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09 Fevereiro 2012 O RIBATEJO 21 Dionísio Abreu de Campos car- rega desde a primeira hora esta obra que é a Casa dos Beirões no Ribatejo. É na sua própria casa, de resto, que as reuniões da direção a que preside desde a fundação continuam a ter lugar, uma vez que a Câmara de Santa- rém, malgrado as promessas dos sucessivos executivos, continua sem disponibilizar um espaço para sede da associação. Inconformado com o que con- sidera ser uma incompreensão da autarquia, e até uma injustiça relativa face aos apoios que esta já concedeu a outras associações do concelho, Abreu de Campos faz questão em afirmar que a Casa dos Beirões no Ribatejo, enquanto associação de cariz regionalista, representa 88 municípios das bei- ras mais 21 do distrito da capital do Ribatejo. Além disso, é sem saudosis- mos que salienta a importân- cia do apelo às raízes: “Temos manifestado a preocupação de mantermos vivas as tradições das Beiras, fomentando ligações às autarquias beirãs, assim como possibilitarmos aos nossos asso- ciados idas a espetáculos de cariz variado e o conhecimento de des- tinos turísticos de elevado interes- se”. E conclui que “efetivamente, além de um processo de coesão em que atendemos às origens, é do interesse das várias direções proporcionarem eventos de lazer e apreciado valor cultural”. Lamenta, contudo, que “todos os esforços das várias Direções em conseguirem uma Sede Social se tenham tornado infrutíferos por manifesta falta de solidarie- dade da Câmara Municipal de Santarém”, e conclui serem “já são muitas as promessas caídas em saco roto”. O sonho que tem para a sede social é vasto. “Temos o projeto de uma sede da Casa dos Beirões que seja ao mesmo tempo um espaço de encontro e de promo- ção e venda de produtos regionais das Beiras”, diz Abreu de Campos, lembrando porém que há muitos associados idosos e que por isso esta Associação que dirige desde a sua fundação também sonha com a criação de um espaço destinado a Centro de Dia, com apoio domi- ciliário aos mais necessitados. A finalizar, lembra que “tem sido constante o esforço em tra- zer mais associados e conseguir- lhes vantagens mediante acor- dos firmados com instituições e empresas locais, traduzidos em protocolos celebrados, que lhes permitem acesso aos produtos e serviços com descontos apreci- áveis”. Efetivamente, a Casa dos Beirões no Ribatejo estabeleceu já protocolos com 35 empresas e casas comerciais de Santarém – desde clínicas a farmácias e até casas de pneus – onde os seus associados têm descontos em serviços e compras que vão des- de os 10% até 40%, conforme os acordos estabelecidos. São as van- tagens diretas com que a direção procura recompensar os 15 euros de cota anual dos seus associados, que os estatutos da associação alargam também aos amigos dos beirões para lá, naturalmente, dos naturais. O sonho de uma sede A Casa dos Beirões no Ribatejo tem a desdita de ter “casa” só no nome. Uma adversida- de contra a qual esta associação, com intensa atividade cultural e recreativa, luta há perto de uma dúzia de anos, aguardando pela promessa sempre adiada da autarquia de Santarém em lhe facilitar um edicio para sede. Beirões no Ribatejo uma associação de raiz regionalista em Santarém especial CASA DOS BEIRÕES NO RIBATEJO Os 12 elementos que constituem os corpos sociais da Casa dos Beirões no Ribatejo. Da esquerda para a direita e a começar por baixo: José Martins, Francisco Martinho, Carlos Belo, José Barata, Arlindo Santos e Domingos Leitão. Em cima e no mesmo sentido: Luís Reis, Luís melo e Castro, Abreu de Campos, António Monteiro, António Alves e Arnaldo Vasques.

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Especial Casa dos Beirões no Ribatejo - Jornal O Ribatejo - edição 1371 de 9 de Fevereiro 2012

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Page 1: Jornal O Ribatejo

09 Fevereiro 2012 O RIBATEJO 21

Dionísio Abreu de Campos car-rega desde a primeira hora esta obra que é a Casa dos Beirões no Ribatejo. É na sua própria casa, de resto, que as reuniões da direção a que preside desde a fundação continuam a ter lugar, uma vez que a Câmara de Santa-rém, malgrado as promessas dos sucessivos executivos, continua sem disponibilizar um espaço para sede da associação.

