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Dia Internacional do Livro Infantil | DILI - 2014

janeiro 2014

Fundao nacional do livro inFantil e juvenil | Seo BraSileira do

Notcias 1

Anualmente, o Internacional Board on Books for Young People IBBY divulga uma mensagem para o dia 2 de abril, data de nascimento do escritor Hans Christian Andersen, quando se comemora o Dia Internacional do Livro Infantil DILI.

A cada ano uma seo nacional do IBBY fica responsvel por escolher uma dupla de escritor e ilustrador para a criao do texto e da imagem que compem a men-sagem. Para 2014, a seo da Irlanda ele-geu a escritora Siobhn Parkinson e a ilustradora Niamh Sharkey, ambas resi-dentes em Dublin, capital da Irlanda, ofe-recendo uma tima oportunidade para conversar sobre esse pas distante e to cheio de histrias.

Todos os anos a FNLIJ traz na capa do nmero 1 do informativo Notcias, a men-sagem do IBBY, com o objetivo de refor-ar a importncia dos livros e da leitura para a famlia e a escola, partilhando-a com leitores, educadores e especialistas em Literatura infantil e juvenil.

Siobhn Parkinson uma das escrito-ras de maior destaque na literatura infan-til e juvenil irlandesa e ganhou vrios pr-mios com seus livros. Estudou literatura inglesa e alem, atua como editora da re-vista Bookbird, peridico produzido pelo IBBY e trabalha em projetos de escrita criativa com crianas. O texto Carta para as crianas do mundo, escrito por ela, tra-ta da relao entre o escritor e o leitor, en-trelaados pela imaginao de cada um.

A escritora veio ao Brasil pela primei-ra vez, no ano de 2008, como membro do IBBY, especialmente para comemorar os 40 anos da FNLIJ e lanar no 10 Salo FNLIJ do Livro para Crianas e Jovens os livros: Alguma coisa invisvel e O violino voador, ou, Como diferenciar um pssa-ro preto de uma salsicha, ambos tradu-zidos por Santiago Nazarian, publicados pela editora Nova Fronteira, em 2007. Siobhn participou do 10 Seminrio FNLIJ formando a mesa-redonda Ao

Niamh SharkeySiobhn Parkinson

palavras e ondas e arabescos e paisagens e palavras e perfumes e sentimentos e cores e rimas e pequenos cliques e sibilos e gos-tos e exploses de energia e enigmas e bri-sa e palavras. E tudo fica girando l dentro e cantando e caleidoscopiando e flutuan-do e se moldando e sedimentando e co-ando a cabea.

claro que todo mundo tem uma ima-ginao: caso contrrio, no poderamos sonhar. Porm, nem todas as imagina-es tm as mesmas coisas dentro delas. A imaginao dos cozinheiros provavel-mente s tem sabor dentro dela, e a imagi-nao dos artistas tem principalmente co-res e formas. A imaginao dos escritores, no entanto, quase cheia s de palavras.

A imaginao dos leitores e ouvintes de histrias tambm movida por palavras. A imaginao do escritor d cambalhotas e rodopia e d forma as ideias e sons e vo-zes e personagens e eventos em uma his-tria; e a histria feita s de palavras, ba-talhes de rabiscos manchados pelas p-ginas. A chega o leitor, e os rabiscos ga-nham vida. Eles ficam na pgina, ainda parecem batalhes de rabiscos, mas tam-bm esto brincando com a imaginao do leitor, e o leitor est agora moldando as palavras giratrias, de modo que a hist-ria agora est dentro de sua cabea, como j esteve na cabea do escritor.

por isso que o leitor to importante como o escritor para a histria. H ape-nas um escritor de cada histria, mas h centenas ou milhares ou talvez at mi-lhes de leitores, na lngua nativa do es-critor ou talvez at mesmo em muitas ln-guas traduzidas. Sem o escritor, a histria nunca teria nascido, mas sem todos os mi-lhares de leitores em todo o mundo, a his-tria no viveria todas as vidas que pode-ria viver.

Todo leitor de uma histria tem algo em comum com todos os outros leitores dessa mesma histria. Separadamente, e ainda de forma compartilhada, eles recriaram a histria do escritor em suas prprias ima-ginaes: um ato que ao mesmo tempo pblico e privado, ntimo e coletivo, na-cional e internacional. Esse ato pode mui-to bem ser aquele que os seres humanos fazem melhor.

Continuem lendo!

Conhea mais sobre a seo irlandesa do IBBY atravs do site www.ibbyireland.ie

Internacional do IBBY sobre polticas de fomento leitura em diversos pases, jun-to com a canadense Patsy Aldana, a in-glesa Liz Page, a cubana Emilia Gallego e a colombiana Silvia Castrilln, media-das por Elda Nogueira. Ambos os livros se encontram na Biblioteca FNLIJ dispo-nveis para pesquisas.

A escritora e ilustradora irlandesa Niamh Sharkey conquistou vrios pr-mios por seu trabalho. Ela especializa-da em Marketing e Design em Dublin. Na Biblioteca FNLIJ encontram-se dis-ponveis para pesquisas os livros ilustra-dos por Niamh: Histrias de sabedoria & encantamento, recontadas por Hugh Lupton, traduzido por Monica Stahel, da editora Martins Fontes (Altamente Recomendvel FNLIJ 2004); Joo e o p de feijo, adaptao de Richard Walker, tra-duzido por Christiane Rhring, da edito-ra Girafinha (Altamente Recomendvel FNLIJ 2007) e O nabo gigante, de Aleksei Tolstoi e Niamh Sharkey, traduzido por Christiane Rhring, da editora Girafinha (Altamente Recomendvel FNLIJ 2007).

IBBY Ireland | Seo Irlandesa Conselho Internacional Irlands de Livros para Crianas e Jovens,17 North Great Georges Street, Dublin 1.

Carta para as crianas do mundoSiobhn Parkinson

Os leitores sempre perguntam aos escri-tores como que eles escrevem suas his-trias de onde surgem as ideias? Da minha imaginao, responde o escritor. Ah, sim, poderiam dizer os leitores. Mas onde est a sua imaginao, e do que ela feita, e todo mundo tem uma?

Bem, diz o escritor, ela est na minha cabea, claro; e ela feita de imagens e palavras e memrias e vestgios de outras histrias e palavras e fragmentos de coisas e melodias e pensamentos e rostos e mons-tros e formas e palavras e movimentos e

2 Notcias 1 | janeiro 2014

Lista de Honra IBBY - 2014Outorgada a cada dois anos, a Lista de Honra IBBY contempla obras de escrito-res, ilustradores e tradutores que tiveram destaque em seu pas de origem, sugeridas pelas sees nacionais do rgo. Os livros indicados so apresentados em exposi-o na Feira de Bolonha e no Congresso Internacional do IBBY, figurando no cat-logo que acompanha a mostra.

A FNLIJ, como seo brasileira do IBBY, indicou para a Lista de Honra IBBY de 2014 o escritor Paulo Venturelli, pela obra Visita baleia, com ilustraes de Nelson Cruz, da editora Positivo, o ilustrador Odilon Moraes, pela ilustrao do livro A fome do lobo, de Claudia Maria Vasconcellos, da editora Iluminuras e Antonieta Cunha pela traduo de Os olhos do co siberiano, do argentino Antonio Santa Ana, da edi-tora Dimenso.

Paulo Venturelli nasceu em Brusque, Santa Catarina. Formado em Letras pela Universidade Federal do Paran UFPR e doutor em Literatura. Lecionou como pro-fessor de Lngua Portuguesa e Literatura Dramtica. Hoje trabalha na UFPR com

Oflia Fontes com Pedro e lua, escrito e ilustrado por ele, em 2005.

Antonieta Cunha professora da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais UFMG e edito-ra. O livro Os olhos do co siberiano, do argentino Antonio Santa Ana, traduzi-do por Antonieta (Dimenso) ganhou o Prmio FNLIJ Monteiro Lobato A Melhor Traduo/Adaptao para Jovem 2013.

A Lista de Honra IBBY ao divulgar es-critores, ilustradores, tradutores e editores dos pases membros da instituio, pro-move o intercmbio cultural entre crian-as e jovens por meio dos livros e da leitu-ra de qualidade.

A cerimnia de entrega dos certifica-dos aos indicados Lista de Honra IBBY 2014 e s respectivas editoras ser no 54 Congresso Internacional do IBBY, a re-alizar-se nos dias 10 a 13 de setembro de 2014, na cidade do Mxico, que ter como temtica a Incluso.

