realização da Feira do Carreteiro no pátio da Basílica de Nossa Senhora de Aparecida tem um duplo objetivo. O primeiro deles é contribuir para o con-forto dos motoristas. Para isso são ofe-recidos espaços exclusivos e gratuitos para que todos possam descansar, to-mar banho, confraternizar e estacionar os caminhões em segurança.A segunda motivação é o apego à fé dos motoristas. “A maioria já vem aqui nor-malmente durante o ano quando pas-sam pela Dutra. Param aqui pra rezar e fazer seus votos de fé. Então consegui-mos encaixar tudo isso. Trazer o evento

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CHICO DA BOLEIA

Feira do Carreteiro agita o pátio da Basílica de Nossa Senhora Aparecida

A 15ª edição da maior Feira e Congres-so de Transporte e Logística da região Sul do país ganhou visibilidade in-ternacional neste ano. Entre os dias 3 e 5 de julho, o Centro de Eventos da FIERGS, em Porto Alegre, foi palco de estandes das maiores marcas do Brasil e do mundo em serviços, acessórios, peças e caminhões. Neste ano também aconteceram pales-tras especiais com homens e mulheres de negócios e expoentes da logística mundial. A Solenidade de Abertura foi conduzida pelo Maestro João Carlos Martins, coordenador da Filarmônica Bachiana Sesi – SP e um dos nomes mais expressivos da música clássica mundial. “Eu não conhecia o Maestro, adorei a palestra dele, é um cara ma-ravilhoso e foi um sucesso.”, afirmou o Coordenador da Transposul, Afrânio Rogério. Também diretor do Setcergs (Sindicato dos Transportadores de Carga do RS), Afrânio expressou sua satisfação pela grande visibilidade da Feira. Em en-trevista realizada por Chico da Boleia, o coordenador afirmou que a cada ano novos desafios são impostos para todos que trabalham na realização do even-to. “A Feira é sempre uma passagem de bastão. O desafio é sempre melho-rar aquilo que já é ótimo. No desafio dos números, as montadoras venderam aqui no ano passado 325 caminhões. Isso equivale a um mês de venda no es-tado do Rio Grande do Sul todo. Esse ano nós devemos crescer em torno de 20%”, explicou Afrânio.Considerada uma das mais importantes Feiras da América Latina e do mundo, a Transposul deste ano recebeu marcas internacionais de caminhões e peças e

Truck Test - Motoristas tiveram a oportunidade de conhecer detalhes dos caminhões | Foto: Feira do Carreteiro

Palco onde aconteceu os shows da 34ª Feira do Carreteiro | Foto: Chico da Boleia

pra cá caiu como uma luva pra nós”, expressou João Geraldo.Todos os anos, de 5 a 6 mil caminho-neiros passam pelo pátio da Basílica para acompanhar a Feira e conferir as atrações. Todos eles são credenciados e, para isso, é extremamente necessário que cada motorista apresente sua CNH, mesmo que a Feira seja de livre acesso para todas as pessoas. Calcula-se que a Feira tenha um público geral de aproxi-madamente 40 mil pessoas.

Redação Chico da Boleia

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CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIAFIQUE POR DENTRO 05

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A 15ª edição da maior Feira e Congres-so de Transporte e Logística da região Sul do país ganhou visibilidade in-ternacional neste ano. Entre os dias 3 e 5 de julho, o Centro de Eventos da FIERGS, em Porto Alegre, foi palco de estandes das maiores marcas do Brasil e do mundo em serviços, acessórios, peças e caminhões. Neste ano também aconteceram pales-tras especiais com homens e mulheres de negócios e expoentes da logística mundial. A Solenidade de Abertura foi conduzida pelo Maestro João Carlos Martins, coordenador da Filarmônica Bachiana Sesi – SP e um dos nomes mais expressivos da música clássica mundial. “Eu não conhecia o Maestro, adorei a palestra dele, é um cara ma-ravilhoso e foi um sucesso.”, afirmou o Coordenador da Transposul, Afrânio Rogério. Também diretor do Setcergs (Sindicato dos Transportadores de Carga do RS), Afrânio expressou sua satisfação pela grande visibilidade da Feira. Em en-trevista realizada por Chico da Boleia, o coordenador afirmou que a cada ano novos desafios são impostos para todos que trabalham na realização do even-to. “A Feira é sempre uma passagem de bastão. O desafio é sempre melho-rar aquilo que já é ótimo. No desafio dos números, as montadoras venderam aqui no ano passado 325 caminhões. Isso equivale a um mês de venda no es-tado do Rio Grande do Sul todo. Esse ano nós devemos crescer em torno de 20%”, explicou Afrânio.Considerada uma das mais importantes Feiras da América Latina e do mundo, a Transposul deste ano recebeu marcas internacionais de caminhões e peças e

também membros de organizações re-presentativas na área da logística mun-dial. Dentre eles estavam, por exem-plo, John Edwin Mein, Coordenador Executivo da Aliança para Modernização Logística do Comér-cio Exterior – Proco-mex – e Hao Da, da Chinesa Shenyang North Traffic Indus-try Group. “Neste ano nós viramos a página pra internacionalizar a Feira. Ou seja, o mun-do mudou, o mundo globalizou e nós não podemos ficar aqui no nosso cantinho do Rio Grande do Sul. Nós temos que buscar ou-tros mundos para que eles venham nos conhecer”, finalizou Afrânio.A Transposul configura-se, sobretudo, como um local para se concretizarem negócios no setor. Segundo Sergio Gonçalves Neto, Presidente do Se-tcergs, ao longo das edições da Feira, construiu-se uma relação de confian-

ça com organizadores, patrocinadores e clientes. “Ano passado nós tivemos mais de R$115 milhões em negócios realizados. Este ano temos a expectati-

va de aumentar esse número em 20%. Nós temos hoje 57 expositores, todas as marcas que produzem caminhões estão conosco. E apesar do cenário econômi-co adverso – muita expectativa, muita cautela – nós estamos percorrendo os estandes e com satisfação eu consigo dizer que os expositores estão conten-

tes com a Transposul. Isso nos alegra porque é, sem dúvida, um desafio fazer um projeto deste tamanho”, afirmou Sergio.