Inconformado com o que con-sidera ser uma incompreensão da autarquia, e até uma injustiça relativa face aos apoios que esta já concedeu a outras associações do concelho, Abreu de Campos faz questão em afi rmar que a Casa dos Beirões no Ribatejo, enquanto associação de cariz regionalista, representa 88 municípios das bei-ras mais 21 do distrito da capital do Ribatejo.

Além disso, é sem saudosis-mos que salienta a importân-cia do apelo às raízes: “Temos

manifestado a preocupação de mantermos vivas as tradições das Beiras, fomentando ligações às autarquias beirãs, assim como possibilitarmos aos nossos asso-ciados idas a espetáculos de cariz variado e o conhecimento de des-tinos turísticos de elevado interes-se”. E conclui que “efetivamente, além de um processo de coesão em que atendemos às origens, é do interesse das várias direções proporcionarem eventos de lazer e apreciado valor cultural”.

Lamenta, contudo, que “todos os esforços das várias Direções em conseguirem uma Sede Social se tenham tornado infrutíferos por manifesta falta de solidarie-dade da Câmara Municipal de Santarém”, e conclui serem “já são muitas as promessas caídas em saco roto”.

O sonho que tem para a sede social é vasto. “Temos o projeto de uma sede da Casa dos Beirões que seja ao mesmo tempo um espaço de encontro e de promo-ção e venda de produtos regionais das Beiras”, diz Abreu de Campos, lembrando porém que há muitos associados idosos e que por isso esta Associação que dirige desde a sua fundação também sonha com a criação de um espaço destinado a Centro de Dia, com apoio domi-ciliário aos mais necessitados.

A finalizar, lembra que “tem sido constante o esforço em tra-zer mais associados e conseguir-lhes vantagens mediante acor-dos fi rmados com instituições e empresas locais, traduzidos em protocolos celebrados, que lhes permitem acesso aos produtos e serviços com descontos apreci-áveis”. Efetivamente, a Casa dos Beirões no Ribatejo estabeleceu já protocolos com 35 empresas e casas comerciais de Santarém – desde clínicas a farmácias e até casas de pneus – onde os seus associados têm descontos em serviços e compras que vão des-de os 10% até 40%, conforme os acordos estabelecidos. São as van-tagens diretas com que a direção procura recompensar os 15 euros de cota anual dos seus associados, que os estatutos da associação alargam também aos amigos dos beirões para lá, naturalmente, dos naturais.

O sonho de uma sede A Casa dos Beirões no Ribatejo tem a desdita de ter “casa” só no nome. Uma adversida-de contra a qual esta associação, com intensa atividade cultural e recreativa, luta há perto de uma dúzia de anos, aguardando pela promessa sempre adiada da autarquia de Santarém em lhe facilitar um edifí cio para sede.

Beirões no Ribatejouma associação de raiz regionalista em Santarém

especialCASA DOS BEIRÕES

NO RIBATEJO

Os 12 elementos que constituem os corpos sociais da Casa dos Beirões no Ribatejo. Da esquerda para a direita e a começar por baixo: José Martins, Francisco Martinho, Carlos Belo, José Barata, Arlindo Santos e Domingos Leitão. Em cima e no mesmo sentido: Luís Reis, Luís melo e Castro, Abreu de Campos, António Monteiro, António Alves e Arnaldo Vasques.

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especial CASA DOS BEIRÕES NO RIBATEJO

22 O RIBATEJO 09 Fevereiro 2012

Cronologia da Casa dos Beirões

1998 - 2000Os beirões Dionísio Abreu de

Campos e José Gabriel decidi-ram, em 1998, organizar um almoço que juntasse o maior número de conterrâneos, no que foram ajudados por António Alves, pela professora Prazeres e pelo advogado José Martins Car-reto. Esse almoço decorreu no restaurante Ponto de Encontro, na Póvoa de Santarém, e surpre-endeu pelo elevado número de participantes.

Num segundo encontro, já no

ano seguinte e perante cerca de duzentos convivas beirões, o Dr. José Martins Carreto colocou a hipótese de se formar uma associação, no que todos con-cordaram. Assim, feitos os esta-tutos pelo citado advogado, a escritura realizou-se em 03 de outubro de 2000.

