jornal novo varejo

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Parceria internacional A DPK agora faz parte da ATR Inter- national, uma associação que reú- ne grandes empresas de autopeças em mais de 40 países. A parceria permitirá à distribuidora brasileira ter acesso a conteúdos técnicos, de gestão e novas e avançadas solu- ções comerciais. Sobe e desce Após um início de ano favorável, indústrias e distribuidores vêm pa- tinando nas últimas semanas. Mas no varejo e nas oficinas o movi- mento continua bom. De onde, então, estão vindo as peças usadas nos serviços de manutenção? 32 46 Novo Balconista Novo Varejo Importados Negócios & Oportunidades INDICADORES ENCARTES ANO 17 N199 JUNHO DE 2011 R$7,30 LÍDER EM COMUNICAÇÃO PARA O VAREJO DE AUTOPEÇAS JATO DYNAMICS Vendas América do Sul* Brasil............272.898 uni. Argentina........48.598 uni. Chile..............13.549 uni. *Abr 2011 ARTIGOS NEGÓCIOS E OPORTUNIDADES Cadastro Positivo estabelece nova lógica nas relações de consumo Importações de autopeças japonesas em trajetória de queda NOVO VAREJO IMPORTADOS NOVO VAREJO BALCONISTA Profissionais do varejo avaliam os catálogos de peças das indústrias FALTA 1 EDIÇÃO IBGE Produção industrial Abr/mar 11..........- 2,1% Abr/mar 10...........- 1,3% Jan/abr 11..............1,6% A maior rede de varejos de autope- ças e acessórios dos Estados Unidos prepara seu desembarque no Brasil. A reportagem do Novo Varejo apu- rou com exclusividade junto a fontes do mercado independente que uma equipe própria, de cerca de 20 pro- fissionais, vem estudando as caracte- rísticas do aftermarket nacional e a nossa legislação tributária. Diversas reuniões com indústrias parceiras do grupo em seu país de origem já foram realizadas para estabelecer acordos de fornecimento também por aqui. De acordo com as informações obti- das, a AutoZone deve iniciar opera- ções no Brasil em 2012 com 15 lojas próprias em São Paulo. ANFAVEA Licenciamento de veículos Mai 11...............318,5 mil Abr 11................289,2 mil Mai10................251,1mil Antônio Carlos Bento Francisco De La Torre Luiz Marins Vânia Lúcia de Oliveira 26 JATO DYNAMICS Vendas mundiais/marcas* VW...1.636.860 unidades Ford....552.467unidades *Jan a abr 2011 ANFAVEA Produção de veículos Mai 11.............303,5 mil Abr 11.............280,1 mil Mai 10.............297,3 mil SPC BRASIL Inadimplência consumidor Mai11/mai10........8,21% Jan a mai 11...........3,61% O GIGANTE está chegando ADESÃO DA DPK FOI ANUNCIADA NA ASSEMBLEIA DE ACIONISTAS DA ATR Automação comercial Exigências como o Sistema Público de Escrituração Digital têm motivado o varejo a investir em ferramentas de automação. Os modernos softwares disponíveis hoje garantem eficiência à gestão tributária e à administração da loja como um todo. 14 Central de negócios Toda união é sinônimo de for- ça. Partindo deste princípio, os professores e consultores do Se- brae Edimir Dumke, Juan Koffler Anazco e Nilmar Paul falam, em entrevista ao Novo Varjeo, so- bre o funcionamento e a organi- zação dessas estruturas. Rede em expansão A rede PitStop, iniciativa do Gru- po Comolatti, chega à marca de 500 pontos de venda e faz um balanço de seus dois anos e meio de incentivo ao associativismo no varejo de autopeças. PARA EDIMIR DUMKE E SEUS COLEGAS, OS VAREJISTAS SÃO CÉTICOS COM ASSOCIATIVISMO JÁ SÃO 500 LOJAS COM O PADRÃO PITSTOP 10 20

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Novo Varejo é uma publicação mensal da Editora Novo Meio Ltda, de circulação dirigida aos varejistas de autopeças.

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Page 1: Jornal Novo Varejo

Parceria internacional

A DPK agora faz parte da ATR Inter-national, uma associação que reú-ne grandes empresas de autopeças em mais de 40 países. A parceria permitirá à distribuidora brasileira ter acesso a conteúdos técnicos, de gestão e novas e avançadas solu-ções comerciais.

Sobe e desce

Após um início de ano favorável, indústrias e distribuidores vêm pa-tinando nas últimas semanas. Mas no varejo e nas oficinas o movi-mento continua bom. De onde, então, estão vindo as peças usadas nos serviços de manutenção? 32

46

Novo BalconistaNovo Varejo ImportadosNegócios & Oportunidades

INDICADORES

ENCARTES

ANO 17 N199 JUNHO DE 2011 R$7,30

L ÍDER EM COMUNICAÇÃO PARA O VAREJO DE AUTOPEÇAS

JATO DYNAMICSVendas América do Sul*Brasil............272.898 uni.Argentina........48.598 uni.Chile..............13.549 uni.*Abr 2011

ARTIGOS

LÍDER EM COMUNICAÇÃO PARA O VAREJO DE AUTOPEÇAS

NEGÓCIOS E OPORTUNIDADES

Cadastro Positivo estabelece nova lógica nas relações de consumo

Importações de autopeças japonesas em trajetória de queda

NOVO VAREJO IMPORTADOS

NOVO VAREJO BALCONISTA

Profissionais do varejo avaliam os catálogos de peças das indústrias

FALTA1 EDIÇÃO

IBGEProdução industrialAbr/mar 11..........- 2,1%Abr/mar 10...........- 1,3%Jan/abr 11..............1,6%

A maior rede de varejos de autope-ças e acessórios dos Estados Unidos prepara seu desembarque no Brasil. A reportagem do Novo Varejo apu-rou com exclusividade junto a fontes do mercado independente que uma equipe própria, de cerca de 20 pro-fissionais, vem estudando as caracte-rísticas do aftermarket nacional e a

nossa legislação tributária. Diversas reuniões com indústrias parceiras do grupo em seu país de origem já foram realizadas para estabelecer acordos de fornecimento também por aqui. De acordo com as informações obti-das, a AutoZone deve iniciar opera-ções no Brasil em 2012 com 15 lojas próprias em São Paulo. ANFAVEA

Licenciamento de veículosMai 11...............318,5 mil Abr 11................289,2 milMai 10................251,1 mil

Antônio Carlos BentoFrancisco De La TorreLuiz MarinsVânia Lúcia de Oliveira

ções no Brasil em 2012 com 15 lojas 26

JATO DYNAMICSVendas mundiais/marcas*VW...1.636.860 unidadesFord....552.467unidades*Jan a abr 2011

ANFAVEAProdução de veículosMai 11.............303,5 mil Abr 11.............280,1 milMai 10.............297,3 mil

SPC BRASILInadimplência consumidorMai 11/mai 10........8,21%Jan a mai 11...........3,61%

O GIGANTE está chegando

ADESÃO DA DPK FOI ANUNCIADA NA ASSEMBLEIA DE ACIONISTAS DA ATR

Automação comercial

Exigências como o Sistema Público de Escrituração Digital têm motivado o varejo a investir em ferramentas de automação. Os modernos softwares disponíveis hoje garantem eficiência à gestão tributária e à administração da loja como um todo.à gestão tributária e à administração

14

Central de negócios

Toda união é sinônimo de for-ça. Partindo deste princípio, os professores e consultores do Se-brae Edimir Dumke, Juan Koffler Anazco e Nilmar Paul falam, em entrevista ao Novo Varjeo, so-bre o funcionamento e a organi-zação dessas estruturas.

Rede em expansão

A rede PitStop, iniciativa do Gru-po Comolatti, chega à marca de 500 pontos de venda e faz um balanço de seus dois anos e meio de incentivo ao associativismo no varejo de autopeças.

PARA EDIMIR DUMKE E SEUS COLEGAS, OS VAREJISTAS SÃO

CÉTICOS COM ASSOCIATIVISMOJÁ SÃO 500 LOJAS COM O PADRÃO PITSTOP

bre o funcionamento e a organi-10

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Falta uma edição para o Novo Varejo

200O maior veículo do setor como você nunca viu.

Para anunciar com condições especiais ligue 3089 0176

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11por Claudio Milan _ [email protected]

força e o potencial do mercado brasileiro de manutenção de veí-culos cada vez mais

saltam aos olhos do mundo. Não é de hoje que grupos organizados da Europa e dos Estados Unidos olham com carinho para nossa frota e as perspectivas de faturamento que ela oferece. Basta citar o exemplo das redes norte-americanas de repa-ração Midas e Precision Tune, que desembarcaram por aqui na segun-da metade da década de 90 com apetite descontrolado e – por uma série de razões que não vêm ao caso detalhar neste momento – acabaram voltando para casa de mãos vazias.Mas a experiência não foi perdi-da e nem serviu de desestímulo para que outros gigantes interna-cionais do aftermarket automoti-vo voltassem suas atenções para o Brasil. Esta edição do Novo Varejo é a melhor prova disso. E

é, também, um exemplo de jor-nalismo criativo, independente e consistente, um diferencial abso-luto das publicações da Editora Novo Meio devidamente perce-bido e reconhecido pelo merca-do em todas as suas etapas.Nosso cardápio recheado este mês começa pela reportagem de capa, re-sultado de um trabalho de apuração jornalística que os leitores do Novo Varejo já se acostumaram a encon-trar em nossas páginas. Muita gente no mercado já está sabendo que a rede multinacional de varejos Auto-Zone está se preparando para iniciar operações no Brasil. Para quem não a conhece, trata-se de uma empresa

sem similar no nosso aftermarket in-dependente. A AutoZone tem nada menos que 4,6 mil pontos de venda nos Estados Unidos – seu país de ori-gem –, no México e em Porto Rico. A receita anual deste monstro é de 7,3 bilhões de dólares. Este é o tamanho da concorrência que o mercado in-dependente brasileiro vai enfrentar muito em breve. Segundo nosso trabalho de investigação, a AutoZo-ne deve iniciar atividades até o final deste ano ou início de 2012 com 15 lojas próprias em São Paulo. E os de-safios que irá impor ao mercado não serão poucos. Com profissionaliza-ção extrema em todos os processos, investimento pesado em marketing, enorme variedade de produtos, aten-dimento impecável e compra direto das fábricas, estabelecerá um novo patamar de concorrência para o va-rejo e a distribuição. Cada vez mais fica evidente que os negócios que não evoluírem correm sério – muito

sério – risco de de-saparecimento.Felizmente, muitas das empresas brasi-leiras que compõem nosso mercado não estão paradas à es-pera dos gigantes. Estão, em diferen-tes casos, até se unindo a eles para oferecer soluções à cadeia nacional. Nesta edição, fa-zemos um balanço

das atividades da rede PitStop, cuja origem também nos remete ao ex-terior, desta vez à Europa. Trazida ao Brasil pelo Grupo Comolatti a partir de parceira estabelecida com o Grupauto – que adota modelo semelhante em mais de 30 países por meio da rede Euro Garage – a PitStop comemora a marca de 500 pontos de venda associados. O re-sultado é significativo porque mostra amadurecimento do varejo brasilei-ro, num passado não muito distante tão resistente à ideia de se organizar em redes. Estes 500 empresários perceberam que cada vez mais é preciso estar ao lado de grupos for-tes, provedores de soluções em ges-

tão, treinamento e, claro, condições comerciais. São demandas como estas que fortaleceram as bases da Rede Âncora e que agora também consolidam a presença da PitStop no mercado brasileiro. Para os va-rejos que ainda estão solteiros, fica o exemplo proporcionado por estes dois grandes modelos. Que eles sir-vam de inspiração para que novas redes apareçam no aftermarket bra-sileiro, permitindo ampla liberdade de escolha aos varejista e, acima de tudo, oferecendo ferramentas de profissionalização e evolução aos lo-jistas de componentes automotivos. Como você verá em nossa reporta-gem de capa, eles vão precisar.Encerrando a temática dos gigan-tes mundiais no Brasil, trazemos nesta edição – também em pri-meira mão – a nova parceria da DPK com a ATR International AG, associação nascida na Alemanha a partir da união de empresas do comércio independente e que já chegou a mais de 40 países em cinco continentes. A iniciativa da distribuidora do Grupo DPaschoal também é igualmente promissora, abre perspectivas de novos negó-cios e também capacita ainda mais a DPK a proporcionar ferramentas valiosas a seus clientes varejistas.Enfim, esperamos com essas repor-tagens – e muitas outras que você verá ao longo de nossas páginas – ter proporcionado a você, leitor, uma edição 199 que resume nossa filo-sofia de trabalho, baseada na cria-tividade, inovação, profissionalismo e independência. Concluímos com esta edição mais uma etapa na tra-jetória da única publicação que há mais de 17 anos leva mensalmente ao varejo de autopeças brasileiro um conteúdo consistente, surpreendente e pautado para antecipar tendên-cias e contribuir com a evolução dos empresários do segmento. Con-ceitos que permanecerão sólidos a partir do mês que vem, com o lan-çamento de nossa histórica edição 200. O Novo Varejo vai continuar fazendo primeiro. Fazendo diferen-te. Porque, leitor atento e observa-dor, como você sabe muito bem, o novo nasce aqui.

ADo mundo para o Brasil

Felizmente, muitas das empresas brasileiras que compõem nosso mercado não estão paradas à espera dos gigantes. Estão, em diferentes casos, até se unindo a eles

www.novomeio.com.br

Diretor Geral Ricardo Carvalho Cruz

([email protected])

Diretor de Redação Claudio Milan

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Diretor Comercial Paulo Roberto de Oliveira

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Ano 17 - nº 199 - junho de 2011

Distribuição nacional

Tiragem de 25.000 exemplares

Novo Varejo é uma publicação mensal da

Editora Novo Meio Ltda, de circulação dirigida

aos varejistas de autopeças. Tem como objetivo

divulgar notícias, opiniões e informações que

contribuam para o desenvolvimento do setor.

diretor responsávelRicardo Carvalho Cruz

redação ([email protected])

editor: Claudio Milan

repórteres: Larissa Andrade e

Patrícia Malta de Alencar

editoração ([email protected])

projeto gráfi co e direção de arte: Sérgio Parise Jr.

designer gráfi co: Ivan Ordonha

assistentes de arte: Fernando Mekitarian

e Priscila Wu

colaboradores editoriais: Eduardo Portella Amorim

(fotos) e Perla Rossetti (textos)

comercial ([email protected])

diretor: Paulo Roberto de Oliveira

representação comercial: Rafael Cury Bergamini

marketing ([email protected])

gerente: Kelly Gomes

assistente: Claudia Paulino

estagiária: Alessandra Siqueira

internet ([email protected])

Miriam Oliveira

tecnologia ([email protected])

Heráclito Kunzendorff

impressãoOESP Gráfi ca S.A.

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exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação

a preço e qualidade. As matérias assinadas são de

responsabilidade dos autores.

jornalista responsávelClaudio Milan (MTb 22.834)

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ANUNCIANTES

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APEX

CENTAURO

CENTERPARTS

COBRA

COFAP

DAYCO

DIBIANCHI

FIAT

FRAS-LE

2MC

ISAPA

MONROE

NAKATA

OLIMPIC

PELLEGRINO

SACHS

SAMA

SCHAEFFLER

SYL

UNIVERSAL

VTO

WAHLER

09 62

29

54

01

09080806 6261

DPK se associa à ATR International, organização europeia provedora de conteúdo técnico, de gestão e soluções comerciais.

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NEGÓCIOS

Fabricantes e distribuidores apontam queda no mercado nas últimas semanas. Mas lojas e oficinas continuam cheias.MERCADO

32

PitStop chega à marca de 500 pontos de venda e faz um balanço de seus dois anos e meio de incentivo ao associativismo no varejo.REDE

20

A AutoZone, uma das maiores redes de varejo de autopeças do mundo, está arrumando as malas para desembarcar no Brasil.

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CAPA

Varejos devem aumentar investimentos em tecnologia da informação para se adequar à legislação e ganhar eficiência em logística e produtividade.

ANUNCIANTES

APEX

CENTAURO

CENTERPARTS

1410

Especialistas em centrais de negócios falam sobre o funcionamento e a organização dessas estruturas, destacando seu valor como fator de competitividade. GESTÃOENTREVISTA

23432111191555392544413507330502176463373113

ARTIGOS

13 Vânia Lúcia de Oliveira

47 Francisco De La Torre

30 Luiz Marins

60 Antônio Carlos Bento

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ara responder de maneira proativa e positiva aos desafios e diferentes níveis de

competitividade em um merca-do, mesmo em negócios de tradi-ção familiar e regional, surge uma nova estratégia mercadológica ba-tizada de central de negócios.Especialistas no tema, Edimir Du-mke, Juan Koffler Anazco e Nilmar Paul lançaram em parceria com o Sebrae o livro “Central de negó-cios – Um caminho para a susten-tabilidade de seus negócios”, da editora Campus/Elsevier. Colaboradores do Sebrae e pro-fessores com sólida formação em Administração, os autores mos-tram o funcionamento e organiza-ção dessas estruturas, ressaltando seu valor como fator de alta com-petitividade nos mercados para os micro e pequenos negócios do setor de produtos ou serviços, mesmo nos primeiros anos de operação, embora este não seja o foco principal da estratégia.Partindo da premissa de que toda união é sinônimo de força e que um conjunto gera maior poder de negociação de preços e condições de pagamento, entre outros, de acordo com os autores, as centrais possibilitam investir em inovação, tecnologia e informação sobre o meio empresarial. Diferenciais que criam bases para as organiza-ções e que os docentes detalham na entrevista a seguir.

Qual a posição do varejo de autopeças no associativismo atual?A Âncora é uma das poucas, se não a única, que tem sobrevivido

por Perla [email protected] fotos divulgação

P

Empresas em grupoCentrais de negócios criam oportunidades para varejos alcançarem

competitividade via associativismo. Mas nem sempre o trabalho em grupo dá certo

NV - Pergunta entrevistaAB - Resposta

ao longo dos anos e, ainda por cima, conseguido, por meio de informatização, centralização do poder de negociação em uma central de operações, juntar volu-me em nível nacional para, aí sim, negociar com fornecedores. No setor, os empresários, em geral, são céticos e descrentes quanto ao associativismo e acreditamos muito no poder do convencimen-to por meio do conhecimento e, neste caso, tendo acesso a gru-pos, por meio de visitas técnicas, feiras, workshops, defendendo ao máximo a ideia, pois o exem-plo convence. A transparência e perceber que vale a pena o mo-vimento levam os grupos a traba-lhar em parceria.

Como se constitui uma central de negócio? Surge do interesse de um grupo de organizações de pequeno ou médio portes que operam no mesmo ramo de negócios e que podem estar sediadas em qual-quer parte de uma região, de um estado ou de todo o país. Tais or-ganizações, embora mantenham sua gestão própria, se agrupam em centrais a fim de conquistar o bem comum em amplo termo. A gestão operacional é, então, determinada por unanimidade, atribuindo-se a uma das orga-nizações tal tarefa. Via de regra, àquela que teve o interesse e a iniciativa de promover o agrupa-mento negocial. A partir desse movimento primário, definem-se regras e ditames de funciona-mento, operacionais, estratégicos, negociais, de marketing, entre ou-tros, que irão determinar as linhas

de atuação do grupo, tornando-o coeso e competitivo. A copartici-pação em custos de comunicação e merchandising, em marketing e em compras, será a base inicial que as moverão, trazendo des-de logo grandes benefícios para todos. As permanentes reuniões para troca de ideias, de estratégias e de outras variáveis interferentes no mercado se encarregarão, ao longo do tempo, de aperfeiçoar a união, incrementando seus ín-dices de competitividade grupal e, por óbvia consequência, seus ganhos e qualidade de desempe-nho. Cabe destacar que apenas a boa vontade não bastará, será preciso persistência, uma boa dose de paciência e, sobretudo, em muitas situações, abrir mão de interesses individuais pensan-do nos interesses do grupo, o que certamente já é um desafio por si só. A constituição acaba até sendo fácil, o desafio maior é garantir a perenidade e equanimidade.

