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PALAVRA DO PAI Momento de oração no Cine- teatro AFIPE PÁGINA 3 Pe. Robson de Oliveira O SOFRIMENTO DA CRUZ, VISTO AOS OLHOS HUMANOS COMO FRACASSO, SE TRANSFORMOU EM COPIOSA REDENÇÃO. PÁGINA 2 NOTÍCIAS DOS MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, MATO GROSSO, TOCANTINS E DISTRITO FEDERAL AFIPE Reprodução PRÉ-SÍNODO Jovem de Trindade no Vaticano PÁGINA 6 Arquivo ABRIL 2018 ANO XXXIV Nº 04 www.redentorista.com.br Ariany de Oliveira Leite O CRUCIFICADO RESSUSCITOU! ALELUIA!

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PALAVRA DO PAI Momento de oração no Cine-teatro AFIPEPÁGINA 3

Pe. Robson de Oliveira

O SOFRIMENTO DA CRUZ, VISTO AOS OLHOS HUMANOS COMO FRACASSO, SE TRANSFORMOU EM COPIOSA REDENÇÃO. PÁGINA 2

NOTÍCIAS DOS MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, MATO GROSSO, TOCANTINS E DISTRITO FEDERAL

AFIPE

Reprodução

PRÉ-SÍNODOJovem deTrindade no VaticanoPÁGINA 6

Arquivo

ABRIL 2018ANO XXXIV Nº 04

www.redentorista.com.br

Ariany de Oliveira

Leite

O CRUCIFICADO RESSUSCITOU! ALELUIA!

PALAVRA DO PAI Momento de oração no Cine-teatro AFIPE

Pe. Robson de Oliveira

NOTÍCIAS DOS MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, MATO GROSSO, TOCANTINS E DISTRITO FEDERAL ABRIL 2018ANO XXXIV Nº 04

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PROVINCIAL: Pe. Robson de Oliveira, C.Ss.R. CONSELHO PROVINCIAL: Pe. Paulo C. Nunes, Pe. Elismar, Pe. Domingos e Pe. João OtávioJORNALISTA RESPONSÁVEL: Pe. Rafael Vieira da Silva, C.Ss.R. / GO 01078JPREDATOR: Pe. Maurício Brandolize, C.Ss.R.E-MAIL: [email protected]ÇÃO: Marcia Lezita Silveira – REVISÃO: Divina Mª de Queiroz e Eurípedes A. dos Santos

Publicação do Centro de Pastoral PopularImpressão: Scala EditoraRua Itororó, 144Bairro São Francisco74455-015 – Goiânia-GOFone: (62) 4008-2350

2 GOIÂNIA | ABRIL 2018

O CRUCIFICADO RESSUSCITOU! ALELUIA!

Nossa vida

Cristo, nossa Páscoa, ressuscitou. Aleluia!

Está vivo e presente entre nós. Aleluia! A pedra do sepulcro foi removida pelo testemunho da Ressurrei-ção. Aleluia! Passou-se o que era velho. Eis que tudo se fez novo (Cf. Ap 21,5). Os luzeiros da eternidade se sobrepuseram às trevas do desolamento. O terrível sofrimento da cruz, visto aos olhos humanos como fracasso, se transformou na manifestação mais visível da Copiosa Redenção. A mor-te, essa fiel companheira do existir, não teve a última palavra, muito menos a sentença da vitória (Cf. Rm 6,9; I Cor 15,55a).

Sem triunfalismos, no mais absoluto silêncio, a solidariedade incondicional do Pai sustentou, a partir de

CSSR-GO 4300 | Cx. Postal 12.081 CEP 74641-970 | Vila Monticelli, Goiânia-GO | (62) 4009-1266

Outubro de 1980: Pe. Maurício, Pe. Ney, Pe. Éverson, Pe. Jesus, Pe. Macedo, Pe. Ângelo e Pe. Pedron em visita à Fazenda Tarumã, próximo a Itapirapuã.

Acervo da C

SSR-GO

IN ILLO TEMPORE

PALAVRA DO PROVINCIAL

O terrível sofrimento da cruz, visto aos olhos humanos como fracasso, se transformou na manifestação mais visível da Copiosa Redenção

dentro, a experiência pascal. Pela força do Espírito, a mensagem do Nazareno não se curvou diante daquele se-pultamento. Trazida à vida, com Jesus, a comunidade cristã proclamou de uma vez por todas: “O Crucifi-cado ressuscitou” (Mc 16,6). Aleluia! É, portanto, chega-do o momento favorável de renovarmos a experiência de encontro com o Deus que nos salvou e “amou primei-ro” (I Jo 4,19). Nisso consiste o nosso pertencimento ao Ressuscitado. Ele se encon-tra, diante de nós, com os braços abertos. Corramos, pois, em Sua direção. Ga-lileia é aqui e agora!

Se fadigados estamos pelo caminho, no Senhor re-side a força necessária para avançarmos, sem esmorecer na missão que nos foi con-

fiada enquanto Igreja. Se as dificuldades têm se alastra-do, a ponto de nos soterrar em um emaranhado de conflitos, mostremos a elas a esperança que trazemos por entre as mãos. Se o horizonte da vida se apresenta como apequenado, precisamos levantar a cabeça, olhando além dos limites impostos pelo sepulcro. Ainda que o medo perturbe o coração, é proveitoso ouvir os apelos das testemunhas da Páscoa: “Sejam vigilantes, perma-neçam firmes na fé, sejam fortes” (I Cor 16,13). O tempo urge! Só não podemos ficar parados nos arredores do sepulcro, uma vez que “Deus ressuscitou a este Jesus. E nós somos testemunhas dis-so” (At 2,32). Evangelizemos. Uma abençoada Páscoa a todos!

Eu me lembro...

Novena das 14 horas em 1996 presidida pelo Pe. Éverson de Faria Melo

Acervo da CSSR-GO

RECORDAÇÕES... BELOS DIAS com Pe. MAURÍCIO BRANDOLIZE

NOVENA PERPÉTUA: Há 22 anos, no início de 1996, eram 6 horários de Novenas Perpétuas, na Matriz de Campinas. E o ano terminou com 11 novenas toda terça-fei-ra. Na passagem do novo milênio já eram 15. Atualmente 16, de hora em hora, das 6:00 às 21:00 horas. Isso indica que são perto de 20 mil pessoas celebrando sua fé, unindo-se comunitariamente em oração com Maria, Mãe de Jesus, e trilhando seus caminhos. Vale lembrar a famosa frase do saudoso Pe. Campos: “Terça-feira é dia de festa na Matriz de Campinas”!

CENTRO DE FORMAÇÃO: Em maio de 1996 foi dada a bênção da pedra fundamental do Centro de Formação Mãe do Perpétuo Socorro, anseio antigo da comunidade.

CASA PAROQUIAL: Reforma e ampliação da casa paroquial de Campinas. Começou depois da Páscoa e foi inaugurada em janeiro de 1997. Durante este tempo, a comu-nidade dos redentoristas residiu numa casa alugada nas proximidades da Matriz.

