jornal perspectiva 4ª edição

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N° 4/ 1° Semestre de 2013 Publicação do Curso de Relações Públicas da UFG Impresso Especial 580/2004-DR/GT UFG Correios A UFG formou neste início de 2013 mais 30 profissionais de Relações públicas, aptos a atuar em diversas áreas no campo da comunicação. Na primeira semana de fevereiro eles apresentaram seus TCCs (trabalho de conclusão de final de curso). Quatro deles obtiveram nota máxima. O resumo deles está na pág.16 UFG forma mais 30 Relações Públicas Simetria expõe trabalhos A 1ª Mostra de Trabalhos da Simetria – Agência Experimental de Relações públicas – expôs os trabalhos desenvolvidos pela agência em outras unidades (pág. 2) . Sobre as ações de reestruturação da agência, como isso afeta a vida do graduando e as expectativas futuras, veja na pág. 3 Reeleição na FACOMB Páginas 4 e 5 Direitos Humanos Página 13 • CONRERP p. 7 • Visita à UNB p. 11 • Cultura no Campus p. 12 • Mudança no DACOM p. 12 • Crônicas p. 14 • Mercado de trabalho p. 15 Elimara Oliveira Divina Marque

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Publicação do Curso de Relações Públicas da UFG

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Page 1: Jornal Perspectiva 4ª edição

N° 4/ 1° Semestre de 2013

Publicação do Curso de Relações Públicas da UFG

Impresso Especial

580/2004-DR/GTUFG

Correios

A UFG formou neste início de 2013 mais 30 profissionais de Relações públicas, aptos a atuar em diversas áreas no campo da comunicação. Na primeira semana de fevereiro eles

apresentaram seus TCCs (trabalho de conclusão de final de curso). Quatro deles obtiveram nota máxima. O resumo deles está na pág.16

UFG forma mais 30 Relações Públicas

Simetria expõe trabalhos

A 1ª Mostra de Trabalhos da Simetria – Agência

Experimental de Relações públicas – expôs os

trabalhos desenvolvidos pela agência em outras unidades (pág. 2). Sobre as ações de reestruturação da agência, como isso afeta a vida do

graduando e as expectativas futuras, veja na pág. 3

Reeleição na FACOMBPáginas 4 e 5

Direitos HumanosPágina 13

• CONRERP p. 7• Visita à UNB p. 11• Cultura no Campus p. 12• Mudança no DACOM p. 12• Crônicas p. 14• Mercado de trabalho p. 15

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Nº 4/1º Semestre de 2013

EDITORIAL

EXPEDIENTE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFGReitor: Edward Madureira Brasil Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia - FACOMBDiretor: Magno MedeirosVice-diretora: Eliany AlvarengaCoordenador do curso de RP: Claudomilson Fernandes Braga

A primeira Mostra de Trabalhos da Simetria – Agência Experimental de Re-lações Públicas – realizada no dia 27 de fevereiro nas dependências da FACOMB, foi uma demonstração de que a prática é fundamental para o entendimento da teo-ria. No auditório estavam os representan-tes das unidades onde os projetos foram desenvolvidos, os autores dos trabalhos (todos os formandos e alguns alunos e alu-nas de outros períodos), o Diretor da FA-COMB, Magno Medeiros, o Coordenador do curso, Claudomilson Fernandes Braga, o assessor de Relações Públicas da UFG, Venerando de Freitas, professores do curso e convidados.

Lutiana Casaroli, uma das coor-denadoras da Simetria, disse na abertu-ra que o que se quer com o projeto é o

Nesta edição do Perspectiva, apresen-tamos temas que movimentaram o ano de 2012. Um assunto que gerou inúmeras espe-culações foi o possível fim do mundo, no dia 21 de dezembro de 2012, data apontada a par-tir de indicações do Calendário Maia.

O ano passou e o mundo não acabou... Mas o assunto foi bem aproveitado pelo mer-cado, que lucrou com as especulações imobi-liárias, como no caso da cidade de Alto Paraí-so, em Goiás. As indústrias cinematográficas, as redes de televisão, supostos videntes, cien-tistas, dentre outros, também tiraram proveito da exploração do tema.

O mundo não acabou em 2012, mas está sendo destruído gradativamente devido à exploração inapropriada dos recursos na-turais e dos danos causados, principalmente, em consequência da ação do homem. As fu-turas gerações estão com suas vidas compro-metidas diante do descaso, da falta de ética e da irresponsabilidade com o próximo e com a nossa Casa maior - o planeta. Ressaltamos, portanto, a importância do cuidado com a vida em seu sentido pleno.

Apresentamos, ainda, neste Pers-pectiva, assuntos que movimentaram a FA-COMB em 2012: a reeleição da Direção da faculdade; a discussão do respeito à diver-sidade e contra a homofobia; as novidades do Curso de Relações Públicas para 2013; a reestruturação da Simetria - Agência Júnior de RP; a atuação do Conselho Regional de Relações Públicas em Goiás; os Trabalhos de Conclusão do Curso de Relações Públi-cas que foram destaque no último semestre, as eleições do DACOM - Diretório Acadê-mico de Comunicação Social, as novidades do Projeto Música no Campus, dentre vá-rios outros assuntos.

Esta edição do Perspectiva é fruto da dedicação e produção prática dos alunos da Disciplina “Produção de Texto Jornalístico II”, do 4º período de Relações Públicas da UFG. Boa leitura!

Profª. Drª Divina Marques e Profª Ms. Gardene Leão.

AGÊNCIA JÚNIOR

OPINIÃO/EXPEDIENTE

PUBLICAÇÃO DO CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS -

PerspectivaEndereço para correspondência: Caixa Postal: 131 Campus II – [email protected] : 74.001-970 – Goiânia-GO

Disciplinas: Produção de Texto Jornalístico II Projeto Gráfico: Caroline MagalhãesDiagramação: Cleomar NogueiraEditoras: Divina Marques e Gardene LeãoRedação: alunos da disciplina PTJ II.

Respeito à vida, à terra, ao outro

1ª Mostra de trabalhos da Simetria

estabelecimento de políticas de relações públicas com padrão de qualidade e efi-ciência, ao mesmo tempo em que prepara melhor cada um dos alunos para a reali-dade da profissão. Flávia Martins, a outra coordenadora do Projeto, elogiou a dedi-cação dos alunos e destacou a expectativa que se criou em torno do planejamento. Segundo ela, a experiência exigiu paci-ência e compreensão tanto das unidades, quanto dos alunos e isto também foi um aprendizado proveitoso. Das conclusões a que se chegou, uma delas é que o plane-jamento é fundamental para as Relações Públicas. Magno Medeiros cumprimen-tou toda a equipe e todos os alunos par-ticipantes pela realização dos trabalhos que foram apresentados em banners e ex-postos no corredor da unidade.

No auditório, as atenções se voltam para as explicações do Projeto. À frente dos banners, os alunos trocam idéias, dão explicações, se confraternizam.

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Nº 4/1º Semestre de 2013

Caroline Fernandes e Leiliane Souza

A SIMETRIA - Agência Júnior de Re-lações Públicas da Universidade Federal de Goiás- tem como objetivo dar oportunidade ao graduando para colocar em prática as teo-rias do curso de Relações Públicas.

Atualmente coordenada pelas profes-soras de Relações Públicas Lutiana Casaroli e Flávia Martins, com o apoio do Núcleo de Docen-te Estruturante (NDE), a SIMETRIA trabalha para que a agência se torne re-conhecida não só na Fa-culdade de Comunicação Social e Biblioteconomia (FACOMB), como em ou-tras faculdades da UFG, atendendo ao público in-terno da universidade.

Segundo Tauane Caldas, monitora da Agên-cia Júnior de Relações, as unidades da UFG estão reagindo bem diante do novo formato da SIME-TRIA. “Fomos muito bem recebidos. As 11 unidades da UFG, desde o primeiro contato, se mostraram interessadas no proje-to. Sabem da importância da agência, já que é um espaço onde o aluno, sob orientação das professoras, coloca em prática toda teoria aprendida em sala de aula”.

Para falar sobre a SIMETRIA, en-trevistamos o professor Dr. Claudomilson Fernandes Braga, coordenador do curso de Relações Públicas da UFG. Nesta edição do Perspectivas, ele nos fala sobre a reestrutura-

Reestruturação da SimetriaConheça a nova proposta da Agência Júnior de Relações Públicas da UFG

ção da Agência Júnior de Relações Públicas, quais as expectativas com a nova proposta e como isto afeta a vida do discente de RP.

Como a coordenação de Relações Públicas colaborou na reestruturação da SIME-TRIA?

Na verdade fui só o mentor, não de-cidi nada sozinho. Existe um núcleo que

se chama NDE (Núcleo Docente Estruturante), formado pelos profes-sores do curso, que são convidados a pensar os projetos pedagógicos e projetos acadêmicos de Relações Públicas.

Apresentei a pro-posta para que a SIME-TRIA tivesse um novo formato, o NDE amadu-receu e eu convidei a pro-fessora Lutiana Casaroli para que, em sua viagem ao sul, visitasse universi-dades com agências fun-cionando para ver boas ideias e aplicá-las aqui na UFG. Ela visitou algumas universidades e trouxe a

sugestão da SIMETRIA virar uma disciplina durante um ano. Diante da proposta, decidi-mos montar o projeto, que agora está associa-do a uma disciplina específica: SIMETRIA I e SIMETRIA II.

Quais são as mudanças da SIMETRIA? A SIMETRIA é reestruturada em um

bom período do curso, porque ela foi pensa-da em um novo formato, em um momento em

que o aluno já tem uma maturidade acadêmi-ca, com um número mínimo de informações obtidas. Existe um pré-requisito para fazer a SIMETRIA, que são 12 disciplinas de núcleo comum. Neste momento, o aluno já viu qua-se todas as matérias da área de comunicação e chega para trabalhar com uma bagagem de conhecimento elevada.

Como a nova proposta está organizada na grade do curso?

Quero esclarecer que não houve mu-dança de grade e sim uma readequação no fluxo; ou seja, não foi criada nenhuma disci-plina nova. A agência entra na grade em um momento importante, nos 6° e 7° períodos, quando o estudante inclusive está tomando a decisão de que área quer seguir. Dentro da SIMETRIA, ele pode escolher um assunto de interesse. Ela está em um lugar estratégico do curso porque o aluno decide “o que quer ser quando crescer”.

Quais os resultados esperados com a rees-truturação da SIMETRIA?

Esperamos que estas mudanças melhorem a performance dos alunos em termos de aprendizagem prática, já que a Simetria tem essa vocação - proporcio-nar ao aluno o contato com a realidade do mercado. Para isso, nesta primeira fase, a SIMETRIA vai atender a determinadas unidades da UFG. Os alunos terão expe-riência com a prestação de serviços em 11 unidades que se aproximam da realidade de médias empresas, pois possuem toda uma estrutura organizacional, burocrática e hierárquica. Desejamos que o resultado seja importante para o curso e, principal-mente, para os alunos.