Leia mais no site do IBBY: www.ibby.com

Literatura Brasileira e possui vrias obras para crianas e jovens. A obra Visita ba-leia deu ao escritor o Prmio FNLIJ Oflia Fontes O Melhor Livro para Criana 2013. Em seu Blog, Paulo conta a sua traje-tria e escreve sobre literatura: http://pau-loventurelli.wordpress.com

Odilon Moraes nasceu em So Paulo. Formou-se em Arquitetura pela USP. Em 2003, Odilon Moraes foi vencedor do Prmio FNLIJ em quatro categorias, com trs publicaes distintas. A obra A princesinha medrosa (Companhia das Letrinhas, atualmente publicada pela Cosac Naify), deu ao escritor e ilustra-dor Odilon Moraes a lurea de o Melhor Livro para Criana e a Melhor Ilustrao. As outras duas conquistas naquele ano vieram de livros com suas ilustraes. A obra Histrias brasileira, de Ana Maria Machado (Companhia das Letrinhas) venceu na categoria Reconto e As aven-turas de Pinquio, de Carlo Collodi, com traduo de Marina Colasanti (Companhia das Letrinhas). Odilon pela segunda vez ganhou o Prmio FNLIJ

Notcias 1 | janeiro 2014 3

Acesse www.brasilliterario.org.br e saiba mais Acesse www.euquerominhabiblioteca. org.br

Mais informaes:www.ibbycongress2014.org

[email protected]

34 congresso internacional do iBBYcidade do Mxico 10 - 13 de setembro de 2014 Que todos possam realmente ser todos: A leitura como experincia de incluso

Encontra-se em nossa biblioteca um exemplar do Dicionrio de Ilustradores Iberoamericanos, no qual a FNLIJ foi convidada pela Fundao SM, para colaborar na elaborao sobre os ilustradores brasileiros. A pesquisa feita pela FNLIJ resultou na exposio apresentada no 15 Salo FNLIJ do Livro para Crianas e Jovens e, em maro, estar sendo vista pelo pblico da Feira de Bolonha 2014, quando a literatura infantil e juvenil brasileira ser destaque.

A publicao teve uma tiragem pequena, destinada exclusivamente aos participan-tes do II Congresso Iberoamericano de Lngua e Literatura Infantil e Juvenil, ocorri-do entre os dias 05 e 09 de maro, na Colmbia. O dicionrio uma excelente fonte de pesquisa. So 436 pginas sobre o assunto, com biografias e principais ilustraes de cada um dos citados. O dicionrio se encontra em verso digital no site abaixo:

Doao de Livros FNLIJOs votantes da FNLIJ tm como compromisso destinarem parte dos livros que recebem para apoiar projetos de leitura, por meio da literatura.

Fabola Farias, residente em Belo Horizonte, Minas Gerais, in-formou que parte do acervo recebido por ela foi doado a peque-nos pontos de leitura que funcionam na Serra da Moeda, a 30 km da capital mineira; tambm doou para a recm-inaugurada bi-blioteca comunitria Leitura no Beco e para a Biblioteca Pblica Infantil e Juvenil de Belo Horizonte.

Neide Santos, residente em Joo Pessoa, na Paraba, doou-os para a Biblioteca Aderbal Piragibe (Cabedelo); Fundao Casa de Jos Amrico, para integrar a Biblioteca Infantil do Hospital de Cncer Napoleo Laureano (Joo Pessoa) e para a Parquia Nossa Senhora do Perptuo Socorro (Joo Pessoa).

Primavera dos LivrosEntre os dias 24 e 27 de outubro de 2013 aconteceu nos jardins do Museu da Repblica, no Rio de Janeiro, a Primavera dos Livros Rio, organizado pela Liga Brasileira de Editoras Libre em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura. O evento homenageou o poeta Vinicius de Moraes e o cronista Rubens Braga, celebrando o centenrio de nascimento desses dois ex-pressivos nomes da literatura brasileira.

No primeiro dia, o pblico teve a oportunidade de conversar com o professor e autor francs Michel Collot sobre A paixo pela literatura e o despertar do leitor para o livro na atualidade, e com o escritor brasileiro Caio Ritter sobre A formao do leitor literrio. Nos quatro dias foram oferecidas atividades como bate-papos com escritores, debates, oficinas e lanamentos de livros. Leia outras informaes no site www.libre.org.br

Dicionrio de Ilustradores Iberoamericanos

4 Notcias 1 | janeiro 2014

No Brasil Colnia at a chegada do prn-cipe Dom Joo acompanhado de sua me a Rainha D. Maria 1 no havia sequer uma tipografia. Todo o material impresso, livros, jornais ou revistas, era importado da Europa. Mesmo depois quando, nas caravelas que trouxeram a Famlia Real, chegaram linotipos ou literatura desti-nada a crianas e jovens, no era sequer considerada e os livros continuaram sen-do importados em tradues portuguesas ou diretamente da Inglaterra e da Frana, na maior parte ilustrados a preto.

Quando finalmente os fundadores de uma literatura infantil brasileira comea-ram a traduzir ou a escrever numa lingua-gem a que chamamos portugus abrasi-leirado nos anos finais do sculo XIX e incio do sculo XX, os livros tiveram esse tipo de ilustraes feitas por artistas como Calixto Cordeiro, Henrique Cavalleiro e Julio Machado, o mais presente nos li-vros de Figueiredo Pimentel, um dos fundadores.

Em 1915, quando j est caracterizada a fase de transio, a Weiszflog Irmos Editora, de So Paulo, lanam uma Biblioteca Infantil que se inicia com O patinho feio, de Andersen. O carter revo-lucionrio dessa Coleo est principal-mente em seu aspecto grfico: ilustraes em cores, de Francisco Richter, da mais alta qualidade, impresso e acabamentos primorosos.

Mas antes ainda, em 1905, uma revista chamada Tico-Tico, um passarinho mui-to comum no Brasil, cujo objetivo era encantar e distrair as crianas, publica-va contos, poesias e principalmente his-trias em quadrinhos cujos personagens inspirados em figuras bem nossas, vi-viam divertidas aventuras e seus 10 mil

completas ilustradas de forma magistral por Roswita Bitterlich Winger, nascida na ustria, chegando em Porto Alegre - RS em 1955. Outro grande ilustrador dividiu com ela os volumes dessas obras, alm de ter trabalhado em outros ttulos: Nelson Boeira Faedrich.

Uma cengrafa e pintora Marie Louise Nery e uma pintora Anna Letycia Quadros, que trabalhavam com a teatr-loga, Maria Clara Machado, no Tablado, no Rio de Janeiro, ilustraram dois livros com peas suas, agora em forma narrati-va: O Cavalinho Azul (1969) e Pluft, o fan-tasminha (1970).

Os anos 80 nos trouxeram novos ilus-tradores, j que na dcada de 70 havia surgido grande nmero de bons autores. Citamos alguns como Flvia Savary, que hoje se dedica ao teatro, Denise Fraifeld e Fernando Azevedo que abandonaram a ilustrao por outras atividades artsti-cas, assim como G Orthof, filho da gran-de autora Sylvia Orthof que ilustrou todos os seus primeiros livros e hoje professor em Universidade de Braslia. O marido de Sylvia, Tato, ilustrou o restante da obra dela at sua morte.

Resta-nos mencionar aqueles auto-res que tambm desenharam suas obras como Marina Colasanti e Rubens Matuck. Seguem-se os 96 ilustradores que fizeram e fazem com que os livros brasileiros para crianas e jovens sejam hoje conhecidos e oferecidos em toda a Amrica Latina e em vrios outros pases do mundo.

* O texto serviu como base para a introduo

do Dicionrio de Ilustradores Latinoamericano

SM, na qual foram citadas histrias e autores de

cada pas mencionados na publicao.

Um pouco de Histria sobre a ilustrao de livros para crianas no Brasilpor Laura Sandroni

exemplares iniciais esgotavam-se rapida-mente. Nele brilharam, com seus dese-nhos em cores, nossos primeiros grandes ilustradores como Angelo Agostini, Luiz S, Alfredo Storni, Monteiro Filho e Max Yantok entre outros, at o fim da revista em 1958.

Com a publicao de A menina do Narizinho arrebitado, em 1921, Jos Bento Monteiro Lobato, inaugura-se o que se convencionou chamar de fase literria da produo editorial brasileira destinada a crianas e jovens.