Como dimensionar os po-tenciais e benefícios dessa estratégia? As vantagens que se deseja al-

cançar devem partir dos obje-tivos, primeiro individualmente e, posteriormente, do conjunto. Para ilustrar, as centrais abrem e consolidam mercados com estruturas de comercializa-ção nacionais e internacionais; abrem possibilidades de rela-cionamentos empresariais com universidades, agências estatais e instituições tecnológicas que pequenas empresas não conse-guem estabelecer. Além disso, facilitam o acesso à tecnologia da informação, linhas de créditos es-peciais e otimizadas; ampliam a escala produtiva e o atendimento de grandes pedi-dos através da produção con-junta; aumen-tam a motivação e confiança

no negócio, a produtividade e reduzem a ociosidade; buscam a normatização de procedimentos e certificações; ganhos de credi-bilidade no mercado, garantindo maior legitimidade nas ações empresariais e redimensionando a importância da empresa em seu ambiente comercial; buscam padronização de comunicação visual; capacitam colaboradores; entre outros benefícios.

O que diferencia uma central de negócio, uma cooperativa e uma OSCIP?

Suas características operativas, jurídicas, estratégicas, organi-

zacionais, estruturais e ide-ológicas são diferenciadas, motivo que não permite explanação dissertiva a

respeito. As CNs mantêm a

Uma barreira ainda existente é a mentalidade e resistência de muitos empresários em compartilhar o seu ‘segredo competitivo’EDIMIR DUMKE

Uma barreira ainda existente é a Uma barreira ainda existente é a

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independência jurídica das uni-dades componentes, permitem a abrangência de grandes áreas ge-ográficas sem temor de controles gerenciais ou de dependência ad-ministrativa-gestora, não obstante, seguem regras e ditames comuns ao grupo. Elas possuem seus pró-prios poderes de barganha em seus mercados, permitindo a constante reavaliação de estraté-gias de variados portes e objeti-vos, que certamente beneficiam o grupo em determinados aspectos. A central de negócios não tem um formato jurídico definido, é, na verdade, uma estratégia para lidar com dificuldades competiti-vas como o sistema tributário.

De que maneira as centrais constituem um caminho para a sustentabilidade dos negócios?Em princípio, sustentabilidade implica em competitividade per-manentemente renovada apri-morando técnicas de propaganda e marketing conjunto; ampliando os canais de comercialização; oti-mizando a qualidade dos produ-tos e serviços; reduzindo os custos de aquisição de matérias-primas, insumos ou mercadorias, por in-termédio de compras conjuntas. Também no sentido de melhorar a produtividade no uso das ins-talações, compartilhar recursos complementares, capacidades e competências essenciais; acessar as tecnologias e inovações, inter-net, softwares; realizar treinamen-tos para sua equipe de colabora-

dores; trocar ideias e informações, negociar de forma coletiva para compra de produtos, bens ou ser-viços. Bem como, ter voz e vez, em sua representação nas esferas municipal, estadual e federal.

Então as centrais se valori-zam como fator de alta com-petitividade?Sim, a conjunção de ideais, valo-res e objetivos, quando assimila-dos em grupo, redunda em maior competitividade. A individualiza-ção do negócio engessa seu de-sempenho tornando-o local ou, no máximo, microrregional. Já a união expande suas potenciali-dades de competição, além de ampliar sua cultura organizacional mediante a troca de informações, experiências e sensibilidades mer-cadológicas. A competitividade surge no instante em que estas centrais de negócios passam a ser comparadas com outras e até glo-balmente, como ocorre com os países, ou você se adapta e inves-te para evoluir ou é engolido no mercado altamente globalizado.

Qual o melhor caminho para formar centrais efetivas?Investimento. E aí há um longo ca-minho, porque não é apenas em capacitação, mas, sobretudo, em melhoria de processos, implan-tação de controles de qualidade, performance, indicadores, para racionalização de custos e por aí vai. Com conhecimento, a evolu-ção torna-se palavra de ordem.

Que tipo de confusão estru-tural é superada via centrais de negócios? A começar pela administração descentralizada, alguém cuida das compras, outro das vendas, outro do marketing, quando diversos subgestores zelam por determinado setor da organiza-ção e, não raro, principalmen-te em empresas de pequeno e médio portes, com tendências distintas, em razão de suas pró-prias experiências. Uma barrei-ra ainda existente é a mentali-dade e resistência de muitos empresários em compartilhar o seu ‘segredo competitivo’. Há gargalos na logística, custos, governança. Sob a formatação de uma CN, o grupo passa a ter um sentimento só, o de ser mais competitivo, seguir a linha de ação, implementar a estraté-gia, centralizando a aquisição de insumos ou produtos acaba-dos, com as naturais barganhas, e a acompanhar o desempenho do setor mediante instrumentos de mensuração acurados.

Em quais ramos de atividade o associativismo é bem apli-cado no Brasil?De duas décadas para cá, o as-sociativismo explodiu em todos os sentidos e segmentos da so-ciedade, embora seja um fenô-meno que remonta aos tempos mais primitivos, como fórmula de sobrevivência. Poucas as organi-zações que não fazem parte de alguma forma de associativismo. Clusters, cooperativas de consu-mo, centrais de compras, de dis-tribuição, em todos esses modelos o associativismo é bem aplicado, embora em níveis diferenciados. A impressão é que no segmento do varejo tem sido mais notado, principalmente pela visibilidade que acaba tendo devido aos in-vestimentos em marketing.

As empresas conseguem redu-zir custos e aumentar as vendas atuando em conjunto? Sem dúvida. O importante é que a demanda seja bem dimensio-nada para evitar estoques ele-vados, volume imobilizado de

alto valor. Outra possibilidade é montar canais de venda da cen-tral, distribuindo produtos de todos os associados, em venda eletrônica, participação conjun-ta em feiras e exportação con-junta. Não há como se esgotar a lista de vantagens que podem ser conquistadas trabalhando em união ou em conjunto.

Como enfrentar as opiniões dis-tintas dos empresários sobre o rumo do negócio dentro de uma mesma central? Embora as CNs centralizem mui-tas das suas decisões em um órgão único, consultivo, há divergências entre os gestores individuais das organizações componentes. O que há, em realidade, é a procura constante de consenso entre os participantes da CN, em benefício comum. Esta é a premissa maior. E é importante contar com um consultor externo. Quais são as ameaças e barrei-ras que o associativismo enfren-ta no Brasil? Justamente a falta de coope-ração entre grupos de dis-tintos segmentos. Em nosso país, o associativismo ainda

A individualização do negócio engessa seu desempenho, tornando-o local ou, no máximo, microrregional. Já a união expande suas potencialidades de competição

é primário, individualista, au-tocentrado. Esta característica é parte inerente ao perfil do nosso empresário, indepen-dentemente de qual seja seu segmento de atuação ou sua dimensão organizacional. Somos uma nação que luta individualmente, cada um defendendo seu quinhão de mercado. Um esforço, em suma, dividido. Falta união de forças, objetivos, metas, estratégias, ideais em prol do bem comum, em benefício de todos e, principalmente, da nossa grande e castigada nação. Urge a mudança de mentalidade social, política e empresarial. E um processo saneador nesse sentido passa por uma mudança radical, drástica, em nossa política, em sentido lato, para dar iní-cio a uma renovada visão so-cial de conjunto, competitiva, abrangente e, principalmente, justa. Mudar mentalidades é gradual, sistêmico e exige in-vestimento. É um movimento de formiguinhas, que vai fa-zendo a diferença, mas que poderia ser ampliado com maior visibilidade e apoio.

ALINHAR OS GESTORES INDIVIDUAIS DAS EMPRESAS ASSOCIADAS É UM DESAFIO PERMANENTE

“CENTRAL DE NEGÓCIOS – UM CAMINHO PARA A SUSTENTABILIDADE DE SEUS NEGÓCIOS”

Autores: Edimir Dumke, Juan Koffler Anazco e Nilmar PaulEditora Campus/Elsevier

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por Vânia [email protected] artigo

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rezados leitores, falar de mudanças pode parecer re-petitivo e não tão inovador, diante

de inúmeros textos que certa-mente já lemos sobre este tema. Porém, sempre nos deparamos com aspectos relevantes que merecem nossa reflexão, pois vivemos os impactos das mu-danças em nossas vidas e em nossas empresas.Vale ressaltar que condutores de mudanças são vistos na maioria das vezes como ameaças. Desta forma, consultores e auditores não são bem aceitos, por aque-les que lutam em manter o sta-tus quo/estado funcional.Estes temem o desconhecido e lutam para manter seus cargos, suas atitudes e hábitos. Desta forma devemos evitar mudanças radicais, pois elas causam traumas na organização, principalmente quando não são bem planejadas.É necessário conhecermos os detalhes de cada organização, identificando o que as pesso-as definem como “problema”, adotando uma intenção estra-tégica capaz de minimizar rea-ções. É importante buscarmos a conciliação criativa das percep-ções, ouvindo e considerando experiências construídas nas organizações, antes de propor-mos mudanças. É comum identificarmos boas sugestões em diferentes níveis de cargo, pois as ideias nobres podem partir do coletivo. Em todas as organizações en-contramos comportamentos congruentes e incongruentes frente às mudanças.Os congruentes são aqueles

que estão alinhados à empresa. Gostam do que fazem e estão sempre dispostos a inovar em prol da competitividade.Os incongruentes são aqueles que resistem às mudanças, as-sumindo atitudes de dissidên-cia, apatia ou ressentimento.Vale explicarmos cada um deles, para que saibamos identificá-los e tratá-los de forma adequada.Dissidência: são aqueles que co-nhecem a organização, são técni-cos, gostam da empresa, porém não concordam com as decisões tomadas pela direção e fazem críticas constantemente. Estes po-dem influenciar outros, pois pos-suem argumentos baseados na experiência e nos conhecimentos acumulados sobre a organização.Apatia: são aqueles que não se posicionam e afirmam não terem poder de decisão. Não contribuem para mudanças, pois não se envolvem nem se comprometem com o sucesso das mesmas. Não influenciam outros, mas podem desanimá-los, pois não compartilham experiências nem demonstram credibilidade pela organização.Ressentimento: são os mais di-fíceis de serem trabalhados, pois guardam mágoa e resistem às mu-danças por se julgarem injustiça-dos pela empresa, fazem de tudo para sabotar as iniciativas, assu-mindo sentimentos derrotistas, ou seja, promovem a “cultura do fracasso”. Estes contaminam os ambientes e espalham suas opi-niões divergentes, sem muito cri-tério ou razão, pois falam de seus sentimentos e os colocam à frente dos objetivos organizacionais.Assim, para que possamos im-plementar mudanças nas orga-

nizações, é aconselhável que adotemos as ações incremen-tais, ou seja, por etapas. Porém, estas mudanças precisam ser contínuas, monitoradas e me-didas de forma específica, foca-das em resultados mensuráveis.Sabemos que é comum não as-sumirmos os ônus da transição, pois desejamos que as mudan-ças tragam resultados imedia-tos, sem desgastes ou perdas.Muitos desistem das mudanças, antes de implementá-las por completo, por não suportarem a pressão dos incongruentes.É valioso termos nas organi-zações pessoas que pensam formas diferentes de obter re-sultados, porém, quando estas diferenças comprometem os in-teresses organizacionais, é pre-ciso saber o momento da toma-da de decisão e desligá-los do quadro, antes que coloquem todo o processo em risco.Transferir poder e iniciativa são fundamentais para o processo de mudança. Assim, precisa-mos ter para quem delegar e para quem atribuir as respon-sabilidades de gerar entusias-mo e inovações coletivas. Desta forma, os incongruentes precisam ser tratados, antes de inibirem as mudanças, tornan-do-as impraticáveis.Para cultivarmos comportamentos propícios às mudanças, as organi-zações precisam implementar ati-vidades novas a cada ano, geran-do novidades na forma de atuar e pensar os processos organizacio-nais. Vale investir na criatividade individual e na inovação coletiva, capazes de gerarem o aprendiza-do contínuo que favoreça com-portamentos congruentes.

Nossa capacidade de mudar

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VÂNIA LÚCIA DE OLIVEIRA É CONSULTORA ORGANIZACIONAL, MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS E EXECUTIVE COACH PELA

SOCIEDADE BRASILEIRA DE COACHING.

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chegada do SPED (Siste-ma Público de Escritura-ção Digital), a Nota Fiscal Eletrônica, entre outras

exigências fiscais, fizeram com que a distribuição e o varejo de autopeças acendessem a luz amarela para a in-formatização do negócio, muitas ve-zes despreparado para atender todas essas regras impostas pelo governo.Nos últimos anos, as lojas de com-ponentes automotivos aumentaram os investimentos em modernização,

por Larissa [email protected]

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Automação comercial no varejo

inclusive no que se refere à questão de tecnologia da informação, o que permitiu não apenas estar de acordo com a legislação, mas também ter ga-nhos com logística e produtividade por meio de softwares de automação comercial e gestão contábil.Para o diretor executivo da Alterdata Software, Ladir Carvalho, o mercado vem sofrendo mudanças no campo da automação. “Venho percebendo que os empresários estavam preocupados com o processo de gestão de negó-

cio. O interesse era saber o que estava acontecendo na venda, no estoque, os produtos mais vendidos. Hoje o foco mudou porque o governo vem exigin-do uma série de adequações para evi-tar a sonegação, então os empresários querem que o software seja compatível com as exigências fiscais do governo”. A supervisora nacional de bases da CEO Software, Giselia D’Angelo, diz que o crescimento de demanda por essas soluções é notório, inclusive no segmento de autopeças. Mas o que

muitos empresários desconhecem é que o software pode ir muito além da questão tributária. “Parte da demanda para as empresas de software surge com a necessidade de atender à le-gislação, o que muda imediatamente quando o empresário percebe a infi-nidade de outros benefícios que tais ferramentas podem lhe trazer. Com isso, a necessidade inicial de somente atender à legislação, de forma muito breve, se transforma em um grande desejo por algo a mais”.

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SOFTWARE DE GESTÃO APRESENTA COMPRAS, BUSCA DE PRODUTOS E CONTROLE DOS IMPOSTOS

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Além de atender às exigências fiscais, soluções oferecem análises para melhor gerenciamento de estoque, compras e perfil de clientes

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EVOLUÇÃO

A grande vantagem dessas soluções está na evolução: o que antes só contabilizava e apresentava números passou a ter capacidade de análise, conforme conta Ladir Carvalho. “Anti-gamente, os sistemas estavam focados no operacional. O objetivo era falar quanto tinha de estoque de cada pro-duto, quanto cada cliente devia. Hoje em dia o sistema tem a capacidade de fazer análise e sugestões; nosso apli-cativo sugere a quantidade mínima e máxima que ele deve ter de cada produto de acordo com o que ven-de, com a época do ano, por conta da sazonalidade. O grande problema do empresário hoje é comprar certo, para não ter demais, nem de menos. Então, o software faz esse trabalho, que é 80% matemático, e o empre-sário fica com a visão e a percepção, responsável pelos 20%. Com isso, ele vai ter tempo para focar no seu dife-rencial”, justifica o diretor executivo.A Oracle oferece uma software com-pleto e modular para gestão de em-presas de varejo que inclui desde as soluções conhecidas como Enterprise Resource Planning (ERP), que fazem a gestão financeira, contábil e fiscal da empresa, até as mais modernas solu-ções de otimização das iniciativas de varejo. “O sistema contém módulos para o planejamento da demanda e abastecimento, gestão de preços e pro-moções, logística de armazenagem e distribuição, otimização do espaço de vendas, entre outras funcionalidades”, explica o representante de Vendas de Aplicativos da Oracle do Brasil, Marce-lo Duraes. A solução promove controle da redução dos estoques e das perdas de vendas, melhoria no planejamento de compras, diminuição das perdas no processo logístico, aumento de mar-gem e eficiência operacional.

VISUALIZAÇÃO

No varejo de autopeças, um dos principais desafios está no fato de os produtos serem extremamente téc-nicos – exigindo balconistas com um alto conhecimento específico, além das habilidades comuns a quem atua na área. Os softwares de automação comercial também auxiliam nessa área, indicando produtos equivalen-tes quando não há um de determina-da marca no estoque ou se o cliente solicita uma opção mais barata. Além disso, o sistema também pode orien-tar quais produtos complementares devem ser indicados ao cliente – por exemplo, no caso da compra de um amortecedor, ele indica as borrachas ou molas. Assim, o balconista não terá trabalho procurando códigos ou produtos equivalentes e ainda poderá emplacar uma venda casada. “Temos muitos clientes que são distribuidoras de autopeças, com estoque de 30, 40 mil itens e administrar isso é um problema, principalmente quando os produtos substituem uns aos outros. Antigamente, as lojas dependiam de vendedores brilhantes porque eles

precisavam lembrar essas conexões. Agora você pode trabalhar com ven-dedores medianos porque o aplica-tivo o orienta a oferecer o produto complementar”, ressalta Carvalho. A capacidade de análise do software também faz com que ele vá muito além de apresentar números. Giselia D’Angelo, da CEO, explica que são apresentados não apenas os produtos que mais e menos giram, como os mais e menos rentáveis. “Muitas vezes, a empresa tem a venda de um produto disparado, porém a participação em lucro deste produto não é tão vanta-josa, talvez seja melhor trabalhar e in-vestir em um produto que tenha uma participação menor em quantidade e maior participação em lucro. Ressal-tando que mesmo os produtos menos rentáveis não devem ser excluídos do mix, pois outro grande diferencial é o consumidor encontrar tudo em um só canal. Nos dias de hoje, é comum a concentração de autopeças se dar em um local específico da cidade ou de um bairro, visando facilitar ainda mais o dia a dia de quem depende do seg-mento (consumidor final, mecânicos, taxistas, frotistas)”. Carvalho comple-

menta: “hoje em dia, o melhor pro-duto não é o que vendeu mais, mas o que se coloca em um tripé entre vendas, lucro e giro. Se você descobrir que o produto vendeu bem, deu mar-gem, mas demorou um ano pra ven-der, não é bom. Se ele vendeu bem e rápido, mas não deu muita margem, não é bom. O sistema identifica qual de fato é o melhor produto”, conclui.Como as soluções disponibilizam di-versas informações, é possível filtrar quem terá acesso a cada uma delas. Quem faz essa seleção é o próprio gestor junto à empresa fornecedora, estabelecendo qual informação cada usuário cadastrado terá acesso.Mas é importante ressaltar que todos esses benefícios trazidos por softwares de automação comercial só chegam à empresa se ela adotar uma postura mais moderna e conectada – e se o gestor se conscientizar da importância de investir e treinar seus funcioná-rios. “A implantação completa de uma solução não é tão simples e envolve vários fatores, entre eles o fator hu-mano, que é peça fundamental no su-cesso alcançado. Um segundo item é ‘arrumar a casa’ para que tudo seja

Hoje em dia, o melhor produto não é o que vendeu mais, mas o que se coloca em um tripé entre vendas, lucro e giroLADIR CARVALHO, DIRETOR EXECUTIVO DA ALTERDATA SOFTWARE

VISUALIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES É SIMPLES E SEGUE UM PASSO-A-PASSO

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Para vencer os desafios trazidos recentemente pela legislação, como o SPED e a Nota Fiscal Eletrônica, varejos de autopeças contam com softwares que oferecem apoio à gestão tributária e também fazem a automação comercial da empresa, proporcionando uma análise dos melhores produtos, o que deve

ser comprado e em que quantidade e apresentando outras opções de produto para que o consumidor escolha aquele que preferir. O resultado está em ganho logístico e financeiro para o negócio, além de um gerenciamento mais simples através de softwares de fácil manuseio.

RESUMO S.Y.L

transportado/implementado de forma organizada para o sistema”.Ladir Carvalho conta que o primeiro passo para utilizar um desses softwa-res é ter o estoque classificado e co-dificado, algo que muitos varejos de autopeças ainda fazem de maneira subjetiva. “O mais difícil em auto-peças é fazer essas conexões entre outros produtos e, para isso, é pre-ciso separá-los em famílias. Isso aju-da muito para não ter venda errada”, conta o diretor executivo. Ele tam-bém ressalta a importância de não ter computadores ultrapassados, que não apresentarão bom resultado com softwares tão modernos e quebrarão uma das principais regras do balcão de autopeças: agilidade.

DOIS EM UM

Se apenas os benefícios da automação comercial já são bastante atraentes para a implantação das soluções, as exigências fiscais são um motivo for-te o bastante para colocar a mão no bolso. Afinal, as multas caso as regras não sejam cumpridas custarão muito mais caro. Por isso, os fornecedores oferecem softwares que provêm todas essas informações, até mesmo mais específicas, como é o caso da solução da Oracle. “Ela é composta por vários módulos, inclusive por um módulo fiscal, que atende à necessidade dos clientes locais, com a automatização de praticamente todas as operações fiscais. Durante o processo de defini-ção do escopo, as consultorias iden-tificam as necessidades dos clientes de acordo com o tipo de produto ou serviço e as regiões onde atuam para definir as necessidades fiscais muni-cipais, estaduais e federais”, ressalta Duraes, que complementa: “A suíte de módulos para o varejo inclui todos os

módulos financeiros e contábeis. Com a implementação da solução, todas as operações realizadas pela empresa passam a gerar dados automaticamen-te para a contabilidade. Essa função reduz drasticamente o retrabalho e o tempo de fechamento contábil, além de eliminar erros durante o processo de contabilização”.Ladir Carvalho conta que até as em-presas de softwares tiveram de se adequar, desenvolvendo soluções compatíveis às exigências do governo para que possam ser homologados, ou seja, seguem padrões estabeleci-dos pelo Fisco que garantem a vera-cidade das informações. Se, por um lado, isso causou muita dúvida em va-rejistas e distribuidores no início, por outro as transformações fizeram com que a concorrência se tornasse mais leal, já que não há mais espaço para sonegação. “Até o ano passado, as empresas estavam muito soltas. Hoje, as notas fiscais que recebem são to-das eletrônicas e tudo o que estão comprando já é de conhecimento do governo. Por estar comprando tudo regular, o varejo tem que vender de maneira regular”, explica.

PEQUENOS

Embora tudo isso pareça um pouco rebuscado para o pequeno varejista, na prática o uso e a visualização das informações nos softwares são bastan-te simples e podem ser aplicados em negócios de qualquer porte, até mes-mo em quiosques de shoppings. “Os pequenos negócios também têm que controlar o inventário. Antes, eles só controlavam os clientes da carteira, mas hoje o software diz quais clientes são melhores para o negócio, quais retornam de quanto em quanto tem-po. Isso é típico de análise de gestão

que antes não era possível”.A multinacional Oracle tam-

bém atua de olho nos pe-

quenos negócios. “A empresa oferece uma solução modular que permite ao cliente iniciar a implementação de forma gradual, de modo que os resultados do projeto possam apoiar a adoção de novas funcionalidades. Esse tipo de implementação traz a oportunidade de a empresa rever seus processos, estruturar a organização e preparar-se para apoiar seu cresci-mento, o que exige também um forte engajamento dos profissionais da em-presa”, explica Duraes.Para empresas que ainda não sabem como funciona um software de ges-tão, a CEO Software oferece a possi-bilidade de aluguel. “É possível alugar ou adquirir a licença de uso, o que difere um cenário do outro se resume basicamente em dois motivos: quan-do o empresário não tem condições de investir na aquisição da licença de uso ou quando quer fazer uma expe-riência antes da aquisição definitiva”, diz Gisélia. E, no caso do aluguel, não há uma periodicidade mínima para a contratação dos serviços. Para aquelas que pretendem, num primeiro mo-mento, somente atender à legislação, a CEO oferece a solução “Small Ponto de Venda”, que é mais enxuta, mas adere a todas as regras tributárias e de rápida implantação.Além disso, todas as empresas ofe-recem um acompanhamento no mo-mento inicial, não apenas para expli-car como o software funciona, mas para que o empresário possa aprovei-tar todas as suas funcionalidades. No caso da Oracle, “o software é imple-mentado com o apoio de uma consul-toria que, além de apoiar o cliente na organização dos processos, realiza os treinamentos, parametrização e inte-gração dos sistemas. A implementação de uma solução padrão varia de seis a 12 meses de projeto, mas como a so-lução é modular, o tempo pode variar de acordo com cada cliente, depen-dendo do escopo”, relata Duraes.

Já a Alterdata conta com uma base em todo o país, responsável pelo pós-venda. Ladir Carvalho explica que os treinamentos acontecem em três frentes: um para os balconistas, ou-tro para o pessoal de caixa e o último para os sócios-proprietários, voltado à análise de indicadores e relatórios, ou seja, focado na gestão do negócio. E a CEO Software determina, duran-te a negociação, o número de horas para treinamento e implantação, sen-do que as horas são estimadas com base em numero de usuários a se-rem treinados, entre outros fatores. Segundo Gisélia, em uma empresa com até cinco usuários, o tempo total entre treinamento e implantação não excede 90 horas não consecutivas. Além disso, ela explica que, caso a empresa esteja substituindo um sof-tware pelo da CEO, o treinamento antecede a implantação para evitar qualquer tipo de indisponibilidade. Senão, implantação e treinamento acontecem simultaneamente.

O sistema contém módulos para o planejamento da demanda e abastecimento, gestão de preços e promoções

MARCELO DURAES, REPRESENTANTES DE VENDAS DA ORACLE DO BRASIL

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PitStop chega a 500 pontos de vendas

Rede associativista trazida ao Brasil há dois anos e meio pelo Grupo Comolatti já está presente em 173 municípios brasileiros

epois de uma infini-dade de tentativas frustradas no final do século passado

e início deste rumo à formação e consolidação das redes de varejos de autopeças no Brasil, o modelo parece ter atingido certa maturidade no país. Cada qual com suas características, são hoje duas grandes iniciati-vas que podem se considerar bem sucedidas: a Âncora, com mais de 600 lojas associadas, e, mais jovem no mercado; e Rede PitStop, que acaba de atingir a marca de 500 pontos de vendas em 173 municípios nos estados de São Paulo, Mi-nas Gerais, Paraná, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.Trazida pela Distribuidora Au-tomotiva, do Grupo Comolat-ti – que controla, no segmento de distribuição, empresas como Sama, Laguna e Matrix –, a rede PitStop iniciou operações em 2009, com piloto implementa-do na cidade de Ribeirão Preto, uma das maiores e mais ricas do interior de São Paulo e palco per-feito para experimentações de mercado. O know how para o desenvolvimento, formatação e implantação da rede veio da Eu-ropa, a partir de parceria com o Groupauto, referência na criação de redes para o aftermarket au-tomotivo e que já adota o mode-lo em mais de 30 países naquele continente, onde foi responsável pela difusão da marca Euro Ga-rage. “Em nossa busca constante de soluções para o mercado de reposição, dentro e fora do setor, nos demos conta que o mercado nos Estados Unidos estava con-solidado em redes, tanto asso-

ciativistas quanto privadas. E na Europa também havia redes com diferentes formatos”, diz Rodri-go Carneiro, diretor comercial da Distribuidora Automotiva. “Após estudarmos vários merca-dos em outros países, vimos que o sistema de rede poderia con-tribuir para o fortalecimento do varejo de autopeças e oficinas, um setor muito pulverizado que carece de informações e gestão empresarial”, acrescenta o presi-dente do Grupo Comolatti, Ser-gio Comolatti.

FORMATAÇÃO

Dois anos e meio depois de ini-ciar operações no Brasil, a PitS-top hoje reúne três formatos de pontos de venda associados, conforme explica Rodrigo Car-neiro. “Temos o varejo puro; o híbrido, aquele que tem qua-se imediatamente ao lado um centro automotivo ou oficina mecânica, perfil que quase ca-racteriza uma tendência, por várias razões, inclusive rentabi-lidade; e as oficinas mecânicas, que não são o foco da rede e são trabalhadas a partir da indi-cação dos varejos”.O modelo de operação é seme-lhante ao de uma franquia e, portanto, exige a aplicação de um manual de processos e pro-cedimentos. Há um padrão de identidade visual para as lojas, com cores e logomarca. Mas, por se tratar de uma rede com base no associativismo, o nome da loja é preservado e, havendo logomarca própria, esta é man-tida na fachada.A seleção das lojas integrantes da rede começa pela base de

ONDE ESTAMOS E PARA ONDE VAMOS...ONDE ESTAMOS E PARA ONDE VAMOS...

Consolidação nos estados:- Minas Gerais- Paraná- Santa Catarina- Rio Grande do Sul

Abertura de novas praças:- Rio de Janeiro- Espírito Santo- Bahia- Pernambuco

Consolidação nos estados:

Abertura de novas praças:

ALTERNATIVA PARA QUEM NÃO ESTÁ DENTRO

Segundo os gestores da Rede PitStop, a expansão da rede não será infinita e há, entre outros fatores limitantes, a necessidade de preencher os requisitos estabelecidos para a associação do varejo. Uma vez que essa prospecção é realizada dentro da própria base de clientes da Distribuidora Automotiva, como

ficam as lojas não selecionadas?Segundo Paulo Fabiano Nave, já existe uma solução para acomodar essas empresas, também a partir de know how do Grupauto. “Se percebermos a necessidade de implementar essa solução, já temos o modelo pronto”, diz o executivo.

LAYOUT PADRÃO E NOME DA LOJA NA FACHADA

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PONTOS DE VENDAS

Dezembro 2009

129 PDV’S

Dezembro 2010

362 PDV’S

HOJE500

PDV’S

FORMATOS

Lojas de autopeças 174

Lojas de autopeçase oficinas

321

Somente oficinas 5

ONDE ESTAMOS...

GO19

membros

SP197

membros

PR51

membros

SC83

membros

RS54

membros

MG96

membros

Autopeças e o� cinas

TOTAL de 500 membros

140 membros com

fachadas instaladas

REDE PITSTOP

Início da operação: janeiro de 2009• Nº de lojas e oficinas: 500 unidades • Presente em 173 cidades brasileiras de seis estados (São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás), regiões onde há maior concentração da frota circulante • 2011: expansão da rede nas regiões onde já está presente

clientes da própria Distribuidora Automotiva. “Temos inteligência de identificação dessas empre-sas. Elas são ‘pescadas’ dentro de nosso próprio aquário. Há critérios para essa escolha, como ser uma empresa apta a absorver tecnologia. A avaliação é rigoro-sa e envolve várias visitas a esses clientes, quando esclarecemos todas as dúvidas sobre a rede”, explica Paulo Fabiano Navi, res-ponsável por novos negócios da Rede PitStop.Um dos principais serviços prestados pela rede a seus as-sociados é a transferência de conteúdo e conhecimento. “Es-tamos caminhando para ter um dia 100, 150 ou 200 mil itens no mercado de distribuição. Se não levarmos informação à cadeia, será difícil reparar os veículos”, diz Carneiro. Para que esse conhecimento che-gue até os associados, na PitS-top há ações como o Clube do Conhecimento e visitas às lojas. “Os consultores dedicam parte importante de seu tempo vi-sitando os pontos de venda. E nos treinamentos promovidos pelo Clube do Conhecimento, as presenças são controladas e há acompanhamento de todo o trabalho”, diz Fabiano. Nas visitas periódicas às lojas, os consultores de campo contri-buem com a melhoria de pro-cessos de controle de estoque, gestão financeira, layout para a disposição dos produtos, ações de marketing, entre outras ativi-dades ligadas às áreas operacio-nal e administrativa. Em 2010, foram realizadas 4.500 consul-torias de campo. Já o Clube do Conhecimento realizou no ano

passado 20 encontros que ga-rantiram o treinamento de mais de 600 profissionais.

PARCERIA

Mesmo fazendo parte de um grupo que detém participação significativa no mercado de distribuição nacional, os gesto-res da rede colocam a transfe-rência de conhecimento como foco principal da rede. “A ges-tora não comercializa preço, o apelo da rede não é nem nunca será preço. O objetivo é aperfeiçoar o mercado e a gestão do negócio dos nossos associados. Se não olharmos por esse prisma, vamos nos co-moditizar e, com isso, nossos produtos e serviços se desvalo-rizarão”, explica Carneiro.Além de preencherem os requi-sitos estabelecidos pela gestora, os integrantes da rede PitStop pagam um fee mensal de R$ 3 mil. “O negócio precisa ser ge-rido e a relação é muito trans-parente. E o varejo associado pode fazer uma compensação desse investimento mensal junto aos distribuidores do Grupo Co-molatti, a partir de regras claras. Por exemplo: comprando R$ 30 mil, a Distribuidora Automotiva paga o fee à gestora da rede”, ilustra Rodrigo Carneiro.Após ter anunciado aos parcei-ros internacionais a conquista de 500 associados – em maio, no Congresso do Grupauto – agora a meta é concentrar a ampliação nas regiões onde a rede já está presente e expan-dir para os estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Pernambuco.

PILARES DA REDE

OPERAÇÃO INFORMAÇÃO TECNOLOGIA MARKETING COMERCIAL

FINANCEIRO

MANUAL REDE

CLUBE DO CONHECIMENTO

CONSULTORIA DE CAMPO

MODELO DE REPARAÇÃO

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ALEXANDRE XAVIER É GERENTE DE NOVOS NEGÓCIOS DO IQA.

A importância de andar junto com o varejo

o dia 23 de maio, nós, do IQA – Instituto da Qua-lidade Automo-tiva, organismo

de certificação acreditado pelo Inmetro, criado e di-rigido pela Anfavea, Sindi-peças, Sindirepa e outras entidades do setor, parti-cipamos de reunião com representantes de empre-sas varejistas de autopeças, em encontro marcado no Sincopeças, em São Paulo, para definir novos procedi-mentos para a certificação das lojas de autopeças.Este encontro marcou um novo horizonte para o mercado de reposição au-tomotivo, pois o setor de varejo tem uma oportuni-dade especial de adequar o modelo da certificação às necessidades das empre-sas, por meio de desenvol-vimento conjunto com o IQA e o Sincopeças. Esta é uma oportunidade que vai beneficiar todos os varejis-tas interessados em investir em processos de qualida-de, pois vai proporcionar um conhecimento mais aprofundado de todos os processos do negócio e, como resultado final, me-lhor rentabilidade. Na prática, o trabalho em

conjunto IQA/Sincopeças, iniciado agora, busca nova abordagem para a certifica-ção do varejo de autope-ças, com foco em melhores resultados do negócio. A nós, do IQA, cabe, além do processo de certificação, monitorar o andamento do projeto, alinhar conhe-cimento dos consultores envolvidos e oferecer trei-namentos. Ao mesmo tem-po, será dada mais ênfase aos aspectos identificados pelos lojistas como priori-tários. Exemplos: gestão da garantia, layout de loja com foco em vendas, gestão de estoque e inadimplência.Neste contexto, o varejo de autopeças desenvolve-rá condições para usufruir dos principais benefícios da certificação: melhoria de processos, abertura de mer-cados (um participante do encontro citou grandes empresas que hoje em dia exigem esse dife-rencial para compra de autopeças para suas frotas, o que é definitivamente uma tendência), ferramenta de marketing e apoio para padronização de redes. A certifica-ção, no final das contas,

ocorre como uma consequ-ência natural do processo que será desenvolvido junto às próprias empresas.Apesar de não oferecer con-sultoria, pois este não é o nosso papel, o IQA apoiará empresas, Sincopeças e to-dos os profissionais envol-vidos, indicando os pontos em que os processos po-dem ser melhorados. Mui-tos empresários ainda veem a certificação como custo e não investimento, e esse projeto é um importante passo para mudar essa opi-nião, mostrando na prática como tornar nosso negócio mais eficiente e produtivo, além de agradável para o cliente. E tudo isso com condições especiais técni-cas e de investimento para as empresas.

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@@@@@@@87% dos e-consumidores recomendam a marca

Brasil terá 27 mi-lhões de internau-tas até o final de julho, contingente

que vem aumentando suas compras online e que em 2010 movimentou R$ 23 milhões. Para aprimorar as estratégias de profissionais e empresas na nova modalidade de consumo eletrônico, a agência digital CookieWeb e o desenvolvedor VTEX realizaram em maio, em São Paulo, a primeira edição do E-Commerce Live, versão bra-sileira da Shop.Org, encontro de multicanais de venda, que reúne especialistas de todo o mundo em Boston (EUA).No Brasil, o encontro reuniu varejos de vários segmentos para discutir índice de positiva-ção de pedidos, margens e, es-pecialmente, o comportamen-to desse target diante de “call actions”, como são chamados os recursos de ativação e re-tenção de webconsumidores.A fidelização, taxa de conver-são e experiência de navega-ção amigável das homepages partem do reconhecimento do perfil de público. Assim, a desenvolvedora de TI Neoas-

por Perla [email protected]

O Pode-se gerar ações associadas às redes sociais com compartilhamento de conteúdosALEXANDRE SONCINI, DA VTEX

Dados são da DemandWare e mostram que 70% recorrem ao concorrente quando mal atendidos

sist divulgou dados recentes da consultoria DemandWare de que 87% dos e-consumi-dores recomendam a marca depois de experiência positiva – caso contrário, 70% recor-rem ao concorrente. O estudo aponta que 69% dos pesqui-sados confiam mais em dados da web na hora da compra do que nos vendedores em lojas. O quadro só muda quando os vendedores estão conectados de alguma forma à web, para consultas durante a negocia-ção (43%). Além disso, 72% dos e-consummers compar-tilham suas experiências no meio para seus pares.

REDES

Como a base de usuários de e-commerce cresceu expo-nencialmente com a explosão de sites de compras compar-tilhadas, a presença das redes do grande varejo foi massiva no evento, com participação de empresas com operações consolidadas de comparação de preços e produtos, como Locaweb, Buscapé, Abril, e de e-commerce como o Wal-

Mart e Ultrafarma. O encon-tro contou com palestras de Rodrigo Rodrigues, do Goo-gle Brasil; Maurício Salvador, da E-Commerce School; Na-tan Sztamfater, fundador da PortCasa e da agência digital Cookie Web; Alexandre Son-cini, da Vtex; entre outras desenvolvedoras de soluções em TI e antifraude.Componentes de precifica-ção, sistemas de varreduras dos movimentos e estratégias online da concorrência no ambiente web e até modelos de segmentação de públlicos, como o RFM (Recency Fre-quency Monetary Value) fo-ram apresentados como ins-trumentos de mensuração e aproveitamento do potencial de negócios. “O Behavior Tar-geting, que monitora a origem desse cliente e a customiza-ção da plataforma, exige das empresas uma ferramenta de análise adequada, um proces-so de venda, uma operação e logísticas estruturadas em sua categoria de produto”, sinali-zou Philip Klien, da consulto-ria de varejo Predicta.Como toda estratégia de e-marketing prevê o gerencia-mento de riscos, Luis Henri-que Pelizon Loureiro, gerente comercial da FControl, do gru-po Buscapé – que elevou para 80% a taxa de conversão, ou seja, efetivação das vendas de bilhetes da companhia área colombiana Avianca –, abor-

dou as fraudes online, que nos Estados Unidos respondem a 60% da perda de vendas transa-cionadas. “O Brasil já está entre os 10 primeiros em prejuízos financeiros na internet. Por isso, é importante ter sistemas de automação de regras e normas de análise e monitoramento de riscos”, afirmou o executivo.

