jornal Ô de casa 49

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EDIÇÃO 49 | MARÇO/ABRIL 2012 IMPRESSO Ô DE CASA Este caderno especial do Ô de Casa é uma celebração pela passagem do Dia Internacional das Mulheres e, acima de tudo, uma homenagem a mulheres e homens que dedicam seu trabalho a construir uma empresa cada vez mais sólida e compeva. De acordo com Relatório da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), citado pelo portal de nocias G1, as mulheres ocupam 8,5% das vagas na área agrícola e 11% nas áreas industrial e administrava no setor sucroenergéco. Na Usina Santa Adélia, o sexo feminino já representa mais de 12% de toda a força de trabalho. No mês de março, a usina registrava 581 mulheres no quadro total de 5.000 empregados da empresa em Jabocabal, Pereira Barreto e Pioneiros. Nove mulheres ocupam cargos de liderança nas três Usinas. A presença feminina em nossa empresa é maior do que a parcipação das mulheres no agronegócio nacional, que é da ordem de aproximadamente 9% da força de trabalho. A presença da mulher na empresa é cada vez mais marcante. Antes restrita a apenas alguns setores de funções picamente femininas, hoje se dá em pracamente todas as áreas. Respeitando diferenças, o resultado não poderia ser melhor. Elas provam que estão lado a lado com os homens nos quesitos produvidade e compromemento. São as mudanças nas prácas instucionais, na organização do trabalho e no desenvolvimento pessoal que permitem às mulheres conciliar vida familiar e profissional, contribuindo para sua valorização na sociedade como um todo. As questões relavas ao fortalecimento das mulheres vêm recebendo cada vez mais atenção dos organismos internacionais. Para a Usina Santa Adélia, reconhecimento profissional, oportunidades de capacitação e de carreira são os melhores caminhos para uma efeva promoção da igualdade entre os sexos e para a melhoria da qualidade de vida das mulheres. acredita nas Mulheres A Usina Santa Adélia + A s Mulheres na Usina Santa Adélia PIONEIROS Administração 12 Indústria 18 Agrícola 225 TOTAL 255 JABOTICABAL Administração 46 Indústria 34 Agrícola 131 TOTAL 211 PEREIRA BARRETO Administração 29 Indústria 14 Agrícola 72 TOTAL 115

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Diagramação Jornal Ô de Casa da Usina Santa Adélia

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Page 1: Jornal Ô de Casa 49

EDIÇÃO 49 | MARÇO/ABRIL 2012

IMP

RES

SO

Ô DE CASA

Este caderno especial do Ô de Casa é uma celebração pela passagem do Dia Internacional das Mulheres e, acima de tudo, uma homenagem a mulheres e homens que dedicam seu

trabalho a construir uma empresa cada vez mais sólida e competitiva.De acordo com Relatório da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), citado pelo

portal de notícias G1, as mulheres ocupam 8,5% das vagas na área agrícola e 11% nas áreas industrial e administrativa no setor sucroenergético.

Na Usina Santa Adélia, o sexo feminino já representa mais de 12% de toda a força de trabalho. No mês de março, a usina registrava 581 mulheres no quadro total de 5.000

empregados da empresa em Jaboticabal, Pereira Barreto e Pioneiros. Nove mulheres ocupam cargos de liderança nas três Usinas. A presença feminina em nossa

empresa é maior do que a participação das mulheres no agronegócio nacional, que é da ordem de aproximadamente 9% da força de trabalho.

A presença da mulher na empresa é cada vez mais marcante. Antes restrita a apenas alguns setores de funções tipicamente femininas, hoje se dá em praticamente todas as áreas.

Respeitando diferenças, o resultado não poderia ser melhor. Elas provam que estão lado a lado com os homens nos quesitos produtividade e comprometimento.

São as mudanças nas práticas institucionais, na organização do trabalho e no desenvolvimento pessoal que permitem às mulheres conciliar vida familiar e profissional, contribuindo para sua valorização na sociedade como um todo.

As questões relativas ao fortalecimento das mulheres vêm recebendo cada vez mais atenção dos organismos internacionais. Para a Usina Santa Adélia, reconhecimento

profissional, oportunidades de capacitação e de carreira são os melhores caminhos para uma efetiva promoção da igualdade entre os sexos e para a melhoria da qualidade

de vida das mulheres.

acredita nas MulheresA Usina Santa Adélia

+ As Mulheres na Usina Santa AdéliaPioneiroSAdministração 12

indústria 18

Agrícola 225

ToTAl 255

JAboTicAbAlAdministração 46

indústria 34

Agrícola 131

ToTAl 211

PereirA bArreToAdministração 29

indústria 14

Agrícola 72

ToTAl 115

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2 Jornal 49 | Abril 2012

A imPortâNciA de oUvirO Trabalho de Conclusão de Curso

na área de marketing de relacionamento antecipou um pouco o que seria essa nova área de atuação da Cristiane na Usina Santa Adélia. Ela é responsável pelo recém- implantado setor de relacionamento com o fornecedor de cana-de-açúcar, matéria- prima básica para a empresa produzir energia e alimento. “Acredito que esse trabalho é estratégico. As pessoas gostam de ser ouvidas e buscam esclarecimentos. Estou aqui para cumprir essa função, informando, tirando dúvidas. Nosso relacionamento tem a marca da credibilidade e da confiança”,

conta. Cristiane fala mansinho ao explicar que centraliza todas as informações de interesse do produtor, como contratos, pagamentos, cronograma de safra, porque mantém a linha direta com a liderança agrícola. Agilidade e presteza contam muito na sua área. Ela conta com a intuição e paciência típicas características femininas para receber sugestões dos fornecedores e apresentar ao Departamento Agrícola. Nas horas de folga, a vida acontece em cor-de-rosa, seu tom preferido. Gosta de viajar, de estar com amigas. Simples, assim. cristiane regina de Simone, auxiliar

adm., responsável pelo atendimento ao fornecedor, 6 anos de Usina Santa

Adélia Jaboticabal

A PrimeirA doS trAtoreS Ela foi a primeira mulher contratada para

operar tratores na equipe de jardinagem em Jaboticabal. Isso há quase uma década. Na época, os homens da equipe não viam com bons olhos uma mulher assumir a operação de máquinas e diziam que aquela mulher certamente estava tirando o lugar de um pai de família! Indiferente aos comentários, ela sabia que estava certa e sempre primou por conservar a máquina e garantir um bom rendimento na operação. Na verdade, Cristiane sempre esteve muito envolvida com máquinas. Aos nove anos de idade, já

dirigia máquinas agrícolas no campo, junto com o pai e o irmão. “Meu pai sempre tratou os filhos, homem ou mulher, de igual para igual. Foi ele quem mostrou o quanto o trabalho é importante”. Hoje, Cristiane opera colhedora de cana com o mesmo empenho de quem foi pioneira no trator. É uma mulher vaidosa e, fora do trabalho, dedica-se de corpo e alma ao seu filho, um rapaz de 16 anos de idade, aos cuidados com a casa e ao marido, que se orgulha do trabalho da esposa.

violetASOs 47 vasos bem cuidados de violeta

não deixam dúvida da presença feminina no setor de Manutenção Automotiva em Jaboticabal. Adriana ingressou na empresa aos 14 anos de idade, como recepcionista no ambulatório médico e do serviço social. Além das responsáveis pela faxina, Adriana foi a primeira mulher a trabalhar na então Oficina Automotiva. Trabalhando durante o dia e estudando à noite, conseguiu concluir a Faculdade de Letras. “A versatilidade da mulher conta muito. Saber ouvir as pessoas, dar o apoio necessário. O dia a dia é de ajuda mútua entre os colegas de trabalho, independentemente de serem homens

ou mulheres”. Num local de prevalência masculina, a voz firme de Adriana é responsável pela comunicação. A lição do trabalho fora de casa veio de sua mãe. Adriana casou com um colega de trabalho, Célio José de Moraes, amigo de infância. O casal se orgulha do filhote, o pequeno João Pedro Braguim de Moraes, de 4 anos de idade. Ela se derrete ao falar do pequeno Pedro e concilia com tranquilidade as várias funções: de mãe, mulher, dona de casa, amiga, companheira, profissional e todas as que a vida colocar na sua frente. Com toda a certeza.

Adriana Alessandra BraguimAuxiliar adm., 26 anos de Usina

Santa Adélia Jaboticabal

A FiScAl Eliane mora em Selvíria e diariamente

sai do Estado de Mato Grosso do Sul para trabalhar no Estado de São Paulo, na Usina Santa Adélia, Pereira Barreto. Ela tem a formação técnica em Produção Agropecuária pelo Centro Paula Souza de Andradina e assumiu a função de fiscal de plantio. Sob sua responsabilidade, está a liderança de uma equipe formada por 45 pessoas, das quais apenas três são mulheres. O ambiente de trabalho não poderia ser melhor, em sua opinião. “A equipe apoia-se mutuamente, temos respeito aqui”. Entrou

na empresa pela área de fitossanidade e logo tornou-se fiscal da área. Além de expressar-se bem, Eliane acredita que tem habilidade para lidar com pessoas, o que ajuda muito no entrosamento com os colegas. Mas não acha que isso seja uma característica típica das mulheres. “É fundamental dosar energia com educação. Precisamos encarar os desafios com responsabilidade e respeito, e isso vale tanto para homens como para mulheres”, afirma. Fora do trabalho, Eliane encontra tempo para o noivado e não se descuida da beleza.

cristiane roberta da S. Santos, na operação de colhedoras, nove anos de

Usina Santa Adélia Jaboticabal

eliane Aparecida Barboza, fiscal de plantio, três anos de Usina Santa Adélia

Pereira Barreto

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3Jornal Ô de Casa

Não Pode FAltAr o SorriSoEla tornou-se um verdadeiro orgulho

para sua família. Eliane, que já trabalhou no corte de cana-de-açúcar, decidiu participar de um dos programas de capacitação, fez os cursos oferecidos pela Usina Santa Adélia e preparou-se para a função de soldadora. O sorriso largo não nega: Eliane está feliz e realizada com sua conquista. Ela sabe que a atividade que até pouco tempo era exclusivamente masculina, já conta com mulheres. “Isso é um desafio”, acredita. O ambiente de trabalho não poderia ser mais

favorável. Apesar de a maioria dos colegas pertencer ao sexo masculino, Eliane foi bem recebida e encontra todo o apoio quando as dúvidas surgem. Espera ser um exemplo para sua filha de 13 anos, como sua mãe foi para ela, trabalhando como profissional do corte da cana para ajudar no orçamento da casa. Se durante a semana Eliane é 100% profissional, quando chega o sábado, tira um tempinho para se cuidar no salão de beleza onde repõe as energias, arruma o cabelo e faz as unhas, afinal ninguém é de ferro.

comPANheiriSmoLoira e Gegê formam uma dupla

dinâmica no armazém de açúcar em Jaboticabal. Como verdadeiras atletas, fazem uma espécie de rapel dos bags de açúcar empilhados até 13 metros de altura. Elas sobem seguras com todos os EPIs necessários. Cuidadosamente, elas encaixam as alças dos bags nas empilhadeiras que carregam os caminhões, expedindo para clientes todo o açúcar produzido pela empresa.

Eva, a loira, descobriu com sua mãe a necessidade e o valor do trabalho. Desde os sete anos, acompanhava o dia a dia da lavoura. Quando começou a trabalhar na indústria, estranhou o ambiente fechado e a luz artificial mesmo durante o dia, onde hoje trabalha com desenvoltura e muito amor. Eva é rodeada de homens: os colegas de trabalho, os motoristas de caminhão que espiam as trabalhadoras e

Eva Aparecida dos Santos, auxiliar de processos industriais, 19 anos de Usina Santa Adélia Jaboticabal e Geralda Gonçalves de Souza, auxiliar de processos industriais, 20 anos de Usina Santa Adélia Jaboticabal

admiram a destreza da dupla, e seu filho Júlio, além dos dois netos Felipe e Flávio, que ajuda a criar. Com brilho nos olhos, Eva espera que a vida traga a oportunidade de um novo amor.

Gegê, a morena, conta que sua mãe sempre a orientou para o trabalho. “Ela dizia que o primeiro marido era um bom emprego”. Geralda orgulha-se de nunca ter perdido um dia de trabalho e acredita que o fato de ser mulher dá ainda mais força para superar os desafios. Em casa, conta com o apoio integral do marido, com quem é casada há 35 anos, e que a estimula para encarar a jornada e o amor das netinhas Lorraine e Isadora. Ainda lava, passa, cozinha e cuida da casa toda. Espelha-se na mãe, Neusa, que aos 77 anos vive em Rondônia e cuida da roça e de 180 galinhas, com fibra e muita alegria no coração.

Ivanir ocupa uma função que não é nada comum para as mulheres e está muito confiante. Ela sabe que além da técnica e de muito treino, a coragem conta bastante para encarar o desafio de conduzir um rodotrem, que são os maiores caminhões da Usina, utilizados para o carregamento de cana. Ela já está há três safras em Pereira Barreto, mas esta será a primeira vez que Ivanir vai dirigir os rodotrens. A habilidade da motorista merece o respeito tanto de homens quanto de mulheres: “claro, ainda ouço

Ivanir dos Santos Dias, motorista de rodotrem, três anos de Usina Santa Adélia Pereira Barreto

piadas de mau gosto que insistem em dizer que mulher é barbeira. Mas não ligo”. Ela está segura com o treinamento que recebeu, primeiramente no pátio da empresa, fazendo o descarregamento da cana picada no hilo e também trabalhando na pista, mas não esconde que ainda sente um frio na barriga. “Meus amigos comentam que sou uma grande mulher, e isso me dá muita força”, conta. Vaidosa, Ivanir é carreteira, dona de casa e cuida das duas filhas, Isadora e Mariana. “Elas me admiram, e isso é muito importante”.

eliane lopes da Silva, auxiliar de manutenção automotiva, dois anos de

Usina Santa Adélia Jaboticabal

exPedieNteÔ de Casa é uma publicação da Usina Santa Adélia S/A

[email protected]: bimestral | Distribuição gratuita | Tiragem: 5.500 unidades

Produção: Fábrica da Palavra | Jornalista Responsável: Denise Sacco - MTb 22.184 | Concepção Visual: Enéias PenteadoDesenvolvimento e Comunicação - RH: Cássia Fernandes | [email protected] - MTb: 39.317

Fotos: Usina Santa Adélia e Fábrica da Palavra.Este jornal circula em Barrinha, Córrego Rico, Dobrada, Guariba, Guzolândia, Ilha Solteira, Jaboticabal, Pereira Barreto,

Santa Ernestina, Sud Mennucci, Susanápolis, Taiaçu, Taiuva, Taquaral, Taquaritinga.

NA direção do rodotrem

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4 Jornal 49 | Abril 2012

BelA eNtre oS ByteS Nem a aparência frágil e os olhos claros

sensibilizavam os colegas de ônibus, para darem o lugar no assento à estudante do curso Técnico em Processamento de Dados, nas viagens intermináveis entre Guariba e Ribeirão Preto. O remédio era viajar em pé. Luciane era praticamente uma adolescente quando aprendeu sobre igualdade entre gêneros na prática. Desde o final dos anos 1980, já trabalhava na área de informática, abrindo um relevante espaço profissional, numa seara onde as mulheres ainda eram muito poucas. Em 1991, ingressou na área de Tecnologia de Informação da USA como Programadora. “Na época, só contávamos com três microcomputadores, a filosofia era o mainframe. Os computadores dependiam de um disco Boot, porque não existia o HD interno, e a tela era de fósforo verde”,

lembra, apesar de parecer não ter idade suficiente para ter vivido aquela época. Já na empresa, formou-se em Matemática e continuou especializando-se por meio da pós-graduação em Análise de Sistemas na área de concentração em redes. O trabalho é aspecto central na vida das mulheres de sua família: “mas independentemente do sexo, o que conta é a dedicação, o comprometimento e o respeito”, afirma. Em casa, pratica o “casamento colaborativo”: ela e o marido apoiam-se mutuamente na carreira. A parte dela consiste em montar complexas planilhas para ajudar o trabalho do administrador. Luciane concilia o trabalho com o voluntariado e o lazer marcado pelas partidas de tênis, o convívio com a família e pelas viagens a lugares novos, sempre que possível.

A eletriciStA dA cASA“Eu mal conhecia bateria de carro. Sai

do zero e aprendi tudo no curso de 160 horas no Senai em Ribeirão Preto, por intermédio da Usina Santa Adélia, há dois anos. Da última vez, batalhei até conseguir consertar o ar condicionado de meu carro”, conta toda orgulhosa a Maria Inês, dona de olhos azuis incríveis que, depois de sete anos de trabalho na lavoura, capacitou-se e está atuando há dois anos como auxiliar de eletricista em Jaboticabal. Foi a primeira mulher a assumir a função. Os colegas prepararam o ambiente para a chegada de Inês: maneiraram nas piadas, tornaram-se mais gentis e prestativos para responder às dúvidas da nova trabalhadora. Mas

ela sabe que a expectativa em relação ao seu trabalho é bem grande e faz de tudo para corresponder: “é um desafio novo a cada dia. Continuo aprendendo, mas já trabalho com a parte elétrica de tratores e colhedoras. Conheço e utilizo todas as ferramentas”. Ela conta que seus dois filhos aprovaram a mudança. Inês está feliz porque acredita que está mais próxima de realizar o sonho de garantir a faculdade das crianças. Assim como os olhos azuis, o modelo de fé no trabalho vem de família: o pai, como trabalhador da cultura da cana, criou os cinco filhos, contando com o apoio de sua mãe, trabalhando na cultura do café.

