jornal redes - 3a. jornada a -...

19
R EDE S PUBLICACIÓN DE LA 3ª JORNADA ECUMÉNICA • FÓRUM ECUMÊNICO BRASIL • DICIEMBRE DE 2006 Perfil dos participantes: quem esteve lá? Perfil de los erfil de los erfil de los erfil de los erfil de los participantes: participantes: participantes: participantes: participantes: quién estuvo allá? quién estuvo allá? quién estuvo allá? quién estuvo allá? quién estuvo allá? Reavivar sonhos: uma contribuição histórica do movimento ecumênico Revivir sueños: una Revivir sueños: una Revivir sueños: una Revivir sueños: una Revivir sueños: una contribución histórica contribución histórica contribución histórica contribución histórica contribución histórica del movimiento ecuménico del movimiento ecuménico del movimiento ecuménico del movimiento ecuménico del movimiento ecuménico PUBLICAÇÃO DA 3ª JORNADA ECUMÊNICA • FÓRUM ECUMÊNICO BRASIL • DEZEMBRO DE 2006 “Mestre, sob a tua palavra lançarei as redes.” (Evangelho de Lucas 5.1-11) “Maestro, bajo tu palabra lanzaré las redes.” (Evangelio de Lucas 5.1-11)a Jornadeiras e jornadeiros da América Latina e do Caribe se encontram no Brasil para tecer redes de solidariedade, justiça e paz Jornaderas y jornaderos de la Jornaderas y jornaderos de la Jornaderas y jornaderos de la Jornaderas y jornaderos de la Jornaderas y jornaderos de la América América América América América Latina y el Caribe se encuentran en Latina y el Caribe se encuentran en Latina y el Caribe se encuentran en Latina y el Caribe se encuentran en Latina y el Caribe se encuentran en el Brasil para tejer el Brasil para tejer el Brasil para tejer el Brasil para tejer el Brasil para tejer redes de solidariedad, redes de solidariedad, redes de solidariedad, redes de solidariedad, redes de solidariedad, justicia y paz justicia y paz justicia y paz justicia y paz justicia y paz Antes da 4ª Jornada Ecumênica as jornadas regionais como um dos desafios das Redes de Compromissos Antes de la 4ª Jornada Ecuménica, las jornadas Antes de la 4ª Jornada Ecuménica, las jornadas Antes de la 4ª Jornada Ecuménica, las jornadas Antes de la 4ª Jornada Ecuménica, las jornadas Antes de la 4ª Jornada Ecuménica, las jornadas regionales como desafíos de las Redes de regionales como desafíos de las Redes de regionales como desafíos de las Redes de regionales como desafíos de las Redes de regionales como desafíos de las Redes de compromisos compromisos compromisos compromisos compromisos

Upload: dokiet

Post on 15-Dec-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: jornal redes - 3a. Jornada A - remne.metodista.org.brremne.metodista.org.br/download/33/Jornadas2DecumEAnicas2Epdf.pdf · Brasil Arnulfo Alves B. Filho / DIACONIA, Brasil Fernando

REDESP U B L I C A C I Ó N D E L A 3 ª J O R N A D A E C U M É N I C A • F Ó R U M E C U M Ê N I C O B R A S I L • D I C I E M B R E D E 2 0 0 6

Perfil dosparticipantes:quem esteve lá?PPPPPerfil de loserfil de loserfil de loserfil de loserfil de losparticipantes:participantes:participantes:participantes:participantes:quién estuvo allá?quién estuvo allá?quién estuvo allá?quién estuvo allá?quién estuvo allá?

Reavivar sonhos:uma contribuição históricado movimentoecumênicoRevivir sueños: unaRevivir sueños: unaRevivir sueños: unaRevivir sueños: unaRevivir sueños: unacontribución históricacontribución históricacontribución históricacontribución históricacontribución históricadel movimiento ecuménicodel movimiento ecuménicodel movimiento ecuménicodel movimiento ecuménicodel movimiento ecuménico

PUBLICAÇÃO DA 3ª JORNADA ECUMÊNICA • FÓRUM ECUMÊNICO BRASIL • DEZEMBRO DE 2006

“Mestre, sob a tua palavralançarei as redes.” (Evangelhode Lucas 5.1-11)“Maestro, bajo tu palabra lanzaré lasredes.” (Evangelio de Lucas 5.1-11)a

Jornadeiras e jornadeirosda América Latina e do Caribese encontram no Brasil paratecer redes de solidariedade,justiça e pazJornaderas y jornaderos de la Jornaderas y jornaderos de la Jornaderas y jornaderos de la Jornaderas y jornaderos de la Jornaderas y jornaderos de la AméricaAméricaAméricaAméricaAméricaLatina y el Caribe se encuentran enLatina y el Caribe se encuentran enLatina y el Caribe se encuentran enLatina y el Caribe se encuentran enLatina y el Caribe se encuentran enel Brasil para tejerel Brasil para tejerel Brasil para tejerel Brasil para tejerel Brasil para tejerredes de solidariedad,redes de solidariedad,redes de solidariedad,redes de solidariedad,redes de solidariedad,justicia y pazjusticia y pazjusticia y pazjusticia y pazjusticia y paz

Antes da 4ª Jornada Ecumênicaas jornadas regionais comoum dos desafios das Redes deCompromissosAntes de la 4ª Jornada Ecuménica, las jornadasAntes de la 4ª Jornada Ecuménica, las jornadasAntes de la 4ª Jornada Ecuménica, las jornadasAntes de la 4ª Jornada Ecuménica, las jornadasAntes de la 4ª Jornada Ecuménica, las jornadasregionales como desafíos de las Redes deregionales como desafíos de las Redes deregionales como desafíos de las Redes deregionales como desafíos de las Redes deregionales como desafíos de las Redes decompromisoscompromisoscompromisoscompromisoscompromisos

Page 2: jornal redes - 3a. Jornada A - remne.metodista.org.brremne.metodista.org.br/download/33/Jornadas2DecumEAnicas2Epdf.pdf · Brasil Arnulfo Alves B. Filho / DIACONIA, Brasil Fernando

Dan Gonzalez Ortega / FUMEC, ArgentinaDiego Jaimes / Projeto Adolescentes Bairro Flores,ArgentinaMarcos Silva Souza / MNMMR Movimento Nacionalde Meninas e Meninos de Rua, Brasil

DIREITO À TERRA E DIVERSIDADE CULTURAL/DERECHO A LA TIERRA Y DIVERSIDAD CULTURAL

Domingas Dealdina / Mulheres Quilombolas, BrasilEvelaine Martines Brennand / MST Movimento dosTrabalhadores Sem Terra, BrasilHorácio Mesones / CREAS, ArgentinaJosé Maurício / KOINONIA, Brasil

HIV-AIDS / HIV-SIDA

Daniel Angel Favaro / CREAS, ArgentinaDavid Limo / Pastoral Ecumênica do PeruEduardo Campana / CLAI Continental, ArgentinaSergio Andrade / Rede Evangélica de Solidariedade,BrasilTaís Fátima Moreti / KOINONIA, Brasil

MEIO AMBIENTE / MEDIO AMBIENTE

Aparecido Alves de Souza / Semi-árido Nordestino,BrasilArnulfo Alves B. Filho / DIACONIA, BrasilFernando Williman Rodriguez Herrera / CREAS,Uruguai

SEXUALIDADE E DIREITOS REPRODUTIVOS /SEXUALIDAD Y DERECHOS REPRODUCTIVOS

Érika Furukawa / Igreja Episcopal Anglicana, BrasilHumberto Shikiya / CREAS, ArgentinaIderaldo Luiz Beltrame / Parada do Orgulho GaySão Paulo, BrasilCarlos Lisandro Orlov / Pastoral Ecumênica daArgentinaSandra Andrade / Igreja Episcopal Anglicana, BrasilYuri Orosco / Católicas pelo Direito de Decidir, Brasil

SUPERAÇÃO DA INTOLERÂNCIA RELIGIOSA /SUPERACIÕN DE LA INTOLERANCIA RELIGIOSA

Jaciara Ribeiro dos Santos / Ialorixá, ProgramaEGBE-KOINONIA, BrasilLourdes Carbajal / CREAS, UruguaiMayara L. Rodríguez Castro / Rede Ecumênica deMulheres, GuatemalaRafael Goto Silva / Conselho Nacional Evangélicodo PeruRafael Soares de Oliveira / KOINONIA, Brasil

JORNAL REDESPUBLICAÇÃO DO FE BRASIL

FÓRUM ECUMÊNICO BRASIL

Coordenação / Coordinación

Eliana Rolemberg CESE

Gabriele Cipriani CONIC

Luiz Caetano Grecco Teixeira CLAI-Brasil

Rafael Oliveira KOINONIA

Sílvio Schneider FLD

Coordenação Editorial / Coordinación editorialDaniel Evangelista de Souza

Edição em português / Edición en portuguésDaniel Evangelista de Souza

Revisão em português / Revisión en portuguésMarcio Alexandre M. Gualberto

Edição em espanhol / Edición en españolFrancisco A. Lima

Revisão em espanhol / Revisión en españolKena Urrestarazu Silva

Projeto Gráfico / Proyecto gráficoMartha Braga / Marta Strauch

Produção gráfica / Producción gráficaRita Beatriz Speranza

Fotografias / FotografíasAndré Luiz de Souza Telles

Tiragem / Tiraje8.000 exemplares / ejemplares

Apoio Financeiro / ApoyoCESE Coordenadoria Ecumênica de Serviço

Correspondência / CorreoProjornada Jornadas Ecumê[email protected]

Rua Santo Amaro, 129 Glória22211-230 Rio de Janeiro BrasilTel: (55 - 21) 2224-7613

PROMOÇÃO / PROMOCIÓN

FE BRASIL Fórum Ecumênico Brasil (composição emoutubro de 2005) / (composición en octubre de 2005)

CEBI Centro de Estudos Bíblicos

CECA Centro Ecumênico de Evangelização,Capacitação e Assessoria

CEDITER Centro de Evangelização de Direitos da TerraCESE Coordenadoria Ecumênica de ServiçoCESEP Centro Ecumênico de Serviço à Evangelizaçãoe Educação PopularCLAI-BR Conselho Latino-americano de Igrejas-BrasilCONIC Conselho Nacional de Igrejas CristãsCREAS Centro Regional Ecumênico de Assessoria eServiçoDIACONIAGTME Grupo de Trabalho Missionário EvangélicoKOINONIA Presença Ecumênica e ServiçoUNIPOP Instituto Universidade PopularICAR Igreja Católica Apostólica RomanaICOSB Igreja Católica Ortodoxa Siriana do BrasilICR Igreja Cristã ReformadaIEAB Igreja Episcopal Anglicana do BrasilIECLB Igreja Evangélica de Confissão LuteranaIM Igreja MetodistaIPI Igreja Presbiteriana IndependenteIPU Igreja Presbiteriana Unida

PARCERIA / PARCERIA

PAD Processo de Articulação e Diálogo das AgênciasEcumênicas Européias e Entidades Parceiras no Brasil

COORDENAÇÃO / COORDINACIÓN

Ervino Schmidt – CONIC / coordenadorEliana Rolemberg – CESEFrancisco de Assis da Silva – CECALuiz Caetano Grecco Teixeira – CLAI BrasilBispo Maurício Andrade – IEABRafael Oliveira Soares – KOINONIARui Bernhard – CMI 2006Stanley da Silva Moraes – Igreja Metodista

COMISSÃO ORGANIZADORA / COMISSIÓNORGANIZADORADaniel Evangelista de Souza / coordenadorAna Beatriz de Oliveira Torres / secretáriaAlba Regina D´Almeida / coordenadora de arteAna Emília Martins Gualberto / coordenadora deinfra-estruturaAnivaldo Pereira Padilha / assessoriaEster Leite Lisboa de Almeida / metodologiaLúcia Leiga de Oliveira / coordenadora demetodologiaLuciano Alves de Carvalho / coordenador de infra-estruturaLuiz Carlos Ramos / coordenador de liturgiaMagali do Nascimento Cunha / metodologiaMara Manzoni Luz / metodologiaMarcelo Ricardo Silva dos Santos / luz e somRafael Oliveira Soares / assessoriaSandra Andrade / metodologia

INFRA-ESTRUTURA / INFRA-ESTRUTURA

Equipe de KOINONIA

APOIO FINANCEIRO DO FE BRASIL /APOYO FINANCIERO DEL FE BRASIL

CEBI Centro de Estudos BíblicosCECA Centro Ecumênico de Evangelização,Capacitação e AssessoriaCESE Coordenadoria Ecumênica de ServiçoCESEP Centro Ecumênico de Serviço à Evangelizaçãoe Educação PopularCLAI-BR Conselho Latino-americano de Igrejas-BrasilCONIC Conselho Nacional de Igrejas CristãsCREAS Centro Regional Ecumênico de Assessoriae ServiçoDIACONIAFASE / PAD Federação de Órgãos para AssistênciaSocial e Educacional / Processo de Articulação eDiálogo das Agências Ecumênicas Européias eEntidades Parceiras no BrasilFLD Fundação Luterana de DiaconiaKOINONIA Presença Ecumênica e Serviço9ª Assembléia do CMI, Secretaria Executiva Nacional

APOIO FINANCEIRO DAS AGÊNCIASECUMÊNICAS / APOYO FINANCIERO DE LASAGENCIAS ECUMÉNICAS

Christian Aid

CMI Conselho Mundial de Igrejas

ICCO Organização Intereclesiástica paraCooperação ao Desenvolvimento

NCA Ajuda das Igrejas da Noruega

PPM Pão para o Mundo

UCC União das Igrejas do Canadá

PAINELISTAS / PANELISTAS

Aldo Etchegoyen / Bispo da Igreja Metodista,Argentina, CMIAtílio Silva Iulianeli / Doutor em Filosofia, KOINONIA,BrasilEliana Rolemberg / Diretora Executiva da CESE, BrasilNélida Ritchie / Bispa da Igreja Metodista, ArgentinaPaulo Ayres Mattos / Bispo da Igreja Metodista,Presidente de KOINONIA, BrasilOrdep Serra / Doutor em Antropologia, ogã e líderreligioso da Casa Branca, Bahia, Brasil

GRUPOS DE EXPERIÊNCIAS MOTIVADORAS

TESTEMUNHOS / TESTIMONIOS

CRIANÇA E JUVENTUDE / NIÑO Y JUVENTUD

Ana Eloísa Ribeiro Santana / Igreja Metodista, Brasil

3ª Jornada Ecumênica

12 A 15 DE OUTUBRO DE 2005

MENDES, RIO DE JANEIRO, BRASIL

SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA /SUPERACIÕN DE LA VIOLENCIA

Cíntia Maria da Silva, Isabel Cristina Lima,Natalisman da Silva Campos, Risonha Freire dosSantos e Tatyane Alves / Juventude do Pólo Sindicaldo Sub-Médio São Francisco, BrasilJorge Atílio Iulianelli / KOINONIA, BrasilLuz Esthela Castro Rodriguez / Justiça Para NossasFilhas, México

VIDA URBANA / VIDA URBANA

Anivaldo Padilha / KOINONIA, BrasilGonzalo Soria Resala / Departamento de PromoçãoHumana com População de Rua da Igreja EpiscopalAnglicana, UruguaiJosé Francisco da Silva e Ladisvaldo Ribeiro da Silva /MTST Movimento dos Trabalhadores Sem Teto,Pernambuco, BrasilMaria das Graças Marçal e Maria de Lourdes daSilva / ASMARE Catadores de Papel de BeloHorizonte/MG, BrasilSenia Pilco Tarira / CREAS, Equador

Editorial / EditorialReunidos há um ano nas serras de Mendes, em dias ensolarados e perfumados deprimavera, jornadeiras e jornadeiros da América-Latina e Caribe, trançaram redes decompromissos, solidariedade, justiça e paz, durante a 3ª Jornada Ecuménica.

Nas páginas deste jornal você encontrará um pouco das experiências motivadorasdessas pessoas, organizações, instituições e movimentos sociais que nos fazem crerque um mundo mais solidário é possível.

Hace un año, en las sierras de Mendes con día llenos de sol y perfumados por la primavera, jorna-leras y jornaleros de América Latina y el Caribe se reunieron durante la 3ª Jornada Ecuménica,estableciendo y fortaleciendo redes de compromiso, solidaridad, justicia y paz.

En las páginas de este periódico Ud. encontrará un poco de las experiencias motivadoras de esaspersonas, organizaciones, instituciones y movimientos sociales que nos hacen creer que un mundomás solidario es posible.

2 3a Jornada Ecumênica

REDES

Page 3: jornal redes - 3a. Jornada A - remne.metodista.org.brremne.metodista.org.br/download/33/Jornadas2DecumEAnicas2Epdf.pdf · Brasil Arnulfo Alves B. Filho / DIACONIA, Brasil Fernando

3a Jornada Ecumênica 3REDES

“... O fruto da justiça será a paz, repouso e segu-

rança, para sempre.” (Isaias 32.17)

Em onze anos e cobrindo dois séculos, o Fó-rum Ecumênico Brasil (FE Brasil) realizoutrês Jornadas Ecumênicas: em 1994, 2002 e2005. A 3ª Jornada realizou-se de 12 a 15 deoutubro de 2005, reunindo 413 jornadeirase jornadeiros do Brasil e demais países daAmérica Latina e Caribe, na cidade de Men-des, no Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

Tendo como tema Solidariedade, Justiça ePaz, a 3ª Jornada teve como objetivos,criar, ampliar e fortalecer as redes desolidariedade e cooperação entre igrejas,diversos organismos ecumênicos,movimentos e organizações sociais.

PRIMEIRO DIA, 12 DE OUTUBROPRIMEIRO DIA, 12 DE OUTUBROPRIMEIRO DIA, 12 DE OUTUBROPRIMEIRO DIA, 12 DE OUTUBROPRIMEIRO DIA, 12 DE OUTUBROAcolhida, memória e celebraçãoAcolhida, memória e celebraçãoAcolhida, memória e celebraçãoAcolhida, memória e celebraçãoAcolhida, memória e celebraçãoPães e peixesPães e peixesPães e peixesPães e peixesPães e peixes

“Atraía-os com cordas humanas, com laços deamor; fui para eles como quem alivia o jugo desobre os ombros e me inclinei para dar-lhes decomer.” (Oséias 11.4)

Ao entardecer do primeiro dia da 3ª Jorna-da Ecumênica, em volta do altar em forma-to de um grande barco, na Celebração deAcolhida, jornadeiras e jornadeiros recebe-ram seus cadernos de recursos litúrgicos,envoltos em cordas de sisal, de oito coresdiferentes, símbolos da construção dos laçosde solidariedade, memória da 2ª JornadaEcumênica.

A palavra foi proclamada pelo Bispo PauloAyres Mattos, da Igreja Metodista, tendocomo base o Evangelho de Lucas 5.1-11(“... faze-te ao largo, e lançai as vossas redespara pescar”). A saudação em nome do FEBrasil aos participantes, foi feita por RafaelSoares de Oliveira, Secretário Executivo deKOINONIA.

“Encontramo-nos uma vez mais e trazemosna bagagem a memória de outras jornadas.

Ainda sentimos o sabor do pão repartido, oaroma do vinho partilhado, o calor da ami-zade conquistada”.

Lúcia Leiga, da Comissão Organizadora,metodista, orientou os/as participantes nomomento da construção das redes de con-tribuição histórica do movimento ecumêni-co. Oito grandes peixes, um de cada cor,continham a inscrição das décadas do ecu-menismo no Brasil e dos anos em que serealizaram as Jornadas Ecumênicas (1950,1960, 1970, 1980, 1990, 1ª, 2ª e 3ª Jorna-das). Em torno destes peixes os participan-tes se reuniram e compartilharam testemu-nhos de dor, saudade, ânimo, solidariedadee esperança. A confraternização se deu coma distribuição de peixes fritos e pães.

SEGUNDO DIA, 13 DE OUTUBROSEGUNDO DIA, 13 DE OUTUBROSEGUNDO DIA, 13 DE OUTUBROSEGUNDO DIA, 13 DE OUTUBROSEGUNDO DIA, 13 DE OUTUBRODesafios e partilha de experiênciasDesafios e partilha de experiênciasDesafios e partilha de experiênciasDesafios e partilha de experiênciasDesafios e partilha de experiênciasEstrelasEstrelasEstrelasEstrelasEstrelas,,,,, velas velas velas velas velas,,,,, carambolas e mel carambolas e mel carambolas e mel carambolas e mel carambolas e mel

“Então, conduziu-o até fora e disse: Olha paraos céus e conta as estrelas, se é que podes. Seráassim a tua descendência.” (Gênesis 12.1-3;15.5)

A celebração da manhã teve como tema odesafio ecumênico hoje, em que navegar épreciso, guiados pela estrela da esperança,antevendo a terra prometida e já provandodos seus frutos, doces como o mel.

Bispo Aldo Etchegoyen, da Igreja Meto-dista, da Argentina; Eliana Rolemberg,Diretora Executiva da CESE e AtílioSilva Iulianeli, Doutor em Filosofia, deKOINONIA, ambos do Brasil, participa-ram do primeiro painel sobre os Desafiosdo Ecumenismo e Direitos Humanos naAmérica Latina e Caribe. A partir destesdesafios, jornadeiras e jornadeiros pendu-raram em varais, espalhados pelos jar-dins, suas respostas ilustradas a estes de-safios. Momento de partilha, confraterni-zação e festa.