Sua obra foi um salto qualitativo, com-parada aos autores que o precederam, ex-pressa em linguagem coloquial, original e criativa, antecipatria do Modernismo. Nela, a ilustrao teve importante papel j que ele sabia que a imagem no ape-nas um processo narrativo, mas tambm um modo de influenciar, fazer a cabea, principalmente quando se trata de uma populao menos letrada, - como era o caso na poca - com Voltolino, Andr Le Blanc, Belmonte, J. U. Campos e Manuel Victor Filho, entre outros que criaram, com seu talento, as figuras marcantes do Stio do Picapau Amarelo.

Em 1936, o Ministrio da Educao, por iniciativa do Ministro Gustavo Capanema, lana um concurso para livros de literatu-ra infantil abrangendo at o que se cha-mava ento lbum de estampas para as crianas menores. Dois grandes ilus-tradores foram premiados, o Santa Rosa, com O Circo, impresso na Blgica e Paulo Werneck com a Lenda da Carnaubeira.

J nos anos 60 e 70, a editora Globo, do Rio Grande do Sul, pioneira na traduo de grandes obras de autores famosos, lan-ou os Contos de Andersen e mais tarde os Contos de Grimm, ambos com suas obras

Notcias 1 | janeiro 2014 5

A cidade de Frankfurt recebeu a estao de Outono nas cores brasileiras. Entre os dias 09 e 13 de outubro de 2013, o Brasil foi o pas homenageado da maior feira inter-nacional do mercado editorial de livros, que acontece anualmente no ms de ou-tubro na capital alem. O evento cenrio de negociaes e encontros entre editores, autores, tradutores, agentes literrios e es-pecialistas. O pblico s tem acesso nos dois ltimos dias. Foi a segunda vez que o Brasil foi homenageado na Feira do Livro de Frankfurt.

A primeira foi em 1994 quando a lite-ratura infantil e juvenil ganhou desta-que no evento. A FNLIJ foi convidada pela Cmara Brasileira do Livro para a curado-ria da exposio e do catlogo com textos em portugus, ingls e alemo, sob o t-tulo O livro para crianas no Brasil, apre-sentando 36 escritores e 24 ilustradores. A exposio foi na bela Biblioteca Infantil e Juvenil Kibi - Kinder und Jugenbibliothek. O evento mobilizou a ida de 29 autores, entre escritores e ilustradores, que partici-param de atividades com crianas, jovens, professores e bibliotecrios alemes em escolas e bibliotecas.

As atividades foram planejadas pela FNLIJ em parceria com Judith Schleyer, bibliotecria brasileira que vive em Frankfurt. Sem apoio de qualquer ordem, mas motivados para participar de um evento de importncia para suas carreiras, a maioria dos 29 artistas custeou a prpria viagem participando da programao.

Para a segunda presena do Brasil como pas homenageado na Feira em Frankfurt

em verso digital no site da instituio. (Informao retirada do site da CBL).

Ana Maria Machado proferiu o discur-so de abertura do evento, valorizando a diversidade e a riqueza das nossas obras, convidando a todos para conhecerem nossos autores. Vocs nos convidaram e nos recebem com todas as honras nesta cidade. Ns tambm convidamos vocs: venham ler nossos autores. Prometemos receb-los altura em nossa casa liter-ria. Ana Maria citou tambm a grandio-sidade da representatividade brasileira e sua diversidade. Creio que uma dele-gao como esta reflete tambm o pen-samento oficial de uma poltica cultural que faz questo de apostar nas potencia-lidades, de se apoiar na mxima incluso possvel, de se caracterizar alegremente como uma celebrao, uma grande festa, um acolhedor corao de me onde sem-pre cabe mais um.

A delegao oficial dos autores brasi-leiros foi composta por 70 autores. A li-teratura infantil e juvenil esteve represen-tada por 12 autores: Ana Maria Machado, Angela-Lago, Daniel Munduruku, Eva Furnari, Fernando Vilela, Lelis, Marina Colasanti, Mauricio de Sousa, Pedro Bandeira, Roger Mello, Ruth Rocha e Ziraldo, quando participaram de pales-tras, encontros e visitas a bibliotecas e escolas.

A Biblioteca Central de Frankfurt Zentralbibliothek realizou leituras de autores brasileiros de literatura infantil e juvenil em bibliotecas e escolas da cida-de, proporcionando s crianas alems o

Feira de Frankfurt 2013 Brasil pas homenageado- Flashes sobre a LIJ no evento

em 2013, a Fundao da Biblioteca Nacional e da Cmara Brasileira do Livro foram as principais instituies respons-veis por organizar o evento, contando com o apoio do Ministrio da Cultura e das Relaes Exteriores. Aproximadamente 250 livros brasileiros estiveram em ex-posio, entre eles 117 obras traduzidas para o alemo, incluindo os direcionados a crianas e jovens. Os livros de literatu-ra infantil e juvenil foram expostos junta-mente com os para adultos, no Pavilho Brasileiro.

A cenografia do pavilho era toda em papel e foi criada por Daniela Thomas que explicou assim a sua escolha: O livro cada vez menos de papel, mas faz parte de uma histria de 500 anos. Escolhemos o material no por uma questo ecolgica, mas para celebrar o livro impresso.

Palestras sobre diversos temas relacio-nados cultura brasileira e ao mercado do livro foram apresentadas em sesses ple-nrias no Pavilho Brasileiro e no Estande Coletivo de Editoras. A arte brasileira re-presentada nas artes visuais, msica, dan-a e teatro tambm foi atrao na capital alem.

Segundo Karine Pansa, presidente da Cmara Brasileira do Brasil, o aumento de vendas de direitos autorais para o ex-terior saltou de US$ 495 mil em 2010 para US$ 1,2 milho em 2012. Foram registra-dos 7,3 mil expositores de mais de cem pa-ses e 276 mil visitantes. A CBL produziu especialmente para o evento um catlogo com ttulos de obras brasileiras, indicados pelas editoras. A publicao encontra-se

Pavilho brasileiro criado por Daniela Thomas. Estande coletivo das editoras brasileiras.

6 Notcias 1 | janeiro 2014

contato com os livros e autores brasileiros. Marina Colasanti participou de

uma dessas atividades de leituras no Struwwelpeter Museum, conforme des-creve em seu artigo Esse Joo que Pedro, escrito para o jornal Estado de Minas, no qual colunista. O artigo encontra-se no final da matria.

Roger Mello teve seus trabalhos apre-sentados em exposio no Struwwelpeter Museum, mostra inicialmente apresentada na Biblioteca da Juventude em Munique. Para ele, a literatura infantil e juvenil es-teve presente de forma representativa nas atividades e na concepo visual criadas para apresentar a produo editorial bra-sileira aos editores internacionais. O p-blico presente s sesses plenrias fazia muitas perguntas, resultando um grande interesse nos editores estrangeiros.

Como coordenador do programa Prazer em Ler do Instituto C&A, Volnei Cannica tambm fez questo de presti-giar a comemorao do Brasil como pas homenageado em Frankfurt e refora as palavras de Roger Mello. As editoras es-colheram a dedo o que seria exposto. Era

realmente o que o Brasil tem de melhor em sua literatura, avalia Volnei, porm, ressaltando que poderia ter havido mais literatura infantil e juvenil.

Daniel Munduruku e Fernando Vilela fecharam a programao brasileira na Feira de Frankfurt.

Convidada pela CBL, a presidente do Conselho Diretor da FNLIJ, Iss Valria Gomes comps com Daniel Munduruku a mesa-redonda Childrens Literature and Youg Adult Literature in Brazil an Overview de 1994 a 2013 A literatura in-fantil e juvenil uma viso geral dos anos de 1994 a 2013, no espao programado para aes relacionadas ao tema Um pas de to-dos. No Notcias 3 estaremos publicando o texto apresentado por Iss Valria.

Marisa Lajolo tambm esteve na Feira e participou da mesa-redonda A influncia do livro no processo de aprendizado, junta-mente com a professora e pesquisadora da Lngua Portuguesa da USP, Ndia Gotlib, no estande da Editora da Universidade de So Paulo. Com exclusividade Marisa Lajolo cedeu o seu texto para o leitores do Notcias FNLIJ.

Painel homenageando autores brasileiros de LIJ. Ana Maria Machado em discurso de abertura.

Aos convidados eram oferecidas comidas e bebidas tpicas

Ministra Marta Suplicy em discurso de inaugurao.

Pedro Bandeira e Ruth Rocha.

Estande Santilana.