UmA coNqUiStA e Um Novo SoNho

Ela foi contratada para transportar pessoas até a lavoura, conduzindo Kombi em Pereira Barreto. Mas, no trabalho, foi aproximando-se bem devagar de seu verdadeiro sonho: tornar-se caminhoneira. Marilza vai iniciar essa safra como motorista de caminhão de torta de filtro, uma espécie de resíduo industrial que é importante nutriente para a lavoura. “Sempre achei muito bonito mulher dirigir caminhão. Sempre desejei isso, e agora alcancei”, comemora. E ela se dedicou muito:

foram mais de dois meses transportando caminhão vazio. O pai de 86 anos de idade orgulha-se da conquista da filha e conta para todo mundo que sua Marilza agora é uma caminhoneira. Cautelosa, como novata, ela aconselha: “ninguém pode achar que sabe tudo. O segredo é muita atenção, muito cuidado e humildade acima de tudo”. Mas para quem acha que Marilza já chegou no topo, ela avisa que quer mais: “o meu próximo desafio será dirigir rodotrem”. Podem apostar que ela vai conseguir.

luciane campanhão, analista de suporte de ti, 20 anos de Usina Santa Adélia Jaboticabal

maria inês Siqueira Soares da Fonseca, auxiliar de manutenção automotiva, 9 anos de Usina Santa Adélia Jaboticabal.

Marilza Ribeiro de Menezes, motorista de caminhão de torta, dois anos de Usina Santa Adélia, Pereira Barreto. A licença-maternidade

é um Direito da mulher Brasileira. Ela foi aprovada em 1988, com a nova

Constituição. No mesmo ano em que foi criada, a Licença-maternidade ou licença-gestante foi concedida pela primeira vez

pela Usina Santa Adélia.

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De acordo com registros, foi em junho de 1972 que a Usina Santa

Adélia contratou pela primeira vez uma mulher para o trabalho

na empresa.

ÚNicA NA tUrmAUma gravura do físico Einstein,

autor da Teoria da Relatividade, está ali para lembrar sua formação em física computacional e o mestrado em engenharia elétrica. Na universidade, era a única mulher na turma predominantemente formada por homens. Foi assim também no laboratório para o mestrado e continua como a única representante do sexo feminino na equipe de suprimentos em Jaboticabal. O que não tem o menor problema para a segura Paula. “Sempre participei do universo masculino. O setor sucroenergético é um mercado em evidência, por isso busquei uma oportunidade na área e estou aqui.

Fui muito bem acolhida pela equipe. Minha habilidade com números eu uso para o cálculo de juros nas operações”, conta entusiasmada. “É preciso firmeza nas relações para bons resultados, e acima de tudo ética”. Na opinião de Paula, as mulheres ainda podem conquistar novos espaços no mercado. “Sei que é difícil acomodar tudo: casa, namorado... por isso meu plano é ascensão profissional. A carreira vem em primeiro lugar”, conta. Fluente em inglês e francês, ela quer conquistar novas línguas, não só para o trabalho, mas para prosseguir navegando na Internet e deliciando-se com sites de editoriais de moda em vários idiomas.

cAPAcitAção SemPreRenata é a única mulher entre os dez

membros do Conselho de Administração da empresa e representa a Usina no Conselho de Administração da Copersucar, que se reúne periodicamente em São Paulo, em sua sede na Avenida Paulista, um marco do empresariado paulista. Também participa das reuniões da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), entidade que representa o setor. “Fui educada desde pequena para trabalhar na Usina Santa Adélia. Os homens eram direcionados para a área de agronomia, e as mulheres, para a administração. O acidente envolvendo meu pai interrompeu minha formação e determinou meu regresso de São Paulo para Jaboticabal, onde ocupei por dez anos a diretoria executiva da empresa. Foi um período de amadurecimento e de grandes desafios. Aprendi muito”, conta

Renata. Hoje, ela faz questão de conduzir a educação de suas três meninas, para que encarem novos desafios profissionais: “Não vou direcionar a carreira delas. Estão livres para suas próprias escolhas”, afirma. Renata foi impulsionada a seguir sempre em frente pela mãe, professora aposentada, e acredita que, mesmo com a correria do dia a dia, é possível resgatar o lado feminino. Seguindo a tradição familiar, Renata conquistou seu brevê. Ela encara de frente a necessidade da constante capacitação: “em qualquer área do conhecimento, independentemente do cargo que ocupamos, é indispensável a atualização, o investimento na própria formação. Faço cursos constantes, o mais recente foi sobre governança corporativa. Busco a visão

Paula Simone Saia, na equipe de suprimentos, 9 meses de Usina Santa

Adélia Jaboticabal

reAlizANdo Um SoNhoO primeiro registro na carteira, em

1992, indicava a função no trabalho do corte de cana, muito produtiva por sinal. Mas Noemia queria mais de sua vida profissional e foi atrás de seu sonho. Fez cursos de solda e de colhedora pelo Senai. Depois de trabalhar no corte e no rouguing, encontrou a oportunidade de operar tratores. Além de Noemia, outras duas mulheres fazem parte das frentes de trabalho do plantio onde a maioria é formada por homens, que sabem respeitar o espaço conquistado por essas mulheres. Capricho e dedicação no cuidado com

a máquina são suas marcas registradas, comentava um trabalhador responsável pela manutenção das máquinas enquanto entrevistávamos Noemia no campo. As filhas adolescentes, Joyce e Vanessa, contam na escola, em Guariba, que a mãe opera máquinas agrícolas tão bem quanto os homens. “Elas ficam orgulhosas, e eu fico feliz porque elas terão condições de estudar”. Apesar da conquista, em casa nada muda. Noemia é como a maioria das mulheres, também uma dona de casa dedicada, que passa, lava, cozinha e cuida dos estudos de suas duas meninas.

macro do negócio. Nossa empresa está em constante desenvolvimento, o que traz novas oportunidades e também novos desafios. E precisamos estar todos prontos para eles.”

