jornal mural - março de 2010

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Juntos pelo Desenvolvimento, em Defesa dos Direitos Ação Integrada para o Desenvolvimento União Europeia Cofinanciamento Realização Nem protesto na rua, nem panelaço, nem enfrentamento direto. A palavra de ordem em pelo menos cinco comunidades da Região Metropolitana de João Pessoa para resolver seus problemas agora é outra: DIÁLOGO. Elas estão estudando seus problemas e propondo soluções, de forma organizada, ao poder público. O processo que estas comunidades estão vivendo inclui o conhecimento de seus direitos fundamentais e diálogo com o poder público, sempre buscando o desenvolvimento comunitário. A mesma discussão está acontecendo em outras 15 comunidades do Departamento de Tolima, na Colômbia. Parceria com o PSF Em Sapé, a comunidadedo Eucalipto organizou no mês de julho uma grande reunião em uma das sedes da Associação Comunitária Nova Vida para apresentar à prefeitura um documento em que constavam propostas para melhoria do PSF, que estava sem médico e condições de atender a comunidade por conta de problemas estruturais e de falta de medicamento. Até agora, a parceria e o diálogo iniciados no evento se mantêm e resultaram em outras ações em parceria. Para a técnica do projeto, Betânia Vieira, o resultado do encontro foi positivo porque demonstra que “os gestores não compreenderam as solicitações como um enfrentamento, mas como uma proposta de trabalho em conjunto”. Reformas e melhorias na USF A comunidade do Baixo Roger, em João Pessoa, recebeu o poder público para uma audiência da Câmara Municipal realizada na Casa Pequeno Davi e dois meses depois viu o primeiro resultado da proposta: a reforma da USF que atende a região. O grupo de lideranças reclamava das condições em que o prédio, que tinha passado pela última reforma há dez anos, estava funcionando, com uma grande quantidade de infiltrações em quase todas as salas, especialmente nas de vacina e de esterilização, o que colocava em risco a higiene e a segurança dos procedimentos. Com a reforma realizada, a comunidade percebeu que seu poder de mobilização pode, sim, resultar em melhorias para a população. “Essa reforma é resultado de uma mobilização comunitária em torno de um direito garantido por lei, que é o atendimento de qualidade em saúde”, lembra o articulador político da Casa Pequeno Davi, Mirley Jonnes Pequeno. Diálogo com Poder Público ajuda a solucionar problemas Educação na pauta da Câmara Em Bayeux, os moradores do bairro São Bento participaram de uma audiência na Câmara dos Vereadores em outubro/2009 para discutir a possibilidade de realizar a reforma e ampliação de três escolas da região. A ideia é que estas unidades tenham condições de receber menos alunos em cada sala, o que vai se refletir na qualidade da educação oferecida, uma espécie de projeto piloto que depois se estenderia para o resto do município. Ainda não há resposta definitiva a respeito da proposta, mas os moradores continuam se articulando com o poder público para viabilizá-la. A obra vai beneficiar os alunos das escolas Jaime Caetano, Dom Helder e Berenice Ribeiro. Comunidade se transforma em ZEIS Na comunidade Boa Vista, em João Pessoa, o problema é a falta de saneamento e a mobilização dos moradores com o poder público já alcançou a primeira vitória: em 2009, a área foi reconhecida como Zona Especial de Interesse Social (Zeis). O reconhecimento a coloca numa lista de prioridade para receber obras relacionadas ao saneamento. Agora, as lideranças estão estudando como os recursos da Outorga Onerosa, que devem ser destinados exclusivamente às Zeis, podem chegar à comunidade. Esta publicação é produzida com o apoio da União Europeia e da Cooperação Irlandesa. O conteúdo desta publicação é de total responsabilidade da Concern Universal e não reflete, em nenhuma situação, o ponto de vista da União Europeia e da Cooperação Irlandesa.

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Jornal Mural distribuído nas comunidades sobre a importância do diálogo com o poder público como forma de alcançar os direitos básicos.

