jornal nº 01

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Geraldo nasceu em 1726 em Muro Lucano, pequena cidade do sul da Itália. Geraldo tinha quatorze anos quando seu pai morreu e ele ficou sendo o arrimo da família. Tornou-se aprendiz na alfaiataria da cidade. Passados quatro anos de aprendizado, quando ele poderia montar sua própria alfaiataria, disse que ia trabalhar como empregado do bispo de Lacedônia. Seus amigos lhe aconselharam a não assumir o trabalho. Geraldo via o sofrimento como parte do seu seguimento de Cristo. Costumava passar horas diante de Jesus presente no Santíssimo Sacramento. Com 19 anos, montou uma alfaiataria. Praticamente dava tudo para os outros. Guardava o que era necessário para sua mãe e suas irmãs e dava o resto aos pobres ou para Missas em sufrágio das almas do purgatório. Quis servir plenamente a Deus e pediu admissão no convento dos Capuchinhos, não sendo, porém aceito. Em 1749, os Redentoristas estiveram em Muro. Pediu para ingressar no grupo missionário, mas o Pe. Cafaro, o Superior, recusou-o por motivo de saúde. Tanto importunou os padres, que, ao deixarem a cidade, o Pe. Cafaro sugeriu à sua família que o trancasse no seu quarto. Geraldo amarrou os lençóis da cama e, descendo pela janela, seguiu o grupo dos missionários. Fez uma dura caminhada de dezenove quilômetros para chegar até eles. Pe. Jornal Paroquial - Ano I - Nº 01 /outubro 2010 São Geraldo Majela 01- São Geraldo Majela 03- Nossa Senhora Aparecida Cafaro Mandou Geraldo para a comunidade redentorista de Deliceto com uma carta em que dizia: "Estou mandando um outro irmão, que será inútil quanto ao trabalho." Geraldo sentiu-se absolutamente e totalmente satisfeito com o modo de vida que Santo Afonso, fundador dos Redentoristas, traçou para os seus religiosos. Ficava radiante ao constatar como era central o amor a Jesus sacramentado e como era essencial o amor a Maria, Mãe de Jesus. Geraldo era um excelente trabalhador e nos anos seguintes foi por várias vezes jardineiro, sacristão, alfaiate, porteiro, cozinheiro, carpinteiro e encarregado das obras da nova casa de Caposele. Tinha apenas uma ambição: fazer em tudo a vontade de Deus. Em 1754 o seu diretor espiritual pediu-lhe que escrevesse qual era o seu maior desejo. Ele escreveu: "amar muito a Deus; estar sempre unido com Deus; fazer tudo por amor de Deus; amar a todos por amor de Deus; sofrer muito por Deus. Minha única ocupação é fazer a vontade de Deus."Uma das suas obras de apostolado era a de encorajar e assistir as moças que queriam entrar para o convento. Muitas vezes ele até garantiu o necessário dote para alguma moça pobre que de outra forma não poderia ser admitida numa ordem religiosa. Em 1755 sofreu violentas hemorragias e disenteria, a ponto de sua morte ser esperada para qualquer momento. No entanto, ele devia ainda ensinar uma grande lição sobre o poder da obediência. O seu diretor mandou-lhe que sarasse, se fosse da vontade de Deus, e imediatamente a doença desapareceu, ele deixou o leito e juntou-se à comunidade. Sabia, porém, que esta cura era apenas temporária e que tinha pouco mais que um mês de vida. Abandonava-se totalmente à vontade de Deus e escreveu na porta do seu quarto: "Aqui se faz a vontade de Deus, como Deus quer e por quanto tempo ele quer." Com freqüência ouviam-no recitar esta oração: "Meu Deus, quero morrer para fazer vossa santíssima vontade." Pouco antes da meia-noite do dia 15 de outubro de 1755, a sua alma inocente voltou para Deus. Na morte de Geraldo, o irmão sacristão, na sua euforia, tocou os sinos à maneira festiva, em vez do toque fúnebre. Milhares de pessoas vieram ver o corpo do "seu santo" e tentar obter uma última lembrança daquele que tantas vezes os tinha ajudado. Após a sua morte, começaram a ser relatados milagres em quase todas as regiões da Itália, atribuídos à intercessão de Geraldo. Em 1893, o Papa Leão XIII o beatificou e, no dia 11 de dezembro de 1904, o Papa Pio X o canonizou. (Site: http://www.cssr.com) 02- Editorial (Drausio Lazaro) 04- Entrevista (Pe. Jayme) Apoio:

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Page 1: Jornal nº 01

Geraldo nasceu em 1726 em Muro Lucano, pequena cidade do sul da Itália. Geraldo tinha quatorze anos quando seu pai morreu e ele ficou sendo o arrimo da família. Tornou-se aprendiz na alfaiataria da cidade. Passados quatro anos de aprendizado, quando ele poderia montar sua própria alfaiataria, disse que ia trabalhar como empregado do bispo de Lacedônia. Seus amigos lhe aconselharam a não assumir o trabalho. Geraldo via o sofrimento como parte do seu seguimento de Cristo. Costumava passar horas diante de Jesus presente no Santíssimo Sacramento. Com 19 anos, montou uma alfaiataria. Praticamente dava tudo para os outros. Guardava o que era necessário para sua mãe e suas irmãs e dava o resto aos pobres ou para Missas em sufrágio das almas do purgatório. Quis servir plenamente a Deus e pediu admissão no convento dos Capuchinhos, não sendo, porém aceito. Em 1749, os Redentoristas estiveram em Muro. Pediu para ingressar no grupo missionário, mas o Pe. Cafaro, o Superior, recusou-o por motivo de saúde. Tanto importunou os padres, que, ao deixarem a cidade, o Pe. Cafaro sugeriu à sua família que o trancasse no seu quarto. Geraldo amarrou os lençóis da cama e, descendo pela janela, seguiu o grupo dos missionários. Fez uma dura caminhada de dezenove quilômetros para chegar até eles. Pe.

Jornal Paroquial - Ano I - Nº 01 /outubro 2010

São Geraldo Majela

01- São Geraldo Majela

03- Nossa Senhora Aparecida

Cafaro Mandou Geraldo para a comunidade redentorista de Deliceto com uma carta em que dizia: "Estou mandando um outro irmão, que será inútil quanto ao trabalho." Geraldo sentiu-se absolutamente e totalmente satisfeito com o modo de vida que Santo Afonso, fundador dos Redentoristas, traçou para os seus religiosos. Ficava radiante ao constatar como era central o amor a Jesus sacramentado e como era essencial o amor a Maria, Mãe de Jesus. Geraldo era um excelente trabalhador e nos anos seguintes foi por várias vezes jardineiro, sacristão, alfaiate, porteiro, cozinheiro, carpinteiro e encarregado das obras da nova casa de Caposele. Tinha apenas uma ambição: fazer em tudo a vontade de Deus. Em 1754 o seu diretor espiritual pediu-lhe que escrevesse qual era o seu maior desejo. Ele escreveu: "amar muito a Deus; estar sempre unido com Deus; fazer tudo por amor de Deus; amar a todos por amor de Deus; sofrer muito por Deus. Minha única ocupação é fazer a vontade de Deus."Uma das suas obras de apostolado era a de encorajar e assistir as moças que queriam entrar para o convento. Muitas vezes ele até garantiu o necessário dote para alguma moça pobre que de outra forma não poderia ser admitida numa ordem religiosa. Em 1755 sofreu violentas hemorragias e disenteria, a ponto de sua morte ser esperada para qualquer momento. No entanto, ele devia ainda ensinar uma grande lição sobre o poder da obediência. O seu diretor mandou-lhe que sarasse, se fosse da vontade de Deus, e imediatamente a doença desapareceu, ele deixou o leito e juntou-se à comunidade. Sabia, porém, que esta cura era apenas temporária e que tinha pouco mais que um mês de vida. Abandonava-se totalmente à vontade de Deus e escreveu na porta do seu quarto: "Aqui se faz a vontade de Deus, como Deus quer e por quanto tempo ele quer." Com freqüência ouviam-no recitar esta oração: "Meu Deus, quero morrer para fazer vossa santíssima vontade." Pouco antes da meia-noite do dia 15 de outubro de 1755, a sua alma inocente voltou para Deus. Na morte de Geraldo, o irmão sacristão, na sua euforia, tocou os sinos à maneira festiva, em vez do toque fúnebre. Milhares de pessoas vieram ver o corpo do "seu santo" e tentar obter uma última lembrança daquele que tantas vezes os tinha ajudado. Após a sua morte, começaram a ser relatados milagres em quase todas as regiões da Itália, atribuídos à intercessão de Geraldo. Em 1893, o Papa Leão XIII o beatificou e, no dia 11 de dezembro de 1904, o Papa Pio X o canonizou. (Site: http://www.cssr.com)

02- Editorial (Drausio Lazaro)

04- Entrevista (Pe. Jayme)

Apoio:

Page 2: Jornal nº 01

Faça-se ouvir um grito crescente na garganta de cada homem e de cada mulher, de cada idoso, de cada criança e de cada jovem desta cidade: deste país. Um grito de indignação, de protesto, um grito de basta contra tudo que destrói e contra todos que dividem. Contra aquela velha e maldita mania de querer ser sempre o primeiro, mesmo que prejudique o outro. Aquela velha e maldita cultura de tirar lucro em tudo, daquele velho e nefasto ditado popular: “Farinha pouca, meu pirão primeiro”. Que seja um grito contra homens e mulheres que agridem e nem sabem a quem. Por um lugar na fila (qualquer que seja), por um banco no ônibus, por um banco nos trens ou metrôs. Pasmem! Brigam até por um espaço, uma função na Igreja. E a palavra é esta mesmo – Agreção - seja ela física ou moral.

Contudo, que este grito não faça apenas barulho, que não incomode apenas aos ouvidos, mas, e, sobretudo, incomode aos poucos privilegiados que nada fazem pelo pobre, pelo mais fraco. Que faça eclodir uma transformação social, uma transformação das idéias. Enquanto se engalfinham, estes homens e mulheres, gladiadores de não se sabe o quê, deixam revelar a insana cultura do “Eu”. Egoísmo louco a ponto de deixar de lado a maior e mais bela mensagem de amor, a mensagem que ensina e divulga a cultura do “Nós”.

“Jesus... levantou-se da mesa, depôs as suas vestes e, pegando duma toalha, cingiu-se com ela. Em seguida, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido. Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes, sentouse novamente à mesa e perguntou-lhes: Sabeis o que vos fiz? Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós. Em verdade, em verdade vos digo: o servo não é maior do que o seu Senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou. Se compreenderdes estas coisas, sereis felizes, sob condição de as praticardes. (Jo 13, 3-5.13-17).

Oxalá, ergam-se pessoas dispostas a gritar em alta voz esta mensagem de despojamento, serviço, humildade e amor. Prouvera Deus que os primeiros a darem este grito sejam os cristãos, que há muito estão calados. Assim, neste país de maioria cristã, e, ainda, de maioria católica, se possa ver dar preferência aos idosos, às mulheres gestantes ou não, o cuidado devido para com as crianças, enfim, a todos que conhecemos e não conhecemos.Enquanto as pessoas de bem se calam, cresce na sociedade o abandono e maus tratos para com as crianças e idosos, cresce o número de viciados em drogas (lícitas ou não), políticos corruptos, músicas imorais, desvios de verbas públicas, assassinatos, roubos e tantos outros males causados pelo silêncio. Ao passo que cresce o ibope dos “BBB’s” da vida alardeando a imoralidade, competição desleal, inveja, fofoca, sexo sem compromisso.

A mensagem da Cruz de Cristo que se doa a todos fica cada vez mais esquecida dentro das Igrejas, já não encontrando mais espaço nos corações dos homens.Que a verdade seja mais forte que o engodo e que a vida vença sempre a morte. Faça-se um coro com as vozes de todos de boa vontade para que as pedras nunca precisem gritar no lugar dos cristãos, em lugar de ninguém (cf. Lc19,40).Que a comunicação seja usada sempre para alcançar a verdade e a paz!

PASTORAL DA COMUNICAÇÃO!

02 Ano I - Nº 01 /outubro 2010

Do grito à transformação Por: Drausio Lazaro

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Page 3: Jornal nº 01

Ano I - Nº 01 /outubro 2010 BOLETIM PAROQUIAL 03

Nossa Senhora Aparecida

JORNAL PAROQUIAL

Em 1717 três pescadores, no rio Paraíba do Sul, colheram em suas redes o corpo de uma estátua de Maria SS. depois, a cabeça da mesma. A este fato se seguiu farta pescaria, que surpreendeu a todos. Tendo limpado e recomposto a imagem, expuseram-na à veneração dos fiéis. Verificaram-se, porém, alguns portentos, que chamaram a atenção do Pe. José Alves Vilela, pároco de Guaratinguetá que decidiu construir uma capela capaz de satisfazer ao crescente número de devotos da Virgem. Tal capela foi substituída por outra maior no morro dos Coqueiros em 1745, morro que tomou o nome de “Aparecida”. Em 1846 foi iniciada a construção de templo mais vasto e no ano de 1980 foi concluída a monumental basílica. Em 1930 a Virgem Santíssima foi proclamada Padroeira do Brasil sob o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Eis o que relatam os documentos históricos: Em princípios do séc. XVIII lutas, agitavam os exploradores de ouro em Minas Gerais. Em março de 1717, embarcou em Lisboa, com destino ao Rio, Dom Pedro de Almeida e Portugal, Conde de Assumar, que vinha substituir Dom Braz Balthasar da Silveira no governo da Capitania de São Paulo e Minas. Chegando ao Rio em junho, mostrou-se logo interessado em conhecer a situação da sua capitania. Seguiu, pois, em agosto para São Paulo, sede do governo respectivo, do qual tomou posse aos 4 de setembro do mesmo ano. Dom Pedro de Almeida e Portugal resolveu dirigir-se ao local das desordens. Partiu, de São Paulo aos 25 ou 26 de setembro de 1717, deixando como substituto nessa cidade Manoel Bueno da Fonseca. Aos 11 ou 12 de outubro de 1717, chegava o Conde de Assumar, à região de Guaratinguetá. Entre os acontecimentos que se deram relatam os manuscritos da época: “A Câmara da Vila notificou os pescadores que apresentassem todo o peixe que pudessem haver para o governador. Entre muitos, foram pescar em suas canoas Domingos Martins Garcia, João Alves e Felipe Pedroso. Principiando a lançar suas redes no porto de José Corrêa leite, continuaram até o porto de Itaguassú, sem tirar peixe algum. João Alves, lançando a sua rede de rasto, tirou o corpo da Senhora, sem cabeça, e, lançando mais abaixo a rede, tirou a cabeça de mesma Senhora. Continuando a pescaria, não tendo até então peixe algum. Dali por diante foi tão copiosa a pescaria que, receosos de naufragarem pelo muito peixe que tinham nas canoas, retiraram-se a suas moradas, admirados deste sucesso”. A título de ilustração, pode-se acrescentar que o porto de José Corrêa Leite, donde partiram os três mencionados pescadores, se achava à margem esquerda do rio Paraíba no bairro Tetequera (município de Pindamonhangaba). A imagem encontrada media 38 cm de altura e apresentava cor bronzeada. Impressionados pelo fenômeno, principalmente pela pesca portentosa que se seguiu à descoberta da estátua, os três mencionados pescadores limparam com grande cuidado a imagem, e verificaram que representava Nossa Senhora da Conceição, que o povo sem demora passou a chamar “Senhora Aparecida”. Felipe Pedroso conservou a imagem em sua casa durante vários anos; por fim, resolveu dá-la a seu filho Atanásio, que morava em Itaguassú. Este, movido então pela sua fé, ergueu um pequeno oratório, onde depositou a venerável efígie; o povo da vizinhança começou a reunir-se ali, aos sábados à noite, a fim de rezar o santo rosário. Durante uma dessas práticas aconteceu que, de repente se apagaram as velas que alumiavam a imagem da Senhora. Os fiéis, querendo reacendê-las, verificaram com surpresa que elas por si se reacenderam. Foi este o primeiro prodígio registrado em torno da Senhora Aparecida. O mesmo aconteceu em outras ocasiões, chegando a notícia ao conhecimento do pároco de Guaratinguetá que decidiu construir uma capelinha mais ampla. Entre os milagres que aconteceram, conta-se o do escravo, ocorrido por volta de 1790. Correntes se soltaram das mãos do escravo, quando este implorava a proteção de Nossa Senhora Aparecida. Eis como o refere o Pe. Claro Francisco de Vasconcelos pelo ano de 1838: “Um escravo fugitivo, que estava sendo conduzido de volta à fazenda pelo seu patrão, ao passar pela Capela, pediu para fazer oração diante da Imagem. Enquanto o escravo estava em oração, caiu repentinamente a corrente, deixando intato o colar que prendia seu pescoço. A corrente se encontra até hoje pendente da parede do mesmo Santuário como testemunho e lembrança de que Maria Santíssima tem suprema autoridade para desatar as prisões dos pecadores arrependidos. Aquele senhor, tocado pelo milagre, ofereceu a Nossa Senhora o preço dele e o levou para casa com uma pessoa livre, a fim de amar e estimar aquele seu escravo como pessoa protegida pela soberana Mãe de Deus” (relato extraído da obra de Júlio J. Brustoloni, A Mensagem da Senhora Aparecida, Ed. Santuário, Aparecida, SP, 1994).

Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”; D. Estevão Bettencourt, osb.; Nº 405 – Ano 1996 – Pág. 72; http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2009/10/12/a-historia-da-aparicao-de-nossa-senhora-aparecida/

Page 4: Jornal nº 01

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Pe. Jayme - “Comunicação”

PasCom: Qual a sua opinião sobre o papel da Pastoral da Comunicação da Matriz São Geraldo até aqui?Pe. Jayme: Tem sido fundamental. Para mim, é importante e essencial esse papel na vida da comunidade. Estava achando bem interessante que a palavra “PasCom”, no sentido que se refere ao anúncio, está muito mais próxima da palavra “Páscoa” do que propriamente de Pastoral da Comunicação. E eu acho isso fundamental na vida da comunidade, porque o efeito dela não é apenas uma particularidade, um nome de uma pastoral na Igreja, mas faz, também, como efeito complementar toda a comunidade.

PasCom: Em relação ao conteúdo dos panfletos, informativos, jornais, do futuro site da paróquia, o senhor, Pe. Jayme, pretende de alguma forma levar a Palavra de Deus de um jeito diferente para as pessoas que serão atingidas por esses meios de comunicação, ou só tem a intenção de comunicar os avisos e os eventos da paróquia?

Pe. Jayme: Todo meio de comunicação é para nós um instrumento importante.Vivemos numa sociedade em que os meios de comunicação se tornaram os formadores. Saíram do papel de informação para o papel da formação. Hoje em dia pegamos uma televisão que um pequeno grupo de empresários, vai conseguindo formar a consciência dos cidadãos, conforme seu bel prazer. Nesse sentido (formar pessoas), queremos utilizar de um meio de comunicação para o bem: para a evangelização. Como a própria palavra diz “Evangelium”, é aquele que leva a boa notícia. Então, nós também queremos levar a boa notícia através desses meios de comunicação. Tudo isso é para a formação!

PasCom: Além da questão da informação frisada pelo senhor, qual seria, ainda, a importância desses meios (panfletos, folhetos, jornais e o próprio site), principalmente para aquelas pessoas que não frequentam assiduamente a paróquia?Pe. Jayme: Acredito que tudo isso não é apenas uma “janela”, acredito que seja um “portão”, para o mundo externo, para o mundo fora dos muros do templo. Todas as realidades humanas e todas as pessoas têm a possibilidade da participação e ter o conhecimento do conteúdo religioso, que claro é de todos. Estes trabalhos da Igreja devem ser acessíveis a todos. Assim poderemos discutir sobre tudo aquilo que se passa no mundo.

PasCom: Na sua opinião qual seria o período, o intervalo, ideal para a distribuição do jornal da paróquia?Pe. Jayme: Seria interessante se fosse mensal. Pois, teríamos a possibilidade de trabalhar não apenas os conteúdos da Igreja, mas, também trabalhar o que tocafundo na própria sociedade. Se a distribuição do periódico ficar a cada seis meses ou um ano, nós mesmos acabaremos mais longe que próximo da própria sociedade. Perderemos aquela ligação de estar discutindo sobre o que ocorre no mundo.

PasCom: O senhor gostaria de deixar uma mensagem à comunidade para ser transmitida pelos meios de comunicação que a matriz dispõe hoje?Pe. Jayme: Espero que a comunidade possa crescer, a partir da comunicação e do diálogo, porque sem o diálogo nós não conseguimos viver as vicissitudes daquilo que é a grande proposta de Jesus Cristo em nossa vida cristã. É viver a autenticidade da mensagem do Cristo a partir do próprio diálogo que Ele nos oferece. Então, a PasCom, os projetos que ela promove, as iniciativas tem um papel fundamental dentro da sua comunidade, dentro da própria Igreja. E todas as iniciativas que vierem são sempre muito bem-vindas por mim e acredito e desejo que também sejam bem-vindas por parte de toda a comunidade.

Por: Paulo Leal MansoEntrevista concedida pelo Pároco da Matriz São Geraldo em Olaria, Pe. Jayme Henrique de Araújo Oliveira.

Ano I - Nº 01 /outubro 2010