jornal o foco ed. 118 - notícia com nitidez

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"NÃO TENHO PARA ONDE IR" Valdineia Madalena da Silva, 45 anos, observa viaturas da polícia e caminhões que vão recolher seus pertences do barraco em área invadida. Ao fundo, seu marido e filha. Esta é uma das 300 fa- mílias que sofreram abordagem a fim de cumpri- mento de ação de reitegração de posse. Drama social é frequente na região e revela precariedade no setor de habitação em Itaguaí O FOCO jornalofoco.com.br Ano 6 | Edição 118 25 de novembro de 2011 Diretor: Thiago Melo [POLÍTICA] Picciani revelador [URBANISMO] Abandono e vandalismo Praça Vicente Cicarino (foto ao lado), no centro de Ita- guaí é um local depredado, com buracos, mau cheiro, árvores que precisam de poda, insegurança e falta de manutenção em geral. Página 2 Sindicato e Câmara discutem Plano de Cargos e Salários [FUNCIONALISMO] Jovem escreve romance cristão. Ela é de Mangaratiba. [CULTURA] Confira nesta edição a primeira parte da entrevista do presidente estadual do PMDB e saiba quem é o pré-candidato do partido em Mangaratiba Anúncio do nome do pré-candidato não sela destino da sigla na cidade. José Luiz e Edinho comentam as declarações de Picciani e revelam seus posicionamentos sobre a escolha do partido para o pleito de 2012. Na próxima edição tudo sobre a movimentação peemedebista em Itaguaí. Página 11 EXCLUSIVO Pág. 15 Conheça histórias incríveis do alojamento da universidade [RURAL] Pág. 5 Pág. 12 CAIO ASSIS THIAGO MELO THIAGO MELO Página 3

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Notícias sobre o cotidiano dos municípios de Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica. Informação sobre política e os bastidores do poder. Cultura, Esporte, Comportamento e muito mais

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Page 1: Jornal O Foco Ed. 118 - Notícia com Nitidez

"NÃO TENHO PARA ONDE IR"

Valdineia Madalena da Silva, 45 anos, observa viaturas da polícia e caminhões que vão recolher seus pertences do barraco em área invadida. Ao fundo, seu marido e filha. Esta é uma das 300 fa-mílias que sofreram abordagem a fim de cumpri-mento de ação de reitegração de posse. Drama social é frequente na região e revela precariedade no setor de habitação em Itaguaí

O FOCOj o r n a l o f o c o . c o m . b r

Ano 6 | Edição 11825 de novembro de 2011Diretor: Thiago Melo

[POLÍtICA]

Picciani revelador

[URBANISMO]

Abandono e vandalismoPraça Vicente Cicarino (foto ao lado), no centro de Ita-guaí é um local depredado, com buracos, mau cheiro, árvores que precisam de poda, insegurança e falta de manutenção em geral. Página 2

Sindicato e Câmara discutem Plano de Cargos e Salários

[FUNCIONALISMO]

Jovem escreve romance cristão. Ela é de Mangaratiba.

[CULtURA]

O FOCO Ano 6 | Edição 11825 de novembro de 2011Diretor: Thiago Melo

Confira nesta edição a primeira parte da entrevista do presidente estadual do PMDB e saiba quem é o pré-candidato do partido em Mangaratiba

Anúncio do nome do pré-candidato não sela destino da sigla na cidade. José Luiz e Edinho comentam as declarações de Picciani e revelam seus posicionamentos sobre a escolha do partido para o pleito de 2012. Na próxima edição tudo sobre a movimentação peemedebista em Itaguaí. Página 11EXCLUSIVO

Pág. 15

Conheça histórias incríveis do alojamento da universidade

[RURAL]

Pág. 5

Pág. 12

CAIO ASSIS

tHIAgO MELO

tHIA

gO

MEL

O

Página 3

Page 2: Jornal O Foco Ed. 118 - Notícia com Nitidez

O FOCO Sexta-feira, 25 de novembro de 20112

c o t i d i a n o

[Caio Assis][email protected]

“O que tem aqui? Na-da, é a praça da miséria!” - foi assim que o coordena-dor operacional Celso Pe-dro Francisco, de 62 anos, definiu a Vicente Cicari-no, principal praça da ci-dade. De acordo com Cel-so Francisco e outros mo-radores, os problemas da praça permeiam todos os campos: segurança, limpe-za, conservação, ilumina-ção, dentre outros.

MUITOS PROBLEMASOs munícipes cobraram.

O FOCO atendeu e foi até o local ver o estado de con-servação. As árvores, que necessitam de poda, tam-pam os postes de luz e se apóiam perigosamente so-bre os fios de energia elétri-ca. Isto impossibilita uma iluminação de qualidade e põe a vida dos frequenta-dores em risco. Além das árvores, os moradores re-clamam também da higie-ne do local: “Tem mendigo, cachorro, falta banheiro e lixeiras” – constata o agen-te de saúde José Marcelo.

DESORDEM E VANDALISMOA praça Vicente Cicarino

é uma das que compõem o centro da cidade: são duas, uma ao lado da outra. Na maior delas, a maioria dos problemas: buracos e par-

tes destruídas que impe-dem a locomoção, um lago artificial vazio e quebrado que acumula água da chu-va e vira foco de doenças, calçamento rachado, de-sordem, árvores sem poda, bancos também quebra-dos. À noite, a praça, que é local de encontro, rece-be muitos jovens e tem um intenso comércio: sanduí-ches, sorvetes, pipoca etc. Nas madrugadas em dias de semana, pessoas sem teto dormem no local, há mau cheiro por toda par-te e ocupação desordena-da de camelôs.

Na praça menor, que complementa a principal, algum gaiato “vestiu” a estátua do Barão de Teffé com a camisa de um uni-forme de escola pública:

vandalismo e abandono contribuem para a péssi-ma impressão que a praça causa nos moradores e visi-tantes de Itaguaí.

ASSALTOS PREOCUPAMNa madrugada de sex-

ta-feira (18) – dia da visita de O FOCO – ocorreu um furto a uma comerciante da praça. “Arrombaram a loja por volta das 2h da manhã e levaram aparelhos de ce-lular que custavam até R$ 2 mil” – disse Vania Lima, uma das donas da loja de celular no local. Vania dis-se ainda que não foi a pri-meira vez que aconteceu: “Assaltaram a loja ao lado três vezes esse ano”.

SOLUÇÃOAté o prazo do fechamen-

to da matéria – quarta-feira (23) ao meio-dia – o secre-tário de obras, Jack Fernan-des, não respondeu à repor-tagem. O FOCO também procurou a secretaria de se-gurança a fim de esclare-cer sobre ocorrências no lo-cal. No entanto, a Secreta-ria não disponibiliza um e--mail para contato, e o tele-fone da repartição apresen-tou alguns problemas.

[URBANISMO]

"Praça da miséria"Munícipes se queixam da falta dereforma na Vicente Cicarino

“Antigamente tinha peixe

dentro desse lago. E hoje, ele é foco

de doenças”

Celso Francisco,morador

Caos: sujeira e má pavimentação são um incomodo para quem frequenta a praça

FOtOS CAIO ASSIS

[rápidas]

Quem Quer ser um bilionário?Quem não gostaria de ter os bilhões de Eike Batis-

ta? Se você é um desses, pode ter uma pista de co-mo conseguir com a leitura de “O Xis da Questão” – livro de Eike Batista, um dos empresários mais ricos do mundo. O livro é uma parceria dele com o jor-nalista Roberto D’Avila e será lançado pela Editora Sextante. O escrito segue a linha de autoajuda pa-ra empresários. “É a história empresarial dele. Con-ta suas idéias e negociações. Para as pessoas enten-deram como ocorreu o sucesso.” – diz D’Avila. Além da carreira, a vida do empresário também vai virar livro. O jornalista Alan Riding, do “New York times”, vai escrever uma biografia do empresário. A previ-são de lançamento é para 2013.

Prefeitura de mangaratiba melhora iluminação em muriQuiDepois de Itacuruçá, chegou a vez de Muriqui

receber reformas na iluminação pública. Nas ru-as do entorno da orla do distrito ocorre troca de postes e da rede aérea, instalação de transforma-dores e demais reparos. As melhorias devem ter-minar até o fim do ano. O secretário Humber-to Vaz informou que no próximo mês a prefeitura vai instalar em toda a cidade lâmpadas mais efi-cazes e com baixo consumo.

A secretaria de Saúde da prefeitura de Manga-ratiba, por meio do Cen-tro de Atenção Psicos-social (Caps), sediará no dia 29 o I Fórum de Saú-de Mental, Álcool e ou-tras Drogas. O encon-tro reunirá profissionais de saúde mental da Baía da Ilha Grande para de-bater temas como avalia-ções, diagnósticos e me-tas para a região. O fó-rum acontece no Centro Cultural Cary Cavalcan-ti – Rua Fagundes Varela, 146 - centro, às 9h.

O encontro vai abran-ger temas como projetos de melhoria no atendi-mento para 2012 e huma-nização no atendimento aos pacientes.

[MANgARAtIBA]

Fórum debate saúde mental, álcool e outras drogas

Vandalismo e abandono

contribuem para a péssima

impressão que a praça causa nos

moradorese visitantes de Itaguaí Vania Lima foi assaltada na madrugada de sexta (18)

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Sexta-feira, 25 de novembro de 2011 O FOCO 3

[HABItAÇÃO]

[Jupy Junior][email protected]

“Não temos para on-de ir” – disse Edna da Sil-va Freitas, 23 anos. Ela es-tava acompanhada de Isa-bel, sua mãe (aos prantos), Idna (irmã) e cinco crian-ças. Elas formam uma das 300 famílias que se viram às voltas, de repente, com a remoção dos vários bar-racos que há quatro meses passaram a ocupar uma área relativamente grande entre a Rio-Santos e a linha férrea que corta Itaguaí. A empresa Grumey Arma-zéns Gerais, do Rio de Ja-neiro, obteve um mandado de reintegração de posse e

cerca de 30 policiais em várias viaturas, dois cami-nhões e um trator foram executá-lo. A ação gerou protestos e revelou o dra-ma de gente que diz não ter onde morar.