Notcias 1 | janeiro 2014 7

Quase no tnhamos livros em casaE a cidade no tinha livrariaMas os livros que em nossa vida entraramSo como a radiao de um corpo negroApontando para a extanso do universoPorque a frase, o conceito, o enredo, o verso(E sem dvida, sobretudo o verso) o que pode lanar mundos no mundo.Caetano Veloso Livros

livros no Brasil em nmerosEm 2012 o Brasil produziu mais ttulos novos e reimprimiu me-nos ttulos do que em 2011:

Ttulos Novos isbns2 Re-impresses

2011 20.406 37.7872012 20.792 36.6813

Tambm nos nmeros relativos a exemplares produzidos, o comportamento foi similar: em 2012 a produo de exemplares de ttulos novos cresceu, enquanto a de reimpresses diminuiu:

Exemplares Novos isbns Re-impresses

2011 90.112.709 409.683.5792012 93.204.240 392.057.091

Somando os exemplares de ttulos novos aos de reimpresses, encontramos 485. 261. 331 livros produzidos no Brasil 2012, um pouco menos do que os 499.796.288 produzidos em 2011.

Novos isbns + re-impresses2011 499.796.2882012 485.261.331Total 985.057.619

Em 2012, o Brasil tinha quase 200 milhes de habitantes4.Produziu, portanto, mais do que dois exemplares por habitan-

te, mdia que aumenta um pouco se, dos 193.946.886 milhes de habitantes, excluirmos recm nascidos e analfabetos.

Entre o quase um bilho de exemplares (985.057.619) produzi-dos no Brasil nos ltimos dois anos, livros escolares representa-ram porcentagem extremamente significativa, apesar do decrs-cimo de 2011 para 2012:

Livros escolares: exemplares Porcentagem

2011 282.827.709 56.59 %2012 214.250.244 44.04 %

No Brasil, no entanto, alm de livros escolares, tambm livros de literatura infantil e juvenil so voltados para o mercado escolar que os consome em grande quantidade:

Exemplares de literatura infantil Porcentagem

2011 17.431.415 3.49% 2012 32.030.337 6.58%

Exemplares de literatura juvenilPercentagem

2011 13.480.176 2.70 % 2012 15.383.065 3.16 %

Como se nota, no se repete no gnero para crianas e jovens - o decrscimo j apontado na produo livreira como um todo: os nmeros crescem.

E o conjunto livros didticos + literatura infantil + literatura ju-venil engorda o nmero de livros produzidos para o mercado es-colar brasileiro nos ltimos dois anos: a porcentagem continua superior a cinquenta por cento, embora se registre uma queda em 2012.

Lit. Infantil+ lit. Juvenil + l.Escolares

Percent.

2011 313.739.300 62.78 % 2012 261.663.646 53.78 %

O segmento de livros voltados para circulao na escola tem como comprador majoritrio o governo brasileiro, em todas suas instncias federal, estadual e municipal:

Exemplares Exemplares produzidos

Compras governamentais

2011 499.796.288 185.484.4592012 485.261. 331 166.355.660

Trata-se, como se v, de um bom negcio, o negcio dos livros que tm como destinao o mercado escolar brasileiro. Livros escolares so mercadoria de consumo certo: o governo compra grandes quantidades deles.

o livro na escola brasileira1por MARISA LAJOLOUNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE / UNICAMP / CNPq

8 Notcias 1 | janeiro 2014

Buscando no passado da histria do livro e da leitura no Brasil antecedentes dos milhes de livros hoje em circulao na escola brasileira e chegamos ... Alemanha!

alemanha como? dos nmeros para as letras, histria e literatura Por volta de 1525, nasceu em Homberg (pequena cidade do estado de Hesse, na Alemanha), um menino. Seu nome era Hans Staden.

Talvez ele tenha crescido ouvindo histrias de viajantes, de tesouros trazidos das ndias, de novas terras descobertas mui-to longe. E talvez por influncia das histrias que ouvia, quan-do cresceu, Hans Staden decidiu ser marinheiro, ir para a ndia e ficar rico.

Concretizando o projeto de viver sua vida em longas viagens, em 1547 Hans Staden chegou a Portugal, naquela poca (sculo XVI), um dos pases que liderava as grandes navegaes.

Mas no havia no porto de Lisboa frota a caminho das ndias. Havia, entretanto, uma frota a caminho do Brasil.

E foi ento para o Brasil que Hans Staden embarcou, engajan-do-se como marinheiro. A viagem transcorreu tranquila e no ano seguinte, Hans Staden estava de volta Europa.

Um ano depois em 1549 ele estava de novo a bordo, desta vez cortando os mares num barco espanhol a caminho do Rio de la Plata.

Hans Staden, porm, nunca,chegou a seu destino hispano ame-ricano. Tempestades afundaram o navio e ele acabou de volta ao Brasil, ento uma jovem colnia portuguesa, descoberta cin-quenta anos antes, em 1500.

Depois de muita movimentao e diferentes ocupaes, os n-dios tupinambs, aliados dos franceses,e inimigos dos portugue-ses, capturaram Hans Staden. Eram antropfagos, comiam ritual-mente seus prisioneiros e era este, pois bem pouco risonho - o destino do menino nascido em Homberg em 1525.

Mas, graas a complexas negociaes e (falsas) promessas, Hans Staden conseguiu libertar-se. Depois de nove meses de ca-tiveiro, voltou para a Europa e, em sua cidade natal, escreveu um livro, contando sua histria5.

Um sculo depois de seu compatriota Gutenberg (Mainz, c.1400 - 1468) ter transformado livros em um produto mais popular6, o livro de Hans Staden impresso em Frankfurt em 15577 e fartamente ilustrado com xilogravuras - tornou-se um best seller, teve diversas edies em alemo e foi traduzido para vrias lnguas.

1455 Bblia de 42 linhas de Gutenberg 1557 Primeira e segunda edies alems1558 Traduo holandesa (anturpia) 1559 Traduo francesa ( no h cpias )1593 Traduo latina

1839 Traduo francesa (col. De viagens ternaux com-pans). Vol III. Paris ( in octavo)

1874 Traduo inglesa (trad. De albert tootal, anotaes de Sir Richard Burton. (Sociedade inglesa the haklugt). Traduo feita a partir de 2a. Ed. Alem de 1557

http://www.Brasiliana.Usp.Br/bbd/handle/1918/01737100#page/9/mode/1up

O nome do livro era Warhaftige Historia und beschreibung eyner Landtschafft der Wilden Nacketen, Grimmigen Menschfresser-Leuthen in der Newenwelt America gelegen e foi este o primeiro livro a falar do Brasil .

No entanto, apesar deste pioneirismo, sua primeira traduo para Portugus - feita no Brasil - tardou muito: uma verso de 1892, publicada na Revista do Instituto Histrico e Geogrfico do R.J.8 era uma edio de circulao provavelmente bastante restri-ta, acessvel apenas a intelectuais. Oito anos depois - em 1900 foi lanada uma nova edio brasileira9.

Primeiras tradues brasileiras do livro de Hans Staden

1892 Alencar araripe. Traduo brasileira. Revista do Instituto Histrico e Geogrfico do RJ. Vol 55. Parte I

1900

Hans Staden: Suas viagens e cativeiro entre os selva-gens do Brasil. S.Paulo. Typ. Da Casa Ecltica. Edio comemorativa do 4o. Centenrio. Anotaes de teo-doro sampaio. Prefcio assinado por albert lfgren, fls

Alm de relatar viagens, naufrgios, lutas e dilogos com povos de outras culturas, o livro de Hans Staden tem enorme importn-cia histrica: trata-se, como j se disse, do primeiro livro publica-do sobre o Brasil e que teve milhares de leitores europeus.

Ao lado deste pioneirismo temtico, o livro de Hans Staden tem uma segunda razo para ser celebrado como pioneiro. Numa cena antolgica, ele registra a presena de um livro no primeiro sculo de colonizao portuguesa: durante a preparao de uma cerimnia de ritual antropofgico, os ndios do a Hans Staden um livro que haviam capturado em um navio portugus. Como sobrevm uma tempestade que atrapalha e retarda o sacrifcio do prisioneiro, os ndios atribuem poderes sobrenaturais leitura10 e zangam-se com Hans Staden.

A cena informativa e preciosa para a histria do livro e da lei-tura no Brasil11.

E no mbito desta disciplina hoje em franco desenvolvi-mento entre ns - que surge uma terceira razo para o livro de Hans Staden inscrever-se nas razes da histria do livro e da leitu-ra no Brasil: na segunda dcada do sculo XX, o livro do nufrago alemo tornou-se muito popular no Brasil, graas s adaptaes que dele fez Monteiro Lobato (1882- 1948)12.

Hans Staden vai escola Monteiro Lobato, na realidade, fez duas adaptaes da obra ale-m, lanadas ambas por sua nova editora, a Companhia Editora Nacional. A primeira foi Meu cativeiro entre os selvagens do Brasil,

Ilustraes do livro de Hans Staden.

Notcias 1 | janeiro 2014 9

obra que repetindo o sucesso do original alemo - teve trs edi-es em anos sucessivos (1925, 1926 e 1927).

Esta edio, que manteve a narrativa em primeira pessoa do original, foi seguida de Aventuras de Hans Staden (1927), livro cujo longo subttulo13 indica a circulao pretendida.

esta verso infantil do livro de Hans Staden que nos recon-duz questo-tema desta mesa - o livro na escola brasileira. Para Monteiro Lobato, a histria das aventuras do viajante alemo:

deveria entrar nas escolas, pois nenhuma [obra] dar aos meninos a sensao da terra que foi o Brasil em seus primrdios 14.

No ano seguinte (1925), em carta a um amigo, o escritor-editor refora a ideia e atesta o sucesso de sua adaptao:

obra realmente interessante e merecedora do sucesso que tem tido. A edio inicial de trs mil est no fim. Vamos tirar outra e maior 15.

No prefcio da segunda edio (1926), Monteiro Lobato insiste na feio educativa do livro alemo:

() acolhida que teve a primeira edio, bastante larga, leva-nos a dar a segunda. () inestimvel o valor das memrias de Hans Staden, o aventureiro alemo que esteve prisioneiro dos tupinam-bs oito meses durante o ano de 1550, representam o melhor do-cumento daquela poca quanto aos costumes e mentalidade dos ndios 16.

Quase vinte anos depois, carta de 27 de fevereiro de 1941 (MLb 3.2.00407 cx9)17, de Octales Marcondes Ferreira editor da Companhia Editora Nacional - a Monteiro Lobato, discrimina as tiragens do livro, referendado seu sucesso de pblico:

Ano Ttulo (como mencionado na carta) Tiragem1927 Aventuras de Hans Staden 6.000 Ex. 1932 Aventuras de Hans Staden 6.000 Ex. 1934 Aventuras de Hans Staden 10.000 Ex. 1939 Hans Staden 7.000 Ex.

O livro de Hans Staden protagoniza, assim, um triplo pioneiris-mo: foi o primeiro livro sobre o Brasil, foi o primeiro livro a men-cionar um livro e uma situao de leitura em terras brasileiras, e foi ainda, o primeiro livro publicado por uma das maiores edito-ras brasileiras de livros escolares da primeira metade do sculo XX a Companhia Editora Nacional.

Publicado originalmente no sculo X VI, e no sculo XX trans-formado por um engenhoso escritor-editor brasileiro em obra de circulao escolar, o livro de Hans Staden pode ser visto como es-tando na raiz da gigantesca cifra de 261.663.646 livros que, no ano passado, circularam nas escolas brasileiras. E que, como prope Caetano Veloso, podem lanar mundos no mundo

Razes suficientes para esta modesta homenagem de uma bra-sileira ao autor alemo de um best seller quinhentista sobre o Brasil.

Obras e sites consultados Abreu, M. Bragana, A (org). O Impresso no Brasil. (Dois Sculos de Livros

Brasileiros. RJ: Bibl. Nacional, 1996 SP: Editora da Unesp. 2010.

Abreu, Mrcia. Da F em Deus Brasilidade Uma Histria do Livro e da Leitura em Duas Viagens ao Brasil de Hans Staden. Apud Mari; Walti, I; Versiani, Z (org). Ensaios sobre Leitura . MG: Puc Minas. 2005 p. 206 -228

Lajolo, M. Ceccantini, J. l. Monteiro Lobato Livro a Livro. SP: Imesp / Ed. Unesp. 2009.

Monteiro Lobato. A Barca de Gleyre. SP: Ed. Brasiliense. 61a. Ed. 1957 2 Tomo. p. 287

Monteiro Lobato. Na Antevspera. SP; Ed. Brasiliense. 3.Ed. (1957)Produo e Vendas do Setor Editorial Brasileiro (Base 2012). CBL, SNELL,

FIPE

Revista do Instituto Histrico e Geogrfico do RJ. Vol 55. (Parte I)Staden, Hans. Suas Viagens e Cativeiro entre os Indios do Brasil. Texto

Ordenadoor Monteiro Lobato. Cia. Editora Nacional. SP. 4 Ed. (Ilustrada).

1945

esse joo que Pedropor MARInA colasanti

Em Frankfurt, em uma serena rua residencial no longe da Feira do Livro, h uma casa coberta de hera. No hera como a nossa, de folhas pequenas como confeti, mas hera de folhas triangulares, pontiagudas e erguidas como orelhas de gato, que estremecem ao vento e que, neste comeo de outono se fazem vermelhas. Essa casa viva o Struwwelpeter Museum, ou Museu Joo Felpudo, onde fui contar histrias e me encontrar com crianas alems.

Me pergunto quanto as crianas brasileiras conhecem esse he-ri descabelado que, tendo nascido e se tornado famoso no mun-do inteiro em meados do sculo XIX, s chegou aqui em 1942, na traduo de Guilherme de Almeida, transformado de Peter em Joo. Em Frankfurt, um cone da cidade.

Seu criador, o psiquiatra Heinrich Hoffmann responsvel pelo manicmio da cidade, jamais imaginaria tanto sucesso quando, no encontrando nenhum livro infantil de seu gosto para dar de presente ao filho de 3 anos, decidiu ele mesmo fazer um, a partir de um caderno em branco. Escreveu poemas satricos, fez ilustra-es coloridas. Na ltima pgina, que havia sobrado, desenhou Joo com sua imensa cabeleira, suas longussimas unhas. E as

10 Notcias 1 | janeiro 2014

Staden, Hans [1520-Ca 1565] Viagem ao Brasil. - Rio de Janeiro: Academia Brasileira, 1930. - 186p. Cdu 82-992

http://purl.pt/151/cover.get

Warhaftige Historia Und Beschreibung Eyner Landtschafft Der Wilden Nacketen, Grimmigen Menschfresser-Leuthen In Der Newenwelt America Gelegen (True Story and Description of a Country of Wild, Naked, Grim, Man-Eating People in the New World, America).

Zorzato, L. B. Hans Staden Lobatiana. Apud Lajolo, M. Ceccantini, J. l. Monteiro Lobato Livro a Livro. SP: Imesp / Ed. Unesp. 2009. p.152

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2012/

estimativa_tcu.shtm

http://www.brasiliana.usp.br/bbd/handle/1918/01737100#page/9/

mode/1up

http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/Catarinense/fontes/staden.htm

http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/anais/Xsemanadeletras/comunicacoes/

Lucila-Bassan-Zorzato.pdf

http://www.ihgs.com.br/cadeiras/patronos/hansstaden.html

http://www.historiatecabrasil.com/2012/03/hans-staden-duas-viagens-

brasil.html

http://www.dw.de/

exposio-comemora-os-450-anos-do-livro-de-hans-staden/a-2428425

http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.

php?pid=S1645-64322009000100002&script=sci_arttext

Notas 1 Texto apresentado em 09.10.2013 na Feira do Livro de Frankfurt - 2013.

Books in the Brazilian Educational System. 2 International Standard Book Number.3 Todos os dados relativos ao movimento livreiro vm da pesquisa

Produo e vendas do setor editorial brasileiro ( Base 2012) CBL, SNELL, FIPE.

4 http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2012/estimativa_tcu.shtm registra 193.946.886 habitantes. Consulta em 22 de setembro de 2013.

5 Warhaftige Historia Und Beschreibung Eyner Landtschafft Der Wilden Nacketen, Grimmigen Menschfresser-Leuthen In Der Newenwelt America Gelegen (True Story and Description of a Country of Wild, Naked, Grim, Man-eating People in the New World, America).

6 Entre 1452 e 1455, foram impressos 180 exemplares da Bblia em Latim. Chamada b 42. Impressa em duas colunas, a denominao faz referncia s 42 linhas de cada coluna. Impresso o texto, eram feitas a mo as iniciais e as decoraes de pginas.

7 Andreas Kolbe8 Revista do Instituto Histrico e Geogrfico do RJ. Vol 55. (parte I)9 Parte da celebrao de descobrimento do Brasil10 interessante interpretar a atitude dos indgenas face ao livro e

leitura. Bastante sugestivo o ensaio de Mrcia Abreu Da f em Deus brasilidade uma histria do livro e da leitura em Duas viagens ao Brasil de Hans Staden. Vale notar tambm, que diferentes edies do livro de Hans Staden do diferentes expresses escritas frase atribuda aos indgenas.