POTENCIAIS

Em entrevista ao Novo Varejo, um dos organizadores do E-Commerce Live, Natan Szta-mfater, comentou que o evento terá edições anuais e regionais para dar suporte às empresas que se interessam pelo enorme potencial de e-commerce no país e que, de fato, seguem o modelo de debates e palestras técnicas do Shop.Org.Alexandre Soncini, da Vtex, empresa que integra a orga-nização do encontro, comen-tou que a interface entre as plataformas de e-commerce e as campanhas de marketing é cada vez maior. “Pode-se ge-rar ações associadas às rede

INVESTIMENTOS MÍNIMO EM SITE DE E-COMMERCE

- R$ 50 mil para recursos de TI e desenvolvimento

- Break even - depende do setor em que a empresa opera e de um amplo e prévio conhecimento sobre seu mercado

sociais com compartilhamento de conteúdos”. Sobre os inves-timentos estruturais, ele expli-cou que R$ 50 mil é o aporte mínimo necessário para recur-sos de TI e desenvolvimento para qualquer empreendimen-to do tipo, e que o break even (ponto de equilíbrio) depende do setor que a empresa opera e de um amplo e prévio co-nhecimento sobre seu merca-do, antes de lançar-se em uma experiência no meio web. “Além de moda e acessórios, vejo como tendência o surgi-mento de e-commerce para produtos específicos, para ni-chos, desde que justifiquem a logística envolvida sem com-prometer as margens”.Sobre a explosão de sites de compras coletivas brigando pelo mesmo share da rede mundial, Soncini esclareceu que o impacto é positivo, já que tem trazido milhares de novos usuários ao meio digital, aumentando a base de clien-tes e contribuindo com o apri-moramento da experiência de consumo segmentado.

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recomendam a marcaDados são da DemandWare e mostram que 70% recorrem ao concorrente quando mal atendidos

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por Patrícia Malta de Alencar e Claudio [email protected] ilustração Ivan Ordonha fotos Arquivo Novo Meio

ma das maiores redes mundiais de varejo de autope-ças e acessórios

está de malas prontas para de-sembarcar no Brasil. A norte-americana AutoZone já pre-para, com equipe própria, seu ingresso no mercado nacional, com início de operações pre-visto para 2012. Todas as ne-gociações transcorrem em sigi-lo, mas a reportagem do Novo Varejo conseguiu antecipar in-formações – extraoficiais – im-portantes sobre a estratégia de implantação da primeira gran-de rede internacional de lojas de componentes automotivos a chegar em nosso país.Não é de hoje que o poten-

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AutoZone noBrasil

século passado, as duas gi-gantes norte-americanas da reparação, Midas e Precision Tune, desembarcaram aqui com planos ambiciosos. Cada

loco o mercado nacional. Há três anos, uma equipe forma-da por mais de 20 pessoas se reveza no Brasil para enten-der o mercado, especialmen-te nossas complexas questões tributárias. O processo conta com o apoio de um escritório de advocacia contratado.

FORNECEDORES

Nos últimos meses, os repre-sentantes da AutoZone no Brasil têm intensificado os entendimentos com as indús-trias de autopeças para es-tabelecer os acordos de for-necimento dos produtos que serão vendidos nas lojas da rede. As reuniões, também

uma pretendia instalar cerca de 1.000 unidades num pra-zo de aproximadamente 10 anos. No entanto, as iniciati-vas fracassaram. Muitas foram as razões para o insucesso, entre elas a total inabilidade para lidar com as caracterís-ticas e até a informalidade do mercado brasileiro, além do formato de franquia, que atraiu essencialmente inves-tidores, executivos sem ne-nhuma familiaridade com o aftermarket automotivo.Para não cometer erros como os que inviabilizaram a com-petitividade e a permanência no Brasil de redes como a Midas e a Precision Tune, a AutoZone vem estudando in

cial do mercado brasileiro de manutenção de veícu-los desperta o interesses das grandes redes do exterior. No final da década de 90 do

TODAS AS LOJAS DA AUTOZONE ESTÃO

DIVIDIDAS EM UM SHOP FLOOR (ACESSÓRIOS) E UM DEPARTAMENTO DE

HARD PARTS (PEÇAS)

por Patrícia Malta de Alencar e Claudio [email protected] ilustração Ivan Ordonha fotos Arquivo Novo Meio

ma das maiores redes mundiais de varejo de autope-ças e acessórios

está de malas prontas para de-sembarcar no Brasil. A norte-americana AutoZone já pre-para, com equipe própria, seu ingresso no mercado nacional, com início de operações pre-visto para 2012. Todas as ne-gociações transcorrem em sigi-lo, mas a reportagem do Novo Varejo conseguiu antecipar in-formações – extraoficiais – im-portantes sobre a estratégia de implantação da primeira gran-

AutoZone noBrasil

século passado, as duas gi- loco o mercado nacional. Há uma pretendia instalar cerca cial do mercado brasileiro

Maior rede varejista norte-americana, com quase cinco mil lojas em três países, está

em processo de instalação no Brasil. A receita de sucesso

a ser importada reúne atendimento personalizado,

testes gratuitos e diversidade de produtos

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sigilosas, vêm ocorrendo em hotéis e restaurantes. A ex-pectativa é que a maioria dos fornecedores da AutoZone nos Estados Unidos com pre-sença no Brasil venha a esta-belecer acordos comerciais também por aqui. Até porque já se sabe que a pressão das matrizes será grande para que as filiais brasileiras aten-dam um cliente de centenas de milhões de dólares como é a rede norte-americana. “A AutoZone é um grande clien-te, a gente não pode deixar de reconhecer. Tem uma par-ticipação imensa no merca-do americano. Mas eles são clientes como tantos outros da Delphi. Nós estamos con-versando, como todo mun-do está conversando. Vamos analisar a proposta e ver se a gente se encaixa em função das oportunidades vinculadas ao que eles buscam e ao que nós temos a oferecer. Eles têm um foco de produto que não é exatamente voltado ao que a Delphi oferece, mas lá fora eles evoluíram e não comer-cializam mais apenas aces-sórios e itens de alto giro, há também produtos técnicos, e é aí que a gente trabalha com eles nos Estados Unidos. E aqui é uma questão de ver o que a rede vai querer no co-meço. Mas nós estamos con-versando, como conversamos com todos os clientes”, disse à reportagem do Novo Vare-jo durante a última edição da Automec a executiva que comanda o negócio mundial de aftermarket da Delphi, Lúcia Moretti. A reportagem do Novo Varejo procurou também outras indústrias for-necedoras da Autozone nos Estados Unidos e que, sabe-mos, já conversaram com os representantes da rede no país. Uma delas até confir-mou já ter fechado parceria para a operação brasileira da rede, mas a direção da em-presa – um sistemista euro-peu – preferiu não comentar o assunto por enquanto.

OPERAÇÃO

Ainda não há informações oficiais sobre a data prevista para o início das operações da AutoZone no Brasil. Entre as fontes ouvidas pelo Novo Varejo – que estão acompa-nhando de perto o processo de instalação da nova rede – a expectativa é de que as pri-meiras unidades sejam inau-guradas em São Paulo entre o final de 2011 e início de 2012. Seriam, inicialmente, 15 lojas próprias – a AutoZo-ne não trabalha com franquia – no maior estado do país, apoiadas por um centro de distribuição também próprio. Assim como ocorre nos Esta-dos Unidos, tudo indica que as lojas da rede serão divi-didas em duas seções, uma de acessórios, o shop floor, e outra de peças, a hard parts, onde uma equipe de consul-tores irá assessorar o cliente na escolha correta dos pro-dutos. Para isso, a rede possui um banco de dados informa-tizado, em que o consultor pode apresentar as caracte-rísticas e benefícios de cada opção para o cliente avaliar a escolha conjuntamente.As lojas da AutoZone não fa-zem a aplicação das autopeças, mas dão a assistência necessária ao cliente para que ele mesmo possa fazê-la no caso de pe-quenos reparos, como a troca de uma lâmpada queimada – nesse caso, o consultor vai com o cliente até o carro e mostra a ele como se faz a substituição. No entanto, há quem diga que a rede estuda a possibilidade de aplicar certos itens nas lojas instaladas aqui. Isso porque o consumidor norte-americano é adepto do conceito do-it-yourself (faça você mesmo), o que não faz parte da cultura do brasileiro, situação que pode resultar em alguma adaptação do modelo original ao mer-cado local – afinal, os repre-sentantes da rede estão aqui exatamente para detectar es-sas peculiaridades.

NÚMEROS DA AUTOZONE

- Mais de 6 milhões de clientes atendidos toda semana - Milhares de peças e acessórios para carros e comerciais leves - Quase 5 mil lojas próprias, nos Estados Unidos, Porto Rico e México - Nos Estados Unidos, presença em 48 estados e em Washington DC- 322ª colocação na lista de maiores empresas norte-americanas, a Fortune 500, elaborada pela revista Fortune - Ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (AZO) desde 1991

LINHA DO TEMPO

1979 – Abertura da primeira loja, que na época ainda chamava-se Auto Shack, em Forrest City, Arkansas

1985 – Criação do termo WITTDTJR, que representa o compromisso da empresa com o cliente: “What it takes to do the job right”, que significa: “O que for preciso

para fazer o trabalho corretamente”

1987 – Alteração do nome Auto Shack para AutoZone; e lançamento do primeiro catálogo eletrônico da empresa

1991 – Ações AZO passam a ser negociadas na Bolsa de Valores de Nova York; e as garantias dos clientes são incluídas no sistema informatizado da rede

1995 – Abertura da milésima loja, em Kentucky; e introdução das baterias Duralast e Duralast Gold, marca própria da AutoZone

1996 – Criação do website www.autozone.com; e compra da empresa de software Alldata, para diagnose na reparação

1998 – Sbertura da primeira loja fora dos EUA, no México

1999 – Primeira inserção na lista Fortune 500, de maiores empresas norte-americanas, elaborada pela revista Fortune

2003 – Início das parcerias com lojas de carros, como a CarMax, e de reparação, como a Midas

2004 – Patrocínio do 2004-2005 Nascar Elite Division

2005 – Abertura da primeira loja em Porto Rico

2007 – Comemoração da inauguração da loja de número 4 mil, localizada no Texas

2012 – Previsão de abertura de 12 lojas em São Paulo (SP)

Eles são clientes como tantos outros da Delphi. Nós estamos conversando, como todo mundo está conversando. Vamos analisar a proposta e ver se a gente se encaixa em função das oportunidades vinculadas ao que eles buscam e ao que nós temos a oferecerLÚCIA MORETTI, DIRETORA DO AFTERMARKET DA DELPHI

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por Patrícia Malta de Alencar e Claudio [email protected] ilustração Ivan Ordonha fotos divulgação

Já para as ocorrências de fa-lhas no motor, nos Estados Unidos a AutoZone oferece um serviço gratuito de testes antes da venda do compo-nente, utilizando inclusive scanners para o diagnóstico. Se o cliente não possuir um mecânico de confiança, os consultores indicam um par-ceiro na região para fazer o serviço. Aqui no Brasil, é provável que também sejam indicados mecânicos clientes da AutoZone aos proprietá-rios de veículos. E a rede ofe-recerá uma política comercial diferenciada aos reparadores, com descontos em relação às peças vendidas diretamente aos consumidores finais, en-tre outros benefícios.Diversos outros sistemas auto-motivos também são testados nas lojas hoje em operação na América do Norte, como motores de arranque, alter-nadores e baterias, dentro ou fora do carro – o cliente pode levar apenas a bateria até a loja, para teste de carga e uma

recarga gratuita, por exemplo –, além de reguladores de tensão, módulos de controle, bobinas, sensores de posição do acelerador e componentes de gerenciamento de motor. Esse atendimento persona-lizado faz parte da filosofia da empresa para evitar que o cliente compre itens desne-cessários. Outro benefício oferecido aos clientes é a possibilida-de de exercer a garantia das peças em qualquer unidade da rede, bastando informar o nome ou número de telefone, dados que ficam registrados em um banco informatizado e integrado, que dispensa a apresentação de papéis.

FILOSOFIA

O investimento no treinamento dos funcionários é, com certeza, o diferencial da marca. Os ‘Auto-Zoners’, como são chamados os consultores, vestem a camisa da empresa e são capazes de recitar de cor o mantra da rede: “Au-

REDES NORTE-AMERICANAS MIDAS E PRECISION TUNE CHEGARAM AO BRASIL NA DÉCADA DE 90 COM PLANOS AMBICIOSOS, MAS FRACASSARAM

toZoners always put customers first! We know our parts and products. Our stores look great! We’ve got the best merchandise at the right price”. No bom por-tuguês: “Os AutoZoners sempre colocam os clientes em primeiro lugar! Conhecemos nossas peças e produtos. Nossas lojas são óti-

mas! Nós temos a melhor merca-doria a um preço justo”.Para conquistar essa mão de obra necessariamente qualifica-da, são oferecidos diversos be-nefícios trabalhistas e ainda des-contos na aquisição de produtos e ações da AutoZone, além de reembolso com despesas em

programas de vigilância de peso ou antitabagistas, por exemplo. A empresa atua em ações edu-cativas, de capacitação técnica e empreendedorismo, além de reciclar óleos e baterias – em 2010, foram mais de 6,5 mi-lhões de baterias e quase 19 mi-lhões de litros de óleo só nos

NÚMEROS DA AUTOZONE

A AutoZone, que tem sede no estado norte-americano do Tennessee, comemorou 30 anos em 2009 com um crescimento de fazer inveja a qualquer empreendedor. São mais de 4.600 lojas próprias, nos Estados Unidos, México e Porto Rico. Desde 1999 a empresa faz parte da Fortune 500, lista que traz anualmente o ranking das maiores empresas do país. No ranking publicado em 2011, ficou na 322ª colocação, com receita de US$ 7.362,6 milhões e lucro de US$ 738,3 milhões – em 2010 a empresa estava apenas sete posições abaixo. Com capital aberto, suas ações são negociadas na Bolsa

de Valores de Nova York desde 1991.A rede possui milhares de produtos em seu portfólio, de peças novas ou remanufaturadas a acessórios, óleos lubrificantes e itens de manutenção para automóveis, utilitários e comerciais leves. A AutoZone também possui marcas próprias, como a Valucraft e a Duralast, mas a maioria dos produtos revendidos é adquirido diretamente da indústria. O público-alvo é o consumidor final, mas reparadores também podem adquirir produtos com uma política comercial diferenciada.

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por Patrícia Malta de Alencar e Claudio [email protected] ilustração Ivan Ordonha fotos Arquivo Novo Meio

Estados Unidos. Sem dúvida, um dos grandes desafios para a manutenção do padrão de qualidade internacional da rede será recrutar e treinar a mão de obra, uma deficiência que hoje atinge os próprios varejos e ofi-cinas do mercado independen-te. “Na minha opinião, esse será o calcanhar de Aquiles deles. O americano tem uma outra relação com o trabalho, vai ser muito difícil recrutar e treinar mão de obra por aqui”, disse ao Novo Varejo um executivo do aftermarket brasileiro.A AutoZone é uma rede em processo permanente de ex-pansão. Todos os anos a em-presa busca novos pontos estratégicos para continuar seu crescimento. As lojas pos-suem, em média, de 600 m² a 750 m², sempre com espa-ços transitáveis e convidativos, com cerca de 25 a 40 vagas de estacionamento, em locais de

boa visibilidade e fácil acesso. E deve ser com essa mesma proposta que a rede chegará ao Brasil em alguns meses.Ao mercado independente, res-ta trabalhar para enfrentar uma concorrência completamente nova, poderosa e que era ine-vitável. O Brasil está suficiente-mente maduro e atraente para receber as grandes redes inter-nacionais de varejo e repara-ção. E os novos formatos dessas empresas exigirão adaptações. Basta dizer que a AutoZone compra direto da indústria. Com isso, cada vez mais aqueles que insistem no discurso pela preser-vação de uma cadeia de negó-cios rígida – que foi eficiente num passado distante, mas que hoje não se sustenta – terão que acordar e encarar uma re-alidade que pode representar ameaças ou oportunidades. Só não vai dar para ficar para-do vendo o bonde passar.

OS RASTROS DA AUTOZONE NO BRASIL

O site do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) mostra que a marca nominativa AutoZone foi registrada no Brasil em 1997 em nome do titular Speedbar, Inc. na especificação “Serviços de lojas de venda a varejo e peças de automóveis”. O site informa ainda que, em 12 de abril de 2011, foi concedida ao titular a prorrogação do registro da marca.

A Speedbar nada mais é do que uma subsidiária da AutoZone norte-americana. São, na verdade, a mesma empresa.A página do INPI na internet mostra ainda que, em 2007, foi registrada também a marca mista AutoZone em nome da empresa Autozone Comércio de Serviços Automotivos Ltda. No entanto, esse registro foi embargado pelo Instituto devido à oposição de terceiros.

O consumidor norte-americano é adepto do conceito do-it-yourself (faça você mesmo), o que não faz parte da cultura do brasileiro, situação que pode resultar em alguma adaptação do modelo original ao mercado local

artigo por Luiz Marins foto divulgação

LUIZ MARINS É ANTROPÓLOGO E CONSULTOR. AUTOR DE 23 LIVROS SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL. TEM PROGRAMAS DE TV NA REDE VIDA E REDE BANDEIRANTES.

O bullying no ambiente de trabalho

onheço pessoas que passam boa parte do tempo de trabalho falando do que fazem, do que sabem, do que fizeram, do

que ajudaram e de quanto são ocupadas e importantes. Fazem autopromoção o tempo todo. Parecem verdadeiros sistemas de alto-falantes dentro da empresa a alardear o que estão fazendo e o que irão fazer. Esse excesso de autopromoção se volta contra elas próprias, pois acabam fazendo um papel ridículo de se achar uma pessoa insubstituível. Geralmente essas pessoas também são

muito críticas de seus colegas de trabalho. Segundo dizem, só elas trabalham, só elas são ocupadas, só elas são importantes. Mas o mais interessante é que elas não falam diretamente. Elas passam o dia todo dando indiretas em seus colegas, com frases como “fico irritado(a) com gente folgada...” ou ainda “tem gente que parece que nasceu cansado(a) e não quer saber de trabalhar” e outras frases do gênero.Essas pessoas quase sempre são bajuladoras de chefes. Quando o chefe pede alguma coisa elas correm na frente de seus colegas para fazer primeiro, não dando chance às outras

pessoas para que façam esse atendimento. E, mais uma vez, alardeiam a sua prontidão.Na verdade existe um bullying também no ambiente de trabalho. Pessoas que intimidam outras e criam situações de constrangimento psicológico que torna o ambiente insuportável às suas vítimas. Estou escrevendo sobre isto porque tenho visto que pessoas mais introvertidas que fazem as coisas sem alarde, muitas vezes têm sido esquecidas em promoções, pois muitos chefes caem na armadilha das que alardeiam tudo o que fazem. Tenho visto empresas perderem pessoas excelentes por

se sentirem absolutamente sufocadas num ambiente hostil.O bullying também pode ocorrer por excesso de brincadeiras de mau gosto, piadinhas sem graça, gozações que não param. As pessoas que são alvos constantes dessas brincadeiras se sentem muito mal e com razão. É preciso acabar com o bullying na empresa, pois ele existe. É preciso que todos os níveis de chefia estejam atentos para que, devido a esse tipo de comportamento de alguns, a empresa não perca seus melhores talentos. Pense nisso. Sucesso!

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por Larissa Andrade, Patrícia Malta de Alencar e Robson [email protected] fotos divulgação

á dois meses, o mercado viveu momentos de eu-foria e otimismo

durante a 10ª edição da Au-tomec. Empresas e entidades desfilaram números animado-res e comemoraram o grande momento vivido pelo setor.Após o término da feira, muitos fabricantes e distribuidores de autopeças começaram a apon-tar queda nas vendas. Por outro lado, varejos e oficinas continua-ram com balcões e pátios cheios, indicando que a paralisação não vinha da ponta da cadeia. De onde, então, essas empresas – especialmente os varejistas – es-tariam comprando as peças?Nossa reportagem repetiu esta pergunta a empresários e gestores de lojas em todo o Brasil. E deles ouviu que não há uma resposta única, mas provavelmente uma somatória de fatos já conhecidos e algumas novas tendências.A primeira constatação – que, aliás, não é novidade – é a sempre polêmica flexibiliza-ção da cadeia. Não é de hoje que o reparador compra pro-

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Parou por quê?Apesar do movimento nos varejos e oficinas, indústrias e distribuidores se queixam da paralisação no mercado. De onde vêm as peças que chegam hoje aos carros reparados?

dutos também no distribuidor. Mas cada vez mais também tem se abastecido em conces-sionárias, importadores e até na indústria. E o mesmo tem feito o varejo.Para entender o comporta-mento do varejo nas últimas semanas, nossa reportagem conversou com gerentes e pro-prietários de lojas de diferen-tes portes e em todas as regiões brasileiras, questionando quem são seus fornecedores no mo-mento e quais as vantagens que cada um oferece hoje.

