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Sexta-feira, 14 de Outubro de 2005 I Série Número 132 REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA JORNAL OFICIAL Sumário SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO Portaria n.º 118/2005 Aprova o regulamento da oferta formativa de educação e formação da Região Autónoma da Madeira.

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Sexta-feira, 14 de Outubro de 2005

ISérie

Número 132

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

JORNAL OFICIAL

Sumário

SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃOPortaria n.º 118/2005

Aprova o regulamento da oferta formativa de educação e formação da Região Autónoma daMadeira.

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2 14 de Outubro de 2005INúmero 132

S E C R E TA R I AR E G I O N A LD AE D U C A Ç Ã O

P o rtaria n.º 11 8 / 2 0 0 5

O Decreto Legislativo Regional n.º 17/2005/M, de 11 deAgosto, veio estabelecer o regime jurídico da oferta formativa deeducação e formação na Região Autónoma da Madeira;

Em conformidade com o estipulado no citado diploma legal,o referencial curricular, os procedimentos de org a n i z a ç ã o ,desenvolvimento, avaliação, acompanhamento e condições deacesso às provas de avaliação sumativa externa e sua certificaçãopara prosseguimento de estudos, respeitantes à oferta formativade educação e formação, são regulamentados por Portaria doGoverno Regional;

Considerando que, ao Secretário Regional de Educação, daRegião Autónoma da Madeira, compete definir a políticaeducativa da Região, promovendo a sua execução, designa-damente, nos domínios da educação e da formação profissional,em consonância com as orientações gerais do Governo Regional,no quadro geral do sistema educativo;

Nestes termos, ao abrigo do disposto no artigo 1.º do DecretoLegislativo Regional n.º 17/2005/M, de 11 de Agosto e do artigo3.º do Decreto Regulamentar Regional n.º 5/2005/M, de 8 deMarço, manda o Governo Regional da Região Autónoma daMadeira, pelo Secretário Regional de Educação, o seguinte:

Ponto único

É aprovado o Regulamento da oferta formativa de Educaçãoe Formação da Região Autónoma da Madeira, anexo à presentePortaria, da qual faz parte integrante.

Secretaria Regional de Educação, em 26 de Setembro de2 0 0 5 .

O SE C R E T Á R I O RE G I O N A LD E ED U C A Ç Ã O, Francisco José Vi e i r aF e r n a n d e s

A n e x o

RE G U L A M E N TO DAO F E RTAF O R M AT I VADE EDUCAÇÃO EFORMAÇÃO DAREGIÃO A U T Ó N O M AD AM A D E IR A

Capítulo IDisposições gerais

Artigo 1.ºObjecto e âmbito

1 - O presente Regulamento define a org a n i z a ç ã o ,desenvolvimento, avaliação e acompanhamento, bemcomo as tipologias e respectivas matrizes curricularesdos cursos que se inscrevem no âmbito da ofertaformativa de educação e formação na Região A u t ó n o m ada Madeira, de acordo com o anexo I, destinados,preferencialmente, a jovens com idade igual ou superiora 15 anos, em risco de abandono escolar ou que jáabandonaram, antes da conclusão da escolaridade de 12anos, bem como àqueles que, após conclusão dos 12anos de escolaridade, pretendam adquirir umaqualificação profissional para ingresso no mercado det r a b a l h o .

2 - Afrequência dos cursos inseridos na oferta formativa deeducação e formação, prevista no número anterior, ajovens com idade inferior a 15 anos, depende daautorização do Director Regional de Educação, a qual sóé conferida quanto a situação concreta o justifique.

3 - Os jovens que concluam um dos cursos previstos nopresente Regulamento com idade inferior à legalmentepermitida para ingresso no mercado de trabalho devem

obrigatoriamente prosseguir estudos em qualquer dasofertas disponibilizadas no âmbito dos sistemasnacionais de educação ou de formação.

Artigo 2.ºC o n c e i t o s

Para efeitos do presente Regulamento, considera-se:a) Coordenador da acção/Director de Curso - Técnico que

assegura a coordenação técnico-pedagógica do curso,nomeado pela entidade formadora/escola responsávelpelo mesmo;

b) Tutor - Técnico designado pela entidade enquadradoraque assegura funções pedagógicas em relação directacom o formando, acompanhando e orientando asactividades de formação na componente de formaçãoprática em contexto de trabalho;

c) Entidade enquadradora - Entidade/empresa que colaboracom a entidade formadora/escola responsável pelo cursona componente de formação prática em contexto det r a b a l h o ;

d) Entidade formadora/escola - Entidade que promove,o rganiza e realiza o curso.

Artigo 3.ºTipologia dos cursos e destinatários

1 - Os cursos a que se refere o artigo anterior, a duração, osníveis de qualificação escolar e profissional queconferem, bem como os respectivos destinatários, são osdefinidos nas alíneas seguintes:a) Os cursos de tipo 1, com a duração de um ou dois

anos e conferindo o 6.º ano de escolaridade e umaqualificação profissional de nível 1, destinam-se ajovens com habilitação superior ao 4.º ano einferior ao 6.º ano de escolaridade em risco deabandono, com duas ou mais retenções, que nãoconcluíram, ou que não se encontrem emcondições de concluir aquele ano de escolaridade;

b) Os cursos de tipo 2, com a duração de dois anose conferindo o 9.º ano de escolaridade e umaqualificação profissional de nível 2, destinam-sea jovens, em risco de abandono, quecompletaram o 6.º ano de escolaridade oufrequentaram, com ou sem aproveitamento, o 7.ºano de escolaridade, ou ainda àqueles quefrequentaram, sem aproveitamento, o 8.º ano dee s c o l a r i d a d e ;