A tarde, no segundo painel, Bispo PauloAyres, presidente de KOINONIA; Bispa

“... El fruto de la justicia será la paz,

reposo y seguranza, para siempre”.

(Isaias 32.17)

En once años y cubriendo dos siglos, elForum Ecuménico Brasil (FE Brasil) realizótres Jornadas Ecuménicas: en 1994, 2002e 2005. La 3ª Jornada se realizó de 12 a15 de octubre de 2005, reuniendo 413jornaderas y jornaderos del Brasil y demáspaíses de la América Latina y el Caribe, enla ciudad de Mendes, en el Estado de Ríode Janeiro, Brasil.

Teniendo como tema Solidariedad, Justiciay Paz, la 3ª Jornada tuvo como objetivos,crear, ampliar y fortalecer las redes desolidariedad y cooperación entre iglesias,diversos organismos ecuménicos,movimientos y organizaciones sociales.

PRIMER DÍA, PRIMER DÍA, PRIMER DÍA, PRIMER DÍA, PRIMER DÍA, 12 12 12 12 12 DE OCTUBREDE OCTUBREDE OCTUBREDE OCTUBREDE OCTUBREAcogida, memoria y celebraciónPanes y peces

Los atraía con cuerdas humanas, con lazos

de amor; fui para ellos como quien alivia

el yugo sobre los hombros y me incliné

para darles de comer.” (Oséias 11.4)

Al atardecer del primer día de la Jornada,en torno del altar en formato de un granbarco, en la Celebración de Acogida,jornaderas e jornaderos recibieron sus

PROGRAMAÇÃO / CELEBRAÇÃO DE ABERTURA PROGRAMACIÓN / CELEBRACIÓN DE ABERTURA

Tecendo redes de solidariedade, justiça e pazTejiendo redes de solidariedad, justicia y paz

cuadernos de recursos litúrgicos, envuel-tos en cuerdas de sisal, de ocho coloresdiferentes, símbolos de la construcción delos lazos de solidariedad, memoria de la2ª Jornada Ecuménica.

La palabra fue proclamada por el ObispoPaulo Ayres Mattos, de la Iglesia MetodistaDel Brasil, teniendo como base el Evangeliode Lucas 5.1-11 “... Boga mar adentro yechad las redes para pescar”. La salutaciónen nombre del FE Brasil a los participantes,fue hecha por Rafael Soares de Oliveira,Secretario Ejecutivo de KOINONIA.

“Nos encontramos una vez más y traemosen el bagaje la memoria de otras jorna-das. Todavía sentimos el sabor del panrepartido, el aroma del vino compartido, elcalor de la amistad conquistada”.

Lúcia Leiga, de la Comisión Organizadorametodista, orientó los / las participantesen el momento de la construcción de lasredes de contribución histórica delmovimiento ecuménico. Ocho grandespeces, uno de cada color, contenían lainscripción de las décadas del ecumenis-mo en el Brasil y de los años en que serealizaron las Jornadas Ecuménicas(1950, 1960, 1970, 1980, 1990, 1ª, 2ª e3ª Jornadas). En torno de estos peces losparticipantes se reunieron y compartierontestimonios de dolor, añoranza, ánimo,solidariedad y esperanza. La

Nononono nonononnono non nononnnono no.

Page 4: jornal redes - 3a. Jornada A - remne.metodista.org.brremne.metodista.org.br/download/33/Jornadas2DecumEAnicas2Epdf.pdf · Brasil Arnulfo Alves B. Filho / DIACONIA, Brasil Fernando

4 3a Jornada Ecumênica

REDES

Nélida Ritchie, da Igreja Metodista, daArgentina e Ordep Serra, Doutor em An-tropologia, ogã e líder religioso da CasaBranca, na Bahia, do Brasil, compartilha-ram Experiências de Solidariedade, Justi-ça e Paz.

Ao fim do dia, jornadeiras e jornadeirosse reuniram em grupos para compartilharsuas experiências motivadoras, que têmpossibilitado a continuarem na jornadaecumênica.

TERCEIRO DIA, TERCEIRO DIA, TERCEIRO DIA, TERCEIRO DIA, TERCEIRO DIA, 14 de outubro14 de outubro14 de outubro14 de outubro14 de outubroExperiências motivadorasExperiências motivadorasExperiências motivadorasExperiências motivadorasExperiências motivadorasSuspirosSuspirosSuspirosSuspirosSuspiros

“O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas

não sabes donde vem, nem para onde vai; assimé todo o que é nascido do Espírito.” (João 3.8)

Pela manhã, na celebração, são servidosdoces de suspiros (“O que era doce nãose acabou... virou suspiro, virou amor”).Durante todo o dia, jornadeiras e jornadei-ros continuaram a se reunir em grupos deexperiências motivadoras. Em cada grupodois brasileiros/as e uma pessoa de outropaís latino-americano ou caribenho, teste-munharam suas experiências pessoais e ins-titucionais. Momento de escuta, partilha eatitude. Começou-se a tecer as redes decompromissos: sisal, barcos e peixes.

À noite todos participaram da RedeCultural: falas, cânticos e danças; de váriaslínguas, ritmos e cores. Momento especial:participação dos meninos e meninas doEureka, banda de percussão do MovimentoNacional de Meninas e Meninos de Rua, deSão Paulo, Brasil.

QUQUQUQUQUARARARARARTTTTTO DIA,O DIA,O DIA,O DIA,O DIA, 15 DE OUTUBRO 15 DE OUTUBRO 15 DE OUTUBRO 15 DE OUTUBRO 15 DE OUTUBROCelebração de compromisso e envioCelebração de compromisso e envioCelebração de compromisso e envioCelebração de compromisso e envioCelebração de compromisso e envioRedes de compromissosRedes de compromissosRedes de compromissosRedes de compromissosRedes de compromissosRedeRedeRedeRedeRede,,,,, peixe peixe peixe peixe peixe,,,,, pão e vinho pão e vinho pão e vinho pão e vinho pão e vinho

“Rede trouxe peixe bom,

Nosso barco está repleto.

sobre a mesa: peixe e pão,Esperança e comunhão.”

(Letra: Luiz Carlos Ramos; Música: Flávio Iralae Liséte Espíndola)

Celebração de compromisso e envio. Jorna-deiras e jornadeiros chegaram de todos osrecantos do local da Jornada, guiados porvioleiros, embalados por cânticos.

Participação comunitária. Ofertas de com-promissos e avaliações, escritos em peixes,sobre as redes de sisal, trazidos pelos partici-pantes dos grupos de experiênciasmotivadoras.

Apresentação por Anivaldo Padilha, deKOINONIA, do Brasil, do Bispo FedericoPagura, Igreja Metodista, da Argentina: tes-temunho motivador. Celebração Eucarística.

Palavras de envio do FE Brasil, por ElianaRolemberg, da CESE, em português,traduzidas para o espanhol por HumbertoShikiya, CREAS, da Argentina: “Nossosonho é sonho ecumênico que se faz realnessa Jornada e que mostrará sua potênciaquando, a partir daqui, se multiplicarágarantindo, pela força da solidariedadeentre cristãs, cristãos e pessoas de outrasconfissões de fé, a ampliação da rede quejunta todas e todos num compromisso coma realização da justiça, que é base para sus-tentar nosso tão almejado projeto de paz.”

confraternización se hizo con ladistribución de peces fritos y panes.

SEGUNDO DIA, 13 DE OCTUBRESEGUNDO DIA, 13 DE OCTUBRESEGUNDO DIA, 13 DE OCTUBRESEGUNDO DIA, 13 DE OCTUBRESEGUNDO DIA, 13 DE OCTUBREDesafíos e intercambiode experienciasEstrellas, velas, carambolas y miel

“Entonces, lo condujo hacia afuera y le

dijo: Mira para los cielos y cuenta las

estrellas, si es que puedes. Así será tu

descendencia.” (Gênesis 12.1-3;15.5)

El tema de la celebración fue el desafíoecuménico hoy, en que navegar es preciso,guiados por la estrella de la esperanza,anteviendo la tierra prometida y probandode sus frutos, dulces como la miel.

Obispo Aldo Etchegoyen, de la IglesiaMetodista de la Argentina; ElianaRolemberg, Directora Ejecutiva de laCESE y Atílio Silva Iulianeli, Doctor enFilosofía, de KOINONIA, ambos del Brasil,participaron del primer painel sobre losDesafíos del Ecumenismo y DerechosHumanos en la América Latina y el Cari-be. A partir de estos desafíos, jornaderas ejornaderos dispusieron en cartulinas, dis-persas por los jardines, sus respuestasilustradas a estos desafíos. Momento decompartir, de confraternizar y de fiesta.

En la tarde, en el segundo painel, elObispo Paulo Ayres, presidente de Koino-nia; Obispo Nélida Ritchie, de la IglesiaMetodista de la Argentina y Ordep Serra,Doctor em Antropología, ogã1 y líder reli-gioso de la Casa Branca, en la Bahía,Brasil, compartieron Experiencias deSolidariedad, Justicia y Paz.

Al final del día, jornaderas y jornaderos sereunieron en grupos para compartir susexperiencias motivadoras, que les hanposibilitado a continuar en la jornadaecuménica.

TERCER DÍA, 14 DE OCTUBRETERCER DÍA, 14 DE OCTUBRETERCER DÍA, 14 DE OCTUBRETERCER DÍA, 14 DE OCTUBRETERCER DÍA, 14 DE OCTUBREExperiencias motivadorasSuspiros

“El viento sopla donde quiere y escuchas

su voz, pero no sabes de donde viene, ni

para donde va; así es todo el que nace del

Espíritu.” (Juan 3.8)

Por la mañana, en la celebración, sonservidos dulces de suspiros (“Lo que eradulce no se acabó... se volvió suspiro, sevolvió amor”). Durante todo el día,jornaderas y jornaderos continuaron re-uniéndose en grupos de intercambio deexperiencias motivadoras. En cada grupo,dos brasileños, hombres o mujeres, y una

persona de otro país latinoamericano ocaribeño, dio su testimonio, sus experien-cias personales e institucionales. Momen-to de escucha, de participación y actitud.Se comenzó a tejer las redes de compro-misos: sisal, barcos y peces.

En la noche todos participaron de la RedCultural: charlas, cantos y danzas; de vari-as lenguas, ritmos y colores. Momentoespecial: participación de los jóvenes delconjunto Eureka, banda de percusión delMovimiento Nacional de Meninos y Meni-nas de Rua – MNMMR (niñas y niños de lacalle), de São Paulo, Brasil.

CUCUCUCUCUARARARARARTTTTTO DÍA,O DÍA,O DÍA,O DÍA,O DÍA, 15 DE OCTUBRE 15 DE OCTUBRE 15 DE OCTUBRE 15 DE OCTUBRE 15 DE OCTUBRECelebración de compromiso y envíoRed de compromisosRed, pez, pan y vino

“la Red trajo pez bueno,

Nuestro barco está repleto.

sobre la mesa: pez y pan,

Esperanza y comunión.”

(Letra: Luiz Carlos Ramos;

Música: Flávio Irala y Liséte Espíndola)

Celebración de compromiso y envío.Jornaderas y jornaderos llegaron de todoslos rincones del local de la jornada, guiadospor músicas, en la euforia de los cantos.

Participación comunitaria. Ofertas decompromisos y evaluaciones, escritos enpeces, sobre las redes de sisal, traídos porlos participantes de los grupos deexperiencias motivadoras.

Presentación por Anivaldo Padilha, deKOINONIA, del Brasil, del Obispo FedericoPagura, Iglesia Metodista de la Argentina:testimonio motivador. CelebraciónEucarística.

Palabras de envío del FE Brasil, por ElianaRolemberg, de la CESE, en portugués,traducidas para el español por HumbertoShikiya, CREAS, de la Argentina: “Nuestrosueño es sueño ecuménico que se hacereal en esa jornada y que mostrará supotencia cuando, a partir de aquí, se mul-tiplicará garantizando por la fuerza de lasolidariedad entre cristianas, cristianos ypersonas de otras confesiones de fe, laampliación de la red que junta todas ytodos en un compromiso con la realiza-ción de la justicia, que es base para sus-tentar nuestro anhelado proyecto de paz”.

1 Título honorífico concedido a protectores decandombles, de templos umbandistas y otros.

Page 5: jornal redes - 3a. Jornada A - remne.metodista.org.brremne.metodista.org.br/download/33/Jornadas2DecumEAnicas2Epdf.pdf · Brasil Arnulfo Alves B. Filho / DIACONIA, Brasil Fernando

3a Jornada Ecumênica 5REDES

Saudação às jornadeiras e aos jornadeirosSalutación a las jornaderas y jornaderosPaulo Ayres MattosBISPO DA IGREJA METODISTA, DO BRASIL

PRESIDENTE DE KOINONIA

“Quando acabou de falar, disse a Simão: faze-te

ao largo, e lançai as vossas redes para pescar.Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo traba-

lhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a

tua palavra lançarei as redes.” (Lucas 5.1-11)

Minhas irmãs, meus irmãos eu cumprimen-to a vocês em nome do Pai, do Filho e doEspírito Santo.

Em primeiro lugar uma palavra de explica-ção. Deveria estar aqui o Rev. Paulo Garcia,da Igreja Metodista, mas ele está enfermo,com uma crise de coluna sobre a sua cama.A coordenação da Jornada me solicitouentão, que eu o substituísse.

Conversei com o Rev. Paulo Garcia e pedi-lhe emprestado o seu espírito. Então, nesteinstante, a palavra que eu trago é a palavraque o espírito do Rev. Paulo Garcia estarános inspirando através do Espírito Santo.

O texto do Evangelho de Lucas 5.1-11 é umtexto único no Evangelho. Ele não apareceno Evangelho de Mateus e nem no Evange-lho de Marcos. Aparece somente no Evan-gelho de João e mesmo assim, no seu final.Esse texto em Lucas está logo no início doministério de Jesus. Em João está no iníciodo ministério dos seguidores e das seguido-ras de Jesus. É um encontro de Jesus com opovo. É Jesus no meio do povo. É o Jesusdo povo. Não é o Jesus do templo, não é oJesus da sinagoga, não é o Jesus do palácio.É o Jesus das multidões.

Este texto permite-nos refletir sobre a possi-bilidade de três encontros. O primeiro en-contro é com Jesus, sobre o qual nos per-guntamos: o que significa vivermos comJesus, no meio do povo, sendo Igreja dopovo? O segundo encontro, inspirado peloRev. Paulo Garcia, é o encontro de Jesuscom os pescadores. Normalmente nós ro-mantizamos a figura do pescador inspira-dos, talvez, por Dorival Caymmi que canta:“é doce morrer no mar, nas ondas verdes domar”. Mas no tempo de Jesus, os pescado-

res eram considerados impuros, porque elesse relacionavam com uma coisa impura: omar, a morada dos demônios.

Todos nós que fomos à escola nos lembra-mos que na época dos “descobrimentos” doBrasil e das Américas, os portugueses e es-panhóis tinham medo do mar, porque acre-ditavam que lá estavam os monstros. Essemesmo pensamento se tinha na época deJesus. E Jesus vai buscar como seus primei-ros auxiliares, gente que era consideradaimpura pela religião oficial.

O que significa para nós, em uma JornadaEcumênica, nos encontrarmos com aque-les que no mundo de hoje são considera-dos os impuros, os excluídos, rejeitados?Aqueles que não são parte do esquemaoficial da sociedade em que vivemos? En-tre nós, aqui na Jornada, temos algunsdesses considerados impuros, excluídos erejeitados. Temos aqui os militantes doMTST – Movimento dos TrabalhadoresSem Teto. Para muita gente esses militan-tes estão causando muito trabalho e muitaperturbação e deveriam ser excluídos danossa sociedade. Nós temos também aquientre nós, representantes das religiõesafro-brasileiras, que também para muitagente, “não é gente que valha à pena” tercontato com ela. Mas esses irmãos e irmãssão acolhidos aqui exatamente no espíritode Jesus. O que significa acolher esses ir-mãos e irmãs em nossa Jornada?

CELEBRAÇÃO DE ABERTURA CELEBRACIÓN DE APERTURA

Paulo Ayres MattosOBISPO DE LA IGLESIA METODISTA, DEL BRASIL,PRESIDENTE DE KOINONIA

“Cuando acabó de hablar, dijo a Simón:Boga mar adentro y lancen vuestras redespara pescar. Le respondió Simón: Maestro,habiendo trabajado toda la noche, nadapescamos, pero bajo tu palabra lanzaré lasredes.” (Lucas 5.1-11)

Mis hermanas, mis hermanos yo los salu-do en nombre del Padre, del Hijo y delEspíritu Santo.

En primer lugar una palabra de explicación.Debería estar aquí el Rev. Paulo García, dela Iglesia Metodista, pero él está enfermo,en su cama, con una crisis de columna. Lacoordinación de la Jornada me solicitóentonces, que yo lo sustituyese.

Conversé con el Rev. Paulo García y le pedíprestado su espíritu. Entonces, en esteinstante, la palabra que yo traigo es lapalabra que el espíritu del Rev. PauloGarcía nos estará inspirando a través delEspíritu Santo.

El texto del Evangelio de Lucas 5.1-11 esun texto único en el Evangelio. El no apare-ce en el Evangelio de Mateo y ni en elEvangelio de Marcos. Aparece solamenteen el Evangelio de Juan y, aun así, al final.Ese texto de Lucas está luego al inicio delministerio de Jesús. En Juan está al inicio

del ministerio de los seguidores y de lasseguidoras de Jesús. Es un encuentro deJesús con el pueblo. Es Jesús en medio delpueblo. Es el Jesús del pueblo. No es elJesús del templo, no es el Jesús de la sina-goga, no es el Jesús del palacio. Es el Jesúsde las multitudes.

Este texto nos permite reflexionar sobrela posibilidad de tres encuentros. El pri-mer encuentro es con Jesús, sobre el cualnos preguntamos: que significa vivir conJesús, en el medio del pueblo, siendo Igle-sia del pueblo? El segundo encuentro,inspirado por el Rev. Paulo García, es elencuentro de Jesús con los pescadores.Normalmente tornamos romantica lafigura del pescador inspirados, talvez, porDorival Caymmi que canta: “es dulcemorir en el mar, en las ondas verdes delmar”. Pero en el tiempo de Jesús, lospescadores eran considerados impuros,porque ellos se relacionaban con unacosa impura: el mar, la morada de losdemonios.

Todos nosotros que fuimos a la escuela,nos recordamos que, en la época de los“descubrimientos” del Brasil y de las Amé-ricas, los portugueses y españoles teníanmiedo del mar, porque creían que alláestaban los monstruos. Ese mismo pensa-miento se tenía en la época de Jesús. YJesús va a buscar como sus primeros auxi-liares, gente que era considerada impurapor la religión oficial.

Que significa para nosotros, en una jornadaecuménica encontrarnos con aquellos queen el mundo de hoy son considerados losimpuros, los excluidos, rechazados? Aque-llos que no son parte del esquema oficialde la sociedad en que vivimos? Entre noso-tros, aquí en la Jornada, tenemos algunosde esos considerados impuros, excluidos yrechazados. Tenemos aquí los militantesdel MTST - Movimiento de los Trabajadoressin Techo. Para mucha gente esos militan-tes están dando mucho trabajo y causandomucha perturbación y deberían ser exclui-dos de nuestra sociedad. Tenemos tambiénaquí entre nosotros, representantes de lasreligiones afro brasileñas que también,

Page 6: jornal redes - 3a. Jornada A - remne.metodista.org.brremne.metodista.org.br/download/33/Jornadas2DecumEAnicas2Epdf.pdf · Brasil Arnulfo Alves B. Filho / DIACONIA, Brasil Fernando

6 3a Jornada Ecumênica

REDES

para mucha gente, “no son gente que valgala pena” tener contacto con ella. Pero esoshermanos y hermanas son acogidos aquíexactamente en el espíritu de Jesús. Lo quesignifica acoger esos hermanos y herma-nas en nuestra Jornada?

Pero hay un tercer tipo de encuentro. Elencuentro de un carpintero con los pesca-dores. Un carpintero, de Nazaré, que estabaacostumbrado a trabajar con madera, quese encuentra con pescadores que trabaja-ban en el mar. Jesús podía entender muybien de serrucho, de cepillo, de martillo yclavo, pero Jesús ciertamente, en la com-prensión de sus vecinos, no entendía nadade pesca. Jesús habla con Pedro y sus com-pañeros y dice una cosa que en ese textoes muy incisivo. Jesús usa dos imperativos,dos órdenes: “boga mar adentro y lancenvuestras redes!” Jesús no quiere que elloscontinúen en la playa. Jesús quiere queellos vuelvan al alto mar. Y entonces Jesúsdice “vayan allá y lancen sus redes”.

As redes son muy importantes para pesca-dores, es su instrumento de trabajo. Tienenque cuidar de ellas, tienen que lavar, repa-rarlas. Muchas veces en el trabajo, en laoperación de la pesca, las redes se rompen,tienen que ser remendadas, rehechas, tie-nen que ser dobladas, guardadas.

Pedro replica a Jesús de una forma sor-prendente. El le dice: “Nada pescamos, apesar de haber trabajado la noche entera”.Pedro y sus compañeros estaban cierta-mente frustrados, decepcionados.

Pasado esos años, llegamos a un momentoen que muchos de nosotros estamos frus-trados, decepcionados. Muchos piensan queya no existe más esperanza, no hay másposibilidad y que el sueño acabó.