Metade da população brasileira, as mulheres também são uma força no mercado

consumidor. Além de serem as maiores responsáveis pelas decisões de compra de alimentos, cosméticos, joias, roupas e eletrodomésticos, sua opinião também tem peso na aquisição de produtos, como microcomputadores, e é decisiva na hora de escolher bens de consumo duráveis, como o carro da família. Metade dos cartões de crédito

existentes no País está em mãos de mulheres.

renata Bellodi duarte, membro do Conselho de Administração

da Usina Santa Adélia

Noemia Pereira de melo, na operação de máquinas agrícolas, um ano de Usina

Santa Adélia Jaboticabal

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6 Jornal 49 | Abril 2012

edUcANdo meNiNoS PArA A iGUAldAde

Com a rotina de trabalhar fora, os cuidados com a casa exigem grande disciplina por parte da Roselene. E é por isso que ela convoca e pode contar com a ajuda sempre bem-vinda do marido e, principalmente, do mais velho dos dois filhos do casal. “As mulheres devem criar os filhos homens para que ajudem suas mulheres nas tarefas de casa”, constata Roselene. Ela opera máquinas na Usina. Ingressou na empresa no corte da cana. “Já dirigia veículo leve e nunca me imaginei pilotando carregadeira de guincho.” Depois de duas safras, foi porteira até participar

do curso de qualificação para operação de máquinas que envolveu pessoal da Usina e da cidade. Passou por treinamento de 45 dias e já estava apta a lidar com as várias alavancas da máquina. Foi a primeira mulher a ocupar essa função em seu setor. Hoje, além dela, são sete mulheres atuando na área que já conquistaram o respeito dos colegas de trabalho. Seu marido é motorista na empresa e apoia integralmente as conquistas da mulher. “Meus filhos dizem que têm orgulho de minha profissão, e eles até preferem que eu dirija o carro da família”.

As flores de esmalte nas unhas bem cuidadas não deixam dúvidas: nossas mulheres orgulham-se da condição

feminina. Felizes e com a auto estima em dia, investem na beleza e na aparência!

PArA coNciliAr, tem de orGANizAr

Sibele começou a assistir às partidas do brasileirão para poder trocar informações sobre futebol e, assim, melhorar o entrosamento e reduzir a distância de seu cargo de coordenadora de fabricação de açúcar em Pioneiros com a equipe formada por 51 homens liderados por ela. Mas confessa que até hoje futebol não está entre suas preferências. Formada em Química pela Unesp de Araraquara, Sibele Rangel agora trabalha no laboratório industrial, supervisionando uma equipe na qual os homens também são maioria. Eles representam cerca de

70% dos trabalhadores nesse setor. Sibele, natural de Gastão Vidigal, que já concluiu mestrado, investe agora na especialização focada na atividade que exerce e conta que a coordenação foi importante para o cargo que ocupa atualmente: “consigo visualizar todo o processo de produção, o que ajuda na interpretação das análises”, avalia. Focada no trabalho, a organização da rotina é a chave para conciliar a vida profissional, com as tarefas de mulher, esposa e mãe da pequena Sofia de apenas 11 meses. O desafio cumprido à risca é não deixar nenhum dos setores da vida para trás.

Sibele Rangel, supv. de Garantia da qualidade, dez anos de Usina Santa Adélia

Pioneiros

Roselene Alves, na operação de máquinas Agrícolas ii, há cinco anos na Usina Santa

Adélia Pioneiros

O símbolo do time do coração está adesivado no crachá de trabalho. Tanto amor ao futebol é pouco comum para uma mulher, assim como a função que desempenha na empresa em Jaboticabal. Zilda é operadora de colhedora. Entrou na empresa na operação de tratores e foi conquistando novos espaços. O preconceito ficou para trás. “Tirei as críticas de letra e fui provando que mulher também podia fazer tudo com qualidade e gostar de tratores e máquinas como os homens.”, afirma. Cuida

com todo o carinho de sua grande família: marido, três filhos e duas netas. “Ao sair de casa para o expediente, desde quando eles eram pequenos, sempre fazia questão de dizer para onde ia e valorizar o trabalho.” Sua filha está cursando pedagogia, e Zilda tem certeza de que ela vai encontrar na sua vida profissional uma fonte permanente de satisfação e renovação, assim como ela encontrou. Ah, e para o lazer, além de torcer muito durante as partidas de futebol, ela adora mesmo é uma boa pescaria.

zilda terezinha Papassidro tassi, na operação de colhedoras, nove anos de

Usina Santa Adélia Jaboticabal

PeScA e FUteBol No lAzer

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7Jornal Ô de Casa

Com os processos adequados e o envolvimento de toda a equipe, a Usina Santa Adélia está preparando-se para conquistar a certificação da FSSC 22000, sigla que significa Food Safety System Certification, a nova norma de certificação para a Segurança de Alimentos. A adaptação aos requisitos, iniciada em novembro de 2010, já faz parte do modo de produzir da empresa, que investiu em treinamentos e em melhorias dos processos produtivos para que toda a equipe se engajasse no cumprimento das normas e instruções de trabalho voltadas à segurança de alimentos.

A certificação é o documento formal, aceito mundialmente, que atesta que a Usina Santa Adélia fabrica produtos seguros e saudáveis. Sua conquista é fundamental para assegurar mercado para

“FAzendo beM FeiTo coMo FAzeMoS TodoS oS diAS, conqUiSTAreMoS

A cerTiFicAção FSSc 22000”

A equipe multidisciplinar de Segurança de Alimentos também participou de treinamentos e está capacitada para analisar perigos de contaminação do produto. ela é formada por Aline Panobianco

chizolini, carlos Antonio Pita, luiz Pedro Basílio (coordenador), luciano candido da rocha, eudenis dinat dos Santos Júnior, Adito Joaquim de menezes, idalina A. thomazelli, maria José Almeida de Almeida, Augusto césar de mello, integrando as áreas de processo industrial, desenvolvimento e comunicação,

qualidade, meio ambiente, laboratório, saúde e segurança, manutenção, agrícola, patrimônio e serviços.

A política de segurança de alimentos da empresa assinada pela alta direção é uma declaração de princípios que demonstra publicamente o compromisso da Usina Santa Adélia

em produzir alimentos seguros e saudáveis.

Disponibilizar alimentos seguros à saúde e integridade física do consumidor;Atender às expectativas dos clientes,

cumprindo os requisitos estatutários e regulamentares;Disponibilizar os recursos necessários

ao controle dos perigos e capacitação de pessoas;Estabelecer e manter sistemáticas

para comunicação junto às partes interessadas;Garantir as condições para atendimento das metas estabelecidas e para

atualização do Sistema de Gestão da Qualidade e Segurança de Alimentos.

Diretor IndustrialMarcelo Bellodi

Política de Segurança de Alimentos da Usina Santa Adélia

nossos produtos, para a manutenção e conquista de bons clientes, para garantir os postos de trabalho e o desenvolvimento contínuo da empresa.