c) Os cursos de tipo 3, com a duração de um ano econferindo o 9.º ano de escolaridade e umaqualificação profissional de nível 2, destinam-sea jovens, em risco de abandono, comaproveitamento no 8.º ano de escolaridade, oucom frequência, sem aproveitamento, do 9.º anode escolaridade;

d) Os cursos de tipo 4, com a duração de um ano econferindo uma qualificação profissional denível 2, destinam-se a jovens que concluíram o9.º ano de escolaridade, ou que, apresentandouma ou mais retenções no ensino secundário,frequentaram, sem o concluir, qualquer curso donível secundário de educação, ou equivalente, eque pretendam, no imediato, concretizar umprojecto profissional;

e) Os cursos de formação complementar, com aduração de um ano e conferindo os requisitosnecessários para integrar os cursos de tipo 5,destinam-se a jovens titulares de cursos de tipo2, tipo 3 ou cursos de qualificação inicial denível 2, que pretendam prosseguir a suaformação nesta modalidade e adquirir umaqualificação de nível 3 e o 12.º ano dee s c o l a r i d a d e ;

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f) Os cursos de tipo 5, com a duração de dois anose conferindo o 12.º ano de escolaridade e umaqualificação profissional de nível 3, destinam-sea jovens titulares de um curso de tipo 4 ou de umcurso do 10.º ano profissionalizante criado aoabrigo do despacho conjunto n.º 665/2001, de 26de Março, bem como a jovens com aproveita-mento no 10.º ano de escolaridade ou comfrequência sem aproveitamento do 11.º ano deescolaridade e que pretendam retomar umpercurso formativo após interrupção não inferiora um ano lectivo;

g) Os cursos de tipo 6, com a duração de um ano ousuperior e conferindo o 12.º ano de escolaridadee uma qualificação profissional de nível 3,destinam-se a jovens com o 11.º ano deescolaridade com aproveitamento ou frequênciado 12.º ano de escolaridade sem aproveitamento;

h) Os cursos de tipo 7, com a duração de um ano econferindo uma qualificação profissional denível 3, destinam-se a jovens titulares de umcurso científico-humanístico, ou equivalente, donível secundário de educação, que pertença àmesma ou a área de formação afim àquela emque se integra a qualificação visada pelo curso af r e q u e n t a r.

2 - Para os efeitos previstos na alínea h) do número anterior,consideram-se equivalentes aos cursos científico--humanísticos do nível secundário de educação os cursosque não conferem qualquer nível de qualificaçãoprofissional e vocacionados para o prosseguimento deestudos de nível superior.

3 - Para os mesmos efeitos, consideram-se afins as áreas deformação cuja componente de formação científicaintegre os mesmos domínios de saberes.

4 - Sem prejuízo do disposto no presente artigo, nos casosem que não se verifique o número de formandossuficiente para operacionalizar um curso do tipo 2 ou umcurso do tipo 3, podem estes formandos ser integradosnum único curso do tipo 2, mediante a autorização doDirector Regional de Educação nos casos de cursospromovidos pela rede das escolas públicas, particulares ecooperativas e escolas profissionais tuteladas pelaDirecção Regional de Educação (D R E) ou do DirectorRegional da Formação Profissional, nos casos dos cursosdesenvolvidos pela Direcção Regional de FormaçãoProfissional (D R F P) e outras entidades formadorasa c r e d i t a d a s .

Capítulo IIO rganização curricular

Artigo 4.ºEstrutura curricular

1 - Os percursos que integram esta oferta formativaprivilegiam uma estrutura curricular acentuadamenteprofissionalizante adequada aos níveis de qualificaçãovisados, tendo em conta a especificidade das respectivasáreas de formação, e compreendem as seguintescomponentes de formação:a) Componente de formação sócio-cultural;b) Componente de formação científica;c) Componente de formação tecnológica;d) Componente de formação prática.

2 - As componentes de formação sócio-cultural e científicasão organizadas tendo em conta os referenciais eorientações curriculares definidos, para cada tipo decurso, pelo Ministério da Educação (M E), através da

Direcção-Geral de Formação Vocacional (D G F V) e daDirecção-Geral de Inovação e DesenvolvimentoCurricular (D G I D C), visando a aquisição de competênciasno âmbito das línguas, cultura e comunicação, cidadaniae sociedade e das diferentes ciências aplicadas numalógica transdisciplinar e transversal no que se refere àsaprendizagens de carácter instrumental e na abordagemaos temas relevantes para a formação pessoal, social eprofissional, em articulação com as componentes deformação tecnológica e de formação prática, conforme odefinido no anexo II.

3 - As componentes de formação sócio-cultural e científicao rganizam-se por disciplinas ou domínios e visam, ainda,o desenvolvimento pessoal, social e profissional numaperspectiva de:a) Desenvolvimento equilibrado e harmonioso dos

jovens em formação;b) Aproximação ao mundo do trabalho e da

e m p r e s a ;c) Sensibilização às questões da cidadania e do

a m b i e n t e ;d) Aprofundamento das questões de saúde, higiene

e segurança no trabalho.

4 - Acomponente de formação tecnológica organiza-se porunidades ou módulos de formação, eventualmenteassociados em disciplinas ou domínios, em função dascompetências que definem a qualificação profissionalvisada, tendo por base os referenciais formativos, perfise conteúdos das ofertas formativas definidas peloMinistério do Trabalho e da Solidariedade, através doInstituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP),devendo ainda ter em conta a diversidade dos públicos econtextos da presente oferta formativa.