Assinaram esta escritura de constituição os sócios fundado-res: Dr. Martins Carreto, José Gabriel da Fonseca, Dionísio Abreu de Campos, Luís Melo e Castro, António Pereira Alves, José Esteves Cunha, José Lopes Barata, José Abílio Martins, Car-

los Belo, Manuel Tomé e Antó-nio Ramos Goulão.

Surgiu deste modo a Casa dos Beirões no Ribatejo, cujo obje-to social promove a atividade recreativa e cultural, o estudo dos recursos e potencialidades das Beiras, fomentando o seu desenvolvimento económico e social, defendendo e valorizando o património natural, histórico, monumental, cultural, artístico e regional, sem interesses lucra-tivos. Os corpos sociais da nova associação fi caram assim cons-tituídos:

Assembleia Geral - presiden-

te: José Abílio Pires Alves Mar-tins; e secretários: António do Nascimento Almeida Batista e António Ramos Goulão.

Direção – presidente: Dionísio Abreu de Campos; vice-Presi-dente: José Gabriel da Fonseca; secretário: Luís António Melo Castro; tesoureiro: José Lopes Barata; e vogais: António Pereira Alves e José Martins Carreto

Concelho Fiscal – presidente: José Esteves da Cunha; secretá-rio: Manuel Ribeiro Tomé; rela-tor: Carlos Alberto Gonçalves Carmona Belo; suplente: Mário Filipe Madeira Gama.

O primeiro ato da direção foi o de dar conhecimento da existência da associação e o de enviar os seus estatutos à Câmara de Santarém e a todas as autarquias das Beiras.

No mesmo ano, o associado José Esteves Cunha ofereceu o fi lme “Castelo Branco-cidade antiga”. O primeiro evento foi o Magusto Beirão, realizado na quinta do Goulão, no Cartaxo, que juntou centena e meia de sócios e familiares. Na reunião de 15 de Novembro, o sócio Antó-nio Ramos Goulão, fez oferta de 35.000 escudos à associação.

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O projeto da Casa regional dos Beirões em Santarém começou a germinar em fi nais dos anos noventa. E como não podia deixar de ser, foi à mesa de um restaurante que a ideia cresceu e se materializou em associação, com escritura lavrada a 3 de outubro do ano 2000. Daí para cá, a atividade cultural e recreativa desta associação de âmbito regional tem vindo sempre em crescendo, contando atualmente com mais de quatro centenas de associados, na sua maioria residentes em Santarém.

Dionísio Abreu de Campos, natural do concelho de Penamacor, é o fundador e presidente da direção da Casa dos Beirões no Ribatejo

Receção na Câmara Municipal de Gouveia em 2004 aos sócios da Casa dos Beirões no Ribatejo

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2001Foi um ano de grande ati-

vidade associativa o de 2001, que se regista aqui em discurso direto: Em março, ida ao Parque Mayer para ver a Revista à Por-tuguesa; em maio, passeio às Beiras; em junho, a sardinhada, e em setembro o convívio anual, para voltarmos ao magusto em novembro. Foi com agrado que recebemos a presença numa reunião do sócio e ator Joaquim Nicolau.

Neste ano, numa viagem de fi m-de-semana, visitámos Ida-nha-a-Nova, Penamacor e Man-teigas, onde cinquenta sócios foram recebidos na Câmara de Penamacor pelo vereador Dr. Francisco Abreu e em Man-teigas pelo presidente Dr. José Biscaia.

O primeiro aniversário fes-tejou-se em 30 de setembro de 2001 na Quinta da Feteira, em Fazendas de Almeirim, onde estiveram presentes cento e sessenta sócios e familiares; animou o convívio o conjunto “Segunda Geração” da freguesia de Aranhas de Penamacor.

Neste ano realizou-se a pri-meira Assembleia Geral onde se

elegeram os corpos sociais para o triénio 2002/2004, compostos pelos seguintes elementos:

Assembleia Geral – Presiden-te: Manuel Guterres Nogueira; Secretários: Luís António Melo e Castro e Joaquim Candeias Rodrigues.