Fracaso, frustración, desilusión hacen partede los proyectos humanos. La esperanzaestá presente siempre en medio de ladesesperanza. Y es eso que Jesús va aconversar con sus primeros discípulos.Jesús dice “boga mar adentro y lancenvuestras redes”. Aun cuando Pedro supieraque allá en aquel mar no había pez algún

(el conocía aquel mar como la palma de sumano), aún así, Pedro habla: “Maestro,habiendo trabajado toda la noche, nadapescamos”. Y aquí, yo quiero corregir unapalabra en esa traducción. Donde se lee“...pero bajo tu palabra lanzaré las redes”,hay una traducción equivocada. En el textooriginal la palabra no es bajo sino quesobre, que quiere decir arriba o encima. Lapalabra bajo ya es una interpretación equi-vocada de los teólogos del texto original,que da un significado de relación verticalde autoridad, de arriba para bajo.No es eso lo que Jesús está diciendo. En eltexto original la palabra es sobre. Pedro nova a lanzar las redes sobre peces. Pedro vaa lanzar las redes sobre las palabras deJesús. La palabra que está en el original noes logos, idea, concepto. La palabra queestá ahí significa acción. Pedro va a lanzarlas redes, no sobre una idea, no sobre unconcepto, sino que va a lanzar las redessobre un hecho, sobre una acción, la acciónde Jesús. El resultado es que la pesca esabundante. Y el texto dice que fue una grancantidad de peces, las redes se rompían yPedro tuvo que llamar otros barcos.

El pez, para el pescador, es alimento parasi, para su familia y para la comunidad enque vive, para que otras personas tambiénsobrevivan. Pez es comida y comida es vida.El repartir de la vida pide la participaciónsolidaria. No es el pescador de vara, a laorilla del río, a pescar pez por pez, es unared que exige la participación de toda lacomunidad. En muchas comunidades depescadores hombres, mujeres y hasta niñosvienen a participar del esfuerzo de jalar lared para la playa. La pesca es una acciónsolidaria. Y, más aún, Pedro y sus compañe-ros llamaron barcos de otros pescadoresque Jesús no había llamado para esa tarea.Cuando nosotros estamos tratando de lavida, muchas veces tenemos que llamarmás gente para participar de esta pesca,de esta acción de vida, que muchas vecesno son las personas de nuestro barco.

Muchos de nosotros aquí, que somosevangélicos, hemos aprendido que nopodemos hacer esa pesca solos, sino quetenemos que estar juntos de otros herma-nos y hermanas. Por eso tenemos aquíhermanos y hermanas, católicos, protes-tantes, evangélicos, pentecostés y de otrastradiciones cristianas. Hemos aprendidotambién que, para construir la vida, nopodemos actuar solamente con los cristia-nos. Por eso tenemos aquí personas deotras religiones, de otras espiritualidades.Aprendemos que para construir la vida es

Mas há um terceiro tipo de encontro. O en-contro de um carpinteiro com os pescadores.Um carpinteiro, de Nazaré, que estava acos-tumado a trabalhar com madeira, que seencontra com pescadores que trabalhavamno mar. Jesus podia entender muito bem deserrote, de plaina, de martelo e prego, masJesus certamente, na compreensão dos seusvizinhos, não entendia nada de pescaria. Je-sus chega para Pedro e seus companheiros ediz uma coisa que nesse texto é muito incisi-vo. Jesus usa dois imperativos, duas ordens:“faze-te ao largo e lança as redes!” Jesusnão quer que eles continuem na praia. Jesusquer que eles voltem ao mar alto. E entãoJesus diz “vão lá e lancem suas redes”.

As redes são muito importantes para pescado-res, é o seu instrumento de trabalho. Eles têmde cuidar delas, têm que lavar, consertar. Mui-tas vezes no trabalho, na operação da pesca,as redes se rompem, têm de ser costuradas,refeitas, têm de ser dobradas, guardadas.

Pedro replica a Jesus de uma forma surpre-endente. Ele diz: “Nada apanhamos, apesarde termos trabalhado a noite inteira”. Pedroe seus companheiros estavam certamentefrustrados, decepcionados, desiludidos.

Passado esses anos, chegamos a um momen-to em que muitos de nós estamos frustrados,desiludidos. Muitos pensam que já não existemais esperança, não há mais possibilidades eque o sonho acabou.

Fracasso, frustração, desilusão fazem partedos projetos humanos. A esperança é pre-sente sempre no meio da desesperança. E éisso que Jesus vai conversar com seus pri-meiros discípulos. Jesus disse “vai ao largo elance as redes”. Mesmo que Pedro soubesseque lá naquele mar não havia peixe algum(ele conhecia aquele mar como a palma dasua mão), mesmo assim, Pedro fala: “Mes-tre, havendo trabalhado toda a noite, nadaapanhamos”. E aqui, eu quero corrigir umapalavra nessa tradução. Onde se lê “... massob a tua palavra lançarei as redes”, há umatradução equivocada. No texto original apalavra não é sob mas sobre que quer dizerpor cima. A palavra sob já é uma interpreta-ção distorcida pelos teólogos do texto origi-nal, que dá um significado de relação verti-cal de autoridade, de cima para baixo. Nãoé isso que Jesus está dizendo. No texto ori-ginal a palavra é sobre. Pedro não vai jogaras redes sobre peixes. Pedro vai jogar asredes sobre as palavras de Jesus. A palavraque está no original não é logos, idéia, con-ceito. A palavra que está lá significa ação.Pedro vai lançar as redes, não sobre uma

idéia, não sobre um conceito, mas vai jogaras redes sobre um fato, sobre uma ação, aação de Jesus. O resultado é que a pesca éabundante. E o texto diz que foi uma gran-de quantidade de peixes, as redes se rompi-am e Pedro teve que chamar outros barcos.

O peixe para o pescador é alimento para si epara sua família e, para a comunidade emque vive, para outras pessoas também sobre-viverem. Peixe é comida e comida é vida. Orepartir da vida pede a participação solidária.Não é o pescador de vara na beira do rio apescar peixe por peixe, é uma rede que exi-ge a participação de toda a comunidade.Em muitas comunidades de pescadores, ho-mens, mulheres e até crianças vêm puxar arede para junto da praia. A pescaria é umaação solidária. E mais: eles chamaram barcosde outros companheiros que Jesus não tinhachamado para essa tarefa. Quando nós esta-mos tratando da vida, muitas vezes nós te-mos de chamar mais gente para participardesta pescaria, desta ação de vida, que mui-tas vezes não são as pessoas do nosso barco.

Muitos de nós aqui, que somos evangélicos,temos aprendido que não podemos fazeressa pescaria sozinhos, mas temos que estarjuntos de outros irmãos e irmãs. Por issonós temos aqui irmãos e irmãs católicos,protestantes, evangélicos, pentecostais, deoutras tradições cristãs. Temos aprendidotambém que para construir a vida nós nãopodemos agir só com os cristãos. Por issotemos aqui pessoas de outras religiões, deoutras espiritualidades. Aprendemos quepara construirmos a vida é preciso chamargente até que não tem religião. Não cabe anós separar os peixes ou exclui-los. Cabe anós juntar forças para que a vida se tornepossível entre nós.

Jesus termina dizendo que não é mais parapescarmos peixes, é para pescarmos gente.O nosso propósito é com gente. Onde hou-ver gente enfrentando as forças da morte,onde a vida estiver ameaçada, ali será o lu-gar onde deveremos lançar as nossas redes.

Que assim seja, em nome do Pai, do Filho edo Espírito Santo. Amém!

Page 7: jornal redes - 3a. Jornada A - remne.metodista.org.brremne.metodista.org.br/download/33/Jornadas2DecumEAnicas2Epdf.pdf · Brasil Arnulfo Alves B. Filho / DIACONIA, Brasil Fernando

3a Jornada Ecumênica 7REDES

SASASASASAUDUDUDUDUDAÇÃO DO FE BRASIL –AÇÃO DO FE BRASIL –AÇÃO DO FE BRASIL –AÇÃO DO FE BRASIL –AÇÃO DO FE BRASIL –FÓRUM ECUMÊNICO BRASILFÓRUM ECUMÊNICO BRASILFÓRUM ECUMÊNICO BRASILFÓRUM ECUMÊNICO BRASILFÓRUM ECUMÊNICO BRASIL

Rafael Soares de OliveiraSECRETÁRIO EXECUTIVO DE KOINONIA

COORDENAÇÃO DA 3ª JORNADA ECUMÊNICA, DO BRASIL

Nesta 3ª Jornada Ecumênica temosjornadeiras e jornadeiros do Brasil e demaispaíses latino-americanos e do Caribe. Destavez, somos de um abraço e de um desafioainda maiores. O desafio de semearmos ecuidarmos do ecumenismo na nossa Améri-ca e Caribe, além do Brasil.

Da última vez que nos encontramos falamosde laços, laços que nos enlaçam pela vida.

A partir desta 3ª Jornada, falaremos mais dosdesafios que enfrentamos e como supera-los.

Lembremos um pouco desses laços e reto-memos a nossa jornada: “Atraiu-os comcordas humanas, com laços de amor. Fuipara eles como quem alivia o julgo de sobreos ombros e me inclinei para dar-lhes decomer”. Assim falou Oséias.

Hoje, encontramo-nos uma vez mais e tra-zemos na bagagem a memória de outrasjornadas. Ainda sentimos o sabor do pãorepartido, o aroma do vinho partilhado, ocalor da amizade conquistada.

Hoje também festejamos a presença, o en-contro, o reencontro. Coração com cora-ção. Juntos novamente neste abraço anunci-amos a esperança: pão, vinho e amizade.Presença da esperança e da saudade.

Em nome do FE Brasil, sejam bem-vindas ebem-vindos à 3ª Jornada Ecumênica!

REDE EM CONSTRUÇÃOREDE EM CONSTRUÇÃOREDE EM CONSTRUÇÃOREDE EM CONSTRUÇÃOREDE EM CONSTRUÇÃOContribuição histórica do movimentoContribuição histórica do movimentoContribuição histórica do movimentoContribuição histórica do movimentoContribuição histórica do movimentoecumênicoecumênicoecumênicoecumênicoecumênico

Lúcia LeigaCOMISSÃO ORGANIZADORA DA 3ª JORNADA

ECUMÊNICA, DO BRASIL

Neste momento trazemos as experiências decaminhada ecumênica, a partir da décadade 1950, incluindo a três Jornadas Ecumê-nicas. Nesta caminhada temos aprendidoque trazer à memória significa trazer denovo ao coração o aprendizado com a ex-periência da caminhada ecumênica.

Cada um de nós tem bem claro qual foi omomento que consideramos como inicialem nossa caminha ecumênica. Vamos fechar

os olhos e vamos nos lembrar daquele mo-mento, dos rostos, das pessoas que cami-nharam conosco. Ao abrirmos os nossosolhos, vamos sair dos nossos lugares e nosagruparmos pela década ou pela Jornadaque participamos. Cada um de nós tem umacorda de sisal, que veio junto com o exem-plar do caderno de recursos litúrgicos. Comessa corda nos enlaçaremos com a cordados jornadeiros ou jornadeiras que escolhe-ram a mesma década ou Jornada Ecumêni-ca que nós escolhemos.

Este é o momento de encontro, de diálogo epartilha. Cada grupo representando umadécada ou Jornada Ecumênica vai ter cincominutos para dialogar e entrelaçar suas cor-das, tecendo uma rede. E cada década, cadaJornada terá a fala de um de seus compo-nentes, que levará a ponta de sua corda desisal para a década ou Jornada seguinte.

DÉCADA DE 1950DÉCADA DE 1950DÉCADA DE 1950DÉCADA DE 1950DÉCADA DE 1950

Rev. Carlos CunhaSÓCIO DE KOINONIA E COPIDESQUE DA REVISTA

TEMPO & PRESENÇA, DO BRASIL

Ainda vínhamos do impacto de 1945, daII Guerra Mundial e começamos a nos reu-nir em grupos de protestantes e uns poucoscatólicos. Começamos a pensar e acreditarque teríamos que estar juntos. Formamosuma comissão de jovens para trabalharmosjuntos. A Confederação Evangélica do Bra-sil decidiu estudar as mesmas lições na Esco-la Dominical e cantar as mesmas cançõescompostas para esses momentos.

Essa resistência deu força para um movi-mento que se chamou CEI – Centro Evan-gélico de Informação – que depois passoua se chamar Centro Ecumênico de Infor-mação), posteriormente, CEDI – CentroEcumênico de Documentação e Informa-ção. O CEDI nasceu no princípio da déca-da de 1960, violentado pela Ditadura Mi-litar, de 1964.

preciso llamar gente hasta entre los queno tienen religión. No nos cabe separarlos peces o excluirlos. Cabe juntar fuerzaspara que la vida se torne posible entrenosotros.

Jesús termina diciendo que no es más parapescar peces, es para pescar gente. Nuestropropósito es con gente. Donde quiera quehaya gente enfrentando las fuerzas de lamuerte, donde la vida esté amenazada, allíserá el lugar donde deberemos lanzarnuestras redes.

Que así sea, en nombre del Padre, del Hijo ydel Espíritu Santo. Amén!

SALUTSALUTSALUTSALUTSALUTAAAAACIÓN DEL FE BRASIL –CIÓN DEL FE BRASIL –CIÓN DEL FE BRASIL –CIÓN DEL FE BRASIL –CIÓN DEL FE BRASIL –FORUM ECUMÉNICO BRASILFORUM ECUMÉNICO BRASILFORUM ECUMÉNICO BRASILFORUM ECUMÉNICO BRASILFORUM ECUMÉNICO BRASIL

Rafael Soares de OliveiraSECRETARIO EJECUTIVO DE KOINONIA, COORDINA-CIÓN DE LA 3ª JORNADA ECUMÉNICA, DEL BRASIL

En esta 3ª Jornada Ecuménica tenemosjornaderas y jornaderos del Brasil y demás países latinoamericanos y del Caribe.De esta vez, somos de un abrazo y de undesafío todavía mayores. El desafío desembrar y cuidar del ecumenismo ennuestra América y Caribe, además delBrasil.

Desde la última vez que nos encontramoshablamos de lazos, lazos que nos unen porla vida.

A partir de esta 3ª Jornada, hablaremosmás de los desafíos que enfrentamos y decomo superarlos.

Recordemos un poco de esos lazos yretomemos nuestra jornada: “Los atrajecon cuerdas humanas, con lazos de amor.Fui para ellos como quien alivia el yugosobre los hombros y me incliné para dar-les de comer”. Así habló Oséas.

Hoy, nos encontramos una vez más y trae-mos en el bagaje la memoria de otrasjornadas. Todavía sentimos el sabor del panrepartido, el aroma del vino compartido, elcalor de la amistad conquistada.

Hoy también festejamos la presencia, elencuentro, el reencuentro. Corazón concorazón. Juntos nuevamente en esteabrazo anunciamos la esperanza: pan, vinoy amistad. Presencia de la esperanza y dela añoranza.

En nombre del FE Brasil, sean bienvenidasy bienvenidos a la 3ª Jornada Ecuménica!

RED EN CONSTRUCCIÓNRED EN CONSTRUCCIÓNRED EN CONSTRUCCIÓNRED EN CONSTRUCCIÓNRED EN CONSTRUCCIÓN

Contribución histórica del movimientoContribución histórica del movimientoContribución histórica del movimientoContribución histórica del movimientoContribución histórica del movimientoecuménicoecuménicoecuménicoecuménicoecuménico

Lúcia LeigaPOR LA COMISIÓN ORGANIZADORA DE LA 3ª JOR-NADA ECUMÉNICA, DEL BRASIL

En este momento traemos las experien-cias de caminada ecuménica, a partir dela década de 1950, incluyendo las tresJornadas Ecuménicas. En esta caminadahemos aprendido que traer a la memoriasignifica traer de nuevo al corazón elaprendizaje con la experiencia de la cami-nada ecuménica.

Cada uno de nosotros tiene bien claro cualfue el momento que consideramos comoinicial en nuestra caminada ecuménica.Vamos cerrar los ojos y vamos a recordarde aquel momento, de los rostros de laspersonas que caminaron con nosotros. Alabrir nuestros ojos, vamos salir de nuestroslugares y vamos a agruparnos por la déca-da o por la Jornada que participamos. Cadauno de nosotros tiene una cuerda de sisal,que vino junto con el ejemplar del cuader-no de recursos litúrgicos. Con esa cuerdanos enlazaremos con la cuerda de losjornaderos o jornaderas que escogieron lamisma década o Jornada Ecuménica quenosotros escogimos.

Este es el momento del encuentro, deldiálogo y del reparto. Cada grupo represen-tando una década la Jornada Ecuménica vaa tener cinco minutos para dialogar y en-trelazar sus cuerdas, tejiendo una red. Ycada década, cada Jornada tendrá el hablade uno de sus componentes, que llevará lapunta de su cuerda de sisal para la décadao Jornada siguiente.

DÉCADA DE 1950DÉCADA DE 1950DÉCADA DE 1950DÉCADA DE 1950DÉCADA DE 1950

Carlos CunhaSOCIO DE KOINONIA Y COPIDESK DE LA REVISTA

TIEMPO & PRESENCIA, DEL BRASIL

Todavía veníamos del impacto de 1945,de la II Guerra Mundial y comenzamos areunirnos en grupos de protestantes yunos pocos católicos. Comenzamos apensar y a creer que tendríamos que estarjuntos. Formamos una comisión de jóvenespara trabajar juntos. La ConfederaciónEvangélica del Brasil decidió estudiar lasmismas lecciones en la Escuela Dominicaly cantar las mismas canciones compues-tas para esos momentos.

Page 8: jornal redes - 3a. Jornada A - remne.metodista.org.brremne.metodista.org.br/download/33/Jornadas2DecumEAnicas2Epdf.pdf · Brasil Arnulfo Alves B. Filho / DIACONIA, Brasil Fernando

8 3a Jornada Ecumênica

REDES

Assim começa a rede ecumênica aqui noBrasil e em países da América Latina.

Agora vamos ver qual é o legado da décadade 1960 para a década de 1970.

DÉCADA DE 1960DÉCADA DE 1960DÉCADA DE 1960DÉCADA DE 1960DÉCADA DE 1960

Anivaldo PadinhaSÓCIO DE KOINONIA, DO BRASIL

“O povo, unido, jamais será vencido! Opovo, unido, jamais será vencido!”. Na ver-dade, a herança que nós recebemos dosanos de 1950 e o Rev. Carlos Cunha menci-onou, resume-se em uma palavra importan-te: resistência!

Tínhamos a compreensão de que a buscada unidade cristã tinha que se expandirpara a busca da unidade de toda a humani-dade. Por isso cremos que a nossa geraçãofoi marcada pela busca da unidade, mascom base na busca da justiça, na resistênciacontra as ditaduras e na luta pelos DireitosHumanos.

Foi essa herança que transmitimos à décadade 1970. Choramos eu e Eliana Rolembergneste momento, porque é muito emocionan-te para nós relembrarmos que em 1970,depois das prisões, resistimos, conseguimossobreviver e hoje estamos aqui.

DÉCADA DE 1970DÉCADA DE 1970DÉCADA DE 1970DÉCADA DE 1970DÉCADA DE 1970

Eliana RolembergDIRETORA EXECUTIVA DA CESE, DO BRASIL

Nós da década de 1970 começamos dizen-do que o que marcou esse período foram asditaduras. Não só no Brasil, mas em outrospaíses da América Latina. Essas ditadurasnos obrigaram a uma unidade com resistên-cia. O que nos caracterizou foi a unidade ea resistência. Também lembro que foi nosanos de 1970 que surgiram vários movi-mentos ecumênicos no Brasil. Foi quandofoi fundada a CESE – Coordenadoria Ecu-mênica de Serviço – onde eu trabalho; oCECA – Centro Ecumênico de Capacitaçãoe Assessoria - e outras entidades.

Infelizmente foi uma época em que muitoscompanheiros e companheiras – que hojeestariam dando um aporte muito importan-te ao movimento ecumênico – desaparece-ram, foram assassinados pela ditadura.

Não posso esquecer os companheiros ecompanheiras que foram presos comigo e

com Anivaldo Padilha e que já não estãoaqui. Mas a resistência é o mais forte. E estános unindo até os dias de hoje.

Aldo EtchegoyenBISPO DA IGREJA METODISTA, DA ARGENTINA

Temos que recordar também que nessa épo-ca, líderes ecumênicos latino-americanosderam suas vidas. Eu não posso lembrar detodos, mas quero lembrar aqui de MauricioLopes, um líder ecumênico que foi seques-trado pela ditadura na Argentina e desapa-receu para sempre.

Também podemos recordar outro desapareci-do que se chama Oscar Larina e seguramenteem outros países também temos esses líderes.Damos graças pela fidelidade, por suas vidas epor seus testemunhos, que madurou com mui-ta força nesta década de 1970.

O que estamos passando para os anos 80 éo resultado desta resistência e a criativida-de para construir muitos movimentos no-vos e movimentos que têm dado muitosfrutos. Nós deixamos essa semente para adécada de 1980.

