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Page 1: jornal meio ambiente, agosto, 2011
Page 2: jornal meio ambiente, agosto, 2011

AGOSTO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 2meio ambiente >>>

Diretores Responsáveis: José Leonardo de Oliveira - e-mail: [email protected] e Gilberto Costa - e-mail: [email protected] | Endereço: Praça Ozório, 351 - 2o

andar - conjunto 25 | Telefone: 3024-8369 | Site: jornalmeioambiente.com.br | E mail: [email protected] | Jornalistas: Gilberto Costa - DRT 3951-PR - Casemiro Eugênio Linarth - DRT1137-PR - E-mail: [email protected] | Articulista: Paulo Peixoto | Estagiário: Osvaldo Soares | Colaborador: Renato Soika | Instituto Ambiental, Cultural e Turístico CARIJÓ: NelsonEdison de Moura Rosa e Graça Santiago de Moura Rosa | Correspondentes: Minas Gerais - João Carlos Martins Júnior - e-mail: [email protected] / Ceará - Professor: Carlos Magno Melo Braga- Projeto de Educação Ambiental.SGA - http://projetoprofessorcarlosmagno.blogspot.com/ [email protected] / Nossos colaboradores pelo país: Brasília: Luciana Ribeiro - [email protected]| Rio de Janeiro: Thiago Marques Cardoso - [email protected] | Ponta Grossa - Jeová Cabral - Telefone: (41) 8510-2056 | Diagramação, Arte e Produção: Editora Exceuni - Aldemir Batista:(41) 3657-2864 / 9983-3933 - [email protected]| Colaboraram com esta edição: Hugo Weber Jr. - consultor em marketing ambiental | Robinson Rolim RessettI - engenheiro agrônomo |Crystian Petterson Galante - advogado e pós-graduado em Direito Ambiental | Danilo OLiveira da Silva - Administrador Hospitalar e Diretor Geral do Hospital Municipal de Araucária | EdívioBattistelli - indigenista |Fernando de Barros - Engenheiro civil e especialista em gestão ambiental |Odair Sanches - Advogado, engenheiro agrônomo. Assessoria de Imprensa: Binômio Comunicação Corporativa - Adriana Taques Mussi Endres - 41 3521-7981 - e-mail: [email protected] - . Os artigos assinados não correspondemnecessariamente a opinião deste jornal. É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo do Jornal Meio Ambiente, sem a prévia autorização.

J O R N A L M E I O A M B I E N T E E D I Ç Õ E S L T D A

n o s s a c a p a

e d i t o r i a l

n o s s a c a p a

e x p e d i e n t e

Usina de energia eólica:Arte e Tratamento de Imagens: Exceuni

EDÍVIO BATTISTELLI - INDIGENISTA

Os índios e a ONU em 9 de agostoO Departamento de Informação

Pública das Nações Unidas divulgouhá um ano atrás que a população indí-gena é de aproximadamente 370 mi-lhões de pessoas - em torno de 5% dototal - e constitui mais de um terço daspessoas que vivem em extrema pobre-za em áreas rurais do mundo. O rela-tório acrescenta ainda que a expectati-va de vida dos índios é vinte anosmenor que a média. No Brasil, com-parativamente, pelo censo no iníciodeste século do total de 750 mil cercade 285 mil(38%) dos índios viviam emextrema pobreza.

Pelo indigenismo é facilmente com-preendida esta condição, pois da lógi-ca economica nunca se afeiçoaram osaborígenes em qualquer região quehabitam. Afinal, o hábito de guardar,poupar, não faz parte dos referenciaishistóricos e nem cultural destes povos.Faz-se para hoje - amanhã é outro dia.Os índios pagaram e pagarão altopreço pelo desequilíbrio patrocinadopelos não índios na sua relação com omeio ambiente. Os interesses das duassociedades, na maioria das vezes, tra-fegam em patamares diferentes.

Em nome de um modelo de pro-dução, acumulo e consumo desiguais- considerado ideal pela sociedade do-

minante - as minorias, embora deten-toras de espaços etnobiodiversos na-turalmente próprios e ecologicamenteinvejáveis, continuam a representar umestorvo, impecilho, atrapalho, aos pre-tensos avanços dos interesses e vonta-des dos governos e de segmentos so-

ciais não indíge-nas. Nesta mes-ma liha, a mas-sificação eco-nomica frag-menta, dispersae aniquila estaspopulações mi-lenares, e etnica-mente distintas.

Os organis-mos nacionais e inter-nacionais atentos, esob pressão do esfor-ço crescente de repre-sentantes indígenas ealiados procurammobilizar-se criandomecanismos de pro-teção, ainda que tardi-os e acanhados, paramuitas regiões e fatos,permitindo avançossignificativos nos pro-

cessos de inserção e inclusão, garantin-do o direito de serem ouvidos e o res-peito a alteridade que ostentam. Aqui,no Brasil, apesar das importantes con-quistas constitucionais nos dife-rentes níveis de governos e nasleis que regulam o assunto, ain-da somos frágeis na fiscalização,projetos e programas específi-cos, e dependemos de mudan-ças de posturas e atitudes em re-lação à causa indígena, similar aoutros países referenciados pelaONU em seu relatório.

Não foi por menos, que amesma Organização das Na-ções Unidas instituiu através da

resolução 49/214 de 23 de dezembrode 1994 o dia 9 de agosto como sen-do o Dia Internacional do Indio. Maisadiante, em sua 107ª Sessão Plenária,em 13 de setembro de 2007 foi apro-vada a Decaração das Nações Unidassobre os Direitos dos Povos Indíge-nas assegurando que estes "são iguais atodos os demais povos e reconhecen-do ao mesmo tempo o direito de to-dos os povos a serem diferentes, a seconsiderarem diferentes e a serem res-peitados como tais.Que todos os po-vos contribuem para a diversidade e ariqueza das civilizações e culturas, queconstituem patrimonio comum da hu-manidade".

Para os índios, se assinala, a cadamomento, a necessidade da garantia efortalecimento de seus valores cultu-rais na busca da sobrevivencia enquantopovo etnicamente distinto. No en-tanto, sabem também, que preci-sam ampliar seus conhecimentospara competir em nivel de igual-dade com os demais representan-tes da sociedade nacional. Enquantonas aldeias, apesar da classificaçãoque recebem, de serem considera-dos economicamente pobres, e queconhecem duramente a falta dosmeios para a sobrevivência, o sorri-so é comum e faz parte do cotidianoindígena, que apesar de tudo e nem porisso, são menos felizes do que nós.

Luiz Eduardo C. Bueno, coordenador do CAOPIndígena/MPE-PR e o indigenista Edívio Battistelli.

No detalhe Cacique Raoni

Kaingang Romancil Cretãcoordenador da ARPIN-Sul, o

cacique Raoni e Edívio Battistelli

EnergiaO desenvolvimento susten-

tável tem sido tema de debatese discussões em todo o mundoe um dos grandes desafios des-te século é a busca constante poruma energia que seja economi-camente competitiva e ambien-talmente compatível com os re-cursos naturais. Que, além depreservar a natureza, possa ge-rar eletricidade a partir defontes limpas e renováveis,demandas que propiciem adescentralização e o desen-volvimento, contr ibuindopara a diversificação da matrizenergética.

Este é um dos assuntosabordados nesta edição que trásainda, informações sobre saú-de e a alimentação que previneo câncer, as ações e produtossustentáveis das empresas peloBrasil, crime ambiental, os bonsares de Curitiba, dicas literáriase artigos de renomados profis-sionais que mensalmente abri-lhantam as páginas do JornalMeio Ambiente.

Uma ótima leitura.

Foto

: Raf

aelle

Men

des

Fotos: Rafaelle Mendes

Page 3: jornal meio ambiente, agosto, 2011

AGOSTO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 3saúde >>>

A data foi escolhida em homena-gem ao dia do nascimento do médicosanitarista Oswaldo Cruz, pelo seu pi-oneirismo no estudo de moléstias tro-

5 de agôsto: Dia Nacional da Saúdepicais e da medicina experimental noBrasil. Atualmente, uma das grandes pre-ocupações co saúde pública é com o gran-de número de casos de dengue que nos

últimos anos vem se alastrando por gran-de parte dos estados brasileiros. Nesseperíodo de inverno, com chuvas eeventuais dias mais quentes, favorecem

a reprodução do mosquito Aedes ae-gypti, responsável pela transmissão dadoença, por isso é preciso redobrar oscuidados para evitar a sua proliferação.