Direção – Presidente: Dio-nísio Abreu de Campos; Vice-Presidente: Maria Conceição Pero Mato; Tesoureiro: Manuel Fernandes Alcobaça; Secretário: Carlos Alberto Carmona Belo; e Vogais: Lourenço Leitão Lopes e António Marçal Matos.

Concelho Fiscal – Presiden-te: Francisco José Morais Fer-reira; Secretário: Ana Maria

Nicolau Moreira; Relator: Antó-nio Ramos Goulão; Suplente: Manuel Ribeiro Tomé.

2002Em abril houve excursão

ao Minho; nesse mesmo mês tivemos sessão de fados. Em junho foi a sardinhada. E em setembro, o segundo aniversá-rio da Casa dos Beirões contou com a presença do presidente da Câmara de Penamacor, Dr. Domingos Torrão e do Dr. Pinto da Rocha, em representação da autarquia escalabitana; deu um colorido diferente à confrater-

nização a consagrada acordeo-nista Eugénia Lima.

Neste mesmo ano há salien-tar a audiência, em Maio, com a vereadora da Câmara de San-tarém, Idália Moniz, onde foi solicitada pela primeira vez a cedência de um espaço para a sede, tendo sido prometido que, logo que houvesse um espaço disponível, a Câmara tomaria o pedido em conta.

2003O ano começou com uma ida ao teatro a Lisboa, ver “My Fair Lady” de Filipe La Féria. Em

maio houve viagem às aldeias históricas da Beira Interior e de Trás-os-Montes, onde se fi cou a conhecer: Castelo Novo, Monsan-to, Idanha-a-Velha, Penha Gar-cia, Sortelha e Castelo Mendo.

O terceiro aniversário foi comemorado no restaurante “O Gato Preto”, em Rio Maior, e continuando a ação de inter-câmbio com os municípios bei-rões, teve a presença da Tuna da Zebreira do concelho de Idanha-a-Nova.

Neste mesmo ano, a sócia professora Prazeres Marçal Lopes musicou o Hino da Casa dos Beirões, e Ivone Carrolo fez a letra (ver destaque).

Homenagem a Eugénia Lima em 2008, na festa de aniversário da Casa dos Beirões que decorreu no “Gato Preto”, em Rio Maior.

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especial CASA DOS BEIRÕES NO RIBATEJO

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Hino da Casa dos Beirões no RibatejoÉs vontade, bravura, minha terraÉs aquilo que vejo e adivinhoRevestida de Neve lá na serraTens beleza em cada caminho(Refrão)

És Beira interior tão alta de encantoPois, por amor, eu sei que és um génioOs valores que enfeitam, o teu lindo mantoSão minha força, no novo Milénio.

Ouço o cuco, saltando nos ramosDo arvoredo, que enternece a genteAcredita, sempre que aí vamosTeu ar tão puro, ainda se sente

Vê-se a glória em teus monumentosConfi rmando nobres tradiçõesSe pressente, em teus movimentosA saudade que há nos corações

Nunca deixes, de ter tal canduraMesmo crendo, que irás mudarTe entregamos a nossa ternuraE esperamos um dia voltar

Hino da Casa dos Beirões (ano 2003), com letra de Ivone Carrolo e música da professora Prazeres.

Eu canto a minha terraDou melodia ao poemaTrova nova, nova vida Trova velha, velha cena

Ranchos dobrados ao meioOndulam entre vinhedosE cantigas de permeio Encerram velhos segredos

A névoa esconde tesourosGoteja dos bagos de uvaVoam melros e besourosSobra sol e falta chuva

Ao lagar arriba a esperançaQue ano bom, é grau melhorOutono de Mil andançasPerfume a mosto ao redor

Claro ou tinto encorpadoSangue de gente por dentroE um rosto bem queimadoSão do vinho o seu fermento

Grande rio que vens lentoVens da riba para o marRedobras o meu intentoDoce Tejo, de te amar

Eu canto a minha terraDou melodia ao poemaTrova nova, nova vidaTrova velha, velha cena

A canção “Trova nova, velha cena”, interpretada por Susana Alves, com letra e música de Arnaldo Vasques, que conquis-tou o primeiro lugar do con-curso musical “Cantar a Terra” da Rainha das Vindimas, com desfi le de Liliana Leitão, reali-zado em 2008.