5 - A componente de formação prática, estruturada numplano individual de formação ou roteiro de actividades adesenvolver em contexto de trabalho, visa a aquisição eo desenvolvimento de competências técnicas,relacionais, organizacionais e de gestão de carreirarelevantes para a qualificação profissional a adquirir,para a inserção no mundo do trabalho e para a formaçãoao longo da vida e tem, como objectivos, proporcionarao formando:a) Contacto com tecnologias e técnicas que se

encontram para além das situações simuláveis,durante a formação, face aos meios disponíveisnas empresas;

b) Oportunidade de aplicação a actividadesconcretas, no mundo real do trabalho, dosconhecimentos adquiridos;

c) Desenvolvimento de hábitos de trabalho,espírito empreendedor e sentido deresponsabilidade profissional;

d) Vivências inerentes às relações humanas not r a b a l h o ;

e) Conhecimento da organização empresarial.

6 - Os percursos de educação e formação de nível dequalificação 2 e 3 integram uma prova de avaliação final(PA F), nos termos previstos no presente Regulamento.

7 - Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, paraos cursos de educação e formação desenvolvidos pelaD R F P, pelas empresas de formação acreditadas e para oscursos desenvolvidos nas escolas profissionais no âmbitoda Secretaria Regional de Educação (S R E), a componentede formação sócio-cultural em situações excepcionaisnão integra a disciplina de Educação Física, sendo arespectiva carga horária distribuída por esta componente.

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Artigo 5.ºReferenciais curriculares

1 - De acordo com os referenciais curriculares, referidos non.º 2 do artigo 4.º do presente regulamento, as tipologias,matrizes curriculares, áreas de competências, unidades,disciplinas ou domínios de formação, duração dereferência, níveis de certificação escolar e profissional,bem como os perfis dos destinatários dos cursos que seinscrevem nos percursos de educação e formaçãoprevistos no artigo 3.º, são os constantes nos quadros dosanexos I e II do presente Regulamento e dele fazem partei n t e g r a n t e .

2 - Os cursos previstos no presente Regulamento inserem-senas áreas de formação aprovadas pela Portaria n.º256/2005 de 16 de Março.

3 - A alteração aos referenciais curriculares, quandojustificada, implica uma estreita articulação e aaprovação da D R E e da D R F P.

Capítulo IIIC a rgas horárias

Artigo 6.ºGestão da carga horária

1 - Aduração diária, semanal ou anual dos cursos varia emfunção do modelo de organização e desenvolvimento daformação adoptado pela entidade formadora/escola.

2 - A componente de formação prática, a desenvolver emcontexto de trabalho, tem uma duração mínima de 180horas e máxima de 400 horas.

3 - Com excepção do período de formação prática emcontexto de trabalho, no qual a duração é ajustada aohorário de funcionamento em vigor para a actividadeprofissional visada, a duração semanal dos cursos que sedesenvolvem em regime diurno é estabelecida pelaentidade formadora/escola, com respeito pelas seguintesc o n d i ç õ e s :a) A formação funciona entre as 8.00 horas e as

18.00 horas, conforme horário específico decada curso;

b) Para os cursos promovidos pela D R F P e outrasentidades formadoras acreditadas, o limitemáximo de horas diárias é de 7;

c) Para os cursos da rede de escolas públicas,particulares e cooperativas e escolas profis-sionais tuteladas pela D R E, a duração diáriacorresponde a um máximo de 5 blocos de 90minutos que podem ser segmentados emunidades de 45 minutos.

4 - Os cursos a desenvolver na rede das escolas públicas,particulares e cooperativas e escolas profissionaistuteladas pela D R E têm as seguintes durações der e f e r ê n c i a :a) Mil e duzentas horas, correspondentes a 36

semanas, das quais 30 a desenvolver emcontexto escolar e as restantes 6 em contexto detrabalho, em percursos com a duração de um anol e c t i v o ;

b) Duas mil e duzentas horas, correspondentes a 70semanas, das quais 64 a desenvolver emcontexto escolar e as restantes 6 em contexto detrabalho, em percursos com a duração de doisanos lectivos.

5 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, para asacções desenvolvidas pela D R F P e por outras entidades

formadoras acreditadas, as durações anteriormenteestabelecidas são consideradas como cargas horárias der e f e r ê n c i a .

6 - Os cursos que se desenvolvam em regime pós-laboraldevem ter a carga horária ajustada a este regime def u n c i o n a m e n t o .

Capítulo IVO rganização da formação

Artigo 7.ºAcesso e selecção dos candidatos

1 - O acesso dos candidatos aos cursos de educação eformação tem por base um processo de orientaçãoescolar e profissional a desenvolver pelos serviços depsicologia e orientação da D R E e da D R F P para os cursosdesenvolvidos no âmbito da Secretaria Regional deEducação (S R E). Os formandos dos cursos promovidospor entidades formadoras acreditadas, escolasparticulares e cooperativas e escolas profissionais devemtambém ser sujeitos a um processo de selecção.

2 - Na rede de estabelecimentos tutelados pela D R E, osserviços de psicologia colaboram na identificação dosalunos, na organização dos cursos, na definição eaplicação de estratégias psicopedagógicas e de apoio aodesenvolvimento das actividades dos cursos e naelaboração e execução de programas de desenvol-vimento adequados às necessidades dos jovensabrangidos por esta oferta formativa.

3 - A integração definitiva dos formandos nas acções deformação promovidas pela D R F P e por outras entidadesformadoras acreditadas, depende de prévia aprovação no“exame médico” a realizar por um médico daespecialidade da medicina do trabalho.

Artigo 8.ºRecrutamento de formadores

1 - O recrutamento de formadores dos cursos de educação eformação é feito mediante convite a indivíduosdetentores do perfil adequado e que reunam as condiçõesindicadas nos números seguintes.

2 - Quando o curso for promovido por entidade pública oconvite é efectuado em conformidade com o regimelegal previsto para a realização de despesas públicas emmatéria de aquisição de serviço.

3 - Para a componente de formação sócio-cultural, orecrutamento é efectuado entre docentes ou outrosindivíduos, preferencialmente detentores de certificadode aptidão profissional (C A P) .