Page 4: jornal meio ambiente, agosto, 2011

AGOSTO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 4entrevista >>>

Administrador Hospitalar e Diretor Geral do HospitalMunicipal de Araucária

DANILO OLIVEIRA DA SILVA

Se pararmos para pensar, a priori, a principal preocupa-ção e negócio de um hospital é o cuidado com a saúde daspessoas, seja na atenção primária (a prevenção da doença),secundária (atendimento de urgência e emergência ), na aten-ção terciária (que é o atendimento hospitalar) ou então naatenção quaternária (que é o tratamento hospitalar de altacomplexidade). Entretanto, o que muitos talvez ainda nãotenham percebido é que a preocupação ambiental da institui-ção Hospital não se trata apenas de estratégia de marketingou algo para colocar a empresa no status de "ambientalmen-te responsável", esta preocupação está diretamente ligada coma atividade fim das instituições de saúde.

Se imaginarmos um acidente ambiental ocorrido em al-guma empresa, como a emissão de gases poluentes, por exem-plo, fatalmente a população daquela região desenvolverá pro-blemas pulmonares graves, o que resultará em atendimentosnos hospitais. Ou então, se imaginarmos um derramamentode óleo em algum rio, muitos que venham a banhar-se oubeber da água deste rio vão desenvolver algum tipo de do-ença, que futuramente resultará em internações no hospitalda região. Podemos também imaginar o impacto que podecausar a negligência que um hospital pode ter com o seuresíduo químico e infectante. Certamente muitos trabalhado-res da coleta de lixo comum podem contaminar-se com estematerial o que resultará em atendimentos nos hospitais.

Claro que a atividade de um hospital é atender estas pes-soas, mas todos os casos acima eram situações que poderi-am ser evitadas. Desta forma, a demanda por atendimentoserá maior do que a oferta, prejudicando certamente aquelesque normalmente já precisariam dos serviços do hospital.Por isso, a saúde do homem e a saúde do meio ambiente sãoassuntos indissociáveis. Da mesma forma cabe a preocupa-ção social. A maioria dos problemas sociais tem o seu fimno hospital: vítimas de estupro, assalto, acidentes de trânsito,agressões físicas, alcoolismo, dependência química, entre ou-tros.

Neste cenário, encaixa-se o Hospital como responsávelpor preocupar-se com estes aspectos (social e ambiental),minimizando o impacto que isso pode causar negativamentepara o seu negócio do futuro e também à população. Quan-do debate-se a sustentabilidade nas instituições de saúde éexatamente isso: criar ações que de alguma forma ajudem aminimizar estas conseqüências futuras. Quando um hospitalaplica um programa de gerenciamento de resíduos ou deconscientização ambiental, ele está agindo de maneira estra-tégica para a sobrevivência do seu negócio, fazendo bemaquilo a que se propôs: cuidar da saúde da população.

O papel ambiental

do Hospital

No dia 28 de agosto o Hos-pital Municipal de Araucária ea Prefeitura Municipal deAraucária realizaram um even-to para receber oficialmente daempresa 3M a placa de certifi-cação, na categoria diamante,no programa de fixação segu-ra, e também, para o lançamen-to do relatório de sustentabili-dade do Hospital, certificadointernacionalmente pela GlobalReporting Initiative - GRI.

O evento aconteceu no an-fiteatro do HMA e contou coma participação de colaborado-res do Hospital, médicos, dire-tores, membros da comunida-de e servidores da Prefeitura,além do Presidente da Pró-Saú-de, Paulo Roberto Mergulhão,do Secretário de Saúde deAraucária, Dr. Haroldo Ferrei-ra, do Vice-Prefeito do municí-pio, Isac Fialla, e do Prefeito,Albanor José Ferreira Gomes,o Zezé. Através do seu progra-ma de certificações, a empresa3M premiou o HMA em reco-nhecimento ao alto grau de qua-lidade nos processos que envol-

HMA recebe certificação da 3M e

lança relatório de sustentabilidadeO Hospital foi o 1º do Sul do Brasil a receber a certificação e o

2º da América Latina a publicar um relatório aprovado pela GRI

vem a fixação de acessos intra-venosos nos pacientes. O HMAé o 1º hospital do sul do Brasila receber esta importante cer-tificação. No país, apenas 18hospitais conquistaram o título.Durante a entrega da placa edo troféu, a enfermeira técni-ca da 3M, destacou a impor-tância deste programa e comoreconhecimento, presenteou oHospital com o novo produtopara fixação lançado recente-mente pela 3M. A placa e o tro-féu foram entregues respecti-vamente para o Prefeito deAraucária e para o Secretáriode saúde do município.

Já em relação ao relatóriode sustentabilidade, no início de2010, o HMA começou o tra-balho em prol do desenvolvi-mento sustentável, implantan-do ações socioambientais emonitorando indicadores rela-cionados às questões econômi-cas, ambientais e sociais (os trêspilares da sustentabilidade).Com base nestas informações,foi realizado o relatório de sus-tentabilidade do hospital, quereúne informações sobre o fun-cionamento da instituição, da-dos estatísticos e ações realiza-das. Tudo isso, realizado con-forme as diretrizes internacio-nais da GRI, conceituadaONG holandesa responsávelpela criação da única metodo-logia para divulgação de relató-rios de sustentabilidade nomundo. Na área hospitalar, a

publicação deste relatório ain-da é pouco comum, visto queo HMA foi o 2º hospital públi-co da América Latina a ter umrelatório reconhecido pela GRI,recebendo o selo GRI CheckedLevel C, que contempla o mo-nitoramento e divulgação de nomínimo 11 dos 79 indicadorespreconizados pela ONG.

Durante a cerimônia, o Di-retor Geral do HMA, DaniloOliveira da Silva, destacou aimportância desta certificaçãoda 3M no atendimento presta-do aos pacientes e a represen-tatividade do relatório de sus-tentabilidade, utilizado comoforma de transparência na ges-tão do hospital. Este discursofoi reforçado pelo presidente daPró-Saúde, Paulo Mergulhão,que destacou o papel dos cola-boradores do Hospital nesteprocesso de qualidade. Para oSecretário de Saúde, Dr. Harol-do, este e os demais trabalhosrealizados pelo HMA compro-vam a qualidade da assistênciaà saúde ofertada pelo municí-pio à população. Já o prefeito,Albanor Zezé, parabenizoutoda a equipe do Hospital e daPró-Saúde pelo trabalho reali-zado, além de destacar que oatendimento ofertado hoje noHMA serve como exemplopara a saúde pública do país.

José Leonardo e GilbertoCosta do Jornal Meio Ambi-ente estiveram presentes noevento.

Foto: Carlos Poly

Paulo Roberto Mergulhão, Presidente da Pró-Saúde, Albanor José Ferreira Gomes,Prefeito de Araucária, Haroldo Ferreira, Secretário de Saúde de Araucária, Danilo

Oliveira da Silva, Diretor Geral do HMA e Isac Fiala, Vice-Prefeito de Araucária

Page 5: jornal meio ambiente, agosto, 2011

AGOSTO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 5data >>>

O Instituto Ambiental doParaná (IAP) divulgou relató-rio onde revela que o ar daRegião Metropolitana de Cu-ritiba, esteve dentro dos pa-drões de qualidade na maiorparte de 2010, conforme asnormas estabelecidas pela le-gislação brasileira. Além dacapital paranaense, as cidadesde Colombo e Araucária tam-bém foram analisadas.

O levantamento que é rea-lizado desde 1995, é feito, atu-almente, por meio de 11 esta-ções de medição automáticae manuais distribuídas nos trêsmunicípios. Essas estaçõesmedem os níveis de partículasem suspensão, fumaça, dióxi-do de enxofre, monóxido decarbono, dióxido de nitrogê-nio e ozônio. Segundo esseestudo, a classificação perma-neceu "boa" em 95% do tem-po, "regular" em 4,8% e, "ina-

Satisfatório o nível do ar em Curitiba

SUBSTÂNCIAS PRESENTES NO AR DA

REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA

Os padrões são violados quando ultrapassam os seguintesvalores no Índice de Qualidade do Ar (IAQ):PTS (Partículas totais em suspensão e partículas inaláveis

A partir de 100 ug/m³ (em 24 horas)Representam os materiais sólidos e líquidos suspensos no

ar, como poeira e fuligem.PI Partículas inaláveis

A partir de 150 ug/m³ (em 24 horas)SO2 Dióxido de Enxofre

A partir de 365 ug/m³ (em 24 horas)O dióxido de enxofre está relacionado com o uso de com-

bustíveis fóssil, tanto em veículos quanto em instalações indus-triais.O3 Ozônio

160 ug/m³ (em 1 hora)Gás composto por três átomos de oxigênio, invisí-

vel, com cheiro marcante e altamente reativo.NO2 Dióxido de Nidrogênio

320ug/m³ (em 1 hora)Formado pela reação do óxido de nitrogênio e do oxigê-

nio reativo presentes na atmosfera.Fonte: IAP

p o l u e n t e s

dequada" ou "má" em apenas0,2% do período.

São dados importantespara avaliar a ajudar a estabe-lecer políticas públicas de con-trole da poluição atmosféricae avaliar os riscos à saúde dapopulação, uma vez que umapessoa consome cerca de 10mil litros de ar por dia.

O resultado positivo sur-preendeu alguns especialistas

porque Curitiba possui a mai-or frota de carros per capitado país (0,72 veículo por ha-bitante), porém, com uma fro-ta mais nova e o grande nú-mero de áreas verdes na capi-tal ajudam a mitigar os fato-res de poluição.

A ONU considera o pa-drão brasileiro pouco rígido,pois enquanto o Instituto Am-biental do Paraná (IAP), ba-seia-se na Resolução 03/90 doConselho Nacional do MeioAmbiente (Conama) e que es-tabelece, por exemplo, em 160microgramas por metro cúbi-co (ug/m³) o índice médio re-comendado para a exposiçãoao ozônio no período de umahora, a ONU, desde 2005, fi-xou padrões mais rigorosospara a exposição a este e ou-tros elementos, como o casodo próprio ozônio, cuja tole-rância baixou para 100 ug/m³.

Page 6: jornal meio ambiente, agosto, 2011

AGOSTO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 6destaque >>>

Um dos mais recentes lançamen-

tos que fazem parte da sua nova linha

de produtos é a OXIGENA, a cha-

mada cerâmica que respira. Uma nova

maneira de combater os efeitos noci-

vos da poluição, melhorando o ar que

respiramos. Produto importado, pro-

duzido pela empresa italiana Cerami-

che Gambarelli, Oxigena é a única ce-

râmica que contém Bióxido de Titâ-

nio, um precioso elemento que de

modo completamente natural reage

aos gases da poluição, eliminando-os

e, graças às suas propriedades fotoca-

talíticas, produzem oxigênio ativo que

oxida os gases poluentes, neutralizan-

do-os.

APLICAÇÃO

A cerâmica Oxigena foi criada para

aplicação em áreas externas, como pré-

dios, calçadas, terraços possuindo, ainda,

Engeplas: soluções práticas e sustentáveisEmpresa genuinamente paranaense, a Engeplas vem se destacando por sua visão empresarial,

sempre preocupada em oferecer soluções inovadoras e produtos ambientalmente corretos.

No desenho, aágua poderá ser

captada de um oudos dois lados

do telhado,dependendo do

sistema de calhasEsquema de instalação residencial

várias cores e modelos para aplicação em

prédios públicos, praças, calçadas, hos-

pitais, escolas, aeroportos. Pode ser apli-

cado também em áreas internas, como

cozinhas, banheiros, etc. A cerâmica

Oxigena possui a garantia de vários cer-

tificados internacionais.

CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA: A SOLUÇÃO QUE VEM DO CÉU

OXIGENA: A CERÂMICA QUE RESPIRA

COMO FUNCIONA

Os raios solares atingem a su-perfície do oxigênioO dióxido de titânio, graças àspropriedades fotocatalíticas,produz oxigênioO oxigênio ativo oxida gases polu-entesOs gases são transformados emíons de nitrato combinado comágua ou outros itens, torna-seeco-friendly

1

2

3

4

Água é vida. Esse patrimônio na-

tural de humanidade está seriamente

ameaçado pelo desperdício de achar

que é um recurso infinito e encontrar

soluções imediatas para esse proble-

ma não é tarefa fácil, porém ações pre-

ventivas podem contribuir para redu-

zir o desperdício da água potável. A

captação de água de chuva, por exem-

plo, é um importante aliado para a eco-

nomia dos recursos hídricos.

O Brasil é o país com maior índice

de chuvas do mundo, e aproveitar es-

ses recurso disponível e ilimitado é a

solução mais inteligente para se evitar

o desperdício de água potável e cola-

borar com o meio ambiente. Muito

utilizado em países como Austrália e

Alemanha onde novos sistemas vem

sendo desenvolvidos, armazenar água

de chuva, além das vantagens de redu-

zir o consumo de água da rede públi-

ca e a consequente economia no custo,

ajuda a conter as enchentes amenizan-

do os impactos sobre as cidades. Um

exemplo dos mais significativos e que

há um bom tempo vem sendo utiliza-

do acontece nas regiões semi áridas do

Nordeste brasileiro, onde captar água

de chuva para armazenar em cisternas

e reservatórios construídos em áreas

remotas do sertão, tornou-se uma so-

lução e uma benção para as popula-

ções mais isoladas e que antes cami-

nhavam quilômetros para conseguir um

pouco de água.

As águas captadas podem ser utili-

zadas na limpeza dos banheiros e va-

sos sanitários, lavagem de carros, lim-

peza de pisos, regas de jardim e algumas

outras atividades que não exigem água

potável e que, segundo estatísticas, re-

presentam cerca de 50% do consu-

mo da água das cidades. Residências,

escolas, estabelecimentos comerciais e

industriais, condomínios, podem se

beneficiar desse sistema. Atualmente

existe empresas especializadas na ins-

talação de sistemas da captação da água

de chuva, que projetam e instalam siste-

mas de acordo com a necessidade do

usuário e com a disponibilidade pluvio-

métrica local para a correta instalação.

SERVIÇO

Engeplas - Engenharia da

Reciclagem e Meio Ambiente

Rua Hugo Simas, 1757 - Lj. 10

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Page 7: jornal meio ambiente, agosto, 2011

AGOSTO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 7cidade >>>

A Prefeitura de Pinhais vem pri-

orizando ações que visam o com-

bate às enchentes. Recentemente,

o prefeito Luizão Goulart realizou

a entrega de uma retroescavadeira

hidráulica Long Reach com capa-

cidade de alcance de 15 metros,

adequada para a limpeza e desas-

soreamento dos rios.

No momento a máquina está

em obras concentra-

das no Rio Atuba,

reg ião do ba i rro

Weissópolis, no sen-

tido de melhorar a

vazão do rio.

Durante as escava-

Obras da Prefeitura de Pinhais

melhoram vazão no Rio AtubaNo momento, as obras estão concentradas na região do bairro Weisópolis

ções, uma grande quantidade de

objetos que agridem o meio ambi-

ente foram encontrados no rio.

Pneus, sofás, eletrodomésticos...

Enfim, materiais que foram jo-

gados no rio e que são os princi-

pais causadores da poluição e, con-

seqüente assoreamento do rio.

Além da dragagem no Rio Atu-

ba, nesta semana, a Prefeitura está

executando obras de drenagem na

Rua Rio Piquiri.

Próxima a Rua Rio Madeira, no

bairro Weissópolis. Este serviços

também tem como objetivo melho-

rar o escoamento da água das chu-

vas para evitar alagamentos.

Page 8: jornal meio ambiente, agosto, 2011

AGOSTO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 8saúde >>>

Uma análise feita pelo Instituto

Nacional do Câncer (INCA), a partir

dos resultados da Pesquisa de Orça-

mento Familiar sobre o consumo ali-

mentar no país, revelou que os brasi-

leiros consomem apenas um terço da

quantidade diária recomendada de ali-

mentos que previnem o câncer.

Em julho, uma pesquisa do Institu-

to Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE), mostrou que, diariamente, o

brasileiro consome apenas 126,4 gra-

mas de frutas, verduras e legumes, o

equivalente a uma pera. A estimativa

do Inca e do Fundo Mundial para a

Pesquisa contra o Câncer é de que se

a população brasileira passasse a con-

sumir diariamente 400 gramas de le-

gumes, frutas e verduras um de cada

três casos de câncer de cavidade oral

(boca, faringe e laringe), um da cada

três casos de câncer de pulmão e um

de cada quatro casos de câncer de es-

tômago deixariam de ocorrer.

Segundo a chefe da área de Alimen-

tação, Nutrição e Câncer do Incra,

Sueli Couto, "a alimentação tanto pode

ser um fator de proteção contra o cân-

cer quanto propiciar o aparecimento

da doença. Esses alimentos são senti-

nelas do nosso corpo, o exército que

impede o desenvolvimentode doenças

e deve ser consumidos em maior quan-

tidade", afirma.

Pesquisa revela que maior

consumo de vegetais previne câncer

É preciso aumentar o consumo de frutas e verduras

CARNE

Outra preocupação dos especialis-

tas revelada na Pesquisa de Orçamen-

to Familiar é quanto o alto consumo

de carne vermelha, num total de 523

gramas semanais. A redução dessa

quantidade na alimentação equivale a

diminuir 7% os casos de câncer de

cólon e reto (intestino grosso). Sabe-

se que o consumo ideal de carne ver-

melha equivale a duas porções sema-

nais e outro detalhe importante é o

modo de preparo. De acôrdo com

Sueli do Couto, "tanto a carne verme-

lha quanto a branca devem ser consu-

midas cozidas ou assadas, não grelha-

das ou fritas. Quando se expõe a pro-

teína a altas temperaturas, ela libera subs-

tâncias cancerígenas - aminas heterocíclicas

aromáticas. A dica que se dá é primeiro

cozinhar a carne, antes de grelhá-la por-

que o tempo de exposição na chapa

passa a ser menor"ensina. A pesquisa

chama a atenção, ainda, para o consu-

mo exagerado pelas famílias de gulo-

seimas e refrigerantes, fatores que con-

tribuem decisivamente para a obesida-

de aumentando os riscos de câncer de

esôfago em 23%, de pâncreas em 18%

e de endométrio em 29%. A estimati-

va do Inca é que até o final deste ano,

meio milhão de brasileiros terão rece-

bido diagnóstico de câncer.

Fonte: IncaO consumo excessivo de carne vermelha é prejudicial a saúde

Page 9: jornal meio ambiente, agosto, 2011

JUNHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 9

Page 10: jornal meio ambiente, agosto, 2011

JUNHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 9ciência >>>

Os enquitreídeosOs enquitreídeos, ou ‘minho-

quinhas brancas’, pertencem a me-sofauna edáfica (organismos comdiâmetro do corpo entre 0,2 e 2mm) tendo, em média, de 2 a 40mm de comprimento. São parentesdas minhocas (Annelida, Clitella-ta, Oligochaeta) e tem hábito ter-restre, aquático ou semiterrestre.Vivem, preferencialmente, na ca-mada superior do solo (0 - 5 cm).De maneira geral, sua dieta é cons-tituída em 80 % de microrganismose 20 % de matéria orgânica (Did-den, 1993).

A América do Sul é considera-da o possí-vel centro deorigem dafamília En-chytraeidae.E x i s t e m690 espéciesválidas deenquitreíde-os no mun-do, 47 naAmérica doSul e, noBrasil, 28até 2009, caracterizando o peque-no investimento em pesquisa nes-se grupo. Schmelz et al. (2011)descrevem mais sete espéciesencontradas na Área de Prote-ção Ambiental (APA) de Gua-raqueçaba (PR). Atualmente,são conhecidas em torno de 10% das espécies de organismos

multicelulares no planeta (Rahbek

e Colwell, 2011), se considerar-seum total estimado de 15 milhões.Os enquitreídeos podem estar pre-sentes em números de 0 a 23.000indivíduos/m2 e 9 a 25 espéciesem florestas tropicais. Em pasta-gens, podem ocorrer de 500 a7.000 indivíduos/m2 e 6 a 12 es-pécies. (Römbke, 2007).

Os enquitreídeos são hermafro-ditas com fecundação cruzada (osgametas masculinos de um indiví-

duo fecundam os gametas femini-nos do outro e vice-versa), mas al-gumas espécies são capazes de sereproduzir por partenogênese (de-senvolvimento do óvulo sem fe-cundação) ou autofertilização.Outra forma de reprodução é porfragmentação, onde o indivíduo sedivide em algumas partes e cadauma delas dá origem a um novo ser.Mas a forma de reprodução usualé sexual, com fertilização e depo-sição de casulos (Jänsch et al.,2005).

Como funções no solo, eles atu-am na decomposição da matéria or-gânica, estimulando sua coloniza-ção por microrganismos, e na mi-croporosidade do solo (ex. ar-mazenamento de água) entreoutras. Em regiões de cl imatemperado, os enquitreídeos sãoutilizados no monitoramentodos efeitos de chuva ácida emecossistemas florestais (Röm-bke, 2007). A função dos orga-nismos do solo deve ser conheci-da para incrementar a preservação,o manejo e a conservação de dife-rentes ecossistemas.

Robinson Rolim Ressetti - M.S., Eng. Agr. <[email protected]>

REFERÊNCIAS:

Didden, W.A.M. Ecology of terrestrial Enchytraeidae. Pedobiologia, 37: 2-29, 1993.Jänsch et al. The use of enchytraeids in ecological soil classification and assessment concepts. Ecotoxicology and Environ-

mental Safety, 62: 266-277, 2005.Rahbek, C.; Colwell, R.K. Species loss revisited. Nature, 473: 288-289, 2011.Römbke, J. Enchytraeidae of tropical soils: State of the art, with special emphasis on Latin America. Folia Facultatis

scientiarum naturalium Universitatis Masarykianae Brunensis, Biologia, 110: 157-181, 2007.Schmelz et al. Mata Atlântica enchytraeids (Paraná, Brazil): A new genus, Xetadrilus gen. nov., with three new species, and

four new species of Guaranidrilus Èernosvitov (Enchytraeidae, Oligochaeta). Zootaxa, 2838: 01-29, 2011.

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3)

Page 11: jornal meio ambiente, agosto, 2011

destaque >>>

A expressão "desenvolvimentosustentável" surgiu em 1980, na"Estratégia mundial de preserva-ção", tendo recebido posição dedestaque no relatório Brundtland naComissão Mundial das NaçõesUnidas para o Meio Ambiente e o De-senvolvimento.

A definição oficial das NaçõesUnidas para o desenvolvimento sus-tentável é: "um desenvolvimento quesatisfaça as necessidades do presentesem comprometer a capacidade das

Academia de Tênis de Curitiba aposta no diferencial ecológicoAcademia de tênis de Curitiba vem

chamando a atenção por se basear

em conceitos ecológicos como di-

ferenciais a seus clientes: A Eco Tê-

nis Clube, localizada em Santa Felici-

dade utiliza-se do conceito ecológi-

co para se manter competitiva. Se-

gundo Eduardo Borges dos Reis, pro-

prietário da academia, a linha de atua-

ção fundamentada no respeito a natu-

reza e aliança entre o desenvolvimento

e a preservação é fundamental para o

sucesso da academia, que em agosto

completa seu primeiro ano de funcio-

namento.

Ainda segundo Eduardo, as ações

mais simples são as mais efetivas em

se tratando da Eco Tênis Clube. A pre-

ocupação com o meio ambiente vem

desde a captação da água da chuva que

é reutilizada nas hidratação das quadras

de saibro, passando pela utilização de

sistema de iluminação de LED nos ca-

minhos noturnos, a redução de impres-

sos e utilização de materiais reciclados,

até a preservação de um grande bos-

que com mata nativa com árvores tra-

dicionais da flora paranaense.

O conceito ecológico também é re-

passado a todos os alunos - incluindo

aí a escolinha para crianças, que pas-

sam a ver a academia com outros olhos

e contribuem na redução e seleção dos

gerações futuras de satisfazer as suas".Existem algumas linhas que refutam otermo desenvolvimento, alegando queo (des) envolvimento deixa de integrar,e esse conceito não inclui de forma par-ticipativa e democrática todos os en-volvidos e outras linhas que adotam aterminologia Cultura da Sustentabili-dade para ilustrar a intenção de cres-cer e integrar harmoniosamente ho-mem e natureza.

Fonte: Manual SOS Sustentabilidade, por Believe

Comunicação Viva e Fundação Getúlio Vargas

Desenvolvimento sustentável

resíduos ali gerados. A academia tam-

bém oferece ponto de coleta para pi-

lhas e baterias, vidros, óleo e outros resí-

duos que jogados no lixo comum seriam

extremamente nocivos à natureza.

SERVIÇO:

ECO TÊNIS CLUBER. Brasílio Cuman, 1324 - Santa Felicidade

Curitiba / PRFone (41) 3272-9654

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Page 12: jornal meio ambiente, agosto, 2011

AGOSTO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 12especial >>>

No Brasil, durante o Império, D.Pedro II pode ser notabilizado pelodesenvolvimento energético brasileiropelas três patentes concedidas. A do in-vento do carburador, a implantação daluz elétrica e a criação da geração eólica,por meio de um invento denominadoHelicolda Pantanemone, fatos de gran-de repercussão na sociedade. Em 1879,foi inaugurada a Estação Central daEstrada de Ferro D. Pedro II, atual Es-trada de Ferro Central do Brasil, a pri-meira instalação de iluminação elétricapermanente do país. Posteriormente, foiconstruída a primeira hidrelétrica dopaís em Diamantina, Minas Gerais, em1883, em afluente do rio Jequitinhonha.A energia elétrica no Brasil se torna, apartir da década de 1920, fator de de-senvolvimento nacional com os avan-ços da tecnologia instituída.

A cada ano, sete bilhões de tonela-das de dióxido de carbono são lança-dos na atmosfera, principalmente porveículos automotores movidos a gaso-lina e diesel e por usuários de geraçãode energia que utilizam gás e combustí-veis fósseis como matéria prima. É pre-ciso alterar rapidamente a matriz ener-gética com a utilização de energia limpae renovável, como eólica, solar ou bio-massa. Cerca de 80% do consumomundial de energia está relacionado acombustíveis fósseis, responsáveis peloefeito estufa, e o restante é complemen-tado pela energia nuclear.

O Brasil tem um potencial imensopara a produção de energias renováveis

Alternativas de energia para um

e, por ser um país tropical, pode usu-fruir dos seus recursos naturais sem cau-sar danos ambientais, como por exem-plo, eólicas, solar e pequenas hidrelétri-cas.

PRINCIPAIS

FONTES DE ENERGIA

Pode-se afirmar cientificamente quea vida sobre a Terra interagiu com trêsfontes primárias de energia: Fonte So-lar, Fonte Geotérmica e Fonte Gravita-cional. Todas as três são fontes renová-veis de energia, ou seja, fontes eternasprodutoras de energia. É importanteobservar que as Fontes Primárias deEnergia apresentam-se disponíveis aosseres vivos na forma ou estado em queos ciclos da natureza oferecem e deter-mina.

A energia elétrica é uma das formasde energia mais utilizadas no mundo. Elaé gerada, principalmente, nas usinas hi-drelétricas, usando o potencial energéti-co da água. Porém ela pode ser produ-zida também em usinas eólicas, termo-elétricas, solares, nucleares entre outras.

ENERGIA EÓLICA

Fonte inesgotável de energia, poisabastece locais onde a rede elétrica co-mum não chega. O único lado ruim quea energia eólica possui é que como de-pende do vento, que é um fenômenonatural, ele faz interrupções temporári-

as, a maioria dos lugares não tem ventoo tempo todo, e não é toda hora que seproduz energia. Na maioria dos casosessa forma de energia é usada para com-plementar as usinas hidroelétricas e ter-moelétricas. Um exemplo para mostrarcomo a energia dos ventos é econômi-ca, é que no Estado da Califórnia, quecom o aproveitamento dessa energia,economizou mais de 10 milhões de bar-ris de petróleo.

ENERGIA HIDRÁULICA

É a mais utilizada no Brasil em fun-ção da grande quantidade de rios emnosso país. A água possui um potencialenergético e quando represada ele au-menta. Numa usina hidrelétrica existemturbinas que, na queda d`água, fazemfuncionar um gerador elétrico, produ-zindo energia.

Embora a implantação de uma usi-na provoque impactos ambientais, nafase de construção da represa, esta é umafonte considerada limpa.

ENERGIA SOLAR

A energia solar é uma fonte limpa erenovável, não gerando poluição e nemimpactos ambientais e existem três ma-neiras de fazer o seu uso:

Células fotovoltáicas, que são con-sideradas as que mais prometem daenergia solar. A luz solar é direta-mente transformada em energia,

através de placas que viram baterias.Os captadores planos, ou, coletores

térmicos, que, num lugar fechado, aque-cem a água, que com pressão do va-por, movem turbinas ligadas aos gera-dores.

Também chamados de captadoresde energia, os espelhos côncavos refle-tores, mantém a energia do sol que aque-cem a água com mais de 100° C emtubos, que com a pressão, movimen-tam turbinas ligadas ao gerador. O úni-co e pequeno problema dos espelhoscôncavos, é que eles têm que acompa-nha diretamente os raios do sol, parafazer um aproveitamento melhor.

Como à noite e em dias chuvososnão tem sol, a desvantagem da energiasolar, é que nesses casos ela não podeser aproveitada, por isso que é melhorproduzir energia solar em lugares secose ensolarados.

Um exemplo do aproveitamentodessa energia é em Freiburg, no sudesteda Alemanha. A chamada "cidade dosol", lá existe o bairro que foi o primei-ro a possuir casas abastecidas com ener-gia solar. As casas são construídas comum isolamento térmico para a energiaser "guardada" dentro. Quando as ca-sas são abastecidas com mais energia doque necessário, os donos vendem o res-tante de energia para companhias de ele-tricidade da região.

Na cidade , há casas que giram de

A energia é o grande fator de desenvolvimento da

humanidade e foi a Revolução Industrial, que teve iní-

cio na segunda metade do século XVIII, responsável

pelo crescimento econômico e a notável evolução tec-

nológica com o desenvolvimento da indústria de bens

de produção, expansão ferroviária e o aparecimento de

novas formas de energia, como hidrelétrica e a deriva-

da do petróleo.

acigtedeusbô

dosudeçãdo

Os acidentes nas usinas de Chernobyl e Fukushima alertaram para o

Page 13: jornal meio ambiente, agosto, 2011

AGOSTO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 13especial >>>

um desenvolvimento sustentável

.ese-a-a-

ese-e-mn-ni-osa-ra

osgiadeoros

tote

doei-r-m

giaa-

dos-e-

de

A usina de Itaipu é, atualmente, a maior usina hidrelétrica domundo em geração de energia. Com 20 unidades geradoras e 14.000MW de potência instalada, fornece 16,4% da energia consumida noBrasil e abastece 71,3% do consumo paraguaio.

Itaipu produziu em 2010 um total de 85.970.018 megawatts-hora (85,97 milhões de MWh), o suficiente para suprir todo o con-sumo do Paraná durante três anos e sete meses. Ou então, os trêsEstados da região Sul por um ano e dois meses. O mesmo volumeainda abasteceria a demanda de Portugal por energia elétrica duran-te um ano e oito meses.

O recorde histórico de produção de energia ocorreu em 2008,com a geração de 94.684.781 megawatts-hora (MWh). O recordeanterior foi em 2000, quando Itaipu gerou 93.427.598 MWh.

acordo com o movimento do sol. Aigreja e o estádio de futebol, são abas-tecidos com energia solar. Com o usode energia solar, a cidade já deixou deusar mais de 200 toneladas de gás car-bônico por ano.

ENERGIA FÓSSIL

Formada a milhões de anos a partirdo acúmulo de materiais orgânicos nosubsolo. A geração de energia a partirdestas fontes costuma provocar polui-ção, e esta, contribui com o aumentodo efeito estufa e aquecimento global.

Atualmente, 74% daenergia consumidano Brasil saem das

usinas hidrelétricas,instaladas em diversos

rios do Brasil. Já os combustíveisfósseis (derivadosde petróleo, gás)são responsáveispor apenas 6%da produção deenergia elétricaem nosso país.

Isto ocorre principalmente nos casosdos derivados de petróleo (diesel e ga-solina) e do carvão mineral. Já no casodo gás natural, o nível de poluentes ébem menor.

ENERGIA DE BIOMASSA

É a energia gerada a partir da de-composição, em curto prazo, de mate-riais orgânicos (esterco, restos de alimen-tos, resíduos agrícolas). O gás metanoproduzido é usado para gerar energia.Contra, apenas o fato de ser um gás dedifícil armazenamento.

ENERGIA NUCLEAR

O urânio é um elemento químico quepossui muita energia. Quando o núcleoé desintegrado, uma enorme quantida-de de energia é liberada. As usinas nu-cleares aproveitam esta energia para ge-rar eletricidade. Embora não produzapoluentes, a quantidade de lixo nuclearé um ponto negativo.Os acidentes emusinas nucleares, embora raros, repre-sentam um grande perigo.

ENERGIA GEOTÉRMICA

Nas camadas profundas da crosta

terrestre existe um alto nível de calor.Em algumas regiões, a temperaturapode superar 5.000°C. As usinas podemutilizar este calor para acionar turbinas elé-tricas e gerar energia. Ainda é pouco uti-lizada.

ENERGIA GRAVITACIONAL

Gerada a partir do movimento daságuas oceânicas nas marés. Possui umcusto elevado de implantação e, por isso,é pouco utilizada. Especialistas em energiaafirmam que, no futuro, esta, será umadas principais fontes de energia do planeta.

para o perigo das usinas nucleares A energia solar é considerada uma fonte limpa e renovável de energia

Usina de Itaipu

Page 14: jornal meio ambiente, agosto, 2011

AGOSTO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 14crime ambiental >>>

ODAIR SANCHES

Ao estudarmos as normas ambi-entais brasileiras, que diga-se de passa-gem é constituída de um cipoal deportarias, resoluções, decretos, leis, etc.a primeira impressão que se tem é deque estas foram feitas atendendo a di-versos interesses, menos o de preser-var efetivamente o que precisa ser pre-servado ou o de permitir a produçãoagrícola nas área não passíveis destasrestrições, ou seja, áreas que podemproduzir alimentos. Não há uma cor-relação entre estes dois princípios bá-sicos do desenvolvimento. Sustentabi-lidade é o nome deste equilíbrio.

O Código Florestal Brasileiro, Lei4.771/1965 em seu art. 2º disciplinaquais são as áreas de preservação per-manente, a bem da verdade, os parâ-metros foram sendo modificados aolongo do tempo. Em 1965 eram uns,em 1986 outros e em 1989 houve no-vamente alterações, estamos em viasde novas mudanças, mas sem a solu-ção da questão, como adiante veremos.É bom dizer que sempre as mudançasseguiram a linha de mais e maiores res-trições, há agora com a revisão doCódigo Florestal, uma tentativa de fle-xibilização nesta questão apesar quesem impactos significativos.

Porque então sucessivas mudançasna legislação? Alguns podem alegar quehouveram avanços científicos que ser-viram de base para tais alterações, en-tretanto não se tem uma informaçãoclara de qual foi o estudo técnico cien-tifico utilizado para ditar os coman-dos da lei. Se houveram foram postos

As Inadequadas (ainda) Leis Ambientais Brasileiras

Advogado e eng. agrônomo, graduado em Direito - Faculdade de Direito de Curitiba e em Engenharia Agronômica - UFPR, especialização LatoSensu em Gestão Ambiental com Ênfase em Perícia e Auditoria Ambiental - IMEC - Instituto Martinus de Educação e Cultura

ODAIR SANCHES

de lado atendendo a outros interesses,muitos destes interesses chegando àsraias da imoralidade. Como exemplotomo a normativa que determina a lar-gura da vegetação ciliar, necessária àpreservação das margens dos rios. Setivesse sido utilizado um mínimo debom senso, não teríamos a mesma lar-gura de mata ciliar em um rio daAmazônia e outra nos Campos Ge-rais, quando ambos possuem a mes-ma largura de leito.

Quem conhece o bioma amazôni-co sabe muito bem as grandes dife-renças entre esta região e a de PontaGrossa, por exemplo. Lá as chuvas sãotorrenciais, milhares de milímetros aoano, solos frágeis, vegetação alta, calorinfernal, atividade biológica intensa,solos planos. Muito pouco de similaracontece nos Campos Gerais. Em re-sumo, a lei que protege o meio ambi-ente de lá não deveria ser nem de lon-ge a aplicada aqui. Há injustiça e erroprincipalmente em termos ambientaisquando se passa uma régua achandoque tudo é igual. Não, não é tudo igualna natureza.

Um país continental como o Brasildeveria ter leis ambientais diferencia-das e que levassem em conta as suasdiversas paisagens, proteger sim o quedeve ser protegido, mas não penalizarregiões que não precisam de regrasdescoladas da realidade.

Temos outros casos absurdos des-tas inadequações. Quer outro exemplo?Analisemos a situação de Matelândia -PR. Como este município faz parte do

Parque Nacional do Iguaçu, ficam as-sim distribuídas as suas terras.Área total do município 640.000 ha,porção do município ocupada peloParque Nacional do Iguaçu 338.000ha, ou seja 52% da área total do muni-cípio. Sobram portanto 48%. Se agrosso modo retirarmos 20% do res-tante da área à título de Reserva Legaldos 48% que remanesceram, isso dáuma área de 60.000 ha que deve serdestinada para este fim. Sobram até opresente calculo 242.000 ha. Se aindaretirarmos todas as áreas de preserva-ção permanente que são estimadas em15.000 ha, sobrará por fim 227.000 haou 23% da área original. Se subtrair-mos ainda as áreas de aglomeraçõeshumanas urbanas (cidade, distrito e vi-las), sem medo de errar podemos afir-mar que sobrará ao final 20% da áreaoriginal para a produção agropecuá-ria. É razoável tal situação? Achamosque não.

Por incrível que pareça há municí-pios que por estarem "mais inseridos"nas áreas de conservação integral sãoainda mais penalizados. Seria bem ra-zoável que uma inteligente Lei Ambi-ental previsse tal situação, desoneran-do os produtores destas regiões daobrigatoriedade de manter em suaspropriedades a Reserva Legal. É bomque se frise que a flora e a fauna destasregiões estão amplamente protegidosno parque em questão. Sabemos que aárea de Reserva Legal é imposta porpropriedade e não por município. Masa proposta é revisar tais conceitos. Es-

tas modificações seriam salutares paraa população em geral e por incrívelque pareça, também para a urbana.

Basta ver que se houvesse umaadequação das normativas ambien-tais não haveria uma perda de receitatributária do município, pois este nãoteria sua arrecadação comprometida,visto que a maior parte de suas áreasnão se prestam à exploração econô-mica efetiva. É certo que há o repas-se do ICMS ecológico, mas mesmoassim os valores não ressarcem o quese deixa de arrecadar pela atividadeprodutiva. Além do que é bom res-saltar que a aplicação do imposto,por sua natureza, apresenta proble-mas.

Alguma voz pode se levantar edizer que não deve ser visto unica-mente o aspecto financeiro, que a pre-servação é importante e tal. Não sediscute o valor que tem preservar anatureza, não há discordância nesteponto, o mal reside na incoerênciados valores tutelados e na falta deuma compensação.

É bom lembrar por fim, que me-nor arrecadação de impostos signifi-ca de modo claro menos projetossociais, menos obras de infra-estru-tura etc. Todos prejudicados em de-corrência dos recursos públicos es-cassos.

Esta situação não é razoável emnenhum lugar do mundo e pelo re-latado, menos ainda para os mora-dores de Matelândia - PR.

O prejuízo causado pelas perdasnão-técnicas de energia elétrica - cau-sadas por erros de medição, deficiên-cias no processo de faturamento, alémde fraudes e furtos de energia - atingiuo patamar de R$8,1 bilhões ao ano. Ocálculo, feito pela Agência Nacional deEnergia Elétrica (Aneel), leva em con-ta 61 das 63 distribuidoras que passa-ram pelo segundo ciclo de revisões ta-rifárias entre 2007 e 2010. O montan-te inclui, além do custo da energia, osimpostos que deixaram de ser arreca-dados aos cofres públicos. Levandoem conta a energia perdida, são maisde 27 mil GWh, o que representa apro-

Consumo irregular de energia gera prejuízo de R$8 bilhões ao ano

ximadamente 8% do consumo domercado cativo brasileiro. Esse totalseria suficiente para, por exemplo,

abastecer por um ano todos os 991municípios atendidos pela Cemig e pelaCemar em Minas Gerais e no Mara-nhão. No ranking de perdas por re-gião, o Norte apareece na frente, comoresponsável por 20% das ocorrências,sendo seguido pelo Sudeste, com 10%,e o Nordeste, com 9%. No Centro-Oeste, o percentual é de 5% e, no Sul,de 3%.

Entre as concessionárias responsá-veis pela distribuição de energia, a Cel-pa, que atende o Pará, ocupa o topo,com 24,4% de perdas não-técnicas narede. Em segundo lugar aparece a Li-ght, responsável por parte do Rio de

Janeiro, com 24,2%. As companhiassão seguidas por Ceron (22%), Cemar(17,8%) e Ampla (17,1%). Na Eletro-paulo, que atua parte do estado de SãoPaulo, as perdas são de 10,8%, o quedá à empresa o 11º lugar na lista.

A Aneel lembra que as perdas im-pactam a tarifa, uma vez que parte desseprejuízo é rateada entre os demais con-sumidores ligados às distriubuidoras,no momento do cálculo tarifário. Aagência exemplifica que, em uma áreade concessão como a da Light, a re-dução nas contas poderia ser de 18%caso não houvesse consumo irregular.

Luis Fernando Arruda

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AGOSTO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 15meio ambiente >>>

O Brasil tem a matriz energéticamais limpa do mundo. E esse padrãodeve ser mantido, mesmo com o desen-volvimento econômico previsto para ospróximos anos. Para isso, o GovernoFederal incentiva projetos de energiasolar para aquecimento da água, apro-veitamento dos ventos, da biomassa edas ondas do mar.

"É importante montar estratégias deconsumo energético que também con-tribuam para mitigar as emissões de ga-ses de efeito estufa, mantendo o cresci-mento econômico", observa o secretá-rio de Mudanças Climáticas do MMA,Eduardo Assad.

As alternativas energéticas à produ-ção são importantes para evitar o au-mento da participação das fontes fós-seis de energia. O esforço nacional é che-gar a 2020 com o mesmo padrão deemissões de 2005. "Há potencial de re-dução do consumo de energia elétricaem até 17% nos horários de pico, comaquecimento da água do banho por ener-gia solar. Estamos buscando esse cami-nho", afirma Eduardo Assad.

Opções populares - Por meio daPortaria 238, de 21 de junho de 2009, oMMA criou um grupo de trabalho paraincentivar o uso de Sistemas de Aqueci-mento Solar de Água, incluindo os con-juntos habitacionais do Programa Mi-nha Casa Minha Vida.

A meta estipulada é de 15 milhõesde m² de áreas com coletores solaresaté 2015. Hoje são 6,24 milhões de m²."Para tanto, as linhas de atuação são po-líticas públicas que incluam gestões jun-to a programas governamentais como o

Energia solar pode reduzir consumo elétrico em até 17%

Secretário de Mudanças Climáticasdo MMA, Eduardo Assad

Minha Casa Minha Vida e o Programade Aceleração do Crescimento (PAC),além do foco na criação de 'empregosverdes' e inovação tecnológica, porexemplo", explica o secretário. Já foi al-cançada a primeira meta de 40 mil uni-dades habitacionais com os sistemas deaquecimento solar.

Para a segunda fase, deve se atingiroutras 260 mil. "Acho que os coletoressolares para aquecimento de água sãoviáveis, e podem reduzir o consumo deenergia elétrica, com bom resultado naconta de luz", diz Assad. "O Minha CasaMinha Vida é um programa que estáadotando a energia solar, e o Fundo Cli-ma está apoiando. Na área de inovaçãotecnológica também. Sem ciência e tec-nologia, o País não cresce."

O secretário enfatiza a importânciada conscientização, que é uma das solu-ções, aliada a fortes campanhas educa-tivas, além da apresentação de projetos

factíveis. "E a energia solar é fundamen-tal."

INFRAESTRUTURA

O Ministério do Meio Ambiente fir-mou contrato com o Banco Nacionalde Desenvolvimento Econômico e So-cial (BNDES) para a aplicação de R$233.727.463,00 previstos no Orçamen-to da União, por meio do Fundo Nacio-nal sobre Mudança do Clima, para in-centivar a economia de baixo carbonono País. As primeiras chamadas públi-cas e editais já foram publicados.

O BNDES vai operar linhas de cré-dito reembolsáveis a governos, empre-sas públicas ou privadas para a reduçãode emissões de gases-estufa e tambémde adaptações a situações provocadaspor mudanças climáticas. Entre os te-mas prioritários estão projetos para ageração de energia renovável.

Há previsão para o desenvolvimen-to tecnológico e cadeia produtiva deenergia solar para todo o Brasil. Mas,especialmente para as regiões sem aces-so ao sistema integrado de energia elé-trica (como áreas do Norte, Nordeste eCentro-Oeste), existem recursos a seremliberados para geração e distribuição lo-cal de energias eólica, de biomassa emarés.

"Existem no Fundo Clima dois tiposde financiamentos: não reembolsáveis ereembolsáveis. No primeiro tipo, serãoestimulados estudos de potencial de uti-lização e incentivo à busca de novos ma-teriais, incluindo a geração de energiapor células fotovoltaicas (onde a ener-gia solar é transformada em energia elé-trica). O segundo incentiva a ampliação

do uso de coletores solares, principal-mente para aquecimento de água", de-talha o secretário Assad.

O Fundo Clima possibilita, inclusi-ve, acesso a crédito para indústrias queinvistam na compra de máquinas e equi-pamentos de melhor eficiência energé-tica. E ainda para o setor de energia comuso de resíduos sólidos nas 12 capitaismetropolitanas que sediarão os jogos daCopa do Mundo em 2014.

SUSTENTABILIDADE

Um dos maiores desafios do planetaé o desenvolvimento com sustentabili-dade. Estudos científicos indicam um li-mite de aumento de 2° C na tempera-tura mundial. "A partir desse pata-mar, será muito difícil voltar à situ-ação de, por exemplo, 350 ppm deCO² na atmosfera. Hoje estamoschegando a 400 ppm. O limite seriaalgo próximo de 450 a 500 ppm", en-fatiza Eduardo Assad.

Os reflexos poderão ser reduções naprodução agrícola, aumento da vulne-rabilidade das regiões costeiras e maisriscos de desastres naturais, com conse-quente impacto na saúde. A meta é dei-xar de emitir até 1,2 bilhão de toneladasde CO² até 2020, com reduções de até38%.

O secretário, que há 25 anos traba-lha com mudanças climáticas, afirma queos impactos ainda são controláveis, masjá se observam eventos extremos detemperatura e de chuva, que podem estardiretamente influenciados pelo aqueci-mento global.

Fonte: Cristina Ávila/ MMA

O americano Aidan Dwyer, 13,criou uma maneira de aproveitar me-lhor a energia do sol, organizandopainéis solares. O resultado de sua in-venção aumentou de 20% a 50% aeficiência do sistema. O invento se as-semelha a uma planta em sua forma efunção.

A ideia de Dwyer, apresentada emuma feira de ciência na escola, lhe ren-deu o prêmio "Jovem Naturalista2011" concedido pelo Museu Ameri-cano de História Natural e foi inspira-da no mecanismo que as árvores pos-suem de absorver a luz solar.

Hoje em dia, os painéis solares sãodispostos horizontalmente ao contrá-rio do sistema criado pela natureza e,ao perceber isto, o menino resolveugerar um dispositivo vertical com pe-

Menino de 13 anos revoluciona captação de energia solar

quenos painéis solares de maneira queficassem organizados como as folhasnos galhos.