Trova Nova, Velha Cena

2004Em fevereiro, houve excur-

são ao espetáculo de revista “In Love”, no Tivoli; e novamen-te fados em março. Em abril, participámos na Romaria da Senhora de Mércoles, em Cas-telo Branco. O mês de maio

trouxe-nos um agradável con-vívio na subida do Rio Douro, com mais de cento e sessen-ta sócios e familiares, culmi-nando com uma receção na Câmara de Gouveia e almoço no “Albertino” de Folgozinho. No dia seguinte, já em Viseu, uma vereadora da autarquia

local acompanhou a comitiva de “beirões ribatejanos” numa visita guiada à cidade.

A Direção continuava, entre-tanto, a pugnar por uma Sede própria para a associação, não obtendo resposta satisfatória por parte da autarquia escala-bitana à época.

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01 I Encontro Cultural Beirão realizado em Santarém. Espetáculo no Largo do Seminário aberto a toda a população e que contou com a participação da Orquestra Típica Albicastrense.

02 Eugénia Lima com o diretor da Orquestra Típica Scalabitana, António Nogueira, no mesmo Encontro Cultural Beirão.

03 O acordeonista Tino Costa no mangusto beirão.

04 Passeio pedestre ao concelho de Proença-a-Nova

05 Concurso da Rainha das Vindimas, com desfi le de Liliana Leitão, realizado em Março de 2008 e que também teve o concurso musical “Cantar a Terra”.

2005Em fevereiro nova Noite de

Fados; e em março ida à revista “Arre Potter que é Demais”, no Parque Mayer. Em abril, foi a oportunidade de participar na Romaria de Nossa Senhora do Almortão, em Idanha-a-Nova, com visita às aldeias históri-cas da região, e um degustar especial de javali em Penha Garcia.

Já em maio, destaque espe-cial para a viagem à Madeira e Porto Santo, com a participa-ção de 98 Sócios e familiares.

Chegado o quinto aniversá-rio, houve festa com a presen-ça de trinta acordeonistas da Associação de Acordeonistas do Fundão, numa comovente homenagem à acordeonista Eugénia Lima.

O ano fechou com a reunião da Assembleia Geral, onde as contas apresentadas e o tra-balho da Direção foram alvo do apreço dos sócios presen-tes. Para o triénio 2005/2007, foram eleitos e tomaram posse os seguintes elementos:

Assembleia Geral – Presiden-te: Luís Melo e Castro; Secre-tários: Nelson Joaquim Duarte da Costa e Joaquim Candeias Rodrigues.

Direção – Presidente: Abreu de Campos; Vice-presidente: Maria Conceição Pero de Mato; Secretário: Luís Manuel Fazen-da Reis; Tesoureiro: Carlos Alberto Carmona Belo; Vogais: Lourenço Leitão Lopes e Antó-nio Pereira Monteiro.

Conselho Fiscal – Presiden-te: Domingos do Nascimento Leitão; Secretário: Ana Maria Nicolau Moreira; Relator: Francisco José Morais Ferrei-ra; Suplente: António Ramos Goulão.

2006Os grandes destaques des-

te ano foram o “I Encontro Cultural Beirão”, em que as Orquestras Albicastrense e Scalabitana foram aplaudidas, por cerca de 800 pessoas, no Largo do Seminário em Santa-rém, e a conferência: “Gentes da Beira por terras do Ribate-jo - uma presença multisecu-lar”, no Teatro Sá da Bandeira, pelo Prof. Martinho Vicente Rodrigues, e que contou com a presença da vereadora Dra. Cristina Granada, do Município de Castelo Branco e da Banda Filarmónica de Tinalhas que, além de ter animado o centro

histórico da cidade, interpretou ainda alguns trechos musicais no fi nal da palestra.

Mas o ano abriu logo, em janeiro, com a ida ao espetá-culo a “Canção de Lisboa”, no teatro Politeama; e em Março, a Noite Ribatejana. Já nos dias 29 e 30 de abril participámos na romaria de Nª Senhora do Bom Sucesso, em Penamacor, onde fomos recebidos pela vereadora da cultura e con-vidados a participar na festa do Bodo de Aranhas, refeição comunitária realizada por altu-ra da Páscoa. Em Maio, repeti-mos o passeio de barco no rio Douro; e em julho realizámos o passeio anual, desta vez às ilhas Terceira, Faial, Pico e S. Miguel, nos Açores. Em Setem-bro comemorámos o 6º ani-versário, com a participação do grupo “Raízes da Terra” de Aguiar da Beira e as Adufeiras de Idanha-a-Nova; em Novem-bro, novo Magusto e, em 31 de Dezembro, festejámos o fi m de ano no “Gato Preto”.

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2007Logo em fevereiro, ida ao

Parque Mayer à revista “Já viram isto”; em março Serão Ribatejano; em abril nova ida à revista para ver “Música no Coração”, de Filipe La Féria. E em maio chegou o passeio anual, desta vez pelo norte de Espanha onde visitámos Santia-go de Compostela e navegámos no rio Arosa, rumando mais

para norte em visita às cidades de Leon, Santander, Burgos e a sua catedral magnífi ca, depois da passagem pelas grutas de Covadonga.

Momento alto foi a realização do “II Encontro Cultural”, com a participação da Orquestra de Alcains, do Grupo Coral de Proença-a-Nova e da Orquestra Típica Scalabitana.

Finalizámos o ano com a realização do “I Encontro de Coros”, na Igreja de Marvila,

com a participação dos Corais de Proença-a-Nova e do Círculo Cultural Scalabitano.

2008O ano começou com a ida ao

Teatro Maria Vitória, em feve-reiro, para ver o espetáculo “Hip-Hop arquel”. Em março teve lugar o concurso da Rai-nha das Vindimas, com desfi le

de Liliana Leitão, e concurso musical “Cantar a Terra”, com a canção “Trova nova, velha cena”, interpretada por Susa-na Alves, com letra e música de Arnaldo Vasques, que con-quistou o primeiro lugar (ver destaque).

Em abril, nova ida a Lisboa para ver o musical “Jesus Cristo Super Star” de Filipe La Féria. Em maio voltámos à Beira, para visitar o Jardim do Paço e o Museu Tavares Proença,

em Castelo Branco, seguindo depois para Sortelha, Sabugal e Piódão.

Julho ficou marcado pelo “III Encontro Cultural Beirão”, que contou com as Bandas Filarmónicas da Sertã e da Gan-çaria, esta em representação de Santarém; culminado com uma excursão ao Santuário de Lourdes, em França.

Na festa do oitavo aniversá-rio tivemos a representação do concelho de Castro Daire, e a participação do grupo musical “Os Alegres da Encosta de Mon-temuro“, além dos acordeonis-tas Tino Costa, Andreia Sofi a e Eugénia Lima.

Em dezembro, novo encontro de coros, desta vez na Igreja da Sé, em Santarém, com a atuação do Grupo Coral da Beira Inte-rior, regido pelo maestro Luís Cipriano, e do Grupo Coral de Almeirim, pelo maestro Abílio de Almeida Figueiredo, reali-zado.

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2009Foi mais um ano recheado

de iniciativas: em fevereiro ida à revista “Amor sem Bar-reiras”; em março foi a noite Ribatejana, no Clube da Ribei-ra de Santarém; em abril tive-mos a visita a Vila Velha de Ródão, com passeio de barco no rio Tejo.

O “IV Encontro Cultural Bei-rão” contou com a presença das Tunas Estudantina Aca-démica e Tuna Académica do Instituto Politécnico “Castra Leuca”, ambas de Castelo Branco, além da Tuna Aca-démica da Escola Superior Agrária de Santarém.

Em julho tivemos o passeio a Itália, com visitas a Roma, Veneza, Pompeia, ilha de Capri, Pádua e Florença.

Em setembro, realizou-se a festa do nono aniversário, onde contámos com uma

representação da autarquia de Trancoso, que nos trouxe uma mostra de produtos regionais e a animação por acordeonistas daquela cidade da Beira Alta

A fi nalizar o ano, tivemos em dezembro novo encontro de “Coros de Natal”, com os Gru-pos Corais de Seia e da Golegã; o fi m-de-ano festejou-se como habitualmente no restaurante “Gato Preto”, em Rio Maior.

2010Iniciámos o ano com a

ida aos espetáculos “Gaiola das Loucas” e “Agarra que é honesto”; em março visitá-mos a quinta dos Loridos, no Bombarral; em abril tivemos o passeio ao Alqueva, Mar-vão, Portalegre, Vila Viçosa e Évora; em maio retribuímos a visita a Trancoso, e retor-námos ao rio Douro, para a

descida do Pocinho à Régua. Já o “V Encontro Cultural

Beirão”, realizado no Jardim da República, teve a participa-ção dos grupos “Cantares de Penamacor” e “Os Catorzes”, de Alverca do Ribatejo.

Em Julho, o passeio anual levou-nos a Praga, Budapeste, Salzburgo e Viena. O “X Ani-versário” comemorou-se em setembro, com a participação do grupo “Segunda Geração de Aranhas”, do concelho de Penamacor, conjuntamente com os acordeonistas Tino Costa, Andreia Sofi a e Eugé-nia Lima.

No “VI Encontro de Coros”, realizado em dezembro, na Igreja de Marvila, tivemos a presença do Grupo de Can-to D’Alma da Santa Casa da Misericórdia de Trancoso e do Grupo Coral do Círculo Cultu-ral Scalabitano, culminando com mais uma festa de fi nal de ano. Passeio dos sócios a Itália , com visita a Veneza

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especial CASA DOS BEIRÕES NO RIBATEJO

2011Finalmente, o ano de 2011

iniciou-se também com idas ao teatro a Lisboa para ver as revistas “Vai de Email a Pior” e “Um Violino no Telhado”. Em abril tivemos o passeio à Ilha da Madeira; em maio uma incursão pelo norte do país, com visitas às cidades de Viana do Castelo, Guimarães e Braga, e ainda ao Parque Nacional do Gerês.

Já o passeio anual levou-nos à Croácia, onde percorremos cidades como Dubrovnik, dez anos depois de uma guerra des-truidora, e visitámos o Parque Nacional de Plitvice, em Opa-tija, e ainda um salto à Eslové-nia, onde nos deslumbrámos com as grutas de Postojna.

Em outubro comemorámos “XI Aniversário”; em novembro organizámos mais um Magus-to, desta vez no “Retiro do caçador”, em Achete; e o fim-de-ano, como foi sendo hábito,

no “Gato Preto”, em Rio Maior. Já os habituais eventos do

Encontro Cultural Beirão e do Encontro de Coros não se rea-lizaram neste ano por falta de apoio da Câmara de Santarém.

Ainda neste ano foram eleitos os novos corpos gerentes para o triénio 2011/2013, que focaram assim constituídos:

Assembleia Geral – presi-dente: Arnaldo António Rodri-gues Rios Vasques; secretá-rios: Carlos Alberto Carmona Belo e José Lopes Barata.

Direção – presidente: Dioní-sio Abreu de Campos; vice-pre-sidente: Luís António Lourenço Óscar Melo e Castro; tesourei-ro: António Pereira Monteiro; secretário: José Carlos Lopes Martins; vogais: António Matos Alves e Francisco dos Santos Martinho.

Conselho Fiscal – presiden-te: Domingos do Nascimento Leitão; secretário: José Manuel Emídio da Conceição; relator: Luís Manuel de Matos Fazen-

da dos Reis; suplente: Arlindo Gomes dos Santos.

A fi nalizar, tem sido constante o esforço em trazer mais associa-dos e conseguir-lhes vantagens mediante acordos fi rmados com instituições e empresas locais, traduzidos em protocolos cele-brados, que lhes permitem aces-so aos produtos e serviços com descontos apreciáveis.

Além disso, temos manifes-tado a preocupação de man-termos vivas as tradições das Beiras, fomentando ligações às autarquias beirãs, assim como possibilitamos aos nossos asso-ciados idas a espetáculos de cariz variado e o conhecimento de destinos turísticos de elevado interesse. Efetivamente, além de um processo de coesão em que atendemos às origens, é do

interesse das várias direções pro-porcionarem eventos de lazer e apreciado valor cultural.

Lamentavelmente, todos os esforços das várias Direções em conseguirem uma Sede Social, têm-se tornado infrutíferos por manifesta falta de solidarieda-de da Câmara Municipal de Santarém, apesar das muitas promessas “caídas em saco roto”: