jornal nacional daumbanda ed 50

32
Pagina 1 Expediente: Rubens Saraceni Alan Levasseur Colaboradores desta edição: Sou Umbandista pág 02 Alexandre Cumino Caderno de perguntas pág 04 Rubens Saraceni Caderno do Leitor pág 05 Ariel Henrique Jose Antonio Vieira de Paula Mauri M.M.J. Machado Flavio Y. Fukuda Andrei V. Kallazans Felipe Campos Jorge Luiz Callitto Valente Junior Pereira Jose Carlos Sampaio Alexandrea Cumino André Cozta Psicografias pág 17 Guilherme Duarte Carla Guedes Denise M Martins Eden Carlos da Silva Anuncios e Cursos pág 24 JNU e outros Ultima Página pág 28 Sandra Santos JORNAL NACIONAL DA UMBANDA JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected] Uma publicação do Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda UMBANDA - GRANDES COMEMORAÇÕES

Upload: alan-levasseur

Post on 16-Mar-2016

244 views

Category:

Documents


9 download

DESCRIPTION

jornal de umbanda

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 1

Expediente:

Rubens Saraceni Alan Levasseur

Colaboradores desta edição: Sou Umbandista – pág 02 Alexandre Cumino Caderno de perguntas – pág 04 Rubens Saraceni Caderno do Leitor – pág 05 Ariel Henrique Jose Antonio Vieira de Paula Mauri M.M.J. Machado Flavio Y. Fukuda Andrei V. Kallazans Felipe Campos Jorge Luiz Callitto Valente Junior Pereira Jose Carlos Sampaio Alexandrea Cumino André Cozta Psicografias – pág 17 Guilherme Duarte Carla Guedes Denise M Martins Eden Carlos da Silva Anuncios e Cursos – pág 24 JNU e outros Ultima Página – pág 28 Sandra Santos

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Uma publicação do Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda

UMBANDA - GRANDES COMEMORAÇÕES

Page 2: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 2

SOU UMBANDISTA, APENAS UMBANDISTA!

ESTA É A MINHA VERDADE!

Por Alexandre Cumino

Não vemos católicos que são judeus, não vemos muçulmanos pentecostais, não vemos budistas jainistas. No entanto, vemos umbandistas que são candomblecistas, umbandistas católicos, umbandistas espíritas, umbandistas evangélicos e etc. Muito curioso, praticar duas religiões que tenham fundamentos totalmente diversos.

Sou umbandista, apenas umbandista, pois a Umbanda me basta em todos os sentidos e expectativas.

Pertencer a uma religião é ter seus valores como valores de sentido para nossa vida. Viver com valores dissonantes é ter uma vida com caminhos dissonantes. Cada religião tem uma egrégora de energia própria e nem sempre as egrégoras se complementam. Pelo contrário, muitas vezes se chocam, por conta de seus valores e convicções diversos.

Pertencer a muitas religiões não é como fazer muitos cursos e pendurar seus diplomas na parede. Cada religião chama e algumas exigem que seu adepto assuma seus valores em um caráter confessional, ou seja, confissão de fé, aceitação de que ali está a sua verdade. Fica a pergunta:

- Onde está a sua verdade, onde está seu coração? Pertencer a muitas religiões pode criar uma hipocrisia religiosa, pois num dia da semana

você nega os valores que prega no outro dia da semana. Múltipla pertença religiosa tem sido usada como rótulo para dizer que é mais descolado,

mais espiritualizado. O que não corresponde à verdade. O mais espiritualizado é aquele que vai mais fundo dentro de si mesmo para vencer suas dores e dificuldades, e logo se torna melhor para todos ao seu redor por se tornar alguém mais bacana, mais agradável, mais feliz, mais realizado.

Usamos palavras como humildade, paciência e desprendimento para rotular quem é mais espiritualizado. Talvez, por isso, os interessados em serem mais espiritualizados vão forjando imagens de si próprios, forjando uma máscara social de mocinhos e mocinhas da luz... este é o “ego espiritualizado”, uma hipocrisia espiritual.

Ser espiritualizado é ser você mesmo antes de tudo e tomar consciência da vida material, espiritual, mental e emocional, tudo junto. Mesmo porque, querer ser espiritual negando o corpo e a mente é um erro cometido por religiões repressoras que prometiam o céu a quem negasse tudo que existe no mundo.

Mesmo nos dedicando muito a uma única religião, ainda assim não é fácil ter um aprofundamento dela em nossa alma e espírito, o que dirá praticando muitas. Não se consegue ter profundidade em nenhuma, fica sendo algo superficial.

Enchemo-nos de coisas e elementos externos para tentar tapar um buraco existencial: nossos medos e fraquezas.

Existem muitas religiões, porque existem muitas formas diferentes de entrar em contato com o sagrado, com o divino, e cada grupo de pessoas se identifica com uma forma já existente ou cria uma nova forma de sentir e de expressar sua espiritualidade.

A Umbanda, por se tratar de uma religião nova, que nasceu no mundo moderno e se desenvolve no mundo pós-moderno e contemporâneo é muito moderna, inovadora, aberta, evolucionista e inclusiva. A Umbanda nos oferece uma quantidade infinita e inesgotável de recursos. A incorporação e o passe mediúnico são apenas dois dos inesgotáveis recursos da religião.

O fato é que muitos subestimam a Umbanda e, na primeira dificuldade, procuram outra religião ou o sacerdote de outra religião para lhe orientar e este vai cuidar deles segundo fundamentos de outra religião.

EDITORIAL

Page 3: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 3

O correto seria a pessoa ter paciência e confiar em seus guias de Umbanda. Se aprofundar e buscar respostas no lugar onde mora a sua verdade.

Descobrir que a Umbanda tem fundamentos e recursos que vão se abrindo e se apresentando de acordo com nossas necessidades.

Ao longo de muitos anos, vários recursos veem sendo abertos dentro da religião, muitos mistérios se descortinaram, mas primeiro é preciso aprender o básico.

O que é Umbanda? Qual é a minha religião? Quais seus fundamentos básicos? Qual o porquê de cada gesto ritual, de sua liturgia? Qual é a sua magia, por que tantos elementos? Dentro da umbanda, existe um ambiente mais interno de iniciações na força dos Orixás,

existe uma apresentação formal de muitas linhas de trabalho (caboclos, pretos velhos... etc), que se apresentam a quem queira se aprofundar no conhecimento sacerdotal.

Por isso e muito mais, estudamos Teologia de Umbanda Sagrada e Sacerdócio de Umbanda Sagrada. Porque queremos mais, muito mais, da NOSSA RELIGIÃO, da religião de UMBANDA.

Queremos muito, mas muito mais mesmo, que apenas ir ao terreiro uma vez por semana “fazer nossa obrigação” ou “fazer a caridade”. Tudo rotulado, bonitinho, mecanicamente autômato.

Estamos e continuamos comprando um pedaço do céu, agora chamado Aruanda. Muitos continuam católicos no inconsciente, continuam espíritas, continuam com velhos paradigmas e perdem a oportunidade de ir mais fundo na Umbanda, estão presos na margem, na superfície, no raso.

Vamos fundo na Umbanda, com a Umbanda e para a Umbanda. UMBANDA NÃO É CANDOMBLÉ! UMBANDA NÃO É ESPIRITISMO!

UMBANDA NÃO É CATIMBÓ! UMBANDA NÃO É CATOLICISMO!

Respeitamos todas as religiões e, embora tenhamos algo em comum com elas, no entanto temos fundamento próprio.

UMBANDA, APENAS UMBANDA! Eu sou umbandista!

Alexandre Cumino E-mail: [email protected]

Page 4: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 4

Pergunta: De: Caroline C. Data: 11/14/12 17:25:00 Para: [email protected] Assunto: Pergunta

Antes de fazer minha pergunta gostaria que fosse corrigido e esclarecido no próximo jornal

sobre a resposta dada para o Maurício no jornal do dia 01/11/2012.

O Candomblé não sai fazendo a cabeça de quem quiser e de quem aparece por causa de dinheiro, isso é uma desmoralização da religião e um desrespeito com os terreiros de Candomblé.

Da mesma forma que tem casa que trabalha errado e por dinheiro no Candomblé também tem quem trabalha errado na Umbanda. Vale dizer também que tem muitos terreiros de Umbanda que também trabalham com Candomblé, com os orixás, fazem recolhimento e tudo mais. Hoje em dia misturou as duas culturas, por isso tanta confusão!!

Candomblé não tem guias e entidades, não tem consultas, Candomblé são os Orixás em terra, suas danças e culto a eles e a consulta é feita somente através dos búzios.

Para que se faça a cabeça no Candomblé é preciso ver através dos búzios se o orixá está pedindo isto e se pessoa esta preparada para fazer a iniciação.

É algo sério, para quem não sabe, fazer a cabeça no Candomblé é nascer espiritualmente e o babalorixá ou yalorixá que fizer essa iniciação ficará responsável por seus filhos iniciados.

A pessoa não precisa ser médium rodante para fazer a cabeça para o santo. Não são todos os médiuns que rodam no orixá! Quem sabe a hora de fazer a cabeça e cobra isso é o orixá de cada pessoa.

Minha pergunta é: Se exu não responde na época de finados até o dia de corpus Christi, porque tem muitos

terreiros de umbanda que trabalham com exu nessa época? Será que são eguns? Pois época de finados é de Preto Velho.

Atenciosamente, Caroline. Resposta: Caroline, bom dia. Em resposta à sua pergunta, respondo assim: --Aonde você aprendeu que exu não responde desde o dia de Finados até o de Corpus

Christi? Isto não é verdade. Estas datas são da religião Católica ou Cristã. Os orixás não são cultuados pelos cristãos e sim por candomblecistas e umbandistas, que

têm suas datas próprias em homenagem aos orixás. Quanto à resposta colocada no JNU, ela decorre de uma situação de fato, que esta ocorrendo, justamente devido à mistura de cultos, com umbandistas fazendo a cabeça no Candomblé e trazendo para dentro da Umbanda rituais que não pertencem a ela, mas esses umbandistas se dizem "feitos no santo" e exigem que seus filhos espirituais também façam com eles suas cabeças, cobrando entre 5 e 10 mil reais pelas tais "feituras".

E, no Candomblé, tem gente tocando umbanda em um dia e candomblé em outro, porque dizem que podem fazer tal coisa, inclusive com incorporação de entidades que antes só se manifestavam na Umbanda.

Desculpe-me se você não gostou da resposta que escrevi ao leitor, mas essa é a atual verdade corrente na Umbanda e no Candomblé, que deram origem ao "umbandomblé", que é

CADERNO DE PERGUNTAS

Page 5: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 5

aonde ocorre essa avalanche de feituras de cabeça, até para quem não é medium de incorporação.

Talvez eu tenha errado em não diferenciar o Verdadeiro Candomblé e a verdadeira Umbanda do novo "umbandomblé" ou nova "candombanda".

Umbandomblé, para os centros de quem se diz de Umbanda, mas com a cabeça feita no Candomblé.

Candombanda, para os candomblecistas que de acham no direito de tocar Umbanda. Inclusive, tem gente se apresentando com umbandista, seguidor do culto Angola, mas que

foi feito no Keto, pois a Djina é do Keto, e eu não vejo ninguém criticando essa miscelânea sem pé nem cabeça.

Quando ao jogo de búzios, não tenho nada contra quem o joga. Mas que é um fundamento sagrado do Candomblé, isto ele é, ainda que hoje tenha muita gente que aprendeu as leituras das jogadas e viva de joga-los para quem quer saber algo sobre a vida, tal como o jogo de cartas ou de Tarô, que se popularizou, e a Numerologia e Astrologia também se popularizaram.

Ressalto mais uma vez que não tenho nada contra essas atividades profissionais e tenho muitos amigos que as praticam, inclusive, eu já divulguei vários deles aqui neste jornal virtual e alguns até colocam seus panfletos aqui no colégio durante as aulas.

Se houvesse "pureza" de culto entre os que se apresentam como candomblesistas ou umbandistas, eu estaria sendo preconceituoso sim. Mas, com não há e a mistura esta atrapalhando as duas religiões é preciso alertar os seguidores de ambas para que uma não leve a culpa pelo que certos seguidores da outra possam estar fazendo à revelia dos verdadeiros seguidores sérios delas.

Não creio que cometi intolerância contra o Candomblé ou a Umbanda, e sim, respondi sobre o que vejo que esta acontecendo e creio que estou prestando um favor a ambas as religiões ao esclarecer certos fatos, correntes em nossos meios. Mas que, segundo alguns, não devem ser comentados.

Acredito que devam ser comentados, discutidos e colocados ao público para que sirvam de esclarecimento aos desavisados, porque quem sairá ganhando será a Umbanda e o Candomblé.

Caso você queira, este jornal virtual esta à sua disposição para publicar um artigo de sua autoria explicando o real significado da feitura de cabeça ou iniciação no Candomblé, que, creio eu, será muito instrutivo para os nossos leitores. Att. Pai Rubens.

2012 – O RETORNO DE

QUETZALCOATL

Enviado por Ariel Henrique, nosso correspondente no México. E-mail: [email protected]

O conjunto de obras artísticas, científicas e sociais acumulado pelos povos do México antigo foi chamado Toltecayotl, Toltequidade, uma expressão no idioma indígena náhuatl, formada da raiz Tol, talo, que com o tempo passou a significar cultura, e o termo yotl, que significa comunidade ou povo. Toltecayotl é, portanto, a soma das criações toltecas e a nação dos toltecas.

Existe no pensamento tolteca uma relação muito íntima entre tempo e espaço, presente em seus quatro calendários, em seus lugares de culto e em seus altares nas montanhas, que apontam as

quatro direções, criando assim uma geografia sagrada do tempo e uma história cíclica, igualmente sagrada, da terra.

CADERNO DO LEITOR

Page 6: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 6

Um dos descobrimentos dos astrônomos toltecas foi um calendário que permite conectar um grande número de eventos celestes, terrestres e humanos: o lapso de 52 anos, formado pela conjunção do calendário sagrado de 260 dias (Tonalpohualli), com o calendário solar de 365 dias (Xiuhpohualli). O nome deste ciclo era Xiumolpilli, feixe de anos, conhecido também como Fogo Novo.

Uma análise da historia do México antigo demonstra que esta matriz cronológica exerceu grande influência na sociedade indígena, regulando as migrações e as guerras, o surgimento das culturas, a nomenclatura do calendário e a simbologia aplicada ao culto da Serpente Emplumada. Os toltecas não concebiam o tempo como uma continuidade retilínea, senão como a repetição de certas causas. Isto pode notar-se nos seus mitos criativos, no seu enfoque da história e na sua crença em cinco representações de Quetzalcoatl.

O termo Quetzalcoatl se compõe de dois elementos: Ketzal, pena, e Koatl, serpente; sua combinação significa serpente emplumada. A raiz Ketzal também têm o sentido de algo precioso, Ketzal significa também feminidade; era um nome muito comum entre as indígenas mexicanas. Isto lhe dá ao título um matiz feminino, é por isso que os toltecas, ao orar a Quetzalcoatl, lhe chamavam Teteoinnan Teteoitta, Mãe e Pai de todos os Deuses.

O sentido direto da raiz Koatl é serpente. A serpente é até hoje um dos ícones mais característicos da arte mexicana. Pela sutileza de seus movimentos representava a sabedoria e dava nome aos sábios. Outro significado de Koatl é duplo, gêmeo. Daí que uma das traduções mais comuns de Quetzalcoatl seja gêmeo precioso.

O título se refere a uma crença muito arraigada entre os mexicanos que todos os seres vivos possuímos um “duplo” chamado Nahualli ou nagual. Porque a Serpente Emplumada encarna os poderes do nagual, um dos títulos que lhe deram foi Nahual piltzintli, príncipe das transformações. Nas lendas, o duplo adota a forma de um jaguar ou de um cachorro, cujo trabalho é transportar as almas dos mortos através do rio do esquecimento.

No México a serpente representava também o órgão sexual masculino e, por extensão, o ato de produzir vida. Tal sentido ficava enfatizado ao combinar- se com os atributos femininos contidos na raiz Ketsal, o qual expressava graficamente a capacidade de Quetzalcoatl ser Mãe e Pai do Universo.

Ainda que todos os sacerdotes toltecas fossem considerados representantes de Quetzalcoatl, nem todos levaram uma vida pública. Somente uns poucos, em certas épocas, se transformaram em verdadeiros guias sociais, chegando a constituírem-se em Teomama, carregadores da divindade. Segundo um texto maya, a função destas personalidades é reformar a escritura e desenhar novos modelos para a elevação do povo. Através de tais gigantes do espírito, penetramos na terceira dimensão do nome de Quetzalcoatl, a messiânica.

A Serpente Emplumada não era somente um ideal de humanidade, era também a pessoa que o encarnava, incorporando os elementos do mito solar.

Conforme a versão do calendário maya, o Quinto Sol começou no final do século XXXII antes de Cristo. A cosmogonia esculpida nas pedras da cidade de Palenque parece estar relacionada com este assunto, pois sinaliza que no dia 16 de Junho do ano 3122 antes de Cristo nasceu um Mensageiro de Quetzalcoatl chamado Hunnalye, Semente Única de Milho.

O ciclo dos Fogos Novos inaugurado por Hunnalye terminou no século XXI antes de Cristo, etapa na qual começou a cultura olmeca. Nesse tempo começou a aparecer na arte representações da Serpente Emplumada e de seu Mensageiro, rodeado de símbolos que permitem identificá-lo como Furacão, o Primeiro Passo.

Aproximadamente um milênio mais tarde profundas mudanças sacudiram a sociedade mexicana; a capital olmeca sucumbe depois de uma guerra, a cultura zapoteca se desliga da olmeca, e surgem as grandes civilizações de Teotihuacan e dos mayas. É desse tempo a historia de Cabracán, o Segundo Passo, narrada no Popol Vuh, o livro sagrado dos mayas.

No século I antes de Cristo aconteceu uma grande reforma do calendário, que deu passo a uma nova regência de signos. A cultura olmeca se extinguiu, Teotihuacan se transformou num império cultural e a civilização maya entrou na sua fase clássica. O nome do Mensageiro de Quetzalcoatl desse tempo foi Yekshitl, o Terceiro Passo.

Podemos identificar sua existência graças a sua participação em um encontro sobre o calendário que se realizou na cidade de Huehuetlapallan no ano 34 antes de Cristo, e que ficou registrado nas pedras do lugar.

Page 7: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 7

Um milênio depois foi o tempo de Ce Acatl Topiltzin, Venerável Guardião Um Cana, o Quarto Passo. Durante seu reinado as cidades de Tula, Cholula e Chichén Itza prosperaram, floresceram a cultura e as artes, e se aboliram os sacrifícios humanos.

A profecia do retorno de Quetzalcoatl é o quarto retorno, o quinto avatar da série. A chegada da “ave preciosa” na “árvore dourada” é o reencontro do quetzal e da serpente, um evento que, na expressiva prosa de Chilam Balam, afetará as entranhas da terra como um “vômito de sangue”. A data é fácil de decifrar. A data nahuatl foi relatada por Ixtlilxochitl, cronista mexicano, quem afirma que Ce Acatl prometeu retornar “Em um ano que levasse seu nome”.

A data Um Cana se repete a cada 52 anos, pelo que esta promessa é bastante ambígua. Somente têm sentido se a interpretamos no contexto do ciclo dos Fogos Novos, pois somente a cada 1040 anos, a data Ce Acatl volta a cair num mesmo dia astronômico. Se contarmos esta quantidade de anos a partir do nascimento de Topiltzin no ano 947 depois de Cristo, nos leva ao ano de 1987. Nesse momento começou um ciclo de 52 anos regido pelo signo Ce Acatl, que se estenderá até o ano 2039.

Por sua parte, a versão maya é mais precisa e se conserva no seguinte texto: “O Katún Quatro Ahau se assenta em Chichén Itzá. Chegará o quetzal, a ave preciosa, a árvore dourada. Retornará o vômito de sangue por quarta vez. Chegará a Serpente Emplumada aos Itzaes (iniciados). É a quarta vez que cumpre seu ciclo, a quarta vez que retorna ao Itzá.“ (Chilam Balam, Segunda Roda de Katuns).

A combinação desta profecia com a nahuatl demonstra que o katún mencionado é o que começou no dia 8 de Abril de 1993, cuja conclusão será no dia 22 de Dezembro de 2012, um solstício de inverno no hemisfério norte e de verão no hemisfério sul. Esta data constitui o epicentro do ciclo 1987-2039, e é o final de uma grande era de 5200 anos do calendário maya.

Os anciãos indígenas afirmam que nos dias 21 e 22 de Dezembro chegará uma grande Luz a Terra, os Itzaes (Iniciados) são os que a receberão. O Sexto Sol que dá início traz a mensagem da união do Quetzal e da Serpente, da Águia e do Condor, do Céu e da Terra. É a Convergência Harmônica de todas as profecias e de todas as visões dos nossos antepassados.

O nascimento do Sexto Sol é o amanhecer de uma nova era, é o retorno do Poder da Luz. O retorno de Quetzalcoatl é a luz da mente de Deus iluminando a mente dos homens, são os filhos voltando a ser um com o Pai.

Vamos festejar com cantos e danças o começo de um Novo Tempo. Viva o Amanhecer do Sexto Sol! Salve o Retorno de Quetzalcoatl! Salve Nosso Pai Oxalá! Ariel Henriques

O verdadeiro compromisso do médium JOSÉ ANTÔNIO VIEIRA DE PAULA E-mail: [email protected]

Há muito havíamos aprendido a admirar aquela jovem mulher, com seus trinta e cinco anos, aproximadamente. Havia sido campeã de natação, e agora se encontrava profundamente enferma: diabética de difícil controle, hipertensa, obesa... Mas nunca perdia seu otimismo, seu senso de humor, sua força interior.

Com a diabetes avançada, sua visão foi se deteriorando e a circulação periférica se comprometendo, até que, infelizmente, teve que amputar uma das pernas. Mas nada disso tirava sua força interior.

Só havia uma coisa nela que eu não compreendia bem: ela vivia à custa de “trabalhos espirituais” que dizia fazer para o bem de seus semelhantes. Era “mãe de santo”, como dizemos no Brasil quando nos referimos às líderes de terreiro de religiões afro-brasileiras. Mas era daquelas de ir à meia-noite ao cemitério levar oferendas aos seus guias (?!?).

Um dia, pouco tempo após ter amputado sua perna, procurou conhecido dirigente espírita de nossa região, para uma orientação. Estávamos juntos. Era a primeira vez que a víamos angustiada. Algo a atormentava.

Então ela iniciou o diálogo com algumas perguntas: “Vocês são espíritas, não são? Vocês acreditam na mediunidade, não acreditam? Vocês sabem que eu sou médium e que trabalho para

Page 8: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 8

ajudar pessoas... Então, por que deveria eu parar de fazer o que faço só porque minha mãe acha que o que faço é coisa ‘do demônio’?”.

Aos poucos compreendemos o conflito que ela apresentava. Enferma como estava, não iria mais poder continuar suas tarefas, que a sustentavam e lhe permitiam morar sozinha. Teve que se amparar com seus pais, que, para sua infelicidade, eram evangélicos. Puseram-se à disposição para acolhê-la em sua casa, mas desde que não “mexesse” mais com “essas coisas”.

Ela queria a opinião desse dirigente. Aguardamos também ansioso o que ele diria. Pensamos que se basearia na questão da venda da mediunidade. Mas nos surpreendemos com sua colocação, que foi muito além do que imaginávamos. Ele disse mais ou menos assim:

–“Minha irmã, sua mediunidade é inquestionável e seu esforço é louvável. No entanto, só há um problema que deve ser levado a uma reflexão mais profunda: - O conhecimento da vida após a vida física, bem como a compreensão da possibilidade da comunicação dos Espíritos conosco, nos coloca numa condição de débito para com a comunidade onde vivemos. O dever de ajudar aqueles que não compreendem essa realidade, espiritualizando-os”.

“Para isso, os Espíritos que por nós se comunicam deveriam participar desse grande movimento de espiritualização por que passa a Terra”. “Através de sua mediunidade, seus guias, infelizmente, estão tornando aqueles que a procuram mais materialistas, porque, em vez de os despertarem para a realidade da vida espiritual, ficam ajudando-os a resolver os problemas de ordem material: financeiros, afetivos... Muitos dos quais, movidos por ciúmes, vaidade e egoísmo”.

E concluiu, sem deixar margem para qualquer questionamento ou justificativas: “Embora a senhorita diga que faz o que faz para o bem do semelhante, na verdade não o está fazendo, comprometendo-se, junto com esses Espíritos, com a evolução moral daqueles que a procuram.”

A jovem mulher deixou o local constrangida, mas ciente de que teria agora de guardar suas forças para a nova luta que se lhe apresentava.

Encontramo-la uns cinco anos depois, quando ela já estava completamente cega. Quando a vimos, chamamo-la pelo nome e ela, com a força que sempre caracterizou seu espírito, nos reconheceu pelo tom de nossa voz, e cumprimentou-nos, com muita alegria.

Disse estar se adaptando àquela situação da qual não poderia mesmo se esquivar. Mais tarde, soubemos por conhecidos em comum que ela já tinha partido para a pátria espiritual.

Aprendemos muito com ela e com a lição deixada por aquele dirigente sobre o compromisso do médium com a humanidade.

A PARÁBOLA DA VIDA DE UM UMBANDISTA.

Enviado por Mauri M M J Machado

O texto a seguir é uma historia criada com princípios umbandista para mostrar como é grande e sabia nossa religião e como nela encontramos a respostas para as perguntas opressoras, fanáticas, e maléficas para com todos os umbandistas nesse planeta.

Lembrem se que o amor foi, é e sempre será a pedra angular de tudo que possui natureza divina. Então, vamos a ela!

Certo dia diante de um tribunal um umbandista estava sendo acusado de carregar consigo a pior das naturezas espiritualistas por todos aqueles presentes, onde, em sua totalidade alcançava milhões de seguidores, mas ali representado por alguns lideres.

Então o primeiro destes, que em sua totalidade eram promotores, indagou: -É você, homem de vestimenta branca, o homem que presta culto pagão a deuses falsos? -O homem que ilude humanos para assim desencaminha-los dos caminhos divinos? Sem ter sequer um segundo para responder outro promotor avançou com outra pergunta

Sua religião que, segundo suas palavras, tem origem divina, possui algum profeta, apostolo, sequer alguém que deixou registro escrito das palavras de Deus?

Da mesma maneira outro indagou: --O que você diz do demônio que carregas à sua esquerda? Não nos diga que é um ser de

origem divina!

Page 9: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 9

Então outro já ia indagar mais uma das infinitas perguntas preconceituosas quando o juiz da corte disse

--Basta, ordem no tribunal! Eu, como autoridade maior decido que o réu, a partir de agora e em seu direito respondera cada pergunta até aqui formulada. E nesse tribunal, a partir de agora ninguém terá o direito de interferir em suas respostas até que todas as perguntas estejam respondidas!

Então aquele homem, de origem humilde e voz mansa, mas com uma longanimidade nunca antes vista por aqueles promotores, e com a luz do amor brilhando em seus olhos começou:

-Boa noite a todos vocês sim sou eu o homem que veste branco, mas não presto culto a deuses pagãos.

O Deus a quem eu sirvo é único, onipotente e onipresente e que, perante a sua criação, que somos nós, por amor e somente por amor, decidiu nos revelar uma fração de suas faces e virtudes e, assim sendo, infinito em si próprio, nos mostrou sua grandeza, amor, respeito e carinho e as personificou através dos sagrados orixás, que derramam sobre nós seus axés. Tudo em uma infinita atitude de amor para conosco, que somos tão pequenos e eles, ainda assim, nos dão a mão e o auxilio para nos mostrar quem é Deus, e nos abismar de maneira incompreensível para com suas atitudes intolerantes.

Não, não iludo ninguém, mostro a verdade àqueles que me procuram e dou de graça aquilo que recebi gratuitamente e, no meu direito de resposta, abro o espaço para qualquer um aqui presente, para que se manifeste o homem capaz de explicar uma verdade divina numa faixa de compreensão que beire a realidade, pois, no meu entender as verdades de Deus são tão divinas e perfeitas, que, perante a psique humana, adentram um mar de ilusões, porque o homem na carne pode palpitar ou até mesmo saber delas mais jamais será capaz de entendê-las!

O silencio tomou conta do local e, após alguns instantes, ele retomou a fala: - Segundo meu Deus, maldito é o homem que confia no homem! Mas sim, minha religião

possui uma escritura sagrada e ouso perante todos vocês dizer que é a única verdadeiramente sagrada e reina na infinitude e eternidade.

Ela se chama Natureza, Universo! E mais uma vez meu Deus mostra como nos ama, pois Ele nos deixou sua impressão

digital em cada uma de suas linhas, regidas pela perfeição! Assim nos mostrando o que de fato é a verdade de sua natureza e assim, misericordioso, colocou cada um de seus filhos de frente para ela, para que pudesse presenciar o ato divino em si acontecer.

E, mesmo assim, vocês, em uma hipocrisia brutal, ousam destruir e matar aquilo que foi criado sem nem sequer um dedo humano tocar?

No recinto todos estavam pasmos, irados, mas não existiam palavras para afronta-lo. Então ele foi a ultima pergunta: -Meus queridos irmãos, em momento algum de minha existência e da minha religião

carregamos demônios conosco. Com lagrimas nos olhos lhes digo que Deus, em seu mistério e amor, dá a chance a espiritos para que O sirvam em seus propósitos encarnados.

Ou não é devido à obscuridade do nosso ser e dos nossos atos, que seus modos de atuar muitas vezes são incompreendidos e, por isto, discutíveis?

O que carrego à minha esquerda não é um demônio, e sim, é um guardião da Lei regido por Deus, que, embora pareça trevoso, assume esse aspecto para caminhar na escuridão, sendo portador da luz, socorrista de plantão pronto para ajudar a qualquer um sem olhar a quem. E tal atitude meus irmãos, só pode ser divina em sua origem, pois onde há luz não ha trevas!

Perante todos, ele se levantou e agradeceu por o terem colocado ali e, num gesto de humildade pediu desculpas por toda a desordem que sua opção religiosa causara. A seguir perguntou ao juiz se podia ir embora.

O juiz, sem palavras, acenou que sim com a cabeça. E assim acredito que será a vitória do umbandista, que, após o decorrer do tempo,

aprenderá que o conhecimento acompanhado da paciência e da humildade quebra todos os grilhões do preconceito e todas as cadeias da ignorância.

Portanto espero que essa historia nos inspire a viver de fato o espiritualismo, que é a maior ligação que temos com Deus para com a nossa religião a "UMBANDA SAGRADA.”.

Enviado por Mauri M M J Machado

Page 10: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 10

E-Mail: [email protected]

FAMÍLIA E RELIGIÃO.

Artigo de Flávio Y. Fukuda E-mail: [email protected]

Como me foi ensinado por um amigo e irmão querido do colégio: “Nem à frente, nem atrás, mas sim caminhando lado a lado”, de fato, a religião é o remédio da alma e fazendo uma comparação análoga com o da matéria, quando ingerido em dose insuficiente não nos faz efeito, no entanto uma super dosagem também nos é prejudicial.

Independente da maneira através da qual Oxalá tenha se manifestado em nossa religiosidade, esta é apenas um chamamento na atual passagem terrena para retomarmos aquilo que já nos pertencia e, ironicamente, percebe-se que na maior parte dos casos, ocorre inicialmente uma rejeição, mas que aos poucos vagarosamente vai cedendo e tornando-se algo indispensável a nossa vida. E a partir de então nos transformamos em pessoas melhores com todos a nossa volta, no entanto inconscientemente acabamos por esquecer que a caridade deve começar dentro de casa.

Junto com o novo vem uma série de questionamentos e não tardamos em partir em busca de respostas. Livros e mais livros, cursos e mais cursos diariamente e sem que nos demos conta imergimos de segunda a segunda nesta jornada, o que nos coloca numa linha tênue entre o equilíbrio e o fanatismo, sendo conduzidos de encontro à mãe Logunã.

Relato um pouco sobre mim que fui um destes casos. Esposa recuperando-se de um tratamento de câncer e filhas gêmeas de nove anos, muitas foram as vezes que as deixei só, em busca de que me fosse ensinado mais e mais. Praticamente todos os dias fora de casa a solidão aos poucos invadia o meu lar. Por anos nunca perdi ou atrasei-me para uma gira ou curso, pois a religião era prioridade e minha família, segundo plano. O tempo foi-se passando e o sorriso pelo qual me apaixonei, vagarosamente estava esmaecendo-se. Já não tinha mais tempo de apoiá-la na luta contra a doença bem como de ouvir o doce “Papai!” das minhas pequenas, uma vez que mais do que tudo desejava ser um multiplicador da nossa religião e eu constantemente pedia em minhas orações poder viver apenas em função disto.

Percebendo o grau de desequilíbrio em que eu estava prestes a entrar, irmãos do Colégio intervieram, chamando-me para a razão e fizeram com que eu percebesse o quão tolo eu estava agindo, voltando desta forma para a realidade.

Hoje percebo a maneira que Olorum age em nossa vida. Quanto mais eu achava que a minha família atrapalhava-me mais ele proporcionava situações em que nós deveríamos ficar unidos, quanto mais eu pedia para largar o emprego, mais promoções de cargo eu recebia para trabalhar com mais afinco.

Preparo-me para ser sim um multiplicador, mas agora com equilíbrio e atento para dar a cada coisa o seu devido espaço na minha vida.

Façam o bem para os de fora sim, mas não se esqueçam dos de dentro. À minha família perdão pelo meu descuido e aos irmãos do Colégio Pai Benedito de Aruanda, o meu muito obrigado e como disse Antoine Saint-Exupéry em O Pequeno Príncipe “... cada um que passa na nossa vida não passa só, deixa um pouco de si e leva um pouco de nós...” e sempre levarei vocês comigo.

QUAL A EXPLICAÇÃO PARA ESSES FRACASSOS?

Retirado do livro “UMBANDA - Perguntas & Respostas” J. Edson Orphanake – Tríade Editorial

Existem casos que a Umbanda não consegue resolver, pois nem todos obtêm a cura.

Não se trata de fracassos da Umbanda ou dos guias, mas de fatores alheios ou falhas dos

próprios doentes. Conversando com o preto-velho, esclareceu-me algumas dúvidas. Em princípio por que, algumas vezes, previsões, remédios, oferendas, conselhos dos guias não são eficazes, não surtem os efeitos desejados. “Ora” disse-me, “a Umbanda não é limitada a certas classes de espíritos. Nos terreiros, se o médium quiser e for permitida, dar-se-á a incorporação de toda

Page 11: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 11

espécie de desencarnados, desde os imperfeitos até sábios Instrutores do Espaço, e muitos deles, de más intenções, se apresentam como pretos-velhos, caboclos, marinheiros e outros, a fim de serem aceitos, isto é, mistificam. Pois bem, não é pelo simples fato de serem espíritos fora da matéria que sabem tudo. Não. Eles sabem somente aquilo que aprenderam e mais nada”.

Então, há mistificação na Umbanda? Sim e bastante. Contudo, a existência de perucas não quer dizer que todo mundo seja careca…

O fato de haver muleta, não implica que todos sejam aleijados. Ademais, a cura de uma doença, por exemplo, pode não se dar por vários motivos, quando o guia é autêntico. Também a Umbanda não é panaceia para todos os males, principalmente as doenças de origem física, pois para isso existem médicos, embora muitas possam ser curadas. Voltando ao caso da mistificação, este fator negativo não é privilégio da Umbanda. Mistificação há em toda atividade humana e é inerente à humanidade, visto esta não ser perfeita. É um dos erros dos homens, não da Religião.

É verdade. Existem pessoas que, embora tratadas espiritualmente em centros kardecistas e umbandistas, não se curam, enquanto a maioria obtém êxito no tratamento e a consequente cura. Por que isso acontece, quando os mentores espirituais de Umbanda são autênticos? Bem, vários são os motivos para que tal ocorra:

1º – As pessoas não são máquinas, nem iguais umas às outras, razão por que as curas em algumas não se efetivam.

2º – A pessoa tem no perispírito (corpo astral) bastante substância tóxica astral, adquirida em vidas anteriores, que é expelida em forma de doenças nesta existência.

3º - Falta de Fé (confiança), elemento que muito ajuda (embora não seja essencial) na cura, por ser fator de sugestão.

4º - Há indivíduos que gostam de suas doenças e as usam como argumento em suas conversas (fato curioso, mas verdadeiro). São os masoquistas (sentem prazer no próprio sofrimento).

5º - Existem aqueles que opõem resistência inconsciente, não acreditando que possam ficar curados espiritualmente.

6º - Há os que são doentes por força de seus próprios hábitos ou vícios, e não se curam por não abandonarem o hábito (fumar, beber em demasia, comer demais, odiar, brigar, enervar-se, abusar do sexo etc).

7º - Há pessoas boas condutoras de energia e capazes de armazená-la, enquanto outras são péssimas condutoras de fluidos vibratórios de cura, bloqueando o fluxo energético e, portanto, incapazes de conservá-la.

8º - Quando da aplicação de passes, às vezes reclama-se resultado imediato, quando o tratamento deveria ser mais longo.

9º - No início da enfermidade, a possibilidade de cura é maior do que quando já adiantada. Mesmo que o doente morra, a morte não significa que a cura não se efetuou. A eliminação ou alívio da dor e da angústia pode se considerado bom resultado e o doente ingressar na vida espiritual isento dos males que o atormentavam, reencarnando futuramente sem o carma doloroso da moléstia.

Texto enviado por Andrei V. Kallazans. E-mail: [email protected]

DIFERENTES VISÕES DA INCORPORAÇÃO.

Por: Felipe Campos E-mail: [email protected]

Não é segredo para ninguém que a incorporação é algo inerente ao ser humano e não pertencente a nenhuma religião, ato natural do ser humano desde tempos remotos por meio de transes ou possessões, cada religião denomina ou a explica de uma forma, e há algum tempo me interessei em entender o que se fala da incorporação, não apenas no âmbito religioso, mas também no cientifico.

Page 12: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 12

Depois de muito ler e tentar internalizar tudo que vi e li tive uma conversa com meu querido preto velho Pai Joaquim de Angola e tive uma visão um pouco mais explicativa e didática de como se passa a incorporação e porque nem todos os médiuns são médiuns de incorporação. Primeiro ponto para entendermos como se processa a incorporação é entendermos um pouco sobre o funcionamento dos chakras, principalmente os superiores. Sempre nos foi dito que a incorporação se dá pela parte traseira do chakra frontal, localizado na região na nuca, sempre nos dizem que os guias nos tomam por esta parte traseira, agora vamos explicar como funciona essa incorporação. No centro do nosso cérebro possuímos uma glândula chamada de pineal, ela é a principal glândula mediúnica de nosso corpo, e é constituída de cristais de apatita, esse é justamente o fato que causa a incorporação, com diversos estudos, se identificou que médiuns de incorporação possuem uma quantidade elevada de cristais de apatita na glândula pineal, por isso, ou o médium é de incorporação ou não, pois, ou ele nasce com mais cristais ou não, já que estes cristais não são produzidos no decorrer da vida. Agora vamos falar um pouco sobre física e química, tudo que existe no universo até onde sabemos, inclusive a matéria, é constituído de átomos, e a superfície dos átomos são constituídos de elétrons, ou seja, tudo possui a constituição de elétrons, e sabemos que quando tentamos unir dois elétrons, eles se repelem.

O campo energético de nossos guias espirituais é um campo eletromagnético, pois, também possui elétrons, e quando ele se aproxima do nosso campo que igualmente é constituído de elétrons, sentimos o corpo hora arrepiar, hora tremer ou qualquer outro sentimento peculiar, isso porque estamos sentindo a força dos campos se chocando e se repelindo, por isso, nessa hora, ouvimos tanto nosso Pai ou Mãe de Santo nos dizer “firma a cabeça”, que nada mais é do que, se concentra, limpe o seu campo mental, pois assim você conseguira diminuir sua frequência energética e reduzir seu campo eletromagnético, fazendo com que seu guia consiga aproximar o campo dele de você.

Quando ele faz isso envia “sinais eletromagnéticos” para o centro de nosso cérebro (glândula pineal) essas ondas eletromagnéticas se chocam com os cristais, que também são constituídos de elétrons, logo se repele, as ondas então são jogadas para outro cristal, que faz o mesmo processo e repele esta onda para outro cristal, sucessivamente isso acarretará na prisão desta onda dentro da glândula pineal, e com essa onde presa o cérebro terá tempo suficiente para interpretar o que significa este impulso eletromagnético, e tomara a atitude devida refletida no corpo humano.

Funcionam num mecanismo parecido com a televisão, ondas enviadas decodificadas e transformadas em imagem, ou seja, o guia envia a onda, que é decodificada pela glândula pineal e reflete na ação (imagem) que nada mais é a ação de andar, falar, gesticular, e é desta forma que nossos guias tomam nosso mental e por consequência controlam os movimentos de nossos corpos, através de impulsos eletromagnéticos. Neste processo caso a gente se distraia por qualquer motivo, corremos o risco de perdermos a vibração e elevarmos novamente nosso campo eletromagnético, isso ocasiona repelência do campo de nosso guia, que explica o tremor para desincorporação e o porquê da aparente briga entre médium e guia quando este é iniciante.

Page 13: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 13

BENDITO VINHO TINTO...

Enviado por Jorge Luiz Callitto E-mail: [email protected]

NOSSOS CORPOS

Por: [email protected] [email protected]

Temos sete corpos principais: físico, duplo etérico, astral, mental inferior, mental superior, búdico e o átmico. Cada um tem o seu papel, objetivos, razão precípua de ser e em consequência de seu desempenho/performance – falando assim para mais fácil entendimento – todos têm aura: cor e som.

Ao falecermos naturalmente, o físico vai para o velório e após, ao túmulo, e acabou. Os demais, corpos espirituais, cada um com sua aura, quando reunidos, mostram uma cor

final. Se for clara, ascendem à colônia daquela cor e se for escura, são encaminhados ao Umbral daquela cor.

Aqui não valem as oferendas como dízimo, participações nas quermesses, almoços ofertados aos religiosos etc. A hora da verdade é exatamente a coloração apresentada pelos corpos juntos.

É comum apresentarmos dissonâncias em nossos corpos, como por exemplo, um corpo astral com muita luz, coração lindo, amoroso, prestimoso, porém, o corpo mental inferior, nossa inteligência apresentando luz escura, negra. Temos amor no coração e inteligência negativa. Usamos nosso livre arbítrio para operacionalizarmos nossa inteligência maldosa, focada em beneficiar sempre o nosso lado, sem pensar nas consequências de nossos pensamentos e atitudes às outras pessoas.

No entanto, somos pais e mães maravilhosos, tios e avós muito queridos. Possuímos facetas muito individualistas, arrogante até e, na intimidade, somos dóceis, amáveis, boas companhias!

Muitas vezes, esses comportamentos díspares nos levam às posições não convergentes de nossas vidas passadas que continuam em franca dissonância com os objetivos da encarnação

Page 14: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 14

presente. Na maioria das pessoas, isso se reflete na tagarelice mental que apresentam. Pensamentos completamente em desarmonia com o que realmente pensamos/queremos.

Ô sintomatologia difícir sô! Beijo grande!

VALENTE

Aconselhamentos, orientações Vidas passadas, regressões, cromoterapias

sem hipnose e sem medicação de espécie alguma depressão, abortos, angústia, ansiedade, desmotivação,

traumas, insônia, drogas, solidão, suicídio, medos...

Visite o site repleto de textos elucidativos:

www.terapeutico.com.br

Realizações e ressentimentos

Por Junior Pereira E-mail: [email protected]

As realizações sempre criam em nossas vidas, enquanto os ressentimentos sempre acabam com

cada sonho nosso...

Que tipo de mundo você prefere viver?

Realmente! Eu concordo que é muito fácil se ressentir contra pessoas quando elas passaram a

realizar mais do que nós.

Porém, qual o nosso propósito e o nosso benefício diante disso?

Em vez de desistirmos e nos entregarmos ao ressentimento, que tal transformarmos nossas

energias em algo melhor e com muito mais valor?

Gastamos e nos desperdiçamos em um puro ressentimento sempre e isso apenas nos envelhece

mais rapidamente e não acrescenta absolutamente nada.

Se investirmos em nosso poder de realização, com certeza criaremos uma vida rica, produtiva e

melhor.

Fomos criados para realizar boas obras.

Se estamos nos entregando ao ressentimento, é hora de parar.

Acho melhor pensarmos e analisarmos profundamente sobre os nossos interesses e optamos

pelas realizações.

O que acham?

Page 15: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 15

Diário Oficial Cidade de São Paulo

Ano 56 São Paulo, quarta-feira, 26 de outubro de 2011 Número 202

GABINETE DO PREFEITO Prefeito: GILBERTO KASSAB

DECRETOS

DECRETO Nº 52.743, DE 25 DE OUTUBRO DE 2011. Oficializa a Rota Turística Afro-Brasileira Luiz Gama, no Município de São Paulo, para as finalidades que especifica. GILBERTO KASSAB, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, D E C R E T A: Art. 1º. Fica oficializada a Rota Turística Afro-Brasileira Luiz Gama, instrumento voltado à demonstração, valorização. e à difusão da contribuição da população negra à Cidade de São Paulo. Art. 2º. A Rota Turística Afro-Brasileira Luiz Gama constituirá também opção de turismo a ser divulgada e utilizada para a disseminação, entre os munícipes e os visitantes da Cidade de São Paulo, dos locais e logradouros que remetam à cultura afro-brasileira, com as seguintes finalidades: I - identificar os locais que denotem a influência da população negra no desenvolvimento da Cidade; II - divulgar os locais turísticos que apontem para as diversas contribuições dos negros na construção histórica, cultural e social da Cidade; III - dar visibilidade aos ícones afro-brasileiros; IV - preservar a cultura afro-brasileira. Art. 3º. A Rota Turística Afro-Brasileira Luiz Gama terá por referência o seguinte roteiro: início no Largo do Arouche, onde se encontra o Busto de Luiz Gama, seguindo para o Largo do Paissandu, na Igreja Nossa Senhora do Rosário, para o Parque Ibirapuera, no Museu Afro-Brasil, até o Sítio da Ressaca, integrante do Museu da Cidade de São Paulo. Parágrafo único. A partir do roteiro básico descrito no "caput", caberá à Coordenadoria de Assuntos da População Negra - CONE, da Secretaria Municipal de Participação e Parceria, detalhar a Rota Turística Afro-Brasileira Luiz Gama, por meio de acréscimos e atualizações dos pontos turísticos, culturais, religiosos e ambientais considerados relevantes para a memória e divulgação das contribuições de Luiz Gama e de outros integrantes da população negra na construção histórica, cultural e social da Cidade de São Paulo, mediante a edição de guia para orientação dos munícipes e visitantes, a ser disponibilizado no Portal da Prefeitura do Município de São Paulo na Internet. Art. 4º. As despesas decorrentes da execução deste decreto correrão por conta das dotações orçamentárias próprias. Art. 5º. Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação. PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 25 de outubro de 2011, 458º da fundação de São Paulo. GILBERTO KASSAB, PREFEITO. UEBE REZECK, Secretário Municipal de Participação e Parceria. CARLOS AUGUSTO MACHADO CALIL, Secretário Municipal de Cultura. NELSON HERVEY COSTA, Secretário do Governo Municipal. Publicado na Secretaria do Governo Municipal, em 25 de outubro de 2011. .SP. GOV.BR

Enviado por José Carlos Sampaio.

E-mail: josesampaio@PREFEITURA

Page 16: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 16

MORRER E NASCER MUITAS VEZES NA UMBANDA.

Por Alexandre Cumino O mundo ocidental, essencialmente capitalista, molda a mentalidade do homem moderno e sua

forma de ver o mundo, no qual tudo está aí para ser consumido. E muitos chegam ou procuram a Umbanda com esta mesma mentalidade. “Tipo assim”... sabe...:

Nº 1: Limpeza espiritual e corta demanda. Nº 2 Orientação e Prosperidade. Nº 3 Abre Caminho e Sorte no Amor.

Se puder falar o quanto custa, melhor! Sem comprometimento, sem envolvimento, sem doutrina ou reflexão.

Muitos chegam assim na Umbanda, e outros, “umbandistas”, saem da Umbanda quando creem que está “demorando muito” para receber Nº 1, o Nº 2 ou o Nº 3.

Alguns saem quando percebem que a Umbanda não os servirá em seus propósitos de desavença, vingança, amarrações e outros “trabalhinhos” facilmente encontrados nos classificados “marronzinhos” ou nos postes, que prometem sorte, dinheiro, amor e poder em 24 horas.

O curioso é que, muitas vezes, nem as pessoas que oferecem tais coisas as possuem. Como oferecer algo que não se tem, como dar o que não pode ser possuído, comprar o que afinal? Dinheiro só compra dinheiro na bolsa de valores, dinheiro só compra amor na obra de Nelson Rodrigues, dinheiro só compra espiritualidade superficial para agradar o ego... o ego espiritual.

No caso da Umbanda podemos e devemos dizer o que ela tem para dar: HUMILDADE, AMOR

e CARIDADE. Como caminho para PAZ, HARMONIA e EQUILÍBRIO, conquistados na busca em dar um sentido para a vida que é em si a leitura da mesma de uma perspectiva espiritual, mágica e divina. Para tal é preciso disciplina, doutrina e muita vontade de aprender, morrer e nascer outra vez, muitas vezes.

CONVICÇÃO

O trabalho sério, daquele que se dedica a estudar a Ciência Divina, as coisas do espírito e

da Natureza, se comprova ao longo do tempo. E se comprova a partir das suas convicções, da sua firmeza, do seu amor pelo que crê e

prega. Comprovando-se, então, atrairá a atenção de alguns, pouco, muitos talvez... não importa,

será o número suficiente, ou, o número de pessoas que foi designado por Deus que se voltasse a você a fim de ouvi-lo.

É aí que a responsabilidade aumenta mais ainda, pois, tudo o que for dito será interpretado, de um modo ou de outro. Será interpretado por mentes abertas ao que é Divino, mas também será interpretado por mentes maliciosas.

Então, volta à tona a sua convicção. Abraçado a ela, tenha certeza, você poderá boiar, nadar na tempestade, mas nunca

afundará. Busco diariamente fortalecer a minha convicção, para, humildemente, trazer o que penso e

o que me é transmitido (por Mestres do Astral e por Mestres Encarnados), sobre a Sagrada Umbanda e sobre a Magia Divina, alicerces fundamentais da minha caminhada.

Por André Cozta E-mail: [email protected]

Page 17: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 17

ELEIÇÃO- MEU VOTO VAI PARA...

Voto em Deus, nosso Pai Criador, diariamente, na eterna eleição da Evolução. O Poder Divino pode nos conduzir na Vida, com Fé, Amor, Conhecimento, Equilíbrio e

Ordenação, a fim de que trilhemos da única forma correta (que é a que Ele preparou para nós) nossa senda evolutiva.

Não é tão fácil de se praticar quanto é de se escrever, mas a nossa vontade imperará sobre todos os percalços, tentações e ilusões, se assim quisermos.

Erramos diariamente... eu erro diariamente, mas, graças à minha Fé, rastreio e reconheço minhas falhas e erros no exato momento em que as cometo. E, imediatamente, começo o trabalho de reforma íntima. Difícil este trabalho, doloroso, às vezes, mas, sem dúvida alguma, compensador.

Por que, quando conseguimos superar certos bloqueios e, por consequência, algumas imperfeições, o resultado, com certeza, é mais satisfatório do que o de ser o capitão da seleção brasileira de futebol e erguer a copa do mundo.

Então, nesta eleição, em que os candidatos representantes da ilusão, da vaidade e do ego se apresentam com argumentos e plataformas pseudo-competentes, voto naqueles que se apresentam com a Verdade: Deus e os Sagrados Orixás. André Cozta

E-mail: [email protected]

QUEM É EXU?

Escrito por Guilherme Duarte E-mail: [email protected]

Muito se é falado sobre Exu e muitas dúvidas há a seu respeito! Existem livros a respeito a esse mistério, mas poucos buscam deste conhecimento e por

isso eu, sr. Exu Marabo vim através do meu médium comentar um pouco sobre esse assunto. Exu é uma divindade gerada por Deus, cujo fator ou axé principal é o vigor, a vitalidade,

tendo assim uma grande importância para todos e não podemos dissociá-lo de Dele, pois, quanto à criação divina e sua exteriorização de tudo, Exu rege o estado da criação denominado de vazio absoluto.

E vos digo o tamanho da importância dessa divindade na criação divina! Exu por gerar em si e de si qualidades do divino Criador, abrange sobre toda Sua criação

com seu fator vitalizador, que dá vitalidade a tudo e todos que existem, pois numa planta temos o vigor de Exu, para ela crescer, dar flores e frutos e se manter firme neste mundo.

Com tudo, na agregação do fator vitalizador com outros fatores é que Deus criou e sustenta tudo que por Ele já foi gerado.

E uma coisa eu digo: - Se enganam as pessoas que acham que só médiuns têm um Exu às suas esquerdas, pois todo ser humano tem um Exu que vos guarda e vos protege, ora vitalizando-os e ora desvitalizando-os. E, se assim é e assim procede, é para manter o equilíbrio na vida dos seres e das criaturas, que vivem sob a proteção do nosso divino criador.

Engana-se também quem liga o fator vitalizador só à parte sexual ou ao sétimo sentido da vida, que é o da geração, pois quem assim acha ignorante é, porque a vitalidade e o vigor abrangem todos os sentidos da vida e visam o bem estar de toda a criação.

Então, entendidos estamos quanto ao Orixá Exu, que é uma divindade de nosso divino Criador, que, através de seus fatores e funções na Criação, alcança tudo e todos pelos seus fios invisíveis e, através de suas vastas hierarquias, que visam equilibrar tudo e todos dentro da Lei maior e Justiça divina.

Agora, tem uma dúvida que eu vejo sendo questionada dentro de vossos mentais;

PSICOGRAFIAS E MENSAGENS

Page 18: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 18

- Quem são as entidades que incorporam nos centros de Umbanda, dão consulta e ajudam a quem for até eles pedir auxilio?

Com a licença de meu senhor abro um canal para que o Sr Exu Tranca Ruas dê está resposta a todos!

Fala o sr, exu Tranca Ruas: -Saudações a todos! Com todo respeito e licença lhes passo tal informação. Exu, dentro do ritual de Umbanda, segue toda uma hierarquia e todo um aprendizado de

severas leis. Todos os Exus que incorporam em seus médiuns são comandados pela Lei maior e têm a regência do Orixá Ogum, que é a ordenação divina e, a partir desse comando, cada Exu atua em seu campo, cada um com seu grau e degrau.

Por isso surgem tantos nomes simbólicos como: Tranca-Ruas, Marabô, Exu do Lodo etc. Mas vejam que são só nomes simbólicos que são identificadores de seus campos de

atuação! Mas à pergunta, ainda não lhes respondi, não é? Ha, ha, há! Prestem atenção: - Esses espíritos que incorporam e se identificam como Exu

fulano de tal, são espíritos humanos que já vivenciaram suas encarnações na terra, mas que, por erros em uma ou varias vidas passadas, se negativaram e esgotaram todas as chances de evolução na face da terra.

Então esses espíritos, por terem se negativado, quando desencarnam caem nas trevas da ignorância humana e sofrem uma grande descarga energética, onde serão decantados de todos seus vícios e falhas e a única maneira de voltarem a subir seus degraus rumo ao divino Criador é entrando para linha de ação e reação de Exu, atuando a esquerda do médium para ajudá-lo na sua evolução.

Por isso é dito que a evolução do médium é a evolução do seu Exu. Exu não é mal educado, não é bocudo e não faz maldade a ninguém, pois se sair dos

conformes da Lei maior será punido por ela. Mas não se esqueçam de que Exu é especulador. Então tratem de serem médiuns direitos,

respeitem mais seus guardiões e nunca os usem como forma de exteriorizar seus íntimos negativados, pois garanto a vocês que temos muita educação e sabemos nos portar dentro de um trabalho espiritual.

E a todos, tenham Exu como amigo guardião de todos e não como inimigo, pois quem assim não reconhece Exu está sendo ignorante consigo mesmo e deixando o preconceito lhe tomar a frente.

E outra coisa vos chama à atenção, muito já ouvi falar que Exu é espírito sem evolução, mas desminto isso, pois muitos dos guardiões já conquistaram seus graus na luz, mas preferem continuar atuando em faixas vibratórias negativas para melhor servirem o criador e resgatarem todos que têm ligação espiritual com eles.

Por isso, não julguem para não serem julgados, e não blasfemem contra seus irmãos para não serem blasfemados!

Ao invés disso, amem para serem amados, ajudem para serem ajudados e amparem para serem amparados, pois assim todo ser humano deveria se portar: - Acolhendo a quem lhe estende a mão.

Se cada um cuidasse de sua vida, até nós, os guardiões da esquerda, teríamos menos trabalho e menos tempo gastaríamos tentando vos ensinar a crescer na vida.

E que esse pequeno escrito ecoe dentro de vossas mentes para que reflitam e parem de julgar ao próximo e de julgar até nós, os vossos guardiões! E assim encerro essa mensagem agradecendo a todos pela atenção.

Respeito é bom, eu gosto e creio que todos nós, os Exus, merecemos ser respeitados por vocês, que ainda engatinham nessa terra sagrada do nosso Divino Criador.

Um grande abraço a todos meus irmãos de senda e destino, pois nunca esqueçam que somos todos filhos do nosso divino criador...

Sarava Senhor Tranca Ruas! Sarava Sr. Marabo! Sarava todos os Exus!

Page 19: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 19

MENSAGEM DE UM EXU MIRIM.

Escrito por Guilherme Duarte. E-Mail: [email protected]

Quando se fala de Exu-Mirim, nem todos conhecem esse mistério e por isso somos poucos lembrados, mas aviso que trabalhamos duro do mesmo jeito dos Exus Maiores, quando é necessário tomamos a frente dando amparo a nossos protegidos, pois muitas pessoas por seus erros ou por serem muito ansiosos acabam se enrolando e se complicando, não acham uma saída e também não sabem a quem pedir ajuda. Não é verdade? Pois bem, venho por esse pequeno texto comentar um pouco sobre nós, os Exus Mirins.

Nós como servidores do Pai Maior, seguimos rigorosamente sua lei maior e sua justiça divina e só atuamos nas pessoas de acordo com a vontade do criador. Mas quem acredita na força de Exu-mirim sabe que pode confiar em nós sempre que precisar, então fica a dica de como nos oferendar para pedir nossa ajuda.

.01 charuto

.07 cravos vermelhos

.Pinga com mel. Linhas pretas e vermelhas

. Frutas: manga, limão, kiwi, mamão etc. 7 velas bicolores pretas e vermelhas.

Obs: deve ser feito o circulo com as velas e depositar a oferenda com carinho e respeito dentro do círculo, e circular a volta com pinga. E de acordo com intuição pode se acrescentar mais elementos, tais como fitas e outros tipos de frutas etc. Depositem esta oferenda em uma encruzilhada e peçam a nós Exu Mirins que sejam desenroladas, descomplicadas vossas vidas, que sejam abertos vossos campos, caminhos, portas, passagens, também peçam equilíbrio, razão, força, e que todo o negativismo das vossas vidas que já seja tudo purificado. Peçam tudo de bom para vossas vidas que iremos vos auxiliar, lembrando sempre dentro da lei maior e Justiça divina e vossos merecimentos. E uma coisa vos digo: sejam honestos conosco que seremos que os ajudaremos lealmente. Está simples oferenda é apenas um meio de buscar ajuda quando precisam, e não esqueçam que quem tem fé em nosso Deus sempre alcança. Obrigados pela atenção e sempre se lembrem dos vossos Exus Mirins, que tanto vos auxiliam. Saravá. Obs: AS oferendas na natureza devem sempre visar não poluir o meio ambiente, então sempre temos que procurar usar recipientes naturais e o chão pode ser forrado com folhas de bananeira, isso é só um ponto de vista meu escritor. Obrigado.

QUEM É TRANCA-RUAS?

Eu sou a luz nas trevas. Afinal, se não houvesse a luz nas trevas, como os irmãos iriam reencontrar o caminho para

os braços do Pai Criador? Vem até mim aquele que precisa de uma porta aberta para servir a Deus. Mas também vem a mim, aquele que precisa que se feche uma porta, para que não mais

atente contra as Leis Divinas. E quando Tranca-Ruas fecha a porta, te deixa no escuro sem ver mais nada. Deixa-te só com ouvidos para ouvir as cobranças da Lei Maior e da Justiça Divina, e com a

boca quando quiser clamar pela Luz. E, quando esse momento chegar, Tranca-Ruas abre a mesma porta que fechou. Tranca-Ruas te pega pela mão e te deixa no caminho de retorno aos braços do Pai. Esse é Tranca-Ruas!

Mensagem enviada por Senhor Tranca-Ruas das Almas e anotada por Carla Guedes

E-mail: [email protected]

Page 20: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 20

EXU, O VAZIO ABSOLUTO E OXALÁ,

O ESPAÇO INFINITO.

Texto de Denise M. Martins.

Muitos têm Exu como o primeiro Orixá gerado, que, por isso, tem a primazia no culto. Essa primazia se justifica se entendermos a criação como um encadeamento de ações divinas desti­nadas à criação do Universo e dos meios para que os seres pudessem evoluir.

Nós aprendemos que dois cor­pos não ocupam o mesmo “espaço” e, a partir daí, deduzimos que, para haver o espaço, tinha que haver algo em outro estado que permitiu a criação de uma base estável para que, aí sim, tudo pudesse ser criado. Esse estado é o de “vazio”, pois, só não havendo nada dentro dele, algo poderia ser criado e concretizado, mas como outro estado. Então, unindo o primeiro Orixá (Exu) e o primeiro estado da criação (o vazio absoluto), temos a fundamen­tação do Mistério Exu.

O Mistério Exu é em si o “vazio abso­luto” existente no exterior de Deus e guarda-o em si, dando-lhe a existência e sustentação para que, a partir desse estado, tudo o que é cria­do tenha seu lugar na criação.

Por ser Exu o guardião do vazio absoluto, e este ter sido o primeiro estado da criação manifestado por Deus, então Exu é, de fato, o primeiro Orixá manifestado por Ele.

Logo, Exu é o primeiro Orixá, o mais velho de todos, o primeiro a ser cultuado. Por ser e trazer em si o vazio absoluto tem que ser invocado e oferendado em primeiro lugar e deve ser “despachado” de dentro do tem­plo e firmado no seu exterior para que um culto possa ser realizado, pois, se assim não for feito, a pre­sença de Exu dentro de­le implica a ausência de todos os outros Orixás, já que seu estado é o do “vazio absoluto”. Porque junto com o Orixá Exu vem o vazio absoluto, os seus interpretes religiosos deduziram corretamente que, nesse estado de vazio, não é possível fazermos nada. Logo, a ato de invocar o Orixá Exu em primeiro lugar é correto, porque, antes de Olorum manifestar os outros Orixás, manifestou-o e criou o vazio absoluto à sua volta. O ato de ofenda-lo antes dos outros Orixás está fundamentado nessa sua primazia, pois não se oferenda primeiro ao segundo Orixá manifestado e sim ao primeiro.

O ato de despachá-lo para fora do tem­plo fundamenta-se no fato de que, se ele está presente dentro do templo, com ele está o seu “vazio absoluto”, no qual nada existe. Então, é preciso des­pachá-lo e assentá-lo no exterior do tem­plo, para que outro estado se estabeleça e permita que tudo aconteça.

Avançando um pouco mais na inter­pretação das necessidades primordiais para que tudo pudesse ser “exteriorizado” por Deus, como no “vazio absoluto” (Exu) não havia como se sustentar em alguma coisa, eis que, após esse primeiro estado da criação, Olorum manifestou o seu segundo estado: o “estado do espaço”!

• O vazio absoluto a ausência de algo. • O espaço é a presença de um estado. Deus criou o espaço “em cima” do vazio absoluto. Logo, se antes só havia o vazio

absoluto, o espaço foi criado dentro dele, e, à medida que o espaço foi se ampliando, o vazio absoluto foi disten­dendo-se ao infinito para abrigá-lo e permitir-lhe ampliar-se cada vez mais, de acordo com as necessidades da mente criadora de Olorum.

Aqui, já entramos na genealogia (no nascimento) dos Orixás e em uma teo­gonia a partir dos estados da criação.

Esse segundo estado (o espaço) dentro o primeiro (o vazio absoluto) criou uma base que se amplia segundo as necessidades do Criador e começa a nos mostrar os Orixás como estados da criação, pois se Exu é o vazio abso­luto, o Orixá que é si o espaço se chama Oxalá. Sim, Oxalá é o espaço infinito porque é capaz de conter todas as criações da mente divina do nosso Divino Criador.

Porém o que nos levou à conclusão de que Oxalá é em si o mistério do “espaço infinito”? Ora, o mito revela-nos que Olorum confiou-lhe a função de sair do seu interior e começar a criar os mundos e os seres que os habitariam.

Page 21: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 21

Como algo só pode ser criado se houver um espaço onde possa ser “aco­mo­dado” e antes só havia o “vazio absoluto” à volta de Olorum, assim que Oxalá saiu (foi manifestado), com ele saiu seu estado (o espaço infinito), que se expandiu ao infinito dentro do vazio.

O espaço não é maior ou menor que o vazio, porque são estados, mas ambos são bem definidos:

• o vazio absoluto é o estado de ausência de qualquer coisa (o vazio).

• o espaço infinito é o estado de presença de alguma coisa (a ocupação). Como Olorum tem em si tudo, e tudo ocupa um lugar no espaço, então Oxalá, como estado preexistente em Olorum, já existia no seu interior. E, como a mente criadora de Olorum ocupa um espaço, este era Oxalá, pois foi a Oxalá que Ele confiou a missão de criar os mundos e povoá-los com os seres que seriam criados.

Logo, Oxalá traz em si esse estado de espaço infinito que pode abrigar nele tudo o que for criado pela mente de Olorum. Portanto, Oxalá também traz em si o poder criador, pois, se não o trou­xesse em si, não poderia da existência no espaço infinito ao que só exis­tia na mente criadora de Olorum.

O vazio absoluto é um estado e não algo mensurável. O espaço infinito, ain­da que não seja mensurável, é a exis­tência de algo. E, como se esse algo denominado “espaço infinito” se abriu e expandiu-se dentro do vazio abso­luto, criaram-se dois estados opostos complementares:

• O vazio absoluto • O espaço infinito Exu e Oxalá são ligados umbilical­mente por causa desses dois primeiros estados da

criação. Exu é o vazio ex­terior de Olorum, e Oxalá, o seu espaço exteriorizado. Exu é a ausência, e Oxalá é a presença. Em Exu nada subsiste, e em Oxalá tudo adquire existência.

Exu, por ser o vazio absoluto, nada cria em si. Em Oxalá, por ele ser o espa­ço em si mesmo, tudo pode ser criado. Exu e Oxalá são opostos complementares porque sem a existência do vazio absoluto o espaço não poderia se expandir ao infinito. Como ambos são estados, não são antagônicos, pois onde um está presente, o outro está au­sente. O vazio absoluto é anterior ao espaço infinito. E, porque é anterior, Exu é o primeiro Orixá manifestado por Olorum e detém a primazia. E, se tudo preexistia em Olorum, ainda que não fosse internamente o Orixá mais velho é, no entanto, o primeiro a existir no seu exterior.

Texto extraído do livro “Orixá Exu” de Rubens Saraceni, Editora Madras, de Rubens Saraceni.

Denize M. Garcia Martins publicou esse texto no Facebook, em UMBANDA POPULAR BRASILEIRA.

“DE UM RATO NÃO PODE NASCER SENÃO OUTRO RATO”

Texto de Eden Carlos da Silva E-mail: [email protected]

Durante todos esses anos da Casa Sara Kali temos tido algumas experiências negativas com alguns tipos de insetos e animais e vou contar aqui uma que tivemos com ratos, que foi muito marcante, pelo menos para mim.

Alugávamos um salão na Rua Padre Sabóia de Medeiros, Vila Maria Alta em São Paulo, na verdade era dois salões, um que usávamos para palestras e outros para os tratamentos.

Nestes salões não havia lajes, somente telhados, pois fora um depósito de móveis. Tínhamos um vizinho na parte de trás dos salões que não prezava muito por limpeza e

juntava muita sujeira e entulho no seu quintal, um verdadeiro criadouro de ratos. E, principalmente à noite eles subiam pelas paredes e vazavam dentro do nosso salão.

No baralho cigano a carta do rato mostra uma energia muito ruim de perda e naquela época estávamos notando que estávamos tendo uma perda considerável de energia nas nossas reuniões e não sabíamos o motivo.

Page 22: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 22

Desde que mudamos para lá, de vez em quando entrava um ou outro roedor, que até é normal, mas de repente os ataques passaram a ser diários e por mais de um. E o que era pior: -Eu via que além dos ratos no físico estava tendo uma entrada de ratos espirituais.

Eu matava os ratos no físico com alçapão, colas, ratoeiras, venenos, um verdadeiro arsenal de guerra contra os ratos, mas notava que entrava também no lado espiritual ratos que eram muito maiores dos que conhecemos aqui na Terra e esses eu os pegava com magia.

Só que chegava na próxima reunião eles estavam novamente lá, tanto no físico como no espiritual e fiquei muitos meses nessa labuta de ter que fazer toda essa limpeza antes mesmo dos trabalhos começarem.

Uma noite o meu mestre de magia (espírito) comunicou-se comigo e disse que alguém estava mandando aqueles ratos.

A partir daí comecei a fazer uma série de magias na tentativa de descobrir e recolher esse ser trevoso que tanto estava nos atrapalhando e numa reunião eu vi quando a mandala recolheu um rato enorme de uns 2 metros de tamanho e fiquei contente, pois achei que tinha resolvido o caso e aniquilado o responsável por toda aquela rataiada.

Ledo engano! Continuou tudo como era antes e eu na minha labuta diária com os ratos físicos e espirituais.

Logo em seguida fui fazer uma viagem para Minas Gerais na casa dos meus pais e quando cheguei lá notei que a casa estava sendo habitada por alguns espíritos sem esclarecimento e pedi autorização ã minha mãe para poder fazer uma mandala, no que ela concedeu prontamente.

Pois bem, no momento em que eu estava riscando a mandala no chão vi quando se aproximou da mandala um espírito humano e via apenas as pernas dele e quando olhei para cima vi um rapaz branco, magro, cabelos negros, vestido de roupa social, de olhar fixo e naquela hora a fisionomia dele me lembrou muito a do Jerry Lewis quando era novo.

Ele ficou me encarando sem dizer nada e num certo momento ele franziu os lábios e mostrou os dentes da frente, tanto os de cima como os de baixo bem salientes e começou a rangê-los continuamente e fazendo um chiado e notei que aquilo era um tipo de desafio, pois parecia um rato raivoso.

Cheguei até a ficar na dúvida se eu estava mesmo vendo aquilo ou estava delirando, pois tinha acabado de fazer uma viagem muito longa e cansativa. Mas obtive a confirmação logo a seguir, pois sem que eu falasse nada a minha esposa veio me alertar que estava com medo, pois tinha um homem com aparência de rato que estava ameaçando-a.

Mais que depressa ativei a mandala de fogo e comecei a dar uma série de comandos, e a seguir passei para os verbos, pois quem mexe com magia sabe que é aí que está o poder de realização.

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele" (João 1:1-3).

Já estava cansado de tanto dar comandos mágicos e verbos e nada acontecia! O fulano ficava lá do lado, sem medo algum, só me desafiando, cada vez mais raivoso e eu já estava vendo a hora que ele viria para cima de mim.

Cheguei até ativar o verbo “desinsetizar”, mas nada aconteceu, apesar também que rato não é inseto.

Foi aí que o mestre de magia apareceu e numa só palavra resolveu a situação, ele me intuiu o verbo: “desratizar” como eu não tinha pensado nisso antes? Mas foi tiro e queda e ainda vi quando a mandala em questão de segundos o sugou para dentro e nunca mais ele voltou a nos atormentar.

Os ratos no físico até continuaram devido às condições de higiene da casa do vizinho, mas espiritualmente eles desapareceram. Mas mesmo assim preferimos nos mudar desse salão por essa situação desagradável.

Já tivemos outras experiências também com insetos espirituais e hoje já estou mais atento, pois têm ataques espirituais com insetos que são antecedidos com invasão de alguns insetos no plano físico.

Quem tem um trabalho espiritual têm que ficar atento a tudo isso, pois, caso contrário será surpreendido com esse tipo de coisa.

Page 23: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 23

As pessoas em geral e até mesmo os médiuns não têm noção do quão é difícil de manter uma reunião espiritual aberta neste planeta, pois o bicho pega mesmo é nos bastidores da reunião e isso, geralmente poucas pessoas sabem.

E quanto maior for à estrutura, a quantidade de médiuns e de assistidos, maiores são os riscos.

Mais aí que está o grande desafio e o mérito da questão, você tratar os assistidos, tratar o ambiente e fazer a proteção, tudo ao mesmo tempo.

Paz & Luz

UMA TARDE NO MOSTEIRO DE SÃO BENTO

Eden Carlos da Silva E-mail: [email protected]

Vou contar mais um “causo” que aconteceu comigo há uns 21 anos atrás no Mosteiro de São Bento em São Paulo.

Não contei anteriormente, pois não queria comprometer um monge de lá que me ajudou. Mas acredito que hoje ele já não esteja entre nós, pois naquela época ele já era muito

velhinho. Nessa época eu estudava no Mosteiro de São Bento, de manhã funcionava o Colégio São

Bento e a noite a Faculdade Índio Tibiriçá. No 3º andar tinha apenas uma sala de aula ativa e era lá que eu estudava à noite e, só

para terem uma idéia, essa sala fica encostada ao relógio externo que todos veem. Sempre que eu andava por aqueles corredores sentia que havia ali uma atividade

espiritual muito grande e certa noite eu estava sozinho andando pelos corredores do 3º andar, pois lá só transitavam os alunos que eram daquela sala e, de repente vi um monge vindo em direção contrária a minha, senti um arrepio forte e uma vibração boa, mas não consegui ver a aparência dele, pois ele usava aquele vestuário dos monges, o “hábito”, e estava com o capuz cobrindo a cabeça. Naquela mesma semana marcamos para fazer uma reunião espiritual na minha casa, tipo mesa branca kardecista, pois estávamos passando por alguns problemas espirituais, inclusive na própria casa em que morávamos, lá na Vila Medeiros.

Em certo momento da reunião, um médium clarividente informou que estava chegando um padre, mas não era um padre comum, era daqueles que usavam capuz e logo a seguir confirmou que era um monge.

E ele pediu ao médium clarividente que retransmitisse pra mim o que ele ia falar. Disse que me viu andando pelos corredores do Mosteiro de São Bento e se interessou por mim e me seguiu até em casa e aí ficou sabendo que estávamos passando por alguns problemas e resolveu voltar.

Falou também que iria me ajudar no que estivesse ao alcance dele. E, caso eu quisesse conhecê-lo, eu deveria ir até o Mosteiro de São Bento e lá teria uma sala cheia de quadros e quando eu visse o quadro dele eu o reconheceria. Quem me conhece bem, sabe o quanto sou curioso e não perdi tempo. Na noite seguinte antes da aula fui até o Mosteiro de São Bento e nem de fora do Mosteiro e nem de dentro da igreja encontrei nenhuma porta que desse acesso lá pra dentro. Então, voltei na outra noite e assisti o Canto Gregoriano que eles fazem rigorosamente cinco vezes ao dia e quando acabou, depois que todos os monges tinham entrado numa porta tipo secreta que fica atrás do altar, fui até lá e alcancei o último monge, que era um senhor bem velhinho, chamei-o e disse que gostaria de entrar lá dentro para conhecer o Mosteiro. O Monge mais que rapidamente falou que só os monges podiam entrar no Mosteiro, não era aberto ao público.

Fui embora inconformado e voltei na noite seguinte e fiz tudo novamente, assisti o Canto Gregoriano e fui atrás dos monges e encontrei novamente aquele monge velhinho e falei para ele que eu já tinha vindo na noite anterior falar com ele, mas o negócio era que eu estudava lá na faculdade que ficava no Mosteiro e uma professora minha tinha me falado de uma sala lá cheia de quadros e eu precisava dar uma olhada.

Page 24: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 24

Notei que o monge ficou intrigado e logo tratou de me despachar indagando que não tinha sala nenhuma de quadros e como a professora falava isso se nem ela tinha entrado ali? Na noite seguinte voltei no Mosteiro e fiz tudo novamente, vi o Canto Gregoriano e corri de novo atrás do monge e dessa vez falei o seguinte: “eu não queria falar, mas na verdade é que eu tive um sonho com um monge e foi ele quem pediu que eu viesse aqui no Mosteiro ver a tal sala de quadros.” Eu não podia falar que era Kardecista e que tinha ficado sabendo numa reunião espírita. Aí que ele ficou intrigado mesmo e notei que nessa hora ele já estava mais curioso que eu. E me disse baixinho: “Vem no domingo às 15 horas, pois os monges irão sair e eu vou estar sozinho.”. Saí radiante de alegria e não via a hora de chegar domingo.

Domingo às 15 horas em ponto eu estava dentro da igreja e já sabia onde ficava aquela “porta secreta” e fui bater lá.

O monge velhinho me atendeu cordialmente e me mostrou todo o Mosteiro de São Bento. Vocês não tem idéia de como é tudo arrumado, belo, calmo e uma paz reconfortante lá

dentro, contrastando o ambiente exterior, pois naquela mesma época o pessoal fazia encontros no metro São Bento do movimento hip-hop. Lá dentro era tudo em estilo colonial. Eu não sabia naquela época, mas o prédio é aberto no meio tipo aquelas “fortalezas” que assistimos nos filmes. No centro do prédio tem um belo jardim e também um cemitério onde os monges são enterrados. Mostrou-me os seus aposentos, os dormitórios, o refeitório, a cozinha, a biblioteca e tudo o mais, mas o meu interesse era na tal sala de quadros que até então não tinha me confirmado se existia realmente.

Por último ele me levou numa sala grande retangular e sem nenhum móvel sequer, com belo piso de madeira, e apenas vários quadros grandes nas paredes, um enfileirado ao lado do outro com imagens de monges e ele foi me mostrando um por um e explicando quem eram, até que num passe de mágica eu tive a certeza de que se tratava daquele monge que estava ali na minha frente. E aí a surpresa do velhinho foi nas alturas e ele começou a contar empolgado a história daquele monge. Ele era Dom Geraldo Falcrã, um belga que viveu lá por volta de 1.700 e foi um dos fundadores do Mosteiro de São Bento, ajudando na reconstrução do Mosteiro, pois ele já foi reconstruído várias vezes.

Hoje você já consegue pela Internet no site do Mosteiro fazer uma “visita virtual” ver alguma coisa e também, no aniversário de São Paulo, eles fizeram uma reportagem lá dentro mostrando alguns aposentos, mas aquela sala dos quadros não apareceu nem na reportagem e nem no site do mosteiro.

Isso é mais uma prova irrefutável da existência pós-morte, pois pouquíssimas pessoas sabem da existência dessa sala. Paz & Luz

ANUNCIOS E CURSOS

Page 25: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 25

A.U.E.E.S.P.

Você pode se cadastrar na A.U.E.E.S.P., sendo pessoa física ou jurídica. Pode ser associado individual, núcleo (centro, associação), colaborador jurídico ou colaborador físico.

Se você acredita que vale a pena lutar por nossa religião, venha juntar-se a nós, que nada mais queremos além de ver a Umbanda crescer e de valorizar nossas práticas religiosas e nosso sacerdócio.

Falar com Sandra Santos Fone: (11) 2954-7014

E-mail: [email protected]

Falar com Dra. Miriam Rua Irmã Carolina n° 272 –

Belenzinho.

contato@colégiodemagia.com.br

Fone: (11) 2796-9059

Page 26: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 26

Para o curso virtual faça sua matrícula no site abaixo: http://www.ica.org.br/Curso/Teologia-de-Umbanda-Sagrada-106

"Teologia é a ciência pertinente à Religião. É o conhecimento que a Religião produz sobre si mesma.

Cada Religião tem a sua TEOLOGIA A UMBANDA É RELIGIÃO

Portanto o conhecimento que ela produz sobre si mesma é TEOLOGIA DE UMBANDA

É o estudo sobre o Sagrado na Umbanda" - Alexandre Cumino –

Estudo sistematizado da Umbanda que visa fomentar o conhecimento global da religião Umbanda sem a pretensão de inferir nas particularidades dos terreiros, pois através da Teologia de Umbanda é possível compreender a multiplicidade conceitual e ritualística da religião que se manifesta de forma fragmentada nos milhares de terreiros existentes. Estudar Teologia de Umbanda é buscar compreender o Divino e sua manifestação na dinâmica Umbandista. Este estudo foi canalizado por Rubens Saraceni através dos Mestres da Luz. Teologia de Umbanda é um curso voltado ao ensino de UMBANDA e seu entendimento mais amplo enquanto religião. O estudo vai além do ambiente de terreiro, sem interferir nos conceitos individuais e regionais, indo buscar os fundamentos de cada elemento de UMBANDA através de uma percepção Universal e global.

Programa do Curso de Teologia de Umbanda Sagrada: 1º Módulo (Apresentação + O que não é Umbanda) 1ª Apresentação – Teologia De Umbanda (Uma Religião com seus próprios fundamentos) 2ª Diferenças Umbanda e Candomblé (Cultura Nagô – Yorubá / Culto de Orixá) 3ª Diferenças entre Umbanda e Espiritismo (A Doutrina codificada por Allan Kardec) 4ª Sacerdote, Feiticeiro, Mago, Xaman, Pajé, Erva de Poder, Animal de Poder, Catimbó, Jurema, etc. 2º Módulo (O que é Umbanda) 5ª Uma Religião Brasileira, mediúnica, definições, sincretismo, etc. 6ª O que é Religião? Definição, Religare, Religiões Monoteistas, Umbanda é Monoteísta. Paganismo, Panteismo, Animismo, Politeísmo, Totemismo, Fetichismo, Monismo, Ateísmo, Mono-politeismo e Panenteismo. 7ª História da Umbanda, breve e resumida. 3º Módulo (Mediunidade) 8ª O que é Mediunidade? Todos são médiuns? Tipos de mediunidade. 9ª Incorporação. Consciente ou inconsciente? Desenvolvimento Mediúnico: Medos e traumas do desenvolvimento. Quebrando tabus e preconceitos. A Importância da Educação Mediúnica 10ª Bíblia e Mediunidade 4º Módulo (Deus, Divindades, Tronos, Androgenesia, Fatores e Energia) 11ª Meditação e Deus 12ª Deus Pai e Mãe – Tronos e 7 Linhas 13ª Deus, Simbolismo e Chacras, Números e Geometria 14ª Androgenesia – A Gênese do Ser e os Sete Planos da Vida 15ª Ondas, Fatores e Energia – A Base da Criação 5º Módulo (Liturgia) 16ª Orixá de Frente, Orixá Adjunto e Orixá Ancestral 17ª Firmeza e Assentamento

Page 27: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 27

18ª Elementos de Liturgia I (Bater Cabeça, Cruzar, Consagração, Imantação, Cruzamento de objetos e do templo, Os Espaços Religiosos, Altares e Imagens) Roupa Branca? 19ª Elementos de Liturgia II (Defumação, Banhos e Amaçi; Roupa Branca, Cores, Pedras, Ervas, Aguas) 20ª Oferendas (Os Orixás e A Natureza, Os Pontos De Força Da Natureza, Porquê fazer Oferendas? O Sentido Das Oferendas, As Consagrações de Materiais Condensadores de Axé) 6º Módulo (Teogonia – Os Orixás) 21ª 7 Linhas – 14 Orixás mais 3 Orixás (Exu, Pomba Gira e Exu Mirim) / Orixás Cósmicos e Universais 22ª Oxalá, Orixalá, Obatalá – Jesus Cristo (Os Mecanismos da Fé) 23ª Oiá-Tempo, Logunan – Santa Clara (O Trono do Tempo) 24ª Oxum – Nsa. Sra. Da Conceição e Nsa. Sra. Aparecida / Oxumaré – São Bartolomeu 25ª Oxossi – São Sebastião / Oba – Joana D’ Arc 26ª Xangô – São João Batista / Yansã – Santa Bárbara / Ogum – São Jorge / Egunitá – Santa Sara Kali 27ª Obaluaiyê – São Lázaro / Nana Buroquê – Santa Ana 28ª Yemanjá – Nsa. Sra. Dos Navegantes e Nsa. Sra. Das Graças / Omulu – São Roque 7º Módulo (Orixá Exu, Orixá Pomba Gira e Orixá Exu Mirim) 29ª Orixá Exu (Origem Cultural do Orixá Exu, Exu na Cultura Nagô-Yorubá na África – Mitologia) 30ª Orixá Exu (Origem Divina – Trono da Vitalidade – Mehor-yê, outros Tronos) 31ª Orixá Exu (Vazio o Principio da Criação – Os 7 Guardiões Planetários) 32ª Orixá Pomba Gira e Orixá Exu Mirim (Trono do Estimulo, Êxtase e o Nada na Cosmologia) 33ª Demonizar Exu, de dentro e de fora de seu culto – Quem é Lúcifer, Satã, Diabo, Capeta, Demônio? Tronos Opostos 8º Módulo (Linhas de Trabalho) 34ª Guia Chefe, Guia de Frente, Mentor, Naturais, Encantados e outros. Os Guias de Lei na Umbanda. As Entidades Que Atuam Nas Linhas De Umbanda. Como Surgiram As Linhas De Trabalho Do Ritual De Umbanda Sagrada 35ª Caboclo, Preto Velho e Criança 36ª Baiano, Boiadeiro, Marinheiro, Ciganos, Cangaceiros, Malandros e Mestres da Jurema 37ª Exus de Trabalho, Guardião e Natural 38ª Pomba Giras e Exus Mirins. Formas Plasmadas: Formas humanas, angélicas e animalizadas 9º Módulo (Ritos e Sacramentos) 39ª Uma Gira ou Sessão (Trabalhos) de Umbanda. O Passe na Umbanda. Maraca, Atabaque , Quartinha??? 40ª Batizado 41ª Casamento 42ª Ato Fúnebre (Entrecruzamento) 10º Módulo (Magia de Umbanda) 43ª O que é Magia? Tipos de Magia. Magia de Umbanda. Ponto Riscado e Pemba 44ª Como Funciona a Magia, Magia Divinae seus Mistérios 45ª Elementos de Magia: Pemba, Ponteiro, Punhal, Espada, Pólvora, Fitas, Toalha, Pedras, Ervas, Aguas, … 11º Módulo (Sacerdócio) 46ª O que é Sacerdócio? Quem é o Sacerdote de Umbanda? Sacerdócio Vertical e Horizontal 47ª Literatura de Umbanda 48ª Considerações Finais.

Page 28: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 28

NOVEMBRO É MÊS DE FESTA PARA A UMBANDA !!!

*por Sandra Santos

1 - Sessão Solene do Dia Nacional da Umbanda Na última segunda-feira, 12 de novembro de 2012, mais uma vez a Umbanda se fez representar na Câmara dos Deputados, em Brasília.

A iniciativa foi do Deputado Federal Vicentinho - PT/SP, em comemoração a promulgação da lei 12.644, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, em maio de 2012, que instituiu o dia 15 de novembro como o Dia Nacional da Umbanda, a única religião genuinamente brasileira.

A convite do deputado compuseram a mesa da Sessão Solene, Viridiano Custódio de Brito (secretário de Promoção da Igualdade Racional do Governo do Distrito Federal), Jefferson Carús Guedes (vice-presidente jurídico da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT), Silvany Euclênio (secretária de Comunidades Tradicionais da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR/PR), Sandra Santos (presidente da Associação Umbandista e Espiritualista do Estado de São Paulo - AUEESP), pai Cássio Ribeiro (presidente da Federação de Umbanda e Cultos Afro-Brasileiros de Diadema - FUCABRAD), pai Ronaldo Linares

ÚLTIMA PÁGINA

Page 29: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 29

(presidente do Santuário Nacional da Umbanda e da Federação Umbandista do Grande ABC), mãe Vera (representante da Federação Brasiliense e Entorno de Umbanda e Candomblé), e a deputada Érika Kokay (PT/DF e presidenta da Frente Parlamentar em Defesa dos Povos de Terreiros).

Em seu discurso, o deputado Vicentinho ressaltou a importância da criação do Dia Nacional da Umbanda, considerado por ele uma grande vitória e que precisa ser comemorado. Lembrou que a religião sofre muito preconceito, até dentro do Congresso Nacional. “A Constituição prevê direitos iguais e respeito às religiões, mas a gente percebe que existe discriminação na Câmara, no Senado”, disse o parlamentar. Ele avaliou a iniciativa da presidenta Dilma como uma demonstração de respeito à religião.

O deputado informou ainda que outro projeto de lei já está em andamento, para que a Umbanda se torne “patrimônio imaterial”, visando com isso o seu reconhecimento, a redução da intolerância religiosa, e a liberdade de crença e cultos religiosos, tentando evitar que a religião continue em constante ameaça.

Em seguida a deputada Érika disse que "a aprovação da Lei 12.644, pela presidenta Dilma Rousseff, representa um marco importante na luta pelo fim do preconceito contra as religiões de matriz africana. Com o estabelecimento do Dia Nacional da Umbanda, o Brasil reconhece a importância desta religião brasileira, que mistura os santos africanos e católicos com os espíritos indígenas, e que tanto foi perseguida e discriminada em nosso país. O preconceito com as religiões de matriz africana precisa acabar!”

O vice-presidente jurídico dos Correios, Jefferson Carús Guedes, conduziu o momento solene de obliteração, quando um carimbo que traz a figura de Zélio Fernandino de Moraes foi lançado oficialmente. Para os Correios, o evento em comemoração ao Dia Nacional da Umbanda teve um significado importante, pois ocorreu logo após o II Fórum dos Direitos Humanos, refletindo o seu engajamento em ações destinadas à valorização das diferenças. No ato, as lideranças religiosas que compunham a mesa ganharam uma pasta com o primeiro carimbo emitido pelos Correios.

Os deputados Amauri Teixeira e Jean Wyllys, também estiveram no Plenário, e usaram a palavra para parabenizar todos os umbandistas.

Para o presidente da FUCABRAD, Cássio Ribeiro, a instituição da data comemorativa trará mais força à religião e ajudará a reduzir o preconceito sofrido pelos umbandistas. Afirmou que eles “não pedem 10% de salário, exigem apenas 100% de fé, de amor, de pratica de caridade”.

Page 30: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 30

Pai Ronaldo Linares, decano paulista, deu um depoimento de como conheceu Zélio Fernandino de Moraes e o Caboclo das 7 Encruzilhadas, contou histórias que emocionaram e fizeram rir o público presente, mostrou a guia que recebeu de presente do fundador da Umbanda, e comemorou com todos os umbandistas os 104 anos da religião. Sandra Santos, presidente da AUEESP, agradeceu ao deputado Vicentinho pelo trabalho e empenho para que acontecesse o Dia Nacional da Umbanda, e já solicitou que ele encabeçasse um grupo com a deputada Érika Kokay, deputado Walter Ihoshi e outros parlamentares, com o objetivo de encaminhar projetos de lei, para que as organizações religiosas não sejam tratadas como comércio, o que vem dificultando o trabalho de muitos umbandistas. Citou também a delegação de São Paulo, representada por mãe Aparecida Naléssio, presidente do Primado do Brasil, Ogan Juvenal, membro da União de Tendas, pai Engels, presidente da Escola Aldeia de Caboclos, Josa Queiroz, vereador e vice-presidente da FUCABRAD, babalorixá Nelson de Yemanjà, Regiane Perine, do Instituto Otarpe, pai Evandro Otoni do Núcleo Tupã que compareceu um grande número de médiuns, e destacou nomes de lideranças religiosas com um grande trabalho em prol da religião entre eles pai Rubens Saraceni de São Paulo, Fátima Damas e Pedro Miranda, do Rio de Janeiro, Paulo Tharcicio Motta Vieira e Marco Boeing de Curitiba, e a força jovem de Michael Laiso Felix, no Distrito Federal. Amigos do Ministério da Cultura também se fizeram presentes. Encerrou convidando o ogan Luiz Alves de Brasília, a trazer os atabaques ao Plenário para que todos entoassem o Hino da Umbanda.

2 - Suplicy celebra em Plenário o Dia Nacional da Umbanda

No dia 14/11, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP)

também falou sobre o Dia Nacional da Umbanda,

comemorado em 15 de novembro, segundo a Lei

12.644/12.

O senador ressaltou a importância da religião, que

nasceu após a abolição da escravatura, numa época

em que cultos de origem africana eram tratados como

caso de polícia.

- A Umbanda resistiu e absorveu elementos do

catolicismo e do espiritismo; cresceu, diversificou-se

e é tão plural quanto a alma brasileira. - disse o

senador. Suplicy saudou umbandistas de todo o país e salientou que muitos valores católicos são

também encontrados naqueles que praticam a umbanda, principalmente o respeito pelo próximo.

3 - São Bernardo comemora Dia da Umbanda

Dia 12 de novembro, a Câmara Municipal, através do vereador Dr. Gilberto França - PMDB, realizou sessão solene para comemorar o Dia da Umbanda. O evento foi prestigiado por autoridades como a Sra. Eliana Garcia, assessora para o segmento religioso na cidade de São Bernardo, Adriano Camargo, dirigente do Templo Ventos de Aruanda, pai Engels, Ogan Juvenal, Sandra Santos e Alexandre do Umbanda eu Curto.

Page 31: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 31

Foram executados os hinos Nacional, de São Bernardo e o da Umbanda, interpretado por Engels de Xangô, presidente da Escola de Curimba Aldeia de Caboclos. “Esta data está oficializada na Câmara e no calendário da cidade. Podemos comemorar essa conquista com festa”, disse o vereador Gilberto França, autor da resolução que institui o Dia da Umbanda em São Bernardo.

4 – São Paulo e a Sessão Solene Dia 13 de novembro, a Câmara Municipal de São Paulo realizou mais uma sessão solene em homenagem ao Dia Municipal da Umbanda e do Umbandista, parte da 3ª Semana de Umbanda da Cidade de São Paulo, reunindo diversos líderes religiosos.

Segundo pai Engels Xenoktistakis, a Sessão Solene teve como enfoque o combate ao preconceito religioso e serve para quebrar um tabu. “O Dia da Umbanda foi uma promessa de 40 anos e era algo necessário para mudar a intolerância que sofremos por muito tempo. Muitos seguidores da Umbanda também frequentam templos de outras religiões, e somos uma religião de adesão, não de conversão”.

Para o vereador Quito Formiga (PR), autor da lei que instituiu o Dia Municipal da Umbanda e do Umbandista, a situação da religião frente a

outras crenças já está mudando. “Muitos hoje já sabem que a Umbanda prega o amor ao próximo, além de ser tipicamente brasileira, e que várias cidades instauraram o Dia Municipal da Umbanda e, em maio de 2012, foi criada uma data nacional”.

Ogan Juvenal, membro da União de Tendas explicou que a Umbanda foi fundada há 104 anos, por Zélio Fernandino de Moraes, e é uma “religião estritamente brasileira”, que reúne elementos da cultura do país, como o caboclo e o preto velho, os orixás do candomblé e os santos do catolicismo.

5 - Parque da Mooca A 3a. Semana da Umbanda na Cidade de São Paulo, comemorou os 104 anos, da única religião genuinamente brasileira, a Umbanda. Lideranças religiosas como pai Rubens Saraceni, presidente do Colégio de Umbanda Sagrada, Ogan Juvenal, da União de Tendas, mãe Maria Aparecida Naléssio, presidente do Primado do Brasil, pai Edson dos Anjos, presidente da Associação Paulista de Umbanda, Sandra Santos, presidente da Associação Umbandista e Espiritualistas do

Estado de São Paulo, pai Silvio Mattos, presidente da APEU, pai Adriano Camargo, mãe Regiane Perine, pai Marcelo Nascimento, se fizeram presentes em um momento de grande confraternização. Vários templos umbandistas participaram da engira com oração e bençãos dos Caboclos, expressando uma alegria contagiante.

Page 32: Jornal Nacional daumbanda ed 50

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 01 de dezembro de 2012. Edição 50. [email protected]

Pagina 32

O vereador Quito Formiga falou da felicidade em mais uma vez, estar junto a comunidade umbandista, partilhando de momentos de fé e amor, e agradecendo a colhida que sempre teve do povo. As lideranças ressaltaram o trabalho que o vereador teve, viabilizando através do seu projeto de lei, a semana em homenagem a Umbanda. Muito feliz, o deputado federal Vicentinho do PT, compareceu e fez um resumo do que aconteceu na Sessão Solene pelo Dia Nacional da Umbanda, realizada na Câmara Federal, em Brasília. Mostrou a todos, a pasta que a direção dos Correios entregou, com um carimbo que traz a figura de Zélio Fernandino de Moraes, e que será aposto em todos os selos nos próximos dias.

Membros do Fórum Inter religioso se fizeram representar através dos irmãos Cris Gimenez e Emerson Caparelli, bem como a Comissão de Liberdade Religiosa da OAB, através do Dr. Jáder.

Só nos resta mais uma vez agradecer a toda família Aldeia de Caboclos, através do irmão Engels, pelo belíssimo evento. A energia foi maravilhosa, a festa foi nota 1.000.

Que todos os nossos Pais e Mães Orixás, abençoem a todos.