Tauane Caldas, monitora da Simetria, aluna do 4º período de RP

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Depois da reestruturação, foi feita a 1º Mostra para apresentação dos trabalhos, com as presenças do coordenador do curso, Claudomilson Braga, diretor da unidade, Magno

Medeiros, professoras Lutiana e Flávia, alunos e convidados

AGÊNCIA JÚNIOR

TEORIA/PRÁTICA

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Nº 4/1º Semestre de 2013

MAGNO MEDEIROS

ENTREVISTA

Reeleito, diretor faz balanço e anuncia planosQue razões o levaram a buscar a reeleição?

A gente vem desenvolvendo, nos últimos quatro anos, uma série de projetos, que acabaram mudando a cara da Facomb. Conseguimos implementar várias refor-mas no espaço físico e construir o prédio do LABcom. O número de professores praticamente dobrou, saímos de 33 para 62 professores em 2012. O numero de alu-nos aumentou de 560 para cerca de 800 e o numero de servidores de 10 para 13. Os indicadores de extensão e pesquisa e de ensino tam-bém melhoraram bastante e fizeram com que a Fa-comb se posicionasse num patamar melhor do que nos anos anteriores. Fora isto, nós conseguimos vários avanços, em termos de in-fraestrutura, construção do estacionamento, refor-ma, redimensionamento do espaço físico, redimen-sionamos os espaços das coordenações de curso, di-reção e secretaria adminis-trativa. Acho que a postura do diálogo e o crescimento ocorrido fizeram com que eu me sentisse incentivado a prosseguir nesse trab-alho.

Essas ações foram real-izadas ao lado da profª Maria de Fátima. Qual foi sua reação ao receber o anuncio dela de que não pretendia disputar um novo pleito?

Normal. A professora Fátima teve uma contri-buição muito importante, nós trabalhamos juntos nos últimos quatro anos e ela o tempo todo esteve conosco, dialogando, conversando, contribuindo com suas ideias e com a sua postura ética. Então, ela teve um papel funda-mental. Por uma questão pessoal, ela preferiu não se can-didatar, nós respeitamos essa decisão, o que é próprio da democracia. A pessoa num certo momento se sente mo-tivada a participar de maneira mais próxima e em outro momento de maneira mais indireta.

Como foi a escolha da nova vice diretora da Facomb? Foi um processo quase natural porque a professora

Eliany já vinha participando de uma serie de projetos con-osco. O convite foi algo espontâneo na medida em que ela já estava engajada em uma serie de ações de gestão. Então nós formulamos oficialmente o convite e felizmente ela aceitou estar conosco nessa batalha.

Você tem algum recado, alguma mensagem, um desejo de que ela faça algo diferente do que a Professora Ma-ria de Fátima fez?

Não, são perfis diferentes, não dá para comparar, porque cada pessoa tem um perfil diferente. A profª Fátima tem um perfil mais discreto, um perfil mais sereno, já a Prof. Eliany

tem um perfil mais extrover-tido, mais comunicativo, mais agitado. As duas tem perfis diferentes, os dois perfis são igualmente importantes.

Você diria que o perfil da Prof. Eliany é o indicado para esse momento em que vive a Facomb?

Eu acho bastante adequado porque nós va-mos ter que desenvolver uma série de ações com bastante serenidade e com processos de discussão muito fortes e a vice dire-tora tem essa capacidade muito forte de comunica-ção, de negociação. Então acho que a contribuição deve ser fundamental.

Ficou alguma coisa penden-te do seu mandato anterior que você pretende reali-zar agora ou por ser outro começa com tudo novo?

Acho que é impossív-el zerar totalmente as nossas demandas, necessidades e realizações, porque na ver-

dade a administração, a gestão, é um processo, vamos pegar, por exemplo, a questão laboratorial. Na nossa gestão nós co-locamos laboratórios como uma das prioridades e a gente conseguiu avanços nesta área de laboratórios, mas a luta é muito grande e a gente precisa ainda de desenvolver um es-forço para poder incrementar os laboratórios. Então a luta é permanente, ela não acaba nunca. Daqui a quatro anos, da-qui a oito anos, daqui a 12 anos a questão dos laboratórios vai continuar sempre na pauta como uma ação prioritária. É uma questão estrutural, envolve material de consumo, equipamentos, produção dos professores, dos alunos, sempre vai ter uma demanda muito forte nesta área, então eu acho que a questão dos laboratórios foi e continua sendo uma das prioridades e ela não vai se esgotar nunca.

Quais os momentos mais difíceis na gestão anterior? O momento inicial que nos assumimos foi um mo-

mento em que a Facomb vivia uma tensão muito grande por conta do processo de transição ocorrido em 2008, com a saída do diretor antes do vencimento do mandato.

Naiara, Brenda, Késia e Bianca.

Após quatro anos no

comando da Faculdade de

Comunicação e Biblioteconomia, Magno Medeiros

foi reeleito em novembro passado

com 83% dos votos válidos

dos professores e técnicos-

administrativos e 71% dos

estudantes. Um mês

após sua reeleição, conversamos com

ele para saber mais sobre seus objetivos com o novo mandato e

fazer um balanço geral dos últimos 4 anos em que ele

esteve no comando da FACOMB. Eis

a entrevista.

Magno Medeiros

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Nº 4/1º Semestre de 2013 ENTREVISTA

MAGNO MEDEIROS

Nos tínhamos um clima muito tenso e essa tensão teve que ser trabalhada com muita calma, equilíbrio, dialogo, para que os âni-mos fossem apaziguados e os diálogos fos-sem restabelecidos. Foi muito complicado e a casa estava muito bagunçada, no sentido de que os projetos estavam todos parados, estavam aguardando um posicionamento, aguardando a eleição de um novo diretor, os recursos financeiros também estavam para-dos. Fora isso, nós tivemos momentos de conflito pontuais que foram resolvidos no momento certo. É próprio de uma unidade acadêmica grande, é próprio da democracia esse tipo de conflito: a gente encara o con-flito como algo positivo também, na medida em que o ele pode gerar uma discussão e essa discussão pode gerar novas demandas, e um processo de negociação pode ser salu-tar. Então, eu não vejo o conflito como algo negativo não, isso faz parte da democracia. O ruim é quando o conflito descamba para o lado pessoal, para as rixas de ordem par-ticular, então isso é muito negativo e a gente se esforça para que não ocorra. Fora isso, nós tivemos um momento de greve, a última greve foi muito complicada, foi uma greve longa, que prejudica a Universidade como um todo. Acho isso extremamente com-plicado porque os nossos projetos, a nossa rotina produtiva fica paralisada em função da greve. A greve é um mal necessário, ela precisa ocorrer, os professores, os técni-cos e depois os estudante entraram nisso, ela entra como um instrumento de pressão, faz parte também da democracia. Mas é extremamente prejudicial, principalmente para o aluno que tem ai um período de três meses sem aulas e depois uma reposição dessas aulas em janeiro e fevereiro. Então, a greve traz muitas consequências que com-plicam a rotina da universidade.

Como a diretoria da Facomb lidou com o Projeto Ocupa?

A nossa postura foi de respeito aos movimentos de protesto, nós não permitimos nenhuma ação truculenta em cima daquelas pessoas que organizavam aquela manifesta-ção. Mas, infelizmente, o movimento se exce-deu e começou a praticar atos de vandalismo como, por exemplo, pichar muros e paredes, arrombar a porta do auditório. Então a direto-ria se viu obrigada a tomar algumas medidas administrativas, disciplinares, para evitar que essas ações pudessem prosperar.

Nós podemos, nos próximos anos, esperar por uma sede nova, já que o LABcom é um laboratório enorme e nós ficamos di-vididos entre a sede administrativa e os centros de aula?

Eu acho que a gente vai sempre ter em meta a possibilidade de expansão, a gente vai batalhar recursos do CT-INFRA (Pro-grama da FINEP que destina apoio aos pro-jetos de modernização e ampliação da infra estrutura de pesquisas nas IFES). Buscar recursos na reitoria, recursos complemen-tares do MEC para tentar ampliar o nosso espaço físico e também uma ampla reforma do nosso atual prédio, este aqui, que preci-sa sofrer uma reforma e existem problemas elétricos, hidráulicos, que a gente conserta hoje e mês que vem tem que consertar no-vamente. Então pretendemos fazer uma re-forma ampla no atual prédio. Isto não exclui a possibilidade de desenvolver projetos de novas construções.

E se o Jornalismo conseguir a autonomia não para se tornar faculdade, mas pelo menos um curso, qual a possibilidade le-gal de as demais habilitações se tornarem cursos também. O que você diz disso?

Eu acredito que existe a possibili-dade de as habilitações se transformarem em curso, no MEC já existem algumas diretrizes que contam, já existem alguns cursos de jornalismo e também está sendo pleiteado pela área de RP e de PP também para se transformar em curso e não ficar apenas em habilitações de comunicação social. Na medida em que a abertura foi colocada e foi aprovada, embora prelimi-narmente pelo MEC eu acho que esta pos-sibilidade é real, eu acho que existe esta possibilidade, e esta iniciativa depende principalmente da área que deve discutir em profundidade sobre isto. Então das três áreas que compõem a comunicação social, Jornalismo já iniciou esta discussão, PP e RP vão entrar nesta discussão também, acho que cabe discutir em profundidade esse tema na área. Sendo aprovado na área, isto vai pro conselho diretor, sendo aprova-do, sobe para as instancias superiores, a câmara de graduação, o Cegesp e depois o CONSUNI. Esta é uma possibilidade? É. Existem chances? Existem. Existem vanta-gens? Existem também. Acho que é pos-sível? É sim. Não é uma coisa automática, mas tem que ser discutida sim.

Se as habilitações virarem curso, a Fa-comb deixará de existir?

Não. São coisas diferentes, uma coisa é a estruturação das habilitações em cursos outra coisa diferente é criação de novas unidades. Uma unidade como a Fa-comb pode abrigar vários cursos, então se a habilitação transformar em curso con-tinuará numa unidade chamada Facomb. Pode ser que este nome sofra alguma al-

teração, mas do ponto de vista estrutural e institucional não muda, teremos habili-tação ou curso de RP, habilitação ou curso de PP, habilitação ou curso de Jornalismo. E temos o curso de biblioteconomia e agora recentemente o curso de Gestão de Infor-mação. A questão da unidade não muda tão facilmente quanto mudaria a transfor-mação de habilitação para curso, pois a questão da unidade envolve o regimento da UFG, as normas e o estatuto da UFG, que estão em processo de reformulação, então são coisas diferenciadas e que tem critérios diferentes.

Qual o projeto mais importante da sua gestão, aquele que você tratará com carinho em 2013?

A gente poderia enumerar em 2013 alguns ações prioritárias, vou começar pelo LabCom, este já concluido. Segundo, nós va-mos desenvolver projetos e vamos colocar na mesa do CEGESP um projeto de reforma do prédio. Não é uma coisa que a gente con-siga da noite pro dia, mas quanto mais cedo a gente pedir, quanto mais cedo a gente con-seguir desenvolver esse projeto, mais cedo a gente conseguirá implementá-lo. Terceira, re-formular o site da Facomb, adicionando, atu-alizando o conteúdo, melhorando o layout, e também aprimorando o design.

O que você fez no mandato anterior que você deseja não repetir, ou seja, o que você deseja mudar nessa nova gestão?