Dos sete tipos de açúcares produzidos pela Usina Santa Adélia, divididos nos subtipos cristal branco e cristal amarelado, apenas os do subtipo branco serão certificados, pois os outros ainda são submetidos a reprocessamento pelo cliente final.

A pré-auditoria está agendada para a primeira quinzena de maio. O auditor visitará todos os setores para evidenciar as boas práticas na fabricação do açúcar e realizará entrevista com os funcionários

para complementar seu diagnóstico. Após a pré-auditoria, teremos um prazo de aproximadamente 30 dias para ajustar nossos procedimentos e processo baseados nas observações do auditor da SGS, que retornará nos dias 19, 20, 21 e 22 de junho para a auditoria final. Ao fim da jornada, o auditor informará se a empresa está recomendada para requerer a certificação. “A receita para um bom resultado é fazer bem o que fazemos todos os dias. Fazer o que descrevemos em nossos procedimentos internos”, aconselha Luiz Pedro Basílio, coordenador do COPI e da Equipe de Segurança de Alimentos.

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8 Jornal 49 | Abril 2012

Nos últimos meses, a empresa intensificou os treinamentos para conhecimento e interpretação desta norma. Como parte desse processo, cerca de 320 pessoas das equipes da indústria já participaram dos treinamentos sobre normas e procedimentos e instruções de trabalho. Os treinamentos continuam e serão oferecidos para os empregados que chegam para atuar na indústria durante a safra 2012/2013.

“Todos estamos falando a mesma língua, mesmo os trabalhadores das empresas terceirizadas que também passaram por treinamento, e isso foi muito importante. Vale destacar a formação das 20 pessoas de todas as áreas da empresa que fazem o trabalho de auditores internos. Com um olhar muito próprio, observando

instalações e processos de trabalho, eles anteciparam o que poderia ser um desvio ou até uma não conformidade, permitindo que adequássemos nossos processos diários”, conta Luiz Pedro Basílio.

Em fevereiro deste ano, a empresa promoveu o treinamento sobre o Sistema de Gestão da Qualidade e Segurança de Alimentos, reunindo cerca de 300 pessoas em sala. No mesmo mês, o tema Manejo Integrado de Pragas reuniu, por uma hora e meia, aproximadamente 320 empregados em sala.

No mês de março, os treinamentos continuaram, sempre respeitando os valores e a cultura da Usina Santa Adélia, com o apoio do setor de Recursos Humanos e intenso apoio das lideranças.

O desempenho da Área de Desenvolvimento e Comunicação para a divulgação da importância da certificação FSSC 22000 tem sido fundamental: estruturou o processo de treinamento e realizou dinâmicas participativas na empresa para reforçar o compromisso de todos. A última delas foi promovida no restaurante da empresa, no dia 10 de abril. Personagem barbudo, cabeludo, com unhas sujas e cheio de correntes, abordou os funcionários durante a chegada ao restaurante, ou mesmo durante a refeição, fazendo a demonstração concreta de tudo o que a norma rejeita para garantir uma produção segura de alimentos. Em contrapartida, o outro personagem era o trabalhador modelo, com todos os requisitos para operar nos pontos críticos da produção. Era um exemplo a ser seguido.

Durante os treinamentos em sala, reforçando o incentivo, bombons foram distribuídos para os participantes lembrarem-se de que o açúcar que fabricamos aqui é consumido, muitas vezes, por nós mesmos, por meio dos alimentos

ProJeTo de cerTiFicAção FSSc 22000 É diVUlGAdo

TreinAMenTo PerMAnenTe

os multiplicadores do treinamento do Sistema de Gestão da qualidade e Segurança de Alimentos – SGqSA: luiz Pedro Basílio, luciano candido da rocha, Jair máximo da Fonseca, everton leandro Gorni, Agenor Soldi Júnior.

Guilherme lopes cabral, estagiário, e os auxiliares de manutenção industrial, Fábio Gomes Soares e Gervásio de lima, durante intervenção no restaurante da Usina.

Treinamentos realizados em sala.

A FSSC 22000, norma de Certificação de Sistemas de Gestão de Segurança de Alimentos, é o mais novo requisito

para fabricantes de alimentos baseada na integração das normas ISO 22000 e PAS 220. Com o apoio

da Federação das Indústrias de Alimentos e Bebidas da União

Europeia (CIAA), a FSSC 22000 foi aprovada pela Iniciativa Global para a

Segurança de Alimentos (GFSI).

fabricados por nossos clientes. Em cada bombom, estava a frase: Bombom gostoso heim? O açúcar foi feito aqui! FSSC 22000, aceite este desafio...

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A bola já está em campo: o Programa de Participação nos Resultados (PPR) 2012/2013 começou no dia 1º de abril e traz alterações importantes em sua composição. O PPR depende da força de vontade de cada um para gerar os resultados que a empresa precisa para se desenvolver e ficar cada vez mais forte.

Para conquistar a premiação, é muito importante conhecer cada detalhe do PPR.

Uma das principais mudanças para este ano é que o indicador taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento, que era medido por setor, passa agora a ser medido individualmente.

Só por não sofrer acidentes de trabalho com afastamento, cada empregado da Usina garante, de saída, 105 horas no prêmio do PPR. Caso sofra um acidente com afastamento, não recebe nenhuma hora

por esse indicador. No caso de dois ou mais acidentes, o empregado terá 30% a menos do prêmio global.

De acordo com órgãos ligados à Saúde e Segurança do Trabalho, mais de 90% dos acidentes de trabalho podem ser evitados com atenção e utilização de todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Por isso, a prevenção de acidentes de trabalho é uma responsabilidade de todos.

O setor de Recursos Humanos trabalha com um cronograma para o treinamento

do PPR junto às nossas lideranças, além da elaboração de uma campanha de divulgação

mensal dos resultados. Se você tem dúvidas com relação ao PPR,

procure seu líder! Ele estará pronto para ajudá-lo.

Fique por dentrodas novidades no

O quesito produção é de extrema importância para o seu prêmio do PPR. Vale lembrar que a produtividade da cana depende de fatores climáticos, como a quantidade de chuva. O tempo seco pode comprometer a produtividade da lavoura.