O Presidente do Sin-dicato ainda salien-tou que a realização do evento é o resul-tado de uma par-ceria com o Poder Público. Na aber-tura da Transposul estiveram presen-tes representantes do Governo como o Prefeito de Porto Alegre, José Fortu-nati, e Tarso Genro, o Governador do Es-tado. Sergio Gonçalves acredita que o rela-

cionamento entre entidades represen-tativas e membros do governo pode melhorar a organização do evento, bem como a tomada de decisões no legisla-tivo do Estado sobre assuntos como in-fra-estrutura e legislação na área. “Nós, do sindicato, com muita humildade subsidiamos o governo a respeito de

alguns temas. Muitas vezes quem atua é um político que não tem experiência nesta área, então ele precisa conhecer melhor para poder votar um projeto na Assembléia Legislativa e também no Executivo pra decidir se aquele projeto é importante pro Estado naquele mo-mento. Como a gente sabe que a verba é curta, procuramos priorizar projetos que vão dar vazão seja na mobilidade urbana, seja na infra estrutura estadu-al.”, expressou Sergio. Silvio Augusto Alves Santana, repre-sentante da Scania Brasil, acredita que a Transposul é uma feira na qual todos os expositores possam estabele-cer um relacionamento duradouro com os clientes. “Eventos como esse são uma oportunidade de você mostrar os seus produtos, sempre no sentido de apresentar uma solução completa pro transportador. A gente consegue fazera integração com os clientes e mostrar todos os pontos de solução para eles”, finalizou Santana.A Transposul acontece anualmente e muitas novidades já estão sendo aguar-dadas para a próximo edição.

Redação Chico da Boleia

Transposul 2013 | Foto: Chico da Boleia

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O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA06 FIQUE POR DENTRO

No bojo das manifestações que vem ocorrendo por todo o Brasil e que ti-veram seu ápice durante o mês de jun-ho, houve mobilizações também por parte de caminhoneiros. As ações sus-citaram a discussão de questões que ai-nda afetam o TRC e geraram diferentes opiniões entre as lideranças do setor. Para entender como se deram essas manifestações, no entanto, é preciso relembrar alguns fatos.No dia 24 de junho o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, declarou o cancelamento do reajuste dos pedá-gios nas rodovias do estado. Em seu depoimento, Alckmin afirmou que os prejuízos seriam controlados com uma medida principal: as concessionárias responsáveis pela administração das rodovias de São Paulo passariam a re-passar 1,5% - ao invés de 3% - da ar-recadação dos pedágios à Artesp. No entanto, o governador também de-clarou que, a partir do cancelamento do reajuste dos pedágios, autorizava-se a cobrança do eixo suspenso dos camin-hões que trafegassem vazios pelas rodovias. Ainda no final do mês de junho, ime-diatamente caminhoneiros e alguns coletivos organizaram protestos em rodovias importantes do Estado de São Paulo como a Anchieta e na região do Porto de Santos. Essas ações tiveram uma motivação clara: manifestar repú-dio à decisão do Governador Geraldo Alckmin e pedir pela revisão da autor-ização dada às concessionárias de co-

brarem o pedágio por eixo suspenso do caminhão. Como resultado a medida foi revogada.No dia 1o de julho, no entanto, o MUBC (Movimento União Brasil Caminhonei-ro), liderado por Nélio Botelho, convo-cou a todos os membros do TRC para uma paralisação de 72 horas que teria fim somente no dia 4. Na convocação divulgada no site ofi-cial do movimento, a pauta continha as seguintes reivindicações: “Subsídio no preço do óleo diesel; Isenção para caminhões do pagamento de pedágios em todas as rodovias do país; criação da Secretaria do Transporte Rodoviário de Cargas, vinculada diretamente à Presidência da República, nos mes-mos moldes das atuais Secretarias dos Trabalhadores e das Micro e Pequenas Empresas; Votação e sanção imediata do Projeto de Lei que aprimora a Lei 12619/12 (Lei do Motorista), e também define soluções para as questões como a Cartão Frete, CIOT, concorrência desleal exercida por transportadores il-egais e outros...”.A convocação obteve apoio de alguns caminhoneiros e durante os três dias houve paralisações no Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Questionando as motivações de Nelio Botelho e do MUBC, a Unicam (União Nacional dos Caminhoneiros), uma das entidades mais representativas do setor, prontamente divulgou em seu site uma

nota onde expressava sua recusa em aprovar a convocação da paralisação de 72 horas. Na carta, assinada pelo Presidente José Araújo “China” da Silva, a entidade afirmou que “A Uni-cam defende as manifestações popula-res espalhadas pelo Brasil e o direito legal de greve, mas não acreditamos em um movimento grevista mobili-zado por empresários travestidos de transportadores autônomos, que usam esses profissionais para atingir inter-esses próprios, se aproveitando de uma oportunidade política no Brasil, com as manifestações populares vistas nas ruas nas últimas semanas.”.Ainda segundo o comunicado divul-gado pela Unicam, a paralisação con-vocada pelo MUBC teve claras inten-ções de minar conquistas trabalhistas alcanças pelos motoristas com a Lei 12.619. Para a União, a convocação de Nelio Botelho busca revogar a Lei e não aperfeiçoá-la, objetivo que mo-tiva a maioria das lideranças compro-metidas com o setor. A necessidade de melhorar a Lei tem levado entidades a debaterem com a atual Comissão Espe-cial criada na Câmara dos Deputados, a fim de encontrarem uma resolução para os problemas que ainda afetam o setor. O grande impasse ocorreu principal-mente pelo fato do MUBC responder aos interesses de sua liderança repre-sentada por Nelio Botelho, figura con-hecida entre o TRC. Depois da nota divulgada pela Unicam e de outras manifestações de repúdio à paralisação por parte de entidades importantes, o Ministério da Justiça determinou que a Polícia Federal abrisse um inquérito para investigar a greve dos caminhon-eiros. A suspeita é de que o movimento seja um locaute, uma paralisação co-ordenada por empresários do setor de transportes.Em justificativa, o ministro José Edu-ardo Cardozo afirmou ter indícios de que o MUBC era responsável pelo lo-caute e que o movimento já foi multado pela Justiça. Além disso, no passado, o Ministério já bloqueou os bens do pres-idente da entidade, Nélio Botelho.Figura questionada entre outras lider-anças, Botelho também é presidente da Cobrascam, cooperativa de motoristas autônomos, que tem 39 contratos com a Petrobras, no valor de R$ 4 milhões por

