jornal novo varejo 203

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pág. 54 pág. 12 A expansão da economia no longo prazo só é viável se ocorrer em bases socialmente inclusivas e ambientalmente neutras. O mercado de manutenção de veículos tem dado exemplos de boas práticas para o desenvolvimento sustentável, mas no varejo o conceito ainda dá os primeiros passos. Novo índice mede satisfação do varejo com a distribuição de autopeças Fabricantes e sistemistas mostram suas inovações tecnológicas no SAE Brasil 2011 pág. 46 ano 18 outubro 2011 # 203 203 jornal novo varejo, líder em comunicação para o varejo de autopeças Evento dirigido aos engenheiros da mobilidade antecipa novidades da indústria Desenvolvimento sustentável exige conscientização do varejo Em visita ao Brasil, especialista em varejo John Ryan fala sobre as tendências do setor pág. 10 pág. 38 Veja quais são os atributos mais valorizados pelos varejistas na escolha da marca vendida na loja Ações sociais estão entre as primeiras atitudes que devem merecer atenção dos empresários varejistas Capa NV203.indd 1 21/10/2011 17:28:18

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Novo Varejo é uma publicação mensal da Editora Novo Meio Ltda, de circulação dirigida aos varejistas de autopeças.

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Page 1: Jornal Novo Varejo 203

pág. 54

pág. 12

A expansão da economia no longo prazo só é viável se ocorrer em bases socialmente inclusivas e ambientalmente neutras. O mercado de manutenção de veículos tem dado exemplos de boas práticas para o desenvolvimento sustentável, mas no varejo o conceito ainda dá os primeiros passos.

Novo índice mede satisfação do varejo com a distribuição de autopeças

Fabricantes e sistemistas mostram suas inovações tecnológicas no SAE Brasil 2011

pág. 46

ano 18 outubro 2011

#203203

jornal novo varejo, líder em comunicação para o varejo de autopeças

Evento dirigido aos engenheiros

da mobilidade antecipa novidades

da indústria

Desenvolvimento sustentávelexige conscientização do varejo

Em visita ao Brasil, especialista em varejo John Ryan fala sobre as tendências do setor pág. 10

pág. 38

Veja quais são osatributos mais

valorizados pelosvarejistas na escolha da

marca vendida na loja

Ações sociais estão entre as primeiras atitudes que devem merecer atenção dos empresários varejistas

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Page 3: Jornal Novo Varejo 203

Ano 18 - # 203 - outubro de 2011

Distribuição nacional

Tiragem de 25.000 exemplares

Novo Varejo é uma publicação mensal da

Editora Novo Meio Ltda, de circulação dirigida

aos varejistas de autopeças. Tem como objetivo

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de negócios: Carla Nórcia

assistentes: Bruna Pascucci, Claudia Paulino

e Vânia Lourenço

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Prestar serviços de verdadei-ra relevância ao mercado de manutenção automotiva criando soluções inéditas para o setor é algo que o jornal Novo Varejo vem fazendo desde sua primeira edição. Quem nos lê há tempos já se acostumou a encontrar ino-vações permanentes em nossas páginas – muitas delas repercu-tindo também fora do ambiente editorial. Nossa fi losofi a – na ver-dade, nossa obrigação – é fazer sempre o que ninguém fez. Não nos interessa requentar ideias e repetir fórmulas.Nesta edição, mais uma vez apresentamos um serviço inova-dor, que estabelecerá uma inédi-ta referência em direção às me-lhores práticas da distribuição de autopeças em todo o país. Está nascendo aqui o Índice Novo Varejo (INV), um indicador que irá medir mensalmente a satisfa-ção dos varejistas de autopeças com os serviços prestados pelos distribuidores de componentes automotivos. Para realizar este importante trabalho, nos unimos ao respeitado Instituto da Qua-lidade, entidade que conhece em profundidade o aftermarket independente. É do IQ a meto-d o l o g i a

criada para a apuração do índi-ce, assim como a tabulação dos dados e a interpretação dos re-sultados – que você começa a conhecer na página 12. Mensalmente, o Índice Novo Va-rejo vai funcionar como uma pre-paração para a pesquisa anual “Os maiores e melhores em distri-buição de autopeças”, que com-pleta nosso leque de avaliações à fundamental atividade exercida pelas empresas que abastecem o varejo em todo o Brasil. Po-rém, é importante destacar que, ao contrário da pesquisa, o INV não investiga a satisfação dos lojistas em relação às empresas, mas sim com o segmento como um todo, a partir de atributos de-terminados pelos próprios vare-jos. Com o passar do tempo, o INV permitirá a criação de bases comparativas mês a mês, resul-tando em uma ferramenta valio-sa para a estratégia de atuação dos distribuidores de autopeças – que terão em mãos as curvas de satisfação dos clientes em re-lação a seus principais serviços e poderão, com isso, detectar e corrigir as carências do segmen-to em que atuam. E assim presta-mos mais um serviço consisten-

te e criativo ao mercado, com vocação para

contribuir com a evolução

das re-

lações que regem a cadeia de negócios do setor. É assim que se faz diferente.Evolução também é uma pala-vra-chave para a nova editoria que inauguramos nesta edição. A partir de nossa matéria prin-cipal deste mês, vamos dedicar agora um espaço fi xo para a sustentabilidade. E nem é pre-ciso explicar muito os motivos desta decisão.O universo do automóvel cada vez mais está presente nas dis-cussões que envolvem o desen-volvimento sustentável. Aqui no Brasil, a questão está mais visível no pilar da preservação do meio ambiente, mas – como você verá em nossa reportagem – a questão vai muito além disso. E, graças a essa amplitude de con-ceitos, há infi nitas possibilidades de engajamento dos varejos de autopeças na prática do desen-volvimento sustentável. Em nossa nova editoria, vamos tratar de todos esses conceitos e, especialmente, dar espaço para que as pessoas e as em-presas do mercado possam não apenas divulgar suas ações, mas também mostrar todos os atalhos do caminho das pedras que eventualmente tenham per-corrido até viabilizar suas atitu-des responsáveis. O desenvolvimento sustentável não é mais apenas uma ten-dência nem uma atitude reser-vada às grandes corporações. É, acima de tudo, uma rotina que deve ser implementada não apenas em nossas atividades profi ssionais, mas também em nossas vidas. É a criação e o amadurecimento de uma cons-ciência que renova a esperança de que, apesar de tudo a que assistimos dia após dia, ainda é possível acreditar na essência positiva de ser humano.

editorial Por Claudio Milan [email protected]

Chegou o Índice Novo Varejo

Com o passar do tempo, o INV permitirá a criação de bases comparativas mês a mês, resultando em uma ferramenta valiosa para a estratégia de atuação dos distribuidores de autopeças

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outubro de 2011

ÓTIM

O 10,0

9,5

9,0

BOM

8,5

8,0

7,5

7,0

REGU

LAR 6,5

6,0

5,5

5,0

RUIM

4,5

4,0

3,5

3,0PÉ

SSIM

O 2,5

2,0

1,5

1,0

46Consolidação dos conceitos de desenvolvimento sustentável na reposição passam pela adesão do varejo às práticas responsáveis.

Especialista norte-americano em varejo defende ações simples e bom humor no dia a dia da loja.

10

Cartão BNDES é ferramenta importante para fi nanciar as compras do varejo de autopeças.

18

54Fabricantes de autopeças e sistemas automotivos antecipam suas tecnologias inovadoras no Congresso e Exposição SAE Brasil 2011.

12INV – Índice Novo Varejo mede satisfação dos varejistas com os distribuidores de autopeças.

HÁ 100 EDIÇÕES Reposição em expansãoDestaques do mercado de autopeças 100 meses atrás, uma história que só o Novo Varejo pode contar

A Automec é um evento que supera suas próprias marcas a cada edição realizada. Em 2003, a sexta edição da feira era ava-liada como a melhor de todas. Na edição 103, o Novo Varejo apresentava a cobertura comple-ta do evento. Os executivos en-trevistados exaltavam o caráter mais profi ssional dos visitantes e a busca por contatos e relaciona-mentos que pudesse resultar em negócios efetivos.

Um dado interessante é que, há 100 meses, o assunto predo-minante na feira foi exportação. Outra questão importante tra-tada era a elevada taxa de juros básicos da economia, na época na casa de 26,5% ao ano. Um castigo severo para a indústria de autopeças. Segundo levan-tamento feito pela Fiesp (Fede-ração das Indústrias do Estado de São Paulo) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, os

juros representavam então 25% dos custos de produção no caso dos componentes automotivos.

INTEGRAÇÃO Na edição 203, o novo varejo trazia também uma entrevista com o novo gestor do GPE, Werner Odenheimer. O GPE – Grupo de Planejamento Estratégico antecedeu o GMA – Grupo de Manutenção Auto-motiva. Suíço radicado no Brasil desde 1957, Odenheimer inicia-

va sua gestão admitindo as di-fi culdades que encontraria pela frente, mas feliz com o desafi o. “Nós queremos incentivar o trei-namento gerencial, pois estamos sentindo que uma das recomen-dações dos grupos de trabalho é para que melhore o treinamento gerencial de muitas empresas de toda a cadeia, especialmente aquelas empresas familiares que são carentes de gerenciamento. A disseminação da informação

técnica é um ponto crítico. Acho que todos os elos da cadeia têm que aprender a enfocar o prin-cipal, que é o consumidor fi nal, mesmo que o seu cliente não seja de fato o cliente fi nal. Nem sempre essa visão é muito clara. Eu acho que a cadeia toda tem de aprender cada vez mais a incrementar valor, não só pegar uma peça aqui e levar para lá. Há muitas maneiras de agregar va-lor”, analisava o entrevistado.

4

sumário

Sumário NV203.indd 4 21/10/2011 18:11:07

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indicadores outubro de 2011

Depois de uma leve defl a-ção em agosto (- 0,28%), a Infl ação do Carro teve alta de 0,65% em setembro. Segundo análise da Agência AutoInfor-me, responsável pela apura-ção do índice, os combustí-veis continuam pressionando os custos para manter o au-tomóvel para cima, e outros itens vêm registrando altas ex-pressivas em 2011. No total, o motorista está pagando, na média, 6,57% mais caro para

andar e fazer a manutenção do carro este ano. Entre as peças de reposição, o jogo de velas subiu 17,01% nos nove primeiros meses do ano. Em setembro o item que mais subiu foi o álcool, (2,47%), seguido do estacionamento (2,26%) e lavagem (2,16%). Já a lona de freio (-0,72%), o balanceamento (-0,59%) e a correia dentada (- 4,86%) fo-ram os itens que mais caíram no mês.

Itens que mais subiram

Variação % Acumulado %

Álcool 2,47 12,94

Estacionamento p/ 2 horas 2,26 14,29

Lavagem completa 2,16 0,27

Cambagem 1,96 1,74

Itens que mais caíram

Variação % Acumulado %

Lona de freio -0,72 1,85

Balanceamento -0,59 3,08

Correia dentada -0,55 4,86

In� ação do Carro sobe 0,65%em setembro

Fonte: Agência AutoInforme

Faturamento do e-commerce deve crescer 36% em 2011

Após mudança no IPI, venda de importados cresce 10,5%A Abeiva – Associação Bra-sileira das Empresas Impor-tadoras de Veículos Automo-tores informa que 20 das 27 marcas associadas à entidade apresentaram crescimento em seus números de emplaca-mentos em setembro na com-paração com agosto. Foram 22.569 unidades emplacadas, 10,5% a mais que em agosto, quando 20.420 veículos foram vendidos. “Nossa expectati-va para setembro era de fi car entre 16 mil e 18 mil unidades emplacadas, mas com o anún-cio do Decreto 7.567 houve uma corrida às concessioná-

rias, já que o estoque na rede de revenda estava garantido com preços sem o repasse de 30 pontos porcentuais do IPI. Por esse motivo, nossas ven-das alcançaram 22.569 uni-dades”, diz José Luiz Gandini, presidente da entidade.Na comparação com setem-bro de 2010, quando foram emplacados 11.826 veículos, o total de 22.569 unidades re-presentou aumento de 90,8%. No acumulado de janeiro a se-tembro, as associadas à Abei-va já emplacaram 151.850 unidades, 108,9% mais que igual período de 2010.

Estimativa feita pela Em-presa de Inteligência e Co-mércio Eletrônico (Ebit) e apresentada em evento pro-movido pela Fecomercio-SP prevê faturamento de R$ 18,7 bilhões para o co-mércio eletrônico em 2011. Esse montante representa um crescimento de 36% em relação ao ano passa-do, quando faturou R$ 14,8 bilhões. O Brasil é o quinto país com maior número de

usuários de internet (80 mi-lhões), com 27 milhões de consumidores eletrônicos. Somente esse ano, 4 mi-lhões de pessoas fizeram sua primeira compra online, sendo que 61% pertenciam à classe C. Eletrodomésti-cos e produtos de informá-tica lideraram as vendas vir-tuais no primeiro semestre deste ano. Na sequência, aparecem os produtos de informática, saúde, beleza e

medicamentos, livros e assi-naturas de jornais e revistas e eletrônicos.Para o CEO e criador do Busca Descontos, site que reúne cupons de descontos de grandes redes varejistas do Brasil, o crescimento do poder aquisitivo da classe C, a popularização da internet e a grande quantidade de lojas virtuais são fatores que co-laboram com o atual cresci-mento do e-commerce.

Produção Licenciamento

Setembro 11 261 mil Setembro 11 311,6 mil

Agosto 11 395 mil Agosto 11 327,6 mil

Set 11 / Ago 11 - 19,7% Set 11 / Ago 11 -4,9%

Setembro 10 278,4 mil Setembro 10 307,1 mil

Set 11 / Set 10 -6,2% Set 11 / Set 10 + 1,5%

Jan – Set 11 2,60 milhões Jan – Set 11 2,68 milhões

Jan – Set 10 2,52 milhões Jan – Set 10 2,50 milhões

Jan – Set 11 /Jan – Set 10 +3,3% Jan – Set 11 /

Jan – Set 10 + 7,2%

Últimos 12 meses Últimos 12 meses

Out 10 – Set 11 (A) 3,46 milhões Out 10 – Set 11 (A) 3,70 milhões

Out 09 – Set 10 (B) 3,35 milhões Out 09 – Set 10 (B) 3,34 milhões

Variação % (A/B) + 3,4% Variação % (A/B) + 10,6%

Produção de veículos cai 19,7% em setembroSetembro não foi um mês bom para as montadoras ins-taladas no Brasil. A produção de veículos atingiu 261.184 unidades, número que con-fi gura queda de 19,7% na comparação com agosto e recuo de 6,2% em relação a setembro de 2010. Segundo

números divulgados pela An-favea, as vendas de veículos no mercado interno, incluin-do nacionais e importados, chegaram a 311.648 unida-des, também queda na com-paração com agosto (4,9%), mas crescimento de 1,5% sobre setembro de 2010.

No acumulado dos primeiros nove meses de 2011, foram produzidos 2.604.108 veícu-los (+ 3,3% sobre o mesmo período de 2010) e as vendas somaram 2.682.706 unida-des (+ 7,2% na comparação com o período de janeiro a setembro de 2010).

Font

e: A

nfav

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Indicadores NV 203.indd 6 21/10/2011 09:12:47

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entrevista Por Patrícia Malta de Alencar [email protected] Fotos Divulgação

John Ryan trabalhou como comprador da gigante vare-jista de moda, C&A, por cerca de 15 anos. No final da dé-cada de 90, já era consultor, escritor e jornalista do setor varejista. Hoje, vive e trabalha em Londres, Inglaterra, onde

entrevista

Consultor norte-americano, John Ryan, reforça a importância das estratégias de comunicação

Especialista defende simplicidade e bom humor nas ações do varejo

Há mais semelhança entre os varejos norte-americanos, europeus e brasileiros do que muitas pessoas que nunca visitaram o país podem imaginar

lou sobre tendências, práticas e o futuro do varejo. Segundo ele, uma das próximas inova-ções para o setor será a con-solidação dos displays digitais. Ao mesmo tempo, ele aponta a volta às origens como um provável caminho a seguir.

Novo Varejo – Quais são as principais tendências para o varejo?John Ryan – Prever o futuro é sempre muito complicado e o melhor que você pode es-perar, se conseguir perceber o que está acontecendo ago-ra, é que uma coisa ou outra ganhe impulso, dando pistas sobre o que pode ser o fu-turo. Então, acho que seria justo dizer que uma aborda-gem com foco na simplicida-de e no “retorno às origens” parece que vai dominar nos próximos anos. É importante ressaltar também que o futu-ro digital, em que os varejis-tas usarão displays digitais para se diferenciar, ainda se transformará em realidade.

NV – Essas mudanças no mercado varejista se apli-cam a qualquer segmento, como o automotivo?JR – Possivelmente, uma vez que a maioria das pessoas no setor de serviços está su-jeita ao mesmo tipo de pres-são. Então, a resposta tende a ser similar.

NV – Qual é a mudança mais importante no perfil dos consumidores nos úl-timos anos?

é editor das publicações Re-tail Week e EMAP, além de escrever para uma variedade de revistas e jornais que co-brem o setor de varejo.Aproveitamos a primeira edi-ção do Seminário Internacio-nal do Marketing no Varejo

(Simvarejo) para conversar com o especialista. O evento reuniu profi ssionais de dife-rentes nacionalidades para debater as principais tendên-cias e práticas internacionais de merchandising, arquitetura comercial, comunicação visu-al e sinalização. Organizado pela Popai Brasil (The Global Association for Marketng at

Retail), associação

internacional dedicada exclusivamente

ao desenvolvimento e valori-zação da comunicação e do marketing no Ponto de Venda, o Seminário também contou com a realização da 11ª edi-ção do Prêmio Popai Brasil, que premia os melhores traba-lhos de marketing para o vare-jo, como displays, campanhas promocionais e demais peças de comunicação direcionadas aos pontos de venda. Em conversa com a reporta-gem do Novo Varejo, Ryan fa-

JR – A valorização do ser-viço. O serviço tem que ser mais do que apenas pergun-tar “como vai você”, quando um cliente em potencial entra na loja. Mas um serviço de verdade, infelizmente, muitas vezes tem faltado no varejo, e ele precisa estar lá porque pode ser um diferencial real.