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Page 1: Jornal Mural - Março de 2010

Juntos pelo Desenvolvimento, em Defesa dos Direitos

Ação Integrada para o Desenvolvimento

União Europeia

Cofinanciamento Realização

Nem protesto na rua, nem panelaço, nem enfrentamento direto. A palavra de ordem em pelo menos cinco comunidades da Região Metropolitana de João Pessoa para resolver seus problemas agora é outra: DIÁLOGO. Elas estão estudando seus problemas e propondo soluções, de forma organizada, ao poder público. O processo que estas comunidades estão vivendo inclui o conhecimento de seus direitos fundamentais e diálogo com o poder público, sempre buscando o desenvolvimento comunitário. A mesma discussão está acontecendo em outras 15 comunidades do Departamento de Tolima, na Colômbia.

Parceria com o PSFEm Sapé, a comunidadedo Eucalipto organizou no mês de julho uma grande reunião em uma das sedes da Associação Comunitária Nova Vida para apresentar à prefeitura um documento em que constavam propostas para melhoria do PSF, que estava sem médico e condições de atender a comunidade por conta de problemas estruturais e de

falta de medicamento. Até agora, a parceria e o diálogo iniciados no evento se mantêm e resultaram em outras ações em parceria. Para a técnica do projeto, Betânia Vieira, o resultado do encontro foi positivo porque demonstra que “os gestores não compreenderam as solicitações como um enfrentamento, mas como uma proposta de trabalho em conjunto”.

Reformas e melhorias na USFA comunidade do Baixo Roger, em João Pessoa, recebeu o poder público para uma audiência da Câmara Municipal realizada na Casa Pequeno Davi e dois meses depois viu o primeiro resultado da proposta: a reforma da USF que atende a região. O grupo de lideranças reclamava das condições em

que o prédio, que tinha passado pela última reforma há dez anos, estava funcionando, com uma grande quantidade de infiltrações em quase todas as salas, especialmente nas de vacina e de esterilização, o que colocava em risco a higiene e a segurança dos procedimentos. Com a reforma realizada, a comunidade percebeu que seu poder de mobilização pode, sim, resultar em melhorias para a população. “Essa reforma é resultado de uma mobilização comunitária em torno de um direito garantido por lei, que é o atendimento de qualidade em saúde”, lembra o articulador político da Casa Pequeno Davi, Mirley Jonnes Pequeno.

Diálogo com Poder Público ajuda a solucionar problemas

Educação na pauta da CâmaraEm Bayeux, os moradores do bairro São Bento participaram de uma audiência na Câmara dos Vereadores em outubro/2009 para discutir a possibilidade de realizar a reforma e ampliação de três escolas da região. A ideia é que estas unidades tenham condições de receber menos alunos em cada sala, o que vai se refletir na qualidade da educação oferecida, uma espécie de projeto piloto que depois se estenderia para o resto do município. Ainda não há resposta definitiva a respeito da proposta, mas os moradores continuam se articulando com o poder público para viabilizá-la. A obra vai beneficiar os alunos das escolas Jaime Caetano, Dom Helder e Berenice Ribeiro.

Comunidade se transforma em ZEISNa comunidade Boa Vista, em João Pessoa, o problema é a falta de saneamento e a mobilização dos moradores com o poder público já alcançou a primeira vitória: em 2009, a área foi reconhecida como Zona Especial de Interesse Social (Zeis). O reconhecimento a coloca numa lista de prioridade para receber obras relacionadas ao saneamento. Agora, as lideranças estão estudando como os recursos da Outorga Onerosa, que devem ser destinados exclusivamente às Zeis, podem chegar à comunidade.

Esta publicação é produzida com o apoio da União Europeia e da Cooperação Irlandesa. O conteúdo desta publicação é de total responsabilidade da Concern Universal e não reflete, em nenhuma situação, o ponto de vista da União Europeia e da Cooperação Irlandesa.