mês. Em resposta às acusações, Nélio disse que a cooperativa tem, no máxi-mo, 16 contratos e negou as acusações de locaute. Em entrevista realizada por Chico da Boleia, Francisco Pellucio, Vice-Presente da NTC & Logística, afirmou não apoiar a manifestação. “A gente nunca apoia e nunca iremos apoiar esse tipo de evento. Nosso mel-hor esforço é o trabalho, o atendimento aos nossos clientes, é o cuidado com a rodovia e com nossos motoristas. Eu acho que algumas pessoas organizaram essas paralizações que não levaram a nada. Até porque o governador de São Paulo já suspendeu provisoriamente a cobrança do eixo suspenso que eu acho realmente que precisa ser revis-to. Porque muitos não pagam nada e poucos como nós do transporte é que pagamos o pedágio. Nós sempre reivin-dicamos que o eixo suspenso não seja cobrado”, afirmou Pellucio.Para Afrânio Rogério, Presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs) é necessário que qualquer mobilização tenha pauta e liderança transparentes. “Essa mani-festação por parte dos caminhoneiros também está mexendo com a ordem do Brasil. Então a minha preocupação é que são tantas manifestações sem ban-deira, sem articulação, sem uma lider-ança que as vezes eu fico com medo. Porque eu já vivi nesse país, já tenho mais idade e já conheço outras situa-ções”, explicou Afrânio.Para as principais lideranças do país as mobilizações dos caminhoneiros são justas e necessárias, tendo em vis-ta os problemas que ainda persistem no setor. No entanto,a convocação do MBUC não tem validade consideran-do a atuação dúbia e contraditória de Nelio Botelho. Na última paralisação questionou-se a validade da Lei 12.619 e do fim da Carta Frete, conquistas am-plamente apoiadas por sindicatos e rep-resentações do TRC de todo país.É preciso se mobilizar. No entanto, é preciso conhecer profundamente as pautas e as lideranças antes de fazer coro ao lado de algumas vozes. Caso contrário, pode acontecer de você falar em nome de reivindicações que, na ver-dade, vão contra, e não favor, do TRC. Redação Chico da Boleia

Paralisação de caminhoneiros divide opiniões no TRC

Paralisação dos caminhoneiros na BR-381 em Igarapé, deixa trânsito congestionado por quilômetros. | Foto: Edesio Ferreira

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mês. Em resposta às acusações, Nélio disse que a cooperativa tem, no máxi-mo, 16 contratos e negou as acusações de locaute. Em entrevista realizada por Chico da Boleia, Francisco Pellucio, Vice-Presente da NTC & Logística, afirmou não apoiar a manifestação. “A gente nunca apoia e nunca iremos apoiar esse tipo de evento. Nosso mel-hor esforço é o trabalho, o atendimento aos nossos clientes, é o cuidado com a rodovia e com nossos motoristas. Eu acho que algumas pessoas organizaram essas paralizações que não levaram a nada. Até porque o governador de São Paulo já suspendeu provisoriamente a cobrança do eixo suspenso que eu acho realmente que precisa ser revis-to. Porque muitos não pagam nada e poucos como nós do transporte é que pagamos o pedágio. Nós sempre reivin-dicamos que o eixo suspenso não seja cobrado”, afirmou Pellucio.Para Afrânio Rogério, Presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs) é necessário que qualquer mobilização tenha pauta e liderança transparentes. “Essa mani-festação por parte dos caminhoneiros também está mexendo com a ordem do Brasil. Então a minha preocupação é que são tantas manifestações sem ban-deira, sem articulação, sem uma lider-ança que as vezes eu fico com medo. Porque eu já vivi nesse país, já tenho mais idade e já conheço outras situa-ções”, explicou Afrânio.Para as principais lideranças do país as mobilizações dos caminhoneiros são justas e necessárias, tendo em vis-ta os problemas que ainda persistem no setor. No entanto,a convocação do MBUC não tem validade consideran-do a atuação dúbia e contraditória de Nelio Botelho. Na última paralisação questionou-se a validade da Lei 12.619 e do fim da Carta Frete, conquistas am-plamente apoiadas por sindicatos e rep-resentações do TRC de todo país.É preciso se mobilizar. No entanto, é preciso conhecer profundamente as pautas e as lideranças antes de fazer coro ao lado de algumas vozes. Caso contrário, pode acontecer de você falar em nome de reivindicações que, na ver-dade, vão contra, e não favor, do TRC. Redação Chico da Boleia

Paralisação de caminhoneiros divide opiniões no TRC

Equipe Chico da Boleia | Foto: Wanda Jacheta

Público marcou presença no 1º Encontro com o Chico da Boleia | Foto: Larissa J. Riberti Foto: Larissa J. Riberti

Caria, José Eduardo, Michelli, João Paulo, Daniela, Mariane | Foto: Larissa J. Riberti

Foto: Juliano H. Buzana Chico da Boleia | Foto: Larissa J. Riberti

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“ Essa Lei surgiu pra resolver um problema sério, um problema social que ainda existe no Brasil.”

Dr. Marcos Aurélio

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CHICO DA BOLEIA08 REPORTAGEM

Davoli promove “1º Encontro com Chico da Boleia para debate sobre a Lei 12.619”

Realizado pela Conces-sionária Irmãos Davoli nesta última quinta-feira, 18 de julho, o evento atraiu cerca de setenta pessoas à sede do Grupo, na cidade de Mogi Mirim, interior de São Paulo. Dentre elas es-tavam autoridades do setor, representações sindicais, motoristas autônomos e empresários.Durante a Solenidade de Abertura, Chico da Boleia expressou sua satisfação pela oportunidade de levar uma discussão como esta até o interior do estado. De acordo com ele, o ob-jetivo principal do evento foi promover um debate sobre a Lei do Motorista que envolvesse toda a cat-egoria, não apenas autori-dades.Segundo João Davoli, Di-retor do Grupo Irmãos Davoli e real-izador do evento, essa foi uma grande oportunidade para levar até a região da Baixa Mogiana assuntos relevantes e informações novas para caminhoneiros e clientes. “Esta é a nossa primeira par-ticipação em parceria com o Chico da Boleia neste tipo de assunto. Provavel-mente será o primeiro de muito outros debates que vamos fazer aqui”, afirmou Davoli. Para a mesa principal do debate foram convocados a Dra. Virgínia Laira, representante da Federação Nacional das Associações de Caminhoneiros e Transportadores (FENACAT); Mateus Silva Paula, Secretário Executivo da Associação do Transporte Rodoviário de Cargas do Brasil (ATR Brasil) e Edson Ama-rildo Silva, represent-ante da Confederação dos Trabalhadores em Transportes Terrestres. Também esteve presente um dos maiores conhece-dores da Lei 12619, o Dr. Marcos Au-rélio Ribeiro, Assessor da Juridico da NTC&Logística.A motivação para a organização deste evento são as atuais discussões que

acontecem no âmbito da Câmara dos Deputados em Brasília. Criou-se, no iníciou deste ano, uma Comissão Es-pecial composta por deputados para discutir e avaliar possíveis alterações na redação da Lei. A grande crítica de alguns empresários do setor e par-tilhada por algumas dessas lideranças governamentais está relacionada, prin-cipalmente, com o tempo de parada e o descanso semanal obrigatório. Um dos argumentos dos críticos é que não há infra-estrutura nacional para que o motorista cumpra todas as deter-minações da Lei e que o tempo de des-canso semanal possa ser cumulativo. Desta forma, o motorista teria a opção de se programar para descansar em casa e não em qualquer posto ou hotel

do Brasil. Na visão de Chico da Boleia, no entan-to, estes são os pontos mais importantes para a categoria que deve ser consul-tada antes que se aprove qualquer alte-

ração. “Em função desta Comissão que está discutindo possíveis alterações na Lei, tem gente achando que ela não está em vigor. Então há uma certa confusão sobre o que está sendo questionado e de que forma esta discussão está sendo feita lá em Brasília”, explicou Chico, defendo a importância de existir um debate que envolva toda a categoria.

De acordo com o Dr. Marcos Aurélio é necessário haver mais conhecimento sobre a Lei 12.619 entre os caminho-neiros e empresários. “Essa Lei surgiu pra resolver um problema sério, um problema social que ainda existe no Brasil. Um promotor de Rondonópo-lis entrou com uma ação civil pública,

porque descobriu que os caminhoneiros daquela região estavam dirigindo há muito tempo sem parar, há 14, 16, até 36 horas sem dormir”, explicou o con-sultor da NTC&Logística. Para o juris-ta, a Lei cumpre um papel importante

no sentido de salvaguardar tanto o cumprimento dos di-reitos trabalhistas dos motor-istas, mas também o respeito à saúde do trabalhador.Outra necessidade que mo-tivou a redação da Lei é jus-tamente a “segurança jurídi-ca” que envolve o trabalho do motorista. De acordo com o Dr. Marcos Aurélio, a Lei defende tanto o salário do empregado, quanto o con-trole do trabalho por parte do empresário. “A partir da Lei 12.619 é obrigatório contro-lar a jornada de trabalho do funcionário. E, sendo assim, as empresas vão pagar as 8 horas de jornada normal e mais 2 horas extraordinárias, caso o funcionário as cum-pra. Então a grande mudança veio justamente com este ponto, passou-se de nenhum controle da jornada, para um

controle total da jornada de trabalho do empregado”, justificou Dr. Marcos Au-rélio.Um dos temas mais questionados é a parada obrigatória dos caminhoneiros. Segundo o Dr. Marcos Aurélio, o mo-torista não pode dirigir mais do que quatros horas ininterruptas. Segundo o que está estabelecido pela Lei, após esse tempo, ele deve parar e descan-sar meia hora para depois retornar ao trabalho. “Isso não é uma invenção do Congresso, isso existe na Europa, nos Estados Unidos, na Austrália e no Chile. Fomos buscar o exemplo de outros lugares. Houve discussão com entidades médicas, com o Instituto do Sono, fizemos levantamentos e testes de motoristas que dirigiam com sono. Tudo isso foi discutido e o projeto foi levado pra ser discutido no Congresso com base nestes estudos”, argumento o Dr. Marcos Aurélio.Quanto ao tempo de descanso do mo-torista a Lei determina que, diari-amente, o motorista deve ter um tempo de descanso de 9 horas e mais 2 horas que podme ser divididas ao logo da sua jornada de trabalho. Muitos emprega-dores questionam essa determinação alegando que tal período seria exces-

Dra. Virgínia Laira, Mateus Silva Paula, Edson Amarldo da Silva e Dr. Marcos Aurélio Ribeiro | Foto: Larissa J. Riberti

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CHICO DA BOLEIA 09REPORTAGEM

“ Somos favoráveis à possibilidade do motorista poder acumular o descanso semanal para que, dentro do mês vigente ele possa cum-prí-lo.” Mateus Silba Silva

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CHICO DA BOLEIA

no sentido de salvaguardar tanto o cumprimento dos di-reitos trabalhistas dos motor-istas, mas também o respeito à saúde do trabalhador.Outra necessidade que mo-tivou a redação da Lei é jus-tamente a “segurança jurídi-ca” que envolve o trabalho do motorista. De acordo com o Dr. Marcos Aurélio, a Lei defende tanto o salário do empregado, quanto o con-trole do trabalho por parte do empresário. “A partir da Lei 12.619 é obrigatório contro-lar a jornada de trabalho do funcionário. E, sendo assim, as empresas vão pagar as 8 horas de jornada normal e mais 2 horas extraordinárias, caso o funcionário as cum-pra. Então a grande mudança veio justamente com este ponto, passou-se de nenhum controle da jornada, para um

controle total da jornada de trabalho do empregado”, justificou Dr. Marcos Au-rélio.Um dos temas mais questionados é a parada obrigatória dos caminhoneiros. Segundo o Dr. Marcos Aurélio, o mo-torista não pode dirigir mais do que quatros horas ininterruptas. Segundo o que está estabelecido pela Lei, após esse tempo, ele deve parar e descan-sar meia hora para depois retornar ao trabalho. “Isso não é uma invenção do Congresso, isso existe na Europa, nos Estados Unidos, na Austrália e no Chile. Fomos buscar o exemplo de outros lugares. Houve discussão com entidades médicas, com o Instituto do Sono, fizemos levantamentos e testes de motoristas que dirigiam com sono. Tudo isso foi discutido e o projeto foi levado pra ser discutido no Congresso com base nestes estudos”, argumento o Dr. Marcos Aurélio.Quanto ao tempo de descanso do mo-torista a Lei determina que, diari-amente, o motorista deve ter um tempo de descanso de 9 horas e mais 2 horas que podme ser divididas ao logo da sua jornada de trabalho. Muitos emprega-dores questionam essa determinação alegando que tal período seria exces-