NV – O que veio primeiro: a mudança no comporta-mento do consumidor ou a evolução do varejo?JR – Os melhores varejistas pegam todas as pistas deixa-das pelos compradores, ou-vindo e entendendo o que eles querem. Qualquer bom desen-volvimento do varejo tem que ser uma resposta à demanda do consumidor – não funciona no sentido inverso.

NV – Que mensagem você trouxe para o público no Seminário Internacional do Marketing no Varejo realiza-do recentemente no Brasil?JR – Que ele mantenha as coisas simples. Especialmen-te quando se tratar de criar oportunidades, como colocar displays no interior da loja, por exemplo, exagerar, na maioria das vezes, não é o melhor.

NV – E o que você ganhou com esta experiência do seminário?JR – Meu primeiro olhar para o Brasil, é claro. É um longo caminho da Europa para cá e a oportunidade de viajar até aqui não aparece com tanta frequência. Curiosamente, no

Por Patrícia Malta de Alencar [email protected] Fotos Divulgação

Entrevista NV 203-2.indd 10 21/10/2011 19:02:40

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que diz respeito ao varejo, exis-tem mais se-me lhanças do que di-ferenças.

NV – O que é es-sencial na comunica-ção de um pequeno varejo e o que ele pode fazer para ter vantagem hoje em dia?JR – Não complique demais a sua mensagem e mantenha o senso de humor. A melhor comunicação não se faz gas-tando dinheiro, mas a partir de uma boa ideia.

NV – Você teve a oportuni-dade de visitar alguns va-rejistas brasileiros? O que achou deles?JR – Certamente. Eu fui a todos os lugares que pude, da loja-con-ceito da Havaianas ao varejo vol-tado para casa, como o Etna, e ainda dei uma olhada em alguns varejistas de moda local, como a Melissa. Há mais semelhança en-tre os varejos norte-americanos, europeus e brasileiros nunca visi-taram o país podem imaginar.

NV – Qual a importância das mídias sociais para o varejo?JR – Isso, sim, depende de onde você está e do que você está vendendo. Globalmente, o Facebook é uma ferramenta vital para os jovens e o Twit-ter, para um público um pouco mais velho. A questão é que,

em geral, uma coisa boa que aparece em uma rede social tem muito mais autoridade do que uma campanha publicitária padrão, e o feedback pode ser mais ou menos instantâneo.

NV – Teremos outras formas de comunicação para o varejo?JR – Existe, provavelmente, mais do que o suficiente no momento! Em um mundo mul-ticanal, o problema será decidir como você vai se comunicar.

NV – Em sua apresentação no seminário, você reforçou a importância da tecnologia, da simplicidade e, principal-mente, do humor. Você pode explicar melhor o benefício do senso de humor?JR – Bons varejistas se levam mui-to a sério, mas isso não signifi ca que colocar um sorriso no rosto das pessoas não seja marketing sério. Se os compradores veem algo que provoca um sorriso, a recompensa pode ser eles darem uma olhada na sua loja.

Não complique demais a sua mensagem e mantenha o senso de humor. A melhor comunicação não se faz gas-tando dinheiro, mas a partir de

Você teve a oportuni-dade de visitar alguns va-rejistas brasileiros? O que

outubro de 2011

John Ryan na palestra da primeira edição do Simvarejo

Em ummundo multicanal, o problema será decidir como você vai se comunicar

Entrevista NV 203-2.indd 11 21/10/2011 19:02:58

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distribuição outubro de 2011Por Claudio Milan [email protected]

Tudo o que você precisa saber sobre o INV

Pesquisa mensal da Editora Novo Meio e do Instituto da Qualidade trará parâmetros para a evolução dos serviços prestados pelos distribuidores de autopeças

Novo índice mede satisfação do varejo com a distribuição

Líder em pesquisas no mercado brasileiro de ma-nutenção de veículo, a Novo Meio inaugura nesta edição mais um serviço inédito para o setor. É o INV – Índice Novo Varejo.O novo estudo é resulta-do de uma parceria com o consagrado IQ – Instituto da Qualidade, que desen-volveu a metodologia e irá realizar mensalmente a ta-bulação dos resultados. “A Novo Meio já foi pioneira na avaliação dos distribuidores com a criação, em 1996, da pesquisa ‘Os maiores e melhores em distribuição de autopeças’. Agora, com o INV, será possível também saber como essa avaliação muda ao longo de todo o

ano, mês a mês”, explica Roberto Leme, diretor de projetos do IQ.Porém, ao contrário da tra-dicional pesquisa realiza-da há mais de 15 anos, o novo trabalho não analisa os serviços oferecidos pelas empresas individualmente, mas sim pelo segmento de distribuição como um todo. “Será um verdadeiro termô-metro que medirá a satis-fação dos varejistas com a distribuição de autopeças. Para isso, a pesquisa inves-tiga cinco atributos básicos, aqueles que qualquer vare-jista espera receber de seu fornecedor. Os resultados mostrarão o que vai bem no segmento e o que precisa melhorar. Ao receber o Novo

Varejo mensalmente, os dis-tribuidores saberão quais são os pontos vistos como defi cientes pelos varejistas e poderão investir no aprimo-ramento desses serviços. Uma pesquisa como essa tem vocação para gerar um movimento de evolução per-manente em favor do mer-cado”, conclui Roberto.A seguir, você acompanha os primeiros resultados do INV. A partir da próxi-ma edição, já será possível estabelecer bases compa-rativas, com gráficos de variação do índice, propor-cionando um banco de da-dos cada vez mais rico e, como sempre, inteiramente à disposição do afterma-rket automotivo brasileiro.

O QUE É?

O INV — Índice Novo Varejo é o resultado de uma pesquisa

realizada mensalmente com as lojas de varejo de autopeças

para identifi car o grau de satis-fação com os distribuidores dos

quais compram.

Atributos de valor Importância Relativa

Qualidade do atendimento pessoal no momentoda compra (presteza, atenção).

20,5%

Disponibilidade dos produtos que se desejou comprar. 21,3%

Cumprimento dos prazos de entrega. 18,9%

Preços dos produtos comprados. 23,6%

Condições de pagamento adequadas. 15,7%

IMPORTÂNCIA Acima da média Na média Abaixo da média

Varejo aponta os atributos de valor mais importantes em relação aos distribuidoresNuma primeira etapa da pesquisa foram investigados os cinco principais atributos de valor que os varejistas esperam de um distribuidor de autope-ças. São eles: qualidade do atendimento pessoal no mo-mento da compra (presteza, atenção); disponibilidade dos produtos que se desejou com-prar; cumprimento dos prazos de entrega; preço dos produ-tos comprados; e condições

de pagamento adequadas.A importância relativa desses atributos foi defi nida pelos próprios varejistas. Nesta etapa, não houve a propos-ta de avaliar a satisfação dos varejistas, mas sim o grau de importância relativa de cada um dos quesitos apontados por eles.A importância relativa dos cinco atributos de valor soma 100%. O resultado é o seguinte:

E PARA QUE SERVEA PESQUISA?

Para avaliar como anda a satis-fação dos varejistas em relação aos distribuidores de autopeças e identifi car, principalmente, em quais pontos eles devem atuar para melhorar seus serviços.Muito importante, também, é

que o estudo proporciona ao va-rejo de autopeças um parâmetro mensal sobre o serviço oferecido

por seus fornecedores.

QUANDO É REALIZADAA PESQUISA?

A pesquisa é realizada mensalmen-te. A primeira coleta de dados foi

feita em setembro de 2011.

COMO É REALIZADAA PESQUISA?

Mensalmente, a pesquisa é aplica-da através de entrevistas telefônicas

a uma amostra de 370 varejistas de autopeças, em todo o território brasileiro, sendo que a quantidade em cada estado é proporcional ao

número de lojas existentes.

EM QUE ÉPOCA DO MÊS É REALIZADA A PESQUISA?

A pesquisa é aplicada sempre en-tre a primeira e a terceira semana

de cada mês e os resultados publicados na edição do jornal Novo Varejo do mês seguinte.

COMO OS RESULTADOS SERÃO APRESENTADOS?

Os resultados serão apresenta-dos através de gráfi cos que irão considerar os resultados obtidos junto às lojas de varejo de auto-peças do Brasil todo. Não ha-verá resultados específi cos por região, estado ou distribuidor.

Também não serão identifi cados distribuidores ou varejistas.

QUEM REALIZA A PESQUISA?

A pesquisa é uma iniciativa da Edi-tora Novo Meio e operacionalizada pelo Instituto da Qualidade, uma

consultoria especializada em ges-tão da inteligência da informação e

relacionamento com clientes.

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distribuição outubro de 2011

INV – Índice Novo Varejo

Esse índice é composto pela ponderação entre a importância relativa e a nota média de satisfa-ção dos cinco atributos de valor pesquisados.

■ A primeira coluna “Áreas/Atributos” apresenta o enunciado de cada um dos cinco Atributos de Valor.

■ A segunda coluna “Im-portância Relativa” apre-senta o peso de importân-cia de cada um dos cinco Atributos de Valor. A soma da importância de todos os atributos é 100%.

■ A terceira coluna “Nota Média” apresenta a nota média de satisfação dos

varejistas, em relação aos distribuidores de autope-ças, para cada atributo.

■ A quarta coluna “Taxa de Desempenho” apre-senta a ponderação entre a importância e a nota média de satisfação de cada atri-buto, conforme a fórmula:

Onde:

IR = Importância Relativado Atributo.

NM = Nota Média (de 1 a 10) de avaliação para o atributo.

IRdo Atributo.

NMde avaliação para o atributo.

TAXA DE DESEMPENHO =

(IR X NM)100

Ao final da tabela é apre-sentado o INV – Índice Novo Varejo, que nada mais é que a somatória das Taxas de Desempenho de todos os atributos.

O INV pode variar de 1 a 10. Quanto maior for o índice, maior é satisfação dos vare-jistas em relação aos distri-buidores de autopeças.Nesta edição, apresenta-

mos o primeiro resultado, relativo ao mês de setem-bro. A partir da próxima edição, teremos resultados mensais, compondo uma série histórica.

Avaliação pelo varejo dos atributos de valor em relação aos distribuidores de autopeçasNuma segunda etapa, os varejistas avaliaram a sua satisfação em relação aos principais distribuidores de autopeças dos quais compraram nos últimos 30 dias, para os cinco atributos de valor:

A nota de satisfação foi dada em uma escala de 1 a 10:

GRAU DE SATISFAÇÃO COM OS DISTRIBUIDORES DE AUTOPEÇAS

Muito satisfeito10

9

Satisfeito8

7

Nem satisfeito nem insatisfeito6

5

Insatisfeito4

3

Muito insatisfeito2

1

Áreas/Atributos Import. Relat. (%)

Nota Média

Taxa de Desemp.

Atributos de valor RESULTADO GERALQualidade do atendimento pessoal no momento da compra (presteza, atenção).

20,5 8,1 1,66

Disponibilidade dos produtos que se desejou comprar. 21,3 7,8 1,66

Cumprimento dos prazos de entrega. 18,9 7,7 1,46

Preços dos produtos comprados. 23,6 7,1 1,68

Condições de pagamento adequadas 15,7 7,7 1,21

RESULTADO DO MÊS DE SETEMBRO/2011 100,0 7,7

ÓTIM

O 10,0

9,5

9,0

BOM

8,5

8,0

7,5

7,0

REGU

LAR 6,5

6,0

5,5

5,0

RUIM

4,5

4,0

3,5

3,0

PÉSS

IMO 2,5

2,0

1,5

1,0

7,7

■ Qualidade do atendimento pessoal no momento da compra (presteza, atenção).

■ Disponibilidade dos produtos que se desejou comprar.

■ Cumprimento dos prazos de entrega.

■ Preço dos produtos comprados.

■ Condições de pagamento adequadas.

INV – Índice Novo Varejo

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distribuição outubro de 2011

Qualidade do atendimento pessoal no momento da

compra (presteza, atenção).8,1

7,7Condições de pagamento adequadas.

7,8Disponibilidade dos

produtos que se desejou comprar.

7,7Cumprimento dos prazos de entrega.

7,1Preço dosprodutos comprados.

MATRIZ DE DEFINIÇÃO

Nesta última parte do re-latório, apresentamos uma análise do quesitos em que os varejistas gostariam que os distribuidores de autope-ças melhorassem.Para isso, foi construída a Matriz de Definição de Melhorias para os Distri-buidores de Autopeças, assim apresentada:

■ No eixo horizontal, a im-portância relativa de cada Atributo de Valor pesquisado.

■ No eixo vertical, a nota mé-dia de satisfação dos varejis-tas em relação a cada atributo.

Na matriz também são apre-sentadas duas médias:

■ Média da importância: repre-senta a média da importância de todos os atributos pesquisados.

■ INV: que é o Índice Novo Va-rejo, o índice mensal que mede a satisfação do varejo com os distribuidores de autopeças.

Av. Brig. Faria Lima, 6288º andar

(11) [email protected]

www.iqbr.com.br

1 Qualidade do atendimento pessoal no momento da compra (presteza, atenção).

2 Disponibilidade dos produtos que se desejou comprar.

3 Cumprimento dos prazos de entrega.

4 Preço dos produtos comprados.

5 Condições de pagamento adequadas.

ATRIBUTOS DE VALOR

NOTA MÉDIA DE SATISFAÇÃO

OPOR

TUNI

DADE

S DE

MEL

HORI

A

MÉDIA DE IMPORTÂNCIA

IMPORTÂNCIA RELATIVA (%)

INV

– SE

T/11

10,0

9,0

8,0

7,0

6,0

5,0

4,0

3,0

2,0

1,015,0 17,0 19,0 21,0 23,0 25,0

1• 2

4•3

•5•

Desta forma, é fácil enxergar os pontos positivos e as oportunidades de melhoria:

■ PONTOS POSITIVOS: pri-meiro os atributos posicionados no quadrante superior direito (desempenho acima da média e importância também acima da média). Depois os atributos posicionados no quadrante superior esquerdo (desempe-nho acima da média, mas im-portância abaixo da média).

■ PRIORIDADES DE ME-LHORIA: primeiro os atributos posicionados no quadrante inferior direito (desempenho abaixo da média e importância acima da média). Depois os atributos posicionados no qua-drante inferior esquerdo (de-sempenho abaixo da média e importância abaixo da média).

Média por atributo de valor

101

Matriz de de� nição de melhorias para os distribuidores de autopeças

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crédito outubro de 2011

Distribuidor deve se cadastrar para receber pagamentos com o cartão

Processo de cadastramento é lento e burocrático

Cartão BNDES � nancia compras do varejo

Por Perla Rossetti [email protected] Fotos Divulgação

Sócio da Noguti III Auto Pe-ças, em Suzano (SP), Fabio Noguti comenta que há um ano a gerente de sua conta corrente no Banco Bradesco ofereceu-lhe o cartão BNDES, e os juros baixos, de 1% ao mês, soma-dos à possibilidade de parcela-mento em até 48 vezes foram irresistíveis para incrementar o capital de giro, embora ele nun-ca tenha fi nanciado a compra de mercadorias. “Dá um reforço para aumentar os itens no esto-que e temos usado quando é necessário. Os juros são baixos e não nos comprometem”. Os distribuidores de autope-ças precisam se cadastrar para receber o cartão, já que são eles os fornecedores dos varejistas, geralmente com-pradores de pequenos volu-mes diante de uma frota de veículos tão diversifi cada. Uma das distribui-doras a receber dos clientes o cartão BNDES para compra de autopeças da linha pesa-da é a F Con-fuorto, de Guarulhos,

na grande São Paulo. Diretora da empresa, Filomena Confuor-to explica que o interesse partiu das inúmeras solicitações dos clientes. “Especialmente nas re-giões norte e nordeste, eles pe-dem para pagar com o cartão. Na medida em que eles fazem o cadastramento na agência bancária, já se informam sobre os fornecedores que o aceitam. Então, buscamos informações e vimos como nos cadastrar no site do BNDES”.Por enquanto, apenas 1% do faturamento da distribuidora é proveniente do pagamento com o cartão. Ainda assim, a empresária acredita que o meio é seguro para evitar inadimplên-cia. “O crédito do cliente tem de ser aprovado pelo BNDES. Às vezes, ele tem problema de documentação e não de crédi-to no banco, que pode ou não liberar a compra”.

O cadastro dos fornecedo-res no sistema do BNDES, que informa aos proprietários do cartão onde podem utili-zá-lo, exige paciência, ape-sar de inúmeros manuais que orientam todo o processo. “Demorou uns seis meses, é um processo difícil porque você precisa cadastrar seus produtos por cadeia de itens,

como caixa de bateria, com foto, no site, respeitando um layout de tamanhos e descri-ções”, explica Filomena Con-fuorto, diretora da distribui-dora F Confuorto.Atualmente com 80% dos produtos que vende cadas-trados, Filomena ressalta que é preciso destacar um funcio-nário da empresa para tratar

as imagens e os dados e in-serir uma grande quantidade de informações no site. A complexidade se dá porque há duas formas de compras: a direta, feita por meio do por-tal do BNDES, e a tradicional, em que o varejista fala com o distribuidor no balcão ou telefone. No primeiro caso, o lojista entra no site do cartão

BNDES, faz o login digitando o CNPJ da empresa, e acessa a lista de produtos cadastrados pelos fornecedores, defi ne o número de parcelas do fi nan-ciamento e a quantidade de itens. O fornecedor, ao rece-ber o pedido via sistema, emi-te a nota fi scal e providencia a entrega. Para receber o paga-mento, informa os dados ne-

cessários também no portal.Para o fornecedor, não há di-ferença de valores no recebi-mento via Cartão BNDES ou cartão de crédito convencio-nal, já que recebe o montan-te integral da compra 30 dias após a operação, descontada a taxa de administração da bandeira do cartão de crédi-to, Visa ou Mastercard.

Varejista parcela em até 48 vezes, com juros de 1% ao mês. Poucos distribuidores conhecem o meio de pagamento, um aliado no fi nanciamento das empresas

Uma queixa antiga das em-presas da reposição automoti-va é a falta de fi nanciamento na cadeia de negócios do setor. Se antes o problema eram linhas de fomento que não contemplavam o aftermarket, hoje é a desinfor-mação que impede varejistas e distribuidores de benefi ciarem-se do uso do crédito, com meios como o Cartão BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social), que permite ao varejo parcelar a compra de mercado-rias em até 48 vezes, com ape-nas 1% de juros ao mês, índice bem inferior aos empréstimos e taxas para faturamento no mer-

cado ou cartões de crédito, que chegam a 500% ao ano.A novidade passou a ser ofereci-da aos varejistas no começo de 2011, já que o BNDES, através do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), está amplian-do o leque de indústrias e seto-res subsidiados para crescer nos próximos anos, e pode ser utili-zado para aquisição de produtos que tenham índice de nacionali-zação de no mínimo 60%.O governo está deixando de fi nanciar as grandes empresas e as liberações para pequenas e médias via operações com agentes fi nanceiros vêm avan-

çando. Em 2010, a parcela dos desembolsos destinados a elas diminuiu quase 10% em relação a 2009, quando as companhias absorveram 82,5% do total li-berado pela instituição. Já as micro e pequenas empresas passaram a representar 14% do total fi nanciado – anterior-mente, eram 8,5%. E o BNDES vem estimulando a participação dos bancos Brades-co, Banco do Brasil e Caixa Eco-nômica Federal nas operações de crédito, já que repassam cer-ca de 70% dos empréstimos de médio e longo prazo da institui-ção, cerca de R$ 168,4 bilhões.

doras a receber dos clientes o cartão BNDES para compra de autopeças

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crédito outubro de 2011

Saiba mais

ARTIGO

Mais do que nunca, o setor da reposição automotiva se volta para o consumidor final que vai a uma das mais de 92 mil oficinas no Bra-sil para fazer manutenção no seu veículo, movimentando toda a ca-deia produtiva. Por isso, estar próximo do repara-dor e conhecer as suas necessida-des, assim como promover o seu desenvolvimento, é uma missão que envolve fabricantes de autope-ças, distribuidores e varejo. Essa questão foi um dos temas do Seminário da Reposição Automotiva, realizado em setembro em São Paulo.Entre os assuntos apresentados

neste importante fórum de discus-são da reposição, a certificação profissional do reparador foi um dos temas em destaque. O GMA – Grupo de Manutenção Automotiva, responsável pelo Programa Carro 100% / Caminhão 100%, reconhe-ce a importância da qualificação da mão de obra do setor de reparação e, por isso, firmou parceria com o Senai para a criação da certifica-ção do profissional. Os trabalhos começam a avançar para a finali-zação de todo o projeto, com base na norma ABNT 15681, que trata justamente dessa questão.Desta forma, será possível estabe-lecer padrões de serviços de qua-lidade na reparação e melhorar o atendimento ao consumidor. Dife-rentemente de outros mercados, o Brasil ainda é um dos poucos países em que o setor de reposição auto-

motiva detém 80% de participação na reparação dos veículos, enquan-to nos Estados Unidos é 60% e na Alemanha o índice é 40%. O setor da reposição é responsá-vel pela manutenção de 80% da frota circulante estimada em 32,5 milhões de veículos, entre automó-veis, comerciais leves, caminhões e ônibus, segundo dados do levan-tamento do Sindipeças, e precisa aprimorar o conhecimento técnico para continuar a atender às neces-sidades deste mercado, que deve chegar a 50 milhões de unidades até 2015.Com a tecnologia aplicada nos

veículos e o aumento de marcas e modelos, a qualificação do repara-dor é fundamental e deve ser cons-tante. A certificação profissional do Senai, acreditada pelo Inmetro, terá prazo de validade para ga-rantir o aperfeiçoamento contínuo da mão de obra, assim como já acontece, por exemplo, no setor da construção civil. O profissional cer-tificado receberá uma carteirinha de identificação, mostrando que está qualificado para desempenhar determinada função na oficina.

RESUMO S.Y.LO Cartão BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) permite ao varejo parcelar a compra de mercadorias em até 48 vezes, com apenas 1% de juros ao mês, índice bem inferior aos empréstimos e taxas para faturamento no mercado ou cartões de crédito, que chegam a 500% ao ano. Para obtê-lo, o empresário do segmento deve acessar o site www.cartaobndes.gov.br, fazer seu cadastro

clicando no link “Solicite seu Cartão BNDES” e seguir os procedimentos indicados. Os distribuidores também precisam estar cadastrados para receber os pagamentos por meio desta ferramenta. Esse processo é lento, pode demorar cerca de seis meses por conta da complexidade do cadastramento dos produtos comercializados.

Empresas sediadas no país com faturamento bruto anual de até R$ 90 milhões, desde que estejam em dia com o INSS, FGTS, tributos fe-derais e RAIS, além de não possuir restrições na Serasa, SPC e/ou Banco Central.

As compras dos produtos/serviços são efetuadas por meio do Portal do Cartão BN-DES, de fornecedores cadastrados (www.car-taobndes.gov.br). O Cartão BNDES não funcio-na como um cartão de crédito convencional.

- Limite de crédito de até R$ 1 milhão por car-tão. A Caixa Econômica Federal possui limite de R$ 250 mil e condições de pagamento de 12, 24 ou 36 parcelas.

- Prazo de parcelamento: de 3 a 48 meses. Em quatro meses a parcela mínima é de R$ 100,00 (o simulador de crédito no portal apre-senta as opções de parcelamento disponíveis para o valor da transação).

- Taxa de juros: prefi xada, informada mensal-mente, sem alíquota de IOF.

Banco do Brasil, Banrisul e Caixa Econômi-ca Federal, por meio das bandeiras Visa e Mastercard.

1) Acesse www.cartaobndes.gov.br e faça seu cadastro, clicando no link “Solicite seu Cartão BNDES”;

2) Na página seguinte, preencha o formulário com as informações da empresa;

3) Escolha o banco que emitirá o cartão, leia as cláusulas e, depois de confirmar, dirija-se à agência do banco escolhido portando os documentos exigidos;

De olho no consumidor

Antônio Carlos Bento é coordenador do GMA (Grupo de Manutenção Automotiva) – Programa Carro 100% - www.carro100.com.br(Grupo de Manutenção Automotiva) – Programa

Estar próximo aoreparador e conhecer as suas necessidades é uma missão que envolve toda a cadeia

Criado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Cartão BNDES é um instrumento de crédito para as micro, pe-quenas e médias empresas fi nanciarem bens de capital, insumos e serviços selecionados.

O QUE É O CARTÃO BNDES? QUEM PODE TER O CARTÃO BNDES?

COMO FUNCIONA? CONDIÇÕES FINANCEIRAS

BANCOS EMISSORES?

COMO OBTER O CARTÃO BNDES?

Fonte: CNI

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mercado outubro de 2011Fotos Divulgação

O mercado sul-americano é uma das prioridades para a Gates em seu centenário. Entre as prioridades para os próximos meses estão os lançamentos de produtos e reforços nas áreas de vendas, marketing e suporte técnico. No comando das ope-rações estará Antonio Teodoro, novo presidente para a América do Sul. Engenheiro de mate-riais, retorna ao país após ocu-par a vice-presidência mundial de novos negócios da empre-sa em Denver (EUA). A Gates também tem agora um diretor de aftermarket para a região. É o administrador e economista

César Costa, com 28 anos de experiência em indústrias de autopeças e profundo conhe-cedor dos produtos comerciali-zados pela marca no Brasil. E, para unifi car a imagem da Ga-tes nos diferentes segmentos onde atua, o publicitário Fabio

Murta, coordenador de marke-ting, passará a cuidar das ações de relacionamento dirigidas aos profi ssionais das montadoras e mercado de reposição, setor industrial, empresas de energia e do agronegócio em toda a América do Sul.

Murta, Teodoroe Costa reforçam

time de executivos da Gates

Gates reforça equipe de executivos

Aproveitando a Autonor, o conselho da Rede Âncora se reúne em Pernambuco nos dias 28 e 29 de outubro para fazer um balanço das atividades da rede, discutir as tendências e novidades do mercado e apre-sentar plano de marketing 2012 aos membros. As estratégias e

ações foram desenvolvidas pela comissão de marketing, junta-mente com a assessoria espe-cializada da Mappa Marketing e Estratégia. O plano foi construí-do em diversas etapas, através da análise de informações ob-tidas a partir de pesquisas, le-vantamento de dados e conhe-

cimento do mercado. A reunião será também a última realizada pelos diretores e presidentes estaduais e nacionais que ocu-pam tais cargos desde a eleição de 2009. A votação dos novos diretores e presidentes aconte-cerá em novembro nos centros de distribuição da rede.

Grupo Comolatti tem novo diretor na área � nanceiraRicardo Mattos é o novo dire-tor fi nanceiro do Grupo Como-latti. Com 23 anos de experiên-cia na área fi nanceira, Mattos tem pós-graduação em admi-nistração contábil e fi nanceira pela FAAP. O executivo vem do

mercado editorial, onde atuou, nos últimos dez anos, como sócio diretor fi nanceiro e operacional da IOB – Informa-ções Obje-

tivas. Também ocupou cargos na Editora Abril e no jornal O

Estado de S.Paulo. Mattos fi ca no lugar de José Sardi-nha, que assume o cargo de

superintendente ad-ministrativo.

Mattos chegapara otimizar

os serviços da área e atender às

necessidadesdas empresas

do grupo

Recurso pode ser baixado

gratuitamente na loja virtual

da Apple

Revenda de autopeças tem alíquota zero para PIS/COFINS

Sindipeças e Abipeças estimam vendas estáveis para 2012

A Mobensani apresenta ao mercado automotivo seu apli-cativo para iPhone e iPod. O recurso pode ser baixado gra-tuitamente na loja virtual da Ap-ple, a APP Store. Com ele, o usuário tem acesso ao catálo-go virtual de peças da empre-sa, além de informações sobre a Mobensani e muito mais na palma de sua mão.

A Assessoria Econômica do Sindipeças e Abipeças conclui as estimativas para o desempenho deste ano e as projeções para 2012. No ano que vem, as vendas do setor, em dólares, devem permane-cer praticamente estáveis, com leve crescimento de 0,3%. Em reais, o crescimento pode che-gar a 4,7%. Em relação ao atual momento da balança comercial do setor, de janeiro a agosto, o

défi cit brasileiro de autopeças cresceu 30% sobre o resulta-do de igual período de 2010, e chegou a US$ 3,2 bilhões. As exportações somaram US$ 7,36 bilhões e as importações, US$ 10,57 bilhões. A Argenti-na manteve o primeiro lugar na lista dos maiores importadores das autopeças brasileiras e os Estados Unidos, o dos princi-pais mercados de origem dos produtos importados.

Mobensani tem aplicativo para iPhonee iPod

O Sincopeças de São Pau-lo informa que o Diário Ofi cial da União publicou no último dia 12 de setembro de 2011 a solução consulta nº 41 fi rma-da pela Secretária da Receita Federal, sustentando estar re-duzida a 0% (zero por cento) a alíquota de PIS/COFINS relati-va à venda de autopeças rea-lizadas pelo comerciante vare-jista e atacadista, mesmo que

a empresa esteja sujeita à sis-temática cumulativa, e desde que os produtos tenham sido adquiridos no mercado inter-no. O Sincopeças-SP lembra que as “soluções consulta” foram criadas pela Receita para oferecer mais seguran-ça jurídica aos contribuintes na medida em que se tornam orientação aos fi scais, vincu-lando em decisões futuras.

Rede Âncora se reúne na Autonor

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mercado outubro de 2011

Nissan anuncia fábrica no Rio de Janeiro

Timken reestrutura operações para dobrar faturamentoA Timken projeta dobrar seu faturamento no Brasil até 2016. A empresa realizou um proces-so de reestruturação e investi-mento em suas operações no país e, com isso, espera já para 2011 crescimento de 100% nas vendas em comparação a 2009. “A Timken traçou uma estratégia de negócios no Brasil que já deu resultado e vai ampliar ainda mais o valor dos negócios da empresa no mercado doméstico”, diz Wagner Benson, diretor geral da Timken do Brasil. A empresa está presen-te em um dos segmentos que é um dos principais indicadores de atividade econômica: o transporte rodoviário de cargas, res-ponsável por mais de 60% das mercadorias entre-gues em todo o país. No mercado automotivo, estima-se que o segmento de caminhões pode registrar um cres-cimento em 2011

em torno de 17%. “A Timken fornece rolamentos de roda e de transmissão aos principais siste-mistas que abastecem os seto-

res onde atuamos”, diz Luiz Boccato,

gerente de Ven-das Automo-tivo OE e Fo-ra-de-Estrada.

Montadora produz atualmente na planta da Renault, no Paraná

Tonini abre � lial em São PauloA distribuidora Tonini, es-pecializada em peças para motores, está abrindo uma filial em Campinas (SP). Com a nova unidade, a empresa atenderá com mais eficiência os seus clientes, disponibili-zando um número de telefo-ne local sem custo de inte-

rurbano. Haverá, ainda, duas formas de liberação dos pro-dutos: retirada na filial em horário comercial e serviço de entrega personalizado para toda a região metropoli-tana. A nova unidades fica na Avenida Ana Beatriz Bierrem-bach, 175, Vila Mimosa.

mento em suas operações no país e, com isso, espera já para 2011 crescimento de 100% nas vendas em comparação a 2009. “A Timken traçou uma estratégia de negócios no Brasil que já deu resultado e vai ampliar ainda mais o valor dos negócios da empresa no mercado doméstico”, diz Wagner Benson, diretor geral da Timken do Brasil. A empresa está presen-te em um dos segmentos que é um dos principais indicadores de atividade econômica: o transporte rodoviário de cargas, res-ponsável por mais de 60% das mercadorias entre-gues em todo o país. No mercado automotivo, estima-se que

res onde atuamos”, diz Luiz Boccato,

gerente de Ven-das Automo-tivo OE e Fo-ra-de-Estrada.

Benson destaca os resultados obtidos

já em 2011

A montadora japonesa Nis-san investirá US$ 1,5 bilhão na construção de sua primei-ra fábrica no estado do Rio de Janeiro. O anúncio foi feito por seu presidente, o brasilei-ro Carlos Ghosn. A planta terá produção estimada de 200 mil

veículos por ano e deve gerar dois mil empregos diretos e pelo menos outros dois mil in-diretos. A marca não tem fábri-ca própria no Brasil e produz dois modelos de veículos no complexo da sócia francesa Renault, no estado do Paraná.

A produção na nova fábrica, que será construída na cidade de Resende, começará no pri-meiro semestre de 2014. Com a planta, a Nissan espera pas-sar de uma fatia de 1,7% no mercado brasileiro hoje para pelo menos 5% em 2016.

Keko inaugura parque industrial em Flores da CunhaA Keko Acessórios inaugu-rou ofi cialmente em 7 de outu-bro seu novo complexo, com 21 mil m2 de área construída em um loteamento de 190 mil m2 no município gaúcho de Flores da Cunha. A estrutu-ra foi planejada para atender a expansão da companhia – que vem crescendo numa taxa média de 29% ao ano – e as demandas crescentes do setor automotivo. Nela foram investidos R$ 35 milhões. O parque fabril irá proporcionar ganhos de produtividade e de logística ao concentrar num espaço único todas as ope-rações, até então espalhadas

em três unidades na cidade de Caxias do Sul (RS). Tam-bém permitirá a duplicação da capacidade instalada nos segmentos atuais e a abertura

de espaço para o desenvolvi-mento de novos projetos. Os atuais 430 empregos diretos devem se aproximar de 500 até dezembro.

Estrutura adota o conceito

de produção enxuta, o lean

manufacturing

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feira outubro de 2011

Feira pernambucana é destaque no calendário do mercado de reposição este ano

Autonor espera 60 mil visitantes em 2011

Grandes marcas mostram produtos e serviços no evento

Por Redação Novo Meio [email protected] Fotos Divulgação

A força do nordeste bra-sileiro mais uma vez poderá ser vista no principal evento do mercado independente de manutenção de veículos na região. Entre os dias 26 e 29 de outubro, o Centro de Convenções de Pernambuco, em Recife, recebe a Autonot 2011 – Feira de Tecnologia Automotiva do Nordeste. Para esta edição, a sexta, os organizadores preveem um público visitante na casa das 60 mil pessoas, que conhe-cerão os produtos e serviços apresentados por aproxima-damente 450 expositores.

Ao longo deste século, o crescimento registrado a cada edição vem consolidan-do a Autonor como a segunda maior feira do setor no país, atrás apenas da Automec, realizada a cada dois anos em São Paulo. A feira tem crescido não apenas devido ao bom momento da indús-tria nacional de veículos, mas também porque Pernambu-co tem se consolidado cada vez mais como polo distri-buidor de autopeças – todas as grandes empresas estão representadas no estado, di-vidindo o mercado também

com as forças regionais.A localização estratégica do estado de Pernambuco, com área de influência abrangen-do os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Maceió, proporciona condições ade-quadas para que distribuido-res, lojistas e representantes comerciais desses estados visitem a feira de maneira efetiva, vindo individualmen-te ou em caravanas. A feira é uma promoção e realização da Autonor Empreendimen-tos e Consultoria. Mais de-talhes podem ser obtidos no site www.autonor.com.br.

O que você encontra na Autonor

• Autopeças

• Acessórios

• Máquinas, equipamentos e serviços para indústria au-tomotiva, concessionárias, ofi cinas mecânicas, postos de serviços, transporte e armazenagem de cargas, retífi -cas, pintura, solda, máquinas, vulcanização e recauchu-tagem de pneus

• Ferramentas

• Testagem mecânica, automação e robotização

• Alinhamento

• Informática

• Óleos, aditivos e outros componentes para lubrifi cação

• Bancos

• Entidades fomentadoras do segmento

• Publicações e marketing

• Serviços

A Autonor 2011 conta-rá com 300 estandes, que reunirão aproximadamente 450 expositores. Muitas das principais marcas do merca-do brasileiro de manutenção automotiva mais uma vez estarão apresentando seus produtos e serviços na feira. A Gates, por exemplo, par-ticipará de evento em clima de aniversário: a empresa comemora seu centenário exatamente neste mês de outubro e quer envolver to-dos os visitantes na festa A empresa apresentará em seus estande os últimos lan-çamentos em correias, ten-sionadores, polias, manguei-

ras e kits, além de conversar com as equipes de vendas, assistência técnica e marke-ting. Os reparadores pode-rão participar, gratuitamente, do ciclo de palestras técni-cas da Gates, que terá dois treinamentos por dia.Já a Mastra destacará seus catalisadores, escapamentos e lançamentos, como a nova linha Fiat Uno Mille Economy e GM Vectra Sedan e GTX 2009. O conhecimento da legislação permite a empresa empregar nas peças a origi-nalidade e a tecnologia espe-cífi ca para cada automóvel. Outra marca presente à feira é a DHB Componentes Au-

tomotivos. Para esta edição, a empresa apresentará sua linha completa, com desta-que para as bombas hidráuli-cas para veículos comerciais leves, e o carro em corte DHB System, protótipo que apresenta o funcionamento do sistema de direção.No estande da DPL, os visi-tantes da Autonor encontra-rão foco na linha de injeção eletrônica e elétrica. Neste ano, a empresa já lançou bombas de combustível, bi-cos injetores, bobinas de ig-nição, sensores de rotação, velas e palhetas. As princi-pais novidades poderão ser conferidas na feira.

