jornal: o movimento / junho 2012

8
Esta é uma publicação do Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana - Base CPTM . Edição nº 01 . 18/06/2012 . Junho / 2012 Campanha Salarial 2012 Os bastidores dos acidentes na CPTM Nos últimos sete meses,cresceu o número de registros de acidentes envolvendo funcionários e passageiros da CPTM, três deles, com ví- timas fatais. Porém, a sequencia desses acidentes não é uma novidade para o nosso sindicato. Página 05. Ferroviários de via permanente temem pela vida e pedem revisão das normas de segurança Tal preocupação não é para menos, afinal, em apenas sete meses fo- ram registradas seis mortes por atropelamento na via permanente, quatro delas de ferroviários experientes. Página 07. 1º Fórum Sobre Transporte e Trânsito em Osasco e Região Sindicato foi o único representante ferroviário a apresentar su- gestões de mobilidade sobre trilhos. Página 08. Após uma negociação vitoriosa em 2011, em 26 de janeiro deste ano, os ferroviários reuniram-se pela primeira vez na sede social do nosso Sindicato, onde discutiram e deliberaram quanto à pauta de reivindicações da categoria e os rumos da campanha salarial de 2012. Página 02. Encontro com VICENTE ABATE no Sindicato da Sorocabana A Campanha São Paulo TREM Jeito promove no Sindicato da Sorocabana – Base CPTM - “Encontro com VICENTE ABATE”, presidente da ABIFER – Associação Brasileira da Indústria Ferro- viária. Página 08. Processo dos Tíquetes – Exemplo de sucesso nas ações movidas pelo Sindicato. Você é um dos favorecidos do processo? Saiba como proceder . Página 07. Uma campanha desafiadora e surpreendente

Upload: camila-mendes

Post on 03-Mar-2016

222 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Matéria especial sobre "Os Bastidores dos Acidentes na CPTM"

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal: O Movimento / Junho 2012

Esta é uma publicação do Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana - Base CPTM . Edição nº 01 . 18/06/2012 . Junho / 2012

Campanha Salarial 2012

Os bastidores dos acidentes na CPTM Nos últimos sete meses,cresceu o número de registros de acidentes envolvendo funcionários e passageiros da CPTM, três deles, com ví-timas fatais. Porém, a sequencia desses acidentes não é uma novidade

para o nosso sindicato. Página 05.

Ferroviários de via permanente temem pela vida e pedem revisão das normas de segurança

Tal preocupação não é para menos, afinal, em apenas sete meses fo-ram registradas seis mortes por atropelamento na via permanente,

quatro delas de ferroviários experientes. Página 07.

1º Fórum Sobre Transporte e Trânsito em Osasco e Região

Sindicato foi o único representante ferroviário a apresentar su-gestões de mobilidade sobre trilhos. Página 08.

Após uma negociação vitoriosa em 2011, em 26 de janeiro deste ano, os ferroviários reuniram-se pela primeira vez na sede social do nosso Sindicato, onde discutiram e deliberaram quanto à pauta de reivindicações da categoria e os rumos da campanha salarial de

2012. Página 02.

Encontro com VICENTE ABATE no Sindicato da Sorocabana

A Campanha São Paulo TREM Jeito promove no Sindicato da Sorocabana – Base CPTM - “Encontro com VICENTE ABATE”, presidente da ABIFER – Associação Brasileira da Indústria Ferro-

viária. Página 08.

Processo dos Tíquetes – Exemplo de sucesso nas ações movidas pelo Sindicato.

Você é um dos favorecidos do processo? Saiba como proceder . Página 07.

Uma campanha desafiadora e surpreendente

Page 2: Jornal: O Movimento / Junho 2012

Editorial

Acidentes envolvendo ferroviários e passa-geiros precisam ter um fim, e isso depende de nós, os ferroviários. Estamos na CPTM para trabalhar: não para morrer, e muito menos para matar.A direção da CPTM não pensa da mesma forma. Os registros de acidentes de trabalho em 2011 são muitos. Acidentes com passageiros também não são poucos.Quando cinco dos nossos morreram no exer-cício de suas atividades, a direção da CPTM não teve dúvida: minutos depois estava na mí-dia culpando os mortos pelas próprias mortes. Em acidentes que resultaram em ferroviários e passageiros feridos, a direção da CPTM e o secretário dos Transportes Metropolitanos não pensaram duas vezes: “falha humana”. Dos fer-roviários, é claro. Jamais de gerentes e direto-res.Os ferroviários são culpados de tudo – pelas mortes, pelos ferimentos, pelos sofrimentos e pelos desmandos. Direção e governo são per-feitos, pairam acima do bem e do mal, e são absolutamente honestos em tudo que fazem e dizem. As empreiteiras que atuam na empresa são per-feitas, assim como as de fundo de quintal com as quais compartilham seus contratos. Afinal, quando as empreiteiras não honram suas obri-gações ou fazem errado aquilo que são pa-gas para fazerem certo, são os ferroviários da CPTM que concluem o inacabado ou conser-tam o mal feito, correndo riscos inclusive de responsabilidade pelo resultado final.Depois de culpar os ferroviários por todos os problemas da empresa, direção da CPTM e governo fecham questões com a máxima de sempre: vão abrir sindicâncias para apurar as responsabilidades. Abrem sindicâncias e formam comissões, po-rém, nunca dizem a quais resultados chegaram. Interessante observar que todas as sindicâncias têm prazo de 30 dias para apurar responsabi-lidades, exceto a do descarrilamento de 16 de fevereiro: 24 horas, e concluída pelo desliga-mento do maquinista, é claro.O governador extinguiu uma delegacia especia-lizada em investigar acidentes de trabalho dois dias depois do segundo acidente que vitimou dois dos nossos. A investigação ficou sob a responsabilidade da Delegacia do Metropolitano, que nunca se pronunciou. Para nossa surpresa, apareceu uma equipe da Vigilância Sanitária ocupando-se da investigação. Porém, do jeito que veio partiu, e nada mais sabemos sobre ela.O sindicato cobrou duas vezes, oficialmente, a sua participação nas investigações da CPTM. Obteve uma resposta positiva apenas na segun-da investida, mas até hoje não foi informado dos dias e horários da participação. Nesta altura, as evidências estão todas maquiadas, e empresa e governo apostam no esquecimento.Com o fim do jornalismo investigativo, e com a condição cada vez mais presente da notícia ser produto perecível, é uma ingenuidade esperar qualquer coisa da mídia. O Ministério Público, que apareceu do nada quando fizemos a greve, mas com a finalidade de pedir o nosso pescoço, não se mostra tão ani-mado diante de tantos acidentes. Parece que vai investigar, diz a imprensa.Bem, dos políticos nunca esperamos nada, e não vamos esperar agora.Mais uma vez estamos por conta e risco, mas é assim todos os dias nas mãos da CPTM.

Página 02 Artigo

Ferroviário: o culpado da vez

Descobrir o culpado é motivo básico dos clássi-cos da literatura e do cinema do gênero policial. Não é diferente na vida real, regrada pelos orde-namentos religiosos e jurídicos.O problema é que esse tipo de valor, movido pelo binômio culpa-castigo, avançou além dos limites aceitáveis, e entrou no imaginário de toda uma sociedade, sob a orquestração ingênua ou intencional dos meios de comunicação.Quase tudo, nos dias de hoje, se faz conduzir por culpa, castigo e perdão. Nessa medida, ape-nas erros, disfunções e tragédias tornam-se ob-

jetos do interesse público, mas são tratadas como enredos meramente novelescos.Os acidentes com trens da CPTM, e seu tratamento diante da opinião pública, têm sido um exem-plo típico desse gênero.Em TODOS os acidentes, empresa, governo e mídia mostram-se interessados na identificação dos culpa-dos que, quando atirados aos leões pela empresa e governo, revelam o final da história. Diante dessa atitude grotesca, CPTM e governo recebem o perdão dos usuários e das autoridades policiais (cujos processos são arquivados, uma vez que os responsáveis foram identificados e punidos) e caem no esquecimento.Sabendo desses comportamentos - e por eles beneficiados -, gestores da CPTM e autoridades do governo do Estado de São Paulo estão usando e abusando da fórmula.Se algum ferroviário morre na via, atropelado por um trem, a culpa é do morto. Afinal, o que fazia na via? Trabalhava na via, oras.Se o ferroviário atropelado na via não morre, a culpa é do maquinista. Por que do maquinista, se possivelmente não sabia que tinha colega trabalhando na via?Se um trem descarrila por uma distância que provoca grandes danos materiais, a culpa é do ma-quinista. Por que do maquinista? Por que não de quem mandou desativar todos os sensores de descarrilamento de uma série inteira de trens?Se um acidente ocorre porque o controlador do CCO identifica em seu monitor um trem que não corresponde ao que de fato está na via, ele é demitido. A ninguém ocorre que o “sistema” realmen-te forneceu a ele uma falsa identificação daquele trem.Se não descarrila, não bate, ninguém morre ou sai ferido, o “incidente” não consta dos registros. Afinal, “nada aconteceu”. Nessa medida, não há culpa e nem castigo.Estou positivamente surpreso com a matéria da jornalista Carol Rocha, do Diário de São Paulo, repro-duzida em nosso BLOG – São Paulo Trem Jeito. Ela relata um “quase acidente”, que poderia ter ceifado vidas de vários ferroviários da CPTM, tendo por repetitiva causação trabalhadores da via permanente e maquinista não saberem uns dos outros quanto à localização no tempo e no espaço ao longo da via.Apenas essa jornalista publicou matéria sobre esse “incidente”, ao menos pelo que é de meu co-nhecimento. Ninguém está percebendo que os acidentes que se tornam notícia (pois passíveis de culpa e castigo) são apenas a ponta de um gigantesco iceberg.Enquanto ninguém se pergunta sobre as razões sistêmicas deles todos, resta esperar pelo próximo acidente, e pelo “culpado da vez”.

Por Éverson Paulo dos Santos Craveiro

Este artigo foi reproduzido no caderno Dia a Dia do Jornal Diário de São Paulo em 12/03/2012.

CPTM tem dez dias para apresentar documentos e resultados de investiga-ção sobre acidente que vitimou três trabalhadores no final de 2011

Após cobrar duas vezes, oficialmente, a sua parti-cipação nas investigações da CPTM, em relação ao acidente ocorrido no dia 27 de novembro de 2011 que vitimou três pessoas, nosso Sindicato através de ofício encaminhado na tarde de quarta feira (20), requereu a apresentação no prazo máximo de dez dias de toda a documentação referente ao ocorrido, incluindo a que compõe a investigação.

Pedimos a todos os associados do Sindicato que, qualquer mudança de endereço, telefone ou e-mail , seja informada na secretária da subsede de Presidente Altino. Essa atualização também poderá ser feita pelo telefone: (11) 3681-8550 ou pelo e-mail: [email protected]

Avisos da Secretaria

Page 3: Jornal: O Movimento / Junho 2012

Uma campanha desafiadora e surpreendente

Se pensarmos como definir a Campanha Salarial de 2012, talvez as palavras que mais

se encaixem sejam: desafiadora e surpreendente.Além de discutir pontos como o re-ajuste salarial, aumento do tíquete refeição e a garantia do pagamen-to do Programa de Participação de Resultados (PPR) - conquistado em 2011, a categoria teve como principal desafio, a manutenção e melhoria do PPR 2012, a conquis-ta de uma movimentação justa no Plano de Cargos, Carreiras e Salá-rios – PCCS, o adicional de risco de vida ao pessoal de estação e se-riedade no que diz respeito à saúde e segurança no trabalho.

A pauta de reivindicação e o inicio das negociações

Após uma negociação vitoriosa em 2011, em 26 de janeiro deste ano, os ferroviários reuniram-se pela primeira vez na sede social do nos-so Sindicato, onde discutiram e de-liberaram quanto à pauta de reivin-dicações da categoria e os rumos da campanha salarial de 2012.Os ferroviários levaram para mesa de negociação 81 cláusulas, sendo 12 novas, 03 com ajustes na reda-ção e 66 que foram mantidas de acordo com ACT anterior. As cláu-sulas foram discutidas uma a uma em seis rodadas de negociação en-tre o período de 16 de fevereiro a 28 de Março.Embora por inúmeras vezes tenha faltado transparência por parte da empresa quanto às justificativas em não atender as reivindicações da categoria e, em responder os questionamentos do Sindicato, di-ferentemente dos anos anteriores, a CPTM não solicitou prorrogação nos prazos e trouxe em 19 de mar-ço, uma proposta econômica para mesa de negociação.A proposta era de um reajuste sa-larial em 4,60% (IPC-FIPE / Pe-ríodo de março 2011 à fevereiro

2012) - estendido ao auxilio ma-terno infantil e taxa de ocupação de imóveis, aumento real de 0%, tíquete refeição de R$ 18,82 com 22 unidades ao mês .A proposta foi recusada por nosso Sindicato que, reiterou o pleito da categoria con-forme pauta de reivindicação, ou seja, reajuste salarial de R$ 5,83% (referente ao IVC-DIEESE) - es-tendido ao auxilio materno infan-til e taxa de ocupação de imóveis, mais aumento real / produtividade de 5% e, tíquete refeição no va-lor de R$ 22,00 com 24 unidades mensais. Em 26 de março durante a 5ª ro-dada de negociação, a empresa não apresentou nenhum avanço e a nova desculpa foi a Comissão de Política Salarial.Neste dia, também foram discuti-das as cláusulas novas (com e sem impacto econômico) propostas pe-los Sindicatos e as cláusulas que ficaram pendentes. Dos 37 itens discutidos, 24 não foram consen-sados. Um exemplo disso foi à cláusula do Adicional de Risco de Vida do Pessoal de Estação, onde a catego-ria pleiteou um adicional de 15% sobre o salário nominal, com refle-xo nos demais títulos contratuais. De acordo com a CPTM a cláusula não poderia ser aceita em virtude das restrições de um ofício emitido pela Comissão de Política Salarial e que no seu entendimento o pleito da categoria não tinha justificativa, tendo em vista as condições atuais de segurança nas estações. Rejeitada a justificativa da empre-sa , a cláusula não foi consensada.Outra questão levantada foi a do benefício saúde.A CPTM não acei-tou a proposta apresentada pelo Sorocabana que, solicita a partici-pação das entidades representantes dos trabalhadores no estudo da li-citação. Ainda durante a reunião do dia 26, em concordância com as demais entidades, reiteramos que para

o fechamento do acordo alguns pontos essenciais precisariam ser discutidos e resolvidos, entre eles: PPR 2012, PCCS, Reajuste salarial 5,83% + 5% de ganho real, vale refeição de R$22,00/dia. Todos os sindicatos estavam dispostos a continuar as discussões para um fechamento favorável do ACT.Em resposta, a CPTM disse que le-varia o pleito da categoria para a Diretoria e Órgãos do Governo e sugeriu a prorrogação das negocia-ções até o dia 02/04/2012. Porém, a empresa convocou os Sindicatos para uma nova reunião já na ma-nhã do dia 28 de março.A reunião começou pela discussão do PPR – Programa de Participa-ção dos Resultados 2012. A empre-sa disse que reconhecia a conquista da categoria e que havia elaborado uma proposta já entregue aos Ór-gãos de Governo em 26/09/2011 e que aguardava um posicionamento a respeito, na sequência entregou a cada entidade sindical uma cópia de um ofício direcionado ao CODEC.Em relação ao Plano de Cargos e Salários - PCS a postura da CPTM não foi diferente. Primeiramente fez um relato histórico do plano e entregou a cada entidade sindical uma cópia de um ofício direciona-do ao CODEC.Quanto à proposta econômica a empresa, apresentou o índice de 5,65% como proposta de reajuste salarial, sem ganho real, estendi-do ao auxilio materno infantil e patrimônio / taxa de ocupação de imóveis, mais vale refeição no va-lor de R$ 19,02 (dezenove reais e dois centavos) / dia, com 22 (vinte e duas) unidades mensais.Nosso Sindicato,juntamente com as demais entidades, conside-rou que o índice oferecido ficava aquém da expectativa da categoria, como também não representava o aumento real, desconsideran-do todo o empenho dos empre-gados no crescimento da empre-sa. Portanto manteve o pleito da

categoria e estipulou um prazo a empresa até o dia 09/04/2012.Porém, a CPTM declarou que esta seria sua última proposta na mesa de negociação.

As decisões da categoria

Durante a campanha salarial foram realizadas 6 assembleias. A pri-meira realizada no dia 12 de abril - deliberou quanto à última proposta que havia sido apresentada pela empresa em 28 de maio. Na ocasião, os ferroviários presen-tes recusaram a proposta econômi-ca oferecida pela CPTM.Quanto ao PPR/2012 e PCCS, soli-citaram que a empresa apresentas-se aos Sindicatos e a categoria, o estudo enviado por ela aos órgãos de governo e aprovaram a assina-tura de um acordo parcial das cláu-sulas já consensadas, como garan-tia de cumprimento por parte da empresa.Em vista da forte chuva que aco-meteu a cidade naquele dia, nosso Sindicato sugeriu uma nova data de assembleia para o dia 18 de abril para avaliação e deliberação de um encaminhamento específico quanto às cláusulas econômicas.No dia 18, os ferroviários man-tiveram a posição e recusaram os índices apresentados pela empresa e aprovaram uma contra proposta que foi encaminhada oficialmente a CPTM na manhã do dia 20 de abril.

Assista aos videos da negociação no canal SINFERP do Youtube

http://www.youtube.com/user/SINFERP

Página 03 CapaSindicato dos Ferroviários da Sorocabana - Base CPTM

Page 4: Jornal: O Movimento / Junho 2012

Página 04

O dissidio

Antes mesmo que a categoria pu-desse apresentar sua deliberação quanto à aprovação da proposta apresentada no dia 28 de maio, através de um comunicado / jornal mural veiculado na intranet pelo nº 14/2012 e pelo pop-up nº 45/2012 em 19 de abril, a empresa infor-mou aos ferroviários que havia en-

trado com o processo de Dissidio Coletivo no Tribunal Regional do Trabalho – TRT/SP, com o objeti-vo de evitar a possibilidade de um movimento paredista.Uma primeira audiência foi marca-da no dia 08 de maio. Na ocasião a empresa apresentou uma nova pro-posta de 6% de reajuste Salarial,

onde passou de 1% para 1,34% de acréscimo a título de produtivida-de, somados ao 4,6% (IPC/FIPE) - totalizando os 6%.Nosso Sindicato, juntamente com as demais entidades, reforçou que não poderia aceitar esta contra proposta sem a realização de uma assembleia com a categoria, como também, destacou a existência de outras cláusulas sem consenso en-tre as partes.Ainda com a palavra, apresentamos ao TRT, a posição da categoria em dar continuidade às negociações. A categoria estava disposta a con-quistar tudo o que havia proposto no início das negociações. Diante deste quadro, o Tribunal suspendeu a audiência pelo prazo de 09 dias, para que as partes pu-dessem prosseguir com a negocia-ção e agendou uma nova data para o dia 17 de maio. Também foi de-terminado pelo TRT, que primeira reunião de negociação fosse reali-zada no dia 10 de maio, com a pre-sença de 02 representantes de cada Sindicato mais o advogado, e 02

da empresa mais o advogado.Em cumprimento a determinação do tribunal, sindicatos e empresa voltaram a se reunir em 10 de maio na mesa de negociação, onde a CPTM manteve sua posição apre-sentada perante o TRT e declarou que as negociação estavam encer-radas para ela.Escolhido pelos presentes, infor-mamos que a categoria em assem-bleia realizada anteriormente a au-diência no TRT analisou a proposta e que todas as entidades haviam apresentado uma contra proposta até então sem resposta, e solicitou que a empresa apresentasse uma solução aos itens já que a categoria e Sindicatos estavam dispostos a continuar as negociações até o úl-timo momento, conforme contava em ata da audiência do tribunal.O resultado da reunião foi apresen-tado ao tribunal e cada sindicato agendou uma data de assembleia com os ferroviários representados por suas respectivas bases.

O fim das negociações Em assembleia no dia 22 de maio, nosso Sindicato apresentou a ca-tegoria uma contra proposta enca-minhada pela empresa a todas as entidades, através de um e-mail na tarde do mesmo dia.Na proposta a empresa já sinaliza-va um avanço onde, o reajuste sala-rial seria de R$ 6,17%, correspon-dendo ao IPC/FIPE de 4,60% mais 1,5% de produtividade, estendido às demais cláusulas econômicas e vale refeição de R$ 20,00 – 22 cotas mensais. A empresa também propôs a garantia de pagamento mínimo no cumprimento da PPR no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) para seus empregados.Embora tivesse havido um reco-nhecido avanço, os ferroviários presentes analisaram e reivindica-ram uma melhora na proposta eco-nômica apresentada, como também mantiveram a reivindicação, de um novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários – PCCS, e o adicional de risco de vida ao pessoal de estação.Neste dia, também ficou delibera-do estado de greve até 28 de maio, quando se reuniriam novamente em assembleia. A posição dos ferroviários seria

enviada a CPTM em ofício no dia seguinte, porém, no dia 23 de maio, uma parcela da categoria op-tou juntamente com o metrô, ini-ciar a paralisação de duas linhas da empresa, resultando em uma audiência convocada para tarde do mesmo dia no TRT/SP.Diante dos fatos, os Sindicatos apresentaram a proposta da cate-goria já deliberada na assembleia do dia 28 de maio.Com exceção do índice econômi-co que, foi proposto pelo TRT no momento da audiência, a proposta apresentada foi:Reajuste salarial de 6,63%, que corresponde ao IPC/FIPE do mês de março de 2012, acrescido de 1,94% a título de produtividade, extensivo a todas as cláusulas de natureza econômica, exceto ticket-refeição;Ticket-refeição de R$ 20,00, sen-do 22 cotas mensais sem qualquer desconto, inclusive em férias nos mesmos termos da cláusula pree-xistente;Auxílio-maternidade reajustado pelo mesmo índice de 6,63%;PPR com valor mínimo de R$ 3.000,00 independentemente dos

resultados das metas apuradas com pagamento até o dia 29/03/2013, sob pena de multa conforme re-dação contida no acordo anterior considerada como preexistente;PCS: Criação de comissão e apre-sentação de estudo, no prazo máxi-mo de 90 dias, sob pena de multa em percentual estabelecido nos mesmos moldes da cláusula pree-xistente no PPR anterior;No que tange ao adicional de ris-co de vida, os Sindicatos presentes se comprometem a deliberar em

assembleia a proposta formulada pela Juíza Relatora com vistas à in-serção na pauta de reivindicações do dissídio de natureza econômica, para julgamento por esta.A proposta foi levada a categoria em assembleia no dia 28. Os fer-roviários presentes fizeram uma avaliação e aprovaram a propos-ta apresentada. Em 30 de maio o ACT 2015/2013 e o acordo especí-fico de PPR foram assinados, fina-lizando assim mais uma campanha salarial.

Realizada a primeira audiência dos adicionais de insalubridade e/ ou periculosidade da manutenção de Presidente Altino

Em 21 de março, foi realizada a primeira audiência da ação proposta pelo Sindicato na forma de substituição processual em nome dos associados interessados que, pleiteia o pagamento dos adicionais de insalubridade ou periculosidade nas áreas de manutenção em Presidente Altino.A audiência aconteceu na 38ª Vara do Trabalho, Barra Funda (SP), e definiu o envio de um perito no local para averiguar os fatos alegados entre as partes.A inspeção do perito deverá gerar um laudo que servirá para nova avaliação do juiz.

CapaO Movimento

Page 5: Jornal: O Movimento / Junho 2012

Os bastidores dos acidentes na CPTM

Nos últimos sete meses, cresceu o número de re-gistros de acidentes envol-

vendo funcionários e passageiros da CPTM, três deles, com vítimas fatais.Porém, a sequência desses aci-dentes não é uma novidade para o nosso Sindicato já que, aproxima-damente desde 2003, com ajuda da categoria, vem denunciando siste-maticamente as falhas de seguran-ça da empresa aos órgãos compe-tentes. Nesta edição do Movimento, va-mos conhecer um pouco mais da atuação do nosso Sindicato nos últimos anos no que se refere a Segurança do trabalho, pública e patrimonial.

Segurança do Trabalho

Segurança do trabalhador é sem dúvidas uma das prioridades do nosso Sindicato. Somos uma das poucas entidades representantes de ferroviários que mantém uma equipe especializada para isso. Em todos os acidentes ocorridos nos últimos meses, nós estivemos presentes e sempre com a catego-ria, auxiliamos todas as investiga-ções. Denunciamos e cobramos um po-sicionamento sério da empresa em relação aos colegas que perderam a vida nos trilhos. Nossa bandeira hoje, é que exista um órgão espe-cializado em fiscalização da ferro-via. Durante o ano de 2011, nosso Sin-dicato realizou seis reuniões com os responsáveis pelo departamento de segurança do trabalho e saúde ocupacional. Uma vez por mês, nossa equipe realiza inspeções nas estações, oficinas de manutenção e leito ferroviário. As denúncias são feitas de maneira anônima através da categoria em conjunto com as atas da CIPA.Com o resultado dessas inspeções, nosso Sindicato aciona os órgãos de governo competentes, entre eles: corpo de bombeiros, prefeitu-ra, vigilância sanitária, ministério do trabalho.Um bom exemplo é o TAC – Ter-mo de Ajuste de Conduta, assinado pela empresa após as irregularida-des encontradas por nosso Sindi-cato no pátio de Presidente Altino em Osasco – SP e que foram de-nunciadas ao Ministério Público do Trabalho.

As fiscalizações do Pátio de Presidente Altino

Após inúmeras tentativas de so-lucionar os problemas de saúde e segurança do trabalho com os gestores da empresa, munidos de

documentos comprovando as ir-regularidades encontradas durante as inspeções realizadas por nossos diretores e Engenheiro do Tra-balho, David Bason, no Pátio de Presidente Altino ao longo do ano de 2007, a CPTM foi autuada pelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Na ocasião foi concedido um prazo à CPTM para resolução das falhas.Porém, com a ajuda da categoria em fiscalizar se as irregularidades estavam sendo sanadas. Nosso Sindicato pode então reunir no-vos documentos, apresentá-los ao MTE e comprovar que a empresa não havia solucionado os proble-mas.Em 2008, o MTE enviou um au-ditor fiscal até à CPTM, a fim de fiscalizar de perto as pendências apontadas por nosso Sindicato e categoria. O resultado não poderia ter sido outro, a empresa não havia solucionado muitos dos proble-mas encontrados, entre eles, falta de EPI’S em diversos locais de trabalho, auto de vistoria do cor-po de bombeiro, necessário para funcionamento de qualquer esta-belecimento, laudos técnicos de instalação elétrica e de para-raios, condições precárias de mobiliá-rios, falta de laudos técnicos das condições ambientais de trabalho que, impedem os trabalhadores de ganharem periculosidade ou insa-lubridade e CCO’S com jornada e escalas de trabalho estressantes.A intransigência dos gestores da empresa resultou em 45 multas para CPTM. O Sindicato continuou com as vis-torias em Presidente Altino, muitos ofícios foram encaminhados e me-sas redondas convocadas não com a finalidade de multar a empresa, mas de evitar acidentes, a exemplo destes que estamos acompanhando nos últimos cinco meses. A CPTM mais uma vez, não solu-cionou os problemas. Então, em 08 de setembro de 2011, em ação conjunta do nosso Sindicato com o Ministério Público do Trabalho/ Procuradoria Regional de Osasco, a empresa assinou de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), com o objetivo de se adequar às normas jurídicas regentes do meio ambien-te do trabalho, sob pena de multa diária no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

Dados da época que contribuíram para assinatura do TAC – Termo de Ajuste de Conduta

• Foram realizadas 20 inspeções de saúde e segurança do tra-balho pelos nossos diretores, supervisionadas pelo engenheiro do trabalho do Sindicato. Todos esses resultados foram encaminhados ao Ministério Público do Trabalho.• Entre os anos de 2007 e 2009, foram registrados 141 aci-dentes de trabalho nas linhas 08 e 09. Ressaltando que dentro deste número, encontramos diversas situações, desde a perda de membros até escorregões na estação. • Adicional de Periculosidade e Insalubridade (Pátio de Pre-sidente Altino) – 61 funcionários que exercem atividades de risco, nocivas a saúde, não recebiam o adicional e 5 funcionários que, passaram a receber depois de ações movidas individualmente pelo nosso Sindicato através do departamento jurídico.• Atas das 6 reuniões (mesa redonda), que foram realizadas a fim de solucionar os problemas encontrados.

CIPA é coisa séria

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA é sem dúvida uma das ferramentas mais impor-tantes para a segurança e saúde no ambiente de trabalho.O Sindicato da Sorocabana acom-panha todas as atas da CIPA. Estas

são de total importância para sub-sídio de nossas fiscalizações e reu-niões com órgãos governamentais. Nas últimas eleições, em fevereiro deste ano, dois dirigentes do nosso Sindicato foram eleitos para acom-panhar de perto as denúncias apu-radas pela CIPA e auxiliar no que for preciso para que se cumpram as normas de segurança do trabalho.

Segurança Pública

Tragédias Anunciadas

Contrariando algumas questões le-vantadas nos últimos meses, pode-mos dizer que a ineficiência do tão elogiado sistema somado a falta de investimento em infraestrutura já havia dado sinais de acidentes.

ManutençãoPrecarizada

Via Permanente

Na madrugada de 19 de julho de 2011, uma antiga queixa do Sindi-cato sobre o descaso na manuten-ção das linhas férreas foi compro-vada. Um trem de carga, composto de

seis vagões, transportava arroz beneficiado de Presidente Altino até Domingos de Moraes, quando descarrilou próximo da estação de Osasco, afetando a circulação da linha 09 durante toda a manhã da-quela terça-feira (19/07).Nosso Sindicato esteve no local e juntamente com uma análise do restabelecimento, constatou que o trilho estava trincado, por isso, o descarrilamento.O problema foi denunciado à im-prensa que procurou a CPTM para maiores esclarecimentos. Em res-posta a empresa disse que, os téc-nicos presentes no local e consta-taram que a ruptura no trilho foi consequência do descarrilamento e que a empresa abriria sindicância de no máximo 30 dias para apurar as circunstâncias do acidente. O pedido de sindicância realmen-te foi aberto, porém,não houve a apresentação do resultado.Quase um mês após o ocorrido, em 13 de agosto, um novo descarrila-mento também com um trem de carga na linha 08, supostamente pelo desgaste de boleto, afetou a circulação e prejudicou milhares

Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana - Base CPTM Página 05 Destaques

Page 6: Jornal: O Movimento / Junho 2012

de usuários. Mais uma sindicância aberta, sem nenhuma resposta ao Sindicato, categoria e usuários.Em 16 de fevereiro deste ano ficou famoso o trem de passageiros da sé-rie 7000 que, vazio descarrilou na proximidade da Estação Ceasa.O acontecimento intrigou a imprensa e a opinião pública, quando nosso Sindicato, com o apoio da catego-ria, denunciou o isolamento de um sensor vindo de fábrica que, avisa o maquinista quando algum vagão sai do trilho. O sensor foi desativa-do pela empresa por ser sensível e a linha férrea é antiga.Questionados, mais uma vez a em-presa abriu uma sindicância que, diferentemente das outras, apu-rou todos os fatos em vinte quatro horas e na tradição “abafa”, pela qual tem se pautado a direção da CPTM, o maquinista foi demitido por justa causa.Nosso Sindicato já deu todo o res-paldo necessário ao maquinista de-mitido. E continua auxiliando nas investigações.

Série 5000

Matéria publicada pelo Sindicato em 2009

Em dois anos...

Na época da licitação da série 5000,a empresa alegou que tudo esta-va dentro dos padrões pré-definidos de confiabilidade, disponibili-dade, tempo de reparo, renovação total da frota para modernização da linha 8 (Diamante), em um prazo de dois anos. O que ainda não aconteceu. Embora a empresa tenha comprado novos trens, não foi feito um investimento sério em infraestrutura, ou seja, as locomotivas são avançadas para nossa ferrovia. Diante disso, os trens novos acabam apresentando problemas, causando mais manutenção corretiva do que deveriam. Sem peças e uma manutenção adequada, a empresa tenta suprir os problemas colocando os trens de outras linhas, na linha 08 – Diamante.

Entre os principais problemas de segurança denunciados pelo nosso Sindicato, também podemos en-contrar a terceirização da manu-tenção dos trens da série 5.000. Desde sua concessão em junho de 2010, a população sofre com cons-tantes atrasos desses trens, aumen-to de intervalo, sucateamento e acidentes. Lembrando esses trens são responsáveis pelo transporte médio diário de 407.000 (quatro-centos e sete mil) passageiros.Em outubro de 2009, nosso Sindicato ajuizou uma ação na tentativa de impedir a concessão da manuten-

ção preventiva e corretiva da série, tendo em vista o excelente serviço que já seria prestado pelos funcio-nários da CPTM, porém, não foi possível impedir o processo licita-tório. Menos de um ano após a conces-são, no dia19 agosto de 2010, a nova manutenção apresentou os primeiros problemas deixando 25 mil passageiros sem transporte. Na ocasião, o até então governador do estado, Alberto Goldman (PSDB)- admitiu as falhas das composições e determinou um prazo para so-lução dos problemas. No mesmo dia, em entrevista ao JT e carta aberta à população, nosso Sindi-cato mais uma vez demonstrou seu posicionamento e deixou claro que nunca foi contrario aos planos de expansão, porém, não concordava em ignorar a experiências dos fer-roviários neste processo já que, os funcionários novos não possuem agilidade e conhecimento nos equipamentos da série 5000, por se tratar de uma frota antiga, cheia de especificações.Mesmo com a comprovação dos problemas previstos por nós na ter-ceirização da série 5000, em Junho de 2011, a empresa realizou uma audiência pública, onde somente ela pode se pronunciar, com o ob-jetivo de legitimar a transferência dos serviços de manutenção para empreiteiras das demais composi-ções.Na ocasião, ferroviários liderados pelo nosso Sindicato estiveram presentes e entregaram questões que nunca foram respondidas de forma clara e objetiva do porque terceirizar algo que exige compro-metimento.

As Sindicâncias De acordo com dados disponibilizados na intranet da empresa, só no ano de 2011, foram abertas vinte e duas sindicâncias para apurar ocorrências, denúncias e irregularidades. Todas com um prazo para conclusão de 30 dias, porém até o momento, os resultados são desconhecidos por nosso sindicato.

Confira algumas ocorrências com sindicâncias abertas com prazo de 30 dias sem apresentação dos resultados:

Ferroviários de via permanente temem pela vida e pedem revisão das normas de segurança

Uma das principais preocupa-ções da categoria discutidas em reuniões no Sindicato e na CIPA são as normas de segurança que se referem à execução de obras e serviços ao longo da via - em especial aos trabalhadores de ma-nutenção corretiva. Tal preocupa-ção não é para menos, afinal, em apenas sete meses foram regis-tradas seis mortes por atropela-

mento na via permanente, quatro delas de ferroviários experientes.No inicio deste ano em Barue-ri, um trem de passageiros atin-giu todo equipamento da equi-pe de manutenção que fazia a troca de dormentes na via. Por mera sorte, ninguém se feriu.Nosso Sindicato conversou com alguns trabalhadores que atuam na manutenção da via permanente e

de maneira unânime, todos disse-ram que não sentem nenhuma se-gurança para execução do trabalho.De acordo com eles, além de uma comunicação precária, fal-ta mão-de-obra e materiais para a execução do serviço.A revisão das normas já foi so-licitada pela CIPA ao DRHS da CPTM. Em resposta, a empresa pediu que os problemas encontra-

dos fossem pontuados - um a um, para que assim possam estudar a possibilidade de uma revisão.Vamos conferir na página 07 al-guns pontos previamente apon-tados por estes trabalhadores que, podem servir de subsidio ao inicio de um estudo com o objetivo de auxiliar na revisão.

O Movimento Página 06 Destaques

Page 7: Jornal: O Movimento / Junho 2012

Manutenção Corretiva

Autorização de Acesso – Será que é confiável?

Para o técnico entrar na via é ne-cessário a aprovação do Centro de Controle Operacional – CCO, me-diante análise das condições opera-cionais de momento e certificação da mobilização de todas as equipes envolvidas na execução do servi-

ço, afinal, ele é o principal respon-sável pelo controle da circulação de trens e veículos ferroviários.Claro que não haveria problemas em autorizar uma equipe de técni-cos entrarem na via, se não houves-se tantas falhas sistêmicas, como por exemplo, o sumiço de trens no painel sinóptico do controlador – denunciado pelo nosso Sindicato.

Quando o trem “some” da tela, controladores do CCO e maqui-nistas dependem – à distância, e apenas por rádio – uns dos outros. E muitas vezes o controlador não tem condições de avisar todos os trens.

O trabalho de intervenção – Está faltando mão de obra.

Para realizar os trabalhos de manu-tenção na via, o técnico tem como obrigação iniciar pela sinalização do trecho com placas e/ou bandei-ras de advertência e sinalizadores portáteis. No caso de serviços ao longo da via que necessite caute-la, no decorrer do período de tra-balho, dois sinaleiros com apitos apropriados que devem ficar a 450 metros à frente do local e 450 me-tros atrás do local onde está sendo realizada a intervenção.De acordo com os entrevistados, atualmente as intervenções na via são feitas por dois trabalhadores, o que dificulta na hora de execu-tar o trabalho, pois, para cumprir todas as determinações da norma

seriam necessárias no mínimo uma equipe de oito pessoas. Uma ma-temática simples, afinal enquanto quatro içam as placas de redução de velocidade, dois sinalizam com bandeiras e apitos, e dois iniciam a manutenção do trecho. Vale lembrar que nem sempre se sabe o local exato do defeito, portanto, pessoas auxiliando na sinalização diminuem os riscos de acidentes.

A falta de equipamentos

A norma pede a todos os envolvi-dos no atendimento de falhas em região de tráfego que, além de adotar uma proteção coletiva, use também um sinalizador portátil. Porém, esse sinalizador necessi-ta de um suporte que, segundo os trabalhadores não é fornecido pela empresa, tornando inviável o seu uso, afinal, em duas pessoas não é possível segurar o sinalizador, içar as placas e corrigir o defeito na via.

Se você também trabalha na manutenção da via permanente e quer contribuir com alguma sugestão envie um e-mail para : [email protected]

Processo dos Tíquetes – Exemplo de sucesso nas ações movidas pelo Sindicato.

O Sindicato disponibiliza atendimento jurídico gratuito a todos os associados de segunda a quarta, das 09h00 às 13h00, na sede social de Presidente Altino – Osasco (SP). Com uma equipe altamente capacitada para atuar em qualquer área trabalhista e derivadas, têm obtido grande sucesso nas ações movidas em face de nossos associados. Um bom exemplo é o processo dos tíquetes. Somente nossa entidade ingressou com a ação e beneficiou mais de mil ferroviários associados ao Sindicato da Sorocabana.No dia 02 de abril, os associados do Sindicato na época do processo, foram convocados para receber informações quanto ao pagamento dos 2%.

Você é um dos favorecidos do processo? Saiba como proceder.

Os favorecidos deverão comparecer a sede social do Sindicato portando um documento com foto (RG/Crachá) - para conhecimento dos valo-res e preenchimento da autorização de pagamento. Não serão fornecidos valores por telefone.

Casos específicos : Em relação aos associados da época do processo que não constam na lista de favorecidos, deverão trazer cópias dos hole-rites entre setembro de 2001 a fevereiro de 2002.

Quanto a associados falecidos:Para Viúvos

- Cópia de certidão de casamento;- Cópia Atestado de óbito;

- Cópia RG/CPF do dependente e do associado;- Cópia do Comprovante de pensão da Previdência Social;

- Cópia ou número de Inventário, caso exista;Para Filhos

- Cópia de certidão de casamento (pai e mãe);- Cópia Atestado de óbito (pai e mãe);

- Cópia RG/CPF do dependente e do associado;- Cópia ou número de Inventário, caso exista;

Quanto a associados impossibilitados por algum motivo:Para o responsável legal

- Cópia autenticada de procuração ou documento de curador; - Cópia do RG/CPF do associado e do responsável legal;

Todos esses casos serão analisados pelo Sindicato junto aos departamentos de consignações e jurídico, para que sejam tomadas as devidas providencias.

Confira a lista de favorecidos - entre em contato pelo telefone (11) 3681-8550 (falar com Cláudia).

Página 07DestaquesSindicato dos Ferroviários da Sorocabana - Base CPTM

Page 8: Jornal: O Movimento / Junho 2012

Encontro com VICENTE ABATE no Sindicato da Sorocabana

Depois do encontro com Paulo Roberto Filomeno e a “História da Ferrovia em São Paulo”, com Peter L. Alouche e “Por que não VLT?”, a Campanha São Paulo TREM Jei-to promove no Sindicato da Soro-cabana – Base CPTM - “Encontro com VICENTE ABATE”, presi-dente da ABIFER – Associação Brasileira da Indústria Ferroviária.É a oportunidade para todos os ferroviários tomarem conheci-mento dos planos presentes e futuros do transporte ferrovi-ário de cargas e de pessoas no Brasil, diretamente pelo repre-sentante dos setores produtivos.Mais do que isso, é a oportuni-dade para posterior debate entre os presentes, uma vez tratar-se de assunto de interesse nacional.O Encontro com Vicente Aba-te ocorrerá no dia 3 de julho, com início as 19h30, na sede so-cial do nosso Sindicato, em Pre-

sidente Altino – Osasco – SP.A participação é gratuita, e o Sindi-cato concederá certificado de par-ticipação a todos os inscritos que estiverem presentes ao encontro.Por motivo de organização, os interessados devem solicitar mo-delo de inscrição pelo e-mail [email protected]

Realizado o primeiro Encontro de Capacitação Sindical

No início deste ano, os dirigentes do nosso sindicato estiveram na sede social em Presidente Altino, Osasco (SP), para o primeiro Encontro de Capacitação Sindical.O objetivo do encontro foi capacitar nossos dirigentes quanto à leitura de cenários e planejamento de ações de interesses dos trabalhadores na empresa e na sociedade.

1º Fórum Sobre Transporte e Trânsito em Osasco e Região

Sindicato foi o único representante ferroviário a apresentar sugestões de mobilidade sobre trilhos.

Com o objetivo de buscar soluções para a demanda crescente do transporte ur-bano – com a participação da sociedade, nosso Sindi-cato recebeu em maio - o 1º Fórum Sobre Transporte e Trânsito em Osasco e re-gião.Aberto a população, o evento aconteceu em nossa sede social em Presidente

Altino – Osasco (SP), e contou com as presenças do Secretario Munici-pal dos Transportes, o Engenheiro Waldir Ribeiro Filho, da Organização de Pesquisas e Estudos Metropolitanos – OPEM, o Centro de Proteção Ambiental – CEPROA, além de diversas entidades Sindicais.Representado por Rogério Centofanti (consultor), nosso Sindicato foi o único a apresentar sugestões de mobilidade sobre trilhos.Centofanti falou da decadência dos entornos das estações ferroviárias devido ao descaso das prefeituras, e destacou a importância de estudos e investimentos por parte do município ao que se refere a transporte sobre trilhos como meio para desafogar o tráfego de veículos automotivos, e reduzir os níveis de poluição sonora e do ar – O VLT foi um dos exem-plos citados por ele.Com a palavra, o Secretario Municipal dos Transportes, Waldyr Ribeiro Filho, elogiou a postura do nosso Sindicato em apresentar um projeto de grande importância para discussão.O fórum seguiu com o esclarecimento de dúvidas por parte dos presentes e terminou sem uma agenda para novos encontros.

Curso de História da Ferrovia em São Paulo supera expectativas e emociona os presentes

“Uma visão completa da história da ferrovia em São Paulo” – esta frase foi à definição de um participante do curso ministrado pelo ferroviarista e historiador Paulo Roberto Filomeno, nos dias 06 e 08 de março na sede social do nosso Sindicato, em Osasco (SP).De forma apaixonante, Paulo falou do inicio da ferrovia até a sua privati-zação, baseando-se em fantástico acervo histórico e pesquisas realizadas por ele ao longo de sua carreira. Ferroviários presentes se emocionaram ao rever fotos e vídeos dos trens regionais, extintos pelo governo. “Se as informações foram reveladoras para nós, que vivemos ao menos parte dessa história, embora escapando da lembrança, o que dizer para as novas gerações que nem mesmo imaginam esse passado”, afirmou Adriano Marto, neto de ferroviário.

Fique por dentro da agenda de cursos/palestras e eventos realizados pelo Sindcato.

Acesse: www.saopaulotremjeito.org.br

Você realmente sabe o que seu Sindicato faz?

- Negociação

Muitos ainda pensam que a negociação é só a campanha salarial, po-rém, isso não é verdade. A negociação não se trata apenas de salários, mas da manutenção de condições dignas de trabalho e isso acontece durante todo o ano.

- Campanha Salarial

Na campanha salarial, a ação sindical caracteriza-se pelo poder de ajustar a CLT, nas quais serão fixadas regras a seres aplicadas nos acordos coletivos da categoria.

- Assistência a Categoria

O Sindicato presta assistência à categoria durante todo o ano, como por exemplo, o atendimento jurídico gratuito, fiscalizações de saúde e segurança do trabalho.

- Representação

A representação sindical vai além da trabalhista. A exemplo do nosso Sindicato, que atua em todo país como o principal defensor da categoria ferroviária, falando sobre a importância dos ferroviários no passado, presente e futuro.

Quer saber mais? Acesse: www.sinferp.org.br

Conheça nosso Sindicato! Associe-se!

Presidente: Rubens dos Santos Craveiro Conselho Editorial Alessandro Viana, Débora Ramos Kojima,

Evângelos Loucas (Grego), Éverson Paulo dos Santos Craveiro, Múcio Alexandre Bracarense e Rogério Centofanti. /

Jornalista Responsável : Camila Mendes / Diagramação: Camila Mendes / Publicação do Sindicato da Sorocabana - Base CPTM / Tiragem 2000 exemplares

Telefone: (011) 3681-8550/ E-mail: [email protected] / Endereço: Rua Reverendo João Euclides Pereira, 29 - Presidente Altino - Osasco - SP

Cep: 06216-280

Expediente

O Movimento Página 08 Em pauta