RESTOS DE MADEIRAOdete Oliveira Batista,

51 anos, mora com a neta Talita (de apenas 3) em um dos barracos. Ela partici-pou da invasão porque re-cebeu a notícia de algumas pessoas de que poderia ocupar um dos lotes, histó-ria que todos os outros en-trevistados reproduziram. Odete tem dentro do seu barraco uma cama, gela-deira, móveis de cozinha, colocou telhas e fez outras “melhorias”. Gleison, seu

filho, também fez um bar-raco mais acima.

Valdinéia Madalena da Silva, 45 anos, disse: “que-rem jogar a gente na rua,

não temos para onde ir”. Ela plantou feijão, abóbo-ra, banana, melão no quin-tal onde tem um barraco sem luz nem água. Um po-

ço começou a ser cavado para abastecer barracos vi-zinhos. Ela trabalha no Ca-dena como cozinheira, ga-nha um salário mínimo.

PASTOR E SEM TETOHá indícios de que a in-

vasão foi organizada e que lideranças se agitam para tentar derrubar o manda-do de reintegração de pos-se. Alguns moradores men-cionaram os nomes do pas-tor Beto e Alcinei. Na porta da prefeitura, por volta das 13h, um grupo aguardava instruções e esperava uma definição de um “advogado do Rio”. O FOCO tentou obter informações na prefei-

tura, mas agentes da Guar-da Municipal impediram a entrada da equipe sem ne-nhuma justificativa. Mais tarde o repórter conseguiu entrar, procurou o assessor de imprensa Enos Lage e não o encontrou. A prefeitu-ra não enviou qualquer in-formação para a imprensa.

COMPRA HÁ 35 ANOSUm dos advogados da

empresa, Mauro Dias, dis-se a O FOCO que o terre-no foi comprado de uma imobiliária há 35 anos. Ele revelou também que o es-critório da família do pro-curador-geral de Itaguaí - Alexandre Oberg - é que obteve a reintegração de posse na justiça. Oberg esteve no local e disse a O FOCO que não sabia da representação. “Estou aqui apenas pelo municí-pio” - declarou. Mais tar-de, na prefeitura, disse que estava no local “apenas de passagem” e que não po-dia falar do assunto.

Lideranças se agitam para

tentar derrubar o mandado

de reintegração de posse

Drama, barracos e políciaterreno às margens da Rio-Santos revela grave problema social

Há gente de todas as idades,

barracos de vários tipos identificados com o nome do “proprietário”

Viaturas da polícia no local da execução da reintegração de posse com barracos ao fundo: drama social em Itaguaí revela carências e confrontos

Odete Oliveira Batista, 51 anos. Ela mora dentro deste barraco com a neta de 3 anos

JUPY JUNIOR

tHIAgO MELLO

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O FOCO Sexta-feira, 25 de novembro de 20114

O FOCO EXPEDIENTEDiretor Geral/Editor-Chefe: thiago Melo MtB 25806-RJDiretora Administrativa: Marina Cravo Editor: Jupy Junior MtB 28085-RJ Colaboradores: Alan Miranda e Caio Assis Diagramação: Raphael PintoMatérias assinadas não refletem necessariamente a opinião do jornal O FOCO e elas são de inteira e exclusiva responsabilidade de seus respectivos autores.

Editado e distribuído por T.M. Comunicações Ltda. O jornal O FOCO é impresso pela Editora Esquema Ltda.

(21) 2687-0694(21) 8254-9275(21) 8400-7848

www.jornalofoco.com.br

FALE [email protected]

[email protected]@jornalofoco.com.br

O jornal O FOCO é distribuído gratuitamente às sextas-feiras nas principais bancas e ruas de Seropédica, Itaguaí e Mangaratiba.

[Caio Assis][email protected]

Para quem procura uma chance de estudar e não tem dinheiro, agora não há mais desculpas. Um curso pré-vestibular, totalmente gra-tuito, abrirá 360 vagas pa-ra Itaguaí. Trata-se do PVS, um preparatório cujo obje-tivo é preparar alunos para as provas de acesso às uni-versidades. O curso é pa-ra quem já concluiu ou con-cluirá o ensino médio em 2012 e não tem condições financeiras de arcar com os custos dos cursos prepara-tórios. Não há restrições de idade para os candidatos.

AULAS NO CENTROAo todo são mais de 15

mil vagas, distribuídas em 37 municípios do Rio de Ja-

neiro e 50 polos de aulas. No polo de Itaguaí são 360 opor-tunidades. As inscrições vão de 08 de dezembro deste ano até 08 de fevereiro do ano que vem, e só serão fei-tas via internet e com entre-ga de documentos nos polos ou nos correios. Caso o nú-mero de inscritos seja maior que o número de vagas, o critério será a renda familiar.

Para os itaguaienses, as aulas vão começar no dia 10 de março. Sempre aos sába-dos, das 9h às 18h, o local

das aula é o Colégio Esta-dual Clodomiro Vasconce-los, que fica na Rua Gorgê-nio Freitas Martins, 102, no centro do município.

MAIS SOBRE O PROJETOO PVS oferece aulas de

biologia, física, geografia, história, inglês, matemá-tica, português, química e redação. Além do pro-jeto extensivo – com au-las de março a dezembro, tem também o intensivo – com aulas de julho a de-zembro e inscrições aber-tas em maio. O PVS é um projeto do governo do Es-tado, através da Secreta-ria de Ciência e Tecnolo-gia em parceria com a fun-dação CECIERJ. Para mais informações, a secretaria disponibilizou o site ht-tp://pvs.cederj.edu.br.

[PRÉ-VEStIBULAR SOCIAL]

Chance para o futuroPreparatório gratuito oferece 360 vagas

O projeto disponibiliza

360 vagas para estudantes de todo

o município de Itaguaí

[CASO EM EVENtO DE 2004]

Prefeitura é condenadaJustiça estipula indenização em R$ 60 mil

[Caio Assis][email protected]

A prefeitura de Mangara-tiba terá que indenizar uma menor de idade em R$ 60 mil por danos morais. A decisão foi do desembargador Má-rio de Assis Gonçalves – da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio. A criança, que tinha apenas nove anos na época, sofreu abuso sexu-al durante evento que a Pre-feitura organizou no ano de 2004 em Itacuruçá.

APÓS O OCORRIDODe acordo com a ação, a

pessoa que cometeu o abu-so era desconhecida. Após o ocorrido, a vítima foi pa-ra o Hospital Pedro II, on-de a equipe médica fez uma sutura no períneo – que sofreu lesão durante o abuso. A menina também passou por testes de Hepa-tite B, AIDS e de gravidez.

PREFEITURA REBATEO município alegou que a

segurança pública não é atri-

buição da Guarda Munici-pal, mas sim da Polícia Mi-litar do Estado do Rio, além de mencionar os pais como culpados por terem descum-prido seu dever de proteção. A prefeitura divulgou nota oficial à imprensa na quar-ta-feira (23) para avisar que impetrou recurso.

De acordo com o ma-gistrado responsável pe-la ação, o município tinha o dever de garantir a segu-rança e a integridade físi-ca dos presentes ao evento.

[Jupy Junior][email protected]

José Zaib Antonio, 54 anos – mais conhecido co-mo Professor Zezinho – é só agitação. Sua cabe-ça certamente fervilha com planos e projetos, dos quais ele não esconde o en-tusiasmo. “Tenho sonhos em transformar a educa-ção desde os 15 anos” – re-vela ele, emocionado. De fato, Zezinho – que é psi-cólogo e especialista em neurolinguística – foi um dos responsáveis pela con-cretização da Fama (Facul-dades Machado de Assis, que tem hoje 1,5 mil alu-nos) em Santa Cruz, bair-ro da zona oeste carioca. Agora, o complexo edu-cacional que envolve além da Fama os colégios Dom Othon Motta (também em Santa Cruz) e o Cinco de Julho (em Itaguaí) se lança em uma empreitada am-biciosa: a primeira facul-dade da Cidade do Porto, cujo nome é FCV (Faculda-des Costa Verde).

FASESO empreendimento vai ser

lançado no sábado (26) com um almoço para convidados na quadra do colégio em Ita-guaí que servirá de primeiro campus da FCV. Tudo indica

que as primeiras aulas serão ministrada em 2013 - “Talvez antes”, conta Zezinho. Mas não é fácil “abrir” uma fa-culdade: os trâmites buro-cráticos são lentos e com-plexos. O educador explica que são cinco fases até que a primeira aula aconteça.

A primeira é de legaliza-ção; a segunda é de definição dos cursos; a terceira é de re-gularização junto ao Minis-tério da Educação e Cultura (MEC); a fase quatro é de re-gularização no Conselho Na-cional de Educação e a quin-ta é a definição do processo seletivo. Zezinho conta que a primeira fase está concluída, e que as demais já estão em andamento.

AFINAÇÃO COM O MERCADOAinda na primeira e se-

gunda fases a FCV come-çou um processo de “pros-pecção” junto às princi-pais empresas da região. A ideia é oferecer cursos que supram a demanda local. Nesse sentido, a FCV ser-

virá como fonte para fu-turos trabalhadores des-sas empresas, o que afina a educação com as neces-sidades do mercado e pro-move qualificação e em-pregabilidade. “Mas sem esquecer a formação ética e humana das pessoas, o que é fundamental” – res-salta Zezinho, quando a reportagem o provocou sobre valores cuja respon-sabilidade é da educação.

CURSOS E POLÍTICAA FCV pretende ofere-

cer, sempre à noite, cursos de Petroquímica, Gestão de RH, Logística, Meio am-biente, Segurança do Tra-balho, Redes de Computa-dores, Gestão de Portos e Gestão Pública. São gradua-ções técnicas, cuja formação é em dois anos. As gradua-ção plenas ainda serão pro-gramadas para o futuro, a depender da relação com o MEC. Mas Zezinho está de-cidido a ver a FCV um su-cesso, e a busca por um imóvel maior continua.

O professor também é pré-candidato a vereador pelo PMDB e esclarece que a carreira política não vai atrapalhar a de educador: “esse projeto só anda se houver política” – explica. E cita Monteiro Lobato: “tudo começa com um sonho”.

CAIO ASSIS

[EDUCAÇÃO]

Pioneirismo e mercadoFoi dada a largada para a primeira faculdade de Itaguaí, a FCV

Professor Zezinho: pioneirismo e qualificação em projeto ambicioso para a região

Tudo indica que as primeiras aulas serão ministradas

no primeiro semestre de 2013

[rápidas]

rio-santos mais seguraA 17ª edição do Educapam ocorreu na quar-

ta (23), das 9 às 14h, em seis pontos da Rio-Santos: Conceição de Jacareí, Mangaratiba, Jacuecanga, Frade, Paraty e da Mambucaba. Cerca de 80 volun-tários da Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bom-beiros, Polícia Militar e Defesa Civil trabalharam no projeto de educação no trânsito.

grana extraUma boa para ganhar

grana no final de ano: o Shopping PátioMix Cos-ta Verde realiza a par-tir de sábado (26) oficinas de natal. Árvore de mesa e bolas natalinas em pa-tchwork é o tema da sema-na. A atividade é gratuita e realizada a partir das 16h na Praça da C&A.

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Sexta-feira, 25 de novembro de 2011 O FOCO 5

Frente do Diretório Central dos Estudantes e entrada dos alojamentos: 1,5 mil residentes

[Caio Assis][email protected]

Que a vida na Rural vai muito além da roti-na das salas de aula to-dos sabem. Mas o que re-almente acontece no dia a dia de quem mora na maior campus universi-tário da América Latina? O FOCO esteve nos alo-jamentos da UFRRJ para acompanhar o cotidiano dos estudantes que têm a Rural como sua casa. Ba-nheiros coletivos e quar-tos com até oito morado-res fazem parte dessa re-alidade dos estudantes, e são bem propícios a histó-rias curiosas. Essas histó-rias vão de quarto em cha-mas até pessoas nuas cor-rendo pelos corredores.

OS ALOJAMENTOSOs alojamentos ficam

dentro do campus, perto do restaurante universitário, que por sua vez fica próxi-mo do P1, prédio principal da Rural. São cerca de 1,8 mil vagas, com ocupação de 1,5 mil. São pessoas de todo o Brasil que, longe de casa e com pouca verba para alu-guel, usam os quartos para poderem estudar. “A prefe-rência é para pessoas que têm renda familiar abaixo

de 1,5 salário mínimo e que morem longe do campus” – explica o coordenador do Sere (Setor de Residência Estudantil) Jones Souza.

A distância da Rural do centro do Rio é propícia à criação de um ambien-te jovem, com tudo o que isso significa: bagunça, confusão e diversão. Mas não é só de “zoação” (na linguagem jovem) que vi-ve o alojamento: gente que estuda e que se mobi-liza também mora lá.

AS HISTÓRIAS“Certa vez, o J.P, que

morava aqui no quarto (M2-217), roubou a toalha de um companheiro que estava no banho. Quan-do ele se deu conta, correu atrás do J.P. pelado e to-

do molhado pelo corredor, pulou e se agarrou em su-as costas. Depois disso, o J.P jurou que nunca mais o deixaria entrar no quarto. Mas no fim, ficou tudo em paz.” – conta o doutoran-do em Ciências Ambien-tais e Florestais Eduardo Oliveira, aluno da Rural desde 1998.

Wagner Ribeiro, de 31 anos, entra na conversa para contar sobre a inacre-ditável vez em que “Ras-ta, morador do quarto ao lado (M2-215), derramou um pouco da gasolina de sua moto no chão da casa. Ao invés de limpar, o es-tudante decidiu queimar o combustível. O fogo se espalhou por todo o chão de madeira e chegou até à porta. Sabe-se lá como ele

conseguiu sair do quarto” – conclui o discente de En-genharia de Agrimensura.

OUTRO LADOPollyana Faria, estudante

de Comunicação Social, con-tou sobre uma reivindicação que aconteceu em julho des-te ano: “A universidade dei-xou de fazer a coleta de li-xo das residências universi-tárias por alguns dias. O lixo se acumulou e o mau cheiro começou a incomodar. Em

resposta, mais de 50 mora-dores se mobilizaram e le-varam as centenas de saco-las para a frente do setor que coordena as moradias. Insa-tisfeitos com a dimensão da reivindicação, os estudantes recolheram as sacolas e des-pejaram na frente do prédio principal da universidade. Os responsáveis pela coleta na universidade recolheram a sujeira no mesmo dia”- disse Pollyana.

Acidinho e Wagninho - como são conhecidos os dois entrevistados – e Pollyana conhecem muitas outras histórias, assim co-mo todos os outros mora-dores dos alojamentos da Universidade Federal do Rio de Janeiro. No entanto preferem guardá-las para uma próxima edição.

Acidinho e Wagninho. Juntos eles somam mais de 20 anos na Rural e muitas histórias

FOtO CAIO ASSIS

Estudantes e residentesConheça histórias curiosas de alunos que vivem nos alojamentos da Rural

[Alan Miranda][email protected]

A Secretaria de Saúde de Itaguaí realiza no sábado (26), a partir das 9h, uma ca-minhada contra a dengue por diversos bairros do mu-nicípio. Agentes de saúde e patrulheiros estarão em 20 centros de concentração es-palhados pelos bairros e vão orientar sobre como identifi-car focos do mosquito trans-missor da doença. A ação faz parte da campanha “10 minutos contra a Dengue”,

projeto do governo do Es-tado de prevenção à doen-ça. O objetivo da caminha-da é mobilizar a população e instituições quanto à fis-calização de possíveis focos do Aedes aegypti em suas res-pectivas residências.

A maior dificuldade no combate ao mosquito - apontam especialistas em vigilância epidemiológi-ca - é a falta de responsa-bilidade social de algumas pessoas que têm acesso à campanha, mas que não praticam a prevenção.

[EDUCAÇÃO SEROPÉDICA]

Banheiros coletivos e quartos com

até oito moradores fazem parte da realidade

dos estudantes

A universidade disponibiliza

cerca de 1,8 mil vagas de

moradia para estudantes

[DENgUE]

Itaguaí continua luta contra a dengueCaminhada de conscientização acontece neste sábado

Agentes recolheram pneus com risco de infestação do mosquito: luta contra a dengue

DIVULgAÇÃO PMI

Saúde vai divulgar relatório sobre planosO FOCO noticiou re-

centemente que a secreta-ria estadual de Saúde ainda aguardava de alguns mu-nicípios o plano de contin-gência e informações sobre

visitas em imóveis. Nesse pla-no devem constar questões relativas à disponibilização dos meios materiais e huma-nos para as ações de assistên-cia, controle do vetor, mobili-

zação social e comunicacio-nal e vigilância epidemiológi-ca, dentre outras informações. O FOCO contactou o órgão para saber se as prefeituras de Mangaratiba, Itaguaí e Sero-

pédica já entregaram seus respectivos planos. Res-posta: “Em breve, vamos divulgar para a imprensa um ranking com os muni-cípios que entregaram".

Agentes de saúde vão orientar

como identificar focos do mosquito

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O FOCO Sexta-feira, 25 de novembro de 20116

[Jupy Junior][email protected]

Ele liga para a redação toda semana, confere na banca de Domênico – no centro de Itaguaí – se O FOCO chegou e colecio-na os exemplares em casa. Seu nome: José Carlos de Melo. Ele tem 35 anos, mo-ra em Itaguaí e é revende-

dor de cosméticos. Este re-pórter e editor já atendeu aos telefones de José Car-los várias vezes, e entre a equipe só tem um jeito de chamá-lo: “o fã núme-ro um”. Melo é um sujeito boa praça, solteiro, sem fi-lhos, que acredita no papel da imprensa como trans-formadora da realidade

social. José Carlos é um exemplo de vários leitores de O FOCO que acompa-nham as matérias e que so-nham com uma vida me-lhor na Cidade do Porto.

VISITAEle veio até a redação

com uma missão: conse-guir a edição 116, que já estava esgotada na banca do Domênico (outro entu-siasta da publicação que

há seis anos aborda o co-tidiano, a política e a cul-tura de Itaguaí, Seropédica e Mangaratiba). Como não poderia deixar sua cole-ção sem um exemplar, José Carlos ligou na quarta-fei-ra (23) para a redação e pe-diu. O FOCO, claro, aten-deu prontamente, e assim surgiu a primeira visita do fã número um.

Ele conversou com a equipe, posou para fotos e

deixou todo mundo con-tente, porque a princípio ele se recusou a dar entrevis-ta. Isso foi há mais ou me-nos um mês, e o desconsolo foi geral: não seria fácil con-seguir “fisgar” o fã número um. Mas a vontade de com-pletar a sua coleção falou mais alto e ele não resitiu à “chantagem”: ou dava en-trevista ou não ia levar um pacote com várias edições de O FOCO.

REVOLTA COM A EXPRESSOO maior interesse de

José Carlos é pelas ma-térias sobre a Expresso Mangaratiba, que pres-ta serviço de forma pre-cária nos municípios. “Não gosto das matérias de política” – diz ele, que não se interessa pelo assunto. Mas em relação a transporte, o interesse é total. “Quando vai ter

matéria sobre a Expres-so?” – pergunta ele. “Em breve, Sr. José Carlos” – responde o editor. Sobre sua relação com o jornal, disse que a transparên-cia é a melhor qualidade de O FOCO. “Por isso não perco um” – explica.

E lá foi ele pela rua, feliz da vida, com várias edi-ções de O FOCO debai-xo do braço. A equipe te-ve a certeza mais uma vez de que o trabalho – inten-so e cansativo – vale sem-pre a pena, não só pelo fã número um, mas por to-dos os leitores.

Ah, José Carlos avi-sa: quem quiser comprar Avon, é só ligar para ele: 9822-2118. A gente dá uma força na publicidade porque fã merece tudo de bom. E ponto final.

[O LEItOR É NOtÍCIA]

Com vocês, o fã número umJosé Carlos não perde uma edição de O FOCO

José Carlos completou a coleção do seu jornal favorito: em visita à redação, ele levou a edição que faltava, a 116

JUPY JUNIOR

José Carlos é um sujeito boa praça

que acredita no papel da

imprensa como transformadora da

realidade social

Sobre sua relação com o jornal, disse que a

transparência é a melhor qualidade

de O FOCO

CHAVEIRO AMÉRICACópias de chaves , troca de segredo e conserto de fechadura

Estrada RJ-14 - Muriqui - Tel.: (21) 8871-8179 Cláudio

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[NOVIDADES]

De olho no verão, Iate Clube de Muriqui disponibiliza Pilates

O Iate Clube de Mu-riqui (Rua Tiradentes, 313) já disponibiliza o pilates para seus sócios e não-sócios. No entan-to, é necessário marcar a aula com a professo-

ra Ingrid (pessoalmen-te no clube ou pelo tele-fone 8372-7737). Há pa-cotes especiais para só-cios e não-sócios. Ses-são única para sócios sai a R$ 60. Duas ve-

zes por semana, R$ 80 e três sessões por R$ 100. Quem não é associa-do paga R$ 80 por ses-são, R$ 100 por duas e R$ 120 por três. A taxa de avaliação é de R$ 10.

[MINERAÇÃO]

Mudanças administrativas na Vale A Vale informa que

promoveu uma mudan-ça administrativa. Segun-do a empresa, a reestru-turação tem como objeti-vo buscar um modelo de operação mais próximo das unidades de negócio. Cada diretor será respon-

sável pelo planejamento, desenvolvimento, opera-ção, marketing e vendas de sua área. A nova com-posição é a seguinte: Mi-nério de ferro e Estraté-gia (José Carlos Martins); Metais Básicos (Peter Po-ppinga); Fertilizantes e

Carvão (Eduardo Barto-lomeo); Logística e Pes-quisa Mineral (Humberto Freitas); Implantação de Projetos (Galib Chaim); Finanças (Tito Martins); RH, Saúde & Segurança, Sustentabilidade e Ener-gia (Vânia Somavilla).

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Sexta-feira, 25 de novembro de 2011 O FOCO 7

[EDUCAÇÃO EM SEROPÉDICA]

Seropédica tem o pior Ideb do estadoMPF realiza audiência pública no município para discutir a questão

[Caio Assis][email protected]

O Ministério Público Fe-deral (MPF) enviou um co-municado à imprensa com detalhes sobre a audiência pública “MP pela Educa-ção”, que ocorreu na manhã de quinta (17) em Seropédi-ca. O objetivo da audiência foi discutir os motivos pelos quais o município tem o pior

Ideb (Índice de Desenvolvi-mento da Educação Básica) do estado do Rio de Janeiro. O evento contou com a pre-sença de autoridades locais, professores, diretores e polí-ticos, que expuseram as pos-síveis causas para a situação da educação no município.

SITUAÇÃO PREOCUPAO Ideb considera o fluxo

escolar (aprovação e repro-

vação) e o desempenho em provas de português e ma-temática para avaliar a si-tuação das escolas. A me-dição do índice aconte-ce todos os anos e tem co-mo objetivo estipular me-tas e apontar caminhos pa-ra melhorias no ensino bá-sico. Atualmente, o Rio de Janeiro tem o segundo pior Ideb do país. O que supos-tamente coloca Seropédi-

ca como um dos piores ín-dices do Brasil no que diz respeito à educação básica.

O MAIS PREOCUPANTENa audiência, a secretá-

ria de Educação do municí-pio, Lúcia Baroni Martinazzo, apontou os principais proble-mas da educação quando as-sumiu, em agosto de 2010: al-ta rotatividade de professores e até a precariedade nos trans-

portes. Por parte dos morado-res presentes, as queixas eram contra as trocas constantes no comando político, a ausên-cia de transparência nos gas-tos públicos com educação e a falta de uma formação melhor para os professores, além de oportunidades e salários mais altos. No final o procurador Sérgio Luiz Pinel Dias apre-sentou perspectivas de melho-ria Para ele, ainda há um bom

caminho até a educação de Se-ropédica garantir a nota 10.

Após a audiência, os pro-curadores da República e al-guns participantes do debate formaram grupos para visitar 11 escolas de Seropédica. Eles aplicaram questionários e ins-pecionaram as condições téc-nicas das instituições para for-necer bases para uma futura ação do MPF.

O FOCO tentou falar com Lúcia Martinazzo, secretária de Educação do município, sobre a audiência, mas não obteve resposta até o fecha-mento desta edição.

ESTADO DO RIO DE JANEIRO | MUNICÍPIO DE MANGARATIBAREGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS DO 1º DISTRITO

RUA DOMINGOS JANNUZZI, N.º 58, CENTRORESP. PELO EXPEDIENTE: FÁBIO HENRIQUE V. DE ALMEIDA REGO

PUBLICAÇÃOProcesso n° 1899/2011 – Casamento: JOAQUIM BRAZ MOREIRA FILHO & MARIA FATIMA DO AMARALProcesso nº 1900/2011 – Casamento: HELTON AYRES DA SILVA E ANA CARLA DA CONCEIÇÃO ROSAProcesso nº 1903/2011 – Casamento: FERNANDO HENRIQUE DO VALE NUNES & SUELLEN BELO DE AQUINOProcesso nº 1904/2011 – Casamento: ELIAS MODESTO RIBEIRO & ALCIONY QUINTAL DE SOUZAProcesso nº 1905/2011 – Casamento: ALESSANDRO FERREIRA CAVALCAN-TE & KELLY JEANNE PIN HEIRO DE OLIVEIRA.Processo nº 1907/2011 – Casamento: ALAX PITTER SOARES VIEIRA & DA-NIELLE DA ROSA BATISTA.Processo nº 1908/2011 – Casamento: ALEXANDRO GONÇALVES DA SILVA & LILIANE NEVES DE SOUZAProcesso nº 1909/2011 – Casamento: FABIO COUTINHO SERPA & ANA CLAUDIA LOPES DIASProcesso nº 1911/2011 – Casamento: EMERSON BARBOSA LIMA & MARLUCE MIGUEL DE MORAESProcesso nº 1912/2011 – Casamento: ROGERIO GREGORIO DA SILVA & CASSIA ROSA DE SOUZAProcesso nº 1913/2011 – Casamento: FRANCISCO OLIVEIRA DE PAIVA NETO & JERUSA GUILHERME VICTOR Processo n° 1914/2011 – Casamento: CARLOS EDUARDO DA CONCEIÇÃO & ERICA ARANHA DA SILVAProcesso nº 1915/2011 – Casamento: MARCELO SILVA DE OLIVEIRA & ELUA DA SILVAProcesso n° 1916/2011 – Casamento: DOUGLAS SOARES DANTAS DA CRUZ & ANGELICA MARTINS DE OLIVEIRAProcesso nº 1917/2011 – Casamento: SEBASTIÃO FRANCISCO CEIA FILHO & LIDIANE BENTO DA SILVAProcesso nº 1918/2011 – Casamento: JOAQUIM BARBOSA BATISTA & IARA DOS SANTOS LIRA FERREIRAProcesso nº 1919/2011 – Casamento: DILSON BENASSI & SABRINA DIAS FERREIRAProcesso n° 1921/2011 – Casamento: PAULO HENRIQUE CAMPOS DIAS & IARA DOS SANTOS VIANNAProcesso nº 1923/2011 – Casamento: FELIPE COSME LIMA GUIMARÃES & DEBORA ALVES FERREIRAProcesso n° 1924/2011 – Casamento: JOÃO RAFAEL DE OLIVEIRA & ANA PAULA DE ALMEIDA DA SILVEIRA LOSSANOProcesso nº 1925/2011 – Casamento: IGOR RAMOS DE SOUZA & DANIELA NAIARA DE SOUZAProcesso n° 1926/2011 – Casamento: DIOGO DE OLIVEIRA GRANADO & LUCIANA DE OLIVEIRA LIMAProcesso n° 1927/2011 – Casamento: JONATAS FAILDE DE SOUZA & INGRID PASSOS DE PAULA MENEZESProcesso nº 1928/2011 – Casamento: DULJACY CARVALHO & ALMERINDA PRUDENCIO DA SILVAProcesso n° 1929/2011 – Casamento: VLADSON SOUZA BATISTELLA & TATIA-NA CONCEIÇÃO DOS SANTOSProcesso nº 1931/2011 – Casamento: AGUINALDO DA GUIA PLÁCIDO & RAQUEL DE OLIVEIRA TEIXEIRAProcesso n° 1932/2011 – Casamento: ALESSANDRO SANTOS FERNANDES & KRISTINA ANNA MARIA KARLSSONProcesso n° 1938/2011 – Casamento: LEONARDO SUZANO DE SOUZA & ELIZETE PINTOProcesso nº 1939/2011 – Casamento: ALEXANDRE FERREIRA CARDOSO & ELISABETE DE ANDRADE SILVAProcesso n° 1940/2011 – Casamento: EVALDO ESPINHA DE LEMOS & WILMA TAVARES DA SILVA

Se alguém souber de algum impedimento, acuse-o, na forma da lei.Mangaratiba, 25 de novembro de 2011.

[CURSOS]

Em busca de qualificação profissional

A secretaria de Desenvol-vimento Econômico, Traba-lho e Renda da Prefeitura de Mangaratiba participou no último dia 18 do IV Fó-rum de Secretários do Esta-do do Rio de Janeiro, na ci-dade de Macaé.

Representante da pasta, o superintendente do Balcão de Emprego, Nilton Santos, conferiu as novidades do se-tor, que contou com especia-listas e autoridades políticas como Charbel Zaib, subse-cretário de Formação e Qua-lificação Profissional da se-cretaria de Estado de Traba-lho e Renda (Setrab). “Pude conversar com o subsecretá-rio, que se mostrou disposto a ajudar o município na ela-boração de ações para exe-cutarmos em parceria com a Setrab” – disse Santos. Ele acrescentou ainda que a par-tir de janeiro de 2012 Man-garatiba contará com cursos do Planteq e o Projovem, em fase final de elaboração.

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O FOCO Sexta-feira, 25 de novembro de 20118

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Sexta-feira, 25 de novembro de 2011 O FOCO 9

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O FOCO Sexta-feira, 25 de novembro de 201110

p o d e r

[PREFEItURAS ONLINE]

Prefeituras pontocom Sites das Prefeituras de Mangaratiba, Itaguaí e Seropédica precisam melhorar seus serviços

O governo Eletrônico consis-te no uso das tecnologias de in-formação para aproximar governo e cidadãos. Cada vez mais popu-lar, a internet e outras redes virtu-ais suscitam um debate sobre no-vas formas de democracia. Essa tecnologia é capaz de possibilitar uma interatividade maior entre o cidadão e o governo e os serviços que podem ser oferecidos através dela são diversificados: a presta-ção de contas - onde se dispõem dados sobre gastos públicos, mo-vimentações financeiras e orça-mentos; o espaço para discussão - fóruns onde os cidadãos podem

opinar e sugerir ideias e projetos para os poderes; ouvidoria - es-paço em que os cidadãos se infor-mam, reclamam e avaliam os ór-gãos públicos. Os sites dos mu-nicípios ainda precisam desen-volver essa importante ferramen-ta, capaz de aproximar popula-ção do poder público. Até então apresentam um quê de amadoris-mo e não aproveitam todos os re-cursos de que a internet é capaz. Cabe ao cidadão buscar informa-ções de outra forma. Caso contrá-rio, se criar expectativas muito al-tas, vai se decepcionar com o que existe até então.

[DEMOCRACIA VIRtUAL E gOVERNO ELEtRÔNICO]

[Alan Miranda][email protected]

O FOCO consultou os sites das prefeituras de Ita-guaí, Mangaratiba e Sero-pédica no intuito de rela-tar as utilidades e defici-ências das páginas virtuais de cada uma. Os sites des-sas prefeituras divergem em seus respectivos con-teúdos e serviços presta-dos. Em geral, são regu-lares: noticiam fatos rela-cionados aos seus muni-cípios, descrevem estrutu-ras governamentais e via-bilizam links de utilidade pública. Porém, interativi-dade com o munícipe é a maior deficiência.

DOIS MUNICÍPIOS?A prefeitura de Sero-

pédica mantém dois sites quase idênticos, que se di-ferenciam apenas pela atu-alização das notícias. Am-bos são informativos. Ne-les, o internauta encontra a estrutura do governo (en-dereços e contatos); histó-ria da cidade; dados eco-nômicos; a Lei Orgânica do Município etc. As ferra-mentas interativas do site são o “Fale Conosco”, e a “Ouvidoria”: servem para viabilizar o contato entre o cidadão e o poder Executi-vo. Mas na prática a histó-ria é outra. O FOCO ten-tou entrar em contato com a prefeitura para saber o custo dos sites, a empre-

sa responsável e o porquê da existência de dois ende-reços virtuais, mas não ob-teve resposta até o fecha-mento dessa edição.

ITAGUAÍ OFF-LINESe o internauta fizer uma

busca no Google com as pa-lavras “itaguaí prefeitura” encontrará três páginas di-ferentes: primeiro a “Pre-feitura Eletrônica”, que se destina a orientar os inter-nautas sobre o pagamento de impostos. Em seguida, a “Prefeitura Municipal de Itaguaí”, que é um site me-ramente informativo: ne-le encontram-se o histórico da cidade, endereços úteis e pontos turísticos. O link de serviços do site remete à página citada anteriormen-te. O terceiro site informa na sua descrição que é o site oficial da Prefeitura Muni-cipal de Itaguaí. A página é como a reforma de uma ca-sa que começou, parou an-tes da metade e desde então não foi mais adiante. O site

não tem notícias. A partir da seção “Ouvidoria” nenhu-ma ferramenta funciona e a guia “Serviços” abre sites da Receita Federal, Caixa Econômica e Correios. Os links que não levam a lugar nenhum apresentam a se-guinte explicação: “Aguar-dando material para publi-cação”. A página apresen-ta ainda uma enquete pa-ra os internautas opinarem a respeito da qualidade do site. Opções: “excelente”, “ótimo”, “bom”, “regular” ou “pode melhorar”. “Pre-cisa melhorar rápido” – que ficou de fora da lista – seria uma boa opção. A única in-formação atualizada do si-te é a data. O FOCO tentou entrar em contato com a pre-feitura para esclarecimentos sobre as páginas, seus custos e responsáveis, mas também não obteve resposta.

MANGARATIBA QUASE LÁO site da prefeitura de

Mangaratiba é o mais com-pleto dos três analisados, embora ainda apresente alguns vícios de texto na tentativa de exaltar as re-alizações do executivo. A página inicial exibe as no-tícias da cidade e na guia “Município” estão infor-mações históricas, geográ-ficas e turísticas do muni-cípio. Dentre os links dis-poníveis estão sites e tele-fones úteis à população. Também são disponibili-

zados os e-mails e telefo-nes das Secretarias e a le-gislação da cidade – em-bora nem todas estejam acessíveis. Na guia “Ser-viços” é possível checar o Guia de IPTU, Guia de ISS, Registro Cadastral, Busca de processos online, Guia Mangaratiba. Outra op-ção é o Portal cidadão, que - veja só - não especifica a utilidade e remete ao site do Governo do Estado.

A atualização das notí-cias é feita através de in-

serção de conteúdos, su-postamente enviados pe-las secretarias. Já a estru-tura e outros recursos da página ficam a cargo de uma empresa específica, que não participou do pla-nejamento inicial, e que ainda aguarda sinal verde da licitação para atuar no site. Segundo José Cláu-dio, funcionário da asses-soria, explica: “Na gestão anterior outro grupo era responsável pela página. Devido à mudança de ges-tão ainda não foi licitado a empresa que ficará res-ponsável pelo serviço. Es-tima-se que será feito em

breve.” – declarou. Cláu-dio informou também o custo do site: “A assina-tura é feita anualmente. Inclui hospedagem mais as caixas de e-mail. É um plano de 150,00 por mês”.

EM RESUMOCom exceção do site da

Prefeitura de Mangaratiba, um pouco mais completo, as páginas são precárias. Funcionam mais como portal de informação das obras positivas das prefei-turas e dos eventos da ci-dade. A interatividade é relegada a segundo plano, quando muito.

Os sites têm um custo para permanecerem

ativos. Esse custo entra no orçamento da prefeitura e sai do bolso dos moradores

Diferente de outros meios como rádio

e televisão, a internet representa uma inovação na

democracia

Site da prefeitura de Itaguaí, incompleto e desatualizado

1- Site da prefeitura de Seropédica: dois endereços para a mesma função

2 - Site da prefeitura de Mangaratiba: perto do ideal

2

1

REPRODUÇÃO INtERNEt

REPRODUÇÃO INtERNEt

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Sexta-feira, 25 de novembro de 2011 O FOCO 11

"O presidente da Câmara, Edinho, é o nosso pré-candidato em Mangaratiba"

[ENtREVIStA JORgE PICCIANI]

“Edinho é nosso pré-candidato”Presidente do PMDB do RJ declara que já definiu rumos em Mangaratiba

[thiago Melo][email protected]

Jorge Picciani, presiden-te do PMDB do Rio de Ja-neiro, disse nesta entre-vista exclusiva a O FOCO que o pré-candidato pa-ra as próximas eleições em Mangaratiba é o atu-al presidente da Câmara, Edison Ramos (Edinho). As declarações do líder es-tadual do partido causa-ram um certo desconfor-to na legenda no municí-pio. Confira as reações a esta entrevista nas maté-rias desta página.

Picciani entende que há uma grande rejeição ao governo de Evandro Ca-pixaba – que, segundo ele, o procurou no PMDB em uma visita de cortesia. Confira a entrevista.

O FOCO – Qual será a estratégia do PMDB para as eleições em 2012 para Mangaratiba?

PICCIANI – Temos a ex-pectativa de recuperação da prefeitura de Mangara-

tiba, que foi nossa durante muitos anos, nós a perde-mos e pretendemos recu-perá-la pelo voto, porque a decisão do povo é a mais forte, a mais sábia. O presi-dente da Câmara, Edinho, é o nosso pré-candidato em Mangaratiba.

O FOCO – Então já houve uma decisão sobre o nome do candidato de Mangaratiba?

PICCIANI – Já foi deci-dido. Mangaratiba é Edi-nho. O partido é muito forte, e vai se manter uni-do, inclusive com nossos aliados tradicionais pa-ra que nós possamos ven-cer as eleições. Em Man-garatiba estamos avan-çando, vamos fazer uma grande aliança. Verifica-mos que neste momento há uma grande rejeição ao atual governo. Mangarati-ba é para nós um municí-pio importante.

O FOCO – Capixaba, o prefeito de Mangaratiba, ingressou no PSD, que é

aliado do PMDB a nível nacional. Como isto se re-fletiria em Mangaratiba?

PICCIANI – A nossa re-lação com o prefeito Kas-sab, o presidente Índio da Costa e o secretário An-dré Correa é muito boa, de uma forma geral vamos ser aliados em um grande nú-mero de municípios mas não há um compromisso de um alinhamento em to-dos os municípios. Por uma questão de educação recebi o prefeito e disse a ele que teremos candidato próprio.

O FOCO – O prefeito Ca-pixaba esteve no PMDB?

PICCIANI – Sim, este-ve aqui trazido pelo To-nico (de Souza, presiden-te do PSL-RJ). Eu o rece-

bi e comuniquei que em Mangaratiba seremos ad-versários.

O FOCO – Como sur-giu o nome de Edinho para Mangaratiba?

PICCIANI – Edinho já é um companheiro tradi-cional. Assumiu a Câma-ra num momento difícil para nós, que foi a cassa-ção do Aarão, nosso alia-do. Já naquele momen-to havia um sentimen-to dentro do PMDB pa-ra que o Edinho pudesse disputar aquelas eleições. Fiz um apelo para que ele compreendesse que po-lítica tem fila, tínhamos um compromisso ante-rior com José Luiz. Ape-sar da posição que o privi-legiava, Edinho respeitou e permaneceu no partido: essas são suas credenciais. Da mesma maneira, faço um apelo aos que já tive-ram oportunidade, como José Luiz, que, candidato a vereador, apoie Edinho. Um partido se forma com respeito à hierarquia.

O vereador José Luiz di-vulgou para a imprensa um comunicado em que comenta a posição do pre-sidente Jorge Picciani so-bre a disputa pelas eleições municipais em Mangarati-ba no ano que vem. Presi-dente municipal do PMDB, José Luiz frisou que ainda é cedo para definições e ao mesmo tempo mantém sua posição de pré-candidato.

Diz a nota: “É público e notório que o presidente Picciani é um amigo queri-do e líder político do parti-do ao qual sou presidente municipal, que é o PMDB. Desta forma, respeito sua colocação, porém entendo que ainda é cedo para po-sicionamentos finais no que diz respeito a uma candida-tura em Mangaratiba. Co-mo sou fiel às minhas lide-ranças políticas, e sei tam-bém do respeito que o go-vernador Sérgio cabral e Picciani têm por mim, es-tou ciente de que saberemos conduzir as situações futu-

ras com tranquilidade e sa-bedoria no momento certo”.

José Luiz continua: “Na política sempre acontecem mudanças. A única coisa que não pode mudar é o in-teresse maior do povo: es-te tem que estar sempre em primeiro lugar. Minha po-sição será sempre em favor desse povo que confia em meu nome. Mangaratiba merece o melhor. Portan-to, estarei sempre disponí-vel para trabalhar e lutar por esta população. Como vereador que sou hoje, fa-

ço questão de exercer meu mandato com clareza de atitudes e total dedicação”.

O vereador conclui: “É prematura qualquer esco-lha definitiva. Sei que te-mos muito o que conver-sar ainda sobre o futuro de nossa cidade. As mudan-ças são necessárias na po-lítica, mas existe também a vontade soberana do povo. Desta forma, até então sou pré-candidato à Prefeitura de Mangaratiba e estou à disposição do meu partido. O futuro vai responder”.

José Luiz comenta declaração e reafirma pré-candidatura

Edinho se diz preparado para as responsabilidades

O presidente da Câma-ra Edison Ramos (Edinho, PMDB), divulgou por meio da sua assessoria de im-prensa que se encontra fre-quentemente com o presi-dente do PMDB do RJ, Jor-ge Picciani. Na terça-fei-ra (22), Edinho esteve mais uma vez na sede do parti-do para uma nova visita de cortesia. Foi nesta ocasião que Picciani concedeu en-trevista a O FOCO e decla-rou que Edinho é pré-can-didato à sucessão da pre-feitura de Mangaratiba. Edinho declarou por meio da sua assessoria que se sente “honrado pela esco-lha” e que estará pronto para atender ao partido, sempre em respeito à von-tade do povo. Ele também frisou que se sente prepa-rado para assumir a res-ponsabilidade.

Indagado sobre o fato do presidente municipal do PMDB – José Luiz - manter sua pré-candidatura, Edi-nho preferiu não comentar,

mas ressaltou que é preciso haver união, e que a sua ex-periência de quatro meses na prefeitura (ele assumiu o executivo depois da cassa-ção de Aarão de Moura Bri-to Neto) foi muito positiva.

Edinho passou a ser uma opção do PMDB depois da sua experiência no executi-vo. Até então, José Luiz pa-recia ser a opção natural do partido por causa de inten-sa relação que o vereador mantém com o governa-dor Sérgio Cabral. Picciani, entretanto, apesar de ami-go pessoal de José Luiz, foi

claro ao apontar Edinho co-mo opção para 2012.

Antes mesmo das ma-térias desta página se-rem publicadas, formou--se uma nova polêmica peemedebista sobre a su-cessão em Mangaratiba. Mesmo com a declaração de Picciani, ainda há uma certa indefinição devido à postura de José Luiz em reafirmar a pré-candida-tura. Isto provavelmente se manterá pelo menos até junho, quando ocorrerão as convenções partidárias definitivas.

O presidente municipal do PMDB, José Luiz

Picciani e Edinho: presidente confirma nome do vereador

Picciani recebeu O FOCO na sede do PMDB-RJ

FOtOS tHIAgO MELO

Page 12: Jornal O Foco Ed. 118 - Notícia com Nitidez

O FOCO Sexta-feira, 25 de novembro de 201112

[FUNCIONALISMO]

[Jupy Junior][email protected]

Nos bastidores da Câ-mara, há muito que os munícipes não sabem. Embora óbvia, a frase tem um significado mui-to maior quando alguns personagens aparecem para a reportagem: são as assessoras, figuras in-dispensáveis no legislati-vo que estão sempre dis-poníveis, trabalham mui-to e participam ativamen-te da vida política da ci-dade. A fim de mostrar algumas dessas persona-lidades e desmistificar a ideia de que trabalha-se pouco e ganha-se muito, O FOCO procurou quem são essas damas que rea-lizam um trabalho vital para a democracia.

“DAMA DE FERRO”Ela é dona de incrí-

veis olhos verdes e o ga-binete do vereador Jo-sé Luiz (PMDB) não fun-ciona sem sua providen-cial ajuda: Valéria Ma-

chado é vaidosa, não re-vela a idade e tem afini-dade política com o par-lamentar a quem presta serviço sete dias da se-mana e praticamente to-das as horas do dia. “Já saí da Câmara perto de meia-noite” – diz ela, que também acompa-nha o peemedebista até mesmo em eventos na rua. Sua função: receber pessoas, organizar docu-mentos, digitar projetos de lei etc. Ela revela seu apelido, dado pelo vere-ador: “Dama de Ferro” – diz com um sorriso.

“COMPANHEIRISMO”O braço direito do atu-

al presidente da Câmara, Edison Ramos (Edinho, outro peemedebista), é

Maria Lúcia Saisse Brum. Ela tem 51 anos e desde 2008 segue os passos do parlamentar que já ocu-pou a prefeitura por qua-tro meses. Solteira, sem fi-lhos, imigrou de Santís-simo para Mangaratiba e agora não troca a cidade por nada. “A gente traba-lha muito, ainda mais em época de eleição de me-sa diretora” – conta ela a O FOCO, entre sorrisos e uma certa timidez. Horá-rio para fim do expedien-te? “Não tem” – disse ela.

DEMANDAS EM PROJETOSNo gabinete de José

Carlos Costa (PSDB), há um braço direito e um esquerdo: Elenice Areias Fernandes e Rosânge-la Izanina Rego Costa de Souza. São elas que ajudam a facilitar a ro-tina do vereador. “Nos-sas tarefas são variadas, e aprendemos muito a li-dar com o público” – dis-seram. Elas também lem-braram que muitas ve-

zes levam ao vereador as demandas da popula-ção, que as transformam em projetos. “José Carlos é muito fácil de lidar, ele nos dá liberdade e acre-dita no nosso potencial”.

Momentos tensos sem-pre acontecem, segun-do elas. “As pessoas po-dem sentir que não estão sendo atendidas, e isso é ruim” – disse Elenice.

Vida de assessora, fi-ca claro, não é facil. E no legislativo, apesar das queixas de morosidade e distanciamento, existem pessoas que trabalham com afinco para que tu-do se desenrole. As da-mas da Câmara podem não ser figuras públicas, mas atuam pelo e para o público. Ainda bem.

[rápidas]

Pdt se reúne Para confirmar direçãodo Partido em mangaratibaSerá no sábado (26): os filiados mangaratiben-

ses do PDt se reúnem na Câmara Legislativa entre 10h e 15h para votarem na chapa única encabeça-da pela deputada Andréia do Charlinho. A votação é para formalizar a comissão que já dirige o PDt local, a exemplo de outros municípios em situação semelhante. todos os pedetistas têm direito ao vo-to. Ana Paula Cassano, vice na chapa, espera que o evento “seja um sucesso”.

Como parte das especulações sobre a dispu-ta pela prefeitura de Mangaratiba em 2012, boa-tos dão conta de que Andréia será candidata. O lí-der do governo na Câmara e irmão da deputa-da, vereador Sidney Marcello Filho (PHS), des-pistou: “tem que perguntar para ela” – declarou a O FOCO nesta segunda (21).

imPlicou com o imPlicanteO vereador tucano gustavo Busse não gostou do

termo “implicante” na nota que O FOCO publicou na edição passada sobre a mudança na divulgação dos atos e feitos do prefeito Capixaba. Depois de conversa com o vereador na segunda-feira (21), cabe esclarecer: Busse na verdade não concorda com a di-vulgação da imagem do prefeito via site da prefeitura.

A nota fazia menção ao fato de que a partir do dia 27 de outubro a assessoria do prefeito passou a divulgar atos dele por outro e-mail, diferente do habitual da assessoria da prefeitura: o [email protected].

“Já saí da Câmara perto de meia-noite”

Valéria Machado, assessora de José Luiz

“A gente trabalha muito. Não tem hora” Maria Lúcia Saisse, , assessora de Edinho

FOtOS CAIO ASSIS

As poderosas da CâmaraAssessoras revelam que vida de gabinete não tem moleza

Rosângela e Elenice atuam no gabinete de José Carlos Costa

Esta é a "dama de ferro" do vereador José Luiz

Maria Lúcia trabalha para o presidente Edinho

[FUNCIONALISMO PÚBLICO MANgARAtIBA]

Primeiros movimentosComeçam as discussões sobre o planos de cargos, carreiras e remuneração

[Jupy Junior][email protected]

O tão esperado plano de cargos, carreiras e remune-ração do funcionalismo pú-blico de Mangaratiba co-meça a tomar forma e, co-mo já era de se esperar, a gerar alguma polêmica. Na segunda-feira (21) hou-ve duas reuniões para dis-cutir uma minuta (primeira redação de um documen-to oficial) sobre o plano. A primeira foi no gabinete do prefeito Evandro Capi-xaba (PSD) com a presença do presidente do sindicato dos servidores públicos de Mangaratiba (SISPMUM) – Valdeci Moreira de Frei-tas - e de vereadores. A se-gunda foi na Câmara, tam-bém com vereadores, presi-dente do sindicato e deze-nas de guardas municipais. Esta categoria ficou de fora do plano de carreiras, assim

como os servidores da edu-cação e da saúde. Porém, caso o plano seja aprovado na Câmara, todos terão au-mento de 48,7% a partir de janeiro.

“TIVEMOS AVANÇOS”As negociações com o

sindicato esbarram princi-palmente na questão dos triênios. “Entendemos que estamos sendo prejudica-dos. Hoje recebemos 10% a cada cinco anos, e na mi-nuta passaríamos a rece-

ber 5%. Nem todos alcan-çarão essas promoções, porque depende de vagas, cursos e disponibilidade com a lei de responsabili-dade fiscal” – declarou o presidente.

PREFEITO COMENTA“Cumprimos um com-

promisso de campanha” – disse o prefeito Evandro Capixaba a O FOCO em seu gabinete. O líder do go-verno na Câmara, Sidinho (PHS) comemorou: “quem

não quer 48% de aumento a partir de janeiro?” – pergun-tou ele. Na próxima segun-da (28) a consultoria respon-sável que a prefeitura con-tratou vai explicar a minu-ta para os servidores em uma reunião. No dia 30, vereadores recebem nova-mente o presidente do sin-dicato para discutir possí-veis novas emendas.

O plano deve ser votado pela Câmara ainda em de-zembro para que possa en-trar em vigor em 2012.

O presidente do SISPMUM Sidinho e Capixaba: "cumprimos um compromisso de campanha"

FOtOS tHIAgO MELO

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Sexta-feira, 25 de novembro de 2011 O FOCO 13

[ENtREVIStA CARLOS KIFER]

“O G7 virou G10”Vereador do PP explica nova configuração da Câmara

[rápidas]

Para eVitar transtornosA Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou quin-

ta-feira (17) o projeto de lei 2.030/09, do deputado Paulo Ramos (PDt). A medida obriga o Detran a comu-nicar à Secretaria de Estado de Fazenda e à Procura-doria geral do Estado o nome do novo proprietário de veículo que tenha venda registrada no órgão. A inten-ção é evitar danos causados pela falta de comunica-ção ao Estado da venda de carros usados, como a in-clusão do nome do antigo proprietário na Dívida Ati-va. O governador Sérgio Cabral tem 15 dias para san-cionar ou vetar o texto.

noVas regras Para instalação de radar mÓVelA Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou na

quinta-feira (17), em primeira discussão, o projeto de lei 554/11, que regulamenta a instalação de radar móvel em rodovias estaduais.

A proposta é do deputado estadual Samuel Mala-faia (PSD) e tem objetivo de combater “abusos”. A lei proíbe a instalação dos radares a menos de cinco qui-lômetros da sinalização de redução de velocidade e obriga a indicação da existência do radar, dentre ou-tras medidas. “Hoje em dia os radares são verdadeiros caça-níqueis. O projeto quer garantir o caráter educa-tivo dos radares, e não um aumento da arrecadação com multas” – disse Malafaia.

[Jupy Junior][email protected]

Carlos Kifer (PP) foi um dos mais enfáticos oposi-tores ao governo Charli-nho e presidiu a CPI das Casinhas (sobre a aquisi-ção suspeita de casas em um conjunto em Chaperó com participação da se-cretaria de Educação, na época comandada pela primeira-dama e hoje de-putada estadual Andréia

do Charlinho). Kifer su-geriu ao MP, ao fi nal da-quela CPI, qualifi cação de servidores – e de An-dréia - em crimes. Hoje Kifer é um entusiasta da pré-candidatura de Sau-

lo Farias, atual secretário de administração do go-verno Charlinho, e votou a favor do arquivamen-to da CPI da LLX na mes-ma sessão que elegeu Jor-ginho do Charlinho presi-dente, por unanimidade.

Nesta entrevista, que Ki-fer concedeu logo depois da eleição da mesa diretora para 2012, ele explica sua posição.

O FOCO – Com a elei-ção do vereador Jorginho

do Charlinho para presi-dente da Câmara em 2012, é o fi m do “G7”?

KIFER – O “G7”, no meu entender, aumentou. Hoje ele é o “G10”. Jorginho foi eleito por uma composi-ção partidária pensando já na sucessão. A maioria do “G7” está apoiando Saulo Farias e Jorginho.

O FOCO – O senhor foi um dos vereadores mais engajados na tentativa de instaurar a CPI da LLX. Qual é sua posição agora que a CPI foi arquivada na sessão de hoje?

KIFER – O parecer foi dado pelo vereador-re-lator Beto da Reta, nós acompanhamos o voto do relator. A CPI sugere uma audiência pública, e o Inea e a LLX se prontifi -caram a realizá-la.

O FOCO – Sua atitude de oposição ao governo Charlinho se alterou com o fato de Saulo Farias ter ido para o PP, mesmo par-tido do senhor?

KIFER – Não foi só a mi-

nha posição, a posição des-sa Casa, quase a unanimi-dade dos vereadores, se modifi cou um pouco por-que queiramos ou não esta-mos caminhando na mes-ma direção, tanto o gover-no quanto os vereadores.

O FOCO – Seus elei-tores não podem achar contraditório o fato do senhor ter sido há pou-co tempo oposição, fa-zer ataques ao gover-no Charlinho, recomen-dar na CPI das Casinhas qualifi cação da deputa-da Andréia do Charlinho em crime eleitoral, den-tre outras acusações?

KIFER – O trabalho le-gislativo não se confunde com a sucessão nem com apoios a governo. Com

relação à CPI das Casi-nhas, relatei aquilo que eu vi, aquilo que enten-do como vereador. Fize-mos aquele trabalho, ele foi lido e encaminhado às autoridades competentes, da mesma forma que es-te relatório sobre a CPI da LLX será encaminhado.

O FOCO – O mesmo Kifer que presidiu a CPI das Casinhas é o mesmo Kifer que votou a favor de Jorginho?

KIFER – As pessoas mis-turam as coisas. A maioria dos vereadores do “G7” defende a mesma candida-tura apoiada pelo governo. Essa é a questão.

"O trabalho legislativo não se confunde com a

sucessão nem com apoios a governo"

"O G7, no meu entender,

aumentou. Hoje ele é o G10"

[ALERJ]

Qual deve ser a prioridade?Alerj realiza pesquisa em blog

As UPPs voltaram ao noticiário depois da re-cente pacificação da Ro-cinha, e todos podem participar sobre outros temas. A Assembleia Le-gislativa do Rio (Alerj) quer saber a opinião do

cidadão fluminense so-bre os assuntos que mais interessam ao estado e que serão abordados em edições do JORNAL DA ALERJ. Para partici-par é fácil: basta acessar o Blog da Alerj (http://

aler jnoticias.blogspot.com/). Novas enquetes serão publicadas a cada 15 dias. A atual pergunta é: “Depois da instalação das UPPs, qual deve ser o setor priorizado pelo poder público?”.

[RIO SEM MISÉRIA]

Rio terá plano de transferência de renda para famílias e estudantes

O Plano “Rio Sem Misé-ria”, proposto pelo Gover-no do Estado, foi aprovado pela Alerj na quarta-feira (22). Ele será subdividido em dois programas: “Ren-da Melhor” e “Renda Me-

lhor Jovem”. O primeiro para famílias abaixo da li-nha de pobreza e o segun-do para estudantes des-tas famílias que estejam no ensino médio. “Este é um programa revolucionário,

que avança muito em re-lação ao Bolsa Família, já que sua base é mais ele-vada, atendendo um nú-mero maior de famílias” - elogiou o deputado André Corrêa (PSD).

ARQUIVO O FOCO

"A maioria dos vereadores do 'G7' defende

a mesma candidatura

apoiada pelo governo"

Kifer no plenário, com um exemplar de O globo com denúncias contra a LLX e a prefeitura

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O FOCO Sexta-feira, 25 de novembro de 201114

Os hábitos de comprar frango no aviário, consertar relógio no relo-joeiro, mandar flores e consertar sapatos no sapateiro ainda per-sistem em Itaguaí, uma cidade de muitos contrastes. Um deles é a questão do avanço – representa-

do pelos muitos investimentos – e o passsado – representado pelas tradições rurais, e, como O FOCO observou, por comerciantes para lá de tradicionais que ainda estão em atividade na Cidade do Porto.

Confira a seguir matérias que

contam um pouco como as tra-dições convivem com as facilida-des da tecnologia e os novos ru-mos do comércio. O tempo, em Itaguaí, vive duas dimensões, e é possível constatar: o que é bom não se perde.

Velhos tempos... que ainda não se foramComércio típico do passado ainda se mantém em Itaguaí. tradição e modernidade convivem na Cidade do Porto

Para funcionar plenamente, esses estabelecimentos precisam de uma licença específica para comércio de animais vivos e recebem visita anual da Vigilância Sanitária

Fresco ou congelado?

[Alan Miranda] [email protected]

Primeiro coloca-se no fu-nil, onde ele é degolado e sangra. Depois, vai pa-ra a água fervente e as pe-nas soltam-se um pouco. Em seguida, vai para a de-penadeira, e, por fi m, pa-ra a mesa onde se faz a lim-peza. A princípio, pode pa-recer alguma sessão maca-bra de tortura, mas essa é a explicação de Fábio Ka-wahito, comerciante, sobre o processo que o frango so-fre num aviário até chegar às mãos do cliente.

O aviário é o estabele-cimento onde se vendem frangos frescos, abatidos na hora ou não, de acordo com a preferência do cliente. Pa-ra funcionar plenamente, esses estabelecimentos pre-

cisam de uma licença es-pecífi ca para comércio de animais vivos, dispõem de um veterinário local e re-cebem visita anual da Vi-gilância Sanitária.

PATO SEM CABEÇADona Luíza Kawahito,

dona de um aviário em Ita-guaí – o “Itaguaí Aves” –, nasceu em São Paulo, veio pro Rio e há 34 anos man-tém seu comércio, junto com fi lho e genro. Fábio, seu fi lho, trabalha no aviá-rio desde os treze anos e ex-plica algumas peculiarida-des da profi ssão: por exem-plo, a diferença entre “ga-linha” e “frango” – “A car-ne do frango é mais macia. A da galinha tem que fi car umas 5 horas na panela de pressão para cozinhar” – ensina o comerciante.

O “Itaguaí Aves” só ven-de frangos e ovos. Os fran-gos são comprados de uma granja em Campo Grande e alimentam-se de ração pró-pria. Atualmente, os Ka-wahito estão vendendo também ovos de avestruz, mas só até o estoque de oito ovos doados por um ami-go acabar. Alguns aviários também vendem patos e a esse respeito Fábio faz uma observação: “Com o pato tem que ter mais cuidado,

porque ele é arisco. Se não segurar fi rme, mesmo que esteja sem a cabeça, ele sai correndo” – contou ele.

PREFERÊNCIASApesar da concorrência

com os congelados de su-permercado, o frango fres-co ainda é a preferência de muitas pessoas – “Quan-do vou ao mercado com minha fi lha fazer compra de mês, levamos frango congelado, mas eu prefi ro comprar fresquinho mes-mo.” – explica a dona de casa Débora. Os aviários fazem parte do imaginário de muita gente. Não faz muito tempo, dava-se uma fi cha de metal com um nú-mero para os clientes bus-carem o frango abatido de-pois. Outra situação é pre-parar um prato tradicio-

nal na culinária brasileira: o frango ao molho pardo. Sem aviário, impossível: supermercado não vende sangue das aves.

AO MOLHO PARDOA tradição permanece

no subúrbio da capital e em cidades como Itaguaí e Mangaratiba, que convi-vem com a modernidade e a realidade rural ao mes-mo tempo, com seus con-trastes, vantagens e des-vantagens. A diferença no sabor é perceptível. Man-ter um hábito de tantos anos pode não fazer senti-do para aqueles que come-moram a praticidade dos tempos modernos. Mas talvez isso seja dito por quem ainda não experi-mentou um bom frango ao molho pardo.

Apesar da concorrência com os congelados de supermercado, o

frango fresco ainda é a preferência de

muitas pessoas

c u l t u r a

[COMPORtAMENtO]

CURIOSIDADEA receita do “frango ao molho pardo” surgiu em Portugal, com o nome de galinha Cabidela. Lá esse prato era feito com os miúdos e extremidades da galinha, pés e asa, que eles chamam de cabos. Por isso o nome cabidela.

VANTAGENSComprando num aviário, o cliente leva o frango fresco, além do sangue do animal, única maneira de se preparar o prato “Frango ao molho pardo”.

DESVANTAGENSO cliente só compra o frango inteiro. Caso esteja pensando em fazer um churrasco só com coxa, asa e coração vai ter que comprá-los no mercado.

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Sexta-feira, 25 de novembro de 2011 O FOCO 15

[Jupy Junior][email protected]

Ully de Oliveira Geiss-ler atende à reportagem de O FOCO por telefone. Era intervalo das aulas do cur-so de Gestão de RH na Es-tácio de Campo Grande. O motivo da entrevista: ela vai lançar em março do ano que vem um roman-ce de 120 páginas sobre os valores jovens e cristãos do namoro. Com apenas 20 anos e nenhuma experi-ência anterior, a moça teve a ideia depois de dois fa-tos. Fato um: ela leu “Cre-

púsculo” (Twilight, no ori-ginal), livro de Sthepenie Meyer que é uma febre en-tre a galera com 20-e-pou-cos de idade ou quase is-so. Fato dois: ela disse que procurou mas não achou um livro cristão com os valores nos quais acredita para a prática em uma re-lação amorosa.

“DEUS RESERVOU”Ela não aceita a ideia de

“ficar” (como se chama hoje em dia beijar sem compromisso). “Namoro não pode ser com qual-quer um” – explica a es-

critora, que defende a ideia de que Deus ilumi-na as pessoas para que elas reconheçam quem é o verdadeiro amor de suas vidas. “Deus reser-vou uma pessoa para ca-da um” – sentencia.

O livro conta a história de Laura, de 19 anos, mal sucedida na vida amoro-sa. A jovem conhece um rapaz e começa a se con-frontar com questões so-bre os valores válidos em uma relação.

PRODUÇÃO INDEPENDENTESegundo a autora, o li-

vro surgiu por acaso, por incentivo da irmã, Karen. Durou um ano para ser es-crito, e depois de rejeitar uma editora por alterar os originais, ela decidiu ban-car tudo do próprio bol-so. Resultado: 200 exem-plares vão para as livra-rias ano que vem. A ex-pectativa? “Espero que seja um sucesso, porque a procura está sendo inten-sa” – revela. Embora sem vampiros, pode ser que “Eu, você e Deus” – este é o título do romance – ar-rebate muitos jovens fãs.

[Raphael Peixoto][email protected]

Nascido em Lins, no interior do estado de São Paulo, José Massaro Ka-jishima (“Seu” Massa-ro), 73, filho de imigran-tes japoneses, veio pa-ra Itaguaí ainda bastante jovem – com apenas se-te anos –, pois seus pais procuravam emprego na área agrícola da cidade. Hoje é dono de uma das mais antigas relojoarias do município, localiza-da no centro, e que leva o nome da sua família.

A EVOLUÇÃO DE UMA ARTEOs suíços são conheci-

dos mundialmente por sua pontualidade e seus exce-lentes relógios, mesmo não

tendo sido os inventores do instrumento, que tem uma origem bastante remota e distante: por volta de 600 a.C na região da Judéia, on-de eram produzidos reló-gios de água e de areia (am-pulhetas). Desde então os relógios têm sofrido diver-sas mudanças graças aos avanços tecnológicos. As-sim Massaro comenta es-sa evolução: “Temos que acompanhar. Antigamente era tudo manual e conserta-do a dedo. De uns 25 anos pra cá, os relógios a quart-zo popularizaram-se e hoje 90% deles é assim.”

51 ANOS DE COMPETÊNCIAMassaro tinha apenas

19 anos quando fundou a loja em 1960, mas o ofício com que trabalha vem

de muito antes. Quando ainda tinha 10 anos, seu pai achou que a lavou-ra não era a melhor esco-lha para seu futuro, e de-cidiu que seu filho deve-ria aprender uma profis-

são. A partir daí, Massa-ro passou por um pro-cesso de aprendizagem com um alemão: “Ele era muito rigoroso, mas hoje sou grato” - lembra. Seu primeiro funcionário foi Hélio Assis Ribeiro, em 1968. Durante oito anos Massaro trabalhou sozi-nho. “Ninguém tinha re-lógio em Itaguaí, apenas os donos de fazenda”- conta. O veterano tem or-gulho de dizer que até hoje abre e fecha as por-

tas de seu estabelecimen-to todos os dias.

INVASÃO DOSCAMELÔS“De quatro anos para

cá todos os comercian-tes de Itaguaí têm si-do prejudicados pela in-vasão dos camelôs, que também atrapalham os pedestres. A Prefeitura faz vista grossa” - recla-ma Massaro. Ele afirma que não tem mais condi-ções de sobreviver ape-

nas com a venda e con-sertos de relógios. Hoje, em seu estabelecimen-to, é possível encontrar isqueiros, canetas, car-teiras, leques e louças orientais, dentre outros artigos. Ele atribui essa “expansão” à concorrên-cia com os ambulantes. De qualquer maneira, quem não quer perder a hora pode estar certo de que Massaro entende de relógios. Cada ponteiro, é claro, no seu lugar.

O tempo não paraRelojoeiro há 51 anos em Itaguaí fala sobre sua arte

ARQUIVO O FOCO

Massaru tem 51 anos de comércio em Itaguaí e 73 de idade: o imigrante mantém a tradição da profissão em Itaguaí

Massaro tinha apenas 19 anos

quando fundou a loja em 1960, há

51 anos

[rápidas]

cultura à disPosiçãoPara quem gosta

de artes, esporte ou música, aí vai uma boa notícia: a Fun-dação Mário Peixoto abriu inscrições pa-ra oito cursos gratui-tos, no Centro Cultu-ral Cary Cavalcanti. Os cursos acontecem de segunda a sexta, na parte da manhã e à tarde. São eles: de-senho (segunda-fei-ra), capoeira (segun-das e quartas), pin-tura em tela (terças e sextas), balé clás-sico (terças e quin-tas), música (terças e quartas), jazz (ter-ças e quintas), dança de salão (terça) e te-atro (quarta). As ins-crições estão abertas por tempo indetermi-nado e são feitas no local. O espaço fica na Rua Fagundes Va-rela, 146, Centro.

[LItERAtURA]

Literatura jovem e cristãUlly de Oliveira, 20 anos, de Mangaratiba, promete estreia com romance sobre valores no namoro

ARQUIVO PESSOAL

Ela tem apenas 20 anos e escreveu um romance

TRECHO INéDITO DO LIVRO “EU, VOCÊ E DEUS”:

"Eu sempre imaginei como seria o garoto que Deus separou para mim; o dia que nos conheceríamos; o dia em que ele me pediria em namoro; enfim, imaginava várias situações diferentes. Mas hoje eu me deparei com algo que nunca me passou pela cabeça, mil vezes melhor do que nos meus pensamentos."

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O FOCO Sexta-feira, 25 de novembro de 201116

e s p o r t e[ESPORtE E CIDADANIA]

Tênis: uma bolinha e um projetoJovens de Mangaratiba dão suas primeiras raquetadas

[Alan Miranda][email protected]

O esporte é uma “fórmu-la” que tem se mostrado eficaz na educação e apre-ensão de valores das crian-ças. Exemplo disso é o “De mãos dadas com o tênis”, projeto esportivo recen-te de Mangaratiba, que já faz sucesso entre os jovens moradores. A escolinha es-tá em atividade há seis me-ses e muitas crianças já se

identificam com o espor-te nas primeiras raqueta-das. A iniciativa é da Secre-taria de Esportes da prefei-tura de Mangaratiba e tem por objetivo principal dar oportunidades e incentivo às crianças da região.

TALENTOS PROMISSORESAlex Sandro dos San-

tos, coordenador de espor-tes e responsável pelo pro-jeto, destaca a rapidez no aprendizado das crianças:

“É um esporte pouco pra-ticado na região, sem mui-tas referências, mas eles aprendem muito rápido” – comentou ele.

Segundo o coordenador, a iniciativa consiste princi-palmente na formação ci-dadã desses jovens, mas os que mais se destacarem poderão participar de tor-

neios estaduais, como o Ma-rapendi e o Sport Center.

INSCRIÇÕES ABERTASOs treinos acontecem na

quadra municipal no cen-tro e nas quadras de tênis do Portobello e do Porto Real. As inscrições conti-nuam abertas para jovens de 7 a 16 anos e as matrí-

culas são feitas na quadra do centro de Mangarati-ba, terças e sextas, das 8h às 11h, e terças e quintas, das 14h às 16h, horário dos treinos. A escolinha é gra-tuita e é necessário que os pais levem cópia da certi-dão de nascimento, duas fotos, declaração escolar e atestado de saúde.

A iniciativa consiste principalmente

na formação cidadã desses jovens, mas

alguns talentos se destacam

DIVULgAÇÃO/PMM

Alex ensina movimento a uma aluna: aulas grátis para quem tem vontade de aprender um esporte tido como elitizado