Se forem atingidas as metas de produção, o empregado pode garantir o prêmio de até 200 horas. A produção está desdobrada em três indicadores: o primeiro deles é a quantidade de Atr por tonelada de cana; o segundo são as toneladas de cana obtidas por hectare, e o terceiro é a eficiência industrial.

O PPR atribui até 230 horas para

outro indicador importante: o custo para produzir um Unicop (Reais por Unicop) e o atendimento ao fluxo de caixa. A Usina Santa Adélia comercializa seus produtos para a Copersucar. Esta Cooperativa criou uma espécie de moeda, que é a Unicop. Cada Unicop vale uma saca de açúcar de 50 kg, ou 31,5 litros de etanol anidro ou 34 litros de etanol hidratado. Assim esse prêmio mede o custo de produção.

Além disso, outro indicador com potencial de premiação de até 20 horas é o que mede a quantidade de energia elétrica comercializada por tonelada de fibra da cana produzida.

O indicador de Absenteísmo (falta ao trabalho, por qualquer motivo) mantém os mesmos critérios da última edição do PPR. Quem não faltar poderá adicionar 5% a mais de horas sobre o total do prêmio; no entanto, na ocorrência das faltas, o prêmio

poderá ser reduzido em até 60%.Diferentemente dos outros anos, os

indicadores globais serão ponderados pela moagem de cada usina, e os empregados das três usinas receberão o mesmo prêmio.

20122013PPr

APeSAr do cliMA, A ProdUTiVidAde É iMPorTAnTe PArA o PPr

TrAbAlho eM eqUiPe

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10 Jornal 49 | Abril 2012

o enGenheiro AGrícolA brUno renzo SAnToro assumiu em março a supervisão da Manutenção Automotiva em Jaboticabal. Bruno já atuou profissionalmente em empresas do setor sucronergético, nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul e optou por trabalhar na empresa porque considera a Usina Santa Adélia uma referência no mercado. “Espero consolidar minha carreira aqui e ter a oportunidade de desenvolver um trabalho diferenciado.” Como prova de sua admiração pela empresa, conta que, mesmo distante, já ouvia falar sobre o lavador automotivo,

o TÉcnico AGrícolA e Ad-MiniSTrAdor de eMPreSAS dAVid loUSAdA cerezine in-gressou na Usina Santa Adélia em fevereiro como encarregado de tratos culturais, cargo recém-criado para atender ao objetivo da empresa de produzir mais cana e reduzir as plantas daninhas nos canaviais.

Profissional experiente, David atuou em grandes grupos sucroenergéticos em três estados além de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. A vinda para Jaboticabal deve-se à sua expectativa de ficar mais perto da família, principalmente

nova

s l

ider

ança

s

capaz de fazer a limpeza de um conjunto treminhão em pouco mais de 25 minutos. O equipamento foi desenvolvido pela parceria entre a empresa fabricante e a Usina Santa Adélia para atender às necessidades do setor e é considerado um dos mais eficientes e modernos. O lavador permite a reutilização da água na operação. “Essa possibilidade de inovar me motiva. Desde a universidade, direcionaei minha formação para máquinas agrícolas. A mecanização é um caminho sem volta. Sua importância é maior a cada dia”, comenta. Seja bem-vindo!

com a chegada do primeiro neto. Davi lidera equipe composta por cerca

de 80 profissionais. “A história de solidez, a credibilidade e a forte estruturação da empresa chamam a atenção de profissionais. “Quero contribuir utilizando minha experiência na expansão e abertura de novas áreas.”, afirma.

Na foto, David mostra o desenho feito pela filha de dez anos que dedicou ao pai como um “amuleto” de boa sorte na nova empresa.

Os resultados positivos alcançados pela Usina Santa Adélia e sua credibilidade no setor sucroenergético foram pontos de atratividade para o engenheiro químico Sérgio Amor Cariati, que assumiu, em março, a gerência industrial de Pereira Barreto e Pioneiros. “O que mais chama atenção nas duas usinas são o comprometimento e a competência das suas equipes. Pereira Barreto tem um conjunto de equipamentos de ponta e um layout direcionado e pronto para o crescimento da unidade. Pioneiros tem grande maturidade na gestão de processos, com várias ferramentas de gestão implementadas”, destaca.

Tendo atuado em outras empresas do setor em cargos de gerência, ele adianta o seu estilo no ambiente de trabalho: “busco criar um clima no qual as pessoas possam motivar-se continuamente a se

desenvolver. Esse é um papel indelegável do líder. Creio, de verdade, que a forma que o festot tem para buscar este ambiente é dedicando tempo, presença, experiência e exemplo a seus liderados. Ao longo de minha vida profissional, tenho buscando exercer uma liderança educadora.”

Sergio considera muito tranquila e positiva sua integração à nova equipe: “Estou sendo muito bem recebido por todos e percebo com clareza a competência e o comprometimento de toda a equipe.” Em sua opinião, os principais desafios para a safra são a produtividade alinhada com baixo custo de produção.

Nos momentos de lazer, Sérgio gosta de ouvir música: “adoro MBP, jazz, blues, rock nacional”, e entrega que “adora motos desde longa data”.

PereirA bArreTo e PioneiroSTêM noVo líder nA indúSTriA

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11Jornal Ô de Casa

A Usina Santa Adélia acaba de implantar a Gerência de Tecnologia de Informação, que tem, como titular, Wendel Moreno Nhoato, que atuava na CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), uma das mais importantes empresas do País.

O principal desafio da área neste momento é a integração da base de dados das Usinas Santa Adélia Jaboticabal, Pereira Barreto e Pioneiros. O objetivo é transformar dados em informações de qualidade, que sejam úteis de verdade para a estratégia de negócio da empresa, contribuindo para a competitividade.

É impossível pensar na atividade empresarial sem informática. A tecnologia de informação já faz parte de vários

aspectos da vida da empresa. Hoje, a Santa Adélia quer buscar o alinhamento dos processos, implantar controles e adotar novas tecnologia e conceitos que venham a otimizar e a ajudar a empresa na tomada de decisão no menor prazo possível!