4 - Para as componentes de formação científica etecnológica, o recrutamento é efectuado entre docentesou indivíduos detentores de C A P e possuidores deexperiência profissional nas áreas relacionadas com osdomínios a ministrar.

5 - Em casos excepcionais, devidamente fundamentados,para a componente de formação tecnológica dos cursospromovidos por entidade pública, o recrutamento deentidades formadoras/formadores pode ser efectuadomediante aquisição de serviço por ajuste directo,independentemente do valor, quando por motivos deaptidão técnica a formação apenas possa ser asseguradapor uma entidade formadora/formador determinado.

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Artigo 9.ºDesenvolvimento dos cursos

1 - A o rganização dos cursos é determinada pelascompetências pessoais e técnicas exigíveis para acesso àrespectiva qualificação, tendo em conta as característicase condições de ingresso dos formandos.

2 - No desenvolvimento dos cursos de educação e formação,na rede das escolas públicas, particulares e cooperativase escolas profissionais tuteladas pela D R E, devem ter- s eem conta os seguintes procedimentos:a) O desenvolvimento de cada curso é assegurado

por uma equipa pedagógica, coordenada pelodirector de curso, a qual integra ainda osprofessores das diversas disciplinas, profis-sionais de orientação ou outros que intervêm napreparação e concretização do mesmo;

b) Compete à equipa pedagógica a org a n i z a ç ã o ,realização e avaliação do curso, nomeadamentea articulação interdisciplinar, o apoio à acçãotécnico-pedagógica dos docentes ou outrosprofissionais que a integram e o acompa-nhamento do percurso formativo dos forman-dos, promovendo o sucesso educativo e, atravésde um plano de transição para a vida activa, umaadequada transição para o mercado de trabalhoou para percursos subsequentes;

c) Em situações devidamente justificadas, sempreque seja exigida elevada especialização noâmbito da actividade profissional para que ocurso prepara, pode recorrer-se a profissionaisexternos qualificados, desejavelmente através deprotocolos a estabelecer entre o estabelecimentode ensino e as entidades qualificadas pararesponder à necessidade;

d) Aequipa pedagógica que assegura a leccionaçãodos cursos assinalados dispõe de 90 minutos(um bloco) de equiparação a serviço lectivosemanal, coincidente nos respectivos horários,para coordenação de actividades do ensino--aprendizagem e mais 90 minutos, parapreparação das aulas, não contabilizáveis nocrédito global de horas, nas escolas públicas;

e) A coordenação técnico-pedagógica dos cursos,incluindo a convocação e coordenação dasreuniões da equipa pedagógica, a articulaçãoentre as diferentes componentes de formação,entre as diferentes disciplinas/domínios, bemcomo tudo o que se relaciona com a preparaçãoda prática em contexto de trabalho e com o planode transição para a vida activa, é assegurada pelodirector de curso, nomeado pela entidadeformadora/escola, preferencialmente de entre osprofessores da componente de formaçãotecnológica, tendo em consideração a devidaarticulação com os serviços de psicologia eo r i e n t a ç ã o ;

f) O director de curso, que não deve ter sob suaresponsabilidade mais de duas turmas, temdireito a um número mínimo de horasequiparado a serviço lectivo, calculado emfunção do número de turmas do curso emfuncionamento, nos termos seguintes: por cadaturma - 3 blocos de 90 minutos não contabi-lizáveis no crédito global de horas, nas escolasp ú b l i c a s ;

g) O número mínimo de alunos por turma não deveser inferior a 10 nem superior a 16;

h) Em situações devidamente justificadas e sempreque estejam em causa a segurança e a saúde dealunos e professores ou as condições físicas emateriais o justificarem, as turmas constituídas

por mais de 12 alunos devem ser desdobradasem turnos nas disciplinas de prática simulada,mediante a autorização do Director Regional deEducação nos casos de cursos promovidos pelarede das escolas públicas, particulares ecooperativas e escolas profissionais tuteladaspela D R E ou do Director Regional da FormaçãoProfissional, no casos dos cursos desenvolvidospela D R F P e por outras entidades formadorasa c r e d i t a d a s .

3 - No desenvolvimento da oferta formativa de educação eformação, promovida pela D R F P, devem ter-se em contaos seguintes procedimentos:a) O desenvolvimento de cada curso é assegurado

por uma equipa formativa composta pelocoordenador da acção, pelo psicólogo, por umtécnico afecto aos serviços da D R F P q u easseguram a formação prática em contexto detrabalho e pelos formadores das diversasunidades de formação;

b) Compete a esta equipa a organização, realizaçãoe avaliação do curso, nomeadamente aarticulação interdisciplinar, o apoio à acçãotécnico-pedagógica dos formadores ou outrosprofissionais que a integram e o acompa-nhamento do percurso formativo dosformandos, promovendo o sucesso e, através deum plano de transição para a vida activa, umaadequada inserção no mercado de trabalho ouem percursos subsequentes;

c) A coordenação técnico-pedagógica dos cursos,incluindo a convocação e coordenação dasreuniões da equipa formativa e a articulaçãoentre as diferentes componentes de formação,entre as diferentes unidades de formação éassegurada pelo coordenador da acção;

d) É da responsabilidade do serviço designado parao efeito, assegurar uma formação prática emcontexto de trabalho a todos os formandos daD R F P, bem como proceder ao recrutamento eselecção das entidades enquadradoras daformação prático em contexto de trabalho.

4 - No desenvolvimento da oferta formativa de educação eformação, promovida pelas entidades formadorasacreditadas, devem ser respeitados os procedimentosreferidos no número anterior, que são assegurados porelementos a designar pela respectiva entidade.

Artigo 10.ºComponente de formação prática

1 - A o rganização da formação prática em contexto detrabalho compete à entidade formadora/escola, queassegura a sua programação, em função doscondicionalismos de cada situação e em estreitaarticulação com a entidade enquadradora.

2 - As entidades enquadradoras da componente de formaçãoprática são objecto de avaliação da sua capacidadetécnica, em termos de recursos humanos e materiais, porparte da entidade formadora/escola, devendo reunir,cumulativamente, as seguintes condições:a) E n c o n t r a r-se regularmente constituídas e

devidamente registadas;b) Ter capacidade técnica e organizativa para

desenvolver e apoiar a formação, nomea-damente a componente de formação prática emcontexto de trabalho;

c) Não ser devedora à Fazenda Pública, àSegurança Social de quaisquer impostos,contribuições ou reembolsos, ou estarem a

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cumprir um plano de regularização dasobrigações daí decorrentes;

d) Não terem sido condenadas por violação dalegislação sobre trabalho de menores ediscriminação no trabalho e no emprego,nomeadamente em função do sexo;

e) Dispor de ambiente de trabalho, condições dehigiene e segurança e meios técnicos, humanose materiais capazes de assegurar a formaçãoprofissional necessária e adequada àqualificação para uma profissão;

f) I n t e g r a r, nos seus quadros, trabalhadoresqualificados que exerçam a profissão queconstitui o objecto da formação prática emcontexto de trabalho. No total, o número detrabalhadores deverá ser igual ou superior ao dosformandos em formação.

3 - A selecção das entidades enquadradoras deve obedeceraos seguintes critérios:a) Garantam maior grau de empregabilidade no

final da formação;b) Assegurem maiores garantias de satisfação das

expectativas profissionais dos formandos;c) Tenham participado em programas promovidos

pela D R F P ou outras entidades e apresentadoresultados considerados satisfatórios, relati-vamente ao cumprimento das suas obrigações,em especial quanto à criação de empregosestáveis.

4 - As actividades a desenvolver pelo formando durante aformação prática em contexto real de trabalho devemr e g e r-se por um plano individual, consubstanciado emprotocolo ou acordo de cooperação celebrado entre aentidade formadora/escola e a entidade enquadradora, noqual se define o quadro de direitos e deveres de cada umadas partes e as condições de desenvolvimento daf o r m a ç ã o ;

5 - O acompanhamento técnico-pedagógico, devidamentearticulado com a equipa formativa/pedagógica bemcomo a avaliação do formando, durante a formaçãoprática em contexto de trabalho é assegurado pelo:a) Director de curso, em estreita articulação com o

tutor da entidade enquadradora, nos estabele-cimentos de ensino tutelados pela D R E;

b) Técnico afecto aos serviços que asseguram aformação prática em contexto de trabalho, nasacções promovidas pela D R F P e nas acçõespromovidas por entidades formadorasa c r e d i t a d a s ;

6 - No desenvolvimento desta componente, na rede dasescolas públicas, particulares e cooperativas e escolasprofissionais tuteladas pela D R E, devem ter-se em contaos seguintes procedimentos:a) O Director de curso dispõe para o efeito, durante

o período de realização desta componente, deuma equiparação de 90 minutos (um bloco)semanais por cada aluno que acompanhe;

b) As deslocações do Director de curso às entidadesenquadradoras são consideradas deslocações emserviço, conferindo os inerentes direitos legal-mente previstos.

7 - A componente de Formação Prática (F P) pode seroperacionalizada, através de uma das seguintes formas:a) Em sistema de alternância;

b) No final do curso, no período imediatamenteanterior à realização da Prova de Avaliação Final(PA F) ;

c) No final do curso, após a realização da Prova deAvaliação Final (PA F) .

8 - Nas situações em que a componente de FormaçãoPrática (F P), for operacionalizada no final do curso, comfundamento no interesse público, doença ou na protecçãode direitos essenciais dos cidadãos, a data de início da F Ppode ser adiada até ao limite máximo de um ano, contadodesde a data de realização da Prova de Avaliação Final,desde que devidamente autorizadas pelo DirectorRegional de Educação nos casos de cursos promovidospela rede das escolas públicas, particulares ecooperativas e escolas profissionais tuteladas pela D R Eou pelo Director Regional da Formação Profissional, nocasos dos cursos desenvolvidos pela D R F P e outrasentidades formadoras acreditadas.

9 - O Tu t o r, indigitado pela entidade enquadradora, deve serdesignado de entre os profissionais do domínio deactividade que sejam titulares de competênciasprofissionais reconhecidas, compatíveis com as do perfilde formação em causa.

10 - Ao tutor, a que se refere o ponto anterior, compete,n o m e a d a m e n t e :a) Zelar para que se mantenham as condições

logísticas necessárias, de modo a proporcionarum melhor aproveitamento da formação;

b) Facilitar a integração e a adaptação dosformandos, no seio da empresa, nomeadamenteno que se refere às relações interpessoais e aodesenvolvimento das competências profissionais;

c) Promover as condições para o seu aperfei-çoamento permanente, tanto a nível técnicocomo pedagógico;

d) Participar na elaboração de relatórios deavaliação dos formandos e do processo def o r m a ç ã o ;

e) Manter a entidade formadora/escola informadasobre todas as questões que prejudiquem odesenvolvimento da formação em contexto det r a b a l h o .

Artigo 11.º A s s i d u i d a d e

O regime de assiduidade deve ter em conta as exigências dacertificação e as regras de co-financiamento público, pelo que sedevem adoptar as seguintes orientações:

a) Para efeitos da conclusão com aproveitamento, daformação integrada nas componentes de formação sócio-cultural, científica e tecnológica, deve ser considerada aassiduidade do aluno/formando, a qual não pode serinferior a 90% da carga horária total de cada disciplina oud o m í n i o ;

b) Para efeitos da conclusão da componente de formaçãoprática com aproveitamento, deve ser considerada aassiduidade do aluno/formando, a qual não pode serinferior a 95% da carga horária da formação em contextode trabalho;

c) No caso dos cursos homologados no âmbito do SistemaNacional de Certificação Profissional, a conclusão docurso com aproveitamento, deve ser considerada aassiduidade do formando, a qual não pode ser inferior a95% do tempo total formação, incluindo o período deformação prática.

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Capítulo VCondições de funcionamento dos cursos

Artigo 12.ºConcretização do currículo

1 - Para os efeitos previstos nos números seguintes, entende-se por concretização do currículo a definição dosdomínios ou disciplinas das diferentes componentes deformação dos cursos, bem como a identificação dosrespectivos referenciais formativos ou programasadequados à tipologia de curso seleccionada e àqualificação profissional visada. A s s i m :a) Os referenciais formativos ou programas

relativos às componentes de formação sócio-cultural e científica têm por base os estabele-cidos pelo M E, nos termos definidos nos n.os 2 e3 do artigo 4.º;

b) Os referenciais formativos ou programasrelativos à componente de formação tecnológicatêm por base os estabelecidos pelo Ministério doTrabalho e Solidariedade Social (M T S S), nostermos do n.º 4 do artigo 4.º;

c) Os referenciais formativos ou programasrelativos à componente de formação práticaassentam num roteiro de actividades, desenhadoa partir do referencial profissional visado, combase nas orientações do M T S S, de acordo com oconstante do n.º 5 do artigo 4.º.

2 - Os referenciais da componente de formação tecnológicae prática a que se refere o número anterior respeitam,sempre que possível, os instrumentos congéneresaprovados no âmbito do Sistema Nacional deCertificação Profissional (S N C P) .

3 - Com excepção das situações referidas no númeroseguinte, a concretização do currículo prevista nopresente artigo coincide com a autorização defuncionamento concedida nos termos do artigo 13.º.

4 - As propostas de concretização do currículo de cursos quevisem qualificações para as quais não existamreferenciais aprovados pelo ME ou pelo M T S S c a r e c e mde prévio reconhecimento técnico-pedagógico por parteda D R E e da D R F P.

Artigo 13.ºAutorização de funcionamento

1 - Aautorização para o funcionamento da oferta formativade educação e formação, prevista no presenteRegulamento, é da competência do Director Regional deEducação e do Director Regional de FormaçãoProfissional, mediante audição do Conselho Regional deAcompanhamento de Educação e Formação.

2 - Os pedidos de autorização de funcionamento, bem comoas propostas de concretização do currículo,designadamente as previstas no n.º 4 do artigo 12º, sãoapresentados junto das entidades competentes, nostermos estabelecidos no número anterior, através doformulário publicado no anexo III do presenteRegulamento, cabendo ao serviço receptor acoordenação de todos os procedimentos relacionadoscom aqueles processos, designadamente a sua remessaaos serviços competentes, quando for o caso, bem comoa interlocução com as entidades proponentes.

Artigo 14.ºEntidades formadoras

1 - Os cursos de educação e formação são desenvolvidospela rede de escolas públicas, particulares e cooperativas,pelas escolas profissionais e pela D R F P, ou outrasentidades formadoras acreditadas, sempre que possívelem articulação com outras entidades da comunidade.

2 - A escolha das áreas e dos perfis de formação adesenvolver deve ter em conta a procura pelosdestinatários, a capacidade técnica da entidadeformadora, em termos de recursos humanos e materiais,bem como as reais necessidades de formaçãoidentificadas na região em articulação com outroso rganismos públicos, os parceiros locais, as empresas eas autarquias.

Capítulo V IAvaliação e certificação

Artigo 15.ºAvaliação das aprendizagens

1 - Aavaliação é contínua e reveste um carácter regulador,proporcionando um reajustamento do processo ensino-aprendizagem e o estabelecimento de um plano derecuperação que permita a apropriação pelosalunos/formandos de métodos de estudo e de trabalho eproporcione o desenvolvimento de atitudes e decapacidades que favoreçam uma maior autonomia narealização das aprendizagens.

2 - As reuniões de avaliação, bem como os respectivosregistos, ocorrem, em cada ano de formação, em trêsmomentos sequenciais, coincidentes com períodos deavaliação estabelecidos.

3 - A avaliação realiza-se por disciplina ou domínio e porcomponente de formação e expressa-se numa escala de 0a 20 valores.

4 - O coordenador da acção/director de curso comunica oresultado das respectivas avaliações e o registo daassiduidade aos formandos ou, quando menores, aosseus representantes legais.

5 - Ao longo do curso constituem suportes de avaliação:a) Provas escritas e práticas;b) Registo de avaliação.

6 - O registo das classificações tem lugar em:a) Actas da Equipa Formativa/pedagógica;b) P a u t a s ;c) Livro de Te r m o s .

Artigo 16.ºP r o g r e s s ã o

1 - Nos cursos de tipo 1 e tipo 2, a avaliação processa-se emmomentos sequenciais predefinidos, ao longo do curso,não havendo lugar a retenção no caso de um percurso dedois anos.

2 - Nos cursos de tipo 5, a progressão do formando dependeda obtenção, na avaliação sumativa interna do 1.º ano, declassificação igual ou superior a 10 valores em todas asdisciplinas podendo a classificação ser inferior a 10valores em uma ou duas disciplinas.

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Artigo 17.ºProva de avaliação final

1 - A prova de avaliação final (PA F) assume o carácter deprova de desempenho profissional e consiste narealização, perante um júri, de um ou mais trabalhospráticos, baseados nas actividades do perfil de competên-cias visado, devendo avaliar os conhecimentos ecompetências mais significativos.

2 - A PA F tem uma duração de referência equivalente àduração diária da Formação Prática (F P), podendo sera l a rgada, sempre que a natureza do perfil de competên-cias o justifique, a uma duração não superior a trinta ecinco horas.

3 - O júri da PA F tem natureza tripartida e tem a seguintec o m p o s i ç ã o :a) O coordenador da acção/director de curso, ou

representante da entidade certificadora, para asprofissões regulamentadas, que preside;

b) Um formador da componente tecnológica;c) Um representante das associações empresariais

ou das empresas de sectores afins ao curso, quetem de representar as confederações patronaiscom assento na Comissão Permanente deConcertação Social, sempre que a formação viseo acesso ao C A P;

d) Um representante das associações sindicais dossectores de actividade afins ao curso, que tem derepresentar as confederações sindicais comassento na Comissão Permanente de Concer-tação Social, sempre que a formação vise oacesso ao C A P;

e) Pode ainda integrar o júri, um profissional dosector de actividade afim ao curso, nomeada-mente um Tutor .

4 - O júri de avaliação, para deliberar, necessita da presençade, pelo menos, três elementos, estando entre eles,obrigatoriamente, um dos elementos a que se referem asalíneas a) e b) e dois dos elementos a que se referem asalíneas c) e d) do número anterior, tendo o presidente votode qualidade em caso de empate nas votações.

5 - O número anterior não se aplica sempre que a PA F s einserir numa formação que vise o acesso ao C A P, deacordo com o disposto na alínea c) do artigo 6.º doDecreto Regulamentar n.º 68/94, de 26 de Novembro, emque o júri de avaliação tem de cumprir o disposto noartigo 11.º do mesmo diploma, designadamente nos n.os2, 3, 4 e 5.

6 - Nas suas faltas ou impedimentos, o presidente ésubstituído pelo seu suplente legal, previsto nos termos dalegislação aplicável ou regulamentos internos, ou, naomissão destes, ou na impossibilidade daquele, e pelaordem enunciada, por um dos professores/formadores aque se refere a alínea b) do n.º 3 ou, ainda, noimpedimento destes, por professor/formador a designarpela entidade formadora ou pela escola, de acordo com oprevisto no seu regulamento interno.

7 - No fim da PA F deve o Júri lavrar uma acta na qual consta:a) Identificação do curso;b) Identificação do Júri;c) Identificação dos formandos presentes e ausentes;d) Descrição sucinta do desempenho das provas;e) Avaliações parcelares e finais.

8 - Após a entrega do processo pelo Júri de Prova, osresultados devem ser afixados no prazo máximo de 5 diasú t e i s .

9 - As pautas referentes às PA F são afixadas nas instalaçõesda entidade formadora/escola e devem indicar, além dosnomes dos formandos admitidos à prova, o local, dias ehoras, onde a mesma terá lugar, bem como a avaliaçãof i n a l .

10 - Aclassificação da PA F deve ser lançada na referida pauta,devendo esta permanecer afixada durante cinco diasúteis, podendo os formandos apresentar reclamaçãodesta classificação.

11 - As reclamações são apresentadas em requerimentodevidamente fundamentado, dirigido ao presidente dojúri, no prazo de três dias úteis a contar do dia seguinte àdata de afixação da pauta.

12 - As reclamações recebidas depois de expirado o prazofixado no número anterior, bem como as que nãoestiverem fundamentadas, são liminarmente indeferidas.

13 - O Júri delibera sobre as reclamações apresentadas nosdez dias úteis subsequentes à recepção das mesmas.

14 - Posteriormente, os formandos podem interpor recurso daclassificação obtida para o dirigente máximo da entidaderesponsável pelo curso, dentro do prazo de cinco diasúteis, a contar da data do conhecimento da decisão do júrique apreciou a reclamação.

15 - Após recepção da pauta de classificações, homologadapelo dirigente máximo da entidade responsável pelocurso, as classificações são lançadas em livro de termosp r ó p r i o .

16 - Ao formando que não tenha obtido aprovação na PA F éfacultada a possibilidade de repetir a prova, no prazomáximo de um ano, desde que, o solicite ao DirectorRegional de Educação nos casos de cursos promovidospela rede das escolas públicas, particulares ecooperativas e escolas profissionais tuteladas pela D R Eou ao Director Regional de Formação Profissional, nocasos dos cursos desenvolvidos pela D R F P e por outrasentidades formadoras acreditadas, no prazo de 90 dias,depois de afixada a classificação da PA F.

17 - Em casos devidamente justificados, o formando podenão realizar a PA F, imediatamente a seguir à conclusão docurso, ficando nas condições indicadas no númeroa n t e r i o r.

18 - Os cursos que conferem o nível 1 de qualificaçãoprofissional não integram a realização de PA F.

Artigo 18.ºConclusão do curso

1 - Para conclusão, com aproveitamento, de um curso detipo 1, 2 e 3, os formandos têm de obter umaclassificação final igual ou superior a 10 valores em todasas componentes de formação e na prova de avaliaçãofinal, nos cursos que a integram.

2 - Para conclusão, com aproveitamento, de um curso detipo 4, 5, 6 e 7 e curso de formação complementar, osformandos têm de obter uma classificação final igual ousuperior a 10 valores em todas as disciplinas/domínios,nomeadamente na F P e na PA F.

Artigo 19.ºC l a s s i f i c a ç õ e s

1 - Nas componentes de formação sócio-cultural, científicae tecnológica, as classificações finais obtêm-se pela

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média aritmética simples das classificações obtidas emcada uma das disciplinas ou domínios de formação queas constituem.

2 - Aclassificação final da componente de formação práticaresulta das classificações da F P e da PA F, com aponderação de 70% e 30%, respectivamente.

3 - Nos cursos que conferem o nível 1 de qualificaçãoprofissional, a classificação da componente de formaçãoprática coincide com a classificação da F P.

4 - Sem prejuízo do disposto no número seguinte, aclassificação final de cada disciplina ou domíniocorresponde à classificação obtida no último momentode avaliação do ano lectivo, no caso dos cursos de umano, ou no último momento do 2.º, no caso dos cursos dedois anos.

5 - Nos cursos de tipo 5, a classificação de cada disciplina oudomínio resulta da média aritmética simples,arredondada às unidades, das classificações obtidas noúltimo momento de avaliação de cada ano de formação.

6 - A classificação final do curso obtém-se, para todos oscursos, com excepção do tipo 7, pela média ponderadadas classificações obtidas em cada componente deformação, aplicando a seguinte fórmula:CF = F S C + F C + 2 F T + F P

5

s e n d o :C F = classificação final;F S C = classificação final da componente de formação

s ó c i o - c u l t u r a l ;F C = classificação final da componente de formação

c i e n t í f i c a ;F T = classificação final da componente de formação

t e c n o l ó g i c a ;F P = classificação da componente de formação

p r á t i c a .

7 - A classificação final dos cursos de tipo 7 obtém-semediante a aplicação da seguinte fórmula:CF = F S C + 2 F T + F P

4

s e n d o :C F = classificação final;F S C = classificação final da componente de formação

s ó c i o - c u l t u r a l ;F T = classificação final da componente de formação

t e c n o l ó g i c a ;F P = classificação da componente de formação

p r á t i c a .

Artigo 20.ºC e r t i f i c a ç ã o

1 - Aos formandos que concluam com aproveitamento oscursos previstos no presente Regulamento é certificada,consoante os casos, a qualificação profissional de nível 1,2 ou 3 e a conclusão do 6.º, 9.º ou 12.º anos deescolaridade, respectivamente, de acordo com o previstono anexo a que se refere o artigo 1.º.

2 - Nas situações em que o formando tenha obtidoaproveitamento numa ou mais componentes deformação, mas não suficientes para a conclusão do curso,pode requerer a certificação das componentes deformação em que obteve aproveitamento, as quais nãoterá de repetir para efeitos de conclusão do respectivop e r c u r s o .

3 - Nas situações em que o formando só tiveraproveitamento em alguns domínios ou disciplinas, aentidade formadora, quando solicitada, pode passarcertidão comprovativa do aproveitamento obtidonaqueles domínios ou disciplinas, as quais não terá derepetir para conclusão do respectivo percurso.

4 - Os certificados dos cursos de educação e formação sãoemitidos pela entidade formadora responsável pelo cursoe devem se assinados pelo Director Regional deEducação e pelo Director Regional de FormaçãoP r o f i s s i o n a l .

5 - Sempre que se verifiquem as condições de certificaçãoprofissional e de avaliação específica exigidas peloSistema Nacional de Certificação Profissional, ostitulares de um certificado de formação têm acesso aocorrespondente certificado de aptidão profissional (C A P) .

Artigo 21.ºProsseguimento de estudos

1 - A obtenção da certificação escolar do 9.º ano deescolaridade através decursos de tipo 2 ou de tipo 3permite ao formando o prosseguimento de estudos numdos cursos do nível secundário de educação previstosnos n.os 1 e 2 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 74/2004,de 26 de Março, desde que realize exames nas disciplinasde Língua Portuguesa e Matemática, de acordo com ascondições estabelecidas no Decreto-Lei n.º 209/2002, de17 de Outubro, adaptado à R A M pelo Decreto LegislativoRegional n.º 20/2003/M, de 24 de Julho.

2 - Aformação obtida pelos formandos com frequência semconclusão de um curso de tipo 1 ou 2 é creditada, apedido dos interessados, através de análise curricular,para efeitos de prosseguimento de estudos em termos ar e g u l a m e n t a r.

3 - A formação obtida pelos formandos sem conclusão deum curso de tipo 5 é creditada, a pedido dos interessados,através de análise curricular, para efeitos deprosseguimento de estudos noutras ofertas formativas denível secundário em termos a regulamentar.

4 - O prosseguimento de estudos de nível superior por partede formandos que obtenham, através dos cursos deeducação e formação previstos no presenteRegulamento, a certificação escolar do 12.º ano deescolaridade obriga à realização de exames finaisnacionais, em condições análogas às estabelecidas paraos cursos profissionais de nível secundário de educação,bem como ao cumprimento dos demais requisitosprevistos na regulamentação de acesso ao ensinos u p e r i o r.

Capítulo V I IDisposições finais

Artigo 22.ºAcompanhamento e avaliação do funcionamento dos cursos

O acompanhamento e a avaliação do funcionamento doscursos compete ao Conselho Regional de Acompanhamento deEducação e Formação, cujas competências estão previstas noartigo 8.º do Decreto Legislativo Regional n.º 17/2005/M, de 11de A g o s t o .

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Artigo 23.ºPreparação para o exercício de profissões regulamentadas

O funcionamento dos cursos que preparam para o exercício deprofissões regulamentadas depende de parecer prévio emitidopelas entidades certificadoras, no âmbito do Sistema Nacional deCertificação Profissional, de forma a garantir o cumprimento dosrequisitos relativos à homologação dos cursos.

Capítulo V I I IRegime Disciplinar

Artigo 24.º

1 - Aos formandos das escolas tuteladas pela S R E é aplicávelo estatuto disciplinar em vigor nas escolas oficiais.

2 - Aos formandos da D R F P e de outras entidadesformadoras é aplicável o estatuto disciplinar em vigornas respectivas entidades.

Capítulo IXModelos de Registo

Artigo 24.º

Os modelos de registo a utilizar na organização edesenvolvimento dos cursos previstos no presente regulamento,nomeadamente registo biográfico, pautas de avaliação e termos,são aprovados por Portaria do Governo Regional.

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