Acervo da CSSR-GO

Acervo da CSSR-GO

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Pe. Robson de Oliveira no Cineteatro AFIPE

ACONTECIMENTOS DAQUI E DALI

3GOIÂNIA | ABRIL 2018Nossa vida

Fotos: Arquivo

ANIVERSARIANTES

19/04 Pe. João Otávio (66)Campinas

01/04 Fr. Kaique (24)Jd Goiás

05/04 Ir. Jeff rey Rolle (53) Cons. Geral

28/04 Pe. Fábio Pascoal (39) Trindade/Santuário

10/04 Pe. Gercé (59)Vila Rica-MT

Bran

doliz

e

Assembleia da CNBBDe 11 a 20 de abril 353 bispos

de todo o Brasil se encontra-rão no Santuário Nacional, em Aparecida (SP), para a 56ª Assem-bleia Geral da Conferência Nacio-nal dos Bispos do Brasil (CNBB). Nosso confrade, Pe. Rafael Vieira, mais uma vez estará atuando na condição de responsável pela assessoria de imprensa da Confe-

26/04 Pe. Robson (44) Leste Universitário

CidadãosEm sessão solene ocorrida

no dia 12 de março, Pe. Bariani e Pe. Walmir receberam o título

de Cidadãos Trindadenses. Parabéns aos confrades!

Paraíso do Tocantins

A Paróquia São José Operário em Paraíso do Tocantins realizou com a presença do

bispo diocesano, Dom Queiroz, a dedi-cação do novo altar da Igreja Matriz no dia 19 de março, inclusive ‘inaugurando a nova pintura da Sagrada Família no presbitério. Parabéns ao Pe. Sidney e

Pe. Manoel que lá trabalham.

Início da Peregrinação 2017, em Ciorani, na Casa Mãe... com as explicações do Pe. Serafino Fiore, Superior Provincial de Nápoles

Arqu

ivo

No dia 02 março de 2018, o Papa Francisco assinou o decreto que reconhece as virtudes heroicas do redento-

rista, Servo de Deus, Pe. Bernardo Lubienski, declarando-o Venerável. Interessante notar que seu avô, ministro da justiça, foi quem assinou o decreto de expulsão de São Cle-mente de Varsóvia. Pe. Bernardo dizia que queria reparar o mal que seu avô fizera. Deu nova vida à Congregação em terras polonesas. Nasceu perto de Varsóvia no dia 9 de dezembro de 1846 e morreu no dia 10 de setembro de 1933, com fama de santidade. O seu processo de beatificação teve início em 17 de junho de 1982.

Polonês Venerável

Palavra do PaiNos sábados de março, o Pe. Robson de Oliveira

conduziu o momento de oração “Palavra do Pai” no Cineteatro AFIPE, em Trindade. Centenas de romeiros ouviram o padre refletindo temas como “O exercício do perdão”, “No caminho da fé” e outros. Sobre estes eventos Pe. Robson de Oliveira afirmou: “Vir aqui para o Cineteatro AFIPE, falar de Deus, com temas específicos de evangelização, de louvor, adoração, bênção e unção é um momento especial, fortíssimo. É mais um momento de ir-mos ao encontro das pessoas. Os romeiros vêm, participam, fazem suas romarias, mas também têm momentos de entretenimento e evangeliza-ção fora do espaço litúrgico, que é o Santuário”.

CapítuloDe 16 a 20 de abril acontece o Capítulo Extraordinário

da Província de Goiás com o Governo Geral para encaminhar a

Revitalização da Vida Apostólica. Será no Hotel

Liguori em Trindade, onde haverá um

momento especial para a confraternização pascal.

Pelos caminhos de AfonsoA Peregrinação Alfonsiana da Província de Goiás acontecerá, pela

segunda vez, de 28 de abril a 13 de maio. Em 2017 foram 34 participantes, agora serão 22. Nossos peregrinos terão a companhia também desta vez dos confrades Ir. Marcos Vinícius e Ir. Michael Goulart, que residem em Roma, para os apoios necessários (nos contatos, logística, tradução). Todos os detalhes já foram acertados entre a Congregação e a Agência de Viagem (passagens, seguro, ma-teriais de apoio, mapas, itinerário, transportes, hospedagem... etc.).

Brevemente, se ainda não receberam, serão enviadas as expli-cações aos confrades que irão viajar, contendo todos os detalhes da Peregrinação 2018...

rência. Neste ano as discussões, estudos e decisões serão em torno das “Diretrizes para a Forma-ção dos Presbíteros da Igreja no Brasil”. A Assembleia Geral da CNBB tratará ainda outras temá-ticas e problemas emergentes da vida das pessoas e da sociedade, sempre na perspectiva da evan-gelização.

NoviciadoÉ tradição acontecer no Noviciado as semanas

intensivas refletindo temas especiais de espiritualidade dentro do carisma redentorista. O mês de março foi dedicado para estudar e rezar os temas: Seguimento

de Cristo e Mística cristã (com o mestre Pe. Fábio Bento da Costa), Sacramento da Reconciliação (Pe. Paulo Jr.) e Vivência Eucarística (Pe. Fábio Pascoal). A Semana Santa foi vivida pastoralmente na Paróquia Santo

Afonso em São Sebastião/DF.

Repr

oduç

ão

AFIPE

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O Evangelho de João cumpre um papel muito importante na vida litúrgica da Igreja, sobre-

tudo, no tempo da Páscoa. Uma chave de leitura indispensável para compreender a experiência pascal feita pela comunidade das origens é esta indicação temporal, dada no início do capítulo 20 do Evangelho, ao narrar a manhã de páscoa quando Maria Madalena vai ao sepulcro: “de manhã, quando ainda era escuro”.

Tratam-se de duas informações temporais, quase que contrapostas, onde Maria Madalena é colocada em cena, isto é, “de manhã” e “quando era ainda escuro”: luz e escuridão. O advérbio de tempo “de manhã”, tradicional nas narra-tivas de ressurreição nos Evangelhos, em grego

sinaliza o início de um novo dia e é determinado pela presença da luz que começa a ma-nifestar-se, é o que chamamos de au-rora, é o apontar da claridade. No Evangelho adquire o valor de ser sinal de vida e expres-são de vitalidade, é quando o ser hu-mano começa a sua atividade. Já a expressão “quando era ainda escuro” é de estilo único e próprio do evange-lista João. O termo

escuro tem um significado ambivalente: de um lado pode significar o não reconhecimento ou incompreensão, como foi o caso de Nicodemos (cf Jo 3,19), por outro lado, pode significar o medo e angústia como era a situação dos discípulos de Jesus no lago (cf Jo 6,17).

O caminho pascal de Maria Madalena é permeado deste misto que vislumbra um prin-cípio de luz que desponta na densa escuridão da noite. No entanto, a luz ainda não eliminou completamente a escuridão que persiste. Esse recurso temporal quase que contraditório não é por acaso. Maria Madalena, naquela circunstância, é figura de fé da comunidade das origens diante da realidade da morte e ressurreição do seu mestre, Jesus. De um lado a luz já é presente, isto é, Jesus já ressuscitou; por outro, mesmo com o raio de luz que permeia a escuridão, a noite persiste, isso aponta para a realidade da comunidade que ainda não havia experimentado o encontro com o Ressuscitado; mesmo com o despertar da aurora, a escuridão permanece como símbolo da não compreensão da morte de Jesus, da falsa sensação de que a morte tenha triunfado sobre Jesus. Somente mais tarde, quando reconhecem a presença do ressuscitado que a escuridão é eliminada pela luz radiante.

4 GOIÂNIA | ABRIL 2018Ponto de vista

CONTINUAR O REDENTOR

A temática fundamental da espiritualidade redentorista

é continuar o Redentor anun-ciando o Evangelho aos mais pobres. Disso sabemos muito bem e repetimos com prazer. Va-mos buscar o sentido pascal que se encontra nessa proclamação.

É bom saber que Santo Afonso, em seus sermões, tem somente três que falam do Céu. Por quê? A pregação estava centrada na sal-vação que nos foi dada pela Morte de Jesus. A Ressurreição era prova dessa verdade. O redentorista Pe. Francisco Xavier Durwell apresen-tou esse tema em suas reflexões. Assim se voltou à teologia dos padres da Igreja.

O Cristo Vivo está na Euca-ristia. Estando no Céu ou na terra, temos a mesma presença. A consciência da presença de Jesus deve ser mais ativa entre nós. O que Santo Afonso via na Eucaristia? Diz em seu livro, ‘Prática de Amar Jesus Cristo’, que a Eucaristia tem o amor com que Jesus se entregou por nós na Cruz.

Santo Afonso fez um caminho em seus êxodos, desde a busca do Evangelho, o encontro com os pobres da cidade e do campo, até optar por viver no meio deles

Amor de entregaQue tipo de amor temos na

Cruz? Amor de entrega que se faz totalmente para os outros ao deixar-se totalmente. É a ab-negação. Essa não destrói o ser humano, mas o dignifica por po-der sair de si mesmo por já estar completo e ter o tudo que é Cristo Jesus. Aqui lembramos o texto da carta aos Filipenses: “Esvaziou-se a si mesmo e assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana... Humilhou-se e foi obediente até à morte e morte de Cruz. Por isso Deus o exaltou” (Fl 2,6-9). A Ressurreição é a conse-quência da abnegação de Cristo. Deixou-se todo para todos.

Vemos que Santo Afonso fez esse caminho em seus êxodos, desde a busca do Evangelho como vida, o encontro com os pobres da cidade, do campo e escolheu para viver no meio deles. É a contínua encarna-ção. Não há dúvida que havia muita Paixão, mas não sem a Ressurreição que era o júbilo de viver Cristo nos humildes e es-

quecidos. Continuar o Redentor é fazer o caminho que fez Afonso.

As devoções redentoristasQuando se pergunta sobre

nossa espiritualidade, há quem diga que é Presépio, Cruz, Euca-ristia e Maria. Assim são nossos altares. Não é essa nossa espiri-tualidade, mas ela se manifesta através dos mistérios de Cristo vividos nesses passos. Trata-se de viver o amor de entrega que Cristo viveu em sua Encarnação, em sua Paixão e vive na Eucaris-tia. Assim Maria os viveu. Santo Afonso vê nesses mistérios a manifestação do grande amor de Deus manifestado em Cristo. Chega a dizer: ‘meu Menino Jesus Crucificado’, por causa de sua entrega que já está presente na Encarnação. Usa a imagem plás-tica dos mistérios para recordar o grande mistério do amor de Deus presente em nossa reden-ção. Assim a Ressurreição será a consequência natural. Vivendo esses mistérios, continuamos o Redentor em sua missão.

“DE MANHÃ, QUANDO AINDA ERA ESCURO”

ESPIRITUALIDADE ALFONSIANA BÍBLIA

Pe. João PauloMissionário RedentoristaMestre em Exegese Bíblica

Não há dúvida que havia muita Paixão nos escritos de Afonso, mas não sem a Ressurreição que era o júbilo de viver Cristo nos humildes e esquecidos. Continuar o Redentor é fazer o caminho que fez Afonso “

Pe. Luiz CarlosMissionário Redentorista

MENSAGEM DA PÁSCOA/2018Testemunhas do Redentor, solidários para a Missão num mundo ferido

PADRE GERAL

Os Evangelhos nos recordam insistentemente que a força da ressurreição não elimina as

feridas da crucifixão. Jesus continua a trazer essas marcas em seu corpo e na sua alma. Convi-da Tomé a tocá-las e a pôr sua mão no seu peito ferido. Como no-lo recorda o Lema do Sexênio, é neste mundo ferido que nós somos chamados a testemunhar a força da ressurreição para curar e transformar, e para assistir com compaixão os que estão feridos.

A violência em várias partes deste mundo ferido, na Ucrânia, Venezuela, Filipinas, Congo, Síria, Iraque e vários outros lugares são para nós um apelo a uma nova solidariedade na missão junto às pessoas de boa vontade. O medo dos re-fugiados e imigrantes na Europa, Estados Unidos, Austrália, e em tantas outras nações convida, não a construir muros para segregar pessoas, mas a um testemunho profético de compaixão e acolhida.

A força da ressurreição não nos ‘resgata’, como se por um milagre ou mágica, do mundo ferido, nossa casa comum. Ao invés, a experiência da res-surreição de Jesus nos fortalece para abraçarmos este mundo com compaixão, para assistirmos com esperança e compreensão os que sofrem, e para criarmos novos laços de solidariedade entre nós e com os abandonados e os pobres. São as feridas do próprio Redentor que tocamos ao tocarmos nas feridas do mundo. E o Redentor também toca nossas feridas com sua paz e seu poder de curar.

Como as mulheres no Evangelho da Vigília Pascal, estamos ‘com medo e no entanto com grande alegria’ ao sairmos proclamando a força da ressurreição a todas as nossas irmãs e irmãos. Que a paz e a alegria do Senhor toque e transfor-me a todos nós! Que Maria, nossa mãe e nosso Perpétuo Socorro nos acompanhe nessa missão do testemunho profético!

Vosso irmão no Cristo Redentor.

Pe. Michael Brehl, C.Ss.R.Superior Geral da

Congregação Redentorista

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REDENTORISTAS NOSSOS CONFRADES

Pe. Rafael Vieira no CELAMOs redentoristas Dom Darci José Nicioli e o Pe. Rafael Vieira representaram o Brasil no encontro latino-americano dos responsáveis pela comunicação e pela assessoria de imprensa

Foi realizado em Bogotá, na Co-lômbia, entre os dias 6 e 8 de

março, o encontro latino-americano dos responsáveis pela comunicação e pela assessoria de imprensa de todas as conferências episcopais que compõem o Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM). São 22 conferências episcopais no conti-nente, e 19 delas enviaram repre-sentantes. Eram 11 bispos, além de vários sacerdotes e leigos. O Brasil foi representado pelo arcebispo de Diamantina Dom Darci José Nicioli, que é redentorista e presidente da Comissão de Comunicação da CNBB, e pelo Pe. Rafael Vieira, também redentorista, da Província de Goiás, que atua como assessor da comissão e responsável pela assessoria de imprensa da Conferência.

O encontro foi uma oportunida-de de intercâmbio dos trabalhos de comunicação realizados por cada conferência episcopal. Nele, os par-ticipantes tiveram oportunidade de se aprofundar em vários assuntos. Foi apresentado um estudo sobre a situação geral dos católicos em todo o continente, especialmente do quadro sociopolítico de toda a região. Neste ponto, o destaque ficou para as situações de desigualdade econômica, pobreza severa, corrupção, narco-tráfico e violência. Foi destacado, no entanto, o papel desempenhado pela Igreja em todo o continente em favor das vítimas desses problemas. Tam-bém foram apresentados os detalhes dos preparativos para a próxima

Jornada Mundial da Juventude, em janeiro de 2019.

“O principal fruto dessa reunião foi o encaminhamento da atualização de um documento já apresentado há alguns anos pelo CELAM, chamado Linhas Pastorais para a Comunicação na América Latina. Nesta reunião nós atualizamos o texto, que será revisado por um especialista em comunicação, e em seguida será devolvido aos bispos responsáveis em todas as conferências episcopais, e depois vai se tornar um documento oficial do CELAM em todo o continente”, explica padre Rafael.

Durante o encontro, Dom Darci e Pe. Rafael apresentaram um vídeo, produzido gentilmente em espanhol

pela Associação Filhos do Pai Eterno (AFIPE). O vídeo oferecia as princi-pais informações sobre o trabalho desenvolvido pela CNBB no campo da comunicação considerando tanto o aspecto pastoral como o do trabalho profissional realizado pelos jornalis-tas nas assessorias de imprensa na sede e nos regionais da Conferência.

Dom Darci também apresentou o Diretório para a Comunicação da Igreja no Brasil, produzido por longos anos e aprovado pela CNBB, em 2014. Nessa apresentação foram destacados dois aspectos do Diretório: os desafios da comunicação e o protagonismo dos leigos. (Com informações do site da CNBB Nacional)

NOSSA FAMÍLIA

5GOIÂNIA | ABRIL 2018Testemunhas do Redentor

Parentes, colaboradores e benfeitores fazem parte da família redentorista

Arquivo

Arquivo

Congresso de Comunicadores Redentoristas

Pe. Roni, Ir. Denis e Ir. Michael

Arqu

ivo

Dom Darci e Pe. Rafael Vieira

Tia Rosália: uma querida “Redentorina”

Para os confrades que trabalharam na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Lago Sul,

e especialmente no Centro de Pastoral Popular (CPP), quando este funcionou em Brasília/DF, Tia Rosália é uma lembrança amiga e carinhosa. Mas ainda hoje ela é presente na paróquia, colaborando na secretaria e na confecção de lembranças diversas.

Aos 80 anos, Rosália Ponte Moisés é natural de So-bral/CE, mas conheceu seu esposo em Brasília, e com ele teve 3 filhos. Ela recorda histórias da convivência com os redentoristas, especialmente na divulgação da novena “Natal em Família”, que este ano completa seu Jubileu de Ouro.

“Convivo com os redentoristas desde 1979. Eu es-tava em casa, e o Pe. Daniel me chamou para ajudar, pois ele tinha que ir para São Paulo e não queria dei-xar o Centro de Pastoral Popular sem ninguém para atender os pedidos. Aí eu vim para ajudar até que ele arranjasse outra pessoa, mas ele nunca arrumou e eu fui ficando. Foi Pe. Júlio Negrizzolo que colocou esse ‘tia’ antes do meu nome”.

“Era o ano inteiro fazendo o trabalho: mandava a propaganda, depois uma revista para cada diocese, e depois os padres ligavam e faziam o pedido. A gente pegava o pacote e mandava pelo Correio. Depois ia a cobrança e a paróquia pagava. Quando tinha um padre que atrasava o pagamento do boleto, eu dizia ao padre Daniel, e ele me falava para cobrar uma vez. Eu cobra-va, e quando não tinha resposta, o padre Daniel dizia assim: “Não cobra mais não, filhinha. Deixa aí. Aqui é um apostolado, não é comércio”. E vinham pedidos do Brasil inteiro! Os bispos faziam pedidos para suas dioceses, haviam pedidos diretamente de famílias, e vinham pedidos do exterior, do Paraguai e do Uruguai”.

“Recordo de muitos missionários que passaram pelo “Natal em Família”. Primeiramente o padre Daniel, que tinha uma paixão muito grande pela novena. Ele dizia que estava 24 horas por dia com o telefone livre para o Brasil inteiro fazer os pedi-dos da novena. Ele se entregava de corpo e alma a este trabalho... Depois dele, veio o padre Éverson, que trouxe muitas novidades para o trabalho. Em seguida vieram o Pe. Vicente André, o Pe. Rafael, Pe. Domingos, Pe. Antonio Gomes. Aí, o Centro de Pasto-ral Popular foi transferido para Goiânia”.

“Os redentoristas são meus filhos! Tenho um amor muito grande por eles. Especialmente do Pe. Daniel, que agora está em Trindade, e que eu faço questão de visitá-lo de vez em quando. Tenho com ele uma ligação muito forte, e toda minha família sente isso. Alguns me chamavam de “Redentorina”, e eu ficava toda or-gulhosa! Um amigo frade me dizia “A Tia Rosália é a mãezona dos Redentoristas”, e eu achava o máximo”!

A cidade de Recife recebeu no início de março os re-presentantes (vice) provinciais da Comissão de Mídias

Redentoristas (COMIRE) para um encontro de definição da programação do Primeiro Congresso de Comunicadores Redentoristas do Brasil. Ir. Diego Joaquim participou em nome da Província de Goiás.

O objetivo principal desse encontro, o sétimo dessa Comissão, foi estruturar os detalhes finais para o Congresso de Comunicadores que deverá acontecer em junho deste ano de 2018 em Aparecida, com o tema que está em

consonância com as reflexões do último Capítulo Geral, na Tailândia; “Comunicação Redentorista em um Mundo Ferido: evangelizar nas novas fronteiras da mídia”.

“Queremos marcar o ano de 2018 com a discussão sobre a história das mídias na evangelização redentorista e como potencializá-las para ajudar este mundo ferido por tantas misérias. Temos que atualizar nossa linguagem e os modos como nos relacionamos com tantos e tão comple-xos modos de comunicação que hoje permeiam a vida da sociedade”, completa, afirmou Pe. Inácio Medeiros.

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“O Papa Francisco está nos dando a oportunidade para falar, e esta é uma grande responsabilidade”, afirmou Ariany.

Jovem trindadense participou da reunião pré-sinodal no Vaticano

6 GOIÂNIA | ABRIL 2018Solidariedade na Missão

De 19 a 24 de março, cerca de 300 jovens dos 5 continentes,

de várias religiões e também ateus, participaram da reunião pré-si-nodal convocada por Francisco. Ariany de Oliveira Leite, de Trin-dade/GO, do Projeto COMPROMISSO, membro da Comissão Nacional da Juventude Redentorista (JUMIRE) e da Pastoral Juvenil da CNBB, foi convidada e participou desta impor-tante reunião no Vaticano. Além de Ariany, participaram do encontro: Davi Rodrigues da Silva, secretário nacional da Pastoral da Juventude, Juliene Martins Barros, coordenado-ra da equipe de comunicação dos Jovens Conectados e o seminarista de Brasília Matheus Vinícius de Oliveira Santos.

Na bagagem, a jovem trin-dadense levou o sentimento de gratidão pela iniciativa do Papa Francisco de voltar os olhares de toda a Igreja para a juventude, que é o presente e o futuro não só da Igreja, como também da sociedade. “É um momento muito importante que a nossa Igreja vive hoje. A ju-ventude vem gritando por socorro há algum tempo e a proposta do Sínodo vem ‘para dar de beber a todos que têm sede desta água que é Cristo’. O Papa Francisco está nos dando a oportunidade para falar, e esta é uma grande responsabi-lidade. Precisamos ter o dom do discernimento, pois há muito o que se dizer”, destacou Ariany.

Os trabalhos foram divididos em três partes, com base no docu-mento preparatório. A estrutura foi simples para que os jovens participantes estivessem livres para falar e se expressar diante do que foi apresentado e diante

das questões levantadas com base nas respostas do questionário que os jovens de todo o mundo foram convidados a responder desde o ano passado.

Falar com coragem“Falem com coragem, digam

o que vocês gostariam de dizer. Se alguém se sentir ofendido, peçam perdão e continuem...” Foi a exor-

OS TEOMÉTRICOS 88

tação do Papa Francisco dirigida aos jovens, logo na abertura do encontro.

Depois de dar as boas-vindas o Papa agradeceu aos jovens por terem aceitado o convite para participar do encontro; “alguns de vocês tiveram que fazer uma longa viagem, disse. “Vocês vieram de muitas partes do mundo e trazem com vocês uma grande variedade

OS TEOMÉTRICOS 89

Arquivo

OS TEOMÉTRICOS especial Páscoa

de povos, culturas e até mesmo religiões: vocês não são todos ca-tólicos e cristãos, nem todos são crentes, mas vocês certamente estão animados pelo desejo de dar o melhor de vocês”.

O Papa recordou que eles foram convidados como representante dos jovens de todo o mundo porque a contribuição deles é indispensável. “Precisamos de

vocês para preparar o Sínodo que em outubro reunirá os Bispos sobre o tema ‘Os jovens, a fé e o discernimento vocacional’. Em muitos momentos da história da Igreja, bem como em inúmeros episódios bíblicos, Deus quis falar através dos mais jovens: penso, por exemplo, em Samuel, Davi e Daniel. Tenho confiança, disse o Papa, acredito que nestes dias também falará através de vocês”.

Disse ainda o Papa: “Muitas vezes vocês são marginalizados da vida pública e se encontram a mendigar ocupações que não lhes garantem um futuro. Frequente-mente são deixados sozinhos. Mas na Igreja, não deve ser assim. O Evangelho nos convida a nos en-contrarmos e nos confrontarmos, a nos acolhermos e nos amarmos seriamente, a caminhar juntos e a partilhar sem medo. Esta reunião pré-sinodal quer ser um sinal de algo muito grande: a vontade da Igreja de ouvir todos os jovens, ninguém excluído”.

Juventude presente na reunião Pré-Sinodal (Ariany de vermelho) com Dom Lorenzo Baldisseri)

Ir. Marcos Vinícius, Juliane, Ariany e Ir. Michael

Na Via Merulana “Estando em Roma e participando

da reunião Pré-Sinodal, as jovens brasileiras Ariany de Oliveira Leite e Juliane Martins Barros passaram pela Casa Geral em uma visita muito agra-dável. Elas conheceram a Igreja do Perpétuo Socorro, nossa comunidade e a Cúria Geral, além de partilharem conosco a riqueza da reunião pré-si-nodal. Para nós goianos é um grande orgulho saber que uma das lideranças da JUMIRE participou desse momento tão importante da Igreja Católica”. (informou Ir. Marcos Vinícius)

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tigar a questão da prevenção do uso de drogas, de algum abuso, violên-cia infantil, tanto para prevenir em alguma criança que pode passar por isso, para já entrarmos com tratamento do estado psicológico, emocional e físico”, disse.

Também teve atendimento odontológico sob os cuidados dos alunos do terceiro período da Fa-culdade União de Goyazes, que prestaram serviços durante todo o dia por lá. “Aprendi que é muito importante cuidar dos dentes des-de pequena. No meu caso, eu não cuidava quando era pequena, e eu comecei a cuidar agora. Está sendo bem interessante, pois é uma beleza que faz parte da gente”, disse a estudante Ana Clara Silva.

Márcia Luz, professora de Odon-tologia da FUG, afirmou que esse tipo de atendimento é muito impor-tante para uma população carente: “A informação não chega e, muitas vezes, as pessoas não sabem que precisam fazer a higiene. Doamos um kit com escova, pasta de dente e um brinde para as crianças. Va-mos fazer escovação orientada das crianças, adolescentes e adultos que queiram”.

Teve também limpeza de pele, massagem, doação de muda de árvores de várias espécies e várias atividades recreativas. O advoga-do Elesio Fonseca também teve muito trabalho com a orientação jurídica. “Geralmente, a procura mais acentuada nesses momentos, são questões ligadas à família, alimentos, previdência e questões trabalhistas”, pontuou. A dona de casa Rosineide Moreno Pereira não perdeu a oportunidade. “Eu ia pedir um dinheiro emprestado para a vizinha amanhã para conseguir um advogado, porque eu estava precisando, e já estava preocupada pensando no que eu iria fazer”, declarou. (Fonte: Assessoria de Comu-nicação e www.paieterno.com.br)

No dia 15 de março é celebrada a festa de São Clemente Maria

Houfbauer, patrono dos missioná-rios redentoristas da Província de Goiás. E para compartilhar essa alegria, as Obras Sociais Redento-ristas realizaram, na mesmo data, o Festival São Clemente. Foi um dia inteiro de atividades dedicadas às comunidades carentes do Setor Mariápolis e região, onde a Con-gregação do Santíssimo Redentor mantém o Centro Social Redento-rista São Clemente.

Em sua 5ª edição, o Festival teve como objetivo, levar para a comuni-dade do Setor Mariápolis e imedia-ções, a importância da valorização humana e social, através de gestos de amor que expressam a misericór-dia e a doação caridosa seguindo o exemplo de São Clemente. O evento teve abertura com a Santa Missa celebrada pelo diretor das Obras Sociais Redentoristas, Pe. Reinaldo Martins, C.Ss.R., e na sequência foi servido o café da manhã dando início às diversas atividades e aten-dimentos oferecidos gratuitamente.

“São Clemente era de Viena (Áustria) e ao entrar para a Con-gregação, ele pediu a Santo Afonso para expandi-la para além dos

Alpes da Itália. Por isso é atribuído a São Clemente o título de segundo fundador da Congregação, pela sua importância em propagar a Congregação fora da Itália, pela Áustria, Polônia, Alemanha... E foi da Alemanha que vieram os reden-toristas para o nosso Goiás, aqui no Brasil”, pontuou Pe. Reinaldo Martins, coordenador das Obras Sociais Redentoristas.

O dia foi de muita festa e aten-dimento social. “Nós atendemos quase 750 pessoas com dez ativi-dades diferenciadas. Foi um dia de muita diversão para todas as famílias”, afirmou a coordenadora do Centro Social Neide Oliveira.

O 5º Festival São Clemente reuniu voluntários, colaboradores, assistidos e a comunidade, além de toda a assistência espiritual dos missionários redentoristas, e con-tou com o apoio da Faculdade União de Goyazes e Prefeitura Municipal de Trindade.

A pediatra Luciana Pratazio passou o dia atendendo pais e crianças com orientação médi-ca. “As necessidades do bairro giram em torno principalmente do estado nutricional das crianças e tentamos também abordar e inves-

7GOIÂNIA | ABRIL 2018Num mundo ferido

Nossa missão

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Festival São Clemente realiza 750 atendimentos

Danilo Eduardo

As celebrações realizadas em todos os Centros Sociais reuniram assistidos e seus familiares

Danilo Eduardo

Fr. Allyson, Pe. Wenderson, Ir. Alessandra e Ir. Diego Vinício

Visitando os presosHá dois anos, nós, Missionários Redentoristas, realizamos visi-

tas ao Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, trabalho desenvolvido juntamente com a Pastoral Carcerária da Regional Centro-Oeste da CNBB e Arquidiocese de Goiânia. Nossas visitas são às quartas-feiras, momento em que temos o contato direto com os(as) encarcerado(as), levando o Evangelho de Cristo e também aquilo que é digno e necessário a qualquer ser humano. Podemos dizer também que a Pastoral Carcerária é a Pastoral da escuta. Neste mês de março, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, fizemos uma celebração da Palavra com as detentas do CPP (Casa de Prisão Provisória). Tivemos a oportunidade de adentrar as alas em que vivem e ali conversamos, cantamos e rezamos. Foi uma experiência riquíssima. Se alguém desejar ser um agente da Pastoral Carcerária, entre em contato pelo telefone 32230759 (Cúria Metropolitana). (informou: Ir. Diego Vinício).

Junioristas e postulantes de nossa Província iniciaram,

no final de 2017, um Projeto de Evangelização no Hospital da Criança, no Setor Sul, em Goiânia. Com o nome “Tudo por um sorriso”, o projeto visa levar atendimento espiritual aos pa-cientes, familiares e funcionários da instituição, que acolhe crian-ças de diversas cidades de Goiás e também de outros estados. Às terças e quartas os junioristas proporcionam momentos de oração e visitas aos leitos do

Nas periferias existenciais

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hospital. Na quinta-feira é dia de muita animação com os postulantes, acompanhados de outros 30 jovens da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, que cantam e levam alegria às crian-ças. Essa iniciativa nasceu do desejo dos próprios estudantes de ir ao encontro de realidades mais desafiadoras, e conta com o apoio dos formadores. É um grande sinal da Igreja em saí-da, que anuncia a redenção às periferias existenciais de nossa sociedade.

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Preparando para a Missão8 GOIÂNIA | ABRIL 2018

Celebração festiva de São JoséNAS CASAS DE FORMAÇÃO

Pe. Paulo Cézar e Pe. Wenderson com os junioristas

A Missionariedade: razão de ser do redentorista

Pe. Edson Costa

No dia 19 de março, o Seminário Reden-torista São José (Juniorato do Jardim

Goiás em Goiânia) celebrou o seu padroeiro. A solenidade foi presidida pelo Vigário Pro-vincial, Pe. Paulo Cézar, com a participação do superior da comunidade, Pe. Wenderson Fernandes, e dos 16 junioristas (clérigos e irmãos) de nossa Província. Na ocasião, Pe. Paulo Cézar relembrou alguns atributos de São José, como a humildade e a fé. Estas ca-racterísticas, segundo ele, são inspirações para a Província de Goiás, e de modo espe-cial, no processo formativo em que vivemos neste momento do juniorato. A humildade serve para reconhecer que não somos os melhores, mas que somos capazes. E a fé, para acreditar no desconhecido e acreditar no próximo. E assim, cultivando estas duas qualidades, a história de nossa Província vai sendo construída, contando sempre com a intercessão e a proteção de São José. (Informou Fr. Francyel Aparecido, C.Ss.R.)

Os estudantes de filosofia estiveram reunidos nos dias 02 a 04 de março na fazenda Recanto das Águas em Anápolis para

a realização do retiro de abertura do ano acadêmico. Orientou o encontro o Pe. João Bosco, C.Ss.R., que trabalhou com eles sobre a missão redentorista: “O texto que trabalhamos é de autoria do Pe. Ulisses da província de SP, que fala da missão como motivação teológica da vida do redentorista. Claro que adaptei este texto, que foi usado no Congresso Redentorista, às realidades dos estudantes de filosofia que sabiamente rezaram a vida, os estudos e o desejo de se consagrarem a Deus no seguimento do Redentor que tudo fez como entrega de amor ao Pai e aos irmãos”, afirmou o Pe. João Bosco. Pe. João Bosco e os postulantes redentoristas

Encontro Vocacional Redentorista – 2018

Participantes do Encontro Vocacional

Nos dias 16, 17 e 18 de março aconteceu o 1º Encontro Vo-

cacional Redentorista de 2018. A Província Redentorista de Goiás acolheu na Casa de Retiros Nossa Senhora da Assunção, em Goiânia, 19 jovens dos Estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Distri-to Federal para mais um momento de animação e discernimento vocacional. Em consonância com a missão redentorista de anunciar e promover o amor redentor de

Deus, o tema do Encontro foi “Deus acredita e conta conosco!” Reza-mos e refletimos sobre o sonho de Deus para a humanidade, relatado no texto bíblico, a atitude do ser humano diante de uma grande proposta e a missão libertadora que Deus confia a quem Ele ama e chama.

O próximo Encontro Vocacional Redentorista da Província será nos dias 25, 26 e 27 de maio. (informou: Fr. Auro Marques)

Para solicitar materiais vocacionais e palestras, entre em contato:

62. 4009-1266www.redentorista.com.brpv@[email protected]

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“Paulo VI pilotou a barca de Pedro sem nunca perder a alegria e a confiança no Senhor” e “Dom Romero soube guiar, defender e proteger o seu rebanho”

9GOIÂNIA | ABRIL 2018Igreja em saída

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• Madeireira Martins Av. Pres. Vargas, 1.355 Jd. Marista | Tel.: 3294-5659• Drogaria Marista Disk Remédios Jd. Marista | Tel.: 3294-5767• Casa Central Av. 24 de Outubro, 1357 St. Campinas

A Congregação do Santíssimo Redentor, através da Scala Editora, lhe oferece mensalmente o Rapidinho relatando a Ação Pastoral dos Re-dentoristas de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Distrito Federal. Agradecemos os colabora-dores, abaixo relacionados, que ajudam no custeio das edições.

Maria Bárbara Duarte (in memoriam), Dr. Hélio Seixo de Britto (in memoriam), Helinho de Brito e Myrian - Setor Sul, Flávio Ivo Bezerra e Maria Alice - St. Marista,Ronaldo de Brito e Mª das Dores - St. Bueno, Família Nunes - Jardim América, Francimar Maia - Setor Bueno,Dediher e Irene - Campinas,Eurico Almeida de Britto - Setor Central,Maria Clemente de Oliveira - Setor Bueno, Geraldo Magela e Eunice - Setor São José, Kalil - Setor Campinas, Pe. Guilherme Contart - Palmelo-GO,Maria José e Hermando Lisier - Sorocaba-SP, Pedro Evangelista de Lima - St. Maysa I, Antônio João Thozzi - São Paulo, Antônia R. de Oliveira - St. Castelo Branco, Divino Felício - Jd. Marista, Demerval Cândido - Res. Araguaia, Geraldo Clarindo Caldas - Setor Oeste, Joventina Alkmim - Aparecida de Goiânia, Tereza Gonçalves - Piracanjuba-GO, Anna Mancila Madeira - Caldas Novas-GO,Maria Luiza Costa - Goiânia-GO,Celsa / Cláudia Sipaúba - Setor Oeste,Vilma Trevisan Ricardo - Tietê-SP,Maria do Carmo - Tietê-SP, Clara Melo Vaz - Tietê-SP,Darcy G. Paschoal - Tietê-SP, Maria José F. Lopes - Tietê-SP, Família Brandolise - Tietê-SP.

Banco do Brasil nos dois últimos meses até o fechamento desta edição.Agência: 4864-X Conta Corrente: 21.081-1(Antônio M. Brandolize)

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DEUS LHES PAGUE

Divulgação

O Papa Francisco autorizou a promulgar os Decretos que

reconhecem os milagres atribuídos à intercessão dos Bem-aventurados Paulo VI e Oscar Arnolfo Romero Galdámez. A data e local para a cerimônia de canonização ainda vão ser decididos num próximo consistório (reunião de cardeais), no Vaticano.

Papa Paulo VIGiovanni Battista Montini nas-

ceu na região italiana da Lombar-dia e foi ordenado padre aos 22 anos. Governou a Igreja de junho de 1963 até 06 de agosto de 1978. Escolheu o nome ‘Paulo’, para indi-car que tinha uma missão mundial renovada de propagar a mensagem de Cristo, inspirada no apóstolo dos gentios.

Doutor em filosofia, direito civil e direito canônico, serviu a di-plomacia da Santa Sé e a pastoral universitária italiana, e a partir de 1937, foi colaborador direto do Papa Pio XII. Durante a II Guerra Mundial trabalhou no Vaticano

CANTINHOMIRIM

Depósitos

Carlos Alexandre Júnior - St. Oeste;Isabele Pereira Ferreira - St. Oeste; Matheus Pereira do Prado - St. Oeste; Guilherme Salera Bezerra - St. Marista; Artur S. Brito Bezerra Oliveira - Brasília-DF; Luiza Seixo de B. B. Oliveira - Brasília-DF; Felipe Quieregati - St. Marista;Flávio Q. S. Britto Bezerra - St. Marista;Stéphanie Q. S. B. Bezerra - St. Marista; Laís Salera S. de Britto Bezerra - St. MaristaAmanda Olinto O. Guimarães - St. Campinas;Renato Xavier de C. Nunes - St. Campinas

COLABORADORESSantidade: Paulo VI e Oscar Romero

Papa Paulo VI

com os refugiados e os judeus. Em 1954 foi nomeado arcebispo de Milão. Foi criado cardeal pelo Papa João XXIII em 1958, e participou nos trabalhos preparatórios do Concílio Vaticano II. Cinco anos depois, em 21 de junho de 1963 foi eleito Papa.

Paulo VI escreveu sete encícli-cas, entre as quais a ‘Humanae vitae’ (1968) sobre o controle da natalidade, e a ‘Populorum pro-gressio’ (1967) sobre o desenvolvi-mento dos povos.

Foi o primeiro Papa a fazer via-gens internacionais, tendo visitado Terra Santa, Colômbia, EUA, Índia, Portugal, Turquia, Filipinas e Aus-trália, dentre outros.

Na homilia de beatificação de Paulo VI, em 19 de outubro de 2014, o Papa Francisco disse que “enquanto se perfilava uma sociedade secularizada e hostil, ele soube pilotar com clarividente sabedoria, e às vezes em solidão, a barca de Pedro, sem nunca perder a alegria e a confiança no Senhor”.

DOM OSCAR ROMERO O bem-aventurado Oscar Arnolfo Romero Galdámez, Arcebispo

de San Salvador e mártir, é conhecido como ‘Bispo dos Po-bres’.  Nasceu em Ciudad Barrios, El Salvador, em 15 de agosto de 1917. 

Entrou para o seminário aos 13 anos. Aos 20, foi completar os estudos de Teologia em Roma, onde foi ordenado padre, em 1943. Retornou a El Salvador, onde foi pároco durante 26 anos. Generoso, visitava os doentes, lecionava nas escolas, foi capelão do presídio. Na época, os pobres da região faziam fi la na porta da casa paroquial, onde recebiam ajuda. Em 1977, ele foi nomeado arcebispo de El Salvador, chegando à capital com fama de conser-vador. Nessa época o país vivia grandes confl itos.  

Dom Romero foi assassinado na capital salvadorenha em 24 de mar-ço de 1980 por um franco-atirador do exército salvadorenho, enquanto celebrava uma missa no Hospital da Divina Providência, na capital. 

O Papa Francisco, na ocasião da beatifi cação de Dom Romero em 23 de maio de 2015, recordou o legado do futuro santo: “Em tem-pos de convivência difícil, Dom Romero soube guiar, defender e proteger o seu rebanho, permanecendo fi el ao Evangelho e em comunhão com a Igreja inteira. O seu ministério distinguiu-se por uma atenção especial aos mais pobres e aos marginali-zados. E no momento da sua morte, enquanto celebrava o Santo Sacrifício do amor e da reconciliação, recebeu a graça de se identifi car plenamente com Aquele que entregou a vida pelas suas ovelhas”. 

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Scala Editora presente na despedida de Dom Guilherme

10 GOIÂNIA | ABRIL 2018Mídia Redentora

Colégios da Rede Marista adotam coleção “Itinerário Catequético”A partir deste mês de abril, após a cele-

bração da Páscoa, as comunidades ini-ciam os encontros de catequese, conforme propõe a coleção Itinerário Catequético, da Scala Editora, em sintonia com as orienta-ções atuais da Igreja no Brasil. São momen-tos fortes, marcados por celebrações reali-zadas em comunidade, com a acolhida dos novos catequizandos.

Este ano, os alunos de diversas unida-des da Rede Marista passam a utilizar o material produzido pela Scala Editora. O coordenador de evangelização dos Colégios da Província Marista Brasil Centro-Norte, irmão Paulo Soares, afirma estar feliz com a escolha. “Sobretudo pela qualidade do material. A Pastoral Educativa Marista, concentrada em sua maioria no contex-

Lívi

a

A coleção Sacramentos

traz encontros populares para meditação e conhecimento dos sinais sagrados de nossa Igreja. Batismo, Eucaristia,

No dia 10 de março,

a Diocese de Ipameri realizou a sua assembleia pastoral, que também marcou a despedida de Dom Guilherme Werlang, transferido para a diocese de Lages (SC). A Scala Editora marcou presença no evento, com um estande com a apresentação dos subsídios pastorais e oferecendo um material de apoio ao evento. Dom Guilherme tomou posse em sua nova diocese no dia 17 de março. E em Ipameri, o Colégio de Consultores escolheu o padre Orcalino Lopes como administrador diocesano, até que seja nomeado um novo bispo diocesano.

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to escolar, caminha em sintonia com as orientações da Igreja do Brasil. Por isso, ficamos muito felizes em encontrar no

material catequético da Scala Editora uma correspondência com o Itinerário de Inicia-ção à Vida Cristã proposto pela CNBB”.

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11GOIÂNIA | ABRIL 2018Atualidades

Santa pecadora“Feita de homens, a Igreja é divina, pois o Espírito Santo a con-

duz”. Este é o trecho de uma canção que entoamos em nossas comunidades na preparação para Pentecostes. É um ato de fé! Acreditamos que a Igreja tem uma vocação divina, que reúne ho-mens e mulheres que buscam a Deus, que desejam o céu! E, por isso, agem inspirados pelo próprio Deus, em seu Espírito Santo. Tanto que Jesus promete no Evangelho: quando dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles (cf. Mt 18,20).

Quando estamos reunidos em nome de Jesus, Ele está conos-co! E podemos fazer esta afirmação com fé, pois acreditamos que o Santo Espírito nos leva a concretizar o Reino de Deus no mundo. É quando a Igreja oferece o testemunho de unidade, de prática da justiça, de esforço pela construção da paz.

Porém, quando são outros os interesses que nos reúnem, tiramos Jesus e seu espírito de nossa presença. Por isso, somos incapazes de fazer a vontade de Deus, de agir como cidadãos do seu Reino. Nessa hora, somos incapazes da escuta, do diá-logo e do compromisso com o próximo. Brigamos entre nós, falamos pelas costas, e não nos esforçamos em fazer o bem que Jesus pediu. O testemunho que oferecemos ao mundo, de divisão e de outras atitudes contrárias à ética cristã, afasta cada vez mais pessoas da verdade do Evangelho.

Na Semana Santa, ouvi algo do bispo de Uruaçu e presi-dente do Regional Centro-Oeste da CNBB, dom Messias Reis Silveira, que deve inspirar nossa reflexão em tempos em que a Igreja convive com tantas contradições, e até perseguições que nascem dentro dela. É a cena de Jesus na última ceia, quando ele afirma que um de seus discípulos vai lhe trair. E como os discípulos naquele dia, cada um de nós, pode se perguntar: “Acaso, serei eu?” (cf. Mc 14,19).

A mobilização em torno do caso Marielle e Anderson. Mártires que, vítimas da violência, conseguiram despertar para a luta e defesa dos direitos humanos, contra traficantes, milicianos, e a corrupção de policiais no Rio.

O Fórum Mundial da Água, e sua versão alternativa, em Brasília. Empresários e líderes mundiais se reuniram para debater formas de exploração “sustentável”. Mas ignoram movimentos sociais que denunciam que a água não pode ser privatizada. Os dois grupos não conversam e o gasto nestes eventos não mata a sede de ninguém.

Guia de Comunicação Integrada para a IgrejaA nona edição do Encontro Nacional

dos Jornalistas da CNBB foi reali-zada em Brasília, entre os dias 16 e 18 de março. Participaram do evento pro-fissionais que servem aos regionais da Conferência e às arquidioceses, além de assessores de organismos, pastorais e congregações religiosas. A organização foi da equipe de assessoria de imprensa da CNBB, coordenada pelo missionário redentorista, padre Rafael Vieira.

O encontro teve a assessoria do dire-tor da Agência Ecclesia, da Conferência Episcopal Portuguesa, o jornalista Pau-lo Rocha, que apresentou uma reflexão sobre o fato religioso como notícia, além da realidade das fake News.

Paulo Rocha enfatizou a realidade de comunicação da Igreja no Brasil. “Os comunicadores da Igreja no Brasil têm um grande desafio pela frente, pois este é um país com uma diversidade grande de experiências e de modos de olhar a caminhada da Igreja”.

Os participantes do Encontro de Jorna-listas tiveram como desafio a formatação de um texto de referência para ajudar os profissionais de comunicação que tra-balham para a Igreja na elaboração de conteúdos, que resultou em um ‘Guia de Comunicação Integrada‘”. Em grupos, os assessores presentes fizeram uma leitura do texto e apresentaram suas sugestões de redação para o texto definitivo.

Padre Rafael explica que o trabalho foi bem-sucedido. “Os jornalistas das dioceses colaboraram na redação com sugestões e correções, e indicaram bons encaminhamentos para este guia de comunicação integrada”. Ele lembra que o Encontro também foi muito importante para a formação da consciência de um trabalho integrado dos assessores de imprensa em torno da comunicação institucional da Igre-ja no Brasil.

Após as contribuições deste encon-tro, o texto passará por uma revisão técnica, será apreciado pela Secretaria Geral da Conferência, e em breve será publicado pelas Edições CNBB.

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GGENEROSIDADE. Vi uma peça recentemente, escrita por um canadense de língua francesa, Michel Marc Bouchard, na qual ele coloca o personagem principal como um publicitário especialista em sinônimos. Ao vê-lo, pensei que ficar procurando sinônimos é um modo bom de se aprofundar a respeito do sentido de uma palavra e procurar suas equivalentes. Vamos lá. Generosidade é algo parecido com bondade, benevolência, benignidade, beneficência, humanida-de, magnanimidade, magnificência, longanimidade, munificência, complacência, compaixão, coração, piedade. Ou ainda: altruísmo, liberalidade, prodigalidade, dadivosidade, desinteresse, desapego, caridade, largueza, largura. Todas essas palavras têm alguma coisa a ver com a generosidade. Eu preferiria ficar só com um sentido que nos diz muito mais ao coração: o amor de Cristo. Amor vivido até as últimas consequências.

GRAÇA. Gosto dessa palavra e do seu mais nobre sentido quando ela é associada ao presente cotidiano que Deus dá a cada um de seus filhos e filhas. A graça de viver. A graça de ser uma pessoa decente. A graça de ser solidário, compreensivo, inclusivo e acolhedor. A graça de amar. Um exemplo humano sem igual, uma pessoa “cheia de graça”, é a Mãe de Jesus e nossa. Nossa Senhora acolheu esse presente de Deus. Ela viveu da graça que lhe foi dada e só nela encontrou motivos para permanecer firme mesmo quando seu filho era perseguido, humilhado e injustamente assassinado. Somente pela graça é possível dobrar as barras de aço da violência. Somente com o acolhimento da graça de Deus e a convivência íntima com ela é possível realizar uma bonita história de vida neste mundo. Não nos esqueçamos, no entanto, do inimigo mortal da graça: o pecado! Fiquemos atentos.

GRATIDÃO. Sêneca foi um grande intelectual do Império Romano e contemporâneo de Jesus. Nasceu um pouco antes e morreu anos após a morte e ressurreição do Senhor. Ele escreveu coisas incríveis. Eu me inspirei em uma de suas máximas para escrever um livro na década passada, “A alma do dia”. Sêneca tem uma bela expressão sobre a gratidão que pode ser facilmente encontrada entre essas frases de famosos na internet: “Quem acolhe um benefício com gratidão, paga a primeira prestação da sua dívida”. Acho que o pensamento dele está em perfeita sintonia com a palavra portuguesa “obrigado”. Diferen-temente de outras línguas neolatinas como o espanhol e o italiano que têm as palavras “gracias” ou “grazie” para se dizer a alguém que nos tenha beneficiado, nós falamos “obrigado”, isto é, eu fico obrigado a algo diante de alguém que me fez o bem. Tenho uma “dívida” e quando agradeço, de algum modo, já comecei a pagar essa dívida.

12 GOIÂNIA | ABRIL 2018Rafapédia

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PE. RAFAEL VIEIRA SILVA, C.SS.R.

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HHARMONIA. Nesses tempos de violência, de mentiras aos bor-botões nas redes sociais, de ódio destilado em comentários de católicos sobre a Igreja, os bispos e os padres, sinto que harmonia teria que nos inspirar mais do que aquela mensagem antiga que dizia que harmonioso seria o ambiente onde tudo está do mesmo jeito. Onde não existem divergências ou diferenças. O sentido da harmonia, hoje, me joga mais para o lado da tolerância, do res-peito e do interesse pelo bem dos outros. Sinto harmonia quando, mesmo com possibilidades latentes de conflito, as pessoas não se agridem, não jogam para fora seus maus sentimentos, sua bílis. No mês passado, num entrevero entre dois ministros da Suprema Corte, um deles disse tudo o que não combina com a harmonia: “Me deixa de fora desse seu mau sentimento. Você é uma pessoa horrível. Uma mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia [...]”. “A vida para V. Exa. é ofender as pessoas [...] É bílis, ódio, mau sentimento, mal secreto, uma coisa horrível”.

HONESTIDADE. Se eu pudesse, usaria os 677 caracteres que tenho à minha disposição na redação deste parágrafo para repetir a palavra honestidade. Ficaria chato, para você, leitor. Mas, justifico esse meu desejo confessando que essa é a palavra que o Brasil precisa repetir desde o momento que desperta até o momento de se recolher. O Brasil precisa voltar a aprender o que significa honestidade. E quando me refiro ao País quero dizer todo mundo que está dentro dele. Eu, você, todo mundo. Fomos nos acostumando com o “jeitinho brasileiro” e isso emporcalhou nossa consciência. Pareceria ser uma característica “bonitinha” da nossa vida nacional. Furar fila, pedir favores, “molhar a mão”, cultivar privilégios, achar solução para o que não tem solução na vida moral e assim viemos parar numa vala de corrupção generalizada. Emplaco, pelo menos, três vezes: honestidade, honestidade, honestidade.

HUMOR. Rir é como um alongamento da alma. Costumam dizer os entendidos em musculação que a segurança de um bom exer-cício depende sempre da qualidade do alongamento. O humor é nossa segurança. Quem ri, inclusive de si mesmo, está mais preparado para os exercícios que a vida cotidiana impõe todos os dias. Eu tenho um humor do cão em todas as manhãs. A causa é deficiência química. No mês passado, um psiquiatra muito gente boa que trabalha aqui em Brasília me passou um remédio que está mudando isso. Estou me tornando uma pessoa mais civilizada nas primeiras horas do dia. No resto do tempo, gosto de rir e amo pessoas que não têm essa oscilação que meu organismo me impõe. Pessoas divertidas iluminam nossos ambientes de convivência. O humor só se envenena quando se volta para rir dos outros, das deficiê ncias, das feiuras, dos chamados defeitos. Aí é de chorar.