11 Abreu, Mrcia: Da f em Deus brasilidade uma histria do livro e da leitura em Duas viagens ao Brasil de Hans Staden Apud Mari; Walti, I ; Versiani, Z (org) Ensaios sobre leitura . MG: PUC Minas. 2005 p. 206 -228

12 Em 1943, a verso infantil lobatiana foi lanada na Argentina em traduo de J.M.Sosa e com ilustraes de Arturo Travi.

13 O homem que naufragou nas costas do Brasil em 1549 e esteve oito meses prisioneiro dos ndios Tupinambs; narradas por Dona Benta a seus netos Narizinho e Pedrinho e redigidas por Monteiro Lobato.

14 Zorzato, L.B.Hans Staden lobatiana . apud Lajolo, M. Ceccantini, J.L. Monteiro Lobato livro a livro . SP: IMESP / Ed. Unesp. 2009 . p. 152

15 Monteiro Lobato. A barca de Gleyre. SP: Ed. Brasiliense. 61a. ed. 1957 2 tomo. P. 287

16 Monteiro Lobato. Caadas de Pedrinho e Hans Staden. SP; Ed. Brasiliense. 61. Ed. 1957. P. 121)

17 A carta encontra-se no Centro de Documentao Alexandre Eullio (CEDAE) na UNICAMP

crianas se apaixonaram por ele, levando o autor a transferi-lo para a capa na terceira edio.

As crianas que estavam agora minha frente, sentadas no cho para ouvir histrias, bonitas como so bonitas as crianas, eram muito diferentes daquelas que receberam o heri felpudo, e eram as mesmas. Diferentes, porque havia ali meninos e meninas de todas as raas, sua origem inscrita no rosto, nos olhos amen-doados ou na pele escura, na boca carnuda ou nos cabelos cor de trigo. Iguais, porque como as de sculos anteriores estavam aber-tas imaginao, prontas para acolher a emoo de coisas nunca acontecidas.

Eu as olhava, to atentas, to quietas, e dizia para mim mesma que essa ateno, essa capacidade de concentrao estabelecida desde cedo, resultar adiante na ordem da cidade, no bom acaba-mento dos produtos, na limpeza e, certamente, em um tanto de intransigncia. E que foi para isso, para que fossem assim, e as-sim fossem educadas, que os pais saram de seus pases, deixaram para trs seus afetos, seu modo de viver, seu clima, e vieram en-capotar-se e trabalhar na Alemanha.

Nas paredes vermelhas, uma belssima exposio das ilustra-es de Roger Mello nos rodeava sim, ocupamos todos os es-paos em Frankfurt para mostrar nossa cultura-, havia musica, a contadora Michaele Scherenberg narrava. E elas ali, ouvindo, juntas como uma ninhada, a menina oriental fazendo e desfazen-do a trana no cabelo louro da amiga, trs meninos abraados, a cabea de um no ombro do outro, cada um deles vestindo suter de uma cor, vermelho, amarelo, azul, podendo dar origem a todo o arco-ris.

Depois respondi a suas perguntas, e surpreendeu-me que fos-sem to diferentes das perguntas, sempre as mesmas, que estou acostumada a responder nas escolas. Perguntavam movidos pela curiosidade e pelo interesse, rebatendo minhas respostas, sem que nada no nosso encontro fosse dever, embora tivessem vindo com a escola e lido meus contos antes.

Hoffmann, que escreveu seu livro por achar que aqueles dispo-nveis eram demasiado educativos, certamente sorria em algum canto secreto da casa.

Notcias 1 | janeiro 2014 11

16 edio

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40 Seleo AnuAl do Prmio fnlij 2014 | Produo 2013 Biblioteca 1

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AbAcAttePra saber voar. Ana Terra. Il. Ana Terra

ticAFragosas brenhas do mataru. Ricardo

Azevedo

Os mitos gregos e a msica: lies sobre mitologia, histria e filosofia. Marcos Martinho. Arte de Andr Diniz

Na calada da noite. Peter Lerangis. Trad. Clara Allain

A noite dos bichos: um livro que amanhece. Julia Wauters. Trad. Elza Mendes. Il. Julia

Wauters

Prisioneiro B-3087: baseado na vida de Ruth e Jack Gruener. Alan Gratz. Trad. Anthony Cleaver

Ver de novo: histrias sobre o meio ambiente. Vrios autores. Il. Andr da Loba

AutnticAO garoto da camisa vermelha. Otvio Jnior.

Il. Angelo Abu

birutASete patinhos na lagoa. Caio Riter. Il. Laurent

Cardon

brinque-bookGatinho levado! Adam Stower. Trad. Gilda de

Aquino

O leno. Patricia AuerbachO lobo sentimental. Geoffroy de Pennart.

Trad. Gilda de Aquino. Il. Geoffroy de

Pennart

clAro enigmAAlbert Einstein e as fronteiras da fsica.

Jeremy Bernstein. Trad. Andr Czarnobai

Vidas dos grandes artistas. Charlie Ayres. Trad. rico Assis

comPAnhiA dAS letrASA causa secreta e outros contos de horror.

Vrios autores

O homem que fazia chover & outras histrias de Carlos Drummond de Andrade. Carlos Drummond de Andrade

A menina sem palavra: histrias de Mia Couto. Mia Couto

Uma mulher chamada guitarra: crnicas escolhidas de Vinicius de Moraes. Vinicius de Moraes

comPAnhiA dAS letrinhASA bela e a fera ao redor do globo. Seleo

de textos de Betzy Hearne. Verses de

Adele M. Fielde, Dominga Fuentes de

Norambuena e Jeanne-Marie Le Prince de

Beaumont. Trad. Eduardo Brando. Il. Alicia

Badalan, Mariana Cjiesa, David lvarez e

Claudia Legnazzi

A conferncia dos pssaros. Peter Ss. Trad. rico Assis. Il. Peter Ss

Histrias do Xingu. Cludio e Orlando Villas Bas. Il. Rosinha

Saudade: um conto para sete dias. Claudio Hochman. . Il. Joo Vaz de Carvalho

SK8: manual do pequeno skatista cidado. Vinicius Patrial. Il. Jimmy Leroy

Tutu-Moringa: histria que tatarav contou. Elizabeth Rodrigues da Costa e Gabriela

Romeu. Il. Marilda Castanha

cortezBota a cala, cala a bota. Cludio Martins. Il.

Cludio Martins

Coraes, caras e beijos. Sandra Pina. Il. Joocare

O dia em que minha av envelheceu. Lcia Fidalgo. Il. Veruschka Guerra

Esmeralda, corao verde. Sveen e Emberland

Estrelas so pipocas e outras descobertas. Goimar Dantas. Il. Ana Maria Moura

Lobu ku Xibinhu: histrias que as crianas me contaram em Cabo Verde. Rogrio Andrade Barbosa. Il. J Oliveira

Quem est bem? Clara Rosa Cruz Gomes. Il. Marco Antonio Godoy

Totem. Mrcia Szliga

dimenSo7 aventureiros e a guerra de travesseiros.

Jonas Ribeiro. Il. Gabriela Birchal

Bia, entre sonhos e letras. Celina Bragana. Il. Simone Matias

De 100 no passa! Branca Maria de Paula. Il. Ivan Zigg

Em busca da slaba perdida. Marta Lagarta. Il. Orlando Pedroso

Eu vou contar como que foi. Mirna Pinsky. Il. Flvio Fargas

Guto e Malu: vamos passear? Mary Frana. Il. Eliardo Frana

Leidedai e seu heri vira-lata. Branca Maria de Paula. Il. Lucas Frana

Lus e Lusa. Mary Frana. Il. Eliardo Frana

edelbrAAbecedrio dos bichos. Klvisson Viana.

Xilogravuras de Eduardo Ver

O barco. Blandina Franco. Il. Jos Carlos LolloUm caramelo amarelo camarada. Dilan

Camargo. Il. Miguel Tanco

Dona Tempa e a menina que no queria ir escola. Celso Gutfreind. Il. Martina Peluso

assim que as coisas so? Pati Pitta. Il. Cludio Martins

Jacar no tem chul. Alessandra Roscoe. Il. Anabella Lpez

Mico no usa penico. Alessandra Roscoe. Il. Anabella Lpez

Minhoca no quer pipoca. Alessandra Roscoe. Il. Anabella Lpez

No escuro: mais sete histrias tenebrosas de bruxa. Ermani Ss. Il. Eloar Guazzelli

Uma partida de A a Z. Glucia de Souza e Marcelo Pizarro Noronha. Il. Taline

Schubach

O prncipe das nuvens. Christophe Galfard. Trad. Luciano Vieira Machado. Il. Vicent

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V dormir princesa! Hermes Bernardi Jr. Il. Hermes Bernardi Jr.

ed. do brASilAbraos beijados, beijos abraados. Jonas

Ribeiro. Il. Sami e Bill

Cada casa casa com cada um. Ellen Pestili. Il. Ellen Pestili

A escada transparente. Csar Obeid e Jonas Ribeiro. Il. Anabella Lpez

Jeito de ser. Nye Ribeiro. Il. Maurcio VenezaUma leve esperana. Lannoy Dorin. Il.

Jefferson Costa

Luz de dentro ou de fora? Nye Ribeiro. Il. Maurcio Veneza

No ano passado. Lannoy Dorin. Il. Jefferson Costa

No tempo dos meus bisavs. Nye Ribeiro. Il. Maurcio Veneza

Por trs das chamas. Lus Dill. Il. Andra Corbani

Quem vai e vem um jeito sempre tem. Ellen Pestili. Il. Ellen Pestili

Revoluo no formigueiro. Nye Ribeiro. Il. Maurcio Veneza

Sensor: o game. Manuel Filho. Il. Laurent Cardon

Sinto o que sinto com cinco sentidos. Ellen Pestili. Il. Ellen Pestili

ed. nAcionAlA borboleta chique. Cntia Zullino Yunes.

Il. F

ftdAl, mame! Alice Horn. Trad. Heloisa Prieto.

Il. Jolle Tourlonias

Al, papai! Alice Horn. Trad. Heloisa Prieto. Il. Jolle Tourlonias

A rvore. Sandrine ThommenBreve histria de um pequeno amor. Marina

Colasanti. Il. Rebecca Luciani

Coach! Rodrigo Folgueira. Trad. Leo Cunha. Il. Poly Bernatene

Conchas e bzios. Manuel Rui. Il. Mauricio Negro

Cordel adolescente, xente! Sylvia Orthof. Il. Joana Lira

As cores da escravido. Ieda de Oliveira. Il. Rogrio Borges

Dom Quixote. Miguel de Cervantes. Trad. Ligia Cademartoni. Il. Alexandre Camanho

A gema do ovo da ema. Sylvia Orthof. Il. Rosinha

Histrias chinesas. Ana Maria Machado. Il. Laurent Cardon

Irm-estrela. Alain Mabanckou. Trad. Ligia Cademartori. Il. Judith Gueyfier

A menina e o cu. Leo Cunha. Il. Cris EichUm menino, sua amiga, um fichrio e dois

pres. Mirna Pinsky. Il. Carlos FonsecaMeu bicho de estimao. Yolanda Reyes.

Trad. Marina Colasanti. Il. Mariana

Massarani

Os miserveis. Victor Hugo. Trad. Antonio Carlos Viana. Il. Alexandre Camanho

A montanha da gua lils: fbulas para todas as idades. Pepetela. Il. Mauricio Negro

Nossos livros. Peter Carnavas. Trad. Rosana Rios. Il. Peter Carnavas

Pequenas guerreiras. Yaguar Yam. Il. Taisa Borges

Pinquio. Carlo Collodi. Trad. Ronaldo Simes Coelho. Il. Marilia Pirillo

Quarto de costura. Wania Amarante. Il. Guignard

As queixadas e outros contos guaranis. Org. Olvio Jekup. Il. Fernando Vilela

gAivotACrescer no perigoso. Januria Cristina

Alves. Il. Nircuda Longobardi

O menino e o fantasma do menino. Jorge Miguel Marinho. Il. Rafael Antn

globoUm dia com a vov. Andrea Hensgen. Trad.

Hedi Gndinger. Il. Jolle Tourlonias

Lenny Cyrus, o supervrus. Joe Schreiber. Trad. Camila Artoni Gough

ibePBom dia, Maria! Valria Belm. Il. Adriana

Mendona

O canguru emprestado. Mirna Pinsky. Il. Estdio Mil

O espelho de Lel. Valria Belm. Il. Adriana Mendona

O prato encantado. Valria Belm. Il. Adriana Mendona

iluminurASAlice no jardim de infncia. Lewis Carroll.

Trad. Srgio Medeiros. Il. Sir John Tenniel

kelPSA r que comia cobra. Davi Isaias. Il. Patrcia

Paulozi

l&Pm A casa de Euclides: elementos de geometria

potica. Srgio Capparelli. Il. Ana Gruszynski

tudo famlia!: sobre a filha da nova namorada, sobre o irmo da ex-mulher do papai e outros parentes. Alexandra Maxeiner. Trad. Hedi Gndinger. Il. Anke

Kuhl

Palavra vai palavra vem. Paula TaitelbaumO Smurf selvagem. Roteiro de Luc Parthoens

e Thierry Culliford. Trad. Alexandre Boide.

Desenhos de Alain Maury

lenAO Evangelho das aves. Catullo Cearense.

mAzzAAfra e os trs lobos-guars. Adapt. Cristina

Agostinho e Ronaldo Simes Coelho. Il.

Walter Lara

Gabriela: a princesa do Daom. Marta Rodrigues. Il. David Smyth

Joozinho e Maria. Adapt. Cristina Agostinho e Ronaldo Simes Coelho. Il. Walter Lara

O menino corao de tambor. Nilma Lino Gomes. Il. Mauricio Negro

A nora e outros no bichos. Edimilson de Almeida Pereira. Il. Veruschka Guerra

O primeiro menino. Edimilson de Almeida Pereira. Il. Anabella Lpez

Zumbi dos Palmares: em cordel. Madu Costa. Il. Josias Marinho

melhorAmentoSAdivinha que dia hoje? Anna Muylaert. Il.

Ziraldo

O ano amarelo. Condessa dAulnoy. Adapt. Tatiana Belinky. Il. Franz Richter

O ba voador. Hans Christian Andersen. Adapt. Tatiana Belinky. Il. Franz Richter

Branca de Neve. Irmos Grimm. Adapt. Tatiana Belinky. Il. Franz Richter

Os cisnes selvagens. Hans Christian Andersen. Adapt. Tatiana Belinky. Il. Franz

Richter

O coelho que falava latim. Lus Carlos Patraquim. Il. Chichorro

Como coa! Lucie Albon. Trad. Maria Alice Sampaio Doria. Il. Lucie Albon

Como construir seu pas. Valerie Wyatt. . Trad. Clene Salles e Julio de Andrade Filho. Il.

Fred Rix

Conte aqui que eu canto l. Rosane Pamplona. Il. Tatiana Paiva

Corpo humano do avesso: o que tem embaixo da sua pele: olhe dentro dos meus olhos. Clive Gifford. Trad. Silvia Resende. Il. Mark Ruffle

O cravo brigou com a rosa. Ricardo Filho. Il. Tati Mes

Desatando os ns: economia para crianas. Manuel Filho. Il. Aline Abreu

Um dia para no esquecer. Patrcia Engel Secco e Tarsilinha do Amaral. Il. Fbio Sgroi

Dima, o passarinho que criou o mundo: mitos, contos e lendas dos pases de Lngua Portuguesa. Org. Zetho Cunha Gonalves. Il. Angelo Abu

Dona Revirada. Luiz Antonio Aguiar. Il. Mrcia Szliga

Eduardo e os elefantes. Celso Sisto. Il. Aline Abreu

As frutas da Lili. Lucie Albon. Trad. Maria Alice Sampaio Doria. Il. Lucie Albon

Galinha pintadinha: livro de melodias: livro musical pop-up

A Gata Borralheira. Charles Perrault. Adapt. Tatiana Belinky. Il. Franz Richter

O gato na sopa. Tiago de Melo Andrade. Il. Alexa Castelblanco

A grande procura. Jrg Isermeyer. Trad. Claudia Abeling. Il. Katharina Busshoff

O homem estranho da casa ao lado. Sandra Pina. Il. Leandro Marcondes

Os homens tristes e outros desenhos sem destino. Ziraldo. Seleo dos desenhos de Gustavo L. Ferreira e Paulo Vieira

A horta da Lili. Lucie Albon. Trad. Maria Alice Sampaio Doria. Il. Lucie Albon

O inventor do sorriso: poemas colhidos na floresta. Walther Moreira Santos. Il. Walther Moreira Santos

O isqueiro encantado. Hans Christian Andersen. Adapt. Tatiana Belinky. Il. Franz

Richter

A lenda de Su. Tiago de Melo Andrade. Il. Cludia Kfouri

Marcas de uma guerra. Sandra Pina. Il. Maurcio Planel

Marcas do cativeiro: trabalho escravo ontem e hoje. Cndida Vilares e Vera Vilhena. Il. Alexandre Teles

Max Mosca detetiva particular em Crime nojento de inseto. Aaron Reynolds. Trad. Sandra Pina. Il. Neil Numberman

O menino que tinha uma panela na cabea. Anna Muylaert. Il. Ziraldo

O menino que veio de Vnus. Ziraldo. Il. Ziraldo

Mumi sem memria. Gabriele Clima. Trad. Biagio DAngelo. Il. Chiara Carrer

O monstro sem cala da mochila sem ala. Eliana Martins. Il. Merli

Po, po, po. Estvo Marques, Marina Pittier e F Sztok. Il. Ionit Zilberman

P de goiaba. Gustavo Luiz. Il. MigPequeno grande heri. Angela Leite de Souza.

Il. Cris Eich

As pipas. Lucie Albon. Trad. Maria Alice Sampaio Doria. Il. Lucie Albon

Um presente para Adeola. Patrcia Engel Secco. Il. Edu A. Engel

O que h de errado com Alberty?: uma histria com Albert Einstein. Frieda Wishinsky. Trad. Antonio Carlos Vilela. Il.

Jacques Lamontagne

O Raiozinho e a Furiosa. Mrio Mattoso. Il. Mauricio de Sousa

A ratinha Lili. Lucie Albon. Trad. Maria Alice Sampaio Doria. Il. Lucie Albon

O rouxinol. Hans Christian Andersen. Adapt. Tatiana Belinky. Il. Franz Richter

Tarsilinha. Patrcia Engel Secco e Tarsilinha do Amaral. Il. Edu A. Engel

Teimosinha. Fabrcio Carpinejar. Il. Guto LinsA tempestade: em quadrinhos. William

Shakespeare. Adapt. Bruno S.R.. Il. Eduardo

Vetillo

As trs cabeas de ouro. L. Fanus. Adapt. Tatiana Belinky. Il. Franz Richter

A ltima chance. Marcia Kupstas. Il. Kris Barz

modernAOs Argonautas. Ana Maria Machado. Il. Igor

Machado

O que h de frica em ns. Wlamyra Albuquerque e Walter Fraga. Il. Pablo Mayer

multifocoNo reino de Pirapora... Janine Rodrigues. Il.

Janine Rodrigues

mundo mirimOs assassinos da rua Morgue.Edgar Allan

Poe. Adapt. Lus Dill. Gritos na noite.

Lus Dill

Brincadeiras de A a Z. Lenice Gomes. Il. Claudia Cascarelli

Os construtores de montanhas. Alberto Prez. Trad. Tino Freitas. Il. Jorge del Corral

Entre e-mails e acontecimentos. Sandra Pina. Il. Caio Borges

Eros e Psique, uma histria de amor. Lus Dill. Il. Marco Antonio Godoy

Favela. Dlvia Ludvichak. Il. Rogrio CoelhoA festa animada da bicharada. Maurcio

Veneza. Il. Maurcio Veneza

A jornada heroica de Perseu. Adriano Messias. Il. Manny Clark

Poesia que rola no jogo de bola. Fbio Sombra. Il. Joo Marcos Mendona

Poesias do nomes ou nomes do poesias? Andr Neves. Il. Andr Neves

O retrato de Dorian Gray. Oscar Wilde. Adapt. Isabel Vieira.

A garota da capa. Isabel VieiraTucano aprende uma palavra. Mrgara

Averbach. Trad. Tino Freitas. Il. Viviana

Bilotti

A viagem da bola. Adalberto CornavacaVida rima com cordel. Csar Obeid.

Xilogravuras de Eduardo Ver

outrAS letrASQuinquim e o drago: diferentes e amigos.

Pedro, Felipe, Joo Mattos de Senna e Silva.

Il. Giorgia Massetani

Ux. Ana Crespo. Il. Giorgia Massetani

PequenA zAhArSe voc quiser ver uma baleia. Julie Fogliano.

Trad. Celina Portocarrero. Il. Erin E. Stead

PoSitivoO balo. Daniel CabralA criana e a leitura literria: livros, espaos,

mediaes. Org. Maria Zlia Versiani Machado

Festa no cu. Maria Viana. Il. Mateus RiosLabirinto no escuro. Lus Dill. Il. Fernando

Vilela

Maas argentinas. Paulo Venturelli. Il. Odilon Moraes

Marcu. Marcos BagnoUma noite espetacular. AnnaLaura Cantone.

Roteiro de Adriano Messias

A semana dos monstros. Jean-Claude R. Alphen. Il. Jean-Claude R. Alphen

encArte notciAS 01 | jAneiro 2014

Fundao nacional do livro inFantil e juvenil

Os dados de catalogao dos livros relacionados esto

disponveis para pesquisa no site:

http://biblioteca.fnlij.org.br:81/pergamum/biblioteca/

quAtro cAntoSA menina que media as palavras. Luis

Dolhnikoff. Il. Guilherme Zamoner

Ralf & Demi: uma histria de duas metades. Felipe Schuery. Il. Clara Gavilan

rovelleAbecedrio potico de frutas. Roseana

Murray. Il. Claudia Simes

Aninha quer danar. Cacau Hygino. Il. Thais Linhares

Brasil x Todos. J.VicttorDois heris demais. Davide Cali. Trad.

Marlia Garcia. Il. Miguel Tanco

Estrias de jabuti: lendas indgenas: reconto. Marion Villas Boas. Il. Marcelo Pimentel

Persfone: amor e abismo. Carlos Alberto de Carvalho. Il. Rafael Nobre

Poesia dgua. Sylvia Orthof. Il. Sylvia OrthofPor que mesmo? Alina Perlman. Il. Andr

Flauzino

Quero minha me-rob? Davide Cali. Trad. Marlia Garcia. Il. Anna-Laura Cantone

SAber e lerCamila Rosa Caprichosa. Marjaleena

Lembcke. Trad. Hedi Gndinger. Il. Stefanie

Harjes

A cartola apaixonada. Serpil & Peter Prange. Trad. Hedi Gndinger. Il. Martina Matos

Uma esttua diferente. Charlotte Bellire. Trad. Clara A. Colotto. Il. Ian De Haes

Gabriel tem 99 centmetros. Annette Huber. Trad. Hedi Gndinger. Il. Manuela Olten

Meninos de verdade. Manuela Olten. Trad. Hedi Gndinger. Il. Manuela Olten

A monstra prima. Markus Heitz. Trad. Hedi Gndinger. Il. Jolle Tourlonias

O rapto do rei dorminhoco. Doca Furtado. Il. Andr Ceolin

A revolta das princesas. Cline Lamour-Crochet. Trad. Clara A. Colotto. Il. Lisbeth

Renardy

SAlAmAndrAUma pitada de magia. Kathryn Littlewood.

Trad. Marina Garcia

SArAivAO bonequeiro de sucata. Eliana Martins. Il.

Catarina Bessell

Devezenquandrio de Leila Rosa Canguu. Loureno Cazarr. Il. Carolina Cochar

Magalhes

O escadaloso teatro das virtudes. Marco Tlio Costa. Il. Andrea Ebert

Memrias mal-assombradas de um fantasma canhoto. Luiz Antonio Aguiar. Il. Guto Lins

Miopia e outros contos inslitos. Tadeu Pereira. Il. Alex Senna

SeguinteSombras vivas. Cornelia Funke e Lionel

Wigran. Trad. Sonia Bertuol. Il. Cornelia

Funke

SeSi-SPO colecionador de histrias: pintura. Edison

Rodrigues Filho. Il. Fbio Sgroi

Criaturas. Lu Lopes. Il. Lu LopesLongas sombras ao cair da tarde. Cris EichMos mgicas. Tereza Yamashita. Il. SuppaMatintapereira. Jos Santos. Il. J Oliveira

viAjAnte do temPoDeu branco. Regina Gonalves. Il. Vanessa

Rosa, Pedro Sarmento e Joo W. Faissal

Enigmat: o bicho de sete cabeas. Regina Gonalves. Il. Vanessa Rosa e Diana Rosa

Luzia reluza poesia. Regina Gonalves. Il. Vanessa Rosa e Pedro Sarmento

Mandioca: a histria do parecido diferente. Pedro Sarmento. Il. Pedro Sarmento

Mar das deslembranas: histrias do Mestre Ambrsio. Pedro Sarmento. Il. Pedro Sarmento

Sanduche de livro: histrias da tia Bisbilhoteca. Paula Novaes. Il. Pedro Sarmento

Ubuntu: eu sou porque ns somos. Pedro Sarmento. Il. Pedro Sarmento

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