jornal o dialeto - 6

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Sexta-feira 18/11/11 Edição 6 Ano 1 LEMBRANÇA LEMBRANÇA LEMBRANÇA LEMBRANÇA LEMBRANÇA LEMBRANÇA LEMBRANÇA LEMBRANÇA Ôxente, foi Danado de Bom! Durante cinco dias, Cubatão pulsou cultura nordestina. Foram shows, oficinas, teatro, artesanato, comidas do nordeste do país. O evento foi uma homenagem à própria cidade que tem mais de 60% de sua população descendentes ou nordestinos. A chuva não atrapalhou e no fim, o público decretou: Foi simplesmente Danado de Bom! Edição Especial Cubatão Danado de Bom Fotos: Ademir Orfei / O Dialeto

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Especial Danado de Bom Cubatão

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Sexta-feira 18/11/11Edição 6Ano 1

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ÇA Ôxente,

foi Danado de Bom!

Durante cinco dias, Cubatão pulsou cultura nordestina. Foram shows, oficinas, teatro, artesanato, comidas do nordeste do país. O evento foi uma homenagem à própria cidade que tem mais de 60% de sua população descendentes ou nordestinos. A chuva não atrapalhou e no fim, o público decretou: Foi simplesmente Danado de Bom!

Edição Especial Cubatão Danado de Bom

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Edição especial Cubatão Danado de Bom • Página 2Sexta-feira 18/11/11 • Edição 6 • Ano 1

Do dia 11 ao dia 15 de no-vembro Cubatão abriu os braços para as suas

próprias raízes. Foram cinco dias de festa, mas além disso, foram dias de celebração. Uma forma de homenagear o povo que de certa forma fincou os pi-lares da cidade. Foi a maior fes-ta nordestina fora do Nordeste.

Durante o Danado de Bom, a Cidade foi buscar no Nordeste manifestações e atividades, po-rém, acabou se vendo refletida nesta mesma cultura. Afinal, mais de 60% dos cubatenses são ou tem ligações com nor-destinos.

O evento reconheceu a im-

portância dessas pessoas e ho-menageou alguns dos nordes-tinos que ajudaram a construir a história da cidade. Os cinco escolhidos representaram os migrantes que começaram a chegar ao município na década de 1940 para as obras da Via Anchieta, permaneceram na região por conta da instalação do Polo Petroquímico e poste-riormente pelo surgimento da Rodovia dos Imigrantes.

Os homenageados foram o sergipano Alfredo Vieira dos Santos, o Agulhão do Mar; o pernambucano José Ronaldo de Andrade, conhecido como Seu Camarão; Manoel Raimun-

do de Oliveira, cearense; o per-nambucano, Albino Barbosa da Silva, o Chapéu de Couro e o também pernambucano Clau-delício Mota Cavalcante.

A grande homenagemChico Anysio, o grande ho-

menageado do Festival, está em tratamento médico e ficou impossibilitado de viajar até a cidade. André Lucas, filho do humorista, veio no lugar do ar-tista. “Vou passar para o meu pai o carinho de todo mundo aqui. Ele saiu de uma interna-ção de 110 dias, foi novamente para o hospital e na última se-gunda-feira recebeu alta, mas

ainda assim não pôde vir. Chi-co é nordestino, enverga, mas não quebra”, brincou.

André Lucas recebeu da prefeita Marcia Rosa e do Se-cretário de Cultura, Welington Borges, uma placa homenage-ando Chico Anysio, momento em que aproveitou para ler uma mensagem enviada pelo pai. O recado de Chico dizia: “Estou muito triste por não poder com-parecer. Essa é a maior home-nagem da minha vida. Obrigada a todo povo dessa bela cidade que é Cubatão”.

A prefeita ficou profunda-mente feliz com a declaração: “Chico Anysio levou o nome

dos nordestinos pelo Brasil afora. Em nome do povo de Cubatão, que é acolhedor, ale-gre, feliz e tem muito orgulho de sua origem nordestina, mui-to obrigada”.