Em uma entrevista ao portal denotícias norte-americano HuffingtonPost, Dwyer contou que durante suascaminhadas às montanhas de Catski-lls, nos EUA, ele percebeu que as fo-lhas e os galhos das árvores obedeci-am a uma sequência e ele queria sabero por quê. "Eu sabia que aqueles ga-lhos e folhas coletavam a luz do solpara fotossíntese, então meu próximoexperimento iria investigar se a sequ-ência de Fibonacci ajudaria", disse oestudante. A sequência de Fibonaccise caracteriza pelo uso dos númeroszero e um, antes de cada sequência, acada número seguinte, faz-se a somados dois números anteriores. Porexemplo, 0-1-1-2-3-5-8-13-21. Estesnúmeros, quando colocados em pro-porções, mostram-se nos padrões de

galhos e folhas em árvores. A peque-na árvore criada pelo adolescente éfeita em PVC e as folhas e galhos sãopequenos painéis solares que respei-tam esta ordem.

Testes realizados mostram que a"árvore solar" é mais eficiente, inclu-sive em épocas de menor incidênciasolar. Outra vantagem é que em épo-cas de nevasca, o sistema não fica en-terrado" pela neve e nem é prejudica-do pela chuva além do que, ele ocupamenos espaço, sendo perfeito paraambientes urbanos onde o espaço e aluz solar direta podem ser difíceis deencontrar. O estudante ganhou umapatente provisória, do governo dosEstados Unidos, além do interesse dediversas entidades aparentemente an-siosas em comercializar sua inovação.

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Advogado, pós-graduado em Direito Ambiental pelaFaculdade de Direito de Curitiba, Autor de trabalhoscientíficos ligados ao tema de Resíduos Sólidos. e-mail: [email protected]

CRYSTIAN PETTERSON GALANTE

A Constituição Federal de 1988 traduziu em vários dis-positivos o que pode ser considerado um dos sistemas detutela do meio ambiente mais abrangentes do mundo.

Tamanha sua abrangência que pode ser denominada, ecomo é por muitos, de "Constituição Verde", pelo fato daênfase dada a proteção do ambiente.

O texto constitucional no que se refere à proteção doambiente - que é tido como um dos mais avançados doplaneta -, foi construído ao longo dos anos através das ou-tras constituições brasileiras; constituições estaduais e LeisOrgânicas municipais.

Podemos citar como exemplos a Lei 7.735/89 - cria oIBAMA; Lei 8.746/93 - cria o Ministério do Meio Ambien-te; Lei 9.984 - cria a ANA (Agência Nacional das Águas), asquais serviram de escopo para a atual Constituição "verde".

A Carta Magna Brasileira coloca o meio ambiente comoprincípio da ordem social e econômica, tendo em vista quetodo crescimento socioeconômico deve respeitar e obede-cer aos limites do ambiente, justamente para proporcionaras futuras gerações um ambiente socialmente e economica-mente preservado.

Ou seja, o desenvolvimento sustentável é um dos objeti-vos maiores da Constituição, a qual visa essencialmente for-necer condições sociais e econômicas aos cidadãos, que de-vem utilizar os recursos com consciência e respeito.

O Direito do Ambiente está normatizado em nossa Cons-tituição no Artigo 225, seus parágrafos e incisos, o qual estáinserido no Capítulo VI do Título VIII (que é justamente ocapítulo da ordem social).

Esse artigo cria um direito fundamental ao meio ambien-te ecologicamente equilibrado; cria um direito autônomo -considerando o ambiente como "bem de uso comum dopovo"; passa a ser considerado como bem essencial à sadiaqualidade de vida e por fim cria para o Poder Público umdever constitucional quanto a sua preservação.

Diante disso, o cidadão deixou de ser um mero titular deum direito, obtendo para si a titularidade do dever de pre-servar e defender o ambiente em todos os seus aspectos,conjuntamente com o Poder Público.

Este por sua vez possui deveres específicos diversos docidadão comum, tais como: preservação e restauração dosprocessos ecológicos essenciais; promoção do manejo eco-lógico das espécies e ecossistemas; preservação da biodiver-sidade; espaços territoriais especialmente protegidos, dentreoutros.

Enfim, a Constituição de 1988 encurtou distâncias entre asociedade e o Poder Público no que tange à preservação doAmbiente, visando essencialmente à manutenção da ordemsocial e econômica para esta e futuras gerações.

A ConstituiçãoFederal e o Ambiente

...o desenvolvimento sustentável é

um dos objetivos maiores da

Constituição, a qual visa

essencialmente fornecer condições

sociais e econômicas aos cidadãos...

No momento em que o

País discute as etapas finais do

processo de votação do seu

novo Código Florestal, o Ins-

tituto Nacional de Pesquisas

Espaciais (Inpe) revela que a

taxa anual de desmatamento

na Amazônia vai superar a do

ano passado. A notícia não

poderia ser mais preocupan-

te, mobilizando os que exigem

maior rigor na legislação am-

biental.

O incremento da devasta-

ção da mata foi acusado pelo

sistema Deter. Como se sabe,

o programa de monitoramen-

to da Amazônia do Inpe con-

ta com quatro sistemas ope-

racionais: Prodes, Deter, Quei-

madas e Degrad. Eles atuam

de forma complementar en-

tre si.

O Deter é encarregado de

apoiar a fiscalização e contro-

le do desmatamento da Ama-

zônia, através da divulgação

mensal de um mapa de aler-

tas para áreas maiores que 25

Meio Ambiente:desmatamento cresce no Brasil

O desmatamento ainda é a maior fontede emissão de carbono no Brasil

hectares. Os alertas indicam

tanto áreas totalmente desma-

tadas (corte raso) como áreas

em processo de desmatamen-

to por degradação florestal

progressiva.

Já o Prodes mede as taxas

anuais de corte raso para os

períodos de agosto do ano

anterior a julho do ano cor-

rente, considerando desmata-

mentos com áreas superiores

a 6,25 hectares.

Por ser mais detalhado e

depender das condições cli-

máticas da estação seca para

aquisição de imagens livres de

nuvens, o Prodes é realizado

uma vez por ano. Além deles,

há um sistema operacional de

monitoramento de queimadas

por satélite e o Degrad, um

novo sistema destinado a ma-

pear áreas em processo de

desmatamento em imagens

Landsat e CBERS, onde a co-

bertura florestal ainda não foi

totalmente removida.

Em 11 meses, o Deter de-

tectou uma área de desmata-

mento 35% maior do que a

captada entre agosto de 2009

e julho de 2010. Em termos

absolutos isso soma 2.429,5

quilômetros quadrados de

matas abatidas. Os dados to-

tais só serão divulgados no

fim deste mês. Contudo, já se

sabe que aumentou a devasta-

ção.

Ora, esse resultado pode-

rá comprometer os compro-

missos de redução das emis-

sões de gases de efeito estufa,

responsáveis pelo aquecimen-

to global, pois o desmatamen-

to ainda é a maior fonte de

emissão de carbono no Bra-

sil.

Ainda que o Governo te-

nha reagido ao desmatamen-

to verificado na véspera da

votação do novo Código Flo-

restal os dados anunciados re-

forçam os apelos no sentido

de um maior rigor na legisla-

ção ambiental para coibir o

retrocesso nessa área.

Page 17: jornal meio ambiente, agosto, 2011

AGOSTO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 17mercado >>>

Consultor em Marketing Ambiental

HUGO WEBER JR.

meio ambiente e mercado

A reciclagem deverá ter grande destaque na indústria vi-dreira a partir da Lei 13.205, recentemente instituída pelo Go-verno federal e poderá ganhar mais força ainda com os gran-des investimentos que serão feitos para promover e estimularo retorno do vidro descartável como matéria prima.

Com um kg de vidro se faz outro kg de vidro, com perdazero e sem poluição ao meio ambiente.

O vidro por suas características é matéria prima sem igual.Com vantagens de reaproveitamento em 100%, ainda permiteeconomia das matérias primas naturais, como a areia, barrilha,calcário e outras tantas.

A construção de parcerias com o setor publico, empresas eorganizações do terceiro setor para implementos de LogísticaReversa e reciclagem com profundos programas de educaçãoambiental e cidadania, resultará em ganhos para todos – socie-dade, o meio ambiente, a indústria e também para o setor artís-tico que se utiliza deste material para produzir excelentes ecriativos novos produtos.

Benefