jornal quilombo - 16ª edição

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ANO 2 - Nº 16 / 2009 Quilombo JORNAL É HORA DE PRODUTIVIDADE. www.quilombo.com.br LEILÃO EAO, GUADALUPE E QUILOMBO 22/11 - União de qualidade, consistência e resultados. BIENAL QUILOMBO 2010 a todo vapor... Destaque do mês: GRANDIOSA 9 MARATHAÍ. Foto: RUBENS FERREIRA

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Jornal Quilombo - 16ª Edição

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Page 1: Jornal Quilombo - 16ª Edição

ANO 2 - Nº 16 / 2009

QuilomboJ O R N A L

É HORA DE PRODUTIVIDADE.

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LEILÃO EAO, GUADALUPE E QUILOMBO 22/11 - União de qualidade, consistência e resultados.

BIENAL QUILOMBO 2010 a todo vapor...

Destaque do mês: GRANDIOSA 9 MARATHAÍ.

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Page 2: Jornal Quilombo - 16ª Edição

GENÉTICA

Qualidade é a palavra da vez. É hora de produtividade.

Herdabilidade + Diferencial de Seleção.

Diariamente a sociedade brasileira cobra do agronegócio responsabilidades nos aspectos econômicos, sociais, ambientais e até culturais, prescrevendo índices que nem sempre são viáveis economicamente de serem alcançados. Já faz tempo que os produtores rurais transformaram-se de fazendeiros em empresários do agronegócio. A necessidade de sobrevivência levou o campo a se profissionalizar em uma velocidade tão grande, vista somente na revolução industrial. A mecanização do campo trouxe possibilidades indescritíveis de ganhos de produtividade e de escala. Em conseqüência, estamos nos consolidando como a mais competitiva potência do agronegócio mundial. Alguns personagens têm seu lugar de destaque nesta história. Em primeiro lugar estão os animais zebuínos, que foram trazidos da índia e se especializaram em produzir carne de baixíssimo custo, adaptando-se a diversos climas, manejos e adversidades existentes em nosso país. Outro personagem de destaque foi a soja, que no final da década de 70 foi adaptada a produzir no cerrado brasileiro e se tornou nossa vedete, campeã de produtividade. Cabe aqui fazermos uma ressalva que nada disso teria acontecido sem nossos pesquisadores da EMBRAPA, pioneira nas adaptações, criações de técnicas e produtos para produzirmos em condições especiais, somente encontradas em nosso país. No início da década de 70, produzir no cerrado, cultivar pastagens, gado zebuíno para produção de carne, eram taxados como problemas, hoje com o desenvolvimento de tecnologias são conhecidas como vantagens produtivas.Em meados da década de 90, o desenvolvimento de uma parceria de agricultura e pecuária começou a ser desenhada e hoje vai se consolidando e incorporando conceitos de ganhos de produtividade no dia a dia dos pecuaristas. O conceito de produtividade se enraizou de tal forma, que os produtores não se preocupam somente com a quantidade que produzem. Hoje a qualidade é a palavra da vez. Qualidade tem que agregar valor aos produtos, caso contrário será puro desperdício de trabalho. Produtividade e qualidade devem potencializar resultados. Altos índices

de produtividade não têm valor algum se não forem economicamente viáveis. Atualmente temos disponíveis diversos mecanismos para incrementar a produção, porém os produtores devem se atentar a que tipo de tecnologias estão implantando em suas fazendas, qual o nível de domínio que mantém sobre elas, e principalmente se vão gerar ganhos produtivos e agregar valor a seus produtos.Na produção de carne existem dois pontos principais em que os produtores podem trabalhar: ambiente e genética. O ambiente, podemos comparar ao combustível que será fonte de energia para a máquina produzir e a genética, podemos comparar com a máquina, que sem combustível não produzirá nada. O bom funcionamento deste sistema se chama interação genótipo-ambiente. Não adianta fornecermos ambiente de qualidade para animais de

baixa produtividade e vice-versa. Animais de alto desempenho devem ser aproveitados em ambientes de qualidade, caso contrário estará havendo um desperdício produtivo. A sinergia gerada do bom ajuste de ambiente e genética traz resultados produtivos que se traduz em valor agregado. Tirar proveito desta situação é fundamental para os dias de hoje. A escolha genética tem que ser

cuidada como a compra de uma máquina, olhando as especificações técnicas do produto, quais características realmente interessam para seu trabalho, durabilidade, garantias de produção e se o produto adquirido vai ter bom desempenho na situação que o produtor tem em sua fazenda. De nada adianta comprar um carro de luxo para trabalhar em estrada de terra, para isto o mercado tem se atentado e valorizado animais produzidos a pasto. Animais super alimentados podem parecer momentaneamente mais produtivos do que animais produzidos a pasto, porém o que vai determinar isso é o ambiente em que eles terão de produzir, por este motivo a origem dos animais escolhidos para reprodução é importante na busca dos resultados. Neste processo de ganho de produtividade o produtor precisa conhecer detalhes de suas “máquinas” para a determinação de quais características deve priorizar para o ganho de produtividade.

Não adianta priorizar uma característica de produção que não tenha “força de herança”. A força de herança é conhecida como herdabilidade, que é expressa numa escala de 0-1 (0 a 100%). Existem três níveis em que classificamos a herdabilidade, alta (> de 45%), média (de 25% a 45%) e baixa (<25%).

Priorizar características de alta e média herdabilidade, é uma boa estratégia para otimizar ganhos de produtividade. O diferencial de seleção é uma ferramenta que mede a diferença dos animais selecionados para reprodução, comparados com a média do rebanho, quanto maior o diferencial de seleção, maiores serão os ganhos de produtividade. O fator mais importante na determinação do diferencial de seleção é a taxa de reposição do rebanho, que é consequência de boas taxas de fertilidade, baixa mortalidade e longevidade produtiva.

Para exemplificar melhor, traduzimos estas duas ferramentas: Herdabilidade + Diferencial de Seleção, da seguinte maneira: se em um rebanho em que temos o peso aos 365 dias de idade de 300 Kg, selecionamos um grupo de animais machos e fêmeas para reprodução e temos uma média de 350Kg, ou seja, o diferencial de seleção é de 50Kg. Como a herdabilidade para peso aos 365 dias é de 0,32, a progênie gerada deste grupo selecionado pesará 316 Kg, e se focarmos nossa seleção em uma característica de baixa herdabilidade dificilmente conseguiremos bons ganhos produtivos mesmo com alto diferencial de seleção.Escolher corretamente os animais que permanecerão no rebanho depende de uma boa coleta de dados, processamento e uniformidade de ambiente para que as avaliações sejam espelho do que acontece no rebanho, para isto é fundamental a boa formação de grupos contemporâneos.O cenário atual mostra que os produtores devem saber otimizar ganhos de produtividade e se preocupar em produzir produtos que o mercado valoriza. O valor agregado de cada produto será determinado por consumidores cada dia mais exigentes quanto à qualidade, certificação de origem e segurança alimentar, ou seja, não somos mais vistos como produtores de bezerros, bois ou vacas, somos vistos como produtores de alimento de qualidade.

03QuilomboJ O R N A L

02 QuilomboJ O R N A L

03

Período de Gestação (PG)Tem reflexos econômicos na pecuária zebuína, por estar relacionada com o peso ao nascer e partos distócicos. Bezerros nascidos de gestações mais curtas têm menor peso ao nascimento, além disso, a duração da gestação é fundamental para uma matriz que precisa produzir um bezerro ao ano. Touros com DEPs negativas (expressa os dias a menos de duração da gestação) são indicados para uso.

Perímetro Escrotal aos 365 e aos 450 dias (PE365 e PE450)São importantes na seleção de bovinos de corte, pela associação genética favorável da característica com precocidade sexual e fertilidade. Touros com DEPs mais elevadas são os mais indicados.

Peso aos 120 dias (MP120)Avalia habilidade maternal da vaca (efeito ou DEP materna) e de crescimento dos bezerros (efeito ou DEP direta), usado como âncora nas análises bicaracteres para minimizar os efeitos de descartes posteriores à desmama. Touros com DEPs mais elevadas são os mais indicados.

MGTÉ o índice que fornece ao criador a oportunidade de escolher animais geneticamente superiores, harmonicamente balanceados para reprodução, habilidade maternal, fertilidade, precocidade sexual e crescimento pós-desmame. O índice desenvolvido pela ANCP, calculado para machos e fêmeas, considera as seguintes ponderações e características:Habilidade Maternal (MP120) 20%Peso aos 365 Dias (DP365) 20%Peso aos 450 Dias (DP450) 20%Perímetro Escrotal aos 365 Dias (DPE365) 10%Perímetro Escrotal aos 450 Dias (DPE450) 10%Idade ao Primeiro Parto (DIPP) 15%Período de Gestação (DPG) 5%

Característica HerdabilidadeP120 (materna) 0,16P365 0,32P450 0,33PE365 0,39PE450 0,42IPP 0,11PG 0,38 Fo

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009

CONHECER ESSAS CARACTERÍSTICAS E SUAS MEDIDAS NOS FAZ ENTENDER MELHOR ESTE PROCESSO.

Pesos aos 365 e aos 450 dias (P365 e P450)Expressam o potencial de ganho em peso no período pós-desmama. Touros com DEPs mais elevadas são os mais indicados.

EXEMPLO: DEPS TOURO 7308/04 PO PERDIZES

MGT TOP MP 120 TOP DP 365 TOP DP 450 TOP DPE 365 TOP DPE 450 TOP DIPP TOP

18.60 0,10% 2,9 3% 20,67 0,10% 22,97 0,10% 0,59 3% 1 1% -0,84 10%

Idade ao Primeiro Parto (IPP)Característica indicadora da precocidade sexual. Influencia a produtividade e a eficiência reprodutiva do rebanho. Touros com DEPs negativas (expressa os meses a menos para o primeiro parto) são indicados para uso.

Page 3: Jornal Quilombo - 16ª Edição

QuilomboJ O R N A L

05QuilomboJ O R N A L

04 DESTAQUES QUILOMBO

A união entre esses três criatórios significa bem mais que uma simples parceria, é uma soma de valores em busca de um mesmo objetivo, o aprimoramento da Raça Nelore. Seguindo caminhos bem parecidos, através de um trabalho criterioso, responsável e focado em resultados, os três criatórios estão alicerçados no Programa de Melhoramento Genético da Raça Nelore (PMGRN)munidos de qualidade genética e tecnologia de ponta.Neste leilão todos terão a oportunidade de conhecer um

pouco mais dos trabalhos destes renomados rebanhos, que apresentam resultados de qualidade do gado de pista com avaliações de melhoramento genético.A Quilombo oferece neste leilão 60 fêmeas, entre bezerras, novilhas e matrizes. Animais criteriosamente escolhidos, avaliados pelo Programa de Melhoramento Genético da USP e com a genética Quilombo, uma certificação de qualidade e de bons resultados.

Acesse catálogo completo no site: www.quilombo.com.brTransmissão

(43) 3373 7000

Realização

(43) 3373 7077www.programaleiloes.com

AgênciaAvaliação Genética Local

RECINTO

Fotos

(11) 3609-1562 / (11) 8269-0606

RANCHEIRA 19 TE DA QUILOMBOEdhank TE BM da FC x Rancheira de Naviraí (Fajardo)Nasc.: 17/05/2006Parida de fêmea do 7308 PO Perdizes e prenhe do Jeru FIV Brumado

VALENTINA TE DA QUILOMBOOton TE da Quilombo x Bulgária I PO da NI (1646 da MN)Nasc.: 30/05/2003Parida de macho do Vitoriano da Quilombo

Foto

s: R

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REI

RA

MGT TOP MP 120

TOP DP 365

TOP DP 450

TOP DPE 365

TOP DPE 450

TOP DIPP TOP

2,81 50% 1,07 40% 6,25 30% 6,71 30% -0,46 100% -0,54 100% -0,23 50%

IRANI 3 TE QUILOMBOPaysandu de Naviraí x Irani PO da NI (Gandhi) Nasc.: 20/11/2004Prenhe do Jeru FIV Brumado

BABALU 5 TE QUILOMBOPaysandu de Naviraí x Babalu PO da NI (Panagpur) Nasc.: 06/09/2003Prenhe do Duque TE Lagoa

MGT TOP MP 120

TOP DP 365

TOP DP 450

TOP DPE 365

TOP DPE 450

TOP DIPP TOP

2,84 50% -3 100% 6,32 30% 5,51 40% 0,16 25% 0,01 50% -0,96 3%

MGT TOP MP 120

TOP DP 365

TOP DP 450

TOP DPE 365

TOP DPE 450

TOP DIPP TOP

5,15 30% -2,1 100% 9,67 15% 6,92 30% 0,22 20% 0.01 50% -0,85 5%

MGT TOP MP 120

TOP DP 365

TOP DP 450

TOP DPE 365

TOP DPE 450

TOP DIPP TOP

5,17 30% 1,67 20% 7,24 25% 6,48 30% 0 50% -0,22 80% -0,09 70%

KELLY 27 TE DA QUILOMBOGuincho TE Naviraí x Kelly SR da Sara (Keoma SR da Sara)Nasc.: 19/11/2008

SALINA 10 TE DA QUILOMBONobre TE da Primavera x Salina Quilombo (Enlevo)Nasc.: 19/12/2008

MGT TOP MP 120

TOP DP 365

TOP DP 450

TOP DPE 365

TOP DPE 450

TOP DIPP TOP

12,42 2% 1,41 25% 14,29 2% 11,18 10% 0,21 20% -0,13 70% -1,61 0,1%

MGT TOP MP 120

TOP DP 365

TOP DP 450

TOP DPE 365

TOP DPE 450

TOP DIPP TOP

15,79 0,5% 1,82 15% 16,88 0,5% 16,16 2% 0,39 10% 0,33 15% -1,58 0,1%

Page 4: Jornal Quilombo - 16ª Edição

PER SPECTIVAS

2009 ensinou muito, e deixa ótimas perspectivas para 2010.

Está chegando o fim de ano. É hora de refletir, analisar, ponderar e projetar os rumos para o próximo ano.O ano de 2009, que iniciou-se com o reflexo da crise mundial de 2008, foi um verdadeiro aprendizado. A pecuária brasileira recebeu um grande golpe, sendo apontada como vilã e responsável pelo desmatamento da Amazônia e o aumento da emissão de gás carbônico na atmosfera. Diante dessas acusações, o mercado da carne se retraiu e campanhas contra os criadores foram lançadas, sem que o setor reagisse como deveria. O preço da arroba do boi foi para baixo como castigo a quem produz.Tomamos conhecimento das distorções e exageros existentes em nosso negócio, da importância e reconhecimento diante do trabalho inovador, sério e competente. Sentimos a necessidade cada vez maior de investimentos em tecnologias avançadas, genética de ponta, ajustes e redução de custos. Perante os

novos desafios, como os problemas de sustentabilidade e da política ambiental, procuramos os caminhos corretos e legítimos para nos enquadrar. Trabalhamos, lutamos e chegamos a bons resultados como pagamento pelo esforço e dedicação de uma equipe coesa e responsável. E o conhecimento de tudo é, para mim, o maior bem necessário para que possamos abrir o horizonte de oportunidades que nos levará a contribuir para a solução e evolução dos nossos negócios e da raça humana.

Alice Ferreira Fazenda Quilombo

03QuilomboJ O R N A L

06 BIENAL QUILOMB O 2010

O sucesso de um evento depende da qualidade dos animais, de colaboradores competentes, criatividade e um planejamento antecipado.O BIENAL QUILOMBO tem todos esses ingredientes e mais um: é feito com todo o carinho e dedicação por quem vive e respira a raça Nelore.Os animais já estão selecionados e ... anote aí: você vai se surpreender com a qualidade. A assessoria, leiloeira e nossa

equipe estão preparando grandes surpresas.Estamos a seis meses do leilão, mas todo o planejamento e projeto de comunicação criado e aprovado. Nossos grandes parceiros e fornecedores uniram forças e estão oferecendo o que tem de melhor. Dia 29 de maio de 2010. Guarde essa data e prepare-se para fazer os melhores negócios da pecuária seletiva.

Faltam seis meses e nossa equipe está a todo vapor.

QuilomboJ O R N A L

07

“Ousadia , muito trabalho, saúde e felicidade. Que 2010 seja a cada dia mais completo.”

Feliz Natal e um Ano Novo iluminado. São os votos da Fazenda Quilombo aos seus parceiros e amigos.

Foto

: FÁ

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FAT

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Page 5: Jornal Quilombo - 16ª Edição

O Jornal Quilombo é uma edição trimestral da Fazenda Quilombo. Edição e criação: Art Luz Propaganda | Fotos: Fábio Fatore, Jadir Bison e Rubens Ferreira | Impressão: Midiograf Gráfica e Editora

F a l e c o n o s c o ( 1 1 ) 3 0 4 9 - 8 8 8 0 | w w w . q u i l o m b o . c o m . b r

Este jornal é impresso em papel reciclado. A Quilombo apóia e pratica o desenvolvimento sustentável.

QuilomboJ O R N A L

08 DESTAQUE DO MÊS

NASC.: 12/06/2008 REG.: ABCP 527

Condomínio: Agropecuária Santa Bárbara, Fazenda Quilombo, Marathaí Pecuária e Olavo Monteiro de Carvalho.

BITELO DA SSLUDY DE GARÇA

TAREFA DA SS

GRANDIOSA TE G. MARATHAÍBIG BEN DA SN

ARYAMA TE BRAVNAGAR

GRANDIOSA 9 MARATHAÍ

GRANDIOSA no nome e na genética.

Grande Campeã Uberlândia 2009;Res. Grande Campeã Expoinel 2009;Res. Grande Campeã Expoinel MG 2009;Campeã Bezerra Expozebu 2009;Campeã Bezerra Barretos 2009;Campeã Bezerra Passos 2009;Res. Campeã Bezerra Avaré 2009.

Foto

: JA

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Velhos tempos. Bons tempos!Momentos que deixam saudades. Foto durante a Expoinel 2000, com os criadores

José Carlos Prata Cunha, Eduardo Biagi, Jayme Santos Miranda, Evaldo Rino Ribeiro, Antonio Grisi Filho, Alice Ferreira e Helder Henrique Galera.