Durante os cinco dias, os vi-sitantes puderam conferir uma exposição inédita sobre a vida e obra do humorista. Pela primei-ra vez, Chico Anysio cedeu dez figurinos de seu acervo, usados para dar vida aos seus geniais personagens. Paineis gigantes traziam um pouco da história desse múltiplo artista, com mui-tas fotos. Havia, também livros, LPs e quadros, tudo criação de Chico Anysio.

A Cidade foi buscar no Nordeste manifestações e atividades, porém, acabou se vendo refletida nesta mesma cultura

O orgulho de ter a alma nordestina

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O Jornal O Dialeto é uma publicação da Cassio & Bueno Editora Ltda - CnpJ:

13. 342.109/0001-59 - Avenida Conselheiro Nébias, 707 - sala 01 - CEP: 11.045- 003

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Gráfico Circulação: Cubatão, Praia Grande, São Vicente e Vicente de Carvalho -

As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores.

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“O Danado de Bom, acima de tudo, veio para despertar a necessidade de nós nos apropriarmos da cultura. Ainda existe muito preconceito em relação à cultura nordestina, mas isso que estamos fazendo é valorizar o que também é nosso.

Nós falamos muito de cultura nordestina, mas na verdade estamos falando de 9 estados e temos que identificar os traços culturais de cada região e o festival está colaborando com isso. Sou mineiro, mas durante cinco dias, virei nordestino”, declarou o secretário de Cultura de Cubatão, Wellington Ribeiro Borges

11 Novembro

1ºDIA

O maior festival nordestino fora do Nordeste reuniu inúmeras atrações, apre-

sentações, oficinas, comida, mui-ta, mas muita gente mesmo que estava bem ansiosa pelo grande momento da noite. O show prin-cipal.

A programação foi bem varia-da e a agitação no primeiro dia ficou a cargo dos Cavaleiros do Forró. Uma grande queima de fogos anunciava o começo do evento. No primeiro, dia mais de 15 mil pessoas circularam pelo espaço. Oficialmente os portões foram abertos às 20h, mas já ti-nha gente passeando por lá des-de o fim da tarde, horário em que a sala de cinema já estava ativa e apresentava o filme o Palhaço.

A cidade cenográfica e o es-paço intitulado Chico City foram atracões muito procuradas pelo público, enquanto o espetáculo principal não começava.

Antes de os Cavaleiros do Forró subirem ao palco, foram vistos grupos teatrais animando as pessoas, shows musicais no palco alternativo, versos de cor-del, ritmos nordestinos variados - axé, forró pé-de-serra - e por fim uma plateia ansiosa esperava o grande momento.

Jailson, o vocalista da banda Cavaleiros do Forró se surpre-enderu ao ver a empolgação das pessoas e comentou “Eu sou pa-raibano, estou muito longe da mi-nha terra, mas hoje me sinto em casa".

Uma grande queima de fogos anunciava o começo do evento. No primeiro, dia mais de 15 mil pessoas circularam pelo espaço

Cavaleiros do Forró abrem festa com animação

Secretário de Cultura“Sou mineiro, mas durante 5 dias virei nordestino”

Wellington Ribeiro Borges

(secretário de cultura)

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Edição especial Cubatão Danado de Bom • Página 4Sexta-feira 18/11/11 • Edição 6 • Ano 1

Artista abriu o show homenageando o ícone Gozaguinha e encantou o povo com sucesso de sua carreira

Zé Ramalho canta Gonzaguinha e emociona O segundo dia começou cedo

na arena. Das 11 horas da manhã até às 18 horas, inú-

meras atrações divertiram o povo. Teatro, dança e música, separados ou em conjunto, em diversos ritmos eles divertiram as pessoas das mais diversas idades. Algumas das atra-ções como a Quadrilha da 3ªidade, o teatro Mamulengo (aquele em que bonequinhos, em cima de uma cai-xa, controlados pela mão do artista e de voz projetada contam histórias), o Xaxado e o Cordel percursivo en-cantaram o público. As pessoas já se preparavam para, talvez, a principal atração musical dos cinco dias de festa, Zé Ramalho.