sivo, tendo em vista que o descanso diário de uma pessoa varia de 8 a 9 horas. Segundo o Dr. Marcos Aurélio essa de-terminação também foi aprovada e dis-cutida com base em estudos médicos e não surgiu de forma aleatória. “Se a pessoa tem 9 horas para descanso, ela vai tomar café, vai tomar banho, jantar e dormir em média 8 horas. Então o motorista autônomo tem essa possibili-dade de usar essas nove horas para descansar e fazer o que precisa. A outras duas horas ele vai usar pra descansar durante o dia”, explicou. Alguns em-presários ainda debatem a insufi-ciente infra estru-tura das rodovias que não ofere-cem, segundo as críticas, pontos de parada sufi-cientes para os motoristas. Uma das propostas da Comissão é que a responsabilidade de construir pontos de parada seja do governo e que a aplica-ção da Lei esteja submetida a isto. De acordo com esta proposta, se no prazo de 5 anos os postos não tiverem sido construídos, a lei não se aplicaria.O argumento do Dr. Marcos Aurélio é que os motoristas já costumavam fazer paradas em alguns pontos, e esta pro-posta não é válida. Por isso, ela não deve ser aprovada “Não podemos es-tabelecer um prazo pra aplicação da Lei.”, explicou. É necessário pressionar também as concessionárias para que elas con-struam pontos de paradas ao longo das rodovias. “O Ministério dos Transport-es fez uma pesquisa e constatou que existem 30 mil postos de combustíveis em todo o país. Sobre os pon-tos de parada, o estudo chegou a conclusão que só nas rodovias federais existem 4500 postos de combustíveis. Existem apenas 20 trechos de rodovias que não tem pontos de parada a 150 km um do outro. Uma das propostas em discussão na

Câmara dos Deputados é a possibili-dade do motorista dirigir mais 2 horas extras para além do que já está esta-belecido na Lei. Dessa forma, haveria um equilíbrio entre a jornada de trab-alho dos autônomos – que podem auto gerenciar a sua jornada – com a dos funcionários de transportadores. Dessa forma, ambas as partes teriam seus tra-balhos regulamentados e protegidos.A mudança também propõe a redução

do intervalo de descanso diário para 8 horas corridas, mais 3 horas que podem ser cumpridas ao longo do dia. Ainda se discute a possibilidade de aumentar o tempo de direção para até 6 horas initerruptas. “Eu sou contra 6 horas in-interruptas, justamente porque a Con-stituição prevê uma jornada única para quem trabalha 6 horas ininterruptas por dia. Se um empregado trabalha 6 horas direto, segundo a Constituição, ele não pode mais trabalhar durante aquele dia.”, explicou o Dr. Marcos Aurélio.Existem outras questões que ainda es-tão sendo colocadas, mas na visão do jurista essas propostas atendem mais um vez aos interesses do agronegócio

brasileiro. “Dos 25 Deputados que inte-gram a Comissão, 20 são da bancada ru-ralista. A Comissão foi feita para aper-feiçoar a Lei 12.619 e outros interesses não podem obscurecer essa motivação.

O que estão fazendo é se aproveitando de um projeto já realizado para discutir outras questões”, finalizou o Dr. Mar-cos Aurélio.Para Mateus Silva, Secretário Execu-tivo da ATR-Brasil, a Lei é de suma importância e coloca na ordem do dia a conquista trabalhista dos motoristas. “A ATR-Brasil participa de um grupo de trabalho em Brasília junto a outras entidades, através do qual buscamos

apresentar melho-rias para que a Lei se torne exequív-el, para que ela seja aplícavel em todas as classes.”, afirmou Mateus.O Secretário Ex-ecutivo explicou que uma das pro-postas apresenta-das pela Associa-ção é o aumento da hora extra de 2 para 4 horas, pois isso aumentaria a “atuação das em-presas junto dos motoristas”. Out-ra questão sucita-da é justamente

sobre o descanso semanal. “Somos fa-voráveis à possibilidade do motorista poder acumular o descanso semanal para que, dentro do mês vigente ele possa cumprí-lo. Muitos funcionários não querem descansar em locais distan-tes. Então, ao invés do motorista passar 36 horas descansando em um lugar dis-tante, defendemos que ele possa passar 72 com a família, cumprindo um des-canso que ficou acumulado”, expressou o representante da ATR-Brasil. Edson Amarildo, representante da CNTTT e Presidente do Sindicato dos Condutores de Mogi-Guaçu e região, expressou seu apoio à Lei 12.619. Para ele, a legislação em vigor tam-bém promove um maior respeito com

a saúde do motorista. “Todo o pessoal do sindicato julga a Lei apropriada. O caminhoneiro tinha uma carga muito grande de trabalho, causando fadiga,

acidentes. Todos nós apoiamos a Lei e acreditamos na sua devida aplicação”, afirmou Amarildo.Já Virgínia Laira, questionou o engaja-mento da categoria. Para ela, os motor-istas precisam se mobilizar e começar a defender mais seus interesesses, pois esta legislação existe justamente para cuidar de um interesse trabalhista e proteger os motoristas. “Eu acho que vocês são uma categoria forte, mas desconhecem o potencial que tem na mão. Vocês já pararam para pensar que se vocês pararem o país para? Lem-brem-se daquele slogan “Se tá na mão, veio de caminhão”?, afirmou Laira. A representante da FENACAT expres-sou que muitas vezes os motoristas não conseguem reivindicar suas ne-cessidades diárias. “A regulamentação foi feita, o ponto de partida foi dado. Mas é preciso continuar discutindo, é preciso que vocês expressem suas in-satisfações junto as autoridades, que participem das discussões feitas pela Comissão, senão vamos demorar mais 20 anos para resolver qualquer coisa”, justificou Virgínia.Após o debate a palavra foi aberta ao público e houve boa participação. A maioria das questões foi dirigida ao Dr. Marcos Aurelio que prontamente se dispôs a sanar dúvidas. Dentre as per-guntas, as maiores incertezas ficavam por conta do tempo de descanso e da jornada de trabalho, justamente porque entre os presentes estavam transporta-dores de materiais perecíveis e de cana de açúcar.O Dr. Marcos Aurélio explicou ao pú-blico que existe a possibilidade de se conseguir acordar coletivamente e jun-to aos sindicatos, jornadas diferencia-das para motoristas que transportarem perecíveis, por exemplo. Além disso, o jurista reforçou que é preciso cobrar também dos embarcadores o cumpri-mento da Lei, tendo em vista que ele é responsável por possíveis atrasos e demoras na carga ou descarga.Depois de duas horas de conversa, os presentes puderam aproveitar um co-quetel oferecido pela Concessionária Irmãos Davoli. Ao final, ficou claro que a categoria – ao menos os mem-bros presentes – esperam que outros debates como este possam inserí-la na discussão de seus próprios interesses.

Assessoria de Comunicação Chico da Boleia.

Chico da Boleia e convidados | Foto: Larissa J. Riberti

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CHICO DA BOLEIA10 ESPORTES

Beto Monteiro vence a etapa de Fórmula Truck em Interlagos

CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO BRASILEIRO

1º) Leandro Totti, 77 pontos; 2º) Paulo Salustiano, 71 pontos;Regis Boéssio, 71 pontos; 3º) Beto Monteiro, 60 pontos;5º) Wellington Cirino, 54 pontos; 6º) Geraldo Piquet, 53 pontos;7º) Valmir Benavides, 42 pontos; 8º) Diogo Pachenki, 40 pontos; 9º) Leandro Reis, 39 pontos;10º) João Maistro, 30 pontos ; 11º) Roberval Andrade, 26 pontos;12º) André Marques, 24 pontos; Djalma Fogaça, 24 pontos; 14º) Alberto Cattucci, 22 pontos; 15º)Adalberto Jardim, 20 pontos;16º) Alex Caffi, 17 pontos;17º) Rogério Castro, 15 pontos; 18º) Pedro Muffato, 12 pontos;Edu Piano, 12 pontos;Ronaldo Kastropil, 12 pontos;21º) José Maria Reis, 10 pontos;Jansen Bueno, 10 pontos;23º) Felipe Giaffone, 8 pontos; 24º) Débora Rodrigues, 2 pontos;

Informações técnicas: Fórmula Truck

Redação Chico da Boleia

Desta vez, o palco da disputa na quinta etapa da Fórmula Truck foi o assediado Autódromo Internacional José Carlos Pace, nome atribuída à pista em 1985 em homenagem ao grande piloto do automobilismo brasileiro. Com mais de 70 anos de história, o Autódromo de Interlagos acolheu entre os dias 5 e 7 de julho a quinta etapa da Fórmula Tru-ck, que valeu pelos campeonatos Sul--Americano e Brasileiro. O Grid de Largada da corrida foi for-mado no sábado pelos pilotos da cate-goria. Roberval Andrade, da Ticket Car Corinthias largou em primeiro, seguido de Beto Monteiro, da Scuderia Iveco, Leandro Totti, da Man Latin America, Paulo Salustiano, da ABF Racing Team e Felipe Giaffone, também da Equipe Man Latin America. Em entrevista, An-drade afirmou que Interlagos significa uma “página virada” na sua campanha este ano. “Conseguir a pole é muito importante pra mim. Quando você não consegue obter resultados positivos fica pensando que é inferior aos outros pilotos. Mas aqui em Interlagos prova-mos que estamos de volta à disputa.”, concluiu o piloto. Mesmo largando na pole position, no entanto, Roberval não contou com a sorte na corrida de domingo. Depois de recuperar inúmeras vezes o seu lema “A águia desce para pegar o peixe” – referindo-se à rivalidade do Corin-thians com a nova equipe ABF Santos Desenvolvimento – Roberval saiu da corrida lamentando os problemas apre-sentados por seu caminhão logo na ter-ceira volta.

Já Beto Monteiro só comemorou. Em uma última volta emocionante, o piloto da Scuderia Iveco ultrapassou Leandro Totti e venceu a corrida. Totti havia lar-gado em terceiro lugar e assumiu a se-gunda posição logo nas primeiras vol-tas, depois que Salustiano, o segundo no grid, abandonou a prova por causa da sua turbina estourada. Totti assumiu a primeira colocação e assegurou a po-sição até os momentos finais da corrida. Na subida da última curva antes da reta final, no entanto, Totti não conseguiu segurar o caminhão e Monteiro fez uma ultrapassagem de encher os olhos do público. “Eu sabia que o Beto vinha muito rápido. Eu sabia que se abrisse espaço, ele como o piloto agressivo que é conseguiria ultrapassar. A pista estava muito lisa e a subida foi muito difícil. Alguma coisa aconteceu no meu cami-nhão porque alí eu perdi o controle da prova”, explicou Totti. Monteir reconheceu a dificuldade em disputar a ponta com Totti. “O cami-nhão do Giaffone, que estava na mi-nha frente, vasou muito óleo e eu não conseguia acompanhar o Totti. Quando finalmente a direção de prova tomou a atitude de tirar o Giaffone, eu consegui imprimir um bom ritmo de prova. Eu tentei dar o máximo para ultrapassar o Totti – mesmo sendo muito difícil, por-que Totti é um piloto muito competiti-vo. Mas eu sabia que o caminhão era bom e resistente para esta prova”, con-cluiu o vencedor.O destaque do dia ficou por conta do piloto Alex Caffi, da Dakar Motorsport. O italiano que ingressou na categoria

este ano já foi piloto da Fórmu-la 1. Apresentando uma grande evolução, Caffi conquistou o terceiro lugar no pódio em ape-nas três corridas. “Estou muito feliz porque na terceira corri-da já cheguei ao pódio. Leva muito tempo pra preparar o caminhão porque é tudo muito novo. Tivemos muitos proble-mas com o motor, mas agora ele está novo. Não tenho muita experiência, mas pra próxima corrida já sabemos o que fa-zer”, afirmou Caffi. O quarto lugar ficou com Val-mir Benavides que salientou a superioridade dos caminhões Iveco.“Três pilotos da Iveco

no pódio! Foi legal, nós tivemos um caminhão competitivo desde o come-ço do treino. Estávamos esperando por dois pódios, mas três e com a vitória do Beto, foi surpreendente. Todos estão de parabéns.”, concluiu Hisgué. O goiano Leandro Reis, da Original Reis Peças, voltou a fazer boa campa-nha e conquistou o quinto lugar, com-pletando o pódio final. Por motivos pessoais, no entanto, ele não pode com-parecer à coletiva de imprensa.Chico da Boleia perguntou à Beto Monteiro se a boa campanha da equi-pe e dos caminhões Iveco numa pista complicada como a de Interlagos sig-nifica o começo de uma boa campanha na segunda metade da competição. “A nossa grande confiança para essa cor-rida era a resistência dos caminhões. Essa pista exige muito dos caminhões. Mas esse é o ponto forte dos caminhões da Iveco e isso ficou provado com o fi-nal da corrida aqui em Interlagos”, res-pondeu Monteiro. Leandro Totti, que agora assumiu a li-derança do Campeonato Sul-America-no e Brasileiro frisou que o objetivo da equipe foi cumprido. “A gente veio pra Interlagos pensando no campeonato. Sabíamos que seria um ano difícil e da corrida passada pra cá a nossa expecta-tiva era muito boa. A nossa intenção era diminuir a diferença na tabela do cam-peonato, mas assumimos a liderança.”, completou Totti. Chico da Boleia perguntou ao líder do campeonato qual a relação entre a sua liderança e o desempenho dos cami-

Leandro Totti assumiu a liderança do campeonato e os caminhões Iveco levaram três pilotos ao pódionhões Man. “Desde Goiânia, os nossos caminhões mostraram que são rápidos e podemos confiar neles. Algo aconte-ceu no meu caminhão no final da prova de hoje e ficou difícil segurar o Beto. Mas acredito que daqui pra frente va-mos conseguir ter um bom desempe-nho.”, assegurou Totti.A próxima corrida está marcada para o dia 4 de agosto no Autódromo de Cas-cavel.

Beto Monteiro comemora vitória apertada | Foto: Larissa J. Riberti

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CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO BRASILEIRO

1º) Leandro Totti, 77 pontos; 2º) Paulo Salustiano, 71 pontos;Regis Boéssio, 71 pontos; 3º) Beto Monteiro, 60 pontos;5º) Wellington Cirino, 54 pontos; 6º) Geraldo Piquet, 53 pontos;7º) Valmir Benavides, 42 pontos; 8º) Diogo Pachenki, 40 pontos; 9º) Leandro Reis, 39 pontos;10º) João Maistro, 30 pontos ; 11º) Roberval Andrade, 26 pontos;12º) André Marques, 24 pontos; Djalma Fogaça, 24 pontos; 14º) Alberto Cattucci, 22 pontos; 15º)Adalberto Jardim, 20 pontos;16º) Alex Caffi, 17 pontos;17º) Rogério Castro, 15 pontos; 18º) Pedro Muffato, 12 pontos;Edu Piano, 12 pontos;Ronaldo Kastropil, 12 pontos;21º) José Maria Reis, 10 pontos;Jansen Bueno, 10 pontos;23º) Felipe Giaffone, 8 pontos; 24º) Débora Rodrigues, 2 pontos;

Informações técnicas: Fórmula Truck

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CHICO DA BOLEIA 11ESPORTES

Leandro Totti, apesar do segundo lugar no pódio assumiu a liderança da F-Truck | Foto: Larissa J. Riberti Leandro Totti (à frente) liderou a mair parte da corrida | Foto: Larissa J. Riberti

Chico da Boleia entrevistando Pedro Muffato | Foto: Larissa J. Riberti

Juracy e Jorge, ganhadores da Promoção, com Chico da Boleia! | Foto: Larissa J. Riberti Djalma Fogaça em destaque | Foto: Larissa J. Riberti

Chico da Boleia e Luiz Silvério | Foto: Larissa J. Riberti

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CHICO DA BOLEIA12 ESPORTES

Roberval Andrade lidera o pelotão na largada. Liderança, no entanto, duraria pouco | Foto: Larissa J. Riberti

Beto Monteiro | Foto: Larissa J. Riberti Show de motos | Foto: Larissa J. Riberti

Wellington Cirino, da ABF Mercedes, em Interlagos| Foto: Larissa J. Riberti

Time do Chico da Boleia na sala de imprensa em Interlagos. | Foto: José Mário Dias. Jansen Bueno da DB Motorsport | Foto: Larissa J. Riberti

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CHICO DA BOLEIA

Frases de Para Choque

Houve uma época, lá pelos idos de mil novecentos e antigamente ...ei, espera um pouco, não faz tanto tempo assim, afinal que são trinta e poucos anos?

Nessa época a maioria dos caminhoneiros que se aventurava pelas estradas Bra-sil afora faziam do pára-choque de seus caminhões verdadeiros painéis onde exibiam frases, geralmente bem humoradas, que eram a expressão pura de uma das mais características formas da cultura popular brasileira, ou seja, brincar com a própria desventura. As frases eram críticas, de protesto, de sentimentos, de reli-giosidade, mas acima de tudo bem humoradas. Eram a filosofia das estradas. Muitos pintores de carrocerias, além de bons no pincel , montavam cadernos com centenas de frases e por isso mesmo eram muito procurados. A maior parte delas tinha como tema as mulheres mas também os acontecimentos políticos e sociais inspiravam novas e engraçadas frases. Uma clássica dessa época é: Feliz foi Adão, não teve sogra nem caminhão."

"Eu ultrapasso, mas não passo por cima de niguém."

"Parafuso e amigo de verdade você só conhece na hora do aperto."

"Não ligo que falem de mim pelas costas.Isso mostra que estou sempre na frente!"

25 de julho marca as comemorações do padroeiro dos motoristas

No dia 25 de julho é celebrado o dia de São Cristóvão, o padroeiro dos motoris-tas e caminhoneiros de todo o Brasil. Por todo o país são realizadas missas e aben-çoadas as chaves de caminhões, carros, taxis e outros veículos. Procissões e car-reatas também são organizadas em nome do Santo e para pedir por proteção nas estradas e rodovias.A história de São Cristóvão remonta à região da Cananéia, na Palestina, onde, por volta do século VI nasceu Reprobus, filho de um antigo Rei. A lenda, de origem grega, conta que Rebropus passou a vida peregrinando e buscando por Jesus Cris-to. Após encontrá-lo e servir a ele, passou a chamar-se Christophoros, pois conduziu Cristo nos seus ombros. Seu atual nome, São Cristóvão, retoma esta ligação com a condução de terceiros. Tudo indica que o santo tenha sido formalmente canonizado no século XV pela Igreja Católica.A devoção ao Santo está por todos os lugares do país. Não há uma só boleia que não tenha no parabrisa, espelho ou pendurado um objeto que simbolize São Cristóvão. Nos momentos de dificuldade e insegurança, os caminhoneiros mais de-votos e crentes apelam ao Santo para que ilumine seus caminhos.Na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo, famosa por receber tantos caminhoneiros que param em seu pátio e

utilizam sua área para descansar e fazer seus atos de fé, são celebradas missas em nome de São Cristóvão. A grande presen-ça de caminhoneiros e familiares todos os anos, faz das celebrações um bonito mo-mento em homenagem ao padroeiro. Se você for devoto de São Cristóvão, não se esqueça de lembrar o Santo neste dia 25 de julho e oferecer à ele uma oração.

Oração de São CristóvãoÓ, São Cristóvão, que atravessastes a cor-renteza furiosa de um rio com toda a fir-meza e segurança porque carregáveis nos ombros o Menino Jesus, fazei que Deus se sinta sempre bem em meu coração, porque então eu terei sempre firmeza e se-gurança no guidão do meu carro e enfren-tarei corajosamente todas as correntezas que eu tiver de enfrentar, venham elas dos homens ou do espírito infernal.São Cristóvão, rogai por nós..

Oração do MotoristaDai-me, Senhor, firmeza e vigilância no volante, para que eu chegue ao destino sem acidentes. Protegei a todos os que viajam comigo. Ajudai-me a respeitar o trânsito e as suas leis e a conduzir com prudência. E que eu descubra a vossa pre-sença em todas as pessoas e em toda a na-tureza que me rodeia. Amém.

Jansen Bueno da DB Motorsport | Foto: Larissa J. Riberti

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CHICO DA BOLEIA14 ENTRETENIMENTO

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Bloco e-conômicode Brasile Uruguai

Tomadascom exclu-

sividade

Coisa im-prestável

(pop.)

Placametálicaanexa aoparafuso

Marcodos fusoshoráriosmundiais

LuizMelodia,cantor de"Ébano"

O estilode vida

do cigano

Improvisoverbal do ator

em cena

Instrumen-to de per-cussão dacapoeira

Plano (?): alternativa

de ação(pop.)

RafaelRabelo,

violonista fluminense

Fruto e-nergéticoda dietaparaense

Tipo debala degoma a-çucarada

Forma decorte doabacaxi

(?) e E: asclassespobres(Econ.)

Declararque é ver-dadeiro

NelsonFreire,

pianista mineiro

Atriz pre-miada por

"Feitiçoda Lua"

Cordeiro,em inglês

Parteinterna do pão

ChuckNorris,

ator dosEUA

Chefe dafamília nasociedadepatriarcal

O chequede vendasa crédito

Interjei-ção queexprime

raiva

Jovem,em inglêsFósforo

(símbolo)

Gerados; produzidos

Palácio(?), resi- Rua

(abrev.)"Compact",

em CD

Golpe comobjeto

cortante

Autarquialigada ao

dos Trans-portes

Cidade daColômbiaFracasso;insucesso

Macho dopoleiro

Atraente

dência dopapa noVaticano

Ministério

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CHICO DA BOLEIA

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CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA 15DEBATENDO A LEI DO MOTORISTA

Chico da Boleia conversou com Diu-mar Bueno, Presidente da Confede-ração Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), sobre a paralisa-ção dos caminhoneiros ocorrida neste mês de julho e sobre a Lei 12.619. É conhecido o engajamento de Diumar com questões relacionadas à catego-ria. Além de seu cargo representativo, o Presidente tem uma atuação firme na proteção dos direitos trabalhistas con-quistados pelos caminhoneiros através da Lei do Motorista e do fim da Car-ta Frete. Quando da discussão dessas duas questões, Diumar Bueno compa-receu às audiências e conversou com as autoridades em Brasília sobre a ne-cessidade de salvaguardar os interesses dos caminhoneiros. Confira a entrevista na íntegra, realiza-da em 7 de julho de 2013.

Chico da Boleia: Bom dia companhei-ros! Repercutindo os acontecimentos da paralisação dos caminhoneiros em São Paulo em função da cobrança do pedágio pelos eixos suspensos do ca-minhão vazio e também as paralisa-ções que aconteceram em outros esta-dos, em função do pedágio e de outras questões, falamos aqui com Diumar Bueno, Presidente da CNTA. Diumar, bom dia! Como você viu a paralisação de São Paulo e as outras que acontece-ram no resto do país e como você vê as reivindicações?Diumar Bueno: Olha Chico, eu vi com uma infelicidade muito grande por-que eu acho que a categoria está sendo manipulada com um pauta mentirosa. Aquela chamada de combustível mais barato e pedágio, por exemplo. Lógico que todos querem isso. Qual é o trans-portador que não quer isso? Só que im-butida no meio dessas reivindicações estava uma que só interessa aos patrões e que, inclusive, tenta tirar um direito conquistado dos caminhoneiros e que nós brigamos e conseguimos há muito tempo, que é o fim da Carta Frete e a conquista do tempo de direção deter-minado por lei. Muitas empresas estão reclamando muito, porque agora terão que remunerar corretamente os seus funcionários, pagar hora extra e terão um custo maior. Então, está havendo uma represália muito grande. E infe-lizmente usaram o nome e a bandeira do caminhoneiro, que é muito forte e é respeitada pelo governo, pra organizar

e levantar um movimento mentiroso, usando a categoria. Por isso nós ve-mos com muita infelicidade tudo o que aconteceu. Chico da Boleia: Nós tivemos aí, em função da Lei 12.619, a criação de uma Comissão na Câmara pra tentar modi-ficar alguns pontos da Lei, sabe-se lá a pedido de quem. Tivemos uma votação nesta semana que aprovou a alteração da jornada de trabalho. Mas essa vota-ção ainda precisa passar pelo Senado. Como você viu essa etapa aprovada na Câmara por essa Comissão e a possibi-lidade de alteração definitiva na jorna-da de trabalho dos caminhoneiros?Diumar Bueno: Sobre essa Comissão, eu já falei exatamente que este pessoal que a integra está ligado ao agronegó-cio e não querem atender as reivindica-ções que os caminhoneiros e os empre-gados conquistaram com a Lei 12.619. Na verdade é uma redação de uma proposta e o governo foi sensível às questões que realmente não atendem o setor, que prejudicam a atividade tanto do caminhoneiro autônomo quanto das empresas e está reformulando a Lei. Existe uma proposta que foi orquestra-da pela Casa Civil e foi integralmente lida, estudada e aceita por nós, inclu-sive com a análise dos pontos de áreas de descanso para os caminhoneiros. O governo foi sensível sabendo que o país não está estruturado para a aplicação desta Lei. E ela vai ser aplicada de for-ma paulatina, pausadamente, de forma com que sejam construídas essas áreas de estacionamento e o caminhoneiro possa encontrar sua área de descanso e cumprir o seu tempo de descanso pre-viso na Lei.Chico da Boleia: Bom, companheiro caminhoneiro. É aquilo que a gente sempre fala: você aí na sua base tem que procurar um sindicato mais perto de vocês e cobrar da direção informa-ções sobre tudo isso que está aconte-cendo. E participar! Porque se você não participar, alguém vai decidir as coisas por vocês e depois não dá pra reclamar. Fique atento porque as informações que o amigo Diumar colocou são de suma importância para a categoria e são sérias.

Saiba mais sobre a lei 12.619 no site:www.chicodaboleia.com.br

Diumar Bueno, Presidente da CNTA, falou sobrea Lei 12.619

Wanda, ganhadora do brinde Sascar / Chico da Boelia

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