DÉCADA DE 1980DÉCADA DE 1980DÉCADA DE 1980DÉCADA DE 1980DÉCADA DE 1980

Queremos afirmar que a década de 1980não foi uma década perdida, inclusive, ape-lidada de “Geração Coca-cola”. Tivemoscomo marco a criação do movimento estu-dantil ecumênico de teologia e os seminári-os ecumênicos. Em conseqüência das mobi-lizações de 1970 e 1980, os movimentossociais organizaram-se e conseguiram for-mular políticas públicas, como as leis deassistência social e o ECA – Estatuto daCriança e do Adolescente – que completou15 anos em 2005.

Os anos de 1980 foram anos em que o ecu-menismo se fortaleceu, se solidificou sobre osofrimento daquelas e daqueles que viveramnos anos de 1970. Lembramos de tantos etantos organismos, não somente no Brasil,mas em países da América Latina, que seconstituíram nesse período.

Em 1982 criou-se o CLAI – Conselho Lati-no Americano de Igrejas e o CONIC – Con-selho Nacional de Igrejas Cristãs. OsIntereclesiais das CEBs – Comunidade Ecle-siais de Bases, começaram nos anos 1980,que também foram marcados pelo martíriode Dom Oscar Romero, em El Salvador. OMST (Movimento dos Trabalhadores SemTerra) se organizou à luz da Teologia da

Esa resistencia dio fuerza para un movi-miento que se llamó CEI – Centro Evangé-lico de Información – que después pasó allamarse Centro Ecuménico de Informa-ción, posteriormente, CEDI – Centro Ecu-ménico de Documentación e Información.El CEDI nació al inicio de la década de1960, violentado por la Dictadura Militar,de 1964.

Así comienza la red ecuménica aquí en elBrasil y en países de la América Latina.

Ahora vamos a ver cual es el legado de ladécada de 1960 para la década de 1970.

DÉCADA DE 1960DÉCADA DE 1960DÉCADA DE 1960DÉCADA DE 1960DÉCADA DE 1960

Anivaldo PadinhaSOCIO DE KOINONIA, DEL BRASIL

“El pueblo, unido, jamás será vencido! Elpueblo, unido, jamás será vencido!”. Enverdad, la herencia que nosotros recibimosde los años de 1950 y el Rev. Carlos Cunhamencionó, se resume a una palabra impor-tante: resistencia!

Teníamos la comprensión de que la búsque-da de la unidad cristiana tenía que expandir-se para la busca de la unidad de toda lahumanidad. Por eso creemos que nuestrageneración fue marcada por la busca de launidad, más con base en la busca de lajusticia, en la resistencia contra las dictadu-ras y en la lucha por los Derechos Humanos.

Fue esa herencia que transmitimos a ladécada de 1970. Lloramos yo y ElianaRolemberg em este momento, porque esmuy emocionante para nosotros recordarque, en 1970, después de las prisiones,resistimos, conseguimos sobrevivir y hoyestamos aquí.

DÉCADA DE 1970DÉCADA DE 1970DÉCADA DE 1970DÉCADA DE 1970DÉCADA DE 1970

Eliana RolembergDIRETORA EJECUTIVA DE LA CESE, BRASIL

Nosotros de la década de 1970 comenza-mos diciendo que lo que marcó ese períodofueron las dictaduras. No solamente en elBrasil, sino que en otros países de la Amé-rica Latina. Esas dictaduras nos obligaron auna unidad con resistencia. Lo que noscaracterizó fue la unidad y la resistencia.También recuerdo que fué en los años de1970 que surgieron varios movimientosecuménicos en el Brasil. En esa época fuefundada la CESE – Coordinación Ecuméni-

ca de Servicio – donde yo trabajo; el CECA– Centro Ecuménico de Capacitación yAsesoría – y otras entidades.

Infelizmente, fue una época en que muchoscompañeros y compañeras - que hoy esta-rían dando un aporte muy importante almovimiento ecuménico - desaparecieron,fueron asesinados por la dictadura.

No puedo olvidar los compañeros y compa-ñeras que fueron presos conmigo y conAnivaldo Padilha y que ya no están aquí.Pero la resistencia es lo más fuerte. Y estáuniéndonos hasta los días de hoy.

Aldo EtchegoyenOBISPO DE LA IGLESIA METODISTA, DE LA ARGENTINA

Tenemos que recordar también que em esaépoca, líderes ecuménicos latinoamerica-nos dieron sus vidas. Yo no puedo recordarde todos, mas quiero recordar aquí aMauricio Lopes, un líder ecuménico que fuesecuestrado por la dictadura en la Argenti-na y desapareció para siempre.

También podemos recordar otro desapareci-do que se llama Oscar Larina y, seguramen-te, en otros países también tenemos esoslíderes. Damos gracias por la fidelidad, porsus vidas y por sus testimonio, que madurócon mucha fuerza en esta década de 1970.

Lo que estamos pasando para los años 80es el resultado de esta resistencia y lacreatividad para construir muchos movi-mientos nuevos y movimientos que handado muchos frutos. Nosotros dejamos esasemilla para la década de 1980.

DÉCADA DE 1980DÉCADA DE 1980DÉCADA DE 1980DÉCADA DE 1980DÉCADA DE 1980

Queremos afirmar que la década de 1980no fue una década perdida, inclusive, llama-da de “Generación Coca-cola”. Tuvimoscomo marco la creación del movimientoestudiantil ecuménico de teología y losseminarios ecuménicos. En consecuencia delas movilizaciones de 1970 y 1980, losmovimientos sociales se organizaron yconsiguieron formular políticas públicas,como las leyes de asistencia social y elECA – Estatuto de la Niñez y del Adoles-cente – que completó 15 anos en 2005.

Los años de 1980 fueron años en que elecumenismo se fortaleció, se solidificósobre el sufrimiento de aquellas y de aque-llos que vivieron en los años de 1970.Recordamos de tantos y tantos organismos,no solamente en el Brasil, mas también en

Page 9: jornal redes - 3a. Jornada A - remne.metodista.org.brremne.metodista.org.br/download/33/Jornadas2DecumEAnicas2Epdf.pdf · Brasil Arnulfo Alves B. Filho / DIACONIA, Brasil Fernando

3a Jornada Ecumênica 9REDES

da. O MTST - Movimento dos Trabalhado-res Sem Teto, de Pernambuco, Brasil - foi umexemplo. Participando pela primeira vez deuma Jornada Ecumênica, destacando-se coma sua unidade política e diversidade religiosa.

Chegamos à 3ª Jornada Ecumênica com aesperança de construir mais um laço narede, que fortalecerá as nossas vidas.

Sejam bem-vindas e bem-vindos os novosjornadeiros e jornadeiras desta 3ª JornadaEcumênica!

3ª JORNADA ECUMÊNICA / 3ª JORNADA ECUMÊNICA / 3ª JORNADA ECUMÊNICA / 3ª JORNADA ECUMÊNICA / 3ª JORNADA ECUMÊNICA / 20052005200520052005

Estamos aqui hoje pela primeira vez, comouma geração cheia de solidariedade, como ummovimento de justiça e de esperança pela paz.

Recebemos toda a herança histórica ecumê-nica desde os anos 1950 e toda uma riquezade potencialidades, que nos dão as possibili-dades de tecermos essa grande rede.

Viemos de diversas partes, regiões, culturase falando diferentes línguas. Queremos seressa rede e jogá-la mar adentro, para quenos próximos anos haja justiça, solidarieda-de e paz para toda a humanidade.

Lúcia Leiga

Agora vamos deixar as redes no chão,porque a festa continua: “Deus chamaa gente pr’um momento novo, de cami-nhar junto com o seu povo... Por issovem, entra na rede com a gente tam-bém, você é muito importante, vem!.”

TODOSTODOSTODOSTODOSTODOSCredo da paz, pão, perdão

“Cremos na Paz do céuque santifica a vida na terra.

Cremos no Pão de cada diaque alimenta nossa fome de justiça.

Cremos no Perdão de toda dívida e detoda ofensa,que nos reconcilia na fraternidadeuniversal.

Pois este é o reino da paz, o poder dajustiça

e a glória da comunhão para sempre.Amém.”

(Luiz Carlos Ramos)

países de la América Latina, que se consti-tuyeron en ese período.

En 1982 se creó el CLAI – Consejo LatinoAmericano de Iglesias y el CONIC - Conse-jo Nacional de Iglesias Cristianas. Las Intereclesiásticas de las CEBs – ComunidadesEclesiásticas de Base, comenzaron en losaños 1980, que también fueron marcadospor el martirio de Monseñor Oscar Romero,en El Salvador. El MST (Movimiento de losTrabajadores Sin Tierra) se organizó a laluz de la Teología de la Liberación. En 1981se organizó la Comisión Ecuménica delMenor y las Semanas Ecuménicas del Me-nor se realizaron a lo largo de toda ladécada.

También se iniciaron en los años de 1980,los Cursos de Verano, del CESEP –CentroEcuménico de Servicio a la Evangelizacióny Educación Popular. Se Creó el ISER Aseso-ría – Instituto de Estudios de la Religión -en Río de Janeiro, que organizó un movi-miento en que todos los organismosecuménicos e iglesias se movilizaron paraconstituir el primer impeachment de unPresidente de la República en el Brasil.

1ª JORNADA ECUMÉNICA / 19941ª JORNADA ECUMÉNICA / 19941ª JORNADA ECUMÉNICA / 19941ª JORNADA ECUMÉNICA / 19941ª JORNADA ECUMÉNICA / 1994

Es en la década de 1990 que se realiza la1ª Jornada Ecuménica, en que fue grandela participación de la juventud. Los jóvenestuvieron vez y voz, uniéndose a la experien-cia de los que ya participaban hacía déca-das del movimiento ecuménico en el Bra-sil. Fue un encuentro de generaciones,colores, fiesta, alegría y mucha vida.

2ª JORNADA ECUMÉNICA / 20022ª JORNADA ECUMÉNICA / 20022ª JORNADA ECUMÉNICA / 20022ª JORNADA ECUMÉNICA / 20022ª JORNADA ECUMÉNICA / 2002

La 2ª Jornada tuvo dos temas nuevos: eldesafío del modelo neoliberal y la descu-bierta interesante, para las tradicionesprotestantes históricas y católicas, de latremenda diversidad existente entre lasiglesias evangélicas neo Pentecostés. Estadescubierta ayudó a superar la tentación derotular, de globalizar todo mundo dentrodel mismo techo, sin respetar las diferencias.Esta jornada tuvo una presencia significativade las tradiciones afro brasileñas desafiandoel movimiento ecuménico al ejercicio deldiálogo Interreligioso actualizado.

Tuvimos también el encuentro de variasreligiones, de personas que no sabían loque era el ecumenismo y que aprendieronen la 2ª Jornada. El MTST - Movimiento delos Trabajadores Sin Techo, de Pernambuco,

Brasil - fue un ejemplo. Participando por laprimera vez de una Jornada Ecuménica,destacándose con su unidad política ydiversidad religiosa.

Llegamos a la 3ª Jornada Ecuménica con laesperanza de construir más un lazo en lared, que fortalecerá nuestras vidas.

Sean bienvenidas y bienvenidos los nuevosjornaderas y jornaderos de esta 3ª JornadaEcuménica!

3ª JORNADA ECUMÉNICA / 20053ª JORNADA ECUMÉNICA / 20053ª JORNADA ECUMÉNICA / 20053ª JORNADA ECUMÉNICA / 20053ª JORNADA ECUMÉNICA / 2005

Estamos aquí hoy, por la primera vez, comouna generación llena de solidariedad, comoun movimiento de justicia y de esperanzapor la paz.

Recibimos toda la herencia histórica ecu-ménica desde los años 1950 y toda unariqueza de potencialidades, que nos dan lasposibilidades de tejer esa gran red.

Venimos de diversas partes, regiones, cultu-ras y hablando diferentes lenguas. Quere-mos ser esa red y echarla mar adentro, paraque en los próximos años haya justicia,solidariedad y paz para toda la humanidad.

Lúcia Leiga

Ahora vamos dejar las redes en elsuelo, porque la fiesta continua:“Dios nos llama para un momentonuevo, de caminar junto con su pue-blo... Por eso ven, entra en la red connosotros también, tu eres muy im-portante, ven!”

TODOSTODOSTODOSTODOSTODOSCredo de la paz, pan, perdón

“Creemos en la Paz del cielo

que santifica la vida en la tierra.

Creemos en el Pan de cada día

que alimenta nuestra hambre de

justicia.

Creemos en el Perdón de toda

deuda y de toda ofensa,

que nos reconcilia en la fraterni-

dad universal.

Pues este es el reino de la paz,

el poder de la justicia

y la gloria de la comunión para

siempre. Amen.”

(Luiz Carlos Ramos)

Libertação. Em 1981 organizou-se a Comis-são Ecumênica do Menor e as SemanasEcumênicas do Menor se realizaram ao lon-go de toda a década.

Também se iniciaram nos anos de 1980, osCursos de Verão, do CESEP – Centro Ecu-mênico de Serviço à Evangelização e Educa-ção Popular. Criou-se o ISER Assessoria –Instituto de Estudos da Religião – no Rio deJaneiro que organizou um movimento emque todos os organismos ecumênicos e igre-jas se mobilizaram para constituir o primei-ro impeachment de um Presidente da Repú-blica no Brasil.

1ª JORNADA ECUMÊNICA / 1ª JORNADA ECUMÊNICA / 1ª JORNADA ECUMÊNICA / 1ª JORNADA ECUMÊNICA / 1ª JORNADA ECUMÊNICA / 19941994199419941994

É na década de 1990 que se realiza a 1ª Jor-nada Ecumênica, onde foi grande a partici-pação da juventude. Os jovens tiveram vez evoz, unindo-se à experiência dos que já par-ticipavam há décadas do movimento ecumê-nico no Brasil. Foi um encontro de gerações,cores, festa, alegria e muita vida.

2ª JORNADA ECUMÊNICA / 2ª JORNADA ECUMÊNICA / 2ª JORNADA ECUMÊNICA / 2ª JORNADA ECUMÊNICA / 2ª JORNADA ECUMÊNICA / 20022002200220022002

A 2ª Jornada teve dois temas novos: o desa-fio do modelo neoliberal e a descoberta in-teressante, para as tradições protestanteshistóricas e católicas, da tremenda diversi-dade existente entre as igrejas evangélicasneopentecostais. Esta descoberta ajudou asuperar a tentação de rotularmos, de globa-lizarmos todo mundo dentro do mesmoteto, sem respeitar as diferenças. Esta jorna-da teve uma presença significativa das tradi-ções afro- brasileiras, desafiando o movi-mento ecumênico ao exercício do diálogointer-religioso atualizado.

Tivemos também o encontro de várias religi-ões, de pessoas que não sabiam o que era oecumenismo e que aprenderam na 2ª Jorna- Lea más en www.projornada.org.brLeia mais em www.projornada.org.br

Page 10: jornal redes - 3a. Jornada A - remne.metodista.org.brremne.metodista.org.br/download/33/Jornadas2DecumEAnicas2Epdf.pdf · Brasil Arnulfo Alves B. Filho / DIACONIA, Brasil Fernando

12 3a Jornada Ecumênica

REDES

Por fim, como expressão máxima da culturahumana, tomamos como referencial a arteem suas sete expressões: a Coreografia, aLiteratura, a Arquitetura, a Escultura, a Pin-tura, a Música, e a controvertida “sétimaarte”, o Cinema, que combina as várias ar-tes. Pensamos cada liturgia como se estivés-semos trabalhando um roteiro de cinema,contando uma história, desenvolvendo umaprédica.

Queríamos celebrar com o corpo, a alma e oespírito. Cristãos puderam se sentir à vonta-de com as liturgias, porque essa tradição seenquadra comodamente em seus atos e pa-lavras; mas não só, também os não cristãospuderam dela se sentir sujeitos e parte atu-ante, pois se tratava de uma liturgia acolhe-dora e aberta e, portanto, inclusiva; e mais,mesmo os não religiosos podiam de algumaforma celebrar, pois todos, crentes ou não,temos um corpo, estamos inseridos em ummeio ambiente comum, e todos somos toca-dos de alguma forma pelo belo e pelo bom— a Arte é universal e é eterna.

Graças a Deus pelos dons e talentos de todaessa gente que trabalhou antes, durante edepois do evento, para que ele fosse um en-contro verdadeiro, real e intenso, entretrilheiras e trilheiros da mesma jornada pelasolidariedade, justiça e paz.

Uma jornada litúrgica... / Una jornada litúrgica...

Coordenar a expressão litúrgica num even-to como a 3ª Jornada Ecumênica foi umdesafio imenso, pois das pessoas que ali sereuniram só se poderiam esperar uma litur-gia que trabalhasse com as diferentes tradi-ções cristãs que ali estariam representadas,bem como com diferentes setores dos movi-mentos sociais e, inclusive, com convidadose convidadas de diferentes religiões.

Naturalmente, partir de rituais e ofícios con-fessionalmente atrelados a essa ou àquelatradição religiosa só faria restringir a partici-pação e promover a discriminação e a exclu-são. Na tentativa de agradar a todos, por maisbem intencionados que fôssemos, acabaría-mos por frustrar ou até escandalizar as pes-soas que, por valorizarem suas tradições, nãogostariam de vê-las sendo inadequadamenteempregadas em práticas descontextualizadas.

Assim, optamos por um caminho mais lon-go, trabalhoso, mas imensamente compen-sador. Preferimos investir em músicas, textose atos simbólicos originais. Desta forma,ninguém poderia vincular, por exemplo,uma canção, ou uma determinada oração, auma tradição confessional específica.

Para isso, partimos do princípio de que de-veríamos buscar os elementos comuns àespiritualidade dos jornadeiros e jornadei-ras. Descobrimos, então, que há pelo menostrês pontos de contato que, necessariamen-te, todas as pessoas têm em comum: o cor-po, a natureza e a arte.

Tomando primeiramente o corpo comoponto de partida, tratamos de explorar oscinco sentidos: tato, paladar, olfato, audiçãoe visão. Todas as celebrações procuraramexperimentar diferentes perfumes, sabores,sons e silêncios, cores, texturas e sensações.

Segundo: considerando a natureza e o meioambiente no qual estamos inseridos, trata-mos de resgatar os elementos mais básicosque constituem o Universo: a terra, o ar, aágua e o fogo; re-significados pela cultura,se tornaram cenário de uma espiritualidadeintensa e de fé profunda.

Rev. Luiz Carlos RamosIGREJA METODISTA DO BRASIL

COORDENADOR DE LITURGIA DA

3ª JORNADA ECUMÊNICA

Coordinar la expresión litúrgica en unevento como la 3ª Jornada Ecuménica fueun desafío inmenso, ya que debido a laspersonas que estaban congregadas, sólose podría trabajar con una liturgia queincluyera las diferentes tradiciones cris-tianas representadas, así como con losdiferentes sectores de los movimientossociales e, inclusive, los invitados y invita-das pertenecientes a otras religionesdiferentes.

Naturalmente, si se partiera de rituales yoficios confesionales vinculados a esa o aaquella tradición religiosa, solo se restrin-giría la participación y se introduciría ladiscriminación y la exclusión. Si intentára-mos agradarlos a todos, con las mejoresintenciones, acabaríamos frustrando oincluso escandalizando a las personas quevalorizan sus tradiciones, por lo que no lesgustaría que las emplearan de manerainadecuada, fuera de su contexto.

Así, optamos por un camino más largo ytrabajoso, pero, sin duda, inmensa-mentecompensador. Preferimos entonces inver-tir en músicas, textos y actos simbólicosoriginales. De esta forma, nadie podríavincular una canción o una determinadaoración, por ejemplo, a una tradiciónconfesional específica.

Por esto, partimos del principio de quedeberíamos buscar los elementos comunesa la espiritualidad de los jornaleros y jorna-leras. Descubrimos, entonces, que hay por lomenos tres puntos de contacto que todaslas personas tienen, necesariamente, encomún: el cuerpo, la naturaleza y el arte.

Tomando primeramente el cuerpo comopunto de partida, tratamos de explorarloscinco sentidos: tacto, paladar, olfato, audi-ción y visión. Todas las celebracionesprocuraron experimentar diferentes perfu-mes, sabores, sonidos y silencios, colores,texturas y sensaciones.

Segundo: considerando la naturaleza y elmedio ambiente en el cual estamos inser-

tos, tratamos de rescatar los elementosmás básicos que constituyen el Universo:la tierra, el aire, el agua y el fuego; re-significados por la cultura, se transforma-ron en escenarios de una espiritualidadintensa y de profunda Fé.

Por fin, como expresión máxima dela cultura humana, tomamos comoreferencial el arte en sus siete expresio-nes: la Coreografía, la Literatura,la Arquitectura, la Escultura, la Pintura,la Música, y la controvertida “séptimaarte”, el Cine, que combina varias artes.Pensamos cada liturgia como si estuviése-mos trabajando un guión de película,contando una historia, desarrollandouna prédica.

Queríamos celebrar con el cuerpo, elalma y el espíritu. Los cristianos se pudie-ron sentir a gusto con las liturgias, porqueesa tradición se encuadra cómodamenteen sus actos y palabras. Pero no apenasesto, los no cristianos también pudieronsentirse sujetos y parte actuante, puesse trataba de una liturgia acogedora yabierta y, por lo tanto, inclusiva; y másaún, los no religiosos pudieron celebrarde otra manera, pues todos, creyentes ono, tenemos un cuerpo, formamos partede un medio ambiente común, y todossomos tocados de alguna forma por lobello y lo bueno – el Arte es universaly es eterno.