O filho do homenageado Chico Anísio, André Lucas, compareceu ao evento e se apresentou neste dia. Ele presenteou o público com seu novo stand up ‘A mesma coisa, diferente’ além de relembrar bordões de seu per-sonagem, Seu Aranha, na Escolinha do Professor Raimundo, estrelada pelo seu pai. O engraçadíssimo “deixa Dil-so, que que é ilso, pára com ilso”, deu o tom de alegria à presentação.

Uma grande queima de fogos pro-jetou sua chegada: Enfim Zé Ramalho já se encontrava na arena do Danado de Bom. Zé Ramalho relembrou mais um ícone da cultura musical Nordes-tina, Gonzaguinha e abriu o seu show com a canção ‘Eterno Aprendiz’ e fez o público se emocionar.

Em seguida ele emplacou suces-sos como, ‘Avôhai’, ‘Taxi Lunar’, a emocionante ‘Admirável Gado Novo’ e finalmente encantou e fez a plateia chorar com o sucesso ‘Chão de Giz’. A banda de forró Camarão de Bonito encerrou a noite no palco alternativo.

Arretado

O nordeste nas mãos de Valdeck de Garanhuns

Pernambucano de Garanhuns, Val-deck esteve no Festival levando toda sua polivalência. Ele é poeta, artista plástico, arte-educador, ator, composi-tor, contador de estórias e mestre em Teatro de Mamulengo.

Em uma das casas da cidade ce-nográfica do Danado de Bom, Valdeck apresentou seus trabalhos de xilogra-vura, técnica que utiliza moldes talha-dos na madeira para imprimir dese-nhos, típicos do nordeste brasileiro. “Faço isso há 30 anos, desde menino me interesso pela xilogravura”, diz. Os temas são os mais variados: Lendas, mitos, dia-a-dia.

Encantado, no meio das obras de Valdeck, a reportagem do Dialeto en-controu Renato Zamarrenho, que veio de Santos para prestigiar a festa. “Eu adoro a cultura nordestina. Incrível como ninguém nunca pensou em realizar uma festa como esta antes”, afirmou.

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Pernambucano de Garanhuns, Valdeck

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Que chuva que nada. 3º dia pegou fogo

O terceiro dia tinha duas super atra-ções, fora todas as outras apre-sentações, que não eram poucas.

Novamente o dia começou cedo na cidade cenográfica do Danado de Bom. Às 11h o grupo ‘Auto Reverse’ trouxe o estilo MPB cancioneiro nordestino para Cubatão e to-cou até às 15h. Entre uma atração e outra, uma roda de capoeira agitou o local, mais Xaxado, teatro e danças anunciavam o que estava por vir. Mais de 20.000 pessoas, embaixo de chuva, se aglomerariam para acompanhar os shows de Frank Aguiar e Calcinha Preta.

O primeiro a invadir o palco principal foi Frank Aguiar. O Cãozinhos dos Teclados não poupou, seus tradicionais, gritinhos e muito menos tecnologia e troca de figuri-nos. A iluminação foi um dos pontos fortes, junto a equipe de bailarinos que deu um show a parte. Frank tocou vários suces-sos, como ‘Mulher Madura’, ‘Morango do Nordeste’, mais uma homenagem a Luis Gonzaga, com o ‘Xote das Meninas’ e o ‘Carimbó do Macaco’.

A ultima música contou com a parti-cipação de um morador da Cota 200. Ao ser chamado no palco, Frank ofereceu R$ 50,00 ao participante caso ele conseguisse cantar um trava línguas que serve de refrão da música ‘Carimbó do Macaco’ sem errar. E o rapaz deu show, cantou e dançou, le-vantou o público e quem rebolou mesmo foi o Cãozinho dos Teclados na tentativa de retomar o microfone do folião.

Em seguida debaixo de uma forte chu-va, o Calcinha Preta começou a passar o som, e aproximadamente 20.000 pessoas procuravam um espaço para melhor ver os seus ídolos. O forró eletrônico da banda incendiou o público que dançava sem se importar com a chuva que não deu trégua.

