jornal página certa

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Jornal laboratório do curso de jornalismo da Faculdade Anhanguera de Brasília Ano 1 Edição nº 1 Dezembro de 2010 Perda de memória Não são só a idade e as questões genéticas que trazem problemas a memória. O stress e o acúmulo de informações também são pon- tos analisados em várias pesquisas norte-americanas. Página 9 SKATISTAS UTILIZAM O SETOR BANCÁRIO SUL COMO PONTO DE ENCONTRO Pagina 12 SAÚDE Incômodo de bolso Tornou-se comum ver pessoas aparelhos eletrônicos sem o fone de ouvido. Aos que já se sentiam inco- modados com os barulhos próprios do ônibus agora ficam estressados com os sons altos. Página 4 CIDADES Novo RG mais seguro As mudanças prometem difi- cultar as falsificações e substituir o antigo RG, o CPF e o Título de Eleitor. A nova carteira conterá um chip com informações criptografadas e a impressão digital. Página 3 COMPORTAMENTO Renovar é preciso! População do DF fala sobre o novo governo Intercâmbio econômico Menos por mais Uma nova forma de conhe- cer novas culturas e apren- der idiomas. Página 9 Cresce o interesse dos jo- vens em trabalhos freelance, em eventos que ganham mais em pouco tempo. Trabalhar com eventos é sempre uma di- versão, não tem rotina, estão em lugares diferentes a cada even- to, conhecendo novas pessoas, enriquecendo cultura e contatos profissionais. Página 5 Diversão de Cara Limpa Jovens escolhem um novo tipo de cultura. A nova idéia está ganhando o cená- rio punk rock nacional, cha- mado Straight Edge. não é necessário usar drogas para se distrair. Página 7 Namoro sem sexo Casais optam por esperar o casamento. Ter um parceiro e não manter relações sexuais com ele é muito mais comum do que a maioria das pessoas imaginam. Página 4 No Distrito Federal e em todo o Bra- sil, o resultado das eleições deste ano deixou bem claro que o principal desejo da população é mudar a política de nosso país. O resultado os eleitores deram nas urnas. Os candidatos mais votados foram os que se candidataram pela primeira vez. Um certo desejo de virar o quadro político. Página 10 Thaís Braga

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O jornal Página certa é uma publicação acadêmica que traz notícias do cotidiano brasiliense. A publicação engloba assuntos como política, economia e cultura

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Page 1: Jornal Página Certa

Jornal laboratório do curso de jornalismo da Faculdade Anhanguera de Brasília Ano 1 – Edição nº 1 – Dezembro de 2010

Perda de memória

Não são só a idade e as questões genéticas que trazem problemas a memória. O stress e o acúmulo de informações também são pon-tos analisados em várias pesquisas norte-americanas. Página 9

SKATISTAS UTILIZAM O SETOR BANCÁRIO SUL COMO PONTO DE ENCONTRO Pagina 12

SAÚDE

Incômodo de bolso

Tornou-se comum ver pessoas aparelhos eletrônicos sem o fone de ouvido. Aos que já se sentiam inco-modados com os barulhos próprios do ônibus agora ficam estressados com os sons altos. Página 4

CIDADESNovo RG mais seguro

As mudanças prometem difi-cultar as falsificações e substituir o antigo RG, o CPF e o Título de Eleitor. A nova carteira conterá um chip com informações criptografadas e a impressão digital. Página 3

COMPORTAMENTO

Renovar é preciso!População do DF fala sobre o novo governo

Intercâmbio econômico

Menos por mais

Uma nova forma de conhe-cer novas culturas e apren-der idiomas. Página 9

Cresce o interesse dos jo-vens em trabalhos freelance, em eventos que ganham mais em pouco tempo. Trabalhar com eventos é sempre uma di-versão, não tem rotina, estão em lugares diferentes a cada even-to, conhecendo novas pessoas, enriquecendo cultura e contatos profissionais. Página 5

Diversão de Cara Limpa

Jovens escolhem um novo tipo de cultura. A nova idéia está ganhando o cená-rio punk rock nacional, cha-mado Straight Edge. não é necessário usar drogaspara se distrair. Página 7

Namoro sem sexo

Casais optam por esperar o casamento. Ter um parceiro e não manter relações sexuais com ele é muito mais comum do que a maioria das pessoas imaginam.Página 4

No Distrito Federal e em todo o Bra-sil, o resultado das eleições deste ano deixou bem claro que o principal desejo

da população é mudar a política de nosso país. O resultado os eleitores deram nas urnas. Os candidatos mais votados foram

os que se candidataram pela primeira vez. Um certo desejo de virar o quadro político. Página 10

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Page 2: Jornal Página Certa

Fruto do esforço em equipe

Esse é mais que um projeto, é um sonho materializado. Ain-da que não nos fosse permitido, tentaríamos quase que incessan-temente melhorar nosso traba-lho. Essa primeira edição do Pá-gina Certa nos dá a oportunidade de vislumbrar o quão bom é ser aluno, e poder aprender cada vez mais. Isso porque a pro-dução deste significa mais que

puro e simplesmente uma edi-ção. Aqui mostramos pincela-das do trabalho que escolhemos e acreditamos. É algo compará-vel a uma pintura. Certamente existem falhas. Algumas vistas a olho nu. No entanto, o impor-tante é que foram essas mesmas falhas que nos fizeram sempre persistir em nossas dúvidas, em nossos anseios. Talvez esta seja a premissa de nosso trabalho. Os sonhos movem, o trabalho realiza. Em meio á tanta gente

competente foi difícil lidar com as diferenças e com o trabalho em equipe Apesar de difícil, tornou-se a melhor receita para tal resultado.

Por mais que tenhamos tido de enfrentar monstros que ha-bitam em todos nós, alunos de jornalismo. É fascinante sair do campo surreal das redações e transformá-lo em um Jornal La-boratório. De cunho profissio-nal, mas que retrata em suas pá-ginas também nossos sonhos de

criança. De quem sempre quis falar, escrever, ser visto, enten-dido. Somos um misto de tudo isso. Somos a vírgula, o ponto. Somos todos palavras e ela nos une. Longe dos achismos, so-mos também as aspas. Por ve-zes somos vaidosos. E por isso cada página aqui vai recheada do nosso melhor.

Boa leitura.