Com a adoção da agricultura de precisão no campo e nos processos industriais, o objetivo da nova gerência é respeitar os sistemas especializados já existentes, incluindo novas tecnologias de ponta para que essas estruturas possam dialogar entre si, permitindo ganho de tempo, aumento da produtividade com menor custo e a aplicação de recursos em escala, aumentando assim sua competitividade no mercado.

“Para avaliar os impactos da TI nas operações e estratégias da empresa, é necessário que haja foco em sua eficácia e nos resultados dessas aplicações da TI em relação aos objetivos, metas e requisitos da empresa. A eficácia deve ser mantida ao longo do tempo e, para este fim, é fundamental o conceito de alinhamento estratégico entre a TI e o negócio”, sintetiza Wendel.

Resumindo: nenhuma aplicação de TI, isoladamente, por mais sofisticada que seja, pode garantir uma vantagem competitiva. Essa vantagem só pode ser obtida pela capacidade da empresa em explorar a TI de forma contínua. Ela só se justifica pela qualidade de seu uso.

A violência da capital paulista foi um dos fatores que contribuíram para que o tecnólogo em Processamento de Dados, Wendel, deixasse São Paulo e voltasse com sua família para o interior do Estado. Na bagagem, ele traz novos conhecimentos para a Usina Santa Adelia, destacando-se o Modelo de Governança de TI, Gerenciamento e Implantação de sistemas e Gestão de Projetos e o reconhecimento por ter contribuído para o bom desempenho da empresa em auditorias nos padrões internacionais da SOX.

“Acreditamos que todas as áreas da

empresa são clientes e dependem dos serviços da TI. Queremos facilitar esse processo, aumentando a proximidade com todos os setores. A Tecnologia de Informação é uma área meio de negócio. Não é só programação. Ela precisa otimizar os resultados e ser vista como um ponto estratégico no contexto da empresa. Nossa tarefa é entender a necessidade da empresa e propor soluções com foco no negócio”, salienta Wendel.

A equipe da TI está alinhada para implantar os projetos com foco no retorno financeiro que o projeto trará para a empresa, alinhado ao Modelo de

Governança de TI e eficiência operacional. Os aspectos mais relevantes para a nova gerência é dar continuidade ao pleno atendimento à legislação de softwares, ampliar o conhecimento sobre os custos que envolvem a TI na empresa e trazer melhorias significativas na interface com os usuários, promovendo a segurança na gestão dos dados.

“Com o crescimento da via digital no País, temos usuários mais aptos e preparados para lidar com a tecnologia da informação. As pessoas devem capacitar-se continuamente para essa realidade”.

GerênciA de Ti nASce AlinhAdA à eSTrATÉGiA de neGócioS dA eMPreSA

relAção clienTe Fornecedor

O conceito de Tecnologia da Informação abrange processamento de dados, sistemas de informação, engenharia de software, informática ou o conjunto de hardware e software, e também envolve aspectos humanos, fluxo de trabalho, além de administrativos e organizacionais.

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GrATidãoA palavra resume o sentimento de

Maria Aparecida em relação à Usina Santa Adélia. “Aqui trabalham meu pai, meu marido e grande parte de minha família. Tudo o que temos devemos ao que a empresa nos proporciona”, reconhece.

Ela ingressou na Usina Santa Adélia Pioneiros há dez anos, trabalhando como auxiliar administrativa. Um afastamento inesperado, motivado por problemas de saúde da filha mais velha, foi uma oportunidade de impulso em sua carreira, de crescimento profissional. A filha se recuperou e, ao regressar, a empresa iniciou suas atividades no setor de Tecnologia da Informação - TI. Maria testou seus próprios limites, investiu em sua capacitação e aceitou o desafio.

Hoje, trabalha na recepção e concilia atividades com o setor TI.

maria Aparecida ortolan caires, auxiliar adm., em Pioneiros, há dez anos na Usina Santa Adélia.

Nossa Energia

AS PeSSoAS eM PriMeiro lUGAr

Quando a assistente social Nilza ingressou na empresa, a paisagem da Usina era muito diferente da atual. Ainda não existia o restaurante. O próprio Clube havia sido construído há um ano. Famílias moravam onde hoje funcionam laboratórios da indústria. Foi uma das primeiras trabalhadoras da empresa a contar com o benefício da licença maternidade, por ocasião do nascimento de seus dois filhos.

Conhece o nome das pessoas e seus cargos de cor: “gosto demais de gente”, comenta. Criou e ainda hoje é a promotora entusiasmada de eventos, como o Torneio dos Trabalhadores, a comemoração ao Dia das Mães, a Festa Junina e muitos outros... Ela se sente participante da construção da história de sucesso da Usina Santa Adélia.

Fez os cadastros dos primeiros contratos de trabalho para Pereira Barreto, quando ainda nem havia instalações construídas. “É fácil reconhecer a marca das profissionais mulheres pela delicadeza, pelo cuidado que têm com a equipe e com os locais de trabalho”. Abre seu sorriso franco e orgulha-se de ser sócia fundadora e de presidir a Cooperativa de Crédito dos Empregados da Usina Santa Adélia, a Usagro.

Nilza Pegrucci lopes, analista de Recursos Humanos, em Jaboticabal, há 26 anos na Usina Santa Adélia.

qUAlidAde nA indúSTriA

Érica foi transferida da Usina Santa Adélia Jaboticabal, onde era Analista de Laboratório, para Pereira Barreto, assumindo a Supervisão da Garantia da Qualidade . Ela é a única liderança feminina na indústria, mas lida muito bem com a situação: “é um desafio, e sinto-me honrada pelo reconhecimento do meu trabalho, fruto de muita dedicação e atitude.”, afirma.

Ingressou na empresa como estagiária e acredita que o profissionalismo e o respeito foram os ingredientes essenciais para sua trajetória de consolidação.

Muito descontraída, Érica fala do sonho que ainda não alcançou: “Ganhar a MegaSena, oras! Mas pra ter chances, tenho de começar a jogar...”, brinca. Fora da empresa, as prioridades para suas horas de lazer são o vídeogame, dormir bastante, o caiaque, um bom churrasco em família e brincar com sua cachorrinha.

Érica Mariana da Silva, Supv. da Garantia da Qualidade, em Pereira Barreto, há oito anos na Usina Santa Adélia.

Feminina