Damos gracias a Dios por los dones ytalentos de toda esa gente que trabajóantes, durante y después del evento, contri-buyendo para que fuese un encuentroverdadero, real e intenso, entre trilladoras ytrilladores en la misma jornada para alcan-zar la solidariedad, la justicia y la paz.

Rev. Luiz Carlos RamosIGLESIA METODISTA DE BRASIL

COORDENADOR DE LITURGIA DE LA

3ª JORNADA ECUMENICA

Page 11: jornal redes - 3a. Jornada A - remne.metodista.org.brremne.metodista.org.br/download/33/Jornadas2DecumEAnicas2Epdf.pdf · Brasil Arnulfo Alves B. Filho / DIACONIA, Brasil Fernando

3a Jornada Ecumênica 13REDES

Aldo EtchegoyenBISPO DA IGREJA METODISTA DA ARGENTINA

Sabemos que o compromisso ecumênicotem o seu fundamento no Evangelho, naoração de Jesus que diz: “para que sejamosum”, “para que o mundo creia”. Por outrolado, sabemos também que vivemos tem-pos de grande mobilização social, em favorde um mundo e de uma realidade humanadiferentes.

Deste grande movimento social encontra-mos, além do Fórum Social Mundial emPorto Alegre, muitos outros eventos, encon-tros, jornadas sobre temas muito importan-tes, como a dívida externa, sobre os movi-mentos de capitais pela ação do livre comér-cio e a ALCA. Há pouco tempo tivemos noEquador, Brasil, Chile e Argentina, quatroencontros promovidos pelo CLAI (Conse-lho Latino-americano de Igrejas).

Quando lemos sobre a realidade da AméricaLatina, vemos que estão surgindo governosque escapam, ou tentam escapar, ao controledo poder do Império. E é um grande fascínioler a realidade. Outro desafio muito impor-tante é ouvir atentamente o que dizem estesencontros, estas mobilizações, esta rede daqual também fazemos parte. Estão dizendobasta! Denunciam, por exemplo, que é gran-de a concentração de riqueza por um lado ea expansão da pobreza por outro. A riquezaé imoral porque os efeitos que ela provocasão exclusão e morte. Assim como temos quefazer desaparecer a pobreza, também temosque fazer desaparecer a riqueza.

O último desafio que temos na nossa visão éo do diálogo inter-religioso, que está abrin-do caminho frente a um fundamentalismoreligioso que frutifica, por um lado, no ter-rorismo e por outro, na guerra. Diferentedisso se está abrindo um grande diálogointer-religioso entre budistas, muçulmanos,cristãos, hinduístas e xintoístas. O Conciliode Igrejas da Ásia lançou um movimento emfavor da paz e da vida. O secretário do CMIsempre faz referência à magnífica reuniãoque aconteceu este ano na Bahia, que foiaberta às irmãs e irmãos de outras religiõesnão cristãs. Seguramente nos países aqui re-presentados na 3ª Jornada Ecumênica, estetema está nas agendas locais e temos quetomá-lo muito à sério porque este é um desa-fio importante, não para que somente con-versemos, mas para que trabalhemos juntas ejuntos por um mundo novo, que é possível.

DESAFIOS DESAFIOS DESAFIOS DESAFIOS DESAFIOS AAAAAO ECUMENISMO BRASILEIROO ECUMENISMO BRASILEIROO ECUMENISMO BRASILEIROO ECUMENISMO BRASILEIROO ECUMENISMO BRASILEIRONA PERSPECTIVNA PERSPECTIVNA PERSPECTIVNA PERSPECTIVNA PERSPECTIVA DOS DIREITA DOS DIREITA DOS DIREITA DOS DIREITA DOS DIREITOS HUMANOSOS HUMANOSOS HUMANOSOS HUMANOSOS HUMANOS

Eliana RolembergDIRETORA EXECUTIVA DA CESE, DO BRASIL

Qual a visão que se tem do Brasil desdefora? Normalmente quando se fala do Bra-sil, diz-se: “Ah! O Brasil é um país que con-seguiu eleger um operário para a Presidên-cia da República” ou, “Muito bom! Vocêsdo Brasil, são um espelho para nós!”.

Os dois primeiros anos do governo Lula(Luiz Inácio Lula da Silva), realmente, foramanos marcados por muita participação. Por

Desafíos de lo Ecumenismo y Derechos Humanos en la América Latina y el Caribe

PAINÉIS / Manhã, 13 de outubro PANELES / Mañana, 13 de outubre

DESAFÍOS DE LO ECUMENISMO DESAFÍOS DE LO ECUMENISMO DESAFÍOS DE LO ECUMENISMO DESAFÍOS DE LO ECUMENISMO DESAFÍOS DE LO ECUMENISMO YYYYYDERECHOS HUMANOS EN LADERECHOS HUMANOS EN LADERECHOS HUMANOS EN LADERECHOS HUMANOS EN LADERECHOS HUMANOS EN LAAMÉRICA LAAMÉRICA LAAMÉRICA LAAMÉRICA LAAMÉRICA LATINA TINA TINA TINA TINA Y EL CARIBEY EL CARIBEY EL CARIBEY EL CARIBEY EL CARIBE

Aldo EtchegoyenOBISPO DE LA IGLESIA METODISTA DE LA ARGENTINA

Sabemos que el compromiso ecuménico sefundamenta en el Evangelio, en la oraciónde Jesús que dice: “para que seamos un”,“para que el mundo crea”. Por otro lado,también sabemos que vivimos tiempos degran movilización social, en favor de unmundo y de una realidad humana diferentes.

En este gran movimiento social encontra-mos, además del Foro Social Mundial enPuerto Alegre, muchos otros eventos,encuentros, jornadas sobre temas muyimportantes, como la deuda externa, losmovimientos de capitales por causa de laacción del libre comercio y el ALCA. Hacepoco tiempo tuvimos en el Ecuador, Brasil,Chile y Argentina, cuatro encuentros pro-movidos por el CLAI (Consejo Latinoame-ricano de Iglesias).

Cuando leemos sobre la realidad de Améri-ca Latina, vemos que están surgiendo go-biernos que escapan, o intentan escapar, alcontrol del poder del Imperio. Y es fasci-nante leer esta realidad. Otro desafío muyimportante es oír atentamente lo quedicen estos encuentros, estas movilizacio-nes, esta red de la cual también formamosparte. ¡Están diciendo basta! Denuncian,por ejemplo, que la concentración de lariqueza es grande, por un lado, y la expan-sión de la pobreza también, por otro. Lariqueza es inmoral porque los efectos queella provoca son la exclusión y la muerte.Así como tenemos que hacer desaparecerla pobreza, también tenemos que hacerdesaparecer la riqueza.

El último desafío que tenemos en nuestravisión es el del diálogo interreligioso, queestá abriendo camino frente a un funda-mentalismo religioso que fructifica, por unlado, en el terrorismo y, por otro, en la gue-rra. A diferencia de esto, se está abriendoun gran diálogo interreligioso entre budis-

tas, musulmanes, cristianos, hinduistas ysintoístas. El Concilio de Iglesias de Asialanzó un movimiento en favor de la paz y dela vida. El secretario del CMI siempre hacereferencia a la magnífica reunión que huboeste año en Bahía, Brasil, la que se abrió alas hermanas y hermanos de otras religio-nes no cristianas. Seguramente en lospaíses aquí representados en la 3ª JornadaEcuménica, este tema está en las agendaslocales y tenemos que tomarlo muy enserio, porque éste es un desafío importante,no para que lo conversemos solamente,sino para que trabajemos juntas y juntospor un mundo nuevo, y que es posible.

DESAFÍOS DESAFÍOS DESAFÍOS DESAFÍOS DESAFÍOS AL ECUMENISMOAL ECUMENISMOAL ECUMENISMOAL ECUMENISMOAL ECUMENISMOBRASILEÑO EN LA PERSPECTIVBRASILEÑO EN LA PERSPECTIVBRASILEÑO EN LA PERSPECTIVBRASILEÑO EN LA PERSPECTIVBRASILEÑO EN LA PERSPECTIVA DEA DEA DEA DEA DELOS DERECHOS HUMANOSLOS DERECHOS HUMANOSLOS DERECHOS HUMANOSLOS DERECHOS HUMANOSLOS DERECHOS HUMANOS

Eliana RolembergDIRECTORA EJECUTIVA DE LA CESE, DEL BRASIL

¿Cual es la visión que se tiene del Brasildesde fuera? Normalmente, cuando sehabla del Brasil, se dice: “!Ah! El Brasil esun país que consiguió elegir un obreropara la Presidencia de la República” o,“!Muy bueno! ¡Ustedes del Brasil son unespejo para nosotros!”.

Los dos primeros años del gobierno Lula(Presidente Luiz Inácio Lula da Silva),realmente, fueron años marcados pormucha participación. Por ejemplo: porprimera vez se discutió el Plan Plurianual(PPA) de un Gobierno Federal y se multi-plicaron las conferencias sobre variascuestiones: raciales, de las mujeres y deseguridad alimentar entre otras.

Poco a poco se constató lo que ya erauna realidad: el gobierno era un gobiernode coalición que mostró sus contradiccio-nes, por veces antagónicas. No era ungobierno de trabajadores. Era un gobiernocon una multiplicidad de alianzas.

Si se considera uno de los derechos básicos,la cuestión habitacional en las ciudades,por ejemplo, tenemos que reconocer que laagenda fue muy positiva. Conseguimos

Desafios do Ecumenismo e Direitos Humanosna América Latina e Caribe

Page 12: jornal redes - 3a. Jornada A - remne.metodista.org.brremne.metodista.org.br/download/33/Jornadas2DecumEAnicas2Epdf.pdf · Brasil Arnulfo Alves B. Filho / DIACONIA, Brasil Fernando

14 3a Jornada Ecumênica

REDES

exemplo: pela primeira vez se discutiu o Pla-no Plurianual (PPA) de um Governo Federale multiplicaram-se as conferências sobre vári-as questões: raciais, das mulheres e de segu-rança alimentar entre outras.

Aos poucos se constatou o que já era umarealidade: o governo era um governo decoalizão que mostrou suas contradições,por vezes antagônicas. Não era um governode trabalhadores. Era um governo com umamultiplicidade de alianças.

Tomando-se um dos direitos básicos, a mo-radia nas cidades, a agenda foi muito positi-va. Conseguimos realmente firmar algumasreivindicações que eram antigas e funda-mentais, como o Fundo de Moradia Popu-lar, o Conselho Nacional de Moradia Popu-lar e leis de acessibilidade.

A questão da violência é algo que o governorealmente tentou priorizar, mas sabemosque a tortura no Brasil continua nas delega-cias, prisões e reformatórios. Não se conse-guiu realmente ter uma ação incisiva emrelação à tortura e as políticas para jovens eadolescentes. A campanha pelo desarma-mento, está associada à Campanha da Fra-ternidade Ecumênica e se mantém com atemática da solidariedade e da paz.

A segurança alimentar, o primeiro ponto dogoverno do Presidente Lula, foi a propostado Programa Fome Zero, numa perspectivade combate incisivo à fome; foram forma-dos conselhos de segurança alimentar emtodo o país, com participação expressiva dasociedade civil. Houve muita mobilização,mas a questão vai além do dar o alimento. Éde segurança e soberania alimentar, de direi-to à alimentação.

O Programa Bolsa Família, atende hoje acerca de 7 milhões de famílias. Isso tem al-gum impacto, mas não se consegue dar umpasso além do assistencialismo. A ReformaAgrária é até hoje um grande ponto de in-terrogação: para onde o governo quer levara proposta da Reforma Agrária? Não selibera recursos necessários ao cumprimentodas metas para efetivação da reforma agrá-ria , seja em assentamentos, seja em infra-estrutura necessária e capacitação dos as-sentados e acampados. A justiça no campoé ainda um grande sonho. Fala-se em redu-ção dos assassinatos no campo, mas vemosque eles persistem, como o da irmã DorothyStang, no Pará, caso que evidenciou a exis-tência de uma rede armada, similar aos gru-pos de extermínio que, há muito, vêm ope-rando nas cidades.

Quanto às relações de gênero ainda há umgrande caminho a se trilhar. As ações dasmulheres têm sido muito expressivas.

Especificamente quanto à realização dosDhesca (Direitos Humanos, Econômicos,Sociais, Culturais e Ambientais), qual foi acondução dada pelo governo? A Conferên-cia dos Diretos Humanos firmou muitasquestões. Entre elas, não só a da ReformaAgrária, ligada ao combate à fome, mastambém, retomou outros temas como o damilitarização na América Latina; a exigênciade respeito às culturas tradicionais; a prima-zia das políticas sociais sobre as econômicase de segurança e a criação de um sistemanacional de direitos humanos. Avançamosmuito como sociedade civil na questão dosdireitos humanos, mas não chegamos aindaao mínimo desejado.

O desafio da ética na política, frente à des-moralização das instituições, o controle dosrecursos das campanhas eleitorais e a apura-ção das denúncias de corrupção, com a pu-nição dos envolvidos, vêm sendo colocadoscom muita ênfase pelas igrejas e pelos mo-vimentos da sociedade civil. O poder damídia e do marketing das agências de publi-cidade e das instituições financeiras nuncaficou tão evidente.

Outro desafio é o da desigualdade. As últi-mas estatísticas da ONU mostraram o Brasilcomo o oitavo país no mundo em desigual-dade e, entre os demais países, incluem-sequatro da África. Na América Latina, oBrasil só é menos desigual que a Guatemala.Só! O BIRD (Banco Internacional para Re-construção e Desenvolvimento), vai além,discordando da ONU, ao afirmar que oBrasil é o 5º em desigualdade no mundo eque seria o 1º na América Latina!

Não menos importante é o desafio da intole-rância religiosa em relação às expressões defé não cristãs, apesar de haver muitas iniciati-vas ecumênicas de afirmação do diálogointer-religioso. Todavia, há muita resistênciaàs ações coletivas, em função do crescimentoda afirmação denominacional. São poucos ossetores evangélicos que conseguiram superar aintolerância religiosa, como na Bahia e noMaranhão, onde a presença da religiosidadeda população afro-descendente é muito forte.

Entendo que se não houver um comprome-timento efetivo das igrejas e dos organismosecumênicos com os movimentos sociais, nadefesa dos direitos individuais e coletivos,exigindo sempre o envolvimento das esferasgovernamentais, não conseguiremos deixar

introducir, realmente, algunas reivindicacio-nes que eran antiguas y fundamentales,tales como el Fondo de la Vivienda Popular,el Consejo Nacional de la Vivienda Populary las leyes de accesibilidad.

La cuestión de la violencia es algo que elgobierno intentó priorizar, pero sabemosque la tortura en Brasil es algo que conti-núa en las comisarías, prisiones y refor-matorios. No se consiguió llevar a cabouna acción efectiva en relación a la tortu-ra y a las políticas para jóvenes y adoles-centes. La campaña por el desarmamentoestá asociada a la Campaña de la Frater-nidad Ecuménica y se mantiene la temáti-ca de la solidariedad y de la paz.

La seguridad alimentaria, el primer puntopositivo del gobierno del Presidente Lula,fue la propuesta del Programa Fome Zero(Hambre Cero), una perspectiva de com-bate incisivo al hambre; se formaronconsejos de seguridad alimentaria entodo el país, con participación expresivade la sociedad civil. Hubo mucha moviliza-ción, pero la cuestión va más allá de darapenas el alimento. Es un problema deseguridad y de soberanía alimentaria, dederecho a la alimentación.

El Programa Bolsa Familia (Beca Familia),hoy atiende a cerca de 7 millones de fami-lias. Eso tiene algún impacto, pero no seconsiguió dar un paso más allá del asisten-cialismo. La Reforma Agraria todavía es ungran punto de interrogación: ¿Para dóndeel gobierno quiere llevar la propuesta deReforma Agraria? No se liberan los recur-sos necesarios para que se cumplan lasmetas que puedan hacer que la reformaagraria sea efectiva: sea en términos delos asentamientos, sea en la infraestructu-ra necesaria para capacitar a los asentadosy los que están en campamentos. La justi-cia en el campo todavía es un gran sueño.Se habla en reducir los asesinatos en elcampo, pero vemos que persisten, como elde la hermana Dorothy Stang, en el Estadode Pará - caso que evidenció la existenciade una red criminosa, armada, similar a losgrupos de exterminio, que hace muchoviene operando, principalmente, en lasgrandes ciudades.

Sobre las relaciones de género, todavíaexiste un gran camino por recorrer. Lasacciones de las mujeres han sido muyexpresivas.

Específicamente, en lo que se refiere a laefectivación de los DHESCA (DerechosHumanos, Económicos, Sociales, Cultura-

les y Ambientales), ¿Cómo se planteó elGobierno? La Conferencia de los DerechosHumanos señaló muchas cuestiones. Entreellas, no sólo la de la Reforma Agraria,vinculada al combate al hambre, sino quetambién, retomó otros temas, como el dela militarización en la América Latina; laexigencia de que se respeten las culturastradicionales; la primacía de las políticassociales sobre as económicas y de seguri-dad, así como que se crea un sistemanacional de Derechos Humanos. Avanza-mos mucho como sociedad civil en lacuestión de los derechos humanos, perono llegamos todavía a lo mínimo deseado.

El desafío de la ética en la política, frentea la desmoralización de las instituciones,el control de los recursos de las campañaselectorales y la apuración de las denun-cias de corrupción, castigando a los culpa-bles, han sido planteados por las iglesias ypor los movimentos de la sociedad civil demanera enfática. Nunca antes quedó tanevidente el poder de los medios de comu-nicación y del marketing de las agenciasde publicidad, así como el de las institu-ciones financieras.

Otro desafío es el de la desigualdad. Lasúltimas estadísticas de la ONU demostra-ron que el Brasil está en el octavo lugar delmundo, en términos de desigualdad econó-mica y social, y entre los demás paísestambién se incluyen cuatro países delÁfrica. Dentro de América Latina, el Brasilsólo no tiene tantas desigualdades comoGuatemala, en América Central. Sólo elBIRD (Banco Internacional para Recons-trucción y Desarrollo), discorad de la ONU yva más allá, cuando afirma que el Brasilocupa el 5º lugar en desigualdad en elmundo y el 1º en la región de AméricaLatina!

El desafío que enfrentamos en el campode la intolerancia religiosa y en relacióncon las expresiones de Fé no cristianas noes menos importante, a pesar de que haymuchas iniciativas ecuménicas para forta-lecer el diálogo interreligioso. Sin embar-go, hay mucha resistencia a las accionescolectivas, en función del crecimiento dela afirmación denominacional. Son pocoslos sectores evangélicos que consiguieronsuperar la intolerancia religiosa, como enBahía y en Maranhão, donde la presenciade la religiosidad de la población afro-descendiente, es muy fuerte.

Entiendo que, si no hubiere un compromi-so efectivo de parte de las iglesias y de

Page 13: jornal redes - 3a. Jornada A - remne.metodista.org.brremne.metodista.org.br/download/33/Jornadas2DecumEAnicas2Epdf.pdf · Brasil Arnulfo Alves B. Filho / DIACONIA, Brasil Fernando

3a Jornada Ecumênica 15REDES

sementes de esperança, para que se afirme ajustiça e a dignidade humana.

COMO O ECUMENISMO É DESAFIADOCOMO O ECUMENISMO É DESAFIADOCOMO O ECUMENISMO É DESAFIADOCOMO O ECUMENISMO É DESAFIADOCOMO O ECUMENISMO É DESAFIADOPELOS DHESCAPELOS DHESCAPELOS DHESCAPELOS DHESCAPELOS DHESCA

Atílio Silva IulianeliDOUTOR EM FILOSOFIA, DE KOINONIA, DO BRASIL

O primeiro ponto que eu quero abordar: apalavra ecumenismo vem do grego e signifi-ca terra habitada. Daí dizer-se “a terra habi-tada é o Oikumene”. A ênfase não é de quea terra esteja habitada, mas sim de que elaprecisa ser habitável. Para a terra ser habitá-vel, ela precisa ser boa. Não dá pra pensarecumenismo sem pensar numa convivênciana qual exista a busca por um mundo habi-tável porque é sustentável, ecologicamentepossível e viável.

No século XVI, a Reforma Protestante, de-monstrou a necessidade da provocação peladiferença. Não foi uma divisão, mas a cons-trução da diferença. Foi como dizer quepodemos ser diferentes, podemos professara fé de uma forma diferente.

Sobre os desafios dos Dhesca para o ecume-nismo, o que percebemos é que as religiõesem geral e o cristianismo em particular, sãoanti-direitos humanos. Na medida em queas religiões têm uma verdade absoluta equerem propor essa verdade absoluta comoexclusiva, elas já nascem negando a diferen-ça. Os Direitos Humanos emergiram numconceito no qual o que era importante era aafirmação da diferença.

O segundo ponto é que as religiões da pers-pectiva religiosa propriamente dita, têm umaauto-percepção de um elemento que contri-bui para o favorecimento dos Direitos Hu-manos. Tem uma frase muito interessante deum teólogo reformado chamado John Rick,que diz que todas as religiões, do ponto devista da verdade, são iguais. Todas elas fize-ram seres humanos tão bons e tão ruins, tan-to umas quanto as outras. Se somos religio-sos e assumimos a causa ecumênica, assumi-mos que ecumenismo é tornar a terra habitá-vel, logo, temos que lutar pelos Dhesca.