EDITORIAL

A política do escândaloPor Sheila Souza

“Circunstância ou ação que ofende o decoro ou as concep-ções morais estabelecidas. Ou desgraça as pessoas nelas envol-vidas ou com elas associadas. Irritação, indignação, perplexi-dade ou sensação provocada por uma violação flagrante do deco-ro ou da moralidade. Aquilo que pode induzir a erro, pecado ou mau procedimento. Provoca-ção ao mal pelo mau exemplo. Pessoa ou coisa que escandali-za”. Esse é o significado dado á palavra escândalo no dicio-nário, ainda que ela possa vir á assumir outros tipos de sentidos ainda mais arbitrários e incon-

sequentes.Esse é o cenário de Brasília

hoje, a cidade que tem cinquen-ta anos e uma vasta lista de es-cândalos políticos, cede espaço agora para mais cinqüenta anos de comemoração. O escândalo habita aqui. Não porque esta-mos em Brasília, mas por conta da falta ou inexistência de ética ou honestidade, como preferir de uma minoria. Minoria essa que ocupa os melhores cargos do país, e gozam de inúmeros privilégios. Mas que ainda sim preferem manchar sua imagem com “mensalões” intermináveis e extremamente lucrativos, para as suas respectivas contas pes-soais. O país que teve diversos

protagonistas em seus escânda-los tem também um histórico de grandes “exportações”, de di-nheiro, ladrões entre outros. O que dizer de Lalau?

O fato de a justiça brasileira fechar os olhos para atos corrup-tos não é uma novidade no meio político. Os brasileiros sentem--se como na era do Collor. Sem saber prá onde foi todo o di-nheiro. Desta vez, o arrecadado com a cobrança dos altíssimos impostos. “A verba já foi libe-rada”, a mesma frase dita sem-pre em uníssoso por qualquer um que esteja responsável pelo pronunciamento seja dos minis-tros, deputados, senadores entre outros. No caso mais recente, o

de Arruda, quem será o respon-sável pela “liberação da verba”, verba essa, que nunca chegou ao seu destino, pelo menos não o esperado pelos eleitores. Em tempos modernos, as mais vá-rias formas de ludibriação fo-ram mais uma vez reinventadas. Hoje é possível acessar o Portal da Transparência, site onde es-tão disponibilizados “todos os investimentos” feitos pelo go-verno, com o dinheiro público. O problema é que não sabemos ao certo que caminho, esse mes-mo dinheiro percorre até chegar lá, os números nos envolvem, mas a “cuecas” falam por si sós.

ARTIGO

EXPEDIENTE

Professora orientadora:Kátia Sleide

Editora-chefe:Sheila Souza

Editores:Angélyca MirandaAndressa DafiniGabriela OliveiraJéssica OliveiraRafaela MendesWéllida Resende

Chefes de reportagem:Geórgia BotelhoJussara Resende

Revisores:Thamis MaiaYasmine Farias

Repórteres:Daniela AraújoEduardo NascimentoElloá SoaresFlávia FerrerLuciana PainsMárcia CaldeiraMeiriane SoaresNayara SousaRomilsa PiresThamara Lopes

Fotógrafos:Adriana LunaraJoão Paulo LeiteThaís Braga

Diretor de arte:Arisson Tavares

Diagramação:Leandro LisbôaNailine Oliveira Stephanie Araujo

Impressão:Jornal Brasília Agora

Tiragem:1000 exemplares

Opinião2Jornal laboratório do curso de jornalismo da Faculdade Anhanguera de Brasília Ano 1 – Edição nº 1 – Dezembro de 2010

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VAI LÁ, COMPANHEIRA!

Page 3: Jornal Página Certa

Novo RG ficará mais seguro

Faculdade incentiva alunos em projetos científicosPor Luciana Pains

As turmas dos cursos de Enfermagem, Biomedicina e Farmácia, da Faculdade Anhan-guera de Brasília (FAB), de-senvolvem projetos científicos orientados pelos professores Misael Rabelo e Patrícia Kanno. A acupuntura é um deles. Acon-tece desde 2007, e tem o intuito de aumentar o conhecimento dos alunos sobre esta área clíni-ca. Além de atender indivíduos com problemas de saúde que não tem condições financeiras para recorrer a clínicas particulares.

A comunidade em ge-ral é atendida com trata-mentos específicos da Me-dicina Tradicional Chinesa. Colaboram com o desenvolvi-mento dos alunos participan-tes uma média de 20 pacientes por dia.

Outro trabalho realizado

pela faculdade é o Projeto de Iniciação Científica (PIC). O principal objetivo do PIC é co-locar em prática o conhecimen-to experimental das alterações e adaptações corpóreas nas áreas de atendimento. O projeto é anual e todos os alunos podem participar. Para isso deve entre-gar um artigo científico final. Outros alunos podem ajudar no processo de coletas de informa-ções e na elaboração do artigo.

Foi realizado nos últimos meses de 2010 o Projeto Espe-cífico Experimental, que teve como principal objetivo veri-ficar as alterações glicêmicas em pacientes que consumiram alimentos de baixa e alta carga glicêmica. Foram comparadas também as alterações com a prática de diferentes níveis de exercício físico. A parte teórica e de planejamento do projeto foi realizada no 1° semestre do

Imagem arquivo da Polícia Federal. Protótipo do Cartão Registro de Identidade Civil (RIC).

Previsto para 2011 a circulação do novo Registro de Identificação Civil

Cidades 3

ano. Alunos do 2° e 6° semes-tres de biomedicina e do 7° se-mestre de enfermagem partici-pam da ação, orientados pelos professores Misael e Patrícia.

Débora Camargo, do 6° se-mestre de ciências biológicas, diz que projetos assim deveriam ter mais divulgação, até mesmo para orientar jovens que ainda não tem em mente qual profis-são seguir. “Fazê-los conhecer o que é estudado, na parte teó-rica e prática, pode despertar o interesse para a área da saúde na hora de escolher o curso. Acho importante para o desenvolvi-mento do aluno. Quando o aluno chega à faculdade ele não tem muita idéia de como vai ser a pratica da profissão, e com essas pesquisas cientificas o professor ajuda o aluno”, afirma Débora.

Em janeiro de 2011 serão publicados cinco trabalhos que foram feitos com base no pro-

Flávia Ferrer

O novo documento de iden-tificação mudará e ficará mais difícil para realizar falsificações. Com início ainda no mês de de-zembro, serão emitidos 100 mil novos Registros Único de Iden-tidade Civil (RIC), com previsão até o ano de 2011 para os pri-meiros RICs entrarem em circu-lação. Poderão ser retirados nos postos policiais em todo o país.

O documento não permiti-rá que uma pessoa tenha várias identificações nos demais Es-tados. A falsificação é um pro-blema que será combatido com o novo registro geral. A compa-ração entre o atual RG e o novo é feita por Leonardo Freire, 35 anos, assessor do diretor do Ins-tituto Nacional de Identificação, “Hoje no país os Estados não se comunicam. O Paraná não se comunica com Minas Gerais. O cidadão que tem o intuito de re-

tirar um Registro Geral em Mi-nas com documento de n° 1000, posteriormente viaja ao Paraná e diz que se chama José, com uma certidão de nascimento falsa, ele retira outro documento com ou-tro número e não dá para saber seus antecedentes, mas agora será interligada pela base cen-tral e pela impressão digital que saberá se é a pessoa ou não.”

A nova carteira conterá um chip com informações criptogra-fadas e a impressão digital. “Os dados cadastrais ficaram arqui-vados em um banco de dados, na central da polícia federal”, disse Leonardo. O registro será confeccionado por um cartão magnético de policarbonato que possuirá assinatura e foto digi-tais impressos em várias cama-das do cartão de plástico, grava-dos na camada interna, contendo também: impressão digital, fi-liação, sexo, data de nascimen-to, nacionalidade, CPF, título

de eleitor e o número único in-terligado com os Estados. Os demais documentos continua-ram a serem utilizados. O ob-jetivo é substituir o RG, CPF e título de eleitor havendo um número único para esses docu-mentos no futuro. Há projetos para que o Registro de Identida-de Civil se torne um documen-to de viagem dentro do MER-COSUL. Não há estimativa de quanto será gasto pelo governo federal e o Ministério da Justiça. Mas há negociações com a Casa da Moeda e o setor privado para a diminuição dos custos.

Há previsão para nos próxi-mos 11 anos, todos os cidadãos estejam cadastrados e com o RIC. Esperasse que no fim do projeto o RG seja invalidado e o Registro de Identidade Civil se torne o principal documento de identificação, mas ainda não há datas para o fim do RG e os dois documentos valerão.

jeto. Dois deles no Anuário de produção Acadêmica Docente e os outros três na Revista de Ensaio e Ciência da Anhan-guera. Também para o próximo ano, estão em andamento novos

projetos, como o de acupuntura na área estética. Todos os ex-perimentos são realizados nos laboratórios disponíveis pela instituição. E tem tido um alto nível de aprovação e sucesso.

Alunos de Enfermagem coletam de sangue para pesquisa.

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Comportamento4

Namoro sem sexoPor Romilsa Pires

Ter um parceiro e não man-ter relações sexuais com ele é muito mais comum do que a maioria das pessoas imagina. Principalmente no início da vida sexual, onde tudo é muito incerto e inseguro. Mas, não só neste momento.

“Namoro sem sexo é possí-vel sim. Difícil, mais possível. O legal, é que o casal tem tem-po de se conhecer em outros as-pectos, e não apenas no físico. E esse tempo é muito importan-te, porque com ele se cultiva o amor, ou não. E se esse amor acontecer, você se sentirá se-gura para deixar rolar natural-mente, na hora certa”, afirma Pollyana Rebolças, que namora com Wesley Marques há quatro anos.

A realidade é que nem todo mundo agüenta esperar. Alguns pensam que o sexo é funda-mental numa relação, como o estudante de Eletrônica, Paulo Sérgio, 18 anos. Paulo diz ter terminado um namoro, por não querer esperar. “Quando ficáva-mos sozinhos ela recuava e fa-

lava que não queria nada ainda. Falava que só após a maiorida-de. Por isso eu terminei”.

Há ainda alguns casais que preferem fazer do namoro uma fase de conhecimento. Como os recém casados Rayane de Paula e Elienai Mendonça. Ela conta que conseguiram esperar dois anos até o casamento. ”Te-nho plena certeza que fizemos a melhor escolha, pois o amor é que une duas pessoas. O sexo é complemento, mas o que nos prende realmente a alguém é o carinho, o companheirismo a confidência”.

“A prática sexual é funda-mentada puramente no prazer genital, como algo destinado unicamente ao deleite das pes-soas, tem se difundindo por meio de valores equivocados. Infelizmente, nossos adoles-centes, envolvidos por esses apelos externos, iniciam cada vez mais cedo suas atividades sexuais, mesmo mal conhecen-do seu próprio corpo e pouco entendendo sobre o vínculo presente no ato que supera, em si, o contato físico”, relata a Psicóloga Aline Muriele.

Casais optam por esperar até o casamento

Wesley e Pollyana fizeram essa escolha

Por Jéssica Oliveira

Aparelhos são lançados no mercado a cada dia, mostran-do a evolução da tecnologia. Aparelhos portáteis com tv digital e mp3 são os mais pro-curados. Levar suas músicas e programas de um lado para o outro, em um aparelho que cabe no seu bolso torna isso muito mais fácil. Porém, alguns acabam passando dos limites.

Tornou-se comum ver pes-soas utilizando estes aparelhos sem fone de ouvidos. Aos que já se sentiam incomodados com conversas alteradas, risos, choro de criança e brincadei-ras dentro do ônibus e metrô, agora ficam estressados com sons altos. Muitos deles causa-dos pelos celulares de jovens.

Muitas são as pessoas que quando se depara com este tipo de situação, principalmente com funk e rap, não es-condem o desconforto que

sentem. “Trabalhei a manhã in-teira, vou gastar metade da via-gem ouvindo uma coisa horro-rosa dessas? Incomoda, e como incomoda. Quando alguém ouve música evangélica, todo mundo olha recriminando. Se é uma porcaria dessas, ninguém fala nada”, comenta Rose dos Santos, auxiliar de escritório.

Esse avanço na tecnolo-gia acabou criando hábitos na sociedade. Muitas vezes esse tipo de atitude incomoda as pessoas que também utilizam o transporte. “Tenho meu mp3 e também o utilizo nos coleti-vos, porém coloco meu fone e ouço minhas músicas sem incomodar ninguém que está ao meu lado”, diz Noemi Cae-tano, estudante de Marketing.

Já os causadores do barulho sabem que incomodam, mas não levam em conta a opinião dos outros. Dentro dos coleti-vos depara-se com pessoas de vários jeitos. Alguns lêem li-

vros, revistas, jornais, outros escutam sua “musiquinha” ali no seu canto. Já outros prefe-rem ligá-la pra que todos pos-sam ouvir. “Sei que sou erra-do. Sei que incomoda, mas só escuto minhas músicas sem fone de ouvido. Gosto de in-comodar as pessoas”, declara Fagner Albuquerque, estudante.

Independente do lugar que se encontra, é preciso usar com moderação o bom senso. Quan-tas pessoas existem dentro de um ônibus que está indo estudar ou voltando de um dia cansati-vo? Quantas vezes tentou ler um livro e algum som lhe atrapa-lhou? “O aparelho celular é pes-soal, cada pessoa tem o seu, tem suas preferências musicais e ôni-bus é um transporte público em que devemos respeitar as pes-soas que entram e saem a todo tempo e que talvez estejam can-sadas exaustas, então é mesmo uma questão de ética”, declara Juliana Vieira, nutricionista.

Incômodo de bolsoNem todos são adeptos do fone de ouvido

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Menos por maisPor Elloá Soares

Cresce o interesse dos jovens em trabalhos freelance em even-tos que ganham mais em pouco tempo. Trabalhar com eventos é sempre uma diversão, não tem rotina, estão em lugares diferen-tes a cada evento, conhecendo novas pessoas, enriquecendo cultura e contatos profissionais.

Ana Paula Lima largou seu emprego em uma boutique mas-culina, onde trabalhava a três anos, para trabalhar com even-tos. ‘’Está sendo muito melhor, antes eu ganhava em torno de mil reais, agora em alguns even-tos de apenas 20 dias, consigo dois mil e trezentos, ou em al-guns, R$200 por dia’’.

Em algumas agências do Distrito Federal, eles recebem em torno de 450 pedidos de cadastro por mês, embora nem todos sejam realizados por parte dos modelos.

A procura sempre vem mais por parte das mulheres, muitas são mães e não podem se com-prometer com trabalhos fixos. Mas o interesse de homens vem crescendo a cada dia. Mesmo que os eventos sejam 80% aber-tos exclusivamente à mulheres, muitos homens estão entrando no mercado a procura de ofer-tas.

Á medida que o mercado de trabalho cresce os modelos são mais cobrados. A primeira exi-gência é gostar de trabalhar com

público, ser atencioso, saber es-cutar. Seguido de pontualidade, profissionalismo, organização e compromisso. Além de conhe-cimento, disponibilidade, saber gerenciar e ser detalhista. Para trabalhar em eventos não basta ter um rosto bonito.

Ser alta e magra não são re-quisitos que estão na lista de preferência dos clientes que tra-balham com eventos. Existem vários perfis fashion que são sempre selecionados para traba-lhos por seu profissionalismo.

O cachê varia de acordo com o evento, para determinar qual será o valor calcula-se horas, quantidade de modelo e tipo de trabalho (panfletagem, re-cepção, divulgação, desfile, pu-

blicidade...) em média o cachê varia entre R$ 50.00 e R$300.00 por dia.

Os clientes são exigentes, idealizam o evento e querem que saia exatamente como o planejado. O mercado cobra muito, mercado exigente, clien-te exigente. É exatamente por essa razão que as agências de eventos são obrigadas a rever alguns cadastros. Eles procuram pessoas capazes e dispostas a fazer o nome da marca crescer.

Além da boa remuneração esse tipo de trabalho também desenvolve outras competências como diz Jordana Sathler, da Agência Meninas da Recepção. ‘’Conseguimos criar meios de trabalho exclusivos e hoje nos-

sos eventos são completamente realizados dentro do combina-do. Mesmo que aconteçam im-previstos, nossa equipe foi trei-nada para contornar a situação. A cada evento levamos para casa aprendizados, melhorando ainda mais os próximos atendi-mentos. ’’

Vale alertar a quem procura trabalhar em eventos, antes de aceitarem um trabalho procure saber para quem vão trabalhar.Com a internet, os candidatos podem descobrir detalhes sobre as empresas, não se arrisquem por promessas, pesquisem e converse com quem já está no meio a mais tempo.

Jovens ingressam no mercado de eventos, trocando trabalho fixo por menor carga horária

As modelos da Agência Meninas da Recepção no evento Racing Festival 2010

Mercado 5Jornal laboratório do curso de jornalismo da Faculdade Anhanguera de Brasília Ano 1 – Edição nº 1 – Dezembro de 2010

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Mercado6

Au Pairtorno de US$ 550 por um ano.

O participante também deixa um depósito de US$ 500, que é devolvido na volta. Para os Esta-dos Unidos da América (EUA), o pacote inclui o preço das pas-sagens aéreas pagas pela família. No caso de outros países, como a França, o transporte aéreo fica a cargo do próprio estudante. Para um intercâmbio regular com um ano de Ensino Médio nos EUA, por exemplo, os valores variam de US$ 5 mil a US$ 20 mil.

Entre as tarefas de um au pair estão brincar com as crian-ças, preparar o lanche da escola e arrumar brinquedos, roupas e material escolar. Geralmente, o intercambista tem quarto in-dividual, seguro médico e faz as refeições na casa da famí-lia. Além de receber um salário semanal de aproximadamen-te US$ 140. A família ainda oferece um bônus de US$ 500 por ano para qualquer curso.

Os que já foram para outro

país e optaram por essa modali-dade de intercâmbio não se arre-pendem, apesar das dificuldades encontradas. Segundo a super-visora do programa au pair da Agência Central de Intercâmcio, Gisele Mainardi, são poucos os casos em que devido à falta de adaptação com determinada fa-mília o au pair é indicado para outra. Se ele realmente não se adaptar, retorna para o Brasil.

Esse não é o caso da publici-tária, Lis Paz Godinho, 23 anos, que foi para Danbury, Connec-ticut, nos EUA, participando do programa. Incentivada por um amigo americano, ela decidiu encarar o desafio e diz que é uma experiência gratificante. “A idéia de ter uma família para me apoiar, de me sentir responsável pela educação das crianças, de impri-mir um pouco de ‘brasilidade’ as suas personalidades e, ao mesmo tempo, viver mesmo como ame-ricana, me conquistaram”, revela.

De acordo com a coordena-

dora do Departamento de Ma-rketing da Sntral Truevel Bisnen (STB), Cláudia Martins, quando o programa surgiu, há 5 anos, o perfil de quem participava era de meninas estudantes de pedagogia ou psicologia. No entanto, o pro-grama tem se expandido. “O úni-co pré-requisito é ter entre 18 e 26 anos. Agora, pessoas das mais diversas áreas optam pelo au pair, como estudantes de biologia, co-municação e direito”, ressalta.

A imersão em uma nova cul-tura é total. A convivência com os hábitos da família e do local onde se mora obriga o jovem há esquecer um pouco o país de origem e adaptar-se a novos costumes e formas de vida. “Ti-vemos casos de meninas que interagiram tão bem com a fa-mília que, depois de voltar, nas férias, promoveram um encon-tro da família estrangeira com a brasileira”, afirma Gisele.

Au Pair: Uma maneira econômica de fazer intercâmbio

Conheça outra forma de se fazer intercâmbio e se preparar para a vida

Por Rafaela Mendes

A forma mais barata hoje, de fazer intercâmbio no exterior é o au pair. O programa mais vendido na maioria das agên-cias. Esta forma de conhecer uma nova cultura, aprender um

idioma e também juntar dinhei-ro requer, entretanto, algo que não é para qualquer um: gostar e saber cuidar de crianças. O au pair trabalha como babá na casa de uma família, que arca com suas principais despesas.

O custo do programa fica em

Por Thamara Lopes

Muitas pessoas ficam confusas na hora de escolher qual profissão seguir, salários atrativos e boas oportunidades no mercado de tra-balho, em alguns casos contrariam os sonhos. “O melhor é buscar orientação para descobrir talentos e vocações”, acredita o consultor profissional Jorge Pinho.

De acordo com especialista, as engenharias, áreas de saúde, tecnologias e meio ambiente es-tão em alta no mercado de traba-lho. Além dessas, acredita que os cursos de gestão e técnicos espe-cializados sejam tendência para o futuro.

Embora, exista profissionais em excesso no Jornalismo, Psico-

logia e Odontologia, Pinho ressal-ta a importância da busca por qua-lificação profissional em qualquer especialidade. “Para os melhores, poucas vezes sobrevêm a falta de oportunidades”, destaca.

O professor da UNB, consul-tor há mais de 30 anos relaciona o problema de insatisfação profis-sional com o baixo desempenho das tarefas, principalmente no ser-viço público. Apesar da segurança e boa remuneração no trabalho, muitos gastam tempo e recursos em atividades que não gostam.

Foi o que aconteceu com Fran-cisco Macedo, o jovem de 23 anos deixou de cursar Análise e Desen-volvimento de Sistemas para se-guir carreira militar.

O rapaz que sonha ser piloto

deixou ainda a cidade natal para tentar a sorte em Brasília. “Passei num concurso da área e estou a um passo do meu sonho”, comemora.

Algumas pessoas dizem não trocar a profissão escolhida por nada. A estudante de Educação Fí-sica, Thaynara do Nascimento, é uma delas. “Sei que não serei rica, mas acho que em outra área não seria feliz”, afirma a jovem de 19 anos.

Ricardo Palazzi, 20 anos, acre-dita que é possível conciliar uma profissão que tenha um bom mer-cado de trabalho com afinidade. ”Meus pais queriam que eu fosse médico, mas preferi cursar conta-bilidade”, o jovem que está no pri-meiro semestre acredita ter feito a escolha correta.

Dois pesos e uma moeda

Jornal laboratório do curso de jornalismo da Faculdade Anhanguera de Brasília Ano 1 – Edição nº 1 – Dezembro de 2010

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Jovens sentem dificuldade em escolher o trabalho dos sonhos

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Cultura 7

Diversão de Cara LimpaPor Andressa Oliveira

Um nova idéia está ganhan-do o cenário punk rock nacio-nal, chamado Straight Edge. Foi criado em casas de shows na década de 80 em Washington, nos Estados Unidos, por garotos menores de idade, que por não poderem beber eram proibidos de entrar nos shows. Por isso, montaram espaços e bandas próprios, para que os adolescen-

tes pudessem aproveitar a boa música sem serem expulsos dos lugares. Outras casas de shows gostaram da idéia straight edge e começaram a desenhar um X nas mãos dos menores. Assim, entravam nos lugares, porém continuavam impedidos de con-sumir álcool. Mais tarde o X vi-rou a marca do movimento.

A idéia central, é a de que não é necessário usar drogas para se distrair, “O straight edge

surgiu pra mostrar que nem todo punk é adepto da auto-des-truição, essa cultura foi passada pela mídia e o straight edge está aí pra contestar essa idéia”, diz Roberto Negrete, guitarrista, da banda Nossa Escolha.

No Brasil, começou a se po-pularizar em meados da década de 90, quando bandas Straight Edge americanas vieram fazer shows no país. Com o cresci-mento da cena straigt edge, os

adeptos começaram a organiza-rem shows independentes. Um desses encontros se tornou o mais famoso do país, chamado Verdurada em 1996, onde são realizados shows, palestras e mostras culturais.

Muitos adeptos dizem que se trata de uma idéia e não de um movimento. Segundo eles, um movimento é cheio de regras e normas. O straigt edge prega a total abstinência de substâncias

alucinógenas, por isso é impor-tante a consciência de cada um. A cultura do faça você mesmo, como diz Rodrigo Elísio, vo-calista da banda Lost in Hate. “Sou vegetariano, mas na mi-nha banda tem integrantes, ví-gans, vegetarianos e o baterista come carne. O Straight edge é uma ideologia pessoal e a gen-te não prega o vegetarianismo nem nada assim, só o straight edge livre de drogas”.

Jovens escolhem um novo estilo cultural

Jornal laboratório do curso de jornalismo da Faculdade Anhanguera de Brasília Ano 1 – Edição nº 1 – Dezembro de 2010

Eles vestem a camisa do novo movimento, “Lost in hate” é uma banda de Taguatinga

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Page 8: Jornal Página Certa

Com destino CertoLivros expostos na Feira do Livro seguem para projetosPor Daniela Araújo

Passada a Feira do livro em Brasília, realizada de 08 a 17 de outubro, no Expobrasília do Parque da Cidade, fica a dúvida sobre o destino que é dado aos livros que até então estavam em exposição.Dois projetos recebem os mesmos. São eles: a Arcadas Letras e o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), do Fun-do Nacional do Desenvolvimen-to da Educação. (FNDE)

A Arca das Letras, Progra-ma de Bibliotecas Rurais, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que tem o objetivo de incentivar a leitura de moradores em povoados distantes e facilitar o acesso aos livros em assenta-mentos, comunidades de agricul-tura familiar e quilombos, recebe grande parte dos livros.

Segundo Mônica Monteiro, esta é uma maneira de contribuir para o desenvolvimento humano

no meio rural. “O Projeto é o re-sultado de uma rede de parcerias e de gestão comunitária das bi-bliotecas e promove educação, cultura e entretenimento entre essas populações do campo”.

Para selecionar os livros, a Arca das Letras conta com um trabalho bem interessante de in-clusão social, além do incentivo à leitura. Após a escolha, são for-mados pequenos acervos. Cada biblioteca conta com 220 títulos, obtidos por doações. Como lite-raturas, infantis e para jovens e adultos, livros didáticos, de pes-quisas e técnicos. Ou seja, abran-ge uma área grande de interessa-dos. Na parte técnica entra saúde, cidadania e agricultura.

O Programa Arca das Letras contribui também com outras ações que envolvem outros ór-gãos públicos, como o Minis-tério da Educação, da Cultura e até mesmo da Justiça. Conta também com órgãos não-gover-

namentais que colaboram para a chegada do programa a diversas regiões do País.

Outro fim para os livros é o Programa Nacional do Livro Didático. De acordo com Ká-tia Barbosa, várias instituições de ensino recebem livros que estiveram na exposição. “O in-tuito é que escolas e órgãos se interessem por esses livros e, posteriormente, peçam alguns exemplares para as instituições acadêmicas”, conta. Para que as instituições recebam essas doa-ções, é preciso que preencham um documento atestando que eles não serão comercializados.

Obras expostas na Feira do Livro tem um destino certo

Feira comemora dez anosPor Meiriane Soares

A feira da lua de Brasília criada em 2001 para dar espa-ço á artesãos de todo o Brasil, comemora dez anos em 2011. Para dar início as comemorações do aniversário um novo espaço foi lançado na última edição do evento.

O grande sucesso da feira se deve a perfeita organização e ao processo de seleção dos artesãos que participarão do evento. Atra-vés de uma avaliação do material produzido por eles para saber se realmente o trabalho é artesana-to.

Para Roseane Lima, uma das organizadoras do evento, o suces-so da feira se deve a boa relação que há entre todos envolvidos. “Um bom atendimento e a boa relação com os nossos colabora-dores é o que mais influência no

sucesso da feira”, diz Roseane.A feira também mantém uma

parceria com ONGs, como a Casa dos velhinhos e o projeto Conviver, que comercializam na feira materiais produzidos pelos seus beneficiários.

A criação do evento se deve ao fato de se ter uma feira em Goiânia e muitas pessoas terem que se deslocar de Brasília para adquirir algum produto artesa-nal. Então, viu-se a necessida-de de ter uma feira em Brasília. Foram pesquisados locais onde a realização do projeto não inco-modasse lojistas ou atrapalhasse a movimentação dos consumi-dores. Então foi escolhido como melhor local o Centro de Con-venções Ulisses Guimarães.

Primeiramente, os produtores viam somente de Goiânia. Hoje a feira conta com artesãos de todo Brasil e se dividem nas áreas de

gastronomia, artes, moda e de-coração. Sendo a área de maior procura e venda as confecções femininas.

Próximas edições da feira:

Novembro20 e 21 Sábado e Domingo Gilberto Salomão27 e 28 Sábado e Domingo Centro de Convenções Ulysses Guimarães

Dezembro04 e 05 Sábado e Domingo Deck Norte - Lago Norte11 e 12 Sábado e Domingo Gilberto Salomão17 à 23 Sexta à QuintaCentro de Convenções Ulysses Guimarães

Feira da Lua em seu décimo ano

Doe Livros:Arca das Letras: (61) 2020-0201 - [email protected]égio Sagrada Família: (61) 3272-1727 (Avelar)

Cultura8Jornal laboratório do curso de jornalismo da Faculdade Anhanguera de Brasília Ano 1 – Edição nº 1 – Dezembro de 2010

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Page 9: Jornal Página Certa

Estima-se que existem 6 bilhões de pessoas com esse tipo de problema. O que não sabemos é que nossa memória possui por si só , uma capacidade in-crível de armazenamento. E o segredo não é tentar lembrar cada vez mais das coisas, é exercitar a arte de esquecer. Estranho, não?

Saúde 9

Jornal laboratório do curso de jornalismo da Faculdade Anhanguera de Brasília Ano 1 – Edição nº 1 – Dezembro de 2010

Perda de memóriaNem sempre problemas de memórias estão ligados a idade ou questões genéticasPor Nailine Oliveira e Daniela Araújo

Desde 1906 uma doença que afeta a memória das pes-soas é o Mal de Alzheimer principalmente a partir dos 65 anos de idade. Entretanto, nos dias atuais, o que tem afe-

tado o ser humano é o stress e o acúmulo de informações.

Segundo um estudo da Rush University de Chicago, EUA, pessoas que sofrem frequentemente de stress ou depressão desenvolvem mais facilmente problemas de me-mória do que aquelas que

são mais despreocupadas.Marco Aurélio Moraes,

estudante de Sistema de In-formação, sofre perca de memória por acúmulo de in-formações. Ele passa o dia trabalhando e a noite vai para a faculdade. “É uma situação constrangedora porque a gen-

te esquece senhas, o nome de pessoas e datas importantes. Eu até passei a tomar pó de guaraná para ajudar na me-mória porque realmente é muito chato” diz Marco.

O stress e o acúmulo de informação é algo que precisa ser tratado. Espe-

cialistas da área indicam tratamento quando o esque-cimento começa a afetar o dia-a-dia e os nutricionis-tas recomendam alimentos como gema de ovo, cereais, cacau e guaraná para melho-rar o funcionamento cerebral.

Mais informações: www.memoriajovem.blogspot.

Esquecer faz parte de uma memória saudável. Quer saber por quê? Até 99% das informações que vão para a memória somem em segundos ou minu-tos. Isso é um mecanis-mo de limpeza que ajuda a aperfeiçoar o trabalho do cérebro. Se tudo ficas-se para sempre, ele viraria um depósito de entulhos.

Recordar de tudo também pode significar problemas psicológicos graves. A americana Jill Price, de 44 anos, se lembra exatamen-te cada detalhes dos seus últimos 29 anos. Por causa disso tem problemas psico-lógicos e constantemente faz acompanhamento com psiquiatras e sofre para levar uma vida normal.

Desde 1906 uma doença que afeta a memória das pessoas é o Mal de Al-zheimer principalmente a partir dos 65 anos de ida-de. Entretanto, nos dias atuais, o que tem afetado o ser humano é o stress e o acúmulo de informações.

Segundo um estudo da Rush University de Chicago, EUA, pessoas que sofrem frequente-mente de stress ou de-pressão desenvolvem mais facilmente pro-blemas de memória do que aquelas que são mais despreocupadas.

O stress e o acúmulo de informação é algo que precisa ser tratado. Espe-cialistas da área indicam tratamento quando o es-quecimento começa a afetar o dia-a-dia e os nu-tricionistas recomendam alimentos como gema de ovo, cereais, cacau e guaraná para melhorar o funcionamento cerebral.

JÁ PROCUREI EM TODO LUGAR E NADA

ONDE SERÁ QUE DEIXEI MEUS ÓCULOS!!!

EU NUNCA LEMBRO DA

DATA DE ANIVERSÁRIO

DA MINHA MULHER...

PORÉM,ELA NUNCA

ESQUECEDESSE FATO

E SEMPRE O RECORDAEM NOSSAS

DISCUSSÕES...

HOJE EU VI

NO JORNALUMA

NOTÍCIAQUE VAI

TEALEGRAR

ASSIM QUE EU

LEMBRAR TECONTO!!!

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Page 10: Jornal Página Certa

Política10

Renovar é preciso!Por Marcia Caldeira

No Distrito Federal e em todo o Brasil, o resultado das eleições deste ano deixou bem claro que o principal desejo da população é mudar a política de nosso país. O resultado os eleitores deram nas urnas. Os candidatos mais votados foram os que se candidataram pela pri-meira vez.

O Centro-Oeste, foi à região que mais renovou mandatos no Brasil cerca de 46,34%. Contu-do, teve ao mesmo tempo o me-nor índice de reeleição, que foi o do Distrito Federal. Segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), apenas 12,5% dos candidatos a Deputado Federal foram reelei-tos no DF. Representando me-tade dos eleitos, se comparado

a 2006 quando o índice de re-eleição foi maior. Neste ano a região Sul teve o maior índice de reeleição do País cerca de 59,74%.

Nas eleições deste ano no Distrito Federal, dez candidatos foram reeleitos. E sete estão no Governo pela primeira vez, en-tre eles: Liliane Roriz (PRTB), Wellington (PSC), Celina Leão (PMN), Washington (PSDB), Evandro Garla (PRB), Olair Francisco (PT do B), Agaciel Maia (PTC), Joe Valle (PSB), Israel Batista (PDT) e Dr. Mi-chel (PSL) que passam a ocupar vagas na Câmara Legislativa do DF, renovando cerca de 60% das cadeiras.

Para o Mestre em Ciências políticas, Thiago Sampaio, fo-ram vários fatores que influen-ciaram o índice de renovação

no governo do Distrito Federal. Um deles foi o fato de poucos Deputados Federais terem bus-cado a reeleição. Dos oito eleitos em 2006 apenas três tentaram se reeleger. Entre eles, Alberto Fraga e Rollemberg que se can-didataram ao Senado. Já Jofran Frejat e Filipelli saíram como candidatos a vice-governador. Magela foi reeleito, enquanto que Augusto Carvalho e Laerte Bessa não obtiveram sucesso.

O próximo Governador do Distrito Federal será Agnelo Queiroz (PT), que deverá forta-lecer as alianças com a Presiden-te eleita, Dilma Rousseff (PT). Os três principais partidos de oposição tiveram suas bancadas reduzidas, o PSDB foi um deles, que elegeu 53 deputados, treze a menos do que os eleitos em 2006.

A população do DF fala sobre a renovação

Com o Congresso formado para 2011 vem a esperança

Eleitores do DF confirmaram nas urnas sede de renovação

Devido à proximidade com o centro do Poder Político do Brasil, os brasilienses estão mais ligados à política. Contudo, de acordo com o mestre em Ciências Políti-cas, Thiago Sampaio, apesar dos eleitores do DF possuírem esco-laridade acima da média nacional, eles ainda se apresentam inertes as denúncias de corrupção. “O que falta é uma sociedade civil mais ativa que fiscalize as ações do Go-verno”, afirmou

.“Optei por pesso-

as que não tinham nada haver com

corrupção”

Tiago disse ainda, que a socie-dade civil deve se manter imune aos interesses partidários. “O go-verno de Agnelo Queiroz (PT), será importante para percebemos se o que estava por trás dos movi-

mentos sociais que se levantaram contra o Governo Arruda, eram apenas frutos de motivações polí-tico-eleitorais passageiras”, disse.

A Lei da ficha limpa fez a es-tudante Juliana Cristina, mudar as suas intenções de voto, “optei por pessoas que não tinham nada haver com corrupção, espero que agora tenhamos mais justiça e de-mocracia”, acrescentou.

Para a estudante Clarisse Souza, a Lei da Ficha Limpa teve mais efeito no Distrito Fe-deral do que em qualquer outro estado do país, “aqui as notícias sobre a vida de um político cor-rem mais rápido, podemos saber mais detalhes, temos mais aces-so a esse tipo de informação, pois há mais interesse em mos-trar o que o governo esta fazen-do de errado”, afirmou.

O servidor público, Sér-gio Eduardo, afirma que mui-tos candidatos não puderam

nem buscar a reeleição, por que fo-ram barrados pela Lei da Ficha Limpa. Enquanto outros estavam envolvidos nas apura-ções da Caixa de Pândora e em

escândalos, “isso fez com que estes candidatos perdessem a credibilidade com a população”.

Segundo a Estudante Jessiane Leandro, 28 anos, “foi difícil esco-

lher um candidato que não tivesse envolvido em algum tipo de es-cândalo, estamos dando oportuni-dade a novas pessoas que façam algo pelo povo”, disse.

A realidade é que a população tem se conscientizado cada vez mais sobre a importância do voto, e não tem perdoado falhas. A Lei da Ficha Limpa reforçou que so-mente tem direito de responder pelo povo que tem uma vida livre de escândalos e corrupções.

Lei da Ficha Limpa

A Lei Ficha Limpa foi aprova-da com a mobilização de mi-lhões de brasileiros e se tornou um marco fundamental para a democracia e a luta contra a corrupção e a impunidade no país. É uma conquista de to-dos os brasileiros e brasileiras.

Nova Câmara

Jornal laboratório do curso de jornalismo da Faculdade Anhanguera de Brasília Ano 1 – Edição nº 1 – Dezembro de 2010

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Page 11: Jornal Página Certa

Por um mínimo mais justoTrabalhadores esperam aumento, mas fontes do governo acreditam que não passa de R$ 540

Por Nayara Sousa

Se o assunto é aumento do salário mínimo, os olhos do tra-balhador brilham, seja de fun-cionários públicos ou privados. O reajuste do mínimo é uma proposta que consta na pauta do orçamento de 2011. O Relator do cálculo, Gim Argello (PTB-DF), estipula um diferencial de 5,08% com base no atual, que é R$ 510. O salário projetado pelo senador equivale a R$ 538, 15, com um possível arredondamento para R$ 540, para evitar problemas, como saques em agências bancá-rias. As centrais sindicais acredi-tam que esse valor possa chegar a R$ 580.

O brasileiro já é bem descon-fiado e muitos não acreditam que um reajuste aconteça sem que o bolso sofra algum ônus. “Vou receber mais ou vou pagar mais pelo que recebo? Essa é a ques-tão. Não acredito que o governo seja tão bonzinho a ponto de au-mentar o mínimo sem aplicar ne-nhuma taxa no meio, seja ela de imposto ou extra”, afirmou José Sabatini.

O aposentando Frederico Melo afirma que a promessa de melhoria é antiga. “Os po-líticos se baseiam na grandeza dos feitos e esquecem de medir as consequências”. Ele acres-centa ainda que a aposentadoria que recebe não é suficiente para

os gastos com medicamentos. “Passei 40 anos da minha vida prestando serviço público e con-tribuindo com o INSS. Agora, só não passo fome porque sou con-trolado”, disse Frederico Melo.

O cientista político Ricardo Saboya concorda que toda espé-cie de aumento é positiva, mas também afirma que não há pos-sibilidade da futura remuneração salarial agradar a todos. “Consi- derando os que recebem benefí-cios do governo ou até mesmo para os que trabalham o mês in-teiro para garantir o sustento da família, o novo mínimo talvez não seja um referencial”, diz Ri-cardo. Ele acrescenta: “O salário é a motivação do trabalhador. Portanto, é necessário que toda e qualquer diferença dentro deste quadro seja analisada.”

O reajuste do mínimo é cal-culado com base na soma da inflação do ano anterior com a variação de crescimento do Pro-duto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. “Eu não vou propor nenhum centavo a mais, não está na lei e não está na minha alçada. Nós vamos dis-cutir com as centrais sindicais e assessorar o presidente Lula. Ele disse que vai consultar a presidente eleita, Dilma Rousse-ff e isso vai ser negociado com o Congresso Nacional”, disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

Difícil contabilizar os gastos mesmo com o aumento.

Política 11Jornal laboratório do curso de jornalismo da Faculdade Anhanguera de Brasília Ano 1 – Edição nº 1 – Dezembro de 2010

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O piso de declaração de R$ 17.215,08 vai subirpara 22.487,25.

Além da retirada do for-mulário de papel para on-line e por disquete.

Declaração de IR para 2011

Page 12: Jornal Página Certa

Esporte12

Point dos skatistas

Nas rampas de BrasíliaEntre os skatistas veteranos

das pistas estão meninos como Alexandre, 13 anos, que arris-cam as primeiras manobras no Setor Bancário Sul. Ou, como Felipe Gustavo, 19 anos, que aprendeu a andar neste mes-mo lugar e agora é campeão amador do campeonato Tampa Pro, na Califórnia e mais re-centemente, em 2009, do Ma-loof Money Cup NY. Ele está

treinando para competir no profissional nos próximos anos.

“Aqui tem muito skatista de qualidade, mas infelizmente não existe incentivo a prática do esporte”, afirma Mailson de Lima. Ao contrário do que se pode imaginar o Setor Bancário é o principal ponto de encontro pelo piso. Devido a má conser-vação das rampas eles preferem fazer Street Style, que utiliza

a arquitetura da cidade como obstáculo para as manobras.

“Ao invés de nos incenti-var pelos bons resultados dos garotos que saem para com-petir, eles nos impediram de andar no Setor Bancário Nor-te e estão colocando algumas construções que impedem as manobras”, relata Bollet..

Por Gabriela Oliveira e Eduardo Nascimento

Para quem gosta de es-portes radicais, a prática de skate pode ser uma dose de emoção do que se procura. No Distrito Federal, o es-porte tem crescido bastante. De acordo com Ygor Ander-son, diretor da Associação do Skate da Capital (ASC), “Em Brasília existe hoje, aproxi-madamente, 10 mil pessoas andando de skate”. O espor-te atrai jovens, por meio de campeonatos, escolinhas de skate, palestras e oficinas promovidos pela Associação de Skate da Capital (ASC).

Segundo o presidente da entidade, Francisco Pessa-nha, mais conhecido como Chiquinho Pessanha, 29 anos, apesar de não existi-rem premiações em dinheiro, os campeonatos conseguem reunir mais de 300 skatis-tas, com idades entre dez e 35 anos, o que mostra que não há limite para o talen-to e à prática do esporte. “Hoje, contamos apenas com o apoio das administrações como patrocinadores para realizar os campeonatos pela

Gama amarga má faseO Gama, conhecido como

periquito, que já fez parte da elite do futebol brasileiro, vai disputar em 2011 a recém cria-da série D do campeonato. O time fundado em 1975 acabou a primeira fase da série C deste ano na última colocação de seu grupo. Sem nenhuma vitória e só cinco pontos conquistados sofre a pior fase de sua história.

Agrício Braga, ex-presiden-te executivo do clube, afirma que mesmo na atual situação

tem o maior prazer de falar do time.

Nur Omar, 21 anos, torcedor do Gama, afirma que a torcida ficou triste, mas não pára de apoiar o clube. Ele, que cuida do controle das carteirinhas dos participantes do sócio--torcedor do Gama, a torcida organizada, fundada no ano de 2009, conclui que a média de torcida não diminuiu. Mesmo nos dramáticos últimos jogos deste ano.

Esporte sem competiçãoO Parkour é um esporte que

requer muita concentração e dedicação. Não é uma prática desenvolvida para competi-ção. Cada praticante supera a si mesmo para testar seus limites. É encarado como um esporte, mas pode causar sérios machu-cados caso se execute uma téc-nica errada. Certos movimen-tos necessitam de muito treino e orientação para serem reali-zados. Além, de exigir confian-ça no corpo e na mente.

Mário Silva, professor de parkour, pratica este esporte há quatro anos. Mário iniciou as aulas em 2009, com seis alunos. As atividades são re-alizadas em um antigo clube em Valparaiso de Goiás, entre as etapas B e C. Para ensinar a prática foi preciso adaptar barras e paredes para facilitar o desenvolvimento dos exercí-cios.

Rafael Mendes, 16 anos, pratica parkour desde os 14 anos de idade. Ele soube da prática por meio de uma divul-gação da Escola em que estuda. “Resolvi praticar o Le parkour porque vi que é uma atividade que me permite superar as difi-culdades”, relata.

Pouco se fala do esporte em Brasília. Além do Valparaiso os tracers, como são chamados os esportistas, só conhecem mais um lugar para se reuni-rem, na quadra 308 sul, região central de Brasília. No dia oito de setembro deste ano houve o 1º Cadastro Parkour de Bra-sília, uma iniciativa do grupo Movimente. O objetivo era contabilizar a quantidade de praticantes para tentar ajudar o crescimento da atividade na região. O cadastramento não teve êxito. Apenas 50 tracers iniciantes foram listados.

Antônio Bollet, 26 anos, que anda desde 2003 nas pis-tas de Brasília, diz que a ASC se esforça para ajudá-los, mas até hoje não fez muito. Afirma que a única data do ano que realmente os skatistas se unem num pico da cidade é no dia Mundial do skate, 21 de junho. Que teve como ponto de encon-tro neste ano o Museu Nacional.

Já o skatista Mailson de Lima, 37 anos, que anda a 18 anos nas pistas de Brasília e co-nhece todos os praticantes prin-cipalmente do Setor Bancário

Sul, elogia as pistas da capital, principalmente as do Núcleo Bandeirante, Guará e Estrutural. Ressalta, porém, que as últimas pistas construídas foram feitas sem a opinião de praticantes do esporte e não são usadas por se-rem muito ruins. “Um exemplo é a pista de Samambaia, recém construída, mas que já foi con-denada pelos skatistas”, afir-ma. Mas nada muda o fato de Brasília ser referência não só nacional. Reúnem-se aqui pra-ticantes de todo o mundo, prin-cipalmente no point do skate.

Le Parkour, um esporte cheio de adrenalina

Alexandre, 13 anos, no Setor Comercial Sul

Jornal laboratório do curso de jornalismo da Faculdade Anhanguera de Brasília Ano 1 – Edição nº 1 – Dezembro de 2010

Gab

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Oliv

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