Autonor em números

EDIÇÕES VISITANTES EXPOSITORES

2001 10.000 70

2003 20.000 120

2005 30.000 190

2007 37.000 270

2009 45.000 350

PREVISÃO PARA 2011

2011 60.000 450

2011

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feira outubro de 2011

Feira retrata expansão pernambucana

Investimentos em Pernambuco

Frota 2010

• REFINARIA ABREU E LIMA: investi-mento de US$ 4,05 bilhões e expectativa de criação de 230 mil postos de trabalho.

• ESTALEIRO ATLÂNTICO SUL: in-vestimento de R$ 670 milhões e ex-pectativa de criação de 27 mil postos de trabalho.

• POLO PETROQUÍMICO DE SUAPE: investimento de R$ 700 milhões, ge-rando 400 empregos. O polo conta com a junção das empresas âncoras Citepe e Petroquimica-Suape, so-mando investimentos de US$ 862 mi-lhões e capacidade de gerar 1,3 mil empregos diretos, 42,9 mil indiretos e 4,5 mil na construção.

• POLO FARMACOQUIMICO: Hemo-bras, Lafepequimica e Novartis. Investi-mento de US$ 500 milhões da Novartis deverá gerar 500 empregos diretos.

Automóvel 850.633

Caminhão 68.389

Caminhão trator 7.430

Caminhonete 101.102

Camioneta 54.302

Micro-ônibus 10.540

Motocicleta 577.278

Motoneta 53.885

Ônibus 13.666

Trator de rodas 179

Utilitário 6.707

Outros 30.278

Total de Veículos 1.774.389

Luiz Marins é antropólogo e consultor. Autor de 23 livros sobre gestão empresarial. Tem programas de TV na Rede Vida e Rede Bandeirantes.

ARTIGO

outubro de 2011

O tempo voa! Essa constatação deve nos fazer pensar em como usar melhor o tempo ou, como dize-mos, em como não “perder tempo”.Nossa inteligência existe para nos fazer distinguir, discernir, saber o que é essencial, importante e acidental em nossa vida frente aos nossos ob-jetivos, isto é, o que cada um de nós deseja para sua própria vida.Essencial é aquilo que devo fa-zer em primeiro lugar. É aquilo que me levará mais rápido em di-

reção ao que desejo da vida na-quele momento presente em que estou fazendo o discernimento.Importante é o que devo fazer, mas só depois de ter feito o que eu havia considerado antes como essencial.E acidental é aquilo que só irei fazer depois de ter feito o que eu havia antes considerado como importante e como essencial.A todo instante devemos nos perguntar se aquilo que estamos fazendo é essencial, importante ou acidental, para que possamos nos concentrar nas coisas essen-ciais e não nas coisas acidentais. O tempo passa e há pessoas que só fazem coisas acidentais ou até mesmo importantes, mas nunca

as coisas essenciais que as leva-rão à felicidade ou ao sucesso.Assim, quando chegamos ao trabalho devemos nos pergun-tar: o que é essencial agora? Ao chegarmos em casa, de volta do trabalho, a mesma pergunta deve ser feita: o que é essencial ago-ra? Será brincar um pouco com seus filhos? Abraçar sua esposa ou seu marido? Uma vez a inteli-gência nos tendo apontado o que é essencial, devemos dominar a

vontade para fazer esse essencial e não fugir dele para coisas aci-dentais. Muitas pessoas querem vencer no trabalho ou ter uma vida familiar feliz, mas deixam de fazer as coisas essenciais para que tudo aconteça. Lembre-se que a nossa felicidade ou sucesso dependem das esco-lhas que fazemos na vida. Temos que saber o que queremos, quais são os nossos motivos maiores ou a nossa “motivação” e nos concentrar nas coisas essenciais que nos farão chegar onde dese-jamos. Não podemos perder tem-po com coisas acidentais que nos desviam do caminho.Pense nisso. Sucesso!

As coisas essenciais da vida

Muitas pessoasquerem vencer no trabalho ou ter uma vida familiar feliz, mas deixam de fazer as coisas essenciais para que tudo aconteça

A localização estratégica de Pernambuco faz com que o es-tado atraia cada vez mais o inte-resse de investidores brasileiros e estrangeiros. Com 184 muni-cípios distribuídos em uma área de 98,5 mil km² e uma popula-ção de 8,15 milhões de habitan-tes, Pernambuco se consolidou como centro logístico do nordes-te, concentrando e distribuindo um completo leque de produtos e serviços para os demais esta-dos da região.Outra consequência da expansão econômica do estado é o cresci-mento e a diversifi cação da frota, o que tem favorecido o mercado de manutenção de veículos e fei-to com que as atenções se vol-tem cada vez mais para eventos com o alcance da Autonor.A força de Pernambuco tam-bém pode ser medida pelos crescentes investimentos no

estado, que terá 15 novas in-dústrias, com investimentos de R$ 675 milhões e geração de 3.361 empregos diretos. E 60% destas empresas serão instala-das fora da região da Grande Recife, representando inves-timentos de R$ 430 milhões e 2.198 empregos. Do total de 397 empreendimentos anuncia-dos entre 2007 e 2011, 150 se consolidaram no interior, com investimentos de R$ 3 bilhões e gerando 18.836 empregos.Quanto aos próximos passos de crescimento no estado, um

bom exemplo é o consórcio Pe-trobras-Petrogal, que arrematou por R$ 7,6 milhões licença para exploração do subsolo pernam-bucano. No total, serão investi-dos R$ 90 milhões, gerando 640 novos empregos. Outro grande empreendimento confi rmado é a nova planta termelétrica de co-que verde de petróleo do Com-plexo Industrial Portuário de Su-ape. A unidade terá capacidade de 265 megawatts, com aporte de capital estimado em US$ 250 milhões, gerando um total de 600 novos empregos.

Capital Recife

População 2010 8.796.448

Área (km²) 98.146,315

Densidade demográfi ca (hab/km²) 89,63

Número de municípios 185 Font

e: IB

GE

Fonte: Ministério da Justiça, Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN - 2010. NOTA 1: Atribui-se zeros aos valores dos municípios onde não há ocorrência da variável. NOTA 2: Atribui-se a expressão “Dado não informado” às variáveis onde os valores dos municípios não foram informados.

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outubro de 2011

Delfi m Calixto é o novo vice-presidente do Aftermarket

indústria Por Patrícia Malta de Alencar [email protected] Foto Divulgação

Bosch faz 125 anos e tem novo comando

Empresa prevê crescimento na América Latina

A divisão Automotive Aftermarket também tem uma cara nova. Del-fi m Calixto assumiu o cargo an-tes ocupado por Ruediger Saur, que retornou à Alemanha para comandar a diretoria mundial de

fi ltros. Calixto trabalha no Grupo Bosch desde 1989 e desenvol-veu toda a sua carreira na divisão Automotive Aftermarket, ocupan-do cargos na Alemanha, Brasil, Argentina e no México, onde

era diretor do Aftermarket desde 2008. O executivo é formado em Administração de Empresas com habilitação em Comércio Exterior e pós-graduado em Gestão Es-tratégia de Negócios.

Para o fechamento de 2011, a Bosch espera manter na região o mesmo ritmo de crescimento do último ano, mas com elevação no faturamento na ordem de 8%, valor superior ao crescimento médio do PIB na América Latina. Em 2010, foram R$ 5,3 bilhões em vendas, sendo R$ 4,5 bilhões provenientes do Brasil (85%) e 73% do setor au-tomotivo – no mundo, o setor re-presenta 59%. Nos últimos cinco anos, o Grupo Bosch investiu na América Latina R$ 362,2 milhões em ativos fi xos. Em 2011, a expectativa é de in-vestimento de R$ 103,4 milhões. O setor automotivo receberá a maior parte, com foco na expan-são da capacidade produtiva e na instalação de novas linhas de

produtos como sensores de pres-são e temperatura; bobinas de ig-nição e corpos de borboleta, para o mercado interno e exportação. “Mais de 90% dos investimentos virão para o Brasil porque as li-nhas de produção estão quase todas aqui”, explica Besaliel Bo-telho, novo presidente do grupo para a América Latina.A empresa ainda pretende diversifi -car os negócios na região e investir em mineração, energia e petróleo. No segmento de energia, a Bosch inicia as atividades da divisão Solar Energy, com geração de energia elétrica por meio de placas fotovol-taicas. A partir de 2012, a Bosch quer instalar uma fábrica de cole-tores solares para aquecimento de água. Segundo Botelho, o inves-

timento em energias alternativas é uma tendência. “O veículo do futu-ro é o veículo elétrico. A questão é quando será esse futuro em escala. Em 2020, cogitamos que 95% dos veículos ainda tenha propulsão in-terna”, afi rma.Em Pesquisa & Desenvolvimento, a empresa manterá o patamar de investimento em 4% do fatu-ramento da região, destinados principalmente às novas tecnolo-gias para o uso de combustíveis alternativos e, em 2012, à instala-ção da linha de produção do ABS geração 9 e ESP – Programa Ele-trônico de Estabilidade, na qual planeja investir cerca de R$ 22 milhões. A expectativa, nas pala-vras de Botelho, é atender todo o mercado nacional em 2014.

Gigante mundial de autopeças apresenta novo presidente e vice-presidente executivos e vice-presidente de aftermarketA Bosch comemora em 2011 125 anos de existência e 150 anos do nascimento de seu fundador, Robert Bosch. Nada melhor do que co-memorar as datas com novidades. E elas são muitas para o grupo na América Latina. Sucedendo o presi-dente Andrea Nobis, que se aposen-tou, o engenheiro Besaliel Botelho assumiu a presidência em outubro. Graduado em Engenharia Eletrôni-ca e Telecomunicação e com MBA, Botelho iniciou sua carreira no Grupo Bosch em 1985, atuando nas áreas

de engenharia e desenvolvimento do produto e vendas técnicas. Desde 2006, ocupava a vice-presi-dência executiva da empresa. Em paralelo, o executivo foi diretor do Sindipeças e presidente da SAE.No cargo deixado por ele, assume o administrador de empresas Wol-fram Anders. O novo vice-presidente executivo, alemão de Ludwigsburg, dedica-se à empresa desde 1986, onde já atuou em diversas áreas ad-ministrativas e comerciais, tanto na Alemanha como na Espanha. Sua

última posição, antes da chegada ao Brasil, foi como diretor de vendas da fábrica em Ansbach, Alemanha, cargo que ocupava desde 2006.

O engenheiroBesaliel Botelho é o novo presidente da

Bosch América Latina

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outubro de 2011

Prestação de serviços traz forte valor à marca

indústria Por Robson Breviglieri [email protected] Foto Divulgação

Vice-Presidente da Veyance Technologies completa 35 anos na empresa

A Veyance é baseada em quatro pilares: mineração, petróleo, agrícola e indústria de transformação, que in-clui o setor automotivo (as mesmas fábricas produzem correias automo-tivas e produtos para indústria de transformação com a mesma tecno-logia). Há três anos começou a atuar no setor de serviços, com presença signifi cativa no norte e nordeste. “Prestamos serviços de manuten-ção e instalação de correias trans-portadoras”, diz Renaldo Calderini.No seu entender, a prestação de ser-viço agrega valor. Por isso, a empresa começou a desenvolver ações espe-ciais para a reposição. “Ano passado treinamos 5.000 mecânicos. Temos que especializar o reparador porque é impossível hoje alguém conhecer todas as marcas. Já existem ofi cinas especializadas em carros franceses ou japoneses. É uma tendência e nós temos que acompanhar”. A Veyance fabrica mais de 1.000 itens automotivos com a marca Goodyear Engineered Products, para veículos leves e pesados, e 21.000 para o segmento industrial.

Renaldo Calderini entende que a frota está se renovando, modernizando e a reposição tem que ser cada vez mais especiali-zada, mais focada em tecnologia do que simplesmente na troca de peças. “Hoje não dá mais para fazer isso. Você até pode colocar uma correia de segunda linha em alguma máquina de lavar, mas no seu carro você não coloca. Ninguém vai querer fi car na rua por uma pequena diferença de preço. Estamos sempre focando em alta tecnologia, para que a durabilidade dos nossos produ-tos seja maior que a concorrên-cia, mesmo porque não há nesse

mercado um concorrente de se-gunda categoria”, comenta.O executivo lembra que até pouco tempo as montadoras demoravam cinco anos para desenvolver um carro, que fi -cava dez anos na linha. “Hoje se desenvolve um modelo em menos de um ano e temos que acompanhar essa evolução. Por isso, temos que fortalecer todo o mercado de reposição, treinando e especializando seus profi ssionais”, alerta.Neste ano, a empresa já lançou a linha de tensionadores. Outro seg-mento em que prepara novidades é o de molas pneumáticas.

Com foco na reposição, Renaldo Calderini dedica especial atenção à prestação de serviços e qualifi cação dos profi ssionais do mercadoDo chão da fábrica ao comando da empresa, assim começou e se-gue vigorosa a trajetória de Renaldo Calderini, vice-presidente e gerente geral América Latina da Veyance Technologies, fabricante da marca Goodyear Produtos de Engenharia. Calderini tem impulsionado a expan-são da empresa para setores até en-tão inexplorados, como a prestação de serviços e a qualifi cação de pro-fi ssionais do mercado de reposição.Em 1º de novembro, Calderini

completa 35 anos de empresa. “Comecei na tecelagem que fazia tecidos para pneus e correias. De-pois passei para a área de produ-tos de engenharia, produção, área técnica, de desenvolvimento”.Calderini é engenheiro mecânico e cursou marketing nos EUA, com es-pecialização em planejamento estra-tégico e recuperação de emprego.A Veyance tem 32 fábricas pelo mundo. Calderini é responsável pela região da América Latina, com uma

fábrica na Venezuela, uma no Chi-le e três no México. No Brasil são seis fábricas, um centro de distri-buição, e 1.350 funcionários. “Fa-bricamos correias transportadoras, mangueiras industriais, correias em V, automotivas e industriais, molas pneumáticas para suspensão de caminhões e ônibus, e serviços. E quando me perguntam qual o nosso foco, digo que somos especializa-dos em transporte. Esse é o nosso negócio”, exalta.

Aftermarket cresce, mas precisa se especializar

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Para chegar sempre novo ao leitor, somente se aliando com quem pensa à frente. Formando uma equipe liderada por especialistas no setor.Recebendo apoio de entidades e órgãos regulamentadores.Dividindo as páginas da publicação com grandes marcas. Unindo tudo isso para levar o novo a um mercado que não para de se reinventar.

Equipe com quase duas décadas de especialização

no aftermarket

Profi ssionais

Entidades

Parceria consolidada com associações

e dirigentes

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Novo Varejo. Sempre Novo.

leitornovo

Entidades

Parceria consolidada com associações

e dirigentes

Marcas

Ações de comunicação com as principais

empresas do setor

®®®®®®®

leitornovo

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38

outubro de 2011

Na edição passada, revelamos as marcas vencedoras do Prêmio Inova 2011 – Indústrias do Novo Varejo. Para a realização deste trabalho, foram entrevistados 500 varejistas predominantemente de componentes para veículos leves em todo o Brasil. A eles foram feitas 25 perguntas para que in-dicassem, segundo percepção e critérios próprios, a melhor indús-tria de autopeças em cada um dos quesitos pesquisados. O objetivo do estudo foi detectar os fabricantes que mais se desta-

cam no mercado através dos seus serviços e produtos.Mas a pesquisa Inova permi-te também apurar alguns fatos e tendências do mercado por meio de perguntas complementares ao questionário principal. Uma dessas perguntas investiga os principais atributos considerados pelos vare-jistas no momento da escolha dos produtos que irá oferecer em sua loja. Não se trata de uma pesquisa formal, mas sim de uma consulta. Ao entrevistado, foi permitido apon-tar apenas um ou mais fatores, por

ordem de importância, a partir dos seguintes atributos: atendimento, marca, qualidade e preço.Com o objetivo de oferecer mais parâmetros para a evolução do mercado brasileiro de manuten-ção de veículos, apresentamos nesta edição os resultados des-ta consulta, divididos por região. Com esses indicadores, os fabri-cantes e distribuidores de autope-ças ganham mais elementos para desenvolver estratégias que aten-dam as expectativas dos clientes varejistas em todo o país.

Pesquisa Inova 2011 apurou os fatores mais valorizados pelo varejo no momento de abastecer seus estoques

Qualidade determina compra dos varejistas

Por Claudio Milan [email protected]

SulAtributo (%)Qualidade 22,62

Marca 19,05

Preço/Qualidade 13,10

Preço 11,90

Preço/Marca 9,52

Preço/Atendimento 5,95

Preço/Qualidade/Atendimento 4,76

Atendimento 3,57

Marca/Qualidade 2,38

Marca/Atendimento 2,38

Preço/Marca/Qualidade 1,19

Qualidade/Atendimento 1,19

Marca/Qualidade/Atendimento 1,19

Preço/Marca/Qualidade/Atendimento 1,19

TOTAL 100,00

Nordeste Atributo (%)Qualidade 33,33

Preço/Qualidade 13,64

Atendimento 10,61

Marca 7,58

Qualidade/Atendimento 7,58

Marca/Qualidade/Atendimento 6,06

Preço/Marca 4,55

Preço/Qualidade/Atendimento 3,03

Preço 3,03

Preço/Marca/Atendimento 3,03

Marca/Qualidade 3,03

Marca/Atendimento 1,52

Preço/Marca/Qualidade/Atendimento 1,52

Preço/Atendimento 1,52

TOTAL 100,00

pesquisa

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pesquisa outubro de 2011

Centro-OesteAtributo (%)

Marca 28,89

Qualidade 24,44

Preço/Qualidade 20,00

Preço 15,56

Atendimento 4,44

Preço/Atendimento 4,44

Preço/Marca 2,22

TOTAL 100,00

Norte Atributo (%)Qualidade 53,85

Atendimento 15,38

Preço/Qualidade 11,54

Preço 11,54

Preço/Atendimento 3,85

Marca 3,85

TOTAL 100,00

SudesteAtributo (%)Qualidade 27,46

Marca 16,55

Preço/Qualidade 15,85

Preço 8,10

Atendimento 6,34

Preço/Atendimento 5,28

Qualidade/Atendimento 4,93

Preço/Qualidade/Atendimento 3,87

Preço/Marca/Qualidade/Atendimento 3,17

Preço/Marca 3,17

Marca/Qualidade 1,76

Marca/Qualidade/Atendimento 1,76

Preço/Marca/Qualidade 0,70

Preço/Marca/Atendimento 0,70

Marca/Atendimento 0,35

TOTAL 100,00

Acordos de gavetaA cada dia torna-se mais importante para o empregador conhecer a legis-lação trabalhista do país. O Brasil é campeão em ações trabalhistas e isto ocorre, muitas vezes, pela total falta de conhecimento de quem contrata.Como profi ssional de RH, confesso que constantemente me vejo consultando a CLT e Convenções Coletivas de Trabalho, pois me vejo diante de situações que fo-gem ao que é previsto pela legislação.Acordos entre empregado e empre-gador que foram aceitos pelas partes envolvidas, ferindo a CLT, convenções e às vezes até a Constituição Federal mar-cam inúmeros confl itos nas empresas. Quero ilustrar citando aqueles em que o empregado abre mão do direito às horas extras e opta pelo banco de horas. Tais acordos ferem o princípio da irrenuncia-bilidade, em que o empregado não pode renunciar ao direito do recebimento por

horas extras através de acordo individual. Também é comum o empregador mudar a função do empregado sem alterá-la na Carteira de Trabalho. Neste caso, o empregado atua em um cargo e recebe por outro. Isso também fere o princípio da primazia da realidade, em que o contrato-realidade se sobrepõe ao documento for-mal. As anotações em carteira são consi-deradas provas relativas, não absolutas. Assim, prevalece a realidade dos fatos.Nossos juízes, em vários casos, optam pela lei mais favorável ao empregado. Ele é considerado a parte mais fraca econo-micamente e a lei do trabalho tem como objetivo protegê-lo. Perante a lei, o em-pregador é aquele que assume os riscos econômicos do negócio. Ele só pode re-passar ao empregado prejuízos do negó-cio se comprovado dolo ou culpa, sendo esta prevista em cláusula contratual.Só poderá alterar o salário do empregado em situações de desconto de adianta-

mento de salário e pagamento de pensão alimentícia, decretada por meio de deter-minação judicial. Nestes casos a Justiça tem determinado a penhora.São muitos os casos que podem gerar ações na Justiça, pois acordos de ga-veta não têm valor legal. Tudo é bom, enquanto atende aos interesses de ambas as partes. Mas sabemos que as relações de trabalho são marcadas por confl itos, onde quem remunera acre-dita que paga muito e quem recebe acredita que ganha pouco.Para que possamos exigir posturas profi ssionais, precisamos adotá-las em nossa prática de contratação. Já presenciei empresários tendo que pa-gar mais do que deveriam por opta-rem por não seguir a legislação.No caso das empresas varejistas, vale atenção aos acordos da ca-tegoria, dissídios e pisos salariais,

pagamentos de comissões, pre-miações e jornadas de trabalho ex-cessivas, sem pausa de no mínimo uma hora em jornadas de oito horas diárias. É preciso ainda atenção às contratações sob a forma de tercei-rização, que só são válidas para fins de execução de “atividades meio e não atividades fim da empresa”.Temos ainda inúmeras empresas que mantêm os chamados contratos fl ex de trabalho, onde há pessoas contratadas pela CLT e outras como consultores (PJ) trabalhando sob regime de subordina-ção, habitualidade, remuneração e pes-soalidade. Pode parecer economia para o empregador, mas resultar no contrário.As relações pessoais devem dar espaço às relações contratuais, em que ambos acordam sobre direitos e deveres que deverão estar claros nos regulamentos internos das em-presas, CLT e convenções.

ARTIGO

O empregado não pode renunciar ao direito do recebimento por horas extras através de acordo individual

Vânia Lúcia de Oliveira é consultora organizacional, MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e Executive Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching.

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Mais de 10 mil Ducato rodam

pelas ruas brasileiras

lançamentos outubro de 2011

Velas Super Plus Premium Bosch ganham nova embalagem

BorgWarner lança corrente para motor GDI da Hyundai e Kia

A linha de velas Super Plus Premium da Bosch está de embalagem nova. O principal diferencial em relação à anterior são as informações importantes para a instalação do produ-to, apresentadas de forma mais atrativa e prática. As embalagens agora trazem, por exemplo, uma tabela

detalhada de instalação e de torque correspondente para facilitar o dia a dia do aplicador. A Super Plus Pre-mium é uma linha de velas multicombustível que traz eletrodo com V-Groove, que facilita a ignição sob quaisquer condições e ga-rante partidas mais seguras e rápidas.

Chegou ao mercado de reposição a nova correia Dayco para as linhas de furgões Fiat Ducato, Peugeot Boxer e Citroën Jumper. A correia 7PK1070 é para aplicação no virabrequim, alterna-dor e direção hidráulica do motor 2.3 16V turbo diesel do Fiat Du-cato e dos motores 2.3 16V HDI do Citroën Jumper e Peugeot Boxer – para os três veículos produzidos a partir de 2010. Se-gundo pesquisa da Jato, existe no país uma frota de aproxima-damente de 10.200 veículos Fiat Ducato, 3.900 Peugeot Boxer e 2.300 veículos Citröen Jumper.

42

Valclei traz válvula termostática do Zetec Rocan FlexEmpresa especialista em pro-dutos para sistema de arrefeci-mento, a Valclei lançou a válvula termostática do motor Ford Ze-tec Rocan Flex, uma solicitação

constante dos aplicadores e lo-jistas em feiras, eventos e pales-tras realizadas pela marca. Atual-mente, são mais de 300 itens na linha de válvulas termostáticas.

Item vinha sendo solicitado por varejistas

e aplicadores

Novos produtos Dayco para furgões Fiat, Peugeot e Citroën

A BorgWarner lançou uma nova corrente, do tipo “si-lent”, da árvore contrarro-tativa de balanceamento do motor Theta II de quatro cilindros, gasolina, injeção direta (GDI) e turbocom-pressor. O produto é desti-nado aos modelos Hyundai Sonata, Kia Sorento, Kia K5 e Kia Sportage. Projetada para as difíceis condições – esforços extremos e altas temperaturas – dos motores GDI, a corrente proporciona

baixos níveis de ruído, de vibração e aspereza (NVH), além de maior durabilidade, quando comparada às cor-rentes de roletes existentes com a mesma fi nalidade. Além da corrente silencio-sa, para os motores Theta II do Hyundai Sonata e do Kia Sorento, Kia K5 e Kia Spor-tage, a BorgWarner também fornece os componentes da árvore de balanceamento, incluindo tensionador, bra-ços de controle e guias.

Cada vez mais comuns nas ruas, veículos coreanos recebem atenção

do mercado de reposição

Kits de rolamento e comando de válvulas são novidades da DecarFabricante de autopeças fun-dada em 1945 e que atua com a própria marca DC desde 1977, a Decar lança na reposição seu kit de rolamentos da roda. A nova linha vem com tudo o que é necessário para o aplicador realizar seu trabalho: como ro-lamento, retentor, anel elástico,

travas, porcas, cupilhas, para-fusos e graxa. Além das linhas de rolamentos, a Decar investe também em outros conjuntos, como o kit comando de válvulas GM com o jogo de retifi cação de válvulas, chamado de Kit Co-mando de Válvulas Plus. A maior vantagem dos produtos é ofe-

recer ao cliente todas as peças usadas na retifi cação de válvulas quando há necessidade de tro-car o comando. Especializada nas linhas de motor, câmbio, suspensão e freios para veículos leves, a empresa oferece mais de 25.000 itens para veículos nacionais e importados.

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A pesquisa da publicação que está sempre se reinventadotambém trará muitas novidades

Vem aí a nova pesquisa Os maiores e melhores em distribuição de autopeças

Sempre Novo.

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Desenvolvimento susten-tável é aquele que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem com-prometer a capacidade das gerações futuras de satisfaze-rem as suas próprias necessi-dades. Essa é a defi nição ex-posta no documento “Nosso futuro em comum”, um re-latório elaborado, em 1987, pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvi-mento e que tentava traçar novos rumos para o planeta. Desde então governos, cida-dãos e empresas – grandes e pequenas – têm adotado medidas e ações mais ou menos ostensivas que suge-rem uma conduta econômi-ca, social e ambiental mais

responsável – sim, porque, ao contrário do que muitos pensam, a questão não está relacionada apenas à preser-vação do meio ambiente. De fato, segundo a diretora executiva da Fundação Brasi-leira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), Clarissa Lins, o conceito pressupõe maior equilíbrio entre essas três dimensões – econômica, social e ambiental. Isto sig-nifica que só é viável pensar no desenvolvimento econô-mico de longo prazo se ele for socialmente inclusivo e ambientalmente neutro. “Há uma visão mais equilibrada dos três pilares de cresci-mento (lucro, pessoas e pla-neta), bem como uma visão

de longo prazo”. Clarissa Lins lem-bra, ainda, que o dever pelas práti-cas sustentáveis é tanto do setor privado, quanto do público e do próprio cidadão. O setor privado tem sua parte a cum-prir e, dependendo do país, está mais ou menos adian-tado. No caso do Brasil, ainda há muito a ser feito. Part icularmente, as pequenas e médias empresas do varejo ainda engatinham nas

sustentabilidade Por Adriana Chaves [email protected] Fotos Divulgação

Varejo tem papel importante no desenvolvimento sustentável do mercado

Recursos escassos não justi� cam falta de postura sustentável

Clarissa Linslembra que odever por práticas sustentáveis é de todos

ações e medidas, mas é váli-do ressaltar que há modelos que podem ser citados como referências nos mais diversos setores da economia.

AUTOPEÇAS No caso espe-cífico das lojas de autopeças, ainda são poucas as empre-sas que dão atenção neces-sária para as demandas do desenvolvimento sustentável. Mesmo assim, ações isola-das, partidas especialmente de varejistas que também oferecem serviços de aplica-ção de produtos ou manu-tenção de veículos já podem ser notadas. Essas ações, apesar de quase sempre vol-tadas para questões ambien-tais, já demonstram uma mu-dança de postura. E também há bons exemplos na área de responsabilidade social.O consultor do Sebrae Vad-son do Carmo, lembra que o conceito de desenvolvimento sustentável veio para ficar. “Essa não é uma tendência passageira. A sociedade já pressiona grandes empresas e governos e a empresa que ainda não se adequou preci-sa mudar de atitude”.E começa sempre assim, pe-los grandes. Mais cedo ou mais tarde, a pressão se es-tende a toda uma cadeia de negócios. É, portanto, ape-nas uma questão de tempo para que a cobrança por ati-tudes e ações sustentáveis também chegue à sua loja.

Vadson: empresas precisam procurar

novas práticas junto às entidades

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Para o consultor do Sebrae, Vadson do Carmo, a realidade das micro e pequenas empre-sas, inclusive aquelas do setor varejista de autopeças, é mui-to “cruel”, pois elas precisam estar todo tempo ligadas às suas atividades operacionais e, com isso, esgotam recur-sos, agenda e tempo, não ha-vendo condições para dedicar atenção a questões sociais. Ele lembra, porém, que nem todas as ações precisam de muitos recursos. ”É mais uma mudança de postura. É parar e olhar para o seu negócio”.Opinião semelhante tem Cla-rissa Lins, diretora executiva da FBDS. Segundo ela, um pequeno ou médio empre-sário pode buscar atitudes sustentáveis inicialmente me-dindo o impacto de suas ativi-dades no ambiente em que se encontra. “É preciso estabele-cer metas de redução dos im-pactos negativos e investir no desenvolvimento de soluções tecnológicas e ambientalmen-

te favoráveis, como reuso de água, efi ciência energética e logística reversa”. do Carmo lembra que há di-versos casos de empresas dos mais diferentes setores que buscaram conhecer detalhes de seus processos para apren-derem a reutilizar matérias-pri-mas, eliminando desperdícios, uma atitude que não requer maiores investimentos. “Às ve-zes é uma questão de organi-zação e de procurar novas prá-ticas junto a outras empresas e entidades que possam sugerir um novo caminho”.O empresário do varejo de autopeças e da reparação Odair Silva, da Autopotência, em Londrina, no Paraná, cita que foram poucos os gastos que fez para implantar boas práticas ambientais, ainda em 1992. Em relação a estes investimentos, ele defende que valeram a pena. “É um custo muito pequeno pelo benefício que você acaba fa-zendo para o ser humano”.

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Criar um braço social é ação de rápida aplicação pelo empresárioAs questões e os impactos sociais talvez sejam, entre os três vértices que apoiam o conceito de desenvolvimento sustentável, aqueles que mais rapidamente os empresários podem colocar em prática. Isso porque seus princípios sustentam ações que estão diretamente ligadas ao com-portamento da empresa pe-rante a sociedade. Essa pos-tura vai desde o cumprimento das legislações trabalhistas até ações que atingiam o entorno de onde a empresa está.A obediência às leis trabalhis-tas está relacionada, segundo o consultor do Sebrae, Vadson do Carmo, à geração de cida-dania e é tida como uma ques-tão chave da responsabilidade social no varejo. O entendimen-to é que nenhuma empresa é sustentável se, em seu próprio ambiente, aqueles que estão diretamente ligados a ela não

têm seus direitos respeitados. “Isso é algo ao alcance do va-rejo, que também tem que se preocupar com questões ergo-nômicas, condições adequa-das de trabalho, além de certa padronização de ações”. Outro ponto a considerar é a re-lação da empresa varejista com seu entorno. Nesse caso, inserir-se na sociedade, bairro e comu-nidade onde se encontra pode ser mais uma forma de auxiliar o ambiente. “Isso pode acontecer de várias formas, que vão desde trabalhos voluntários até a ado-ção de uma praça como forma de contribuir com a região”.

NORMA Após cinco anos de trabalho, que envolveu 450 es-pecialistas de 99 países, a Nor-ma Internacional de Respon-sabilidade Social, ISO 26000, foi publicada no dia 1º de novembro de 2010. Segundo o Inmetro, sendo uma norma

de diretrizes, sem o propósito de certificação, ela é aplicá-vel a todos os tipos e portes de organizações – pequenas, médias e grandes – e de todos os setores – governo, ONGs e empresas privadas.A norma define que responsa-bilidade social é a responsa-bilidade de uma organização pelos impactos de suas deci-sões e atividades na sociedade e no meio ambiente, por meio de um comportamento ético e transparente que contribua para o desenvolvimento sus-tentável, inclusive a saúde e o bem-estar da sociedade; leve em consideração as expecta-tivas das partes interessadas; esteja em conformidade com a legislação aplicável; seja con-sistente com as normas inter-nacionais de comportamento e esteja integrada em toda a or-ganização e seja praticada em suas relações.

Ações sociais inserem empresas

na comunidade

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Varejo ainda caminha a passos lentos, mas já há bons exemplosApesar de ainda serem poucos os exemplos de lo-jas de autopeças – com e sem serviços de aplicação – que mantenham um trabalho de responsabilidade social, alguns modelos existem e mostram como ações sim-ples fazem a diferença. Esse é o caso da Autopotência, em Londrina (PR), que realiza uma ação social e ambiental ao mesmo tempo.Um programa implantado na empresa faz com que todos resíduos gerados em todos os setores sejam recolhidos e ven-didos para empresas de reci-

clagem. “A receita conseguida com essa venda é repassada para os funcionários em forma de benefícios”, explica o pro-prietário, Odair Lopes da Silva. O empresário paranaense, em 1992, quando inaugurou a Au-topotência, mandou fabricar e instalar caixas coletoras (que não existiam na época). Silva acredita que a mentalidade dos empresários, em geral, está mudando. “Já existe uma conscientização quanto à res-ponsabilidade social em rela-ção à comunidade, funcioná-rios e ao meio ambiente”.Outro projeto que também

causou impacto ambiental e social na comunidade foi o programa de arborização da cidade de Paripiranga, na Bahia. Implantado pela Santa-na Auto Peças, o projeto teve apoio de outras empresas da cidade, que fi zeram doações em dinheiro para a compra de grades que protegessem as árvores. O projeto demorou seis anos e plantou centenas de árvores na região.Veja no quadro outros bons exemplos de empresas do mercado de autopeças in-vestindo em ações sustentá-veis de bons resultados.

Trabalhos com a comunidade

são exemplos de responsabilidade social

Programa Quem faz O que faz

Arborização dacidade deParipiranga

Santana Auto peçasParipiranga Bahia

O projeto da empresa visou arborizar a cidade baiana. A organização contou com a parceria de outras empresas, que doaram dinheiro para a compra de material para grades que protegessem as árvores. O trabalho começou em 1996 e, em 2002, a região escolhida estava totalmente arborizada.

Conjunto de ações de responsabilidade social

G&B Peças AlternativasGuarulhosSão Paulo

Convênio Apae: a empresa oferece às pessoas portadoras de necessidades especiais a oportunidade de integração à sociedade e sua inserção na empresa. Estes colaboradores passam por treinamento e acompanhamento para facilitar sua integração. A empresa mantém dois estagiários especiais.

Legião G&B: grupo de colaboradores voluntários que contribuem mensalmente auxiliando a comunidade de Guarulhos a melhorar as condições de vida na região. Entre as entidades já beneficiadas estão o Asilo Abrigo Ideal, a Escola Municipal Siqueira Bueno, a Associação Amigos da Sopa e a Apae de Guarulhos.

Responsabilidade social empresarial

Autopotência mecânica multimarcasLondrinaParaná

O programa tem tanto um cunho social quanto ambiental. A empresa, além de limpar toda a água que usa antes de enviar para o esgoto, recolhe todos os resíduos que gera como papel e plástico e vende para empresas de reciclagem. Todo o valor dessa receita é revertido para os funcionários em forma de benefícios.

Pescando o lixoRiffel Moto Peças BlumenauSanta Catarina

O Projeto Pescar surgiu da necessidade de ter uma atividade educacional transformadora voltada à comunidade na qual está fi xada. O projeto busca a formação educacional de jovens entre 15 e 18 anos que vivem em situação de pobreza e vulnerabilidade. O projeto tem quatro anos, já formou 81 jovens, sendo que 70% deles encontram-se trabalhando formalmente. O pescando o lixo é dividido em 4 etapas:

- Ofi cina de Brinquedos de Sucatas: os jovens separam alguns tipos de sucatas gerados na empresa, que antes eram enviados apenas para reciclagem, e transformam tais materiais em brinquedos educativos. Os jogos de damas, da velha, de ludo, de trilha, resta um e as panelinhas de latinhas de alumínio são entregues pelos jovens em escolas e/ou empresas prestadoras de serviço da Riffel.

- Lixeiras de Coleta Seletiva: os jovens pegam latas vazias, que eram apenas enviadas para reciclagem, pintam e identifi -cam; transformando-as em latas específi cas para coleta seletiva.

- Palestras de Conscientização dos Funcionários: os alunos preparam e ministram palestras sobre reciclagem de resíduos para os funcionários da empresa.

- Implantação do Projeto Pescando o Lixo: os jovens vão até escolas e/ou empresas prestadoras de serviço, proferem palestras de como implantar a coleta seletiva e instalam as primeiras lixeiras para incentivar todos a reciclar. Como incentivo, as empresas e alguns participantes recebem os kits de coleta seletiva e os brinquedos feitos de material reciclado para demonstrar que muito pode ser feito pelo meio ambiente e que podemos ainda tirar proveito destas atitudes.

O objetivo principal do projeto é conscientizar os alunos da importância da preservação ambiental através da reciclagem. Fazer com que eles sejam agentes de transformação e conscientização nas comunidades onde estão inseridos, visando o benefício das gerações futuras.

Fonte: FGV

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Voluntariado nasce de uma atitude cidadã que contagia uma empresaA distribuidora G&B, loca-lizada em Guarulhos (SP), é uma colecionadora de ações sociais, com destaque para a parceria com a Apae para a contratação de estagiá-rios. Uma forma de inserir jovens especiais no merca-do de trabalho. O destaque, no entanto, é para o grupo de voluntariado, o LGB – Legião G&B.O grupo é exemplo de como a ação de um cidadão faz a diferença. Em 2002, um funcionário ajudava na dis-tribuição de sopa em São Paulo para pessoas em si-tuação de risco. Ele decidiu montar uma ONG dentro da empresa, mas infelizmente, meses depois veio a falecer. Seus colegas, no entanto, decidiram levar seu ideal para frente. Um dos coor-denadores do grupo, Dori-val Garcia Jr., explica como

fazer um trabalho voluntário no mercado de autopeças.

Como funciona a LGB?Por meio do capital de aju-da, a empresa colabora mensalmente com um per-centual; e os funcionários, através de uma apresenta-ção do projeto, contribuem com o valor que podem. Também arrecadam recur-sos em eventos como bai-les, jantares e outros meios para arrecadar fundos.

Quem executa as tarefas? O grupo é composto por 12 voluntários. Entre outras funções eles convidam co-legas da empresa e amigos para participar dos eventos.

Quais as atividades execu-tadas? E de que forma?Primeiro é feita uma vistoria preliminar e então é marca-

da uma data para a refor-ma ou atividade necessá-ria, como aplicação dos 5S (práticas de certificação de qualidade).

Quem a LGB ajuda hoje? E de que forma?A Casa Bom Pastor, o pro-jeto Amigos da Sopa, o Centro de Amparo a Excep-cionais, com aquisição de produtos de limpeza, e ou-tras doações que aparecem ao longo do mês. Além dis-so, trabalha com o Conselho Municipal da Pessoa Idosa. Entre as ações da LGB des-tacam-se: as reformas do Abrigo Ideal, da Casa são Francisco de Paula, da Fun-dação Padre Reinaldo Cruz e do Asilo São Vicente de Paula. Doações de brinque-dos para a Casa de Davi e doação de alimentos para a Casa Kibô-nô-iê.

LGB: ações em favor de crianças e idosos

Conheça os 7 princípios da responsabilidade social, um dos pilares do desenvolvimento sustentável

Accountability (responsa-bilização): ato de respon-sabilizar-se pelas conse-quências de suas ações e decisões, respondendo pelos seus impactos na sociedade, na econo-mia e no meio ambiente, prestando contas aos órgãos de governança e demais partes interessa-das declarando os seus erros e as medidas cabí-veis para remediá-los.

Transparência: forne-cer às partes interessa-das de forma acessível, clara, compreensível e em prazos adequados todas as informações sobre os fatos que pos-sam afetá-las.

Comportamento ético: agir de modo aceito como correto pela sociedade – com base nos valores da honestidade, equidade e integridade, perante as pessoas e a natureza – e de forma consistente com as normas internacionais de comportamento.

Respeito pelos interesses das partes interessadas

(stakeholders): ouvir, con-siderar e responder aos interesses das pessoas ou grupos que tenham um interesse nas atividades da organização ou por ela possam ser afetados.

Respeito pelo estado de direito: o ponto de partida mínimo da responsabili-dade social é cumprir in-tegralmente as leis do lo-cal onde está operando.

Respeito pelas Nor-mas Internacionais de Comportamento: ado-tar prescrições de tra-tados e acordos inter-nacionais favoráveis à responsabilidade so-cial, mesmo que não haja obrigação legal.

Direito humanos: reco-nhecer a importância e a universalidade dos direitos humanos, cui-dando para que as ati-vidades da organização não os agridam direta ou indiretamente, ze-lando pelo ambiente econômico, social e na-tural que requerem.Fonte: Inmetro

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Desenvolvimento susten-tável e responsabilidade so-cial são temas com presen-ça constante nas páginas do Novo Varejo. Com a reporta-gem principal desta edição, o jornal inaugura uma edito-ria fixa sobre o tema. Vamos tratar mensalmente de ques-

tões sustentáveis, conceitos para a aplicação prática de novas ações comprometi-das com as tendências de gestão responsável e, espe-cialmente, apresentar exem-plos concretos do mercado brasileiro de manutenção automotiva. Você, leitor, está

convidado a sugerir pautas para está seção e mostrar aquilo que realiza em favor do desenvolvimento susten-tável de sua empresa e da sociedade como um todo. Envie as informações para nossa redação pelo e-mail [email protected]

Para começar, descubra impactos e proponha soluções O mercado de autopeças precisa estar mais atento a ações que promovam o desen-volvimento sustentável. Essa é a opinião do presidente do Sin-copeças de São Paulo, Fran-cisco De La Torre. “Está come-çando a nascer uma legislação voltada para o nosso segmento baseada na logística reversa. E isso será aprofundado, ou seja, num futuro muito próximo para tudo aquilo que vendermos, seremos responsáveis por re-colher os resíduos”. Entre a legislação a que se refere De La Torre destaca-se a lei 12.305, mais conhecida

como Plano Nacional de Resí-duos Sólidos (PNRS), que trata de processos e procedimen-tos sobre a correta destinação de resíduos dos mais diversos tipos, como embalagens plás-ticas e peças, por exemplo. O compromisso do varejo será fazer a coleta seletiva desse material descartado, inclusive aquele deixado ou levado pelo consumidor final. Para o consultor Vadson do Carmo, do Sebrae, o papel do pequeno e do médio empresá-rio ainda pode ser mais efetivo no que diz respeito à aplica-ção de uma gestão ambiental

que promova o uso racional de recursos naturais. “Uma ação que precisa avançar mais é o consumo consciente de energia. Buscar formas de reduzir o uso em todos os elos da cadeia, inclusive no varejo, é imprescindível”. O consultor do Sebrae aposta numa mudança gradativa da sociedade em relação às ques-tões ambientais. “Na Europa é comum o cidadão querer saber o que é feito no descarte de materiais e no uso de matérias primas. Ainda não é a cultura do brasileiro. Mas estamos ca-minhando para isso”.

RESUMO S.Y.L

Embora muitos relacionem desenvolvimento sustentável apenas à preservação do meio ambiente, o conceito é mais amplo e signifi ca satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades. No mercado de autopeças, tais atitudes responsáveis ainda estão restritas às grandes organizações. Mas é possível aos varejos também adotarem uma postura coerente com as mais avançadas práticas, bastando para isso dar o pontapé inicial, que pode ser a criação de um braço social na empresa.

Novo Varejo inaugura espaço � xo para a sustentabilidade

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Por Redação Novo Meio [email protected] Fotos Divulgaçãotecnologia

Principal evento brasileiro da mobilidade antecipa inovações e debate anualmente o futuro do automóvel

Produzido em acrílico e MDF (Medium Density Fiber-board – Fibra de Média Den-sidade), o carro conceito da TRW vem sendo exibido em grandes feiras internacionais e foi a atração do estande da empresa no SAE Brasil 2011. Do tamanho real de um auto-móvel de passeio, ele permite a visualização das mais avan-çadas tecnologias da empresa com foco na segurança ativa e passiva. Uma delas é o air

bag de teto. O carro também é equipado com air bags de joe-lho e de tórax; cintos de segu-rança com retratores; sistema elétrico de direção; sistemas de freio ABS; freio elétrico de estacionamento; sistema elétri-co de suspensão; volante inte-grado a sensores (avisa o mo-torista quando o carro sai da faixa, por exemplo); sistema de monitoramento da pressão do pneu; e a próxima geração de unidade de controle, projetada

com a máxima flexibilidade para permitir a integração de uma série de funções eletrônicas, incluindo sensores de air bags, cintos de segurança, sensores acústicos e sensores inerciais para o controle de estabilidade e de rolagem. Ainda no estan-de da TRW, os visitantes pu-deram apreciar o novo painel de controle sensível ao toque, com diversos aplicativos, entre eles os de conectividade: GPS, bluetooth e internet.

Air bags estão por todos os lados no carro conceito exibido na feira

E3D leva a direção elétrica aos consumidores de menor renda

Automóveis de entrada ganham direção elétrica DHB

Chevrolet Volt retrata um dos

focos do evento: a mobilidade com base

em soluções mais sustentáveis

SAE BRASIL 2011 é vitrine da tecnologia automotiva

A direção E3D e a bomba hidráulica são as mais recen-tes tecnologias desenvolvi-das pela DHB. Ambas esta-vam no estande da empresa no SAE 2011. O sistema E3D representa uma opção de di-reção elétrica para veículos de pequeno porte. Com isso, o comprador de automóveis de menor custo passa a ter a possibilidade de contar com um sistema moderno, cô-

modo, positivo para o meio ambiente e que reduz o con-sumo de combustível. A nova tecnologia já está pronta e à disposição das montadoras. Já a bomba hidráulica de alta performance garante, segundo o fabricante, efi-ciência 20% superior com 30% a menos no consu-mo de potência. O produto também pesa menos: 45% em relação aos similares.

Carro conceito da TRW mostra sistemas de segurança

Uma vez por ano os principais sistemistas e fabricantes de auto-peças do país, além das monta-doras, apresentam as inovações tecnológicas em desenvolvimen-to no país e até no exterior. O palco desta vitrine de novidades é o Congresso e Exposição SAE Brasil, o maior evento da indústria brasileira da mobilidade e direcio-nado à classe aos engenheiros, público que integra a SAE.

Em 2011, a feira foi realizada entre os dias 4 e 6 de outubro no Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte, em São Paulo. Fo-ram mais de 140 estandes, de 83 empresas automotivas. No total, o espaço de exposições e os painéis de debate e conteúdo costumam reunir um público su-perior a 10 mil visitantes. E, mais uma vez, em ambas as frentes prevaleceram os temas que irão

ditar os passos da indústria au-tomobilística nos próximos anos: preservação do meio ambiente, segurança dos ocupantes dos veículos e ferramentas multimídia de conectividade. Não por aca-so, esses três eixos estavam pre-sentes em praticamente todas as novidades e tecnologias de pon-ta apresentadas aos visitantes, e que você vai conhecer nos des-taques apresentados a seguir.

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outubro de 2011

Uma das atrações do espaço de exposição do SAE Brasil 2011 foi o C-Beyond, um carro concei-to que reúne mais de 40 tecno-logias com foco em informação, entretenimento, conectividade, climatização, interior e iluminação veicular. Apresentado pelo Viste-on como o automóvel do futuro, o protótipo foi desenvolvido a partir de pesquisas realizadas em todo o mundo pela empresa junto a montadoras e consumidores com o objetivo de apurar expectativas e demandas para a melhor intera-ção entre o usuário e seu carro. O levantamento detectou que os carros do futuro deverão ser equi-pados com materiais que contri-buam para a sustentabilidade do planeta. Por isso, no C-Beyond há componentes produzidos a partir de fi bras naturais e materiais re-cicláveis. Também constatou-se que os consumidores desejam se manter conectados com o mundo exterior enquanto estão dentro do veículo. Para atender a essa

necessidade, a empresa desen-volveu diversos recursos para as-segurar a conectividade completa através do sistema de informação e entretenimento fl exível no veícu-lo, permitindo aos ocupantes bai-xar músicas, navegar em mídias sociais ou gerenciar e-mails. O C-Beyond conta também com pai-

néis com comandos sensíveis ao toque, controles remotos para in-teração homem máquina utilizan-do dispositivos portáteis (como celular e smartphones), sistemas inteligentes de iluminação, con-ceito de controle de climatização avançado com fl uxo de ar vertical, entre outras tecnologias.

Por meio de simulações em computador baseadas em mo-delos de análise estrutural, di-nâmica e mapas de consumo e emissões, os engenheiros do Grupo Schaeffl er atingiram resul-tados expressivos para o novo conceito LESS de redução de emissões, apresentado na expo-sição. A proposta é desenvolver e otimizar sistemas e compo-nentes para motor, transmissão e chassi, por meio da redução do consumo de combustível e emissões de CO2, com melhora da efi ciência energética. O resul-

tado foi um ganho de 2,5% em efi ciência de consumo. A empresa deu destaque espe-cial para tecnologias e soluções para sistemas de motor, trans-missões e chassi, com foco na consciência ecológica. Entre elas, VCP – Sistema de Vál-vula Variável, UniAir, ro-lamento de suspensão, Switchable Valve Train, Wheel Bearing with Face Spline, Twin Tandem Hub, Ball Screw Drive, diferencial compacto Schaeffl er, dupla embreagem e a linha de revesti-

mentos, que agora está incorpo-rada ao portfólio do grupo.

Tecnologia Schaeffler contribui para redução de emissões

cial para tecnologias e soluções para sistemas de motor, trans-missões e chassi, com foco na consciência ecológica. Entre elas, VCP – Sistema de Vál-vula Variável, UniAir, ro-lamento de suspensão, Switchable Valve Train, Wheel Bearing with Face Spline, Twin Tandem Hub, Ball Screw Drive, diferencial compacto Schaeffl er, dupla

Entre os destaques

do estande, o sistema de dupla

embreagem

Tecnologias do futuro presentes no carro conceito da Visteon

C-Beyond concetra mais de

40 tecnologias que envolvem

conectividade, segurança e conforto

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A SKF do Brasil traz ao país duas novas linhas de rolamentos que contribuem para a redução das emissões de gases causa-dores de efeito estufa. O rola-mento de roda de peso reduzido (low weight bearing unit) contém alumínio em sua composição, metal mais leve que o aço. Com a utilização desse material, o novo rolamento – importado da Itália – ajuda a reduzir em até 30% o peso da suspensão do veículo. O produto está, por en-quanto, disponível apenas para aplicação das montadoras como item de fábrica. Outra novidade é o set de rolamentos para em-breagem dupla (dual clutch, em

inglês). A tecnologia, já bastante usada na Europa, chega ao Bra-sil com a perspectiva de equi-par os automóveis no futuro. Segundo o fabricante, além do conforto, o sistema proporciona redução no consumo de com-bustível quando comparado aos

tradicionais câmbios manuais e au-

tomáticos.

Desenvolvido inicialmente para os veículos comerciais, o sistema MultiAir está fazen-do sua estreia nos automó-veis de passeio. Produto da Fiat Powertrain, a tecnologia acaba de chegar ao motor fi re 1.4 16V do novo Fiat 500. O sistema proporciona o contro-le inteligente das válvulas de admissão de ar. No MultiAir, a borboleta do acelerador deixa de controlar a quantidade de ar admitida pelos cilindros – o componente continua existin-do, mas só opera em situações específi cas. Funciona da se-guinte maneira: um pistão, mo-vido por um came de entrada mecânico, é conectado à vál-

vula de admissão por meio de uma câmara hidráulica, contro-lada por uma válvula solenóide on/off normalmente aberta. Quando a válvula solenóide é fechada, o óleo na câmara hi-dráulica se comporta como um corpo sólido e transmite para as válvulas de admissão o movimento de abertura imposto pelo came mecânico. Quando a válvula solenóide é aberta, o óleo na câma-ra hidráulica pode escor-rer livremente de volta para o motor, assim as válvulas de admissão não seguem mais o came de admissão e se fe-cham sob a ação da mola da

válvula. A parte fi nal do percur-so de fechamento da válvula é controlada por um freio hidráuli-co dedicado, para garantir uma fase de assentamento suave e regular em qualquer condição operacional do motor.

Montadoras apostam na propulsão elétrica

Magneti Marelli Cofap reúne rastreador e bloqueador em sistema únicoA integração entre navega-ção, informação, entreteni-mento e dispositivos eletrôni-cos de consumo, com várias funções que simplifi cam e melhoram a vida a bordo dos veículos, foi o mote da Mag-neti Marelli Cofap no evento. A proposta está alinhada com as tendências do setor auto-motivo hoje. A empresa tam-bém exibiu o T-Box, que reúne rastreador e bloqueador em uma única unidade. Além do acompanhamento a distân-cia do veículo, o sistema de rastreamento permite medir a efi ciência dos combustíveis utilizados. O produto pode ainda ser usado como ferra-menta de transmissão de da-dos, coletando informações

sobre as características de tráfego de uma cidade e con-tribuindo para a formação de estatísticas de trânsito. Para o sistema de suspen-são, a empresa mostrou duas novas soluções: Full Displa-cement e F-Respond. A pri-meira é uma válvula de duplo efeito que substitui a tradicio-nal no amortecedor bitubular, proporcionando ao veículo melhor dinâmica, agilidade, estabilidade, desempenho, conforto e segurança. Já o F-Respond é um sistema de amortecimento variável sen-sível à frequência, mecanica-mente acionado, sem utiliza-ção de controles eletrônicos. A variação é obtida a partir do acionamento de válvulas.

tecnologia

Fiat leva controle inteligente de válvulas aos automóveis de passeio

Novos rolamentos SKF reduzem emissões de CO2

Low weight hub bearing

unit é solução para veículos de passeio e comerciais

leves

Sistema MultiAir agora equipa motor fi re 1.4 16V do novo Fiat 500

A busca por matrizes que representem alternativas aos combustíveis derivados do petróleo está cada vez mais em evidência. No SAE Brasil

2011, a tendência esteve pre-sente em diferentes estandes.No caso das montadoras, mereceu especial atenção. A General Motors, por exemplo,

exibiu o carro conceito elétrico Volt, atração em diferentes sa-lões do automóvel pelo mundo. O veículo alcança autonomia de 64 km movido exclusivamente por eletricidade. Quando com-bina o uso de motor a combus-tão com o elétrico a autonomia sobe para até 544 km.No estande da Honda, os visi-tantes puderam apreciar o es-portivo CR-Z, primeiro híbrido equipado com transmissão manual de seis velocidades. O carro é equipado com um motor 1.5 SOHC i-VTEC 16 V a gasolina, que desenvolve potência de 128 cavalos, e um motor auxiliar elétrico de 13 HP de potência.