Passamos para o terceiro ponto: os critériospara pensarmos como as religiões podemcontribuir para os Dhesca e como o ecume-nismo, em particular, pode contribuir emfavor dos Direitos Humanos, emergem daprópria percepção do ecumenismo. O ecu-menismo, na perspectiva histórica, construí-da a partir do Conselho Mundial de Igrejas(CMI), tem três dimensões: a busca da uni-dade em favor da justiça, da paz e da inte-gridade da criação.

As dimensões do ecumenismo, e do modo deexistência das comunidades religiosas, nospermite pensar em alguns critérios. Um crité-rio importante é a questão dos direitos dospobres. Direitos Humanos só se realizam seos direitos dos pobres são conquistados. Nãoadianta falarmos de direitos econômicos,sociais, culturais e ambientais se os direitosdos pobres não são implementados.

Um outro critério importante é a atençãocom as gerações futuras. Não dá para pen-sarmos numa prática que torne o mundohabitável, se a existência das gerações futu-ras não for assegurada, com todos os direi-tos necessários para essa existência.

Não vai haver Direitos Humanos se não exis-tir o reconhecimento e o respeito à diversida-de religiosa. Sem diálogo inter-religioso, nãohaverá a realização dos Dhesca. O discursodos Estados Unidos hoje é o seguinte: “preci-samos dar atenção às religiões e precisamosdisso porque elas podem ser um instrumentodo terror”. Precisamos estar atentos a essediscurso e perceber como podemos nos co-locar como críticos à necessidade, não daconstrução da segurança interna dos Esta-dos, mas da segurança humana no mundo.Uma segurança humana que nos permitirátermos um mundo onde os Diretos Humanossejam muito mais respeitados por todas etodos, do que um mundo onde se queiracontrolar o terror.

Leia mais em www.projornada.org.br

los organismos ecuménicos con los movi-mientos sociales, para defender los dere-chos individuales y colectivos, exigiendosiempre que las esferas gubernamentalesse involucren, no conseguiremos dejarsemillas de esperanza para que se alcan-ce la justicia y la dignidad humana.

CÓMO LOS DHESCA DESAFÍAN CÓMO LOS DHESCA DESAFÍAN CÓMO LOS DHESCA DESAFÍAN CÓMO LOS DHESCA DESAFÍAN CÓMO LOS DHESCA DESAFÍAN ALALALALALECUMENISMOECUMENISMOECUMENISMOECUMENISMOECUMENISMO

Atílio Silva IulianeliDOCTOR EN FILOSOFÍA, DE KOINONIA, DEL BRASIL

El primer punto que yo quiero abordar,es el de que la palabra ecumenismoviene del griego y significa tierra habita-da. Es por esto que se dice: “la tierrahabitada es el Oikumene”. El énfasis noestá en que la tierra esté habitada, sinoque es preciso que ella sea habitable. Y,para que la tierra sea habitable, tambiénes necesario que ella sea buena. No sepuede pensar en el ecumenismo sin pen-sar en una convivencia, en la cual existala búsqueda por un mundo habitable,porque es sustentable, ecológicamenteposible y viable.

En el siglo XVI, la Reforma Protestantedemostró la necesidad de provocarse ladiferencia. No fue una división, sino laconstrucción de la diferencia. Fue comodecir que podemos ser diferentes, quepodemos profesar la Fé de una formadiferente.

Sobre los desafíos que los DHESCA leplantean al ecumenismo, lo que percibi-mos es que las religiones en general, y elcristianismo en particular, son anti-dere-chos humanos. En la medida que las reli-giones son dueñas de una verdad absolutay quieren imponer esa verdad absolutacomo siendo exclusiva, ya nacen negandola diferencia. Los Derechos Humanosemergieron dentro de un concepto, por elcual lo importante es la afirmación de ladiferencia.

El segundo punto es que las religiones,desde la perspectiva religiosa propiamentedicha, tienen una auto-percepción de tenerun rol que contribuye para favorcer losDerechos Humanos. Hay una frase muyinteresante de un teólogo reformado lla-mado John Rick, que dice que todas lasreligiones, desde el punto de vista de laverdad, son iguales. Tanto unas como lasotras formaron seres humanos buenos omalos. Si somos religiosos y asumimos lacausa ecuménica, tenemos que asumir que

el ecumenismo significa transformar latierra en un lugar habitable, por lo tanto,tenemos que luchar por los DHESCA.

Pasando para el tercer punto: son criteriospara pensar sobre cómo las religionespueden contribuir para implementar losDHESCA y cómo el ecumenismo, en parti-cular, puede contribuir en favor de losDerechos Humanos – que al final de cuen-tas emergen de la propia percepción delecumenismo. El ecumenismo, en la pers-pectiva histórica, construída a partir delConsejo Mundial de Iglesias (CMI), tienetres dimensiones: la búsqueda de la uni-dad en favor de la justicia, en favor de lapaz y finalmente, en favor de la integridadde la creación.

Las dimensiones del ecumenismo y delmodo de existir de las comunidades reli-giosas, nos permite pensar en algunoscriterios. Un criterio sumamente relevantedentro de ese contexto es, sin duda, lacuestión de los derechos de los pobres.Los Derechos Humanos sólo se hacenefectivos, si se reconocen y se conquistanlos derechos de los pobres. Es inútilhablar de derechos económicos, sociales,culturales y ambientales si no seimplementan los derechos de los pobres,en esos campos.

Otro criterio, igualmente importante, es elrelacionado con la atención de las genera-ciones futuras. No es posible pensar enuna práctica que transforme el mundo enalgo habitable, si no se asegura la existen-cia de las generaciones futuras, con todoslos derechos necesarios para ese fin.

No hay Derechos Humanos si no existe elreconocimiento y el respeto a la diversi-dad religiosa. Sin diálogo interreligioso,los DHESCA no se harán efectivos. Hoy endía, el discurso de los Estados Unidos esel siguiente: “precisamos dar atención alas religiones, y precisamos hacer estoporque, sin duda, las religiones se puedenconstituir en un instrumento del terror”.Es necesario estar atentos a tal discursoy pensar en cómo nos podemos plantearcríticamente en relación a la necesidadde la seguridad humana en el mundo yno de la construcción de la seguridadinterna de los Estados Unidos. La seguri-dad humana que nos permitirá tener unmundo donde todas y todos respetenmucho más los Derechos Humanos, envez de un mundo donde se quiera contro-lar el terror.

Lea más en www.projornada.org.br

Page 14: jornal redes - 3a. Jornada A - remne.metodista.org.brremne.metodista.org.br/download/33/Jornadas2DecumEAnicas2Epdf.pdf · Brasil Arnulfo Alves B. Filho / DIACONIA, Brasil Fernando

16 3a Jornada Ecumênica

REDES

Paulo Ayres MattosBISPO DA IGREJA METODISTA NO BRASIL, PRESIDENTE

DE KOINONIA

As manifestações e os sinais de como a reli-gião pode ser instrumento de perversidade,divisão, injustiça e egocentrismo, demons-tram os seus aspectos mais sombrios. Nósdevemos estar conscientes de que o cristia-nismo tem contribuído em muitas épocas eem muitos lugares, para promover não avida, mas a morte. Nós não temos as nossasmãos limpas do sangue de inocentes.

Temos aqui, presentes entre nós, afro-des-cendentes. Portanto, não é demais pedirperdão por aquilo que fizeram os nossosantepassados e por aquilo que nós fazemos,ainda em nossos dias.

Há um aspecto nas religiões, exatamente aocontrário dessa dimensão de perversidade.Nas suas origens as religiões surgiram, têmsurgido e têm se mantido, para trazer signi-ficado, sentido, valor e importância à vida.Para nos ajudar a construir o bem comum,relações que possam ser motivo de vida, dealegria, de esperança; indicando caminhos,para construirmos um mundo melhor, ummundo diferente e que é possível.

Como respeitar as diferenças de nossos ir-mãos e irmãs? Cada religião, no diálogoreligioso, tem que ser respeitada em si mes-mo, porque cada religião tem uma maneiramuito particular de se aproximar do sagra-

do. Há todo um rito, uma maneira de seaproximar. E se faço atalho, não tem jeito,não acontece nada.

Queremos compartilhar alegria, esperançae justiça. E não queremos apenas para nós,porque nós não podemos ser felizes sozi-nhos. Porque se houver alguém ao meulado que é infeliz e eu sou insensível a suainfelicidade, como é que eu posso ser feliz?Somos chamados a reconhecer nossas dife-renças e juntá-las para podermos trabalharjuntos.

O nosso calcanhar de Aquiles, na AméricaLatina e no Caribe, passa por dois pontos:primeiro pela questão da etnia, pois nósachamos que resolvendo os problemas soci-ais e políticos, as negras e negros, terão na-turalmente sua situação de injustiça corrigi-da. Ledo engano. O racismo está dentro decada um de nós e às vezes somos racistas deuma maneira que não percebemos.

A segunda questão, que vem junto à ques-tão da etnia, é a questão de gênero. Nãoadianta fazermos um “grupinho” só de mu-lheres aqui nesta Jornada, para tratar demulheres, como se o problema de gênerofosse um problema das mulheres. Problemade gênero é problema de homem! Quandotrabalhamos a questão de gênero, trabalha-mos a questão de etnia, porque racismo emachismo estão presentes em todo os luga-res, em cada “cantinho” da nossa socieda-de, a começar pelas igrejas.

PAINÉIS / / / / / TTTTTardeardeardeardearde,,,,, 13 de outubro 13 de outubro 13 de outubro 13 de outubro 13 de outubro PANELES / / / / / TTTTTardeardeardeardearde,,,,, 13 de outubre 13 de outubre 13 de outubre 13 de outubre 13 de outubre

Paulo Ayres MattosOBISPO DE LA IGLESIA METODISTA DEL BRASIL,PRESIDENTE DE KOINONIA

Las manifestaciones y señales de cómo lareligión puede ser un instrumento de laperversidad, la división, la injusticia y elegocentrismo, demuestran sus aspectosmás sombríos. Tenemos que estarconcientes de que el cristianismo ha con-tribuido en muchas épocas y en muchoslugares, para promover más la muerte quela vida. Nuestras manos no están limpiasde la sangre de los inocentes.

Tenemos aqui presentes entre nosotros aafro-descendientes. Por lo tanto, no estádemás pedir perdón por lo que hicieronnuestros antepasados y por lo que aunhacemos en nuestros días.

Hay un aspecto de las religiones, por otrolado, que manifiesta exactamente lo con-trario a esa dimensión de la perversidad.En sus orígenes, las religiones surgieron,han surgido y se han mantenido para darlesignificado, sentido, valor e importancia ala vida. Para ayudarnos a construir el biencomún, así como para establecer relacio-nes que puedan ser motivo de vida, dealegría, de esperanza - indicando caminos,para construir un mundo mejor, un mundodiferente y que esto es posible.

¿Cómo respetar las diferencias con nues-tros hermanos y hermanas? Dentro deldiálogo religioso, cada religión tiene queser respetada en sí misma, porque cadauna tiene una manera muy particular deaproximarse a lo sagrado. Hay todo unrito, una forma de aproximarse. Y si tomoun atajo, no hay modo, no sucede nada.

Queremos compartir alegría, esperanza yjusticia. Y esto no lo queremos apenas paranosotros, porque no podemos ser felicessolos. Porque si alguien a mi lado estáinfeliz y yo soy insensible a su infelicidad,¿cómo es que puedo ser feliz? Somosllamados a reconocer nuestras diferenciasy a juntarlas para poder trabajar juntos.

Nuestro talón de Aquiles, en AméricaLatina y el Caribe, pasa por dos puntosprincipales: primero, por la cuestión de la

etnia, pues nosotros creemos que resol-viendo los problemas sociales y políticos,las negras y negros tendrán, naturalmente,su situación de injusticia corregida. Eso esun error. El racismo está dentro de cadauno de nosotros y a veces somos racistasde una manera que no nos damos cuenta.

La segunda cuestión, que viene junto alproblema de la etnia, es lo relativo algénero. No podemos hacer un “grupito”sólo de mujeres aquí en esta Jornada,para tratar de mujeres, como si el proble-ma de género fuese un problema apenasde mujeres. ¡El problema de género esproblema del hombre! Cuando trabaja-mos la cuestión de género, trabajamos lacuestión de la etnia, porque el racismo esmachismo y está presente en todos loslugares, en cada “rincón” de nuestra so-ciedad, comenzando por las iglesias.

A continuación tendremos dos testimonios:el primero, de nuestra hermana ObispaNélida Ritchie, de la Iglesia Metodista de laArgentina, una de las primeras elegidaspara ese rango en América Latina. La ObispaNélida Ritchie nos va a hablar a todos noso-tros, a partir de una experiencia sobre eltema género. El segundo testimonio es denuestro hermano Ordep Serra, que formaparte del liderazgo de la Casa Branca, enSalvador, Bahía. Alguien puede preguntar:¿Por qué el Candomblé está aquí? Bueno,¡Porque nosotros estamos haciendo unadiscriminación positiva! ¿Pero, qué signifi-ca una discriminación positiva? Discrimi-nar positivamente el Candomblé, significacolocarlo en evidencia y reconocer que éstaes una cuestión latente en nuestras comuni-dades de Fé y que tenemos que enfrentarlade pecho abierto y con todo coraje.

Nélida RitchieOBISPA DE LA IGLESIA METODISTA DE LA ARGENTI-NA, DELEGADA A LA 9ª ASAMBLEA DEL CONSEJO

MUNDIAL DE IGLESIAS (CMI)

Me gustaría de hablar de solidaridad, justi-cia y paz, como mujer y mujer pastora. Ytambién, cumpliendo la función de unainstitución de la iglesia, la de ser Obispa,muchas veces pensada a partir de una visión

Partilha de Experiências de Solidariedade, Justiça e PazIntercambio de Experiencias de Solidaridad, Justicia y Paz

Page 15: jornal redes - 3a. Jornada A - remne.metodista.org.brremne.metodista.org.br/download/33/Jornadas2DecumEAnicas2Epdf.pdf · Brasil Arnulfo Alves B. Filho / DIACONIA, Brasil Fernando

3a Jornada Ecumênica 17REDES

A seguir, teremos dois testemunhos: o pri-meiro, da nossa irmã, Bispa Nélida Ritchie,da Igreja Metodista da Argentina e uma dasprimeiras bispas eleitas na América Latina.A Bispa Nélida Ritchie vai falar a todos nós,partir de uma experiência de gênero. O se-gundo testemunho é do nosso irmão OrdepSerra, que é da liderança da Casa Branca,em Salvador, Bahia. Alguém pode pergun-tar: Por que o Candomblé está aqui? Ora,porque nós estamos fazendo uma discrimi-nação positiva! Mas o que é uma discrimi-nação positiva? Discriminar positivamente ocandomblé, significa colocá-lo em evidênciae reconhecermos que esta é uma questãolatente nas nossas comunidades de fé e quetemos de enfrentá-la de peito aberto e comtoda coragem.

Nélida Ritchie

BISPA DA IGREJA METODISTA DA ARGENTINA,DELEGADA À 9ª ASSEMBLÉIA DO CONSELHO MUNDIAL

DE IGREJAS (CMI)

Eu gostaria de falar de solidariedade, justiçae paz, como mulher e mulher pastora. Etambém, cumprindo a função de uma insti-tuição da igreja, o de ser bispa, muitas vezespensada a partir de uma visão do homem.Digo isso porque a dinâmica institucionalque muitos de nós aqui conhecemos perfei-tamente bem, foi pensada num tempo enum espaço e por pessoas que são difíceisde serem modificadas.

É uma luta contínua poder descobrir qualdessas dinâmicas respondem a uma determi-nada mentalidade e qual é a nova dinâmica,a nova proposta que esteja de acordo comuma boa noticia, que é o Evangelho de Je-sus de Nazaré, que propicie paz e solidarie-dade, mas que principalmente, tenha comoeixo a justiça.

Gostaria de recuperar aquilo que é a mensa-gem cristã dos seguidores de Jesus, que con-tinua a ser utilizada pelos poderosos e que opróprio Jesus de Nazaré profetizou ou criti-cou. Nós corremos o mesmo risco hoje, senão tivermos em mente o que levou Cristo àcruz. É importante que nós mantenhamosem nossas mentes uma crítica constante,para que a mensagem não se esvazie do seuconteúdo, como foi durante a história.

Quando buscamos assinalar as questõesmais importantes para o movimento ecu-mênico, parece que nenhuma palavra éboa, adequada. Nenhuma palavra conse-gue traduzir aquilo que queremos dizer.

Falou-se em dos grupos nesta Jornada,em se criar uma nova linguagem, porqueas palavras solidariedade, justiça e paz sãousadas por todos hoje em dia! O próprioImpério propõe uma guerra preventiva,em nome da justiça e da paz. Todas essaspalavras ficaram esvaziadas. Temos entãode reconhecer que isso aconteceu e quetemos que preencher de conteúdo essaspalavras. Não podemos permitir que se-jam roubadas de nós.

Será que estamos fazendo ou dizendo algoem função do nosso prestígio, de nosso serreligioso, de nossa interpretação pessoal?Ou realmente estamos sendo eco, comoaqueles irmãos e irmãs que nos ajudaram apensar, a reclamar através dos séculos e quechegam aos ouvidos e aos corações de cadaum de nós hoje?

Acho que esse é o tempo de recuperar ovalor e a validez dessas palavras. Essa é aminha missão. Por isso eu afirmo que cadaum de nós fala de um lugar em particular.Cada lugar em particular tem o seu limite. Apartir do que eu creio, do que eu recebo, euposso dizer alguma coisa.

Educação é mudar! É mudar os espelhos etorna-los janelas. Os espelhos me devolvema própria imagem e aquilo que eu quero ver,mas a janela me deixa ver aquilo que eunem suspeitava que existia. Creio que na fécristã, Jesus nos abriu a janela da diversida-de humana. As vozes dos diferentes preci-sam ser escutadas!

Precisamos de justiça nas relações. Mas sefalarmos de justiça, não poderemos deixarde falar da justa distribuição das riquezas.Somos hóspedes dessa criação e como hós-pedes temos de cuidar dessa terra. Essaterra que nos está hospedando como umacasa grande do mundo: “E então a justiçase entrelaçara como as redes, com a solida-riedade e a paz.”

del hombre. Digo esto porque la dinámicainstitucional que muchos de nosotros aquíconocemos perfectamente bien, fue pensadaen un tiempo y en un espacio y por perso-nas que son difíciles de ser modificadas.

Es una lucha constante poder descubrircuál de esas dinámicas responde a unadeterminada mentalidad y cuál es la nue-va dinámica, la nueva propuesta que estáde acuerdo con una buena nueva, que esel Evangelio de Jesús de Nazaré, quepropicie paz y solidaridad, pero que princi-palmente tenga como eje la justicia.

Me gustaría recuperar aquello que es elmensaje cristiano de los seguidores deJesús, que continúa a ser utilizado por lospoderosos y que el propio Jesús de Nazaréprofetizó y criticó. Corremos el mismoriesgo hoy, si no tenemos en mente lo quellevó Cristo a la cruz. Es importante quemantengamos en nuestras mentes unacrítica constante, para que el mensaje nopierda su contenido, como sucedió durantela historia.

Cuando buscamos indicar las cuestionesmás importantes para el movimiento ecu-ménico, parece que ninguna palabra esbuena, adecuada. Ninguna palabra consiguetraducir aquello que queremos decir. Sehabló en dos grupos en esta Jornada, encrear un nuevo lenguaje, ¡porque las pala-bras solidaridad, justicia y paz son usadaspor todos hoy en día! El propio Imperiopropone una guerra preventiva, en nombrede la justicia y de la paz. Todas esas pala-bras quedaron vacías. Tenemos entoncesque reconocer que eso sucede y que tene-mos que llenar de contenido esas palabras.No podemos permitir que nos las roben.

¿Será que estamos haciendo o diciendoalgo en función de nuestro prestigio, denuestro ser religioso, de nuestra interpre-tación personal? ¿O realmente estamossiendo eco, como aquellos hermanos y

hermanas que nos ayudaron a pensar, areclamar a través de los siglos y que hoyllegan a los oídos y a los corazones decada uno de nosotros?

Me parece que este es el tiempo de recu-perar el valor y la validez de esas palabras.Esta es mi misión. Por eso yo afirmo quecada uno de nosotros habla de un lugar enparticular. Cada lugar en particular tiene sulímite. A partir de lo que yo creo, de lo queyo recibo, yo puedo decir alguna cosa.

¡Educación es cambiar! Es cambiar losespejos y convertirlos en ventanas. Losespejos me devuelven mi propia imagen yaquello que yo quiero ver, pero la ventaname deja ver aquello que yo ni sospechabaque existía. Creo que en la Fé cristiana,Jesús nos abrió la ventana de la diversidadhumana. ¡Las voces de los diferentes nece-sitan ser escuchadas!

Necesitamos justicia en las relaciones. Perosi hablamos de justicia, no podremos dejarde hablar de la justa distribución de lasriquezas. Somos huéspedes de esa creacióny como huéspedes tenemos que cuidar deesta tierra. Esta tierra que nos está hospe-dando como una casa grande del mundo:“Y entonces la justicia se entrelazaracomo las redes, con la solidaridad e y paz.”

Ordep SerraDOCTOR EN ANTROPOLOGÍA, OGAN Y LÍDER RELIGIOSO

DE LA CASA BRANCA, SALVADOR, BAHÍA, BRASIL.