Bell Oliver, vocalista, anunciava que em breve chamaria ao palco o cantor Frank Aguiar. E no ponto alto do show, o Cãozi-nho dos Teclados cantou em parceria com Oliver e Silvânia, o cantor interpretou ‘Você não vale nada, mas eu gosto de você’, su-cesso do Calcinha Preta que foi tema da fogosa Norminha, Dira Paes, esposa do guarda de trânsito Abel, interpretado por Anderson Müller em Caminho das Índias.

De Praia Grande

O repente de Jackson

da ViolaEle deixou a Paraíba com 26

anos, fugindo da seca. “Ela (a seca) me botou para fora”, afirmou. Ele deixou as amarguras para trás e veio para a cidade grande queren-do enriquecer. Não ficou rico, mas, durante alguns dias do Danado de Bom, Jackson da Viola divertiu os visitantes com a língua afiada e a agilidade nos repentes. “Eu tinha um vizinho que fazia repente e eu achava lindo e falei para mim mes-mo: É isso que eu quero fazer”.

Frank Aguiar e Calcinha Preta incendiaram o público que nem ligou para a chuva

13 Novembro

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Edição especial Cubatão Danado de Bom • Página 6Sexta-feira 18/11/11 • Edição 6 • Ano 1

O quarto dia novamente foi marcado pela agitação e a tentativa, frustrada, da chuva de atrapalhar o evento

Mistura eclética dá o tom da festa 14

Novembro

4ºDIA

Em uma mistura bem eclética a Sinfô-nica de Cubatão dividiu o palco, pela segunda vez, com Osvaldinho do Ar-

codeon. Ambos tocaram juntos e preparam uma bela homenagem ao Rei do Baião, Luis Gonzaga. Fizeram parte do repertório mú-sicas que vivem no coração do nordestino como ‘Que nem jiló’ e ‘Vida de Viajante’, íco-ne musical do retirante que veio em busca de uma vida melhor no Sudeste.

O quarto dia novamente foi marcado pela agitação e a tentativa, frustrada, da chuva de atrapalhar o evento. Ficou por conta da Bamdamel o principal show da noite. O vocalista se animou ao ver que mesmo com a chuva o público estava lá para prestigiar os músicos: “Obrigado povo de Cubatão. Mesmo com toda essa chuva, vamos fazer com que esta seja a melhor festa do mundo”.

A banda tem mais de 19 anos de es-trada, e cantou alguns de seus sucessos, como ‘Baianidade Nagô’, ‘ Beijar na Boca’ e Prefixo de Verão’.

Após a Bamdamel se apresentar a fes-ta não parou, a Banda Pífanos de Caruaru agitou a madrugada do Danado de Bom. Formada em 1924 pelos irmãos Benedi-to e João Biano no sertão de Alagoas a Banda alegra pessoas há mais 85 anos e passou por algumas formações. Hoje é composta apenas por familiares, o mais velho, Sebastião Biano tem 93 anos. Os ritmos juninos são embalados ao som de pífanos e percussão.

Supimpa

Pra lá de delicioso e

com um toque da terrinha

Carne de sol, manteiga de garrafa e uma deliciosa combinação de manga, coco fres-co e camarão. Uma receita cheia de sabor, batizada de Carne de sol ao Toque Litoral Nordestino, elaborada pelo Restaurante Tra-dição, foi a vencedora do Festival Gastronô-mico Danado de Bom de Cubatão.

Onze estabelecimentos comerciais se ins-creveram com receitas originais, inspiradas na culinária nordestina. O Festival Gastronô-mico fez tanto sucesso entre os clientes, que todos os restaurantes decidiram incluir as re-ceitas participantes no cardápio.

“Estou muito emocionado”, definiu rapi-damente o proprietário do Tradição, Gustavo Jorge. “Eu fui pesquisar e fiz uma mistura en-

tre a parte Central e o Litoral do Nordeste”, explicou o chef André Passos, que criou a re-ceita. O editor do Jornal O Dialeto, Alexandre Bueno, foi um dos jurados.

Estou muito emocionada com essa premia-ção. O prêmio será dividido entre os 12 funcio-nários que ajudaram a criar a receita”, afir-mou dona Ruth Rossi, gerente do Restauran-te Tempero Manero, 2º lugar com a receita Escondidinho de man-dioca com carne seca e catupiry. O espaço faz parte de uma rede

de restaurantes e o prêmio deve valorizar a filial de Cubatão, inclusive, com investimentos. O 3º lugar ficou com Carne seca gratinada do Pro-jeto 10 e em 1, mas o restaurante não enviou representante ao anúncio.

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Página 7 • Edição especial Cubatão Danado de Bom Sexta-feira 18/11/11 • Edição 6 • Ano 1

Última apresentação do festival reuniu tudo o que o Danado de Bom teve de melhor. Daniela Mercury foi show!

O Povo diz que foi Danado de Bom

“Moro em Santos e é a primeira vez que venho. Achei bem legal. Sou sergipano e a com a festa deu pra matar um pouquinho da saudade da minha terra. Fiz questão de trazer minha filha pra aproximá-la da minha realidade”, Roque Alves da Conceição

“A chuva atrapalhou um pouco, mas o evento está bonito. Não

sou nordestina, mas adoro a cultura”, Nádia Nóbrega dos

Santos

“Sou de Santos e estou adorando a festa. Adoro o nordeste, é uma terra linda”, Rosa Cristina

“Vim todos os dias e no ano passado também. É uma ótima

opção para quem mora em Cubatão como eu. Dá orgulho de ser

cubatense vendo uma festa assim”, Romildo Miranda da Costa

“Adoro a cultura nordestina e essa é a melhor festa da Baixada Santista. Ainda bem que é em Cubatão”, Judith de Oliveira

“Sou filho de nordestino e uma festa assim é muito bom. São as minhas

raízes”, Adeílton Silva da Costa

Talvez não houvesse show melhor para encerrar o Danado de Bom do que o que realmente fechou a festa. A apresentação da cantora Daniela Mercury, além de agitar o público que conferiu o último dia do festival, foi uma síntese da festa cubatense. Alegria, dança, música, diversidade, resgate das raízes cultu-rais do nordeste com um pitada de modernidade.

Daniela Mercury, uma das maiores estrelas da nossa música, encerrou o Festival trazendo um show que tem como principal lema o afeto: afeto pela di-versidade e riqueza da música brasileira. E sentiu de perto o amor de toda a plateia que, mesmo embaixo de muita chuva, compareceu.

A artista demonstrou em cada canção, em cada dança executada com maestria pelos bailarinos, um espetáculo vigoroso e poético. O repertório escolhi-do especialmente para Cubatão foi eclético e incluiu músicas antigas como “Rapunzel” e até mesmo marchinhas de Carnaval. Daniela também cantou o Brasil de Elis Regina, de Carmem Miranda, de Raul Seixas, de Roberto Carlos, transpirando influências pop e de MPB, além das batidas do candomblé.

A artista encerrou o show com “O canto da cida-de”, ao lado da cantora Patrícia Alves, da Afrobanda, projeto musical de Cubatão. Uma queima de fogos que durou cerca de vinte minutos coloriu o céu da cidade, marcando o fim do Danado de Bom.

SurpresaNinguém esperava, mas a artista, que já fez sho-

ws por praticamente todo o Brasil e até no exterior, surgiu no pequeno palco da Praça de Alimentação do Danado de Bom por volta das 20 horas, dividindo a cena com o Grupo Afrobanda – Percussão e Movi-mento. Ela fez questão de conhecer o projeto, forma-do por adolescentes e jovens cubatenses de 12 a 21 anos em situação de vulnerabilidade social.

A artista conhece de perto a importância de ações como essa: “É fantástico. Projetos assim fazem com que as crianças sejam mais expressivas e comuni-cativas para enfrentar esse mundo de hoje, que nin-guém foi preparado para enfrentar. Trabalho com a Unicef há mais de 16 anos e sei que o quanto esses trabalhos nos ajudam na luta para que as crianças sejam respeitadas e se tornem protagonistas”.

Música, dança, cultura e alegria. O resumo da festa

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