Carros híbridos e elétricos estão na

ordem do dia

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Garantir a adição de mais fun-ções elétricas e eletrônicas nos veículos, incluindo opcionais, dentro de uma mesma solução de arquitetura veicular, permitin-do ainda novos opcionais após o lançamento dos modelos é a proposta da MAPEC (Multiple Application Electrical Center), apresentada pela Delphi no SAE 2011. O produto gerencia de for-ma muito mais efi ciente todos os processos elétricos do veículo e substitui uma série de equipa-mentos mecânicos por eletrônica embarcada em veículos de entra-da. Com isso, elimina fusíveis, re-lês e módulos eletrônicos. A partir da gestão energética efi ciente é possível otimizar e miniaturizar os circuitos existentes na distri-buição elétrica, o que proporcio-na ganhos como a melhoria do

layout; aumento na durabilidade de elementos como lanternas e motores; mais confi abilidade dos sistemas elétricos; redução no peso de cobre utilizado nos circuitos elétricos e, portanto, no peso total do veículo. Outra tecnologia em alta é a te-lemetria. Nos veículos pesados, com a adoção do OBD a partir de 2012, ela será regra nas linhas

de montagem. No SAE, a Delphi exibiu a telemetria em um carro equipado com a nova MAPEC 3.0. A empresa explica que, por meio de uma placa de comuni-cação GSM/GPRS, é possível realizar a distância a leitura de in-formações sobre o veículo, como nível de combustível e estado de regulagem do motor. Tudo por uma linha de comunicação OBD.

outubro de 2011

Bicicleta motorizada é proposta da Bosch

MAPEC é uma central elétrica que substitui

equipamentos mecânicos por eletrônica embarcada

em veículos de entrada

Gerenciamento energético e telemetria são destaques da Delphi

Encontrar uma alternativa para reduzir o caos do trânsito é um dos desafi os da indústria da mobilidade. A Bosch dedi-cou atenção ao tema expondo o sistema eBike, que usa um motor elétrico para auxiliar o ciclista a percorrer distâncias com menor esforço. O produ-to não elimina a necessidade de pedalar a bicicleta, apenas torna o movimento mais leve. O eBike é composto por uma unidade de acionamento, que inclui motor e sensores, uma bateria de íons de lítio recarre-gável e a interface de controle. Quanto às tecnologias automo-tivas, a Bosch mostrou o ESP - Programa Eletrônico de Es-tabilidade geração 9, sistemas bicombustíveis para veículos

diesel (diesel + GNV e diesel + etanol), Flex Start (que elimina o reservatório da gasolina em veículos fl ex), Start/Stop (liga e desliga automaticamente o motor, ideal para o trânsito con-gestionado) e Steering Motors (atuadores para utilização em sistemas de direção elétrica). Outro sistema apresentado foi o Driver Assistance. Nele, o Radar de Média Distância e o Radar de Longa Distância tra-zem funções inovadoras como o Controle de Cruzeiro Adapta-tivo. Já a Câmera de Múltiplas Funções conta com tecnologia de vídeo capaz de reconhecer as faixas de rolagem na pista e alertar o motorista quando o veículo muda de faixa de forma não intencional.

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Fale com um de nossos consultores 11 3089 0155

Auditório do Sincopeças São PauloAvenida Paulista, 1009 5º Andar

TEMA: CUPOM FISCAL ELETRÔNICO NO VAREJO E FERRAMENTAS DE FISCALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA

III Fórum Novo Varejo – Sincopeças-Sindirepa 2011

Conteúdo, relacionamento, debate, soluções. A Editora Novo Meio, o Sincopeças-SP e o Sindirepa-SP realizam em novembro o terceiro fórum do mercado de manutenção automotiva de 2011.

Os Fórum Novo Varejo Sincopeças-SP Sindirepa-SP reúnem a cada edição representantes de todos os elos da cadeia de negócios da reposição independente, formadores de opinião e especialistas nos mais diferentes temas pertinentes à evolução do mercado e das empresas de comercialização de componentes automotivos e reparação de veículos, estimulando a troca de informações e a busca por caminhos que levem ao desenvolvimento do setor.

Todo o conteúdo gerado pelos encontros será divulgado e repercutido pelo jornal Novo Varejo e as revistas Sincopeças-SP e Mais Automotive em reportagens exclusivas.

Sua marca não pode faltar.

Início 19h308 de novembro

Fale com um de nossos consultores 11 3089-0155

Centro de Convenções da Acirp - Av. Bady Bassit, 4052 - São José do Rio Preto - SP

Em razão dos novos movimentos envolvendo fornecimento e compra de autopeças, o que esperar da reposição e seus protagonistas a partir de agora?

TEMA: PARA ONDE VAI O MERCADO

II Fórum Novo Meio-Sincopeças-Sindirepa 2011

Conteúdo, relacionamento, debate, soluções. A Editora Novo Meio, o Sincopeças-SP e o Sindirepa-SP realizam em outubro o segundo fórum do mercado de manutenção automotiva de 2011.

Os Fórum Novo Meio Sincopeças-SP Sindirepa-SP reúnem a cada edição representantes de todos os elos da cadeia de negócios da reposição independente, formadores de opinião e especialistas nos mais diferentes temas pertinentes à evolução do mercado e das empresas de comercialização de componentes automotivos e reparação de veículos, estimulando a troca de informações e a busca por caminhos que levem ao desenvolvimento do setor.

Todo o conteúdo gerado pelos encontros será divulgado e repercutido pelo jornal Novo Varejo e as revistas Sinco-peças-SP e Mais Automotive em reportagens exclusivas.

Sua marca não pode faltar.

Faça parte do Fórum Novo Meio Sincopeças-SP Sindirepa-SP, valorize e exponha sua marca durante o evento e em 50 mil exemplares nas reportagens de cobertura e repercussão dos encontros.

Ações:Exposição das logomarcas nos banners

durante o fórum

Rodapé de página na reportagem de cobertura do jornal Novo Varejo

(25 mil exemplares)

Rodapé de página na reportagem de cobertura da revista Mais Automotive

(10 mil exemplares)

Rodapé de página na reportagem de cobertura da revista Sincopeças-SP(15 mil exemplares)

Cota única de patrocínio (por evento)..........R$ 2.300,00

17 de outubro

Conteúdo, relacionamento, debate, soluções. A Editora Novo Meio, o Sincopeças-SP e o Sindirepa-SP realizam em julho o primeiro fórum do mercado de manutenção automotiva de 2011.

Os Fórum Novo Meio Sincopeças-SP Sindirepa-SP reúnem a cada edição representantes de todos os elos da cadeia de negócios da reposição independente, formadores de opinião e especialistas nos mais diferentes temas pertinentes à evolução do mercado e das empresas de comercialização de componen-tes automotivos e reparação de veículos, estimulando a troca de informações e a busca por caminhos que levem ao desenvolvimento do setor.

Todo o conteúdo gerado pelos encontros será divulgado e repercutido pelo jornal Novo Varejo e as re-vistas Sincopeças-SP e Mais Automotive em reportagens exclusivas.

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Ações:Exposição das logomarcas nos banners durante o fórum

Rodapé de página na reportagem de cobertura do jornal Novo Varejo(25 mil exemplares)

Rodapé de página na reportagem de cobertura da revista Mais Automotive (10 mil exemplares)

Rodapé de página na reportagem de cobertura da revista Sincopeças-SP(15 mil exemplares)

Cota única de patrocínio (por evento)..........R$ 2.300,00

I Fórum Novo Meio-Sincopeças-Sindirepa 2011

04 de julho 05 de outubro 02 de novembro

Fale com um de nossos consultores 11 3089-0155

Em razão dos novos movimentos envolvendo fornecimento e compra de autopeças, o que esperar da reposição e seus protagonistas a partir de agora?

TEMA: PARA ONDE VAI O MERCADO

Início 19h30

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ano 7 outubro 2011

#74

Segundo Banco Central, volume de recursos disponíveis pelas instituições fi nanceiras para microempresas passou de R$ 809 milhões para R$ 1,2 bilhão

Crédito para microempresas cresce 48% em 12 meses

Brasília - Com a ampliação de opções de fi nanciamentos para as micro e pe-quenas empresas (MPE), o Sebrae está diversifi cando suas ações para orientar os empreendedores sobre o uso do cré-dito. Segundo dados do Banco Central, o volume de recursos disponíveis pelas instituições fi nanceiras para microem-presas passou de R$ 809 milhões, em junho de 2010, para R$ 1,2 bilhão, em junho de 2011. Dois anos atrás, a oferta não passava de R$ 586 milhões. O cres-cimento foi de 48% entre 2010 e 2011 e alcançou 104% em dois anos. Com mais dinheiro disponível para as micro e pequenas empresas, o Sebrae vem intensifi cando o apoio a quem precisa de crédito. São três linhas de ação direcionadas aos donos de mi-cro e pequenos negócios e aos em-preendedores individuais. As medidas vão da parceria com instituições fi nan-ceiras que concedem fi nanciamento

ao apoio com garantias, passando pela difusão de informações sobre as linhas disponíveis e dicas sobre como utilizar bem o dinheiro emprestado.“Nos últimos dez anos aumentou mui-to a oferta de crédito e o que precisa-mos é fazer o crédito chegar ao nosso cliente, uma parte dos clientes do Se-brae não tem acesso. Por exemplo, o Empreendedor Individual (EI) não tem a cultura de ir ao banco. Nós preci-samos criar essa cultura. E atuamos também no pós-crédito para ajudar o empreendedor a utilizá-lo da melhor maneira possível”, explica o presiden-te do Sebrae Nacional, Luiz Barretto.Para ajudar as empresas a usar o crédito da melhor maneira, a instituição desen-volve cursos de capacitação subsidiados ou gratuitos. As capacitações podem ser conhecidas no site do Sebrae e as ins-crições podem ser feitas nas unidades estaduais da instituição.

O Sebrae mantém convênio com quatro bancos públicos – Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste – e com quatro privados – Bradesco, Itaú, HSBC e Santander. Também possui acordo com o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob). Juntas, essas instituições financeiras concedem mais de 80% do crédito no país. Os convênios, renovados periodicamente, preveem que o Sebrae capacite os bancos para oferecerem produtos e serviços para MPE. Já as instituições financei-ras oferecem os produtos do Sebrae a seus clientes.Os acordos foram feitos para suprir uma demanda do mercado. Levanta-mento do Sebrae mostra que apenas um terço dos empresários donos de negócios de pequeno porte buscam empréstimos no sistema financeiro. A

principal fonte de crédito para eles é o próprio fornecedor, mas ainda re-correm a agiotas, cheque especial de pessoa física, entre outras formas.O apoio também se dá ao desenvol-vimento de linhas de microcrédito. As unidades estaduais do Sebrae esta-belecem parcerias com instituições que atuam direta e indiretamente com operações de microcrédito. Cabe ao Sebrae capacitar os empreendedores, realizar consultorias e organizar even-tos. A instituição possui acordo com a Associação Brasileira das Operado-ras de Microcrédito e Microfinanças (ABCRED) e com a Associação Bra-sileira das Sociedades de Crédito ao Microempreendedor. Em junho deste ano, de acordo com o Banco Central, o montante de recursos emprestados com as condições de microcrédito – até R$ 10 mil por operação – passava de R$ 2,4 bilhões.

Garantias são necessárias para fechar transações

Convênio com instituições fi nanceiras facilita acessoao dinheiro

Agência Sebrae de Notícias

Uma das principais barreiras que impedem o acesso das micro e

pequenas empresas ao crédito é a necessidade de apresentar garantias

para fechar a transação, o que enca-rece a operação. Para facilitar, o Se-brae criou duas alternativas de apoio em que atua como uma espécie de fi ador da transação.O Fundo de Aval da Micro e Pequena Empresa (Fampe) é desenvolvido des-de 1995 com recursos do Sebrae e operado por bancos parceiros – Ban-co do Brasil e Caixa Econômica Fe-deral. A fi nalidade é complementar as garantias exigidas pelas instituições

fi nanceiras em até 80% do volume to-tal. Mais de 178 mil empresas já foram atendidas e mais de R$ 4,7 bilhões fo-ram concedidos em aval.As Sociedades de Garantia de Crédito (SGC) são uma alternativa importante para tornar realidade o acesso ao crédi-to pela micro e pequena empresa, seja para investimento ou para capital de giro. Atualmente, há quatro sociedades em funcionamento no Brasil: uma no Rio Grande do Sul e três no Paraná. Até o fi m de 2011, mais duas sociedades de-vem entrar em funcionamento – no Rio de Janeiro e em Minas Gerais – e outras sete devem começar a operar até 2013.

Negócios e Oportunidades NV 203.indd 59 21/10/2011 11:41:39

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Uma das vantagens da globalização é po-der prever, com uma boa margem de acer-to, as novidades automobilísticas que num futuro não muito distante chegarão às ruas brasileiras. Estes novos modelos geralmente fazem suas estreias nos salões internacio-nais e, devido à rápida evolução de nossa frota – resultado de uma concorrência cada vez mais acirrada – não demoram muito a

desembarcar por aqui.Entre 15 e 25 de setembro, a 64ª edição do IAA Cars, o conhecido Salão de Frankfurt, re-cebeu 928 mil visitantes, número 10% maior que a edição anterior. Lá puderam apreciar as mais recentes novidades das montado-ras, que também apresentaram modelos que em breve deverão chegar ao Brasil. A seguir, você conhece alguns deles.

ano 7 outubro 2011

#74

informações e peças para veículos importados

Mostra de automóveis mais importante da Europa recebeu mais de 900 mil visitantes na edição 2011

Salão de Frankfurt antecipa novidades que em breve estarão

rodando pelo Brasil

Apresentada na edição 70 do Novo Balconista, a nova ge-ração da Ford Ranger deve chegar ao Brasil em 2012. O modelo atualiza a versão hoje vendida por aqui, já sem con-dições de competir com veí-culos muito mais modernos, como a Toyota Hilux ou a VW Amarok. O novo utilitário terá o

motor Duratorq 2.2 turbo de 4 cilindros, que desenvolve 126 cv e gera 33,6 mkgf de tor-que, além de transmissão de seis marchas. A picape tam-bém será equipada com dife-rentes recursos que garantem efi ciência, segurança e pratici-dade, muitos deles, no entanto, opcionais. Entre as tecnologias

oferecidas estarão air bags para o motorista e o passagei-ro da frente, cortina para pro-teção da cabeça e laterais nos bancos da frente. Haverá ainda controle eletrônico de estabili-dade, controle de estabilidade de reboque, controle de carga adaptativo e assistência de fre-nagem em emergência.

FORD RANGER

O hatch sulcoreano é um gran-de sucesso no mercado bra-sileiro. A nova geração chega em março de 2012 na Europa e também desembarcará por aqui no segundo semestre. A aposta da Hyundai é no de-sign, que está mais ousado e cheio de curvas. A meta é continuar ocupando a lideran-ça de vendas em sua catego-ria em nosso mercado. Ainda

falta saber detalhes da mecâ-nica destinada ao Brasil. Na Europa, o carro terá motores 1.4 e 1.6, com injeção direta, sendo que o maior rederá 135 cavalos de potência. Também será comercializado com pro-pulsor diesel, que, claro, não virá para cá. São duas as cai-xas de transmissão: manual ou automática, ambas com seis velocidades.

HYUNDAI I30

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importados importadosimportadosoutubro de 2011

A coreana Kia se tornou um case no mercado brasileiro e hoje seus automóveis es-tão entre os mais desejados pelo consumidor nacional. A versão hatch do compac-to Rio foi apresentada em Frankfurt e está cotada para

o Brasil no ano que vem. O carro terá motor 1.4 flex com potência máxima de 107 ca-valos e torque de 13,8 kgfm. Entre os refinamentos tec-nológicos, comando de vál-vulas continuamente variá-vel no ciclo de admissão. Na

Europa, tem transmissões mecânica e automática, de seis marchas. Com visu-al moderno, tem tudo para agradar. O problema pode ser o preço, que com o au-mento do IPI pode passar e muito dos R$ 50 mil.

O substituto do Vectra já chegou ao Brasil na versão sedã. Assim como seu anteces-sor, terá aqui também uma versão hatch, com apelo mais esportivo, que foi apre-sentada no IAA 2011. Desconsiderando o polêmico e até esquisito design das partes frontais de todos os Chevrolet lançados no Brasil ultimamente, o restante da linha é

bastante moderno, atraente e harmonioso – especialmente a parte traseira, principal di-ferencial de um modelo hatch. A mecânica deverá ser a mesma que já equipa o Cruze brasileiro: o novo e moderno motor Ecotec flex 1.8 16V, que rende 144 cv de potência com etanol e traz comando de válvulas con-tinuamente variável.

A montadora prepara um upgrade em sua estratégia para o mercado brasileiro em 2012 a partir da introdu-ção da sofisticada linha DS – porém, as alterações no IPI podem mudar os planos. O apelo principal desses auto-móveis é o luxo e o requinte, buscando atender a um perfil de consumidores muito mais exigentes. Em Frankfurt, a marca mostrou o atraente

DS5, que se destaca pelo ousado design, que mistu-ra elementos de automóveis hatch e crossover. O interior também é muito avançado e impressiona pelas formas e qualidade do acabamento. Na Europa, o carro foi apre-sentado com propulsão híbri-da, trazendo motor 2.0 diesel e outro elétrico. Para o mer-cado brasileiro, certamente não será essa a escolha.

CITROEN DS5

CHEVROLET CRUZE HATCH

KIA RIO

Para o público brasileiro, o com-pacto Up! foi, provavelmente, a principal atração do Salão de Frankfurt. Moderno, compacto e muito econômico, o carrinho deve desembarcar aqui no fi nal de 2013 ou primeiro semestre de 2014. Será o modelo de entrada da Volkswagen no país e, com ele, a marca pretende retomar a liderança perdida para a Fiat. Embora ainda não haja detalhes sobre a versão que virá para nosso mercado e nem mesmo

a sua produção na planta de Taubaté (fala-se em possível fa-bricação no México), o pequeno Up! seguramente será equipado com um motor 1.0 e terá acaba-mento superior à atual geração 4 do Gol, que faz o papel de modelo mais barato da marca. Na Europa, o carro será vendido por pouco menos de 10 mil eu-ros, preço que o colocaria hoje em condição de desvantagem frente aos mais baratos à venda no Brasil.

VOLKSWAGEN UP!

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ano 7 outubro 2011

73

uma nova publicação para um novo profi ssional

#

Os três pilares para a formação de um bom balconista

No dia 26 de novembro um dos profi ssionais mais importantes do se-tor automotivo comemora seu dia, o balconista de autopeças. Diretamen-te responsável pelo atendimento nas lojas, é ele a chave no relacionamento com o cliente. Seu conhecimento e simpatia podem ser decisivos na hora de fi delização da clientela e na deci-são pela marca vendida. Este ano, a data será também lem-brada de uma maneira diferente: a Câmara Municipal de São Paulo realiza em 9 de dezembro uma so-lenidade especial em homenagem a estes profi ssionais. O evento vai con-tar com a presença de balconistas de autopeças, empresários do varejo, lideranças do mercado de reposição, parlamentares, além do vereador Cel-so Jatene, autor do projeto de lei que ofi cializou a data na capital paulista.Comemorar o Dia do Balconista de

Autopeças é uma forma de reconhe-cer a importância desse profi ssional para o mercado. O presidente do Sin-copeças-SP, Francisco de La Torre, lembra que essa é uma justa home-nagem àquele que faz “a intersecção de todo o setor de reposição com o dono do automóvel.

RECONHECIMENTO Todos os elos da cadeia do aftermarket reconhe-cem o balconista como fundamental no setor. Para o presidente da Asso-ciação Nacional de Fabricantes de Autopeças (Anfape), Roberto Montei-ro, por exemplo, o balconista precisa estar sempre muito bem qualifi cado. “Ele é como um farmacêutico que analisa a receita e entrega ao consu-midor aquilo que ele foi comprar”.E os balconistas sabem da impor-tância que têm. Mauricio Marini, da Zoinho Autopeças, cita que sem um

bom atendimento a loja não vai para frente. “Balconista tem que cativar o consumidor, dar sempre uma boa ex-plicação para o cliente voltar”. Marini afi rma que conseguiu unir na profi s-são que exerce há cinco anos o gosto por carros e pelo atendimento ao pú-blico. “Eu gosto de trabalhar em lugar aberto, com pessoas, sem fi car preso em lugar nenhum”. O dia do balconista de autopeças foi instituído em 2001 pela Editora Novo Meio e, com o apoio do Sincopeças-SP, ofi cializado pela Câmara Munici-pal em 2010, colocando a data no calendário da cidade de São Paulo. A data foi escolhida porque marca o inicio do período de maior movi-mento do comércio, que envolve as festas de fi m de ano e as revisões de férias. Estimativas do mercado mostram que as vendas chegam a crescer até 20% nessa época.

ComprometimentoEstar comprometido com o trabalho e com os resultados e metas faz do balconista um profi ssional efi ciente. É importante gostar do que faz e não fazer simplesmente por fazer, É preciso gostar de ser balconista.

Conhecimento Conhecer a loja onde trabalha, inclusive a parte administrativa e os produtos que ela vende, é crucial para o atendimento de qua-lidade. Além disso, o balconista precisa co-nhecer o cliente que visita a loja e saber o que ele precisa. Treinamento em informática não é uma opção, mas uma obrigação.

DesejosNinguém sai do lugar se não tem sonhos. Saber o que deseja para o futuro faz da pes-soa, e, portanto, do profi ssional, alguém mais focado. É preciso ter objetivos profi ssionais, pessoais e espirituais.

Balconista de Autopeças comemora seu dia na Câmara dos Vereadores

Data, já ofi cializada no município de São Paulo, terá sessão solene na casa legislativa da cidade

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Relacionamento é a base do bom negócioO consultor Sebastião Nel-son Freitas destaca que, no comércio varejista, o sucesso de um negócio é baseado na relação entre os três elos da cadeia: proprietário, balconis-ta e cliente. De acordo com ele, os três mantêm uma re-lação que “quando madura” sustentam uma fl uidez na re-lação comercial. “O relaciona-mento, se é maduro, neces-sariamente dura”.Freitas lembra que muitas ve-zes a falta de comunicação entre proprietário e balconista é o primeiro sinal de problemas nos negócios. Não raramente clientes que não foram bem atendidos, muitas vezes por profi ssionais descontentes, quebram o vínculo de fi delida-de com a loja. “O proprietário e o gerente precisam estar atentos a isso. A falta de sim-patia, de um sorriso, pode ser crucial. Se o balconista está descontente tem que saber o

porquê e o que pode ser fei-to”. Freitas afi rma que qualquer cliente percebe a insatisfação do atendente. Outro ponto que o consul-tor defende é a necessidade constante de treinamentos. Para ele o balconista precisa ser munido de cursos e in-formações que o auxiliem no atendimento ao cliente. “Isso também é algo que exige atenção do proprietário. Quais cursos eles têm? Quais treina-mentos eles receberam?”. Freitas levanta ainda que na relação entre balconista/loja e cliente é absolutamente im-prescindível que promessas sejam cumpridas. Ele explica que quando o balconista se compromete a indicar um pro-duto – ou mesmo na fi naliza-ção de um serviço –, o cliente espera e exigirá que o com-promisso seja cumprido sob o risco do balconista e a loja perderem a credibilidade.

Roberto Monteiro, diretor executivo da Associação Nacional de Fa-bricantes de Autopeças (Anfape)

Esse profissional é, e precisa ser, sempre bem informado. Alguém em quem sepossa confiar

Vereador Celso Jatene, autor do projeto de lei que oficializou o Dia do Balco-nista de Autopeças em São Paulo

A ofi cialização do dia do balconista de autopeças representa mais do que apenas um dia de comemoração,é um marco para todaa categoria

Frascico De La Torre, presidente do Sincopeças-SP

Assim como o mecânico, o balconista é quem leva ao consumidor toda a expertise do segmento automotivo e todo o empenho e trabalho de cada um entre todos os que compõem o segmento de manutenção, desde o fabricante até a mídia especializada

Antônio Fiola, presidente do Sidirepa-SP

O balconista de autopeças é um grande consultor que está presente em todas as horas para auxiliar e poder tornar possível a entrega da peça no tempo certo, garantindo a qualidade do serviço prestado pelas oficinas

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Por Redação Novo Meio [email protected] Fotos Divulgaçãocarro

Por dentro do PriusBateria do motor híbrido

A tecnologia Toyota Hybrid Synergy Drive utiliza uma potente bateria autônoma, que alimenta o motor elétrico, com potência má-xima de 27 kW, para o armazenamento de energia. Ela dispensa carga externa e não necessita manutenção nem troca periódica.

Freios regenerativosQuando o veículo desacelera ou o freio é acionado, o motor elétrico funciona como um gerador, convertendo a energia cinética em energia elétrica, carregando tanto a bateria híbrida quanto a bateria regular.

Toyota híbrido será vendido em 2012Um dos pioneiros no uso datecnologia híbrida, Prius terá inicialmente 15 unidades vendidas no país

O interior tem design moderno,

como o motor

Modelo tem sete air bags de série

Em tempos de sustentabili-dade, o uso de combustíveis alternativos ganha espaço na pauta das discussões do setor automotivo. Para os veículos leves, a tecnologia fl ex deu um novo impulso ao etanol, an-tes desacreditado por conta de crises de abastecimento e variações bruscas de preços – resultado da eterna falta de sintonia entre governo federal e os usineiros.Recentemente, o Brasil co-meçou a receber também automóveis híbridos, que utilizam um misto de propul-são a gasolina e elétrica. Os primeiros modelos a chegar ao país foram trazidos pela Mercedes-Benz e pela Ford.Agora, a Toyota anuncia que irá comercializar aqui, no se-gundo semestre de 2012, um automóvel que se tornou referência internacional na ca-tegoria, por conta de seu pio-neirismo e sucesso comercial. Trata-se da terceira geração do Prius, modelo equipado com

um motor a gasolina de ciclo Atkinson, quatro cilindros em li-nha e 1.798 cm3 de cilindrada. A Toyota explica que este mo-tor a combustão se destaca por dispensar a utilização de uma correia auxiliar para mover outros componentes do veí-culo, como o compressor do ar-condicionado, a bomba de água e a assistência elétrica da direção, que funcionam com a eletricidade gerada pela potên-cia do sistema de baterias, co-laborando para a redução do consumo de combustível. Em sincronia com o propulsor de combustão interna trabalha um motor elétrico de 650 volts, dotado de corrente elétrica alter-nada trifásica. Este casamento perfeito potencializa o desem-penho em altas velocidades e impulsiona as rodas quando o veículo está funcionando exclu-sivamente no modo elétrico. O resultado é um automóvel silen-cioso, econômico e que oferece ao motorista potência máxima combinada de 138 cavalos.

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Modos de conduçãoO Prius permite ao motorista selecionar qua-tro modos de condução no painel de instru-mentos, para otimizar a dirigibilidade: normal (os dois motores otimizados automatica-mente), EV-Electric Vehicle (100% elétrico), ECO-Economy (usado para calibragem da resposta de aceleração) e PWR-Power (que modifi ca a resposta do veículo em acelera-ção, intensifi cando a potência).

Consumo de combustívelNo modo de condução Normal, o Prius atinge até 25,5 km/l, com uma autonomia de 1.150 quilômetros.

Prius com motor a gasolina de

ciclo Atkinson

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outubro de 2011

O Prius dispensa o uso de chave de ignição

O Prius vendido no Brasil a partir de 2012 terá sistema de freios ABS com Distribuição Eletrônica de Frenagem (EBD), controle de tração e estabilida-de (VSC) e assistência de fre-nagem (BA). O VSC atua nas quatro rodas de forma indepen-dente e incorpora ainda uma

assistência ativa à direção. De série, o carro traz três air bags frontais (para motorista, passageiro e para os joelhos do condutor), dois laterais para os passageiros dianteiros e dois air-bags de cortina, que cobrem as duas fi leiras de assentos.É também equipado com trans-

missão continuamente variável do tipo eletrônica CVT. A parti-da do motor aproveita as fun-ções do sistema de travamento central, dispensando a inserção da chave de ignição para o seu acionamento. Para ligar o motor, basta pressionar o botão “Po-wer” no painel de instrumentos.

FICHA TÉCNICAToyota Prius 2011

► Motor a gasolina: 1.8L 16V 4 Cilindros em linha VVT-i

■ Potência máxima: 98 cv @ 5200 rpm

■ Torque máximo: 14,5 kgfm @ 4000 rpm

► Motor elétrico: 650 V

■ Potência máxima: 60 kW

■ Potência combinada(motor Elétrico + motor a combustão): 138 cv

■ Consumo urbano* (km/l): 25,5

Emissão de CO2 urbano* (g/km): 90*números baseados em resultados da Toyota, podem variar de acordo com as con-dições de uso do carro.

Porsche foi o primeiro a pensar em propulsão híbridaO Prius foi lançado em 1997 e conquistou o privilé-gio de ser o primeiro veículo da história equipado com motores a gasolina e elé-trico a ser produzido em escala comercial. Até hoje, suas vendas acumuladas já alcançaram a marca de 2,3 milhões de unidades em todo o mundo. Mas a propulsão híbrida surgiu muito antes do Prius, em 1899, quando o jovem engenheiro austríaco Fer-dinand Porsche, já em seu segundo protótipo, trazia a inovadora propulsão a ga-solina e eletricidade. Fun-cionário de uma indústria de carruagens, Porsche instalou um motor elétrico

no interior de cada roda. As baterias desses moto-res eram recarregadas por um gerador alimentado pelo propulsor a gasolina. Na década de 1970, com a crise do petróleo, a busca por combustíveis alternati-vos ganhou força. Nos Es-tados Unidos, o refugiado russo Alex J. Severinsky passou a se dedicar à tec-nologia híbrida. Após inú-meros estudos, patenteou em 1994 o Hyperdrive. A tecnologia viabilizou definiti-vamente a propulsão híbrida na medida em que permitiu a integração operacional perfeita entre motores elé-tricos e a gasolina. Graças ao Hyperdrive, a transição

de um motor para outro e a integração do torque de ambos passou a ocorrer de forma quase imperceptível.Severinsky não inventou o carro híbrido, mas foi deci-sivo para sua viabilização. Pouco tempo depois, a Toyota lançou o Prius e seu sucesso se deveu em gran-de parte à qualidade opera-cional proporcionada pela tecnologia patenteada pelo engenheiro russo. Embora a Toyota tenha desevolvido o sistema em paralelo a Se-verinsky, a montadora aca-bou perdendo para ele um processo por violação de patente e agora está obri-gada a pagar a ele royalties a cada Prius vendido.

Motor híbrido da Toyota

Modelo traz bom pacote de segurança e conforto

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julho de 2011

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Sobrenome Posição Produto

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ção

Primeiro

Segundo

Terceiro

Quarto

Quinto

Boa diversão!

Américo José da Silva Filho é diretor da Atco Treinamento e Consultoria www.atcotc.com.br

outubro de 2011

O que é um bom atendimento?

Veja a resposta ao caça-palavras da edição passada, para conhecer as características e atitudes necessárias ao bom atendimento.

1. Agilidade – Todos os con-sumidores esperam rapidez. Por isso é preciso ser ágil no atendimento, tomando cuidado para não parecer pressa e nem cometer erros.2. Cumprimentar, agradecer e ser cordial – Cumprimentar antes de iniciar o atendimento e agradecer ao terminá-lo de-monstra cordialidade e valoriza o consumidor.3. Ter atenção e escutar – Dedique-se a escutar seu clien-te com atenção. Isso evitará er-ros e auxiliará você a identifi car oportunidades para fazer ven-das adicionais.4. Atualizar o conhecimento – Procure manter-se informado

sobre o seu segmento: novos produtos, concorrentes, informa-ções técnicas, etc.5. Comunicação – O importante não é o que falamos e sim aquilo que as pessoas entendem. Use uma linguagem adequada a cada tipo de público.6. Criatividade e iniciativa – Descubra novas maneiras de fazer seu trabalho, tornando-o mais ágil e produtivo. 7. Equipe, exemplo e humor – Colabore, respeite e seja um exemplo para seus colegas. Passamos na loja a maior par-te do dia. Tenha bom humor e ajude a tornar esse ambiente mais agradável. 8. Interesse – Demonstre

interesse pelo seu cliente fa-zendo perguntas apropriadas para descobrir mais sobre suas necessidades.9. Responsabilidades e me-tas – Além das metas e respon-sabilidades que você tem com a loja, fi xe as suas próprias. Se você ganha comissão pelas ven-das, estabeleça uma meta ainda maior. Assim, com o tempo, você poderá realizar seus sonhos.10. Oferecer – Não se limite a apenas entregar aquilo que o consumidor solicitou. Se você perguntou e escutou com aten-ção, poderá oferecer outras pe-ças ou acessórios que deixarão o cliente satisfeito e aumentarão suas vendas.

atendimento

Pistas

1. O homem que está comprando uma nova lanterna não é o terceiro da fila.

2. Samuel está um lugar atrás do homem de sobrenome Davis, que está comprando um jogo de lonas.

3. O homem que está em segundo lugar na fila está comprando fluido para freios.

4. Davi é o quinto da fila. Ele não está comprando amortecedores ou lanterna.

5. O homem de sobrenome Jardel (que não se chama Davi) não é o quarto da fila.

6. Jader Samoa não está comprando amortecedores.

7. Um dos homens (mas não o Bruno) tem a mesma letra inicial no nome e no sobrenome.

Na próxima edição iremos falar sobre os passos do atendimento e vendas. Enquanto isso, resolva o enigrama abaixo:

A T U A L I Z A R Q W E D H L C A

C O S B Y A P E R G U N T A R P C

O R F G A G H A T E N C A O C A E

M C O R D I A L I D A D E W I A B

U A S G H L S F H J I L E Q A B C

N C V C R I A T I V I D A D E U I

I A C V E D Z A B E I U C A X B Q

C T A R B A Z A F E J A M C E V A

A A G R A D E C E R A I A B M E I

C Z U O F E R E C E R N O E P M A

A C O N H E C I M E N T O S L V Q

O U E A U C X N M E R E V C O O I

A M H E M E W O R U P R C U E C Q

V P U R O Q N M E I W E I T S I A

X R N C R U G E S O Y S N A B N I

N I N I C I A T I V A S T R N T V

M M L C V P A A O Q A E P E M P O

E E N T A E P S B U S O A R Q A N

T N N N B W E T V I B P Q S W Q T

O T O M A Y R A E P I C U O O U A

P A P O O Z N J R A T D A P P A D

C R E S P O N S A B I L I D A D E

(Adaptado de Coquetel – Problema de Lógica)

Cinco homens estão na fi la do caixa da loja de autopeças para pagar pelos produtos comprados. A partir das dicas abaixo, descubra o nome completo de cada homem, seu lugar na fi la e o produto que cada qual está comprando.

Objetivo: resolver o enigma com a ajuda de pistas e de um quadro de solução. Quando você descobrir uma pista negativa, por exemplo, “O homem que está comprando uma nova lanterna não é o terceiro da fi la”, marque N de “Não” na interseção das

colunas em questão.Se você descobrir uma pista positiva, marque S de “Sim” e localize todos os N decorrentes disso, vertical e horizontalmente. Se você tiver 4 N em uma mesma linha ou coluna, marque S na casa que sobra.

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