Voy hablar de la ética del candomblé, delos principios que nos rigen. Comienzo conel lema de mi casa, que es adoptado portodo pueblo de santo. Es un pequeño poe-ma que fue encontrado escrito en Yoruba,por uno de nuestros antepasados, en unode los santuarios de la Casa Branca:“Aquel que hace el bien, hace el bien a simismo. Aquel que hace el mal, hace elmal a si mismo. Si tu conciencia es clara,la mosca mala enviada por el mal, no tehará mal”. La mosca mala es el símbolodel proyecto maligno, de la intenciónmaliciosa, de lo que se hace con malicia.Es en eso que creemos. No hay otra mane-ra de hacer el bien a si mismo, si no, ha-ciendo el bien a los otros.

Nuestra espiritualidad no es individualista.Yo no puedo festejar, venerar, celebrar misorichas solo, trancado en un rincón, sincompartir. Un ejemplo es la comida quepreparamos para lo sagrado. Voy a contar-les una historia para ilustrar esto, queme la contó una gran Ialoricha1, de los más

Page 16: jornal redes - 3a. Jornada A - remne.metodista.org.brremne.metodista.org.br/download/33/Jornadas2DecumEAnicas2Epdf.pdf · Brasil Arnulfo Alves B. Filho / DIACONIA, Brasil Fernando

18 3a Jornada Ecumênica

REDES

Ordep SerraDOUTOR EM ANTROPOLOGIA, OGAN E LÍDER

RELIGIOSO DA CASA BRANCA / SALVADOR/BAHIA/BRASIL

Vou falar da ética do candomblé, dos princí-pios que nos regem. Começo com o lema daminha casa, mas que é adotado por todopovo de santo. É um pequeno poema que foiencontrado escrito em Yorubá, por um dosnossos antepassados, em um dos santuáriosda Casa Branca: “Aquele que faz o bem, fazo bem a si mesmo. Aquele faz o mal, faz omal a si mesmo. Se tua consciência é clara, amosca má enviada pelo mal, não fará mal”.A mosca má é o símbolo do projeto malig-no, da intenção maliciosa do que se faz commalícia. É nisso que acreditamos. Não háoutra maneira de fazer o bem a si mesmo, senão, fazendo o bem aos outros.

A nossa espiritualidade não é individualista.Eu não posso festejar, cultuar, celebrar osmeus orixás sozinho, trancado num canto,sem repartir. Um exemplo é a comida do sa-grado que preparamos. Vou lhes contar umahistória para ilustrar isso, uma coisa que mefoi contada por uma grande Ialorixá, dosmais respeitados templos da Bahia. Seu ter-reiro é consagrado a Xangô, que é o senhorda justiça, um rei muito poderoso, alegre eapaixonado. Ele tem a comida predileta queoferecemos para agradá-lo, chamada deAmalá, muito gostosa. Um dia, ofereceram aXangô o Amalá, numa quarta-feira, que é odia dele e ele recusou. Repetiram duas, trêsvezes e ele recusou. Até que ele veio explicarporque recusava, dizendo: “aqui só tem gen-te do terreiro, não há ninguém de fora paracomer o Amalá comigo. Vá à rua e pegueoutras pessoas de fora da casa, os primeirosque passarem, e traga, se não eu não aceito aoferenda. Pois eu sou o rei de justiça, eu nãocomo sozinho”. Se você faz a comida só parasua casa, ela não é sagrada. Essa é a idéia quetemos de justiça e de solidariedade.

Quando falamos de justiça, lembramos logode Xangô, senhor da justiça, um rei apaixo-nado. Quando falamos em paz, lembramosde Oxalá, orixá criador de toda vida na ter-ra. Quando falamos em solidariedade lem-bramos de Iemanjá, que adota todas as cri-anças, os seus filhos e os alheios. Pensamosnesses três orixás, juntos e não separadosum do outro.

Não há paz com desigualdade, com injusti-ça, com corrupção. Isso não é paz. A paz ésuave mas também ardente, tem fogo dentrode si, fogo da justiça. Exige a repartição.Paz, só com solidariedade, com a vitóriasobre a discriminação. A paz é a paz que

caminha com os pés da justiça, pela trilhada solidariedade. Isso é paz.

Xangô é um dos patronos da minha casa edeixou lá uma regra extraordinariamentecuriosa, uma espécie de discriminação posi-tiva: os altos postos da minha casa só po-dem ser ocupados por mulheres. E essa éuma regra dada por um orixá masculino!Lá, as mulheres mandam e tem dado muitocerto! Os homens se sentem mais masculi-nos quando reconhecem a grandeza dasmulheres. O criador para nós, é tão masculi-no quanto feminino.

Perdoem-me irmãs e irmãos cristãos, masnão foram vocês os pioneiros do ecumenis-mo no Brasil, fomos nós, os afro-brasileiros!Nunca vocês encontrarão uma Ialorixá, umBabalorixá que se considerem proprietáriosde Deus, donos exclusivos da verdade e dareligião. Quem disser isto, já se afastou dareligião.

Abraçar os outros não significa desistir deser o que somos, de nossa identidade. So-mos negros, Nagôs, Guetos, Ijexás, Congos,Angola, Jejes, e nos orgulhamos de conser-var a beleza de nossas tradições. Mas elanão nos impede de abraçar a todos os nos-sos irmãos e irmãs.

Não temam comer comida consagrada pelosnossos ritos. Não temam cantar e dançarconosco. Lembro-me de ter lido no livro sa-grado que o rei Davi foi ridicularizado por-que dançava para o seu Deus. Pensem nissoquando nos virem dançando e cantandopara nosso Deus, para nossos antepassados.

Temos uma palavra que é a síntese da nossareligião, que é Axé. Axé, para nós é a forçaque vem de Deus através dos orixás e man-tém a vida no mundo. Na linguagem de vo-cês, deve ser graça divina. Mas nós temosuma teoria da graça divina, uma teoria doaxé. O axé só se conserva quando se distri-bui, nós não podemos receber o axé eguardá-lo. Eu só vou ter meu axé quandoeu o distribuir. É por isso que eu terminodizendo: Axé para vocês todos!

Leia mais em www.projornada.org.br

respetados templos de Bahía. Su terreiro1

está consagrado a Xangô, que es el señorde la justicia, un rey muy poderoso, alegre yapasionado. Èl recibe su comida predilecta,que se la ofrecemos para agradarlo, y quese llama Amalá, muy sabrosa. Un día, leofrecieron a Xangô el Amalá – era un díamiércoles, que es su día - y él lo rechazó.Repitieron la comida, dos, tres veces y el larechazó. Finalmente, él vino a explicar elpor qué la rechazaba y dijo: “aquí sólo haygente del terreiro, no hay nadie de afuerapara comer el Amalá conmigo. Vayan a lacalle y traigan otras personas de afuera, losprimeros que pasen, si no yo no acepto laoferta. Yo soy el rey de la justicia, y no comosolo”. Si usted hace la comida apenas parasu casa, ella no es sagrada. Esta es la ideaque tenemos de justicia y de solidaridad.

Cuando hablamos de justicia, inmediata-mente nos acordamos de Xangô, el señorde la justicia, un rey apasionado. Cuandohablamos de Paz, no acordamos de Oxalá,el oricha creador de toda la vida en laTierra. Cuando hablamos de solidaridad,nos acordamos de Yemanya, que adoptatodos los niños, sus hijos y los ajenos.Nosotrso pensamos en esos tres orichas,juntos, y no separados uno del otro.

No hay paz con desigualdad, con injusticia,con corrupción. Eso no es paz. La paz essuave pero también es ardiente; tienefuego dentro de sí, fuego de justicia. Exigeque haya repartición. Paz, solamente seconsigue con la solidaridad, con la victoriasobre la discriminación. La Paz es la Pazque camina con los pies de la justicia, porla ruta de la solidaridad. Eso es la Paz.

Xangô es uno de los patronos de mi casa ynos dejó una regla extraordinariamentecuriosa, una especie de discriminación posi-tiva: los altos puestos de mi casa sólo pue-den ser ocupados por mujeres. ¡Y esta esuna regla determinada por un oricha mascu-lino! ¡Allá, las mujeres mandan y siempre lo

han hecho muy bien! Los hombres sesienten más masculinos cuando reconocenla grandeza de las mujeres. El creador paranosotros, es tan masculino como femenino.

¡Perdónenme hermanas y hermanos cristia-nos, pero los pioneros del ecumenismo en elBrasil no fueron ustedes, fuimos nosotros,los afro-brasileños! Ustedes nunca van aencontrar una Ialorixá o un Babalorixá3 quese considere propietario de Dios, dueñoexclusivo de la verdad y de la religión. Quiendiga esto, ya se apartó de la religión.

Abrazar a los otros no significa desistir deser lo que somos, de nuestra identidad.Somos negros, Nagós, Ketos, Iyexás, Congos,Angolas, Yeyes, y nos sentimos orgullosospor conservar la belleza de nuestras tradi-ciones. Pero éstas no nos impiden de abra-zar a todos nuestros hermanos y hermanas.

No teman comer comida consagrada pornuestros ritos. No teman cantar y danzar connosotros. Me acuerdo que leí en el librosagrado, que el rey David fue ridiculizadoporque bailaba para su Dios. Piensen en esocuando nos vean bailando y cantando paranuestro Dios, para nuestros antepasados.

Tenemos una palabra que es la síntesis denuestra religión. Esa palabra es el Axé4. ElAxé, para nosotros, es la fuerza que vienede Dios a través de los orichas y mantienela vida en el mundo. En el lenguaje deustedes, debe ser la gracia divina. Peronosotros tenemos una teoría de la graciadivina, una teoría del Axé. El Axé sólo seconserva cuando se distribuye, nosotros nopodemos recibir el Axé y guardarlo. Yo solovoy a tener mi Axé cuando lo distribuya. Espor eso que yo termino diciendo: ¡Axé paratodos ustedes!

Lea más en www.projornada.org.br

Page 17: jornal redes - 3a. Jornada A - remne.metodista.org.brremne.metodista.org.br/download/33/Jornadas2DecumEAnicas2Epdf.pdf · Brasil Arnulfo Alves B. Filho / DIACONIA, Brasil Fernando

3a Jornada Ecumênica 19REDES

Minha história com a Jornada Ecumênica éantiga. Tive o privilégio de participar da or-ganização da primeira, em 1994. Era sonhode gente que viu o movimento ecumênico noBrasil avançar por intermédio da Confedera-ção Evangélica do Brasil e dos grupos dejuventude estudantis e das igrejas evangéli-cas e católica. Depois do sufoco da repressãomilitar nos anos 1960, da desestabilização (enão morte!) nos anos de 1970, surge com umnovo rosto e com mais força a partir dosanos 1980.

A 1ª Jornada significou a renovação do com-promisso de tanto tempo e da resistência pelacausa ecumênica, de refazer os laços e vínculosreconstruídos. Na 2ª Jornada, já em São Paulo,como professora da Faculdade de Teologia daIgreja Metodista, não pude participar pois no-vas tarefas me levaram à Amazônia no mesmo

Quem esteve lá? / Quién estuvo allá?

Mi historia con la Jornada Ecuménicaes antigua. Tuve el privilegio de participaren la organización de la primera, en 1994.Era el sueño de personas que vieronavanzar el movimiento ecuménico deBrasil, por intermedio de la Confede-ración Evangélica del Brasil y de los gru-pos de juventud estudiantil y de lasiglesias evangélicas y católica. Despuésdel acoso de la represión militar en losaños 60, de la desestabili-zación (¡Y node la muerte!) de los años 70, revivió conun nuevo rostro y con más fuerza a partirde los años 80.

La 1ª Jornada significó la renovación delcompromiso de tanto tiempo y de laresistencia por la causa ecuménica, derehacer los lazos y vínculos reconstruidos.

En la 2ª Jornada, ya en São Paulo, comoprofesora de la Facultad de Teología de laIglesia Metodista, no pude participar puesnuevas tareas me llevaron a la Amazoniaen el mismo periodo. Este segundo

encuentro ocurrió para afirmar el primeroy proyectar nuevos pasos.

El privilegio de participar de la 3ª JornadaEcuménica fue todavía más especial, puesreanimó los sueños una vez cultivados enlas CELAs (Conferencias Evangélicas /Ecuménicas Latino-Americanas), en laIglesia y Sociedad en América Latina(ISAL) y en tantas otras conexiones quealimentaron el río que hizo el barcoecuménico continuar su curso en lastierras latinoamericanas. El hecho quehaya sido una Jornada preparatoria de la9ª Asamblea del Consejo Mundial deIglesias, la primera en América Latina, fuealgo muy significativo.

Todo lo que pudimos vivir (ver, oír ysentir) en los días que pasamos juntos enMendes: personas relacionadas con lasiglesias cristianas, personas de otrasreligiones, personas de movimientossociales, refuerzan la idea que se trabajóen la 3ª Jornada Ecuménica, en el sentidode que tenemos que crear y enfatizar lasredes, pues son ellas que sustentan elmovimiento ecuménico.

!Que vengan otras Jornadas! ¡Que lamemoria se continúe construyendo, asícomo nuevas y fuertes redes!

A 3ª Jornada Ecumênica recebeu 550 consultas de inscrição e contou com 413 participantes. Contou com signifi-cativa presença de representantes dos movimentos e organizações sociais, com uma maior presença latina ecaribenha e com o aumento de participação evangélica/protestante.

Reavivar sonhos: a vocação da Jornada Ecumênica /Revivir sueños: la vocación de la Jornada EcuménicaMagali do Nascimento CunhaLEIGA METODISTA, PROFESSORA DA FACULDADE DE

TEOLOGIA DA IM, MEMBRO DA COMISSÃO

ORGANIZADORA DA 3ª JORNADA ECUMÊNICA E DO

COMITÊ CENTRAL DO CONSELHO MUNDIAL DE

IGREJAS-CMI

Magali do Nascimento CunhaMETODISTA LEGA, PROFESORA DE LA FACULTAD

DE TEOLOGÍA DE LA IM, MIEMBRO DE LA COMISIÓN

ORGANIZADORA DE LA 3ª JORNADA ECUMÉNICA YDEL COMITÉ CENTRAL DEL CONSEJO MUNDIAL DE

IGLESIAS-CMI

período. Este segundo encontro aconteceu paraafirmar o primeiro e projetar novos passos.Oprivilégio de participar da 3ª Jornada Ecumêni-ca foi ainda mais especial, pois reavivou ossonhos uma vez semeados nas CELAs (Confe-rências Evangélicas/Ecumênicas Latino-Ameri-canas), em Igreja e Sociedade na América Lati-na (ISAL) e em tantas outras conexões quealimentaram o rio que fez o barco ecumênicocontinuar a navegar nas terras latino-america-nas. Foi muito significativo o fato de ser umaJornada preparatória para a 9ª Assembléia doConselho Mundial de Igrejas - a primeira naAmérica Latina.

Tudo o que pudemos experimentar (ver, ouvir esentir) nos dias que passamos juntos em Mendes- pessoas relacionadas às igrejas cristãs, pesso-as de outras religiões, pessoas de movimentossociais –, reforçou a idéia trabalhada na 3ª Jor-nada Ecumênica de que temos que enfatizar ecriar redes, pois são elas que sustentam o movi-mento ecumênico.

Que venham outras Jornadas! Que a memóriacontinue sendo construída, bem como novas efortes redes!

La 3ª Jornada Ecuménica recibió 550 consultas para la inscripción y tuvo la participación efectiva de 413 personas.Contó con la presencia significativa de representantes de los movimientos sociales y organiza-ciones de la sociedadcivil. Tuvo una presencia latina y caribeña mayor, así como hubo un aumento de participantes evangélicos / protestante.

GêneroGêneroGêneroGêneroGêneroMulheres – 49%Homens – 51%

Envolvimento socialEnvolvimento socialEnvolvimento socialEnvolvimento socialEnvolvimento socialMovimento social – 34%Entidade ecumênica – 30%ONGs – 13%Pastoral/ação social – 8%Sindicato – 3%Associação de moradores – 2%Partido político – 1%

Como ficou sabendo da jornadaComo ficou sabendo da jornadaComo ficou sabendo da jornadaComo ficou sabendo da jornadaComo ficou sabendo da jornadaInstituiçãoecumênica – 42%Movimento social – 16%Outros – 12%Igreja – 8%Revistas e informativo – 8%Boca a boca – 5%Universidade/seminário – 5%Mala direta – 2%

Tempo & Presença – 2%Site – 1%

Regiões do BrasilRegiões do BrasilRegiões do BrasilRegiões do BrasilRegiões do BrasilSudeste – 54%Norte/Nordeste – 37%Sul – 8%Centro-Oeste – 2%

PPPPPaísesaísesaísesaísesaísesBrasil – 369Argentina – 18Colômbia – 5Equador – 5Uruguai – 5Suíça – 3Cuba – 2Peru – 2Canadá – 1Chile – 1Guatemala – 1México – 1

IdadeIdadeIdadeIdadeIdade31 a 40 – 28%41 a 50 – 26%21 a 30 – 21%51 a 60 – 15%Mais de 61 – 8%12 a 20 – 3%

CorCorCorCorCorBranca – 39%Morena – 29%Negra – 26%Indígena – 2%Asiática – 2%

FormaçãoFormaçãoFormaçãoFormaçãoFormaçãoSuperior – 59%Ensino Médio – 20%Superior incompleto – 9%Ensino Fundamental – 6%Fundamentalincompleto – 4%Médio incompleto – 2%

Renda FRenda FRenda FRenda FRenda Familiaramiliaramiliaramiliaramiliar(em salários mínimosdo Brasil)

0 a 1 – 22%

2 e 3 – 22%4 e 5 – 19%6 a 10 – 20%mais de 10 – 9%

ReligiãoReligiãoReligiãoReligiãoReligiãoCatólica – 28%Metodista – 21%Anglicana – 9%Evangélica – 9%Candomblecista – 8%Presbiteriana – 6%Luterana – 6%Assembléia – 5%Outras – 8%

GéneroGéneroGéneroGéneroGéneroMujeres – 49%Hombres – 51%

Regiones del BrasilRegiones del BrasilRegiones del BrasilRegiones del BrasilRegiones del BrasilSudeste – 54%Norte / Noreste – 37%Sur – 8%Centro / Oeste – 2%

PPPPPaísesaísesaísesaísesaísesBrasil – 369Argentina – 18Colombia–– 5Ecuador – 5Uruguay – 5Suiza – 3Cuba – 2Perú – 2Canadá – 1Chile – 1Guatemala – 1Méjico – 1

Nivel de EscolaridadNivel de EscolaridadNivel de EscolaridadNivel de EscolaridadNivel de EscolaridadSuperior – 59%Medio – 20%Superior incompleto – 9%Básico – 6%

Tiempo & Presencia – 2%Site – 1%

EdadEdadEdadEdadEdad12 a 20 – 3%21 a 30 – 21%31 a 40 – 28%41 a 50–– 26%51 a 60 – 15%Más de 61 – 8%

ColorColorColorColorColorBlancos – 39%Morenos – 29%Negros – 26%Indígenas – 2%Asiáticos – 2%Otros – 2%

ReligiónReligiónReligiónReligiónReligiónCatólica – 28%Metodista – 21%Anglicana – 9%Evangélica – 9%Candomblé – 8%Presbiteriana – 6%Luterana – 6%Asambleana – 5%Otras – 8%

Básico incompleto – 4%Medio incompleto – 2%

Ingreso FIngreso FIngreso FIngreso FIngreso Familiaramiliaramiliaramiliaramiliar(en sueldos mínimos en Brasil)

0 a 1 – 22%2 a 3 – 22%4 a 5 – 19%6 a 10 – 20%más de 10 – 9%

Involucramiento socialInvolucramiento socialInvolucramiento socialInvolucramiento socialInvolucramiento socialMovimiento social – 34%Entidad ecuménica – 30%ONGs – 13%Pastoral / acción social – 8%Sindicato – 3%Asociación de vecinos – 2%Partido político – 1%

Cómo supo sobre la jornadaCómo supo sobre la jornadaCómo supo sobre la jornadaCómo supo sobre la jornadaCómo supo sobre la jornadaInstitución ecuménica – 42%Movimiento social – 16%Iglesia – 8%Revistas e informativos – 8%Boca a boca – 5%Universidad/seminario – 5%Lista preferencial – 2%Otros – 12%

Page 18: jornal redes - 3a. Jornada A - remne.metodista.org.brremne.metodista.org.br/download/33/Jornadas2DecumEAnicas2Epdf.pdf · Brasil Arnulfo Alves B. Filho / DIACONIA, Brasil Fernando

20 3a Jornada Ecumênica

REDES

Eliana RolembergDIRETORA EXECUTIVA DA CESE

Agradecemos em nome do FE Brasil aoCREAS – Centro Regional Ecumênico de As-sessoria e Serviço – que foi responsável pelaparticipação de jornadeiras e jornadeiros devários países latino-americanos e caribenhosnesta jornada.

Neste momento eu venho falar de um sonho.Um sonho que não é só meu. É um sonho de 413participantes desta Jornada. E neste sonho apa-recem imagens de redes, com muitas mulheres,homens, crianças, jovens, pessoas idosas, ne-gras, negros, indígenas, diferentes religiões,movimento populares, igrejas e organismos ecu-mênicos. Todos num só compromisso: realiza-ção da justiça, que é base de sustentação donosso tão almejado projeto de paz.

Amém, Axé.

Humberto ShikiyaSECRETÁRIO EXECUTIVO DO CREAS, DA ARGENTINA

Durante esses três dias enchemos nossos olhose nossos corações com essa diversidade latinoe caribenha de rostos, histórias e experiências,sentindo e refletindo sobre muitas coisas quetemos em comum. Por isso nos animamos tam-bém em redobrar nossos sonhos pela de soli-dariedade, justiça e paz, que são desafios ecompromissos que nos farão prosseguir atra-vés do cotidiano, das redes de articulaçõesque promovam a vida e a dignidade humana.

Jornadeiras e jornadeiros! Uma outra Améri-ca Latina e outro Caribe são possíveis!

REDES DE COMPROMISSOSREDES DE COMPROMISSOSREDES DE COMPROMISSOSREDES DE COMPROMISSOSREDES DE COMPROMISSOS

Ao final da 3ª Jornada Ecumênica, jornadei-ras e jornadeiros, assumiram desafios e com-promissos, visando estabelecer Redes deCompromissos, até a próxima jornada. Emsíntese são:

• Construir redes ecumênicas, abertas aodiálogo inter-religioso, indo além das religiõescristãs, incluindo as religiões afro-brasileiras eculturas indígenas, tendo como eixo a lutapelos Dhesca;

• Estabelecer uma agenda comum das açõesecumênicas na América Latina e Caribe;

• Acompanhar, fiscalizar e cobrar a implemen-tação dos investimentos relacionados à infân-cia e juventude pelos governos e suas parcerias;

• Realizar jornadas ecumênicas regionais,como desdobramento da 3ª Jornada, com re-presentação de igrejas, instituições ecumêni-cas e dos movimentos e organizações sociais,num processo de preparação da 4ª JornadaEcumênica;

• Disponibilizar com mais regularidade nosite do Projornada, as agendas das instituiçõesdo FE Brasil, dos movimentos e organizaçõespopulares, eventos, textos, estudos, perfis,endereços e articulações entre movimentos;

• Divulgar e incentivar ações afirmativas nasigrejas em relação às mulheres e aos afro-descendentes e indígenas, e promover umanova hermenêutica popular com uma lingua-gem inclusiva;

• Assumir os direitos sexuais e os direitosreprodutivos como Direitos Humanos, bus-cando uma postura solidária, que promova avisibilidade dos afetos, independente da orien-tação afetiva sexual;

• Reivindicar maior responsabilidade dosgovernantes no atendimento de qualidade aosportadores do HIV/AIDS e trabalhar por umaformação atualizada junto às igrejas, movimen-tos e organizações populares sobre esse tema;

• Denunciar e provocar discussões comprome-tidas contra a privatização da água e incenti-var intercâmbios entre os países latinos ecaribenhos, sobre questões ecológicas comuns;

• Desafiar as igrejas e instituições ecumênicaspara uma ação em favor dos movimentossociais, pelo direito a terra e à diversidade cultu-ral, dando visibilidade à construção de modelosalternativos de sociedade.

Leia mais em www.projornada.org.br

Eliana RolembergDIRECTORA EJECUTIVA DE LA CESE

Agradecemos, en nombre de FE Brasil,al CREAS – Centro Regional Ecuménicode Asesoría y Servicio – responsable porla participación de jornaleras y jornalerosde varios países latinoamericanos ycaribeños en esta jornada.

En este momento, les vengo hablar de unsueño. Un sueño que no es apenas mío. Esun sueño de 413 participantes de estaJornada. Y en este sueño aparecenimágenes de redes, con muchas mujeres,hombres, niños, jóvenes, personas mayores,negras, negros, indígenas, diferentesreligiones, movimientos populares, iglesiasy organismos ecuménicos. Todos en unsolo compromiso: la efectivación de lajusticia, que es la base de sustentación denuestro tan deseado proyecto de paz.

Amén, Axé.

Humberto ShikiyaSECRETARIO EJECUTIVO DEL CREAS, DE ARGENTINA

Durante estos tres días hemos llenadonuestros ojos y nuestros corazones conesa diversidad latina y caribeña de rostros,historias y experiencias, sintiendo yreflexionando sobre muchas cosas quetenemos en común. Por eso nos anima-mos, también, en redoblar nuestrossueños de solidaridad, justicia y paz, queson desafÌos y compromisos que nosharán proseguir a través de lo cotidianode las redes de articulaciones quepromuevan la vida y la dignidad humana.

¡Jornaleras y jornaleros! Una otra Améri-ca Latina y otro Caribe son posibles!

REDES DE COMPROMISOSREDES DE COMPROMISOSREDES DE COMPROMISOSREDES DE COMPROMISOSREDES DE COMPROMISOS

Al final de la 3ª Jornada Ecuménica,jornaleras y jornaleros asumieron desafÌosy compromisos, con miras a establecerRedes de Compromisos, hasta la próximajornada. En síntesis son:

• Construir redes ecuménicas, abiertasal diálogo interreligioso, yendo más alláde las religiones cristianas, incluyendolas religiones afro-brasileñas y culturasindígenas, teniendo como eje la lucha porlos DHESCA;

• Establecer una agenda común de lasacciones ecuménicas en la América Latinay Caribe;

• Acompañar, fiscalizar y cobrar laimplementación de las inversiones relacio-nadas a la infancia y juventud por losgobiernos y sus aparceros;

• Realizar jornadas ecuménicas regiona-les, como desdoblamiento de la 3ª Jornada,con representación de iglesias, institucio-nes ecuménicas y de los movimientos yorganizaciones sociales, en un proceso depreparación de la 4ª Jornada Ecuménica;

• Divulgar con más regularidad en el sitedel Pro jornada, las agendas de las insti-tuciones del FE Brasil, de los movimientosy organizaciones populares, eventos, textos,estudios, perfiles, direcciones y articula-ciones entre movimientos;

• Divulgar e incentivar acciones afirmati-vas en las iglesias en relación a lasmujeres y a los afro-descendientes, e indí-genas, y promover su nueva hermenéuticapopular con un lenguaje inclusivo;

• Asumir los derechos sexuales y los dere-chos reproductivos como Derechos Humanos,buscando una postura solidaria, que promuevala visibilidad de los afectos, independiente dela orientación afectiva sexual;

• Reivindicar mayor responsabilidad delos gobernantes en el atendimiento decualidad a los portadores del VIH / SIDA ytrabajar por una formación actualizadajunto a las iglesias, movimientos yorganizaciones populares sobre ese tema;

• Denunciar y provocar discusiones com-prometidas contra la privatización del aguae incentivar intercambios entre los paíseslatinos y caribeños, sobre cuestiones ecoló-gicas comunes;

• Desafiar a las iglesias e institucionesecuménicas para una acción en favor delos movimientos sociales, por el derecho ala tierra y la diversidad cultural, dandovisibilidad a la construcción de modelosalternativos de sociedad.

Lea más en www.projornada.org.br

Redes humanas, divina unidade /Redes humanas, divina unidad

FALAS DE ENVIO PELO FE BRASIL / Manhã, 15 de outubro PALABRAS DE ENVÍO POR FE BRASIL / Mañana, 15 de octubre

Page 19: jornal redes - 3a. Jornada A - remne.metodista.org.brremne.metodista.org.br/download/33/Jornadas2DecumEAnicas2Epdf.pdf · Brasil Arnulfo Alves B. Filho / DIACONIA, Brasil Fernando

Participantes Maria das Graças MarçalMaria de Lourdes da SilvaMaria de Lourdes PaivaMaria del Pilar Gallo PeñalozaMaria do Rosário dos Santos OliveiraMaria do Socorro Felix da SilvaMaria Elizabeth Santos TeixeiraMaria Eugenia Madi HannuchMaria Haydée Gonçalves DiasMaria Helena de Melo BeltrameMaria Inêz de Lima MörtlMaria Lúcia Silva MenezesMaria PalmaMaria Priscila Lisa das ChagasMaria Rosina Borges da SilvaMaria Sol Santos Alves IulianelliMarilia Alves SchüllerMarinalva Ventura de AlmeidaMark HathawayMarlene Silveira CarvalhoMarlete CastroMarta Isabel do NascimentoMarta PalmaMateo MedinaMatilde dos Santos DealdinaMaurício José Araújo de AndradeMaurinete Lins dos SantosMayra Lisceth Rodríguez CastroMiguel Ginard ArbonaMiguel SartoreMilton MejiaMiriam Naranjo AlonsoMoisés Brito de LimaMurilo de Melo ReisNadir de Sousa Bitencourt PintoNatalisman da Silva CamposNeide da SilvaNeide Pereira da FonsecaNélida RitchieNélio Simoa NunesNelson GomesNeusa TetznerNils Erik AndersenNoeli Gomes dos SantosOdete Barbosa dos SantosOrdep SerraOrlando Francisco da SilvaOseas Raubust VilagranPatrícia MenuttiPatrícia Regina Moreira MarquesPaula de Oliveira e SousaPaulo Ayres MattosPaulo Henrique Pereira da SilvaPedro Cadeira de AraújoPergentina de Alcântara Vilarim MouraPriscila Quintela GomesPriscila Vidal da CruzRafael da Silva FrançaRafael Goto SilvaRafael Soares de OliveiraRafaela Aline França dos Santos VianaRafaela da Silva RosaRailda de Assis JordãoRailda Silva de SalesRaimundo Cesar Barreto Jr.Rainer de Sá Marcelino da SilvaRaphael Simonato de OliveiraRaquel Betânia Pinheiro CostaRaquel Maria de CamargoRaul Amorim PiresRaúl Suárez RamosRegina da Silva FerreiraRegina Roque da SilvaRicardo A.E.MaioliniRicardo de Oliveira SouzaRicardo Pedro da Silva

Richarlls MartinsRisonha Freire dos SantosRita Vilela de Calais RochaRivaldo Roverlan da SilvaRodrigo VieiraRogério Raimundo R. BordóRolf SchünemmanRomero Falcão MenezesRonaldo CostaRosa de Lourdes dos SantosRosa dos Santos DealdinaRosa Eugenia Lima PeraltaRosana Maria Moraes FernandesRosane Sousa de SantanaRosangela Aparecida TalibRosangela Valeriano RosaRoseane Brito da SilvaRosinda da SIlva MirandaRoy Duarte de OliveiraRuben David PetcoffRuby E.R.de EtchegoyenRui Leopoldo BernhardRute Noemi da Silva SouzaRutelene Rita dos SantosRuth Miriam Figur MesserSabrina Nunes BollaSalatiel Brandão dos SantosSamuel Vicente Carpio MindaSandra Cristina Lima da SilvaSandra Maria Correia de AndradeSenia Pilco TariraSérgio Alves da SilvaSérgio Luiz BonatoSérgio Prates LimaSeverina Félix da SilvaSeverino Gomes da SilvaSilas MoraesSilvania Francisca de JesusSilvia Dainá Ferreira MessiasSíntia Verônica dos Santos NerySolange Simonato de OliveiraSonia Rosa FariaStanley da Silva MoraesSueli Martins MirandaSuzete de Paiva LimaSylvia LenzTadeu LimaTaís Fátima Moreti de Oliveira NevesTamoni de Oliveira SouzaTatyane AlvesTércio Bretanha JunkerTércio Paulo de AlmeidaTheresinha Dantas de MenezesTheresinha Souza do ValleThiago Assis dos SantosThiago Guimarães AzevedoThiago Luis da SilvaThiago Pereira NascimentoThomas Salmeron MaiorinoValéria Alves da SilvaVandete dos SantosVânia Tatiane da Silva SantosVera Lúcia Almeida DaltroVeronica MelanderViviane de Jesus Salgado da SilvaWaldyr HoffmannWallace PestanaWalter Paulino de LimaWelinton Pereira da SilvaWesley Adriano Martins DouradoWiderlan Balbino do NascimentoZwinglio Dias

Adahyr CruzAdelson Correia ConceiçãoAdemar Fagundes VieiraAdolfo Ignacio CalderónAdriana D´AgataAdriana Moraes de AlmeidaAdriana SoaresAilton Lourenço MachadoAlaide Roseno da CostaAlba Regina D´AlmeidaAlda Sales GuimarãesAldo EtchegoyenAlessandro Telles Santos DiasAlÍtuza Gomes LeiteAlex Jones Oliveira SilvaAlex Vidal de OliveiraAlexandre Santos SilvaAlexssander Cardoso de SiqueiraAlmir dos SantosAna Aparecida de Paula SantosAna Beatriz de Oliveira TorresAna Claudia Francisca SantanaAna Cleusa Silva CruzAna Eloisa Ribeiro SantanaAna Emília Martins GualbertoAna Ligia LimaAna Lúcia dos Santos AlvesAna Mary de Jesus dos SantosAna Paula NunesAna Raquel Santos Alves IulianelliAnanias OliveiraAndré Luiz de Souza TellesAndré Luiz Silva da CruzAndréa Carvalho de OliveiraAndreia TakeutiAngela Vichmayer GaudencioAnivaldo Pereira PadilhaAntonio Carlos Soares dos SantosAntonio Coelho PereiraAntônio Dimas GalvãoAntonio José Pereira de OliveiraAntonio Salvador CoelhoAparecido Alves de SouzaAriclenes Guilherme da SilvaArmindo KlumbArnulfo Alves Barbosa FilhoAtílio Luca Santos Alves IulianelliAurea Brandão dos SantosBartolomeu Clemente dos SantosBento Paulo de SouzaBianca Beltrame NogueiraCaio Fernando Gualberto Passos LimaCarlos Alberto Correia da CunhaCarlos Alfredo Duarte VoelkerCarlos Bomfim FerreiraCarlos Fernandes da SilvaCarlos Lisandro OrlovCarlos Novaes de SouzaCarmen Barreto LopesCarmen Etel Alves GomesCélia Ferreira da SilvaCelia Ferreira do NascimentoCesar Roberto de Vasconcellos Lapa

Christina Takatsu WinnischoferCinara Carmem dos SantosCíntia Maria da SilvaClaudemiro Godoy do NascimentoCláudio Giovani BeckerCleber Lizardo AssisCleusa MarfimCarlos Novaes de SouzaDan Gonzalez OrtegaDaniel Angel FavaroDaniel Evangelista de SouzaDaniel Simonato de OliveiraDaniela Elias dos SantosDaniela Paiva Yabeta de MoraesDanilo PradoDarlan Myllas de Souza ModestoDavid William Limo PajarDayvson José Alves Ribeiro da SilvaDeborah Batista GuterresDenise Alves MorraDevaka PremawardhanaDiego JaimesDiná da Silva BranchiniDiogo Ramon Ribeiro da SilvaDivino de Jesus da Silva RodriguesDivino Lopes da SilveiraDjalma TorresDomingas dos Santos DealdinaDoris Cardoso Prudente BertolinoEdegard Silva JúniorÉder Massakasu AonoEdielma Consuelo Bandeira da SilvaEdilson Medeiros de BarrosEdimilson Gonzaga da SilvaEdivirgem Cristina da SilvaEdmundo de Pinho FilhoEdna Thomaz RodriguesEdson Elias de MoraisEduardo Campaña MedinaEduardo CostaEduardo Dutra MachadoEduardo Faustino de SouzaEduardo Israel Morales PlatuñaElaine DietterleElenise RamosEliã Melo dos Santos BarretoEliana Belline RolembergEliana da Silva SantosEliandro Mensch BuffonEliane Batista de QueirozEliane Maria do NascimentoElias Mayer VergaraElias Pires dos SantosEliel Souza Freitas JuniorElinete Wanderley Paes MillerEliude Brandão dos SantosElmira Souza da CostaEluzinete Pereira GarciaEmerson José de OliveiraEmerson Ricardo de Brito da SilvaEmerson Sbardelotti TavaresEmerson Yoshiuki IkedaErica Furukawa

Lucia LeigaLuciano Alves de CarvalhoLuciano da Silva HonoratoLucimar Pereira NovaesLúcio Mendonça da FonsecaLuiz Carlos RamosLuz Esthela Castro RodriguezLygia SilvaMagali do Nascimento CunhaMagda Guedes PereiraManoel Conceição CorreiaManoel Francisco da SilvaManoela Mafra ViannaManuela Andrade PaivaMara Lucia Manzoni Luz

Marcelo de Azevedo BastosMarcelo Ricardo Silva dos SantosMarcia Evangelista de SouzaMarcia Pereira de AnchietaMarcio Darlan A.dos SantosMarco Antonio Castilho CarneiroMarco Antonio da Silva Souza (Markinhos)Marco Antonio Soares BatistaMarco Aurélio Anciães de LimaMarcondes Bezerra de MeloMarcos Jair EbelingMarcos Pedroso MateusMarcos Roberto Brito dos SantosMarcos Roberto ChavesMargarida RibeiroMargarida Rocha Ribeiro NovaisMaria Aparecida SilvaMaria Aparecida da SilvaMaria da Conceição Batista da SilvaMaria da Fé da Silva Viana

Erivelton Fialho BatistaEster L. L. AlmeidaEuclídea Maria DionizioEudete Maria de Santana SantosEvanaldo Izidros dos SantosEvanir Ermelinda KichEvelaine Martines BrennandFabiano dos Santos NunesFábio DarosFederico J.PaguraFernando Williman Rodriguez HerreraFlavio Augusto Borges IralaFlávio Sales de CirqueiraFrancisco de Assis da SilvaGabriel Santiago Mera

Gabriele CiprianiGeaze Fragozo de SouzaGelson Antonio PiberGérman Zárate DurierGersonice Azevedo Brandão (Ekede Sinhá)Gertraude WankeGeter Borges de SousaGilson Oliveira dos SantosGiselle Rosa Ferreira da Costa BarrosoGlauciete Santos do NascimentoGlória CoutinhoGlória Inêz CaixetaGonzalo Soria ResalaGuillermo KerberGuiomar dos Santos SouzaHector PetreccaHelena da Silva CostaHelenice de Brito da SilvaHelivete Ribeiro Pinto BezerraHoracio Mesones

Humberto Alves da CostaHumberto Martin ShikiyaHumberto Martins de OliveiraIdair Pereira TeixeiraIderaldo Luiz BeltrameInamar Corrêa de SouzaIngrid Johanna Tinajero de CarpioIro MachadoIsaac Osório dos SantosIsabel Cristina LimaIsis Fernandes do RioIsrael Batista GuerraIsrael Evangelista SantosIssaque BritoItália Maria Fernandes Pelicho da Costa

Ivaldo CorrêaIvana Cristina D. D. dos SantosIvany Fonseca AquinoJaciara Ribeiro dos SantosJanaína Felix PereiraJane Oliveira dos SantosJanete Reis do NascimentoJeison SilvanoJeronima Batista Oliveira da SilvaJéssica MoraesJoana Darc de Melo TeodosioJoão Aparecido Anunciação de LimaJoão Candido da SilvaJoão Carlos Silva de AraujoJoão Francisco dos S. EsvaelJones Talai Rosa MendesJorge Alexandre Oliveira AlvesJorge Atílio Silva IulianelliJorge CastellanosJosé Carlos Dionizio

Jorge Luiz SchmitzJosé Adriano FilhoJosé Edmilson SchineloJosé Edvânio DiasJosé Expedito de AlmeidaJosé Francisco da SilvaJosé Maurício P.A. ArrutiJosé Paulo Siqueira dos SantosJosefa Oliveira da SilvaJosenaldo Lopes da SilvaJosimar José da SilvaJosué de OliveiraJoyce Mariana Rodrigues Silva SalazarJuan Abelardo SchrindtJuan Gattinoni

Jussara Cristina Vasconcelos RêgoKarla Patrícia Rodrigues da CostaKatharina SteinnannKatia Elizabeth Simões dos SantosKeila da Silva GuimarãesKeison SilvanoLaila Cardoso Prudente BertolinoLaiza Francisca GomesLandisvaldo Ribeiro da SilvaLeda Maria Anjos SouzaLenir Maria SoaresLeonardo Alves de LimaLeroy Paul EhleLilian Conceição da SilvaLisete Espíndola CoutoLorely Del Valle de SouzaLouis Marcelo IllenseerLourdes CarbajalLourival Braz SantanaLucas Henrique de Castro

3ªJornada Ecumênica(A P(A P(A P(A P(A PARARARARARTIR DTIR DTIR DTIR DTIR DAS FICHAS DE INSCRIÇÕES PREENCHIDAS FICHAS DE INSCRIÇÕES PREENCHIDAS FICHAS DE INSCRIÇÕES PREENCHIDAS FICHAS DE INSCRIÇÕES PREENCHIDAS FICHAS DE INSCRIÇÕES PREENCHIDAS PELOS PAS PELOS PAS PELOS PAS PELOS PAS PELOS PARARARARARTICIPTICIPTICIPTICIPTICIPANTES)ANTES)ANTES)ANTES)ANTES)

(A P(A P(A P(A P(A PARARARARARTIR DE LAS FICHAS DE INSCRIPCIÓN LLENADTIR DE LAS FICHAS DE INSCRIPCIÓN LLENADTIR DE LAS FICHAS DE INSCRIPCIÓN LLENADTIR DE LAS FICHAS DE INSCRIPCIÓN LLENADTIR DE LAS FICHAS DE INSCRIPCIÓN LLENADAS POR LOS PAS POR LOS PAS POR LOS PAS POR LOS PAS POR LOS PARARARARARTICIPTICIPTICIPTICIPTICIPANTES)ANTES)ANTES)ANTES)ANTES)