CONJUNTURA

A trajetória de queda do dólar tem favorecido as importações. E não apenas dos conhecidos produto chineses, que dividem opiniões no mercado. Há vare-jos trabalhando hoje com mar-cas europeias de primeira linha desconhecidas no Brasil. E, mais uma vez, as concessionárias vêm ocupando espaço importante no fornecimento às lojas e oficinas.A Fiat possui mais de 550 auto-rizadas e pontos assistenciais e,

segundo Armando Carvalho, ge-rente de Pós-Vendas da marca, a rede está em expansão, com maior interesse nas vendas para o varejo independente. “Nossa es-tratégia, voltada para o reparador independente, também inclui o comércio, seja no atacado ou no varejo. Qualquer estabelecimen-to que compre peças genuínas Fiat para reparar um veículo fora de nossa rede é target”.Segundo Carvalho, atualmente de 50% a até 80% do faturamento da venda de peças nas autorizadas da marca vem dos varejos ou oficinas independentes. O gerente conta que essas empresas encontram nas concessionárias promoções, descontos, facilidades de paga-mento e uma logística exclusiva. “Trabalhamos com relacionamen-to direto entre a rede e esse pú-blico. Temos ferramentas como o Portal do Reparador e um ciclo de palestras em que a concessionária tem a oportunidade de chamar o cliente para dentro de casa e tra-balhar conceitos de peças genuí-nas, desde a aplicação até proce-dimentos nos carros Fiat”.As ações de relacionamento fo-ram experimentadas pelo gerente da SpeedWay Autopeças, Júlio Sampaio, que visitou recentemen-te uma concessionária da capital gaúcha em um evento de confra-ternização, ação antes restrita aos distribuidores. “A concessionária está com uma política bem dife-renciada e agressiva para vender tanto para a autopeça quanto para o mecânico”.O gerente de Pós-Vendas da Fiat justifica o interesse do varejo independente pelas concessio-nárias. “É uma consequência de nosso grande estoque de peças, qualidade do produto, velocida-de na entrega e o relacionamento

com a rede, que oferece auxílio e informação técnica, além de boas condições de compra”.Para o comprador e balconista da Forte Autopeças, de Salvador (BA), Carlos Alberto dos Santos Batista, a combinação entre preço

bom e peça original é garantia de boa venda. Embora apenas cerca de 5% das compras sejam nas concessionárias, Batista diz que às vezes a exigência pela peça com a marca da montadora vem do cliente e as promoções tornam o

SPEEDWAY AUTOPEÇAS AGREGOU SERVIÇOS À LOJA E VEM COMPRANDO MAIS DE CONCESSIONÁRIAS

DANIEL MARRONI, GERENTE DE PÓS-VENDAS DA VOLKSWAGEN

IMPORTAÇÕES EM ALTA

Não é à toa que a balança comercial brasileira de autopeças está deficitária. É cada vez mais comum encontrar peças importadas tanto nas linhas de montagem quanto no balcão do varejo.Na Careca Auto Peças, de São Paulo (SP), a participação dos produtos estrangeiros cresceu nos últimos dois anos. “Hoje temos diversos distribuidores de peças importadas, o número quadriplicou”, diz João Gomes. Na Bahia, Márcio Miranda, da Pluscar, também adquire essas peças, mas elas vêm do distribuidor tradicional. “Compro uma linha de bombas d’água e bombas de óleo toda importada, os produtos são fornecidos

por uma importadora para o distribuidor. E muitas fábricas também estão importando para baratear o custo”, diz. Isso realmente vem acontecendo: indústrias multinacionais de primeira linha importam produtos de suas próprias fábricas em outros países – especialmente China – para apenas embalá-los no Brasil. Com a valorização do real perante o dólar, a importação se torna um mercado cada vez mais atraente. E, com isso, itens de primeira linha no exterior fabricados por indústrias desconhecidas no Brasil também se fazem cada vez mais presente nas prateleiras do varejo, trazendo uma nova concorrência para as grandes indústrias nacionais.

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preço competitivo. “A concessio-nária avisa quando tem promo-ção e conta ainda com vendedo-res externos que nos visitam”.A rede Volkswagen também está se aproximando do varejo inde-pendente e um dos objetivos é continuar participando do after-market após o período de garan-tia, conforme explica o gerente de Pós-Vendas da Volkswagen do Brasil, Daniel Morroni. “Temos atualmente uma frota de sete milhões de veículos Volkswagen no Brasil e muitos desses auto-móveis, após o período da ga-rantia, não retornam a nossos concessionários. Com base nisso, incentivamos a rede a estreitar relacionamento com os principais canais de distribuição onde o nos-so consumidor possa precisar de uma peça original”.Para Morroni, além do crescimen-to da frota impulsionar as vendas de autopeças na rede, o consu-midor também tem exigido pro-dutos genuínos – e isso se deve à credibilidade dos produtos e ao preço cada vez mais competitivo. “O mito que as peças originais são caras está caindo”, completa. Os números da VW impressionam: a rede da marca vendeu em 2010

R$ 1,5 bilhão em peças, e o va-rejo independente foi responsável por 51% do montante.Esse resultado é consequência de uma estratégia implementada por boa parte da rede com o objetivo de atender o mercado indepen-dente. Segundo o gerente de Pós-Venda da VW, cerca de 85% da rede tem estrutura específica para venda aos varejistas, que inclui telemarketing ativo, vendedores externos, entrega diária de peças, programa de fidelidade e descon-tos; com isso, há unidades em que o mercado independente é responsável por mais de 80% das compras no balcão de peças.

DIVERSIFICAÇÃO

Pequenos e grandes varejistas também lançaram mão de novas estratégias comerciais. Ricardo Streich Kohara, gerente de com-pras das duas lojas da Braskape Autopeças, localizadas em São Paulo (SP), compra hoje de to-dos os fornecedores da cadeia: o principal volume vem do distri-buidor; da concessionária, vêm os itens promocionais, com a mesma marca do aftermarket; e do im-portador e da indústria, produtos

de linhas específicas.Segundo explica o varejista, o distribuidor às vezes demora para iniciar a comercialização de determinado produto, então ele vai atrás da concessionária, onde o preço é melhor se ele comprar volume, apesar do pra-zo de pagamento ser menor. “O cliente quer o produto mais rápi-do na prateleira e na concessio-nária ele chega antes do que no aftermarket”. O perfil de fornecedores da Braskape vem mudando de quatro anos para cá, principalmente em relação às fábricas – muitas não conseguem

entrar nos grandes distribuidores e vão vender direto ao varejo. “A vantagem do distribuidor ainda é a variedade; o estoque, que per-mite pronta-entrega; o preço; e o atendimento. Mas a cadeia vem se quebrando há algum tempo e esse movimento foi iniciado pelos próprios distribuidores, que come-çaram a atender o meu cliente, a oficina. Isso fez com que o varejo tomasse outra posição, que eu não chamaria de contra-ataque, mas um modo de conseguir pre-ços melhores para o mecânico”.Na paulistana Careca Autopeças, o proprietário João Gomes conta que o abastecimento da loja mu-dou, acompanhando as transfor-mações do mercado. Atualmen-te, cerca de 10% das compras são feitas junto à fábrica, 30%, nas concessionárias e 60%, com distri-buidores. “As concessionárias têm oferecido bons preços e, ao mes-mo tempo em que não queremos fortalecer a concorrência delas, somos obrigados a comprar, caso contrário às vezes não temos con-dições de competir”, justifica.No Pará, Ademir Lima, compra-dor das duas lojas da Auto Peças Belém, também trabalha com fornecedores variados: distribui-

dores e as quatro concessioná-rias presentes no estado, General Motors, Volkswagen, Fiat e Ford. Mas não pelo preço, nesse caso. “Tudo o que a gente quer, en-contra no distribuidor e a maio-ria dos meus clientes opta pelas marcas independentes – que re-presentam 80% do nosso merca-do. Mas eu sempre tenho o pro-duto original também. Consigo o mesmo prazo de pagamento em ambos os canais, que em média é de 60 dias”. E seus fornecedo-res não se restringem ao estado. Ele ainda precisa trazer peças de Goiânia (GO) e São Paulo (SP) nos casos de marcas menos pre-sentes na sua cidade.Alair Araújo Júnior, sócio da Jaicar Auto Peças, de Goiânia (GO), compra de distribuidores, da indústria, de concessionárias e importadores de acordo com a necessidade, mas tem como maior fornecedor, “sem dúvida”, a indústria, com percentual bas-tante expressivo. Essa aproxima-ção exigiu quase duas décadas de trabalho. “Tivemos que adquirir respeito no mercado, com volu-me de compra, pontualidade no pagamento, buscando com cola-boradores e clientes parceria

RICARDO STREICH KOHARA, GERENTE DE COMPRAS DA BRASKAPE, DIVERSIFICOU OS FORNECEDORES PARA REPASSAR PREÇOS MELHORES PARA OS MECÂNICOS

A cadeia de autopeças vem se quebrando e esse movimento foi iniciado pelos

próprios distribuidores, que começaram a atender o meu cliente. Isso fez com que

o varejo tomasse outra posição, que eu não chamaria de contra-ataque, mas um modo de

conseguir preços melhores para o mecânicoRICARDO STREICH KOHARA, DA BRASKAPE AUTOPEÇAS

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RODRIGO CARNEIRO, VICE-

PRESIDENTE DA ANDAP

para colocação dos produtos”. E a explicação da mudança é sim-ples: “Porque é vontade de todo varejista conseguir melhores con-dições no mercado, tanto com-prando quanto vendendo”.

DISTRIBUIDOR

Atentos às movimentações do mercado, os distribuidores têm investido nos últimos anos em modernização, serviços e expan-são por meio de filiais. Com isso, os varejistas têm comemorado a chegada dos grandes distribuido-res às suas regiões trazendo diver-sidade de produtos e redução de custos, já que em muitos casos as compras interestaduais resultavam em mais despesas tributárias. Na Forte Autopeças, de Salvador (BA), cerca de 90% das compras são feitas com distribuidores; e 95% deles são do estado. Já em Fortaleza (CE), o gerente da Plus-car, Márcio Miranda, conta que a presença de concessionárias ainda é pequena e os principais fornecedores são distribuidores

da região. “O mercado é bem servido de distribuidores, que se aproximam com promotores, promoções, campanhas”.Miranda diz que o mercado cearense ainda não é tão agres-sivo como o da capital paulista ou carioca, mas acredita que o ce-nário está mudando. “Tem muito varejo de autopeça e muito auto-center que cresceu pela ausência da concessionária. Mas isso um dia vai mudar porque as conces-sionárias estão se mexendo”.O vice-presidente da Andap (Associação Nacional dos Distri-buidores de Autopeças) e diretor comercial da Distribuidora Auto-motiva, Rodrigo Carneiro, aponta os benefícios que o distribuidor oferece aos varejistas. “O varejo compra do distribuidor porque ele possui estoque, variedade de produtos e logística para a pronta-entrega. Além disso, oferece pra-zos mais flexíveis para pagamento. Assim, é possível otimizar o fluxo de caixa da loja. Claro que, de-pendendo de algumas situações e também do tipo de peça, o lojista

pode comprar de outros canais, mas não é o usual. É importante esclarecer que o importador tam-bém é um distribuidor”.Carneiro identifica como causas da crescente concorrência que o segmento vem enfrentando as di-mensões continentais do Brasil, o aumento da frota e do número de autopeças à venda, que cresceu exponencialmente para atender aos diferentes modelos e marcas de veículos. “Isso faz com que o mercado comece a se especiali-zar em determinados segmentos, como há distribuidores especiali-zados apenas em undercar, ou-tros em peças para motor, veícu-los pesados e assim por diante. A concorrência está acirrada e as margens estão mais justas, o que é normal num mercado aquecido, pulverizado e, por consequência, muito competitivo”. Uma das principais características do distribuidor ainda é a diversi-dade de marcas. O mineiro João Pelegrini, diretor da Casa do Che-vrolet e da Assopeças (Associação de Autopeças de Uberlândia) também vê o distribuidor forte e presente no mercado. “Ele leva vantagem pelo mix de produtos e pelo preço competitivo. E assumiu a logística de peças nas regiões mais populosas, onde tem acesso à indústria, à maioria dos centros automotivos e ao aplicador”.O varejo, segundo Pelegrini, con-segue comprar hoje da concessio-nária com condições especiais, o que atrai não só pelo preço, mas também por permitir a ele ofere-cer peças originais. E o cliente con-ta com novas políticas comerciais. “As montadoras não estão de olho

fechado para as críticas do con-sumidor e, para os produtos de alto giro, já vêm trabalhando com preços mais competitivos. Mas vai conquistar o consumidor quem ti-ver um bom serviço porque ele só quer resolver o problema dele e ser bem atendido. Isso pesa mui-to, não é só o preço”. Pelegrini, no entanto, não vê a montadora abrindo as portas para o varejo. Ao contrário, acredita que parte da estratégia é criar um tipo de monopólio, lançando novos modelos a toda hora, de forma que o varejo e o merca-do independente não consigam competir. “Isso vem acontecendo de 2005 pra cá; e, no caso dos

importados, é ainda mais sofri-do”. Em sua avaliação, só alguns distribuidores maiores conseguem acompanhar esse movimento. É por isso que muitos varejos não abrem mão da parceria com os fornecedores mais tradicionais do mercado, os distribuidores. É o caso da Auto Peças Mangueira, de Belo Horizonte (MG). “Não compramos de concessionárias. Às vezes elas colocam itens com preço baixo, mas não compensa, porque elas vendem tanto para as autopeças quanto para o cliente final pelo mesmo preço e geram uma concorrência desleal”, recla-ma o sócio-proprietário, Vicente Francisco. “Com os distribuidores, geralmente o relacionamento é de parceria, fidelidade. Tenho des-conto a mais, diferencial na hora da garantia, acesso às promoções antes”, completa Francisco.

A JAICAR, UMA ÚNICA LOJA DE GOIÂNIA (GO), TEM COMO PRINCIPAL FORNECEDOR A INDÚSTRIA

A concorrência está acirrada e as margens

estão mais justas, o que é normal num mercado aquecido, pulverizado

e, por consequência, muito competitivo

RODRIGO CARNEIRO, DA ANDAP E DAL

No centro-oeste, em Campo Grande (MS), a Auto Peças Ipi-ranga tem apenas uma loja, que funciona como varejo e centro automotivo. Thaís Carolina da Sil-va, responsável pelo departamen-to financeiro, diz que a empresa praticamente só compra do dis-tribuidor e, às vezes, da indústria em São Paulo. “Não compensa comprar da indústria porque o pedido precisa ser grande para valer o frete. Mas se eu comprar 50 peças, o preço é bom”. Da concessionária, a Ipiranga compra muito pouco, somente quando não encontra a peça no distri-buidor, mas Thaís sempre orça os preços ofertados por eles para ter

parâmetro. “Hoje as opções de fornecimento na distribuição são melhores que há dez anos. Me-lhorou porque aumentou a com-petitividade. Antigamente o preço era alto e a gente era obrigada a pagar”, diz Silva.A expansão territorial dos distri-buidores leva o varejista Cirineu Maximino Torriano, proprietário da Andecar, de Curitiba (PR), a fazer uma brincadeira: “Hoje tem mais distribuidor aqui do que va-rejo”. Segundo ele, a falta de op-ções de um passado recente foi substituída por nada menos que 45 distribuidores só na capital, estimulando a concorrência e a queda nos preços. “Não depen-demos mais de São Paulo”.

REFLEXÃO

Após entrevistar varejistas

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Vai conquistar o consumidor quem tiver um bom serviço, porque ele só quer resolver o problema. Isso pesa muito, não é só o preçoJOÃO PELEGRINI, DA CASA DO CHEVROLET

OS PRINCIPAIS FORNECEDORES DA AUTO PEÇAS MANGUEIRA (MG) CONTINUAM SENDO OS DISTRIBUIDORES

de todo o Brasil, confirmamos o impacto da proliferação e o fortalecimento dos distribuido-res em regiões que num passado recente eram carentes de abas-tecimento. E, por outro lado, a diversificação dos canais de fornecimentos naquelas praças já bem atendidas pelos gigantes da distribuição – por sinal, os lo-cais em que está concentrada a maior frota de veículos.Por conta desta farta oferta de for-necedores, somado a eventuais sazonalidades que possam im-pactar um ou outro perfil dessas empresas, é possível que os vare-jos estejam se valendo da acirrada concorrência para escolher qual é, a cada dia, o melhor canal para comprar e repor estoques.O fato é que, por suas dimen-sões, o Brasil reúne diferentes realidades e cada uma delas deve ser trabalhada de forma customizada especialmente pe-los distribuidores. Enquanto em São Paulo prevalecem os vare-jos puros, no nordeste há muito tempo é realidade o formato de loja que repara o carro e aplica.

E há quem entenda que está é uma tendência. Em Porto Ale-gre, a SpeedWay Autopeças conta com um box de serviços rápidos que começou com tro-ca de óleo e já incluiu pneu, som e alarme. “As lojas tendem a oferecer serviços e se associar a redes para comprar melhor e ter preço competitivo”, diz Júlio Sampaio, gerente da loja.O fato é que não há como garantir que rumos tomará o mercado. A única certeza é que cada vez mais será pre-ciso buscar obsessivamente a profissionalização do negócio e a qualidade do atendimento, trabalhando com visão estra-tégica e atenção total às mu-danças da frota e da cadeia do aftermarket. Transformações estas que ocorrem com veloci-dade maior a cada dia, e que podem trazer surpresas para os que não estiverem prontos para entender e se adaptar ra-pidamente às novas configura-ções que continuarão a mexer com a cadeia de comercializa-ção de autopeças.

VAREJO EM REDE

O fortalecimento das redes de varejos é outro fator que tende a mexer com as relações comerciais no mercado independente. Hoje são duas as iniciativas fortes no país: PitStop (veja matéria na página 20) e Âncora. Ambas, de uma maneira ou de outra, estão ligadas a um negócio de distribuição.Alexandre Lima, proprietário da Auto Peças Universitária, de Santa Maria (RS), e diretor do Sincopeças-RS, é acionista-fundador da Âncora no Rio Grande do Sul. Hoje, Lima compra 60% das suas peças do distribuidor e 40% da fábrica, por meio da rede.Além de conseguir produtos com preço de fábrica, o varejista aponta outro benefício da rede em que está associado: disponibilidade de estoque. “Os pedidos dos varejistas são reunidos e enviados à fábrica. Os produtos são entregues no centro de distribuição e encaminhados às lojas. Com o estoque, existe pronta-entrega”. O diretor do Sincopeças-RS analisa a cadeia de distribuição do mercado automotivo sem dar muita importância à quebra: “Ao longo dos anos o distribuidor passou a vender diretamente para a oficina e o varejo a comprar direto da fábrica. Mas nem sempre o varejo consegue lá preço melhor que no distribuidor, e nem esse tem acesso fácil ao reparador. Para conseguir um bom preço e um bom prazo é preciso volume. Se eu quisesse comprar sozinho da fábrica não valeria a pena”.Entre os associados, a maior parte das

compras vem mesmo da

Âncora. “Mas a rede não

tem tudo. Também

compramos do distribuidor tradicional”, diz Júlio Sampaio, da SpeedWay. Ele acrescenta que as concessionárias estão ganhando espaço nas compras de sua loja. “Estão com uma política bem diferenciada e agressiva para vender tanto para o varejo quanto para a oficina, dando prazo maior e desconto diferenciado para as lojas”.O varejista Neves de Jesus Rodrigues, da Auto Peças Verdão, de Cuiabá (MT), também está associado à Rede Âncora. Ele compra 80% da sua demanda pela rede, mas adquire produtos de outros distribuidores. Quando precisa ou quando vê uma promoção, compra também da concessionária. “A autorizada hoje atua como um distribuidor, com vantagens competitivas como preço e, às vezes, prazo. A da GM aqui virou um distribuidor mesmo. O mercado está sempre mudando. Há 25 anos, quando cheguei aqui, não tinha nenhum distribuidor no Mato Grosso. Comprávamos 100% de São Paulo. Hoje, só em Cuiabá tem uns 30 distribuidores grandes. Mas o distribuidor está competindo com o varejo e o mercado é quem está forçando a isso. Eu entrei na rede para ter acesso à indústria”.Para Rodrigo Carneiro, da Andap, as redes se firmaram como tendência. “Já são uma realidade tanto nos Estados Unidos como na Europa e têm contribuído para a profissionalização do setor. No Brasil, esse modelo ainda é muito novo. O importante deste formato de rede é que fortalece estabelecimentos tradicionais e dá condições para que consigam se atualizar e se preparar para acompanhar a evolução tecnológica dos produtos. Estamos vivendo uma nova realidade que exige do lojista conhecimento técnico e informação”.

ALEXANDRE LIMA, DIRETOR DO SINCOPEÇAS-RS E PROPRIETÁRIO DA AUTO PEÇAS UNIVERSITÁRIA

compras vem mesmo da

Âncora. “Mas a rede não

tem tudo. Também

ALEXANDRE LIMA, DIRETOR DO SINCOPEÇAS-RS E PROPRIETÁRIO DA AUTO PEÇAS UNIVERSITÁRIA

Com varejos e oficinas mantendo o movimento, indústrias e distribuidores de autopeças têm estranhado a retração dos negócios. Conversando com varejistas de todo o Brasil, nossa reportagem identificou que tanto as lojas quanto as oficinas estão atentas para as novas oportunidades de compra para atender suas necessidades ou repor estoques. Concessionárias e produtos importados, em certas regiões do país, vêm aproveitando oportunidades para ganhar novos clientes.

RESUMO S.Y.L

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e no balcão, quem é mais competitivo?

Além de representar uma concorrência para distribuidores, as concessionárias também concorrem com os varejos independentes na disputa pelo mecânico e o dono do carro. Para apurar como andam os preços em cada um dos balcões, a reportagem do Novo Varejo fez uma cotação de preços em lojas

independentes e concessionárias das cidades de São Paulo, Salvador, Porto Alegre e no estado do Mato Grosso. Escolhemos peças de desgaste e de fabricantes de primeira linha para os dois modelos mais vendidos em 2007: VW Gol e Fiat Palio 1.0. Tais automóveis se encontram hoje, em média, na

faixa de 50 a 60 mil quilômetros rodados, etapa da vida útil em que estão fora da garantia e diversos itens de desgaste estão em fase de substituição. Veja nos quadros a seguir como estão os preços nos dois balcões – mas já adiantamos: em nossa cotação, o varejo independente levou boa vantagem.

ProduToVArEjo iNdEPENdENTE CoNCESSioNáriAS

lojA 1 lojA 2 lojA 3 lojA 1 lojA 2 lojA 3

Pastilha de freio (jogo) 30,00 25,00 45,00 70,19 110,00 83,00

Disco de freio (jogo) 52,00 54,00 60,00 222,00 310,00 340,00

Kit de embreagem 308,00 198,00 - 538,00 264,00 552,00

Bomba de combustível 116,00 100,00 - 711,67 634,00 980,00

Rolamento traseiro interno 34,00 45,00 39,50 45,92 43,00 47,00

Vela de ignição (jogo) 80,00 60,00 64,00 56,88 80,00 80,00

Cabos de vela (jogo) 90,00 110,00 125,00 352,00 304,00 320,00

Amortecedor dianteiro (par) 208,00 196,00 190,00 362,60 236,00 340,00

Mola dianteira (par) 100,00 120,00 116,00 123,84 130,00 140,00

São

PAu

lo

Pastilha de freio (jogo) 39,00 45,00 38,00 155,39 98,14 91,84

Disco de freio (jogo) 134,00 170,00 75,00 434,36 264,76 217,18

Kit de embreagem 239,00 350,00 260,00 370,68 430,09 505,97

Bomba de combustível 239,00 120,00 130,00 1.128,90 1.256,39 1.114,67

Rolamento traseiro interno 39,00 55,00 45,00 60,09 60,09 95,77

Vela de ignição (jogo) 50,00 48,00 70,00 78,76 87,84 102,44

Cabos de vela (jogo) 139,00 148,00 140,00 431,00 431,46 431,46

Amortecedor dianteiro (par) 225,00 270,00 172,00 474,40 474,40 474,40

Mola dianteira (par) 112,00 - - 234,70 173,38 173,38

BA

HiA

Pastilha de freio (jogo) 60,00 51,00 25,00 212,00* 138,00** 180,00***

Disco de freio (jogo) 120,00 56,00 60,00 356,00* 386,00** 300,00***

Kit de embreagem 330,00 183,00 180,00 447,00* 371,00** 398,00***

Bomba de combustível 220,00 205,00 190,00 995,00* 1.007,00** 1.056,00***

Rolamento traseiro interno 50,00 29,00 30,00 92,00* 64,00** 63,00***

Vela de ignição (jogo) 60,00 52,00 45,00 120,00* 108,00** 112,00***

Cabos de vela (jogo) 140,00 120,00 125,00 430,00* 420,00** 399,00***

Amortecedor dianteiro (par) 210,00 177,00 160,00 282,00* 296,00** 500,00***

Mola dianteira (par) 150,00 148,00 110,00 244,00* 250,00** 160,00***

MAT

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SSo

Pastilha de freio (jogo) 69,00 48,00 29,00 110,00 100,99 72,00

Disco de freio (jogo) 78,00 100,00 78,00 312,00 311,46 218,00

Kit de embreagem 326,00 - 256,00 265,00 264,77 283,00

Bomba de combustível 145,00 80,00 243,00 797,00 806,36 589,00

Rolamento traseiro interno 33,00 50,00 45,00 43,00 42,92 52,60

Vela de ignição (jogo) 76,00 54,00 68,00 64,00 46,32 76,00

Cabos de vela (jogo) 149,00 110,00 170,00 308,00 308,18 212,00

Amortecedor dianteiro (par) 180,00 - 278,00 234,00 338,86 298,00

Mola dianteira (par) 118,00 - 160,00 180,00 102,28 136,00

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VW Gol 1.0 2007

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Var

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fiat palio 1.0 2007

produtoVarejo independente ConCessionárias

loja 1 loja 2 loja 3 loja 1 loja 2 loja 3

Pastilha de freio (jogo) 25,00 31,50 30,00 98,84 99,00 98,84

Disco de freio (jogo) 50,00 99,00 90,00 226,00 226,20 226,16

Kit de embreagem 177,00 210,00 233,00 310,84 312,00 297,96

Bomba de combustível 125,00 228,00 117,00 715,00 789,00 789,03

Cubo traseiro interno 90,00 81,00 85,00 150,38 132,45 336,00

Vela de ignição (jogo) 48,00 53,84 55,60 46,92 50,60 46,92

Cabos de vela (jogo) 39,00 73,50 79,30 104,93 105,00 104,93

Amortecedor dianteiro (par) 360,00 454,00 440,00 324,58 324,60 324,58

Mola dianteira (par) 100,00 120,00 - 184,46 184,40 184,46

são

pau

lo

Pastilha de freio (jogo) 34,00 42,22 33,00 98,84 99,00 118,00

Disco de freio (jogo) 78,00 66,66 90,00 226,16 226,16 271,40

Kit de embreagem 209,00 185,55 189,00 311,74 352,63 310,12

Bomba de combustível 149,00 215,00 218,00 789,03 784,28 789,03

Cubo traseiro interno 69,00 100,00 39,00 150,68 150,68 176,40

Vela de ignição (jogo) 49,00 48,00 44,00 50,52 54,00 60,68

Cabos de vela (jogo) 89,00 70,00 71,00 105,80 104,93 125,92

Amortecedor dianteiro (par) 298,00 433,00 390,00 324,58 337,22 357,08

Mola dianteira (par) 138,00 131,10 240,00 184,46 184,46 221,36

Ba

Hia

Pastilha de freio (jogo) 30,00 50,00 25,00 100,80* 110,00** 110,70***

Disco de freio (jogo) 70,00 104,00 120,00 230,68* 252,00** 253,30***

Kit de embreagem 170,00 170,00 160,00 365,00* 360,00** 350,21***

Bomba de combustível 165,00 230,00 120,00 878,00* 820,00** 880,00***

Cubo traseiro interno 45,00 93,00 50,00 171,35* 126,00** 168,76***

Vela de ignição (jogo) 37,00 51,00 50,00 51,00* 65,00** 56,64***

Cabos de vela (jogo) 57,00 78,00 88,00 121,00* 104,00** 117,52***

Amortecedor dianteiro (par) 360,00 415,00 220,00 331,00* 340,00** 383,04***

Mola dianteira (par) 140,00 155,00 - 230,00* 280,00** 206,60***

Mat

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ro

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Pastilha de freio (jogo) 29,00 39,00 42,00 98,58 98,84 88,96

Disco de freio (jogo) 78,00 122,00 112,00 226,00 226,16 203,54

Kit de embreagem 215,00 208,00 220,00 311,00 299,16 279,48

Bomba de combustível 125,00 141,00 160,00 789,00 789,03 643,54

Cubo traseiro interno 52,00 38,00 88,00 150,68 336,00 135,61

Vela de ignição (jogo) 44,00 37,00 53,00 46,92 46,92 42,23

Cabos de vela (jogo) 48,00 65,00 85,00 104,00 104,93 94,44

Amortecedor dianteiro (par) 265,00 378,00 322,00 324,00 324,58 292,12

Mola dianteira (par) 137,90 165,00 170,00 184,00 184,46 166,01

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Os Fóruns Novo Meio Sincopeças-SP Sindirepa-SP reúnem a cada edição representantes de todos os elos da cadeia de negócios da reposição independente, formadores de opinião e especialistas nos mais diferentes temas pertinentes à evolução do mercado e das empresas de comercialização de componentes automoti vos e reparação de veículos, esti mulando a troca de informações e a busca por caminhos que levem ao desenvolvimento do setor.

Todo o conteúdo gerado pelos encontros será divulgado e repercuti do pelo jornal Novo Varejo e pelas revistas Sincopeças-SP e Mais Automoti ve em reportagens exclusivas.

I Fórum Novo Meio Sincopeças Sindirepa 2011

04 de julhoàs 19h30

Auditório do Sincopeças-SP – Av.Paulista, 1.009, 5º andar

INSCRIÇÕES GRATUITAS E VAGAS LIMITADAS

Em razão dos novos movimentos envolvendo fornecimento e compra de autopeças, o que esperar da reposição e seus protagonistas a parti r de agora?

tema: PARA ONDE VAI O MERCADO?

Informações e Inscrições

11 3089 0162 com [email protected]

tema: PARA ONDE VAI O MERCADO?

04de julho

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novo catálogo de produtos 2012

confi ra alguns lançamentos

solicite seu novo catálogo agora

kits de freio a disco reparos centralizadores do patim reparos da sapata reguladores, alavancas, pinos e hastes reparos do patim/sapata (completo) articulações axiais

UMA união de marcas automotivas ltda divisão 2MC autocomponentes www.2mc.com.br 11 5513 0856

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por Larissa [email protected]

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fotos divulgação

m pouco mais de uma década de história, a ATR International AG chegou a mais de 40

países em cinco continentes. Agora, desembarca no Brasil após firmar uma parceria com a distribuidora DPK. A decisão foi tomada em abril, após a conclusão de um processo em que a empresa pertencente ao Grupo DPaschoal avaliou dife-rentes associações focadas no atendimento ao mercado de

DPK tem parceiro internacional

Distribuidora do Grupo DPaschoal agora faz parte da ATR International, associação fundada na Alemanha e que está presente em mais de 40 países

PRESENÇA NO 19º ENCONTRO DA ATR

O site da ATR International identifica a DPK como o “segundo maior distribuidor de autopeças do aftermarket nacional, atuando nas linhas leve, pesada, acessórios, motos, agrícola e postos de combustível”, uma empresa com faturamento de 241 milhões de euros em 2010.Fundada em 1987, a DPK tem matriz em Campinas (SP) e conta com 17 centros de distribuição no Brasil. São mais de 30 mil clientes ativos e 600 funcionários em todo o país. Procurada pela reportagem do Novo Varejo para falar sobre a nova parceria, a DPK informou, por meio

da assessoria de imprensa, que “por enquanto, a diretoria da empresa não se manifestará sobre esse assunto, pois faltam alguns detalhes”.No entanto, a direção da empresa já participou da 19ª Assembleia de Acionistas da ATR International AG, que aconteceu entre 26 e 29 de maio em Los Angeles, nos Estados Unidos. Na ocasião, a DPK e o Grupo Midas, da África do Sul, se apresentaram aos demais integrantes do grupo. No evento, os membros falaram sobre o resultados de suas operações desse ano e do ano fiscal anterior.

reposição de autopeças.A ATR não funciona como loja de autopeças, nem distribui-dor ou rede de oficinas. Trata-se, na verdade, de uma asso-ciação formada por alguns dos maiores grupos de compras de autopeças do mundo, atuan-do como interface entre essas organizações e os fornecedo-res com o objetivo de prover orientação nas compras inter-nacionais através de coopera-ção em longo prazo e acordos

com os principais fabricantes de componentes automotivos no mundo.Com a consolidação da parce-ria, a DPK poderá contar com essa estrutura para, por exem-plo, ter acesso a condições mais favoráveis para a aquisi-ção de autopeças, eventual-mente até em outros merca-dos em que a ATR tenha bons acordos firmados. Mas não é só para comprar bem que uma parceria dessa

mostra-se promissora. A base de conhecimento adquirida por um grupo internacional do porte da ATR representa conteúdo técnico e de gestão que vai aprimorar não ape-nas a condução dos negócios da empresa campineira, mas também permitir que esses benefícios sejam repassados aos clientes. Outro valor pre-ciso que a ATR traz são os programas de filiação de ofi-cinas já desenvolvidos pelos membros da organização.

COMO FUNCIONA

Na prática, cada um dos dis-tribuidores que faz parte da ATR é responsável por suas próprias compras e gerencia-mento de produtos, que são entregues diretamente aos centros logísticos de cada uma dessas empresas.A vantagem para esses distri-buidores está no fato de que as negociações para essas compras podem ser feitas co-letivamente, o que representa volume e, em consequência,

melhores condições de pre-ços, prazos e os benefícios naturais oferecidos a clientes gigantes. E o exercício prático deste conceito é o programa IPAS (Fornecedor Preferencial Internacional ART, na sigla em inglês), que consiste em um portfólio dos melhores fornecedores, com padrão de qualidade, e o objetivo de agregar linhas de produ-tos e concentrar volumes de compras entre os parceiros da ATR e os fornecedores que fazem parte do IPAS. Essa convergência possibilita uma situação de ganho e desen-volvimento para os dois lados da negociação.Os acionistas da ATR Inter-national AG oferecem a seus clientes suporte através de negociações sob medida, e treinamentos e workshops baseados em parcerias. Esses conceitos são complementados por informações técnicas sobre sistemas eletrônicos e peças, dados técnicos de manutenção e informações sobre serviços e reparação, transmitidos

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HISTÓRICO

A ATR surgiu na década de 1960, na Alemanha, com a união de cinco empresas de comércio independente de autopeças para formar uma aliança e garantir uma posição mais forte no mercado de contratos públicos e desenvolver uma estratégia de marketing conjunta. O grupo conquistou bons resultados com base em intensa troca de experiências, análises de mercado comum e uma política de produtos segmentados com base em peças originais e da marca da ATR, a Cartechnic.Depois de alcançar posições de liderança, os parceiros fizeram com que a ATR se tornasse um negócio interessante. E em 1999, ela se internacionalizou e passou a se chamar ATR International AG. A maior prova

de expansão do grupo está nos números: o faturamento saltou de 1,1 bilhão de euros em 2000 para 3,7 bilhões em 2009.Embora a sede da empresa continue na Alemanha, em Stuttgart, um dos principais focos é a internacionalização, em virtude das próprias exigências do mercado. Em seu site, a ATR International AG explica que, por conta da importância e representatividade dos parceiros em seus países de atuação, é possível fortalecer e ampliar essa posição competitiva no mercado.Por isso, além da parceria com a DPK no Brasil, a marca também conta com um novo parceiro na África do Sul (o grupo já está presente em outros oito países do

continente africano) e o atacadista alemão Stahlgruber abriu uma filial chinesa, em Shangai, em março último e simultaneamente foi admitido na ATR International AG, dando início à atuação do grupo no Oriente.Em nota, o diretor de gestão da ATR International AG, Roland Dilmetz, justificou as novas adesões. “O desenvolvimento do mercado de automóveis é promissor na América do Sul e na África. Para nós, portanto, era um passo lógico o network com os parceiros mais fortes dessas regiões”. Com os novos integrantes, o grupo passa a ter 33 acionistas em 46 países nos cinco continentes. Prova de que a internacionalização é mesmo o caminho.DPK FOI APRESENTADA AOS DEMAIS

INTEGRANTES DA ATR EM EVENTO REALIZADO NO FINAL DE MAIO, EM LOS ANGELES

com o suporte de parceiros da indústria. Isso sig-nifica que, por meio da ATR International AG, os distribuidores de autopeças têm a oportunidade de desenvolver um relacionamento mais próxi-mo com a indústria, tanto no que se refere a ne-gociações como em relação ao conteúdo técnico dos produtos comercializados.As indústrias de autopeças parceiras da ATR In-ternational AG atuam em toda a Europa, são bas-tante conhecidas no mercado independente e fabricam desde autopeças para motor até equipa-mentos para oficinas, ferramentas e acessórios.

edico este espaço a um tema que ul-timamente vem ga-nhando espaço na

mídia brasileira: a falsificação no setor de peças automotivas.Nos últimos meses foram no-ticiadas diversas reportagens dando conta do aumento da apreensão de peças falsificadas das mais diversas aplicações. Além do problema pontual da

não arrecadação de impostos, situação que causa uma enor-me disparidade em relação ao comércio formal varejista, a peça falsificada não respeita nenhuma norma de seguran-ça ou qualquer preocupação com a preservação do meio ambiente, situação que com-promete não só a economia e o mercado de reposição, mas, sobretudo, a segurança e a vida

de nossas famílias.De acordo com o CNCP - Con-selho Nacional de Combate à Pirataria, o comércio de pro-dutos falsificados implica na perda direta de cerca de 2 mi-lhões de empregados formais, ou seja 2 milhões de novos consumidores que poderiam, potencialmente, consumir mais produtos e, por sua vez, aquecer a economia do país.

Frequentemente, divulgamos nas publicações oficiais de nos-sa entidade informações para esclarecer nossos associados e alertar para o problema. Nosso objetivo é orientar o mercado varejista que a prática de venda da peça de origem clandestina, seja falsificada ou duplicada, configura crime.Apesar de trabalharmos forte-mente em ações para coibir este

tipo de prática, esta luta não é só do Sincopeças-SP, dos varejistas e das outras associações relacio-nadas ao setor do aftermarket nacional. Esta causa é de toda a sociedade cível organizada e também do poder público. Jun-tos devemos agir com energia na resolução e no combate a este mal, encontrando novas e criativas formas para conter esta crescente ameaça.

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A luta pela boa procedência

FRANCISCO WAGNER DE LA TORRE É PRESIDENTE DO SINCOPEÇAS-SP.

sincopeçaspor Francisco Wagner De La Torrefoto divulgação

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Mais faturamento. E dé� cit na balançaFaturamento das indústrias de autopeças sobe no quadrimestre e déficit

na balança comercial do setor tem alta acentuada no período

*Faturamento em reais deflacionado pelo índice da FGV (peças e acessórios para veículos automotores) e pelo dólar médio (exportação)

faturamento do setor de autopeças no primeiro trimestre foi 8,1% superior ao de iguais meses do ano passado, em reais deflacionados. No

quadrimestre, o crescimento, ainda estimado, foi de cerca

de 6,7%. Mesmo em fase de arrefecimento, as empresas as-sociadas ao Sindipeças e à Abipeças aumentaram o número de empregados em 8,1% em março. A previsão para abril é de crescimento de 7% no nível de emprego.

Os dados foram apurados em pesquisa realizada com 91 empresas associadas ao Sindipeças e à Abipeças, que representam cerca de 33,03% do faturamento total da indústria de autopeças no Brasil.

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CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA ACUMULADO EM 2011 (COMPARAÇÃO COM O MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR)

EMPREGO EM 2011 - VARIAÇÃO MENSAL (COMPARAÇÃO COM O MESMO MÊS DO ANO ANTERIOR)

FATURAMENTO ACUMULADO* EM 2011 (COMPARAÇÃO COM O MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR)

PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL DO FATURAMENTO* POR DESTINO DA AUTOPEÇA (FATURAMENTO DO SEGMENTO

ACUMULADO NO PERÍODO SOBRE TOTAL)

*Faturamento em reais deflacionado pelo índice da FGV (peças e acessórios para veículos automotores) e pelo dólar médio (exportação)

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BALANÇA COMERCIAL

As exportações brasileiras de autopeças nos primeiros qua-tro meses do ano, para 152 países, somaram US$ 3,27 bilhões, 22,6% superiores às de igual período de 2010. As importações, de 111 países, aumentaram em percentual menor que 19,3%, chegando a US$ 4,77 bilhões. Ainda assim o saldo negativo cresceu 13%, passando de US$ 1,34 bilhão nos primeiros quatro meses de 2010 para US$ 1,51 bilhão.

BALANÇA COMERCIAL DE AUTOPEÇAS (JAN-ABR/ 2011 SOBRE JAN-ABR/ 2010)

MÊSEXPORTAÇÃO VARIAÇÃO

MÊS/MÊS (%)

2011/2010

IMPORTAÇÃO VARIAÇÃO MÊS/

MÊS (%) 2011/2010

RESULTADO BALANÇA COMERCIAL

2011 2010 2011 2010 2011 2010

janeiro 702.517.858 506.707.922 38,64 1.081.362.511 910.777.747 18,73 -378.844.653 -404.069.825

fevereiro 761.863.951 584.639.473 30,31 1.098.393.762 881.607.909 24,59 -336.529.811 -296.968.436

março 940.877.423 823.340.786 14,28 1.365.435.611 1.156.135.952 18,10 -424.558.188 -332.795.166

abril 860.619.463 749.525.184 14,82 1.228.134.353 1.053.709.400 16,55 -367.514.890 -304.184.216

Acumulado (jan) variação período

(%) 2011/20103.265.878.695 2.664.213.365 22,58 4.773.326.237 4.002.231.008 19,27 -1.507.447.542 -1.338.017.643

Fonte: MDIC/Secex/Depla/SRF. Exportações e Importações em US$ FOB

BALANÇA COMERCIAL DE AUTOPEÇAS (JAN-ABR/ 2011 SOBRE JAN-ABR/ 2010)

ESTADOEXPORTAÇÃO VARIAÇÃO

JAN-ABR 2011/JAN-ABR

2010

IMPORTAÇÃO VARIAÇÃO JAN -ABR

2011/JAN-ABR 2010

RESULTADO

JAN-ABR/11 JAN-ABR/10 JAN-ABR/11 JAN-ABR/10 JAN-ABR/11 JAN-ABR/10

Acre 6.488 2.845 128,05 192.696 122.819 56.89 -186.208 -119.974

Alagoas 3.367 0 558.459 113.320 392.82 -555.092 -113.320

Amapá 9.814.722 8.753.066 12,13 119.138 198.637 -40,02 9.695.584 8.554.429

Amazonas 1.103.184 3.242 33.927,88 302.355.814 193.277.553 56,44 -301.252.630 -193.274.311

Bahia 25.738.895 27.176.848 -5,29 55.513.748 49.792.426 11,49 -29.774.853 -22.615.578

Ceará 685.435 343.353 99,63 9.435.394 4.646.776 103,05 -8.749.959 -4.303.423

Distrito Federal 26.359 6.542 302,92 1.125.957 1.076.641 4,58 -1.099.598 -1.070.099

Espírito Santo 382.933 529.987 -27,75 53.801.941 32.296.933 66,59 -53.419.008 -31.766.946

Goiás 696.218 1.497.754 -53,52 317.752.139 235.955.594 34,67 -317.055.921 -234.457.840

Maranhão 0 0 1.587.274 834.418 90,23 -1.587.274 -834.418

Mato Grosso 44.512 0 1.756.854 677.541 159,30 -1.712.342 -677.541

Mato Grosso do Sul 1.224.562 1.322.853 -7,43 667.292 631.189 5,72 557.270 691.664

Minas Gerais 377.038.178 308.776.375 22,11 433.560.000 435.934.149 -0,54 -56.521.822 -127.157.774

Pará 0 818 -100,00 4.493.777 3.479.688 29,14 -4.493.777 -3.478.870

Paraíba 17.001 36.542 -53,48 488.698 241.441 102,41 -471.697 -204.899

Paraná 982.664 8.601.720 -88,58 735.440.216 534.551.162 37,58 -734.457.552 -525.949.442

Pernambuco 357.762.069 282.960.660 26,44 4.511.544 6.392.472 -29,42 353.250.525 276.568.188

Piauí 0 0 143.971 67.153 114,39 -143.971 -67.153

Rio de Janeiro 73.207.572 87.987.341 -16,80 201.177.330 175.728.424 14,48 -127.969.758 -87.741.083

Rio Grande do Norte 1.040 0 368.947 305.310 20,84 -367.907 -305.310

Rio Grande do Sul 328.611.088 274.742.489 19,61 267.059.550 222.075.645 20,26 61.551.538 52.666.844

Rondônia 127.687 239 2.195.849 3.273.226 -32,91 -2.068.162 -3.272.987

Roraima 8.223 29.382 -72,01 74.402 61.020 21,93 -66.179 -31.638

Santa Catarina 198.045.523 136.964.235 44,60 66.294.634 47.314.031 40,12 131.750.889 89.650.204

São Paulo 1.890.350.944 1.524.470.824 24,00 2.311.680.862 2.051.949.751 12,66 -421.329.918 -527.478.927

Sergipe 0 0 618.102 964.495 -35,91 -618.102 -964.495

Tocantins 0 0 351.649 269.194 30,63 -351.649 -269.194

Não declaradas 31 6.250 -99,50 31 6250

Total 3.265.878.695 2.664.213.365 22,58 4.773.326.237 4.002.231.008 19,27 -1.507.447.542 -1.338.017.643

Fonte: MDIC/Secex/Depla/SRF. Valores em US$ FOB

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exportação de autopeças(jan-abr/2011 sobre jan-abr/2010)

ordem país jan-abr/11 jan-abr/10Variação

(%) jan-abr 2011/ jan-abr 2010

participação (%) jan-abr/2011

1 argentina 1.222.678.420 941.621.374 29,85 37,44

2estados unidos

468.768.689 361.486.912 29,68 14,35

3 méxico 309.043.364 219.030.467 41,10 9,46

4 alemanha 269.039.827 181.558.127 48,18 8,24

5 Venezuela 110.527.052 114.583.359 -3,54 3,38

6 chile 71.542.055 58.865.169 21,54 2,19

7países baixos

68.158.567 124.677.698 -45,33 2,09

8África do

sul67.476.299 81.966.201 -17,68 2,07

9 colômbia 57.797.680 42.059.800 37,42 1,77

10 itália 57.261.855 43.791.473 30,76 1,75

11reino unido

54.316.774 41.952.548 29,47 1,66

12 França 50.351.311 53.916.356 -6,61 1,54

13 china 48.921.657 41.868.519 16,85 1,50

14 peru 38.537.053 23.815.052 61,82 1,18

15 uruguai 37.577.142 31.032.875 21,09 1,15

16 paraguai 32.982.349 36.495.802 -9,63 1,01

17 equador 23.007.231 15.823.062 45,40 0,70

18 suécia 22.003.055 15.320.696 43,62 0,67

19 polônia 21.493.728 18.357.001 17,09 0,66

20 índia 19.193.703 20.844.617 -7,92 0,59

20 principais países (jan-abr/2011)

3.050.677.811 2.469.067.108 23,56 93,41

outros 132 países 215.200.884 195.146.257 10,28 6,59

total de 152 países (jan-abr/2011)

3.265.878.695 2.664.213.365 22,58 100,00

Fonte: MDIC/Secex/Depla. Exportações em US$ FOB

importação de autopeças(jan-abr/2011 sobre jan-abr/2010)

ordem país jan-abr/11 jan-abr/10Variação

(%) jan-abr 2011/ jan-abr 2010

participação (%) jan-abr/2011

1estados unidos

612.026.268 482.325.224 26,89 12,82

2 japão 611.643.800 636.326.273 -3,88 12,81

3 alemanha 570.070.508 563.029.107 1,25 11,94

4 argentina 416.584.636 419.553.079 -0,71 8,73

5 França 338.749.236 294.066.149 15,19 7,10

6 china 329.457.467 207.756.416 58,58 6,90

7 itália 293.597.686 243.809.098 20,42 6,15

8 tailândia 275.214.944 171.748.877 60,24 5,77

9 suécia 222.007.041 150.216.407 47,79 4,65

10coreia do

sul170.828.281 86.681.145 97,08 3,58

11 méxico 117.595.002 78.268.579 50,25 2,46

12 espanha 96.686.217 90.296.896 7,08 2,03

13república

tcheca74.576.799 69.127.195 7,88 1,56

14reino unido

70.214.602 57.804.404 21,47 1,47

15 índia 66.109.090 41.869.346 57,89 1,38

16 turquia 51.895.664 31.667.035 63,88 1,09

17 indonésia 37.330.933 31.109.069 20,00 0,78

18 suíça 36.592.499 24.545.777 49,08 0,77

19 polônia 34.043.778 28.600.165 19,03 0,71

20África do

sul32.878.122 27.522.958 19,46 0,69

20 principais países (jan-abr/2011)

4.458.102.573 3.736.323.199 19,32 93,40

outros 91 países 315.223.664 265.907.809 18,55 6,60

total de 111 países (jan-abr/2011)

4.773.326.237 4.002.231.008 19,27 100,00

Fonte: MDIC/Secex/Depla. Exportações em US$ FOB

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importação de autopeças (jan-abr/2011 sobre jan-abr/2010)

ordem ncm mercadoria jan-abr/11 jan-abr/10Variação

(%) jan-abr 2011/ jan-abr 2010

participação (%) jan-abr/2011

1 8708.40.90 outras caixas de marchas (velocidades) 467.447.677 419.129.289 11,53 9,79

2 8708.29.99outras partes e acessórios de carroçarias dos veículos automóveis das

posições 8701 a 8705370.895.609 283.257.383 30,94 7,77

3 8708.99.90 outras partes e acessórios para veículos automóveis das posições 8701 a 8705 363.454.114 339.676.673 7,00 7,61

4 8483.40.10caixas de transmissão, redutores, multiplicadores e variadores de

velocidade, incluídos os conversores de torques (binários)111.225.153 85.042.670 30,79 2,33

5 8708.50.99 outros eixos e partes, para veículos automóveis 106.581.503 59.870.384 78,02 2,23

6 8409.91.90outras partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas

aos motores de pistão, de ignição por centelha (faísca)105.476.947 81.058.572 30,12 2,21

7 8536.50.90 outros interruptores, seccionadores e comutadores 85.416.950 71.767.911 19,02 1,79

8 9032.89.29outros controladores eletrônicos para os sistemas de

veículos automóveis85.305.159 81.394.421 4,80 1,79

9 8408.90.90outros motores de pistão, de ignição por compressão (motores diesel

ou semidiesel)81.664.538 57.841.915 41,19 1,71

10 8708.30.90 outros freios e partes, para tratores/veículos automotores 81.009.516 79.052.412 2,48 1,70

Fonte: MDIC/Secex/Depla. Importações em US$ FOB

exportação de autopeças (jan-abr/2011 sobre jan-abr/2010)

ordem ncm mercadoria jan-abr/11 jan-abr/10Variação

(%) jan-abr 2011/ jan-abr 2010

participação (%) jan-abr/2011

1 8708.99.90outras partes e acessórios para veículos automóveis das posições

8701 a 8705241.772.428 216.724.729 11,56 7,40

2 8409.99.12 blocos de cilindro e cárteres, para motores das posições 8407 ou 8408 213.782.344 125.045.266 70,96 6,55

3 8708.29.99 outras partes e acessórios de carroçarias dos veículos automóveis das

posições 8701 a 8705 185.128.025 141.981.021 30,39 5,67

4 8708.40.90 outras caixas de marchas (velocidades) 180.327.253 114.067.876 58,09 5,52

5 8407.34.90outros motores de pistão alternativo dos tipos utilizados para propul-

são de veículos do capítulo 87 de cilindrada superior a 1.000cm³166.653.129 100.092.053 66,50 5,10

6 8707.90.90outras carroçarias para os veículos automóveis das posições 8701 a

8705, incluídas as cabinas107.710.422 80.119.360 34,44 3,30

7 8708.30.90 outros freios e partes, para tratores/ veículos automotores 107.518.810 85.118.846 26,32 3,29

8 8483.10.19 outros virabrequins (cambotas) 93.764.440 67.336.308 39,25 2,87

9 8708.50.80 eixos de transmissão com diferencial para veículos automotores 82.820.171 69.652.876 18,90 2,54

10 8708.80.00amortecedores de suspensão para veículos automóveis das posições

8701 a 870579.083.191 60.967.623 29,71 2,42

Fonte: MDIC/Secex/Depla. Exportações em US$ FOB

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os últimos dois anos, o Japão foi o principal fornecedor interna-cional de autopeças

para o mercado brasileiro, com 17% de participação em 2009 e 14% no ano passado. Diante des-ta importância, desde a passagem do terremoto e o tsunami por aquele país, em março, há ex-pectativas quanto à manutenção do ritmo dessas importações.De fato, a chegada de peças japonesas ao país vem caindo desde que o desastre natural seguido pelo acidente nuclear ocorreram e o Japão já perdeu para os Estados Unidos a li-derança no ranking de países fornecedores no balanço do primeiro quadrimestre do ano, registrando queda de 3,88%. Embora a queda não seja tão brusca, os principais fornece-dores continuam em forte alta, como é o caso de EUA (+26%), França (+15%) e China (+58%),

informações e peças para veículos importados

N

n 70 ano 7 junho de 2011

Japão reduz exportações de autopeças ao Brasil e perde liderança do ranking

Situação provocada pelos desastres naturais de 11 de março já resultaram em queda na produção da Honda e da Toyota

por Larissa Andrade _ [email protected]

JAMA (Associação dos Fabrican-tes de Automóveis do Japão). Um dos motivos foi a falta de peças como pneus e dispositivos eletrô-nicos. As exportações de veículos também caíram 67,8% no mês.

BRASIL

As exportações de autopeças para o Brasil têm dois focos: as próprias montadoras japonesas, tanto para linha de produção

como o abastecimento de con-cessionárias; e o mercado de re-posição independente. Algumas montadoras foram mais afetadas, enquanto outras conseguiram seguir os planos, como é o caso da Mitsubishi, que informou através da assessoria de impren-sa que não houve consequên-cias; e da Nissan, que manteve a produção e chegou inclusive a vender 33% mais veículos em maio do que em abril (confi-

LICENCIAMENTO DE VEÍCULOS LEVES DE MONTADORAS JAPONESAS

Montadora/ Período Maio 2011 Abril 2011 Jan-Maio 2011 Comparativo Maio/Abril 2011 Comparativo Jan-Maio 2011/ Jan-Maio 2010

Honda 6.985 8.077 39.083 -13,5% -9,1%

Mitsubishi 9 7 37 28,6% 27,6%

Nissan 3.642 2.722 17.160 33,8% 82,7%

Toyota 4.626 4.172 20.650 10,9% -6,9%

Fonte: Anfavea

o que vem elevando o déficit na balança comercial de autopeças – entre janeiro e abril, o Brasil amargou um resultado negativo superior a US$ 1,5 bilhão. Fica claro, portanto, que o Japão está em total desacordo com a conjuntura atual do mercado.E a situação do país preocupa. Com os acontecimentos de mar-ço, a indústria automotiva japo-nesa foi bastante afetada, geran-do um efeito em cadeia: como

diversas fábricas de autopeças foram atingidas, a produção de veículos caiu de maneira signi-ficativa; assim como o abasteci-mento de peças para o mercado estrangeiro, o que inclui tanto o fornecimento para montadoras como os mercados de reposição. Em abril, a produção de veículos registrou queda de 60,1% em re-lação ao mesmo mês de 2010, totalizando apenas 292 mil uni-dades, de acordo com dados da

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Fonte: MDIC/Secex/Depla.

ra as tabelas a seguir).Já a Toyota informou, por meio de nota, que “irá ajustar temporariamente sua produ-ção nas plantas de Indaiatuba (Brasil) e Zárate (Argentina), por conta do gerenciamento de peças disponíveis forneci-das pelo Japão, como conse-quência do terremoto e tsuna-mi que afetaram aquele país em 11 de março de 2011. Na planta de Indaiatuba, onde produz o sedã médio Corolla, a empresa vai interromper a produção por um dia, em 27 de junho de 2011”. A monta-dora informou ainda que não foi tomada nenhuma decisão a respeito do cronograma de produção para o mês de julho em diante, mas ressaltou que a construção da nova fábrica

em Sorocaba não sofrerá alte-ração no cronograma.A Honda, cujas vendas regis-traram queda de 13,5% em maio e 9,1% nos primeiros cinco meses do ano, reduziu em 50% sua produção de au-tomóveis e desligou 400 co-laboradores, além de a fábri-ca de Sumaré (SP) ter ficado parada de 12 a 20 de maio. O principal motivo foi a falta de componentes eletrônicos vindos do Japão. No último dia 7, a montadora chegou a um acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Campi-nas e Região e, desde 8 de junho, opera em dois turnos, “adotando regime de rodízio de licença remunerada para 800 trabalhadores da linha de produção alternadamen-

te, até dezembro de 2011”. A produção de veículos nes-te mês de junho será de 300 carros por dia, ao invés dos 600 previstos anteriormente.Para o importador indepen-dente de autopeças que tra-balha com fornecedores ja-poneses, o momento deve ser de atenção. É importante ter opções de substituição dos itens com a mesma qualida-de e preços oferecidos pe-los parceiros do Japão. Com isso, além de não perder as vendas normais no mercado independente, pode-se abrir aí uma oportunidade para a conquista de eventuais clien-tes de concessionárias que tenham dificuldades em en-contrar as peças nos balcões da rede autorizada.

IMPORTAÇÃO DE AUTOPEÇAS (EM US$)

Japão 2010 2011

Janeiro 164.091.552 138.297.557

Fevereiro 142.176.839 136.201.351

Março 170.509.223 179.187.726

Abril 159.548.659 157.957.166

Jan-Abril 636.326.273 611.643.800

FÁBRICAS DA HONDA E TOYOTA FORAM AFETADAS E REDUZIRAM PRODUÇÃO; NISSAN E MITSUBISHI NÃO SOFRERAM CONSEQUÊNCIAS

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rasília - O Cadastro Positivo pode trazer importantes benefícios às micro e pequenas

empresas (MPE) brasileiras. O projeto foi aprovado pelo Senado Federal com o mesmo texto da Câmara dos Deputados. A análi-se do Sebrae é que a criação do banco de informações de bons pagadores, pessoas físicas e jurí-dicas, tornará o acesso ao crédito mais barato para os empresários e diminuirá o risco que eles têm ao concederem financiamentos a seus clientes.“Com o Cadastro Positivo, o país dá um passo importante no sentido de aumentar a seguran-ça no sistema financeiro. Mais do que isso, caminharmos na li-nha da inclusão financeira com benefícios para empresas, em especial, àquelas de pequeno porte, que historicamente são adimplentes”, avalia o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Al-berto dos Santos, ao destacar que não se trata de uma medida isolada. “Ela faz parte de uma série de providências anteriores por parte do governo federal para manter a estabilidade mo-netária da nossa economia”, diz o diretor do Sebrae.

Mariana Flores

n 70 ano 7 junho de 2011

Agência Sebrae de Notícias

Cadastro Positivo pode impulsionar pequenos negócios

B

Para Sebrae, a criação do banco de informações de bons pagadores, pessoas físicas e jurídicas, tornará o acesso ao crédito mais barato

LÓGICA

Carlos Alberto ressalta que a me-dida é oportuna, pois estabelece também uma nova lógica nas relações de consumo. “Ganha a sociedade, notadamente os con-sumidores, pois amplia a possi-bilidade de acesso ao crédito e deve repercutir em redução do custo.” Segundo ele, é uma me-dida de transparência que valo-riza o bom pagador, ou seja, o lado positivo do cliente. “Portan-to, fortalece o processo brasileiro de inclusão social e econômica, frente ao contingente de novos consumidores no país, podendo dar novo dinamismo à relação de compra e venda”.Com o banco de dados, o his-tórico das transações feitas pela empresa nos 15 anos anteriores se tornará público, desde que ela autorize. “Hoje, por falta de informações, negócios de peque-no porte são classificados com o maior nível de risco, enfrentando restrições no acesso ao crédito e pagando taxas elevadas. O cadas-tro reunirá informações de bons pagadores das empresas, permi-tindo que sejam classificados de acordo com seus históricos”, re-sume o gerente de políticas pú-

blicas do Sebrae, Bruno Quick.O objetivo do cadastro é subsidiar a concessão de crédito, a realiza-ção de venda a prazo e de outras transações comerciais e empre-sariais que impliquem em risco financeiro. As informações vão permitir que a instituição que es-teja concedendo o crédito avalie a situação econômica de quem pede o financiamento. Além de ter de autorizar antecipadamen-te a divulgação de seus dados, o participante pode cancelar seu cadastro quando desejar.

DÍVIDAS

Segundo dados do Banco Cen-tral, as dívidas não pagas são res-ponsáveis por 32,2% do spread bancário – diferença entre os ju-ros que as instituições financei-ras pagam ao captar recursos e os cobrados dos consumidores. A adoção do Cadastro Positivo deve reduzir em 45% a inadim-plência no Brasil no médio pra-zo, segundo estimativas da Se-rasa Experian. A empresa avalia que a aprovação do Cadastro Positivo pode incluir 26 milhões de brasileiros no sistema finan-ceiro e injetar até R$ 1 trilhão na demanda de crédito.

O QUE MAIS DIZ A PESQUISA

Para o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), relator-revisor da matéria no Sena-do, a aprovação da Medida Provisória (MP) 518/10, transformada no Projeto de Lei de Conversão (PLV) 12/11 – que cria o Cadastro Positivo com informações e dados de pessoas físicas e jurídicas que estão em dia com seus compromissos fi-nanceiros –, abre um “ca-minho para a redução do spread bancário”.Em dezembro, o ex-presi-dente Luiz Inácio Lula da Silva vetou projeto de lei do Senado (PLS 263/04), de autoria do ex-senador Ro-dolfo Tourinho (DEM-BA), que também propunha a criação do cadastro posi-tivo. Ao justificar o veto, Lula disse ter acatado en-tendimento do Ministério da Justiça de que o projeto contrariava o interesse pú-blico por trazer “conceitos que não parecem suficien-temente claros”. O cadastro foi, então, instituído pela

MP 518/10, editada no úl-timo dia do ano.Segundo o ministro da Fazen-da, Guido Mantega, que assi-na a mensagem ao Congres-so fundamentando a MP, o conjunto de medidas deverá “dotar o país de um arcabou-ço legal que incentive a troca lícita de informações perti-nentes ao crédito e às transa-ções comerciais”. No texto, o ministro acrescenta que tais medidas deverão reduzir o problema da assimetria de informações e proporcionar novos meios para redução das taxas de juros e amplia-ção das relações comerciais, com a adequada proteção da privacidade das pessoas.O relator da matéria na Câ-mara, deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), disse que o cadastro deverá, no prazo de dois anos, dimi-nuir o custo financeiro para o tomador de empréstimos. Informou ainda que uma legislação semelhante ado-tada no México reduziu em até 30% o custo do crédito.

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fotos divulgação

O Sindipeças entregou a vários representantes do governo, incluindo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, estudo que aponta didaticamente as ações governamentais de curto prazo necessárias para que o setor de autopeças se recupere da perda de competitividade que vem enfrentando nos últimos anos. A comprovação dessa realidade é o saldo da balança comercial brasileira nas autopeças, que passou de superavitária em cerca de US$ 2 bilhões em 2006 para deficitária em US$ 3,5 bilhões no ano passado. “Somos um paciente com pneumonia dupla em estado não terminal”, compara Flávio Del Soldato, conselheiro do Sindipeças. Segundo ele, a receptividade da área técnica do governo foi positiva e o setor está confiante. Ainda assim lamenta constatar que “num momento de recordes, a dois anos de chegar a cinco milhões de veículos produzidos no Mercosul, tenhamos

de nos preocupar com a sobrevivência de uma indústria com 60 anos de história”.Resumidamente, as ações remediadoras de curto prazo propostas pelo Sindipeças são:

• Redução de encargos trabalhistas.• Disponibilidade de recursos para financiamentos competitivos de longo prazo.• Reforço das regras de conteúdo local (para determinar com clareza o que pode ser importado para a montagem de um veículo).• Eliminação de impostos sobre investimentos.• Melhor classificação da NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) para que a identificação dos itens importados seja clara. Atualmente, segundo levantamento da Secex (Secretaria de Comércio Exterior, do MDIC), os primeiros itens na lista dos mais importados chamam-se ‘Outros’.

SOLUÇÕES DO SINDIPEÇAS

OFICINAS REGULAMENTADAS

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou em 25 de maio o projeto de lei nº 322 que regulamenta o funcionamento das oficinas no estado. A medida representa um marco para o setor da reparação de veículos. “Agora teremos padrões que devem ser seguidos, garantindo o desenvolvimento das empresas e atendimento de qualidade aos proprietários de veículos”, diz o presidente do Sindirepa-SP, Antonio Fiola. Somente no estado de São Paulo existem 15 mil empresas de reparação. O projeto de lei 322/2008, do deputado Olímpio Gomes (PDT), estabelece normas básicas para o funcionamento dos

estabelecimentos, exigindo, entre outras coisas, a formação mínima dos profissionais que trabalham na reparação de veículos. De acordo com o projeto aprovado, as oficinas devem manter um responsável operacional e mais um ou dois profissionais capacitados a executar os serviços nos veículos automotores, que atendam aos requisitos da norma técnica (NBR 15681) de capacitação expedida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Do contrário, os profissionais deverão participar de treinamento de 400 horas ou de 40 horas desde que comprovada experiência de dois anos na atividade.

FAROL INTELIGENTE

A divisão Automotive Lighting do Grupo Magneti Marelli, responsá-vel pelo desenvolvimento e produ-ção de sistemas de iluminação auto-motiva, acaba de ser contemplada com o Red Dot Awards, promovi-do pela montadora Daimler. To-dos os anos, a montadora premia os fornecedores que mais se des-

tacaram no ano, principalmente com ideias inovadoras, quali-dade, custo e abastecimento, e tecnologia. São contemplados 13 fornecedores em diversas catego-rias, com adição de um prêmio especial de inovação. A Magneti Marelli Automotive Lighting rece-beu os prêmios “Red Dot Award:

product design 2011” e “Special Award Innovation”. Ambos fo-ram concedidos pelo desenvol-vimento do primeiro farol inte-ligente inteiramente a LED do mundo que atualmente equipa o modelo Mercedes-Benz CLS e combina alta tecnologia com design atraente.

CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO

A Tecfil tem um novo centro de distribuição localizado em Guarulhos. Com esta nova planta, já são três unidades nes-te município da grande São Paulo. O CD tem área de qua-se 30.000 m², 20 docas para carregamento, uma capacidade de armazenagem de 18.000 posições pallets e 10 milhões de filtros. A Tecfil apresentou recentemente outras novidades ao mercado. Entre elas a sala livre de impurezas para a fabricação dos filtros de ar-condicionado, o centro de treinamentos para capacitações ao vivo e as embalagens com novo layout, com o código do produto e aplicação em destaque.

NOVO CD DA TECFIL TEM 30.000 M² DE ÁREA

EVENTO DE LANÇAMENTO REUNIU EXECUTIVOS DA NGK E AUTORIDADES MUNICIPAIS

INCENTIVO À LEITURA

Alunos de 42 escolas da rede pública estadual de Mogi das Cruzes (SP) receberão, gratuitamente, exemplares de obras clássicas da literatura brasileira, por meio de um programa de incentivo à leitura. A iniciativa é da NGK, fabricante de velas de ignição. O progra-ma foi lançado oficialmente pelo presidente da NGK do Brasil, Kyohei Hayashi, em cerimônia na sede da fabricante. A empresa destinou cerca de R$ 400 mil ao projeto, que se estenderá até o final de 2011 em parceria com a empresa Komedi Projetos e a Secreta-ria Estadual de Educação. A ação prevê a entrega de mais de 20.000 livros, associada à capacitação de 120 professores de Literatura e Artes.

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PROJETO FORMARE

A Delphi realizou a formatura de mais uma turma do projeto Formare. Durante a cerimônia, 15 alunos da fábrica de Espírito Santo do Pinhal (SP) receberam o certificado de conclusão do curso de Operador de Montagem de Produtos Eletromecânicos e Serviços. Esta foi a terceira turma a se formar na unidade de Espírito Santo do Pinhal que, no total, já capacitou cerca de 50 jovens para o mercado de trabalho através do Projeto Formare. A nova turma está iniciando as aulas neste mês de junho.

FORNECEDOR DO ANO

PROMOÇÃO E SUPORTE

Os EUA ultrapassaram a China nas vendas em abril, com crescimento de 17,9% em comparação ao mesmo período de 2010, deixando para trás o país asiático, que obteve apenas 3,5% de crescimento. Em terceiro lugar no ranking mensal, segue a Alemanha com crescimento de 2,8% em abril. Os dados chineses incluem apenas veículos de passeio. Para o restante dos países os números englobam carros e comerciais leves. A pesquisa foi divulgada pela Jato Dynamics do Brasil. O Brasil segue na quarta colocação com aumento de 4,2% nas vendas de veículos em abril em relação a 2010. A Rússia e a Índia

obtiveram crescimento significativo de 42,4% e 14,1% em relação ao ano anterior, respectivamente. A França, Japão e Itália apresentaram queda nas vendas do mês, com 10,3%, 47,4% e 1,1%. O Canadá fecha o ranking na 10ª posição, com aumento de 6,8% no mesmo período. No acumulado do ano, algumas posições mudaram: o mercado chinês mantém a liderança, com 621.432 veículos vendidos a mais que os EUA. O Japão, mesmo com queda significativa de 28,4%, aparece na terceira posição, enquanto que a Alemanha fica na quarta colocação com aumento de 11,2% no acumulado do ano em relação a 2010.

DESEMPENHO GLOBAL

SOGEFI-FRAM FOI RECONHECIDA PELA GM

A Sogefi Filtration do Brasil, represen-tada por seu presidente Eugenio H.L. Marianno, recebeu o Prêmio “Supplier of the Year” 2010 da General Motors. A premiação, que aconteceu em abril, foi disputada entre 6.800 fornece-dores, destacando apenas 37, o que demonstra sua importância. Premiada com o Certificado de Mérito, a Soge-fi, fabricante de componentes e siste-mas de filtração originais automotivos FRAM, é fornecedora tradicional da GM. O Prêmio “Supplier of the Year”, já na 39ª edição, começou no Brasil em 1972 e, com o sucesso, foi adota-do mundialmente pela GM.

Além de apresentar o maior pro-grama de lançamentos de produ-tos desde a sua chegada ao país, a Corteco – divisão de reposição da Freudenberg-NOK, fabricante de retentores e vedações – traz outra novidade para o mercado de reposição em 2011. A em-presa ampliou os investimentos em promoção e suporte técni-co para realizar mais de 7.000 visitas e superar as 10.000 pes-soas treinadas ao longo do ano. Durante 2010, as equipes de promoção e assistência técnica da Corteco realizaram cerca de 6.000 visitas e treinaram 8.500 profissionais em todo o país. As ações envolveram distribuidores, lojas de autopeças, oficinas, cen-

tros automotivos, frotistas, retífi-cas e motopeças. Os programas de atualização foram frequenta-dos por reparadores, balconistas e equipes de televendas, além de muitos empresários do setor. Já para as ações promocionais, a meta é atuar além da decora-ção de espaços e realização de sorteios. Os promotores são trei-nados como consultores de ne-gócios, capazes de apoiar os pro-fissionais da reposição para que possam vender mais, atender melhor e prestar um serviço de qualidade. Em visitas regulares, as equipes checam as vendas, o potencial da região, indicam produtos e treinamentos, entre outras atividades.

Já é possível encontrar no mercado de reposição pastilhas para freio para os modelos da mais nova montadora com automóveis à venda no Brasil, a chinesa JAC Motors. A Fras-le já está produzindo e comercializando esses itens. Estão disponíveis no mercado nacional as pastilhas da referência PD/382 para aplicação nos modelos J3 1.4 16V e J3 Turin 1.4 16V. A JAC possui uma linha de veículos que atendem a diversos segmentos e está presente em mais de 100 países.

NEGÓCIO DA CHINA

MODELOS DA JAC JÁ CONTAM COM PASTILHAS FRAS-LE NA REPOSIÇÃO

PAÍSJAN - ABR 2010

JAN - ABR 2011

VAR (%) JAN-ABR 2010-2011

ABR2010

ABR2011

VAR (%)ABR 2010

- 2011

EUA 3.527.537 4.217.712 19,6% 982.194 1.157.760 17,9%

China 4.471.410 4.839.144 8,2% 1.076.330 1.113.499 3,5%

Alemanha 987.905 1.098.748 11,2% 276.117 283.833 2,8%

Brasil 1.011.902 1.050.317 3,8% 261.881 272.898 4,2%

Rússia 458.474 753.015 64,2% 165.571 235.711 42,4%

Índia 850.861 1.022.230 20,1% 201.880 230.334 14,1%

França 923.926 961.840 4,1% 227.510 204.051 -10,3%

Japão 1.838.605 1.317.270 -28,4% 350.283 184.476 -47,3%

Itália 904.867 738.780 -18,4% 174.630 172.718 -1,1%

Canadá 477.316 494.266 3,6% 149.745 159.942 6,8%

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2011

A 2ª edição do Prêmio Sindirepa-SP revelou os melhores fornecedores da reparação de veículos em 15 categorias, abrangendo autopeças, pneus, tintas automotivas, companhia de seguros e empresas de equipamentos e s oftware de orçamentação. Foram ouvidos mais de 300 profissionais da reparação de veículos, levando em consideração os seguintes quesitos: marca, qualidade, resultados e assistência, além de remuneração e política comercial no caso das companhias de seguros. Os três primeiros de cada categoria foram classificados como ouro, prata e bronze. As empresas premiadas foram: Freio (Sistemas) - Ouro: TRW Varga, Prata: ATE Freios, Bronze: Robert Bosch; Freio (Componentes) - Ouro: TRW Varga, Prata: Robert Bosch, Bronze: Bendix; Suspensão (Sistemas) - Ouro: Cofap, Prata: Nakata, Bronze: TRW Varga; Suspensão (Componentes) - Ouro: Monroe Axios, Prata: Cofap,

Bronze: TRW Varga; Climatização (Sistemas) - Ouro: Delphi, Prata: Denso, Bronze: Valeo; Climatização (Componentes) - Ouro: Delphi, Prata: Valeo, Bronze: Denso; Baterias - Ouro: Heliar, Prata: Moura, Bronze: Robert Bosch; Pneus - Ouro: Pirelli, Prata: Goodyear, Bronze: Michelin; Rolamentos - Ouro: INA Grupo Schaeffler, Prata: SKF, Bronze: NSK; Filtros - Ouro: Mann, Prata: Fram, Bronze: Robert Bosch; Correias - Ouro: Dayco, Prata: Goodyear, Bronze: Robert Bosch; Equipamentos de diagnóstico de motores - Ouro: Tecnomotor, Prata: Robert Bosch, Bronze: Napro; Indústria de Tintas e Complementos - Ouro: PPG, Prata: Basf, Bronze: Sherwin-Williams; Companhia de Seguros - Ouro: Porto Seguro, Prata: SulAmérica, Bronze: Allianz; Software de Orçamentação - Ouro: Audatex, Prata: Orion. A Mahle Metal Leve recebeu menção honrosa, como empresa de destaque.

FORNECEDORES DA REPARAÇÃOTREINAMENTO NA INTERNET

Todos os reparadores cadastrados no site do Universo do Mecânico a partir de agora terão acesso ao Canal MTE, transmitido pela in-ternet. Através de uma parceria firmada com o UMEC, a MTE-Thomson levará mais informação e conhecimento sobre temas téc-nicos como “sensor lambda”, “in-jeção eletrônica”, “motores flex”, entre outros, para quem não tem

tempo de ir até onde esteja acon-tecendo uma palestra. “Nossa ideia é levar mais comodidade e informação para o reparador. O Canal MTE proporciona uma fle-xibilidade para o reparador não deixar de se informar, mas po-der fazer isso quando melhor lhe convier”, explica Alfredo Bastos Junior, gerente de marketing da MTE-Thomson.

CARROS IMPORTADOS

Os dados de emplacamento das empresas filiadas à Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) revelam alta de 18,6% em abril na comparação com março. Foram emplacadas 16.593 unidades contra 13.993 de março. Com esse resultado, a participação dos importados no mercado total subiu de 4,85% para 6,08%. O acumulado do quadrimestre, de 52.074 automóveis, significa 21,32% do total de veículos importados (244.275 unidades) no período e 4,96% do mercado interno, de janeiro a abril, de 1.050.214 carros emplacados.

A manutenção preventiva pode reduzir os congestionamentos

ANTÔNIO CARLOS BENTO É COORDENADOR DO GMA – GRUPO DE MANUTENÇÃO AUTOMOTIVA RESPONSÁVEL PELO PROGRAMA CARRO 100% – WWW.CARRO100.COM.BR

esde 2007, junho é consi-derado o “Mês pela Cons-cientização da Manutenção Preventiva de Automóveis”,

na cidade de São Paulo, conforme lei municipal nº 14.274 que instituiu a data no calendário oficial da capital paulista, onde todos os dias a CET – Companhia de Engenharia de Tráfego, retira das ruas, em média, 371 veícu-los quebrados por dia. Neste ano, o volume mensal de veí-culos removidos é de 11.140, sendo

8.044 automóveis, 1.279 ônibus e 1.816 caminhões. Deste total, 39,2% apresentam problemas mecânicos; 16,77% panes elétricas; 1,05% falta de combustível; 4,3% pneu furado; 0,16% bloqueados (veículo imobilizado); e 38,43% defeito não identificado.Os veículos que apresentam proble-mas mecânicos e elétricos totalizam 6.127 mil unidades, mais de 55% das remoções mensais efetuadas pelo ór-gão de trânsito da cidade. Apesar da média mensal de remo-

ções ter sido um pouco inferior ao número registrado em 2010 que foi de 12.471,7, o volume de veículos quebrados nas vias ainda é alto, sen-do um dos fatores que provoca con-gestionamento. A manutenção preventiva pode con-tribuir para a redução dos veículos quebrados, além de ser 30% mais em conta do que levar o carro na ofici-na somente quando o mesmo para de funcionar, de acordo com dados do GMA – Grupo de Manutenção Auto-

motiva, responsável pelo programa Carro 100% / Caminhão 100%.O reparador e o varejista devem ser agentes para promover a disseminação do conceito da manutenção preventiva aos motoristas, aplicando um check-list e orientando o seu cliente a cuidar do veículo antes que o mesmo apresen-te um problema. É mais do que uma prestação de serviço, trata-se de uma questão de responsabilidade social em prol de um trânsito mais seguro e da melhoria da qualidade do ar.

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gma por Antonio Carlos Bento foto divulgação

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