Uma coisa importante, e que a gente precisa melhorar, é a nossa comu-nicação interna, nós somos uma facul-dade de comunicação e aqui mais do que em outra unidade deveria ter um f luxo de comunicação mais dinâmico, mais intera-tivo, por isso que a gente está criando uma assessoria de comunicação integrada, tá faltando isso para que a gente tenha uma comunicação mais f luente, com os alunos, professores, servidores, entre os próprios alunos, entre os próprios técnicos. E ao mesmo tempo queremos que o nosso site seja um instrumento mais efetivo, para que essa comunicação possa f luir de ma-neira mais efetiva. Fora isso nos temos que consolidar nosso programa de pós graduação, nosso mestrado, o curso de es-pecialização e assessoria de comunicação em marketing, o curso de especialização e avaliação de ambientes informacionais e outros curso de especialização que estão em projeto, nós queremos criar outros cur-sos de especialização. Queremos investir mais na ampliação da pós graduação, pre-tendemos criar outro mestrado em ciência da informação também.

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Nº 4/1º Semestre de 2013

Balanço do período de vice-diretoraMaria de Fátima Garbelini assumiu a vice-direção

em 3 de outubro de 2008. O mandato foi bastante movi-mentado, devido à quantidade de afazeres. No entanto, a maioria das propostas feitas durante a eleição foi cumpri-da, como o empenho na construção do novo centro de au-las, do laboratório de Relações Públicas e do laboratório de comunicação.

Um momento delicadoHouve momentos delicados durante a gestão pro

tempore da professora Maria de Fátima, especialmente o período da greve durante o qual ocorreu uma manifestação por parte de alunos adeptos ao movimento, que acamparam na porta da FACOMB e - mesmo depois de terminada a greve - decidiram continuar acampa-dos desfrutando dos recursos da facul-dade (água, energia elétrica, internet). A professora explicou que com o retorno às aulas, os espaços da instituição estavam ocupados e não ha-via como, portanto, fazer concessões. Percebemos no re-lato dela, que foi ne-cessário equilíbrio e até carisma para en-contrar uma solução.

Momentos gratifi-cantes

Ela desta-cou a oportunidade que teve de com-partilhar a gestão da faculdade com o Professor Magno e colaborar no que foi do alcance, não sendo apenas uma vice- diretora, e sim uma parceira de trabalho. Como pro tempore a maior gratificação foi o auto conhecimento, pois como vice-diretora ela não assinava papéis e não es-tava totalmente à frente das decisões. Foi um momento de descobertas tanto pessoais, quanto profissionais.

Momentos decisivos A Decisão mais relevante foi, de fato, se iria ou

não continuar a parceria com o Professor Magno por mais

Com a palavra, a diretora pro temporequatro anos. Embora tenha gostado da atuação, a profes-sora possui outras prioridades para o momento, como a realização do estágio pós doutoral. Ela explicou:

“Primeiro, foi uma decisão pessoal. Segundo foi acadêmica. As atividades administrativas tomam muito tempo. E agora quero um descanso. Talvez eu tenha sido guiada por uma intuição. Senti a necessidade de voltar para o grupo de pesquisa. Quero ficar um pouco mais tranquila” (palavras textuais da professora).

Momentos Difíceis na vice direçãoGerenciar tempo para atender todas as de-

mandas que surgiram, administrar os recursos da FACOMB que são poucos para tantas necessidades, preparar a “casa” para a chegada de novos profes-

sores, estar presente em todos os eventos e reuniões, continuar a vida de professora. Ela se sentiu como um polvo (e sorriu ao dizer isto). “Mas é preciso atender a to-das as demandas, aos professores, aos fun-cionários, e aos alu-nos”, complementou.

ReconhecimentoA professora

Fátima se sentiu grati-ficada no cargo de vice-diretora. Mui-tas de suas sugestões foram acatadas e res-peitadas pelos colegas. Da parte do diretor, além do respeito e da valorização a professo-ra ainda sentiu a preo-cupação em encaixá-la nas decisões da facul-dade.

“Me sinto respeit-ada e valorizada pelo di-retor, que esteve sempre preocupado em pergun-tar e me colocar a par da

situação. Sempre perguntou, sempre pediu ajuda.”

Conselho para Magno“Se fosse para deixar um conselho para o professor

Magno Medeiros, diria para ele continuar da mesma ma-neira, com caráter, garra, persistência. No entanto, pediria para que deixasse transparecer ainda mais o sorriso no rosto, o carisma e que fosse menos tímido.”

Bianca Guimarães

Firmino , Brenda

Ribeiro e Késia Rodrigues

Em entrevista ao jornal

Perspectiva, a Profª Maria

de Fátima Garbelini fez

um balanço da sua gestão como

diretora pró-tempore, que

compreendeu o interregno do

final da gestão do Prof. Magno

Medeiros, 03 de outubro, até sua reeleição e posse ocorrida

em 4 de dezembro do ano passado. A professora

foi a candidata natural para

ocupar o cargo de pro tempore, uma vez que era

a vice-diretora e preferiu não

disputar a reeleição. Na

oportunidade, fez um balanço da sua atuação

como vice e discorreu sobre

o período em que foi diretora,

salientando os principais

momentos.

ENTREVISTA

MARIA DE FÁTIMA GARBELINI

Maria de Fátima Garbelini

Page 7: Jornal Perspectiva 4ª edição

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Nº 4/1º Semestre de 2013

Como é ser a delegada do Conrerp 6ª Região em Goiás?Foi uma grande satisfação ser nomeada delegada por

Goiás, pois sempre senti a necessidade de fazer algo em prol da nossa profissão. É bom saber que posso contribuir de al-guma forma, seja com participação em eventos, seja como fiscalizadora, colaboradora, palestrante ou simplesmente dando alguma orientação ou dica a um estudante. Trata-se de uma função de grande responsabilidade, pois aqui em Goiás estou representando uma autarquia federal.

Qual é a sua área de atuação no conselho?

Participo de eventos representando o Conselho e disseminando o seu ideal, que é representar a classe e de-fender o exercício da profissão de forma legítima, como deve ser. Minha representa-tividade nestes eventos se dá geralmente como palestrante, apoiadora ou como ponte en-tre a organização do evento e o Conselho, pois geralmente o presidente é convidado para participar também. Outra função é a de orientar os es-tudantes e profissionais sobre a importância do registro pro-fissional e como proceder para se registrar. Recebo denúncias de profissionais e estudantes que se deparam com alguém exercendo a profissão de for-ma ilegal (sem formação e registro), editais de concurso público e processos seletivos elaborados de forma inadequada, entre outras atitudes que denigrem e prejudicam a nossa classe profissional.

Quais seus planos frente ao conselho?Como serei empossada como conselheira efetiva do

CONFERP, penso em representar a 6ª Região, que precisa de uma atenção especial. Pretendo contribuir com ideias inovadoras de gestão.

Como o Conrerp 6ª Região atua para a profissão ser prestigiada pelas empresas e pela sociedade?

O Conselho possui parceria com as faculdades que oferecem o curso de Relações Públicas e apoia as iniciati-vas dessas instituições em prol da divulgação do curso e da profissão. Não me recordo de alguma outra ação específica.

Como está o mercado de trabalho hoje para os pro-fissionais de Relações Públicas?

ENTREVISTA

RelAções PúbliCAs: reconhecimento, dedicação e amor à profissão

Kristielle Nunes

Graduada em Comunicação Social com habilitação em

Relações Públicas pela Faculdade Sul-Americana

e pós-graduanda em Comunicação

Estratégica pela PUC-GO,

Ludmila Costa, possui uma vasta

experiência na área de Comunicação

e atualmente é delegada do

Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas

- CONRERP 6ª Região, conselheira efetiva do Conselho

Federal - CONFERP, consultora do MinC,

UFSC e SECULT-GO na elaboração

do Plano Estadual de Cultura e assessora de comunicação da

RIZZO Imobiliária, em Goiânia-GO.Nesta edição do

Perspectivas, Ludmila é nossa

entrevistada, e nessa conversa ela nos

conta sua atuação como delegada

do CONRERP 6ª Região em Goiás,

a realidade do mercado para a

profissão em Goiás e deixa dicas para

o acadêmico de Relações Públicas alcançar o sucesso

profissional.

O mercado para o segmento de comunicação é bastante competitivo em Goiás, mas, ao mesmo tempo, bem amplo. As empresas estão investindo mais em co-municação para se manter no mercado, se sobrepor à concorrência ou até mesmo para dialogar melhor com os seus públicos, mostrando a sua razão de ser com uma postura mais humana. O mercado de RP é multifaceta-do, ou seja, o profissional da classe pode atuar em várias

áreas: assessorias, consulto-rias, poder público e privado, ONGs, docência, agências de comunicação, entre outras.

O que os acadêmicos de Relações Públicas po-dem esperar do Conrerp 6ª Região?

Os acadêmicos pode contar com o CONRERP como um parceiro, pois as portas estão sempre abertas para receber qualquer estu-dante, profissional ou inter-essado em conhecer as Re-lações Públicas de um modo geral. O CONRERP está pro-curando melhorar ainda mais a sua gestão e conta com o apoio da classe para isso acontecer.

Que orientações você deixaria para os novos pro-fissionais de Relações Públi-cas?

1- Estudem e pesquisem sempre. O comunicador pre-cisa estar sempre por dentro

das novidades do mercado e aperfeiçoando os seus con-hecimentos. Façam pós-graduação, cursos de extensão e, se for o seu objetivo, mestrado, doutorado; enfim...

2- Faça, mantenha e amplie o seu network. O RP precisa se relacionar bem com as pessoas e ter contatos que podem ser valiosos.

3- Não espere, faça acontecer e crie oportuni-dades! Para os profissionais de Relações Públicas ser-em bem sucedidos no mercado, estes precisam “correr atrás” e fazer o seu marketing pessoal e profissional, pois os gestores de muitas empresas ainda não tem o conhecimento do que realmente um RP faz e acabam contratando jornalistas, publicitários e marketeiros para fazer os trabalhos que o RP faz. Nada contra estas pro-fissões, mesmo porque defendo a filosofia da comunica-ção integrada, mas a profissão de RP ainda é o “patinho feio” da vez e a culpa é de quem? Nossa. Precisamos mudar essa realidade.

LUDIMILA COSTA

Ludmila Costa

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Bianca Guimarães Firmino e Késia Rodrigues

Muitos homens religiosos crentes em suas revelações e cientistas realizan-

do estudos no decorrer da história, anuncia-ram suas conclusões e marcaram datas para o fim do mundo. Uma das primeiras certe-zas de finais de mundo que conseguimos encontrar foi em 1033, quando completaria exatamente mil anos da morte de Cristo. Na data programada, as pessoas esperaram o fim que, no entanto, não chegou.

Em 1499 o astrólogo Johanes Stoe-ffler previu que o mundo acabaria embai-xo d’água em 20 de fevereiro de 1524 (o que se nomeou de dilú-vio alemão). Quando o dia che-gou, a manhã de fato amanhe-ceu chuvosa na cidade alemã de Iggelheim, mas nem sinal de inundação. Ao ver as nuvens cinzas, a população saiu em pâ-nico pelas ruas e centenas de pessoas morreram pisoteadas.

Anos mais tarde, o teólo-go e Matemático inglês William Whiston anunciou outro dilúvio (o dilúvio inglês), só que em 13 de outubro de 1736. O desastre seria causado pela passagem de um cometa próximo a terra. No dia D pessoas saíram desespera-das às ruas e foi registrado um grande nu-mero de roubos em Londres, mas nada de enchente.

Para o ano de 1881, o astrônomo real da Escócia, Charles Piazzi Smith, previu o fim dos dias segundo evidencias encontra-do por ele na Grande Pirâmide de Gizé, no Egito. Smith acreditava que os 1881 enta-lhes de uma das galerias da pirâmide mar-cariam a data final dos homens na terra. Ele também não acertou.

Dando seqüencia à história dos finais de mundo, em fevereiro de 1910 o observa-tório de Chicago anunciou ter detectado um gás venenoso, chamado cianogênio, na cau-

HISTÓRIA

O FIM DO MUNDO

2012: mais um fim de mundo que virou lendaMas, o tema movimentou muita gente, muito capital. Aqueceu o mercado editorial,

cinematográfico, o ramo imobiliário. Não é de hoje que histórias dessa natureza acabam em lendas, fincadas na religiosidade ou no misticismo. O fim mesmo, se vier, está sendo revelado pelas ciências,

através de ações praticadas diariamente pelo homem e que vão resultar na depauperização da terra e dos recursos naturais, no aquecimento global, na contaminação da água, do ar, do solo. O

fim do mundo (e não da terra) está alinhavado com a desumanização do homem.

da do cometa Halley que passaria perto da órbita terrestre naquele ano. Acreditando que o gás poderia impregnar a atmosfera de nosso planeta e acabar com a vida humana, pessoas correram para comprar máscaras e “pílulas do cometa”, que garantiram imuni-dade aos gases tóxicos.

Já em 1974, os astrofísicos John Gribbin e Stephen Plagemann lançaram o best-seller “O efeito Júpiter”, em que alertavam que em março de 1982 o ali-nhamento de grandes planetas, como Jú-piter e Saturno, desencadeariam uma sé-rie de eventos cósmicos, culminando com um terremoto que engoliria Los Angeles.

Assustadas, algumas pessoas chegaram a se mudar da cidade, mas a catástrofe não acon-teceu.

As previsões do francês Nostradamus também colaboraram para as lendas do fim do mundo. Intérpre-tes deduziram que o fim do mundo previsto pelo francês aconte-ceria quando a páscoa caísse no dia 25 de abril, o que já ocorreu 4 vezes desde a previ-são (1666, 1734, 1886,

1943). Também defendia que o fim da hu-manidade estava marcado para setembro de 1999, quando do céu viria “o grande rei do terror” de acordo com o adivinho.

O pregador evangélico Harold Camping ficou famoso pelas suas três previsões do apocalipse fracassadas. De início, o fim estava marcado para 6 de se-tembro de 1994, quando nada aconteceu. Recalculada, a data passou para 21 de maio de 2011 e nada. Diante disso, apos-tou que seria em 21 de outubro de 2011, errando outra vez.

A virada do milênio (1900 – 2000) deu origem a mais uma previsão para o fim

do mundo: o problema seria que muitos computadores não conseguiriam ver a di-ferença entre os anos. Ninguém entendeu o significado, mas muitos sugeriam que pro-blemas catastróficos poderiam acontecer, desde blecautes enormes a um holocausto nuclear. O ano de 2000 iniciou e nada fora do comum ocorreu.

Em 1976, mais um “fim do mundo” foi marcado. O livro escrito pelo astrônomo israelense Zecharia Sitchin contava que os sumérios, milênios antes, haviam desco-berto o décimo planeta do sistema solar, conhecido como Nibiru. A ficção foi leva-da a sério e muitas pessoas acharam que o planeta passaria perto da terra em 2003, em que a atração gravitacional entre os dois ocasionaria imensos desastres. Como nada aconteceu na data, o dia final foi transferido para 21 de dezembro de 2012, coincidindo com o fim do calendário maia.

Engana-se quem pensa que as pre-visões acabaram. Desde já há datas que, segundo estudos, marcam o término do nosso planeta (2026, 2033 e 2060). Mui-tos alegam que tudo vai se acabar pelo fato da Terra não suportar as ações do homem, gerando um desequilíbrio na natureza que trará finalmente o fim do mundo. Percebe-se que foram muitas presciências ao longo dos anos sobre o apocalipse, e que muitos nichos de mer-cados tiram proveito disso para lucrar, movimentando a economia. São livros, filmes, tendas, bunker antiapocalipse, lotes e casas (Alto Paraíso de Goiás é um exemplo) e diversas coisas que são postas a venda e que realmente as pesso-as consomem. A dúvida que fica diante esta lenda é: estas previsões são formas de alertar e proteger a população, ou simplesmente uma maneira de ganhar dinheiro?

Referência: http://www.istoe.com.br/reporta-gens/184613_FIM+DO+MUNDO+EM+2012

http://hypescience.com/fim-do-mundo-10-previsoes-fracassadas-do-apocalipse/

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Nostradmus: um dos profetas do apocalípse

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Brenda Ribeiro Oliveira

Alto paraíso de Goiás é um município do Nordeste Goiano cuja maior riqueza é a natureza, especialmente os rios e cachoeiras. Localizado na Chapada dos Veadeiros, é um dos maiores tesou-ros do cerrado, localizado a 230 km de distância de Brasília-DF e a 420km de Goiânia-GO, com uma população de 6.885 habitantes. O município encontra-se no ponto mais alto do Planalto Cen-tral, com 1.691 metros de altura, e está em cima de uma placa de quartzo de 4 mil metros quadrados, cercada por rochas e paredões.

Além dos seus vários pontos turísticos como cachoeiras, cânions gigantescos, paredões rochosos, rios cristalinos, entre outros, Alto Pa-raíso é também conhecido pelo seu astral místico e esotérico: na cidade estão instalados 40 grupos místicos, filósofos e religiosos, o que a transforma na Capital Brasileira do Terceiro Milênio. O para-lelo 14, que atravessa a lendária cidade de Machu Picchu, no Peru, também passa sobre Alto Paraí-so, originando fantásticas histórias sobre a região.

Com base nas profecias sobre o fim do mundo os moradores de Alto Paraíso se prepa-raram para esperar o momento em que o mundo teoricamente iria se acabar (mais uma vez, entre tantas propaladas desde que o mundo é mundo). De acordo com o calendário Maia, em 2012 foi encerrado um ciclo de 5.125 anos – o fim de um ciclo que se configurou para alguns como o fim do mundo. Assim, com a aproximação da data au-mentou o número de turistas: a cidade conta com aproximadamente 40 pousadas e 7 camping, es-paços que se esgotaram muito mais pela intensa divulgação do local do que para fugir das catás-trofes apregoadas.

Não é de hoje que Alto Paraíso tem atraí-do a atenção de estrangeiros pela beleza do lugar,

pelo misticismo, pela paz. O fim do mundo com data marcada contribuiu para acirrar esse fenômeno e, na medida em que entrou na pauta da mídia, ser-viu para incrementar o turismo e aquecer o mercado imobiliá-

rio. Assim como ocorreu na profecia anterior, em 2000, os imóveis e lotes da cidade tiveram uma valorização considerável nos últimos dois anos. Nilton Kalunga, um dos mais antigos da cidade e que trabalha como corretor, contou que em 1999 vendia lotes de 450 metros quadrados por cerca US$1.000,00 (mil dólares). Hoje esse mesmo lote pode ser vendido de R$20 mil a R$120 mil. Nas áreas mais valorizadas da cidade o corretor afir-ma não ter mais lotes para vender. O mundo não acabou, mas muita gente teve motivos para co-memorar.

Leonardo Coelho

De um lado: terremotos, calor e tornados em excesso, derretimento de calotas polares, entre outros desastres naturais que atingem os quatro cantos da Terra; do outro, uma previsão dos anti-gos Maias que profetiza o fim do mundo para 21 de dezembro de 2012. Em meio a estes paralelos, a mídia aproveita para proliferar o terrorismo na população que se desespera através de hipóteses levantadas em matérias, filmes e grandes produ-ções Hollywoodianas.

“(Os maias) nunca disseram que haveria uma grande tragédia ou o fim do mundo em 2012”, disse o pesquisador Rodrigo Liendo para a rede de televisão BBC¹. Segundo a jornalista mexicana que analisa o caso, Laura Castellanos, autora do livro “2012, Las Profecias del Fin del Mundo”, as profecias apocalípticas neste ano têm a finalidade de nos fazer refletir e motivar a transformação na forma com que os seres humanos agem em suas relações interpessoais e no modo como se apro-veitam da natureza.

Em torno de toda polêmica que o assunto causa, a mídia aproveita-se para conquistar mi-lhões em coberturas sensacionalistas de tragédias naturais e cria superproduções televisivas que “revelam” a maneira em que o mundo terá seu fim. Contudo, estas produções Hollywoodianas milionárias podem despertar o pânico social na população, que fica desnorteada, sem saber o que fazer ou se há algum lugar para se refugiar. Um exemplo deste caos gerado pela mídia foi a morte de uma adolescente russa; Nachara Zachinoia, de 14 anos, que cometeu suicídio após ficar aterro-rizada com as catástrofes representadas no filme “2012”. O fato ocorreu no dia 21 de maio de 2011 e foi noticiado pelo portal “The Christian Post”³.

É fato que discussões sobre o assunto ge-ram polêmicas, dão ibope e levantam diferentes pontos de vista. Porém, o caos social causado com a abordagem radical e sensacionalista da mídia sobre o fim do mundo possui dois propósitos prin-cipais: arrecadar fortunas com filmes de temática relacionada ao tema (uma prova é o filme “2012”, que arrecadou US$ 225 milhões no mundo em seu primeiro fim de semana de estreia), e gerou maior movimentação econômica ao México, com aumento significativo de turistas no sudeste me-xicano, local em que os sítios arqueológicos dos maias estão localizados.

TERRORISMO SOCIAL

O FIM DO MUNDO

Alto Paraíso: paz, Natureza e turistas

Uma profecia, duas finalidades:

lucratividade e terrrorismo social

Nº 4/1º Semestre de 2013

¹ Fonte: www.bbc.co.uk/portuguese/noticias. Acesso em 1 de dezembro de 2011.

² Entrevista concedida ao portal G1: http://g1.globo.com/ciencia. Acesso em 1 de dezembro de 2012.

³ Fonte: www.christianpost.com, em 26 de maio de 2011

Wanessa Teixeira Antunes

O mundo não acabou. mas na medida em que a humanidade vem se utilizando do “plane-ta” a dúvida que o mundo pode a qualquer hora chegar ao fim se faz cada vez mas forte.

Podemos abordar váriados motivos que nos fazem chegar a esta conclusão, dentre eles esta o pétroleo. Sim, aquele combustível fóssil que usamos na fabricação de milhares de produ-tos, o cobiçado ouro negro que move a econômia mundial.

Desde a descoberta do petróleo a hu-manidade presenciou grandes avanços. O líqui-do negro é visto como um dos motores mun-diais. Mas, no seu processo de extração, e não apenas na extração, mas no uso exarcebado de seus derivados, acabamos por colocar em risco a vida do planeta.Pode-se enfatizar o uso do petróleo para a produção de óleos combustiveis, que ao ser utiliza-do libera gases poluentes na at-mosfera, como o monóxido de car-bono, óxido de ni-trogênio, enxofre, entre outros.

Por se uma fonte não renovável, já se pode ouvir espe-culações de que chegará o dia em que o pétro-leo terá seu fim. O produto que moveu o mundo e comanda atu-almente a econo-mia mundial, um dia não passara de história. O que devemos fazer? Bom, já se pensa que a água chegará a ser o próximo petróleo.

A água como substituto do pétroleo seria algo incrível, já que ela não traz em seus com-ponentes nenhum tipo de poluente para a atmos-fera, mas como o petróleo, a água vem sendo usada de modo irresponsável, podendo vir a ser motivo de futuras guerras mundiais.

Assim como há briga por fontes de petróleo, também hávera pela água, onde o Bra-sil que é o país mais rico em reservas hídricas estará na linha de frente.

A conscientização da humanidade no uso regular de derivados de petróleo, para uma menor taxa de poluição do efeito estufa é um dos pontos que deve ser tratado mais seriamente. Assim como o uso da água. Mas, é claro que não podemos esquecer que a solução para o buraco negro dos problemas ambientais segue bem mais embaixo.

O buraco negro no meio ambiente

Fonte: http://www.google.com.br/images

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Kennia Maria Silva Gurgel

A temperatura média da Terra aumentou entre 0,3° e 0,6° nesse último século. O fato pode parecer insignificante, mas esse aumento da tem-peratura modifica todo o clima de uma região, afeta profundamente a biodiversidade local e des-encadeia desastres ambientais em grande escala. Essa é apenas a ponta do iceberg dos problemas que o aquecimento global causa. Uma pouca parcela da comunidade científica atribui esse fenômeno a um processo natural, sustentando a tese que a terra está passando da era glacial para a era interglacial e o aumento da temperatura é consequência disso. Mas, sabe-se que a verdadeira causa é a atividade humana (antrópica).

A queima de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural produz gases como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O), que retêm o calor prove-niente das radiações solares, que funcionam como se fossem o vidro de uma estufa de planta, e causa o aumento da temperatura. Outros fatores que con-tribuem de forma significativa para as alterações climáticas são os desmatamentos e a constante im-permeabilização do solo.

Outro efeito do aquecimento global é o de-gelo. O oceano Ártico sofre muito com as conse-quências desse fenômeno. A camada de gelo afinou 40% e sua área total reduziu 15%, a neve e gelo dos oceanos se derretem e viram água. Onde vamos comportar tamanha quantidade de água? Em bus-ca de alternativas para minimizar o aquecimento global, 162 países assinaram o Protocolo de Kyoto em 1997. Conforme o documento, as nações desen-volvidas comprometeram-se a reduzir sua emissão de gases que provocam o efeito de estufa, em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990. Essa meta de redução deveria ser cumprida entre os anos de 2008 e 2012, mas o país que mais se comprometeu a reduzir a emissão de gases à camada de ozônio, os Estados Unidos, é o segundo mais poluidor. O prazo acabou, mas quase nada visando minimizar os danos ao meio ambiente foi feito.

Alguns países, procurando sanar tamanhos danos que temos causado ao meio ambiente, real-izaram entre os dias 7 e 18 de dezembro a Cúpula sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, capi-tal da Dinamarca. O primeiro ministro dinamar-quês, Lars Lokke Rasmussen, convidou, através de uma carta formal, 191 países membros da Or-ganização das Nações Unidas (ONU) incluindo a Dinamarca, a participarem da cúpula.

Tomara que algo seja feito em relação a esse fenômeno que têm destruído nosso planeta. Se nada for feito, sinto muito em dizer que realmente o fim está próximo. Não foi em Dezembro, mas não du-videmos que a nossa Terra está no limite.

Aquecimento Global

VIDA

PLANETA TERRA Nº 4/1º Semestre de 2013

Iesney Pereira e Jullyany Tomás

Para compreender todo o burburinho causado pelas notícias sobre os últimos dias de vida na Terra, devemos voltar 4.000 mil anos no tempo, junto ao império Maia. Seu papel na discussão do tema se dá, unicamen-te, devido a um objeto: um calendário incom-pleto, descoberto durante escavações. Tal inscrição revela como último dia da Terra a data de 21 de dezembro de 2012. Após even-tos atmosféricos, ambientais e solares, nosso planeta se extinguiria juntamente com toda a raça humana, deixando apenas um buraco negro no espaço.

Com base neste fato, Hollywood in-vestiu suas forças em retratar, de formas va-riadas, nosso fim apocalíptico, com produções como “Procura-se um amigo para o fim do mundo”, entre muitas outras. A ficção se trata de uma comédia dramática romântica, estre-ada em agosto de 2012, cujos personagens, Dodge (Steve Carell) e Penny (Keira Kni-ghtley) entram em conflito com suas últimas possibilidades de ações e relacionamentos no fim dos dias. As atitudes destes personagens se tornam mais intensas, seus pensamentos mais reflexivos, suas decisões mais emocio-nais e seus desejos realizados sem limitações.

Para debater a temática, entrevistamos pessoas que, após assistirem ao filme, decla-raram suas experiências sobre a hipótese do fim dos dias e sua relação com a película men-cionada.

Para o estudante de Ecologia, Rodrigo Hubner, 22, essas discussões são equivocados, visto que “não há nada em nenhuma profecia que diga incondicionalmente que o mundo terminará nessa data. O que afirmam é que, nessa ocasião, o mundo, como o conhece-mos, entrará em uma era de mudança”.

Já para o estudante de Ciências Bio-lógicas, Diego Caldas, 22, “o filme mostra, muito bem como a sociedade é contro-lada e como as pessoas fazem o que não querem, simplesmente por pensarem que assim terão um futuro melhor. Ao recebe-rem a notícia que o mundo estava prestes a acabar e que suas vidas estavam com os dias contados, perderam os seus objetivos e passaram a fazer o que realmente lhes importava.”

Alguns defendem a ideia do fim do mundo radicalmente como, por exem-plo, o estudante de Biblioteconomia, Sue-liton Ribeiro, 25, que diz ter fé de que o mundo irá acabar e está contando os mi-nutos para que esse dia chegue logo, visto que a comprovação de que toda raça huma-na sumirá em uma única só nota o alivia por completo.

Procura-se uma cer teza sobre o f im do mundo

Sobre o tempo de vida restante, Ribei-ro ainda acrescenta: “desconfio que ter moti-vação para fazer tudo que não fiz seria uma das poucas coisas que aconteceria. Se exis-tem pessoas pensando em aproveitar a vida ao máximo até esse dia, ótimo! Façam isso. E que eu não tenha que ligar o som no dia seguinte e ouvir tocar a música da Carmem Miranda ‘E o mundo não se acabou’...”

O estudante de Ciências Biológicas, Rogério Marques, 28, não acredita nessas histórias de fim do mundo, mas afirma que a sociedade caminha lentamente para a sua au-todestruição. Ricardo de Sousa, 19, estudante de Publicidade e Propaganda, concorda com a opinião de Marques e acredita que tais fa-tos são histórias inventadas, improváveis de acontecer, “mas, sob a hipótese, meu tempo restante de vida seria dedicado às pessoas mais próximas, aos meus relacionamentos”.

Tais depoimentos, assim como o fil-me mencionado, proporcionam uma reflexão sobre as decisões que tomamos em nossas vidas. Independente do fim do mundo, entrar em colapso não trará respostas para tal dile-ma, muito menos dar pouca importância para tudo que almejamos viver.

Em todo caso, vale se atentar para nos-sas ações e para os nossos relacionamentos. Vale lembrar que estamos sujeitos a várias situações de risco que não garantem nossa sobrevivência, com ou sem o fim do mundo. Não sabemos se teremos tempo suficiente para aquelas peque-nas coisas que nos fazem viver como se fosse o nosso último dia. Então, fica a dica: faça o mais de pressa possível o que deve ser feito!

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TEORIA/PRÁTICA

AULA DE CAMPO

Nº 4/1º Semestre de 2013

A disciplina Comunicação, sustentabi-lidade e negócios, que no segundo semestre de 2012 foi ofertada dentro da rubrica Rela-ções Públicas Especializadas II, tem por ob-jetivo apresentar os problemas e os parâme-tros da sustentabilidade, através do viés da comunicação. Feito isto, o programa aborda a WEB como uma janela para visibilizar novas ideias, novos negócios, a partir dos problemas vivenciados no meio ambiente. Como parte das atividades, a Profª Divina Marques, res-ponsável pela disciplina, conduziu a turma à Loja Verde do Supermercado Pão de Açúcar, no Jardim Goiás (Goiânia), no dia 21 de ja-neiro e no dia 28 ao CDS-Centro de Desen-volvimento sustentável da UNB.

Criado em 1995, o Centro de Desenvol-vimento Sustentável – CDS é uma unidade per-manente da Universidade de Brasília. Dedica-se ao ensino, pesquisa e extensão, mantendo o Programa de Pós-Graduação em Desenvolvi-mento Sustentável – PPG-CDS, com doutorado, mestrado acadêmico e mestrado profissional. São 50 docentes e pesquisadores nas diversas áreas do saber, desenvolvendo estudos e pesqui-sas interdisciplinares sobre o meio ambiente e a sociedade, com sete linhas de pesquisas: Políti-

O lado prático da comunicação e sustentabilidade

Paula Valquíria Torres de Melo Felipe

No dia 21 de janeiro estivemos na Loja Verde do Pão de Açúcar, no Jardim Goiás, recepcionados pelo gerente, Élbio Sena Brignol, gerente, e Marília de Oliveira Bueno, Consultora de clientes. Por que Loja Verde? O título é uma espécie de “selo”, uma vez que a loja busca definir ações, atividades e produtos que visam suprir as necessidades econômicas e materiais da empresa, sem comprometer o futuro da região no qual está inserido. Ou seja, a sustentabilidade da em-presa está diretamente relacionada ao avanço do negócio sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteli-gente para que eles se mantenham no futuro.

As principais ações desenvolvidas pela em-presa são: * Estações de reciclagem Pão de Açúcar - em

parceria com a Unilever, no estacionamento (subsolo) há um setor de coleta de material reciclável, inclusive óleo de cozinha. A co-leta é feita diariamente pelo município, que encaminha o material às cooperativas locais.

* Caixa Verde: ainda em implementação, o Caixa Verde é um recipiente instalado após

Pão de Açúcar: Loja Verdeo caixa, onde o consumidor pode descartaras embala-gens de produtos que com-prou e que que não precisará utilizar.

* Caixas de coleta de baterias de celular: em parceria com a Nokia, a loja possui um local específico para descarte de celulares e baterias sem uso, para que tenham uma destinação correta.

* Ação Caras do Brasil: a loja seleciona, den-tre artesãos regionais, produtos que ficam em prateleiras específicas para comercial-ização e valorização do trabalho local.

* Madeira certificada: A loja possui vários móveis e espaços que utilizam madeira, que é certificada. A certificação é uma garantia de origem que serve também para orientar o consumidor a escolher um produto que não degrada o meio ambiente.

Para ser uma Loja Verde, a empresa teve que cumprir uma série de requisitos no planejamento e estruturação, começando pelo ar condicionado que utiliza 10% a menos ener-gia que nas lojas convencionais. Foram instala-das torneiras e válvulas especiais garantindo a

diminuição de até 40% do consumo de água. O aquecimento da água é feito através do resfria-mento da casa de máquinas, proporcionando água quente para os vestiários. A loja busca, em seu interior, utilizar-se ao máximo da ilu-minação natural através de telhas especiais de policarbonato que permitem a passagem de luz solar, reduzindo, assim, o uso de luz elé-trica. Foram utilizados 40% da mão de obra local, o mesmo acontecendo com o material de construção. Outro requisito cumprido: pelo menos 30% do imóvel deve ser constituído de área verde, com plantio de árvores típicas da região, além do gramado possuir uma manta que absorve água para diminuir a necessidade de irrigação. Existe também um programa de reaproveitamento de água da chuva, em readaptação, de forma que a água da chuva, conduzida através de calhas e tubulações, seja armazenada para posterior uso.

Após o encontro, os alunos quiseram conhecer o Departamento de comu-nicação da UNB, concluin-do a visita com um passeio que surpreendeu também pelo projeto arquitetônico da UNB, assim definido por uma das alunas, Liliane Cor-rêa de almeida: ”Os prédios de todos os cursos se encon-tram dispostos lado a lado, formando um círculo. O que

é muito interessante ao meu ver, pois a interdis-ciplinaridade fica muito perto da prática, uma vez que o contato entre alunos e professores de diversas áreas têm a oportunidade de trocar ideias e experiências que podem trazer resulta-dos promissores para os problemas mundiais. Em resumo, a visita ao CDS e à UNB foi pro-veitosa em termos de aquisição de novos conhe-cimentos e divertida, pois o grupo teve vários momentos de entrosamento e descontração”.

cas públicas, governança e conflitos sócio am-bientais; Energia, resíduos e mudanças climá-ticas; Educação ambiental; ciência, tecnologia e inovação; Gestão do território, uso da terra e áreas protegidas; condições de vida e meio am-biente; Economia do meio ambiente e negócios.

No CDS, os visitantes da UFG foram recebidos pelo Professor Marcel Bursztyn, um dos fundadores do CDS, que ministrou uma aula de duas horas e meia. O tema foi condu-zido pela interdisciplinaridade , permeando os pilares da sus-tentabilidade: o homem, a eco-nomia e os recursos naturais.

Prof. Marcel Bursztyn (UnB), recebeu os alunos de RP

Após a palestra, um passeio pela UnB

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Marcella Martins e Thatyelle Franco

Os diretórios acadêmicos (DA’s) têm por objetivo defender as reivindicações dos es-tudantes universitários frente à administração da faculdade, à universidade, aos governos e outras instituições. Na FACOMB (Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia), o di-retório acadêmico, conhecido como DACOM, representa os estudantes de comunicação so-cial da UFG (Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e Propaganda).

Nas eleições do DACOM no final de 2012, houve apenas uma chapa concorrendo ao cargo, a Tetris. Álvaro Castro, 20, graduando de Relações Públicas e membro da chapa, ex-plica que a Tetris é uma “chapa de coalização”, onde pensamentos distintos se juntam com o ideal de fazer com que o DACOM volte a ter

Dilayla Oliveira e Jordana Mendes

A Universidade Federal de Goiás prove, des-de 2009, o projeto “Música no Campus”,

com apresentações musicais realizadas no Cen-tro de Cultura e Eventos do Câmpus Samam-baia, buscando proporcionar à comunidade o acesso a shows de diversos artistas da música brasileira, com ingressos oferecidos por um bai-xo custo.

Desde sua primeira edição, realizada em 2009, o projeto conta com apresentações de grandes nomes do cenário nacional, como Zeca Baleiro, Lenine e Gilberto Gil. O primeiro show de 2012 reuniu quase 5 mil pessoas, com o cantor Criolo, reunindo vários estilos, como rap, samba e reggae. De acordo com a coorde-nadora de cultura da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura -PROEC, Flavia Maria Cruvinel, “o projeto ‘Música no Campus’ tem o intuito de trazer artistas e músicos que retratem a riqueza e a multiplicidade da música brasileira”.

A acadêmica de Relações Públicas, Tha-tyelle Franco (19), acredita que o projeto é uma forma de entretenimento para estudantes e uma oportunidade de prestigiar cantores brasileiros. “Esse ano tive a oportunidade de ir ao show do Criolo, que estava bem organizado. Tirando a fila gigante pra comprar o ingresso na porta, o show cumpriu com o horário e o espaço foi bem divido. Sem contar a oportunidade que tive de me divertir junto com os meus colegas.”

Os ingressos para prestigiar os shows custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia), tendo direito a meia entrada estudantes da ins-tituição, professores da rede pública de ensino,

Projeto da UFG: música e entretenimento EVENTO CULTURAL

ELEIÇÕES

Renovação e mudança são propostas da Tetris para o DACOM representatividade efetiva na FACOMB e fora dela. Segundo Castro: “O diretório precisa voltar a ser voto ativo nas reuniões e tomadas de decisões para o bem da faculdade de comu-nicação, atendendo sempre os interesses dos alunos que representa.”

Para atender a esse objetivo, o estudante pontua as propostas da Tetris: “revitalização do espaço físico do DACOM; apoio às produções independentes dos alunos; representação dos alunos no conselho diretor da FACOMB; suporte para as organizações internas da faculdade (Atlé-tica, FEICOM, festivais de cinema etc); estabel-ecer contato com outros centros acadêmicos; rep-resentar os alunos da FACOMB no DCE; apoiar a participação dos alunos em movimentos estudan-tis regionais e nacionais; entre outros.”

Segundo o graduando do 8° período de Relações Públicas, José Jair, 21, os alu-

nos não dão o devido valor ao DACOM. “Quando entramos na Universidade, a pri-meira impressão que temos do diretório é que é uma sala voltada para o convívio e lazer dos estudantes da FACOMB. Muitos creem que seja apenas isso, infelizmente não era para ser assim. Cabe ao DACOM zelar e lutar pelos direitos dos alunos de comunicação na faculdade, além de repre-sentá-los no conselho do diretor e demais reuniões deliberativas que dizem respeito ao curso ou à vida acadêmica.”

A Tetris conta também com a partici-pação de mais nove integrantes: Iara Jardim, Lorena Lara, Lylia Damasceno, Milena Bit-tencourt, Nicole Reis, Palloma Biase, Raphael França, Thalys Augusto e Thayomara Amaral. Acompanhe as ações do grupo na FanPage: tetris.dacom.

comerciários e dependentes do Sesc, servidores da UFG, empresários, funcionários do Sebrae e pessoas acima de 60 anos.

Jéssica Cardoso (20), estudante de Jor-nalismo, presenciou o show do Tom Zé e elo-giou a animação do cantor e a acessibilidade dos preços dos ingressos. “O preço era de 10 reais, muito acessível. O show foi muito anima-do e o Tom Zé fez a apresentação vestindo uma saia. Foi um ótimo show, eu gostei muito”.

Além dos grandes nomes do cenário nacional, várias apresentações musicais vêm sendo realizadas no Centro Cultural UFG, lo-calizado na Praça Universitária. A estudante de Pedagogia Tatiane Paula (22), afirmou já ter ido

a duas peças gratuitas, que ocorreram durante esse ano. “Pensei que seriam espetáculos curtos e amadores, mas me surpreendi com a qualida-de das apresentações”.

Este novo espaço cultural da UFG conta com uma programação agendada até o final do ano com músicas populares e eruditas, que po-dem ser acompanhadas por meio do Blog: (http://centroculturalufg.blogspot.com.br/). O diretor do Centro Cultural, Carlos Sena Passos, relata: “Des-de a inauguração, o Centro Cultural não ficou sem ser ocupado e sempre ofereceu uma programação diversificada e de qualidade ao público. O espaço dá oportunidade aos artistas que não despertam interesses em outras produtoras”.

CULTURA NO CAMPUS Nº 4/1º Semestre de 2013

Gilberto Gil foi uma das atrações do Música no Campus

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Késia Rodrigues, Bianca Guimarães Firmino, Brenda Ribeiro

Na reunião do Conselho Diretor da FA-COMB, realizada em 18 de dezembro, discutiu-se que medida poderia ser tomada em relação à fra-se escrita numa das salas de aula: “MORTE AOS GAYS DA FACOMB”. Foi levantada, então, a necessi-dade se formar um grupo para investigar e tratar o as-sunto de forma pedagógica, pois agora o que paira no ar é mais do que preconceito, é uma ameaça. “É preciso fa-zer algo enquanto estamos diante de uma ameaça. Ou estaremos diante de um cri-me, se não fizermos nada”, disse um dos docentes. O Di-retor da Faculdade, Magno Medeiros, concordou que é preciso garantir os Direitos Humanos e sugeriu a cria-ção de uma comissão para tratar do assunto. Em meio a esse clima, o Perspectiva conseguiu a foto da pichação e conversou com um estu-dante da Faculdade, 20 anos, homossexual, para falar um pouco da sua história, da sua vida. O objetivo é mostrar que a única diferença entre um homo e um hétero está na preferência sexual. Eis a entrevista.

1) Como você descobriu que tinha afeição por pessoas do mesmo sexo?

R: Eu creio que não descobri. Desde que me entendo por gente, eu sempre fui assim, acho que pelo menos pra mim, foi algo natural. Eu sempre soube que eu era diferente, e sempre gostei disso. Aos 15 anos eu tive o meu primeiro contato com alguém do mesmo sexo, assim, tive a total confirmação daquilo que eu sempre soube. Eu nunca senti necessidade de contar isso para as pessoas, acho que isso é algo que não precisa sair contando para os quatro ventos, assim como um hétero não sai contando por aí que é hétero. Digamos que eu não tinha ou tenho medo de con-tar a minha condição sexual, e sim, um pouco de receio, muita gente por aí tem medo do que é di-ferente. Como disse, creio que não descobri que eu sou homossexual, é algo natural, algo que veio comigo, porém, quando tive a confirmação certa disso, eu sempre pensei no que eu teria que enfren-tar pela frente por ser diferente, por viver em um mundo onde as pessoas não aceitam, pelo menos de início, o que é diferente.

2) Como sua família reagiu e reage em re-lação a isso? Todos sabem ou você tenta não falar disso perto dos familiares?

R: Como respondi na questão acima, eu nunca senti a necessidade de sair contando isso por aí, acho que quem realmente importa, sabe.

PRECONCEITO

DIREITOS HUMANOSNº 4/1º Semestre de 2013

O que se quer é respeitoParte de pessoas da minha família sabe, e parte não. Não conto não por medo ou por vergonha, e sim pra preservar eles, seja de brincadeirinhas, in-trigas, fofocas etc. Como moro com meus avôs, e eles são pessoas idosas, claramente, com uma ca-beça antiquada, é difícil pra eles entenderem, acei-tarem, e principalmente, sofrerem algum tipo de

discriminação, chacota, entre outras coisas. Por isso para o bem deles, na família, eu evi-to esse assunto.

3) E você já sofreu al-gum tipo de ameaça, precon-ceito, ou bullying?

R: Sim, já. Na escola, desde criança sempre tinha aquilo dos coleguinhas de classe agredir verbalmente: “olha o veadinho”, “boioli-nha”. Isso era frequente. Uma vez por pouco não sofri uma agressão física em um par-que, porém um amigo que es-tava comigo, chegou a receber um murro e empurrões.

4) Qual seu maior medo em relação a ser homos-sexual?

R: Meu maior medo é que a gente não consiga rece-ber o respeito e o direito que merecemos. Somos pessoas normais, humanos. Estuda-

mos, trabalhamos, pagamos nossos impostos e merecemos ser respeitados assim como qualquer outro ser humano. Não escolhemos ser assim, é algo que nos foi condicionado, nascemos assim. Acho que o meu maior medo é esse, da sociedade atual e futura não aprender a conviver e aceitar as diferenças, não digo só as diferenças sobre gostos sexuais, digo diferenças gerais de cor, religião, en-tre outras.

5) Qual sua maior dificuldade em relação a sua orientação sexual?

R: Não creio que tenho de fato uma difi-culdade, mas acho que viver em um mundo sem respeito, sem tolerância, é complicado.

6) Se você tivesse a oportunidade de falar para a sociedade algo sobre isso, o que você falaria?

R: Eu apenas gostaria de ser respeitado! Nascemos assim, não é algo que escolhemos pra vida, acho que se fosse para ser escolhido, nin-guém escolheria ser desrespeitado, ninguém es-colheria sofrer preconceito, dentre outras coisas. Menos intolerância, não só comigo, que sou ho-mossexual, mas com o ser humano! Eu não quero ser visto apenas como um homossexual, eu quero ser visto e respeitado como um ser humano nor-mal, com direitos e deveres como qualquer outro.

7) Você se sente rejeitado entre alguns grupos? E na faculdade como é essa realidade?

R: Hoje em dia não, mas, na infância, sim, principalmente dentro da escola. Na faculdade, até o presente momento, nunca me senti rejeitado, ou

sofri algum tipo de preconceito. Porém já ouvi al-guns comentários de intolerância, como por exem-plo: “na Facomb, na Faculdade de Letras, só tem veadinho! Passo longe!”.

9) Para você, ser Homossexual é uma questão de escolha ou genética?

R: Escolha não. Eu não escolhi, e creio que ninguém escolhe. Genética eu não sei, mas, quem sabe. Agora o que não se pode admitir é afirmar que é uma questão de escolha, por que não é. Seria fácil falar “Hoje eu vou ser gay, amanhã eu volto a ser hetero”. Não existe isso. Eu sou feliz como sou, e tenho orgulho do que sou, mas diante da socie-dade de hoje, é claro que eu escolheria ser hetero, é mais fácil. O heterossexual não vai sofrer precon-ceito, desrespeito, intolerância. Quem escolheria ser gay, sendo que ser heterossexual é mais fácil?!

10) Quais seus sonhos? R: Constituir família é um dos meus so-

nhos. Eu tenho muita vontade de adotar uma criança, dar uma família a quem nunca teve uma. Tenho o sonho de construir uma vida sim ao lado de alguém, sonhar juntos, crescer juntos, assim como qualquer pessoa normal.

– Em outubro de 2009, a Senadora Fátima Cleide apresentou o substituto da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, e o § 3º do art. 140 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de de-zembro de 1940 – Código Penal que“define os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, ori-gem, condição de pessoa idosa ou com de-ficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.” (NR – Site oficial do PLC 122). No entanto, acusações e boletins de ocorrência contra tal delito ainda tem um alto número no país.

Tamanhas agressões fazem aumen-tar o número de jovens em depressão; em confronto com a própria identidade; e dos pais que não falam mais com filhos. Para visualizar um viés dessa situação, ouvimos um casal de lésbicas que namora em segre-do há três anos, perguntando qual é o maior medo de assumir o relacionamento e se casar (já que estão noivas, mas em sigilo): “Nosso maior medo não é tanto a sociedade. Temos medo da reação das nossas famílias. Temos medo de nunca mais ter uma relação pais e filhas”. Elas contaram que no começo da relação, na casa de uma delas, as irmãs nem trocavam de roupa na frente dela. “E por causa dessa não aceitação - explicaram - somos obrigadas a sair de casa e morar juntas escondidas. Mas não temos outra opção. A gente se ama e vamos nos casar”. Concluiu uma das jovens.

Ana Rita Ferreira de Lima, Thayze Pinheiro Barreto.

Homossexualidade e violência

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Juliana Said Franco Almeida

O céu se fecha. O mar recua. Tempes-tades de fogo caem sobre a terra. As águas do mar se precipitam. Grandes meteoros atraves-sam a atmosfera. Ondas gigantes destroem ci-dades. Furacões e tornados varrem o mundo. Epidemias se alastram. A fome prevalece. O Governo e a ordem são destruídos. Guerras se instauram. O medo reina em absoluto.

Com a falta de expectativa ou planos de futuro, a sociedade permanece em um estado de ruína e autodestruição. O homem se entregará aos seus instintos de sobrevivência. A moral, os valores e os bons costumes se convertem em uma cultura de sangue, perversão, medo e caos.

Esse cenário de ruína cinematográfi-ca imaginada pelos Maias não é único, nem tão pouco original. Não é de hoje que vi e li previsões de desgraças futuras na Bíblia, em escritos das mais variadas civilizações, em sinais da natureza e na histeria de oráculos e pregadores. O medo da morte é um senso co-mum. É o pai dos clichês. O chavão primitivo da sociedade humana.

Tal medo não é natural, mas é induzido desde a infância, de acordo com a nossa cultu-ra, nossa sociedade, nossas crenças e educação familiar. Porém, a crença em massa a um con-ceito de morte reduzido a um show pirotécnico de horrores, criado por uma civilização antiga que costumava a ocupar o seu tempo prevendo pequenos e grandes apocalipses globais e sa-crificando crianças para deuses disformes nas horas vagas, ultrapassa o medo da morte co-

Bruna França Ramos

Olhos fixos e um rosto com a expressão triste observam a família que caminha feliz a caminho da pa-rada de ônibus. Aquela cena comum e banalizada pelo dia a dia foi capaz de impressionar aquela criança de rua. Àquela que nunca recebeu se quer um carinho ou alguma palavra de afeto.

O que pra muitos poderia não significar nada foi capaz de impressionar João, aquele frágil garoto de aproximadamente 12 anos, a alegria da família, a comu-nhão e o carinho entre os membros não ressaltavam aos olhos de al-guém como eu e você, mas aquele João observava com tanto apreço que chamava atenção.

O olhar demonstrava uma vontade de viver aquilo, de se fa-zer presente em um ambiente fami-liar, compartilhar emoções. Enfim, de conviver e simplesmente poder amar.

A vida nas ruas é suja, peri-gosa, alienada e solitária. E o olhar de João suplicava por algo que ia além, buscava se deparar com anda-rilhos e pessoas que encontraram na rua abrigo, acolhimento, um local.

João clamava uma oportuni-dade, pedia ajuda atenção, suplica-va por afeto. A família observada não era nenhuma família utópica, era apenas uma família a caminho da parada de ônibus, comum, sem luxo. Mas aqueles olhos e aquela expressão revelavam a vontade de estar presente ali, de poder estar in-serido em uma realidade que não o pertence.

João tem apenas 12 anos, mas não raro se vê pelas ruas crian-ças como ele que, mesmo com todas as dificuldades, conseguem encon-trar no fundo de seus olhos a opor-tunidade de sonhar, de almejar uma vida melhor, enxergando no outro a oportunidade de crescer. E é nesse momento que a expressão se renova, que o olhar brilha e que o sorriso nasce no rosto. No rosto da criança que é capaz de transformar o mundo para realizar seus sonhos.

LITERATURA

O reinado do medomum a todos nós e se coloca como um evento patológico.

Quando falo em patologia, não estou mostrando só a patologia social, mas tam-bém a doença do ser humano que é causada por uma sociedade perturbada. O homem não pode viver equilibradamente em uma socieda-de desequilibrada. Nos Estados Unidos, por exemplo, os mais apavorados não dormem, estocam água e comida, fogem para longe e, em casos mais extremos, cometem suicídios. Centenas de livros abordam o assunto e ten-tam, por meio de métodos e dados questioná-veis, confirmar cientificamente a evidência do fim dos tempos. A maioria, mesmo os menos aterrorizados, anunciam a possibilidade da tragédia.

No entanto, dar credibilidade a profe-cias malucas é ignorar todo o amadurecimento e progresso humano conquistado desde os qua-tro mil anos da existência da inscrição Maia. Quatro mil anos que deveriam ser suficientes para que a sociedade deixasse de acreditar em crendices primitivas e infundadas. Parafrase-ando Einstein: Triste época! É mais fácil de-sintegrar um átomo do que uma supertição.

Temos que aprender a nos contentar que morte é uma possibilidade diária. Sabe-mos que morremos todos os dias, de pouco em pouco. Mesmo assim, vivemos como a morte do outro. Sobre a minha morte, eu me preo-cupo depois. Para suportar a vida, precisamos estar prontos para aceitar a morte. O fim do mundo começou há milênios. Todos os cami-nham levam à morte. Então, perca-se.

Sonhos

Nº 4/1º Semestre de 2013

Graycielle de Paula Arantes

Que mundo é este de mil e uma tecnolo-gias? Aonde iremos com tanta velocidade? Como viveremos em meio a tanta virtualidade? O que faz-er com a rapidez dos questionamentos e a profusão de informações instantâneas encontradas a partir de um click quando recorremos especialmente ao mais famoso site de buscas, o Google?

Buscas... O que buscamos? Será que o Google já tem as respostas para os nossos senti-mentos, pensamentos e desejos? Ou será que já deixamos de exercitar nossa mente, ao ponto de querer tudo pronto e na hora?

O fato de existir um mundo de informa-ções disponíveis a um simples toque não é um problema. Ao contrário. Mas, os hábitos criados, a atitude de recorrer a ele para quaisquer coisas e a qualquer momento leva a algumas reflexões. De onde devemos questionar em como todo o conjunto de tecnologias mudou nossos compor-tamentos bruscamente nos últimos dez anos (e

continua a mudar constantemente, em uma ve-locidade desenfreada). Basta ver as redes sociais.

Saudade do tempo em que a biblioteca era o único caminho para fazer aquela pesquisa esco-lar. Pois, na procura por respostas a gente entrava no mundo do conhecimento, vivenciava os livros, imaginava por quantas mãos ele havia passado e ia passando as páginas até encontrar a “sua”, a “minha”. Esse detalhe fazia toda a diferença na bus-ca pelo saber, havia mais abstração, mais presença, era uma viagem feita devagar, prestando atenção aos detalhes.

Evidente que as novas tecnologias troux-eram muitos benefícios. Mas com esse novo mundo vieram também comportamentos que ainda nem sabemos no que vão resultar. Ainda bem que as bibliotecas continuam aí, a alguns passos de nós. Ainda bem que os livros continuam a ser escritos e publicados e que apesar dessa onda toda, podemos refletir sobre nossas atitudes em relação às tecno-logias. Basta querer! E aí? Vai viver sua vida pra valer ou vai permanecer no faz-de-conta-virtual?

O Google ou a biblioteca?

CÔNICA

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Alessandra dos Santos, Cathlyne Oliveira e Tauane Caldas

Para alguns, ser Relações Públicas é... “Para mim, R.P é um profissional que se ocupa de áreas relacionadas principalmente com as necessidades de interesse da população, como documentos importantes, contratos, bens,

emigração etc, enfim, as necessidades públicas.” Aline Soares, 21, aluna de Biomedicina na UFG.“Manter contatos com as pessoas da empresa.” Nathália Mendes, 25, estudante de Direito na UFG.

“Fazer promoção de uma empresa ou pessoa.” Eduardo Lopes, 18, cursando Engenharia Civil na UFG.Nada disso! Ser RP é muito mais... O Relações Públicas têm diversas funções e áreas nas quais podem atuar. Para falar com mais propriedade sobre algumas delas, entrevistamos três profissionais da área que atualmente

trabalham no mercado goiano.

Segundo Lutiana Casaroli, professora de Relações Pú-blicas da UFG, a realização de eventos é uma das áreas

de atuação do RP. É necessário ressaltar uma importante

função do Relações Públicas, o planejamento, que engloba a preparação de briefing, a constru-ção do diagnóstico, com objetivos, justificativa, estratégias de ação e todas as etapas do evento (pré-evento, evento e pós-evento).

Inclui-se, nesta função, entrar em con-tato com os veículos de comunicação mais efe-tivos para área; as mídias tradicionais (rádio, TV, jornal e site) e as mídias sociais, que vêm ganhando espaço e visibilidade.

Sobre o mercado, Casaroli afirma que Goiânia é uma capital com grandes oportuni-dades, pois contempla empresas privadas de pe-queno à grande porte, organizações não gover-namentais, rico cenário político (proximidade física de Brasília), artístico-cultural e esportivo e isso impulsiona um movimento crescente de valorização da profissão, de reconhecimento e de procura para estagiários e profissionais (in-cluindo os recém-formados).

Além disso, ela considera que a área de eventos é, sem dúvidas, promissora, pois ela cresce por seu potencial midiático e serve como um “grande palco” para as empresas exporem seus produtos e serviços para seus públicos de interesse, reunidos em um mesmo espaço e ao mesmo tempo.

Lutiana Casaroli. Graduada em Rela-ções Públicas pela Universidade Federal de Santa Maria, em 2006. Possui mestrado em Comunicação Midiática, também pela UFSM. Atua no mercado desde sua formação, há seis anos e é servidora da UFG há três.

Para Ana Paula Moraes, coordenadora de Comunicação na Interativa Comunicação, as ati-vidades de um Relações Públicas enquanto asses-sor de comunicação são: elaborar planejamentos, ações, estabelecer objetivos e metas para as em-presas, além de ter contato com clientes de diver-sos segmentos, pois esta é uma forma de adquirir reconhecimento no mercado.

No trabalho de assessoria de imprensa, “o objetivo é aproximar nosso cliente da impren-sa, ganhar credibilidade junto a esse formador de opinião e permanecer em evidência para o público-alvo de cada empresa. Isso é feito atra-vés de divulgações de notas e releases sobre as ações dos clientes e também através de eventos direcionados para a imprensa.”

Na opinião da Relações Públicas, asses-soria de comunicação e assessoria de imprensa são as áreas de atuação mais promissoras para os RP’s em Goiás, pois, atualmente, as médias e grandes empresas não sobrevivem sem um de-partamento de comunicação e sem um bom rela-cionamento com a imprensa.

“A área de comunicação é muito ampla e dinâmica, por isso é necessário estar muito bem preparado,” afirma Moraes.

Ana Paula Moraes Carvalho. Graduada em Relações Públicas pela Universidade Fede-ral de Goiás, em 2004. Possui MBA em Gestão de Marketing e Comunicação pela Faculdade Cambury, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP). Trabalha na Agência de Co-municação Empresarial - Comunicação Intera-tiva há sete anos.

Saulo Borges, gerente de marketing do Castro s Hotel, afirma que o Marketing é uma área destinada à comunicação persuasi-va de produtos e serviços e busca satisfazer as necessidades do consumidor. O Relações Públicas é o profissional capaz de interferir na boa vontade dos públicos de interesse para as organizações.

Marketing e RP devem trabalhar em sin-cronia, buscando um bom posicionamento da organização e do produto. Esta união das duas áreas busca conquistar uma posição desejada para a organização, formular táticas específicas, estabelecer ações, medindo resultados obtidos junto aos consumidores e ao público-alvo, entre outras.

Nessa área, o foco é o mercado, o produto e a satisfação das necessidades dos consumidores. As Relações Públicas trabalham com a imagem da organização baseada na opinião pública.

Segundo Borges, as empresas estão bas-tante preocupadas com a marca e com a imagem das suas instituições, e na opinião dele, o RP é o profissional mais capacitado para trabalhar atuar neste ramo.

Saulo Borges é graduado em Comunica-ção Social - Relações Públicas, Pós-Graduado em Assessoria em Comunicação pela UFG e possui seis cursos de Extensão pela ESPM. Foi professor do Curso de Publicidade e Pro-paganda e Relações Públicas durante 5 anos em Instituições de Ensino Superior de Goiás. Atualmente assume a gerência de Marketing de Castro s Park Hotel.

PERFIL

O que é a profissão de Relações Públicas?Qual o seu mercado de trabalho?

lutiana Casaroli

Ana Paula Moraes

saulo borges

RP em eventos

RP em assessoria de comunicação e de imprensa

RP em marketing

Nº 4/1º Semestre de 2013A

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MERCADO DE TRABALHO

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Nº4/1º Semestre de 2013

O Curso de Relações Públicas da UFG formou, no segundo semestre letivo de 2012, concluído no dia cinco de março de 2013, mais 30 profissionais que irão atuar em diversas áreas no campo da comunicação. A todos os formandos ficam registrados os cumprimentos dos professores do curso pelo empenho durante o caminho que trilharam na construção do conhecimento, pela

obstinação e pela confiança neles mesmos. Na primeira semana de fevereiro eles apresentaram seus TCCs (Trabalho de conclusão de Curso), que é a oportunidade de demonstrar o aproveitamento das disciplinas através de um Projeto Experimental ou Monografia.

Quatro dos trabalhos obtiveram a nota máxima. Estes trabalhos e os demais apresentados estarão disponíveis na biblioteca da UFG e na coordenação do Curso de Relações Públicas para consulta pública. Abaixo, um resumo dos TCCs que receberam nota 10,0 (dez).

Conclusão de curso: UFG forma mais 30 profissionais de RP

Erica Silva e Alves foi orientada pela Profª Flávia Martins dos Santos. O resumo do trabalho diz que nos pri-mórdios das indústrias mundiais surgiu a necessidade da ges-tão das relações empresa-colaboradores. A área de Recursos Humanos foi responsável, por muito tempo, por essa relação e também pela comunicação nas empresas. Com a globali-zação e as transformações decorrentes dela, vieram também as mudanças nas relações de trabalho. Nesse sentido, a mão-de-obra especializada em Relações Públicas trouxe um impasse entre as duas áreas quanto ao domínio da realização dos processos comunicativos organizacionais, sobretudo os destinados aos colaboradores. Este trabalho procurou identificar aproximações entre as áreas de RP e

A autora é Samira Virginia de França, orientada pelo Prof. Claudomilson Fernandes Braga. O trabalho apresenta um estudo teórico-empírico sobre as contribuições da teoria das representa-ções sociais para a compreensão da chamada comunicação in-terna. A pesquisa bibliográfica traz como pressupostos básicos a complexidade humana nas organizações, natureza relacional e simbólica da comunicação e sua ligação com o conceito psicosso-ciológico de representação e, ainda, uma breve discussão sobre os vínculos que se estabelecem no contexto das relações de trabalho. A pesquisa empírica, por sua vez, buscou identificar as representações sociais que os funcionários de uma instituição pública de médio porte

A comunicação interna nas organizações sob a perspectiva das representações sociaistêm do termo comunicação interna. Para o levantamento, análise e interpretação dos dados foram adotados métodos mistos e interdisciplinares, alguns deles próprios da psicolo-gia social, como a técnica de evocações livres, a técnica de descontextualização normativa e de substituição e cálculo do índice de centralidade de representações sociais a partir de evocações (INCEV). A proposta central, tanto da reflexão bibliográfica como da pesquisa de campo, é contribuir para

que as Relações Públicas superem a visão meramente instrumental e lancem novos olhares sobre o estudo e a prática de gestão da comu-nicação com e entre os empregados no contexto organizacional.

A comunicação no processo de atendimento ao público: uma análise do treinamento dos funcionários da walt disney world resorts

Victor Henrique Correa de Andrade, foi orientado pela Prof ª Maria Francisca Magalhães Nogueira. A partir da analise do treinamento do Walt Disney World, que foi o objeto de estudo, pôde-se compreender a importância da comunicação no atendimento. Além disso, nota-se a impor-tância do estudo da história da organização para se compre-ender como essa comunicação flui em diversos níveis. Des-

se modo, a pesquisa tem em vista abranger o atendimento prestado ao funcionário, o treinamento oferecido e os diversos meios e ambientes comunicacionais que per-meiam a organização. Por fim, analisam-se as técnicas específicas de comunicação utilizadas pelo Walt Disney World no treinamento. Premissas essas que são aplicadas ao atendimento ao público.

Singulari Eventos – Assessoria em AgronegócioAs autoras Flávia Silva Araújo, Letícia Estrela Martins

Sousa , Nayara Manzi Giani e Renata de Oliveira Santos opta-ram pelo Projeto Experimental e foram orientadas pela Profª Simone Antoniaci Tuzzo. O projeto baseia-se na exploração de um dos campos pertencentes ao profissional de Relações Públicas - a produção de eventos. Para tanto, propõe a criação de uma agência prestadora de assessoria na produção de eventos, com atendimento específico ao Agronegócio, um campo pouco trabalhado por profissionais qualificados.

Considerando-se a complexidade do processo de cria-ção de uma empresa, este trabalho enumera minuciosamente suas etapas de construção, tais como pesquisa de mercado, escolha do nome, delimitação de público, definição de missão, visão e valores, criação da logomarca e manual de identi-dade visual, estratégias promocionais, culminando, assim, no seu evento de lançamento. O projeto apresenta também o atendimento de um cliente-piloto, como primeira experiência da Singulari Eventos no mercado.

Processo estratégico de comunicação interna: estabelecendo uma parceria entre Recursos Humanos e Relações Públicas

RH por meio de pesquisa qualitativa, englobando os méto-dos de pesquisa bibliográfica e entrevista em profundidade e a técnica de análise de conteúdo, visando verificar até que ponto uma parceria entre as áreas resulta no sucesso do pro-cesso estratégico da comunicação interna nas organizações contemporâneas. Por meio da pesquisa realizada pôde ser observado que, mesmo com o surgimento dos profissionais

de comunicação, os profissionais de RH ainda têm participação ati-va no processo de comunicação interna e que, em alguns casos, a comunicação interna sequer é considerada estratégica, tampouco é pensada em nível de parceria para o aprimoramento de sua realização nas organizações goianienses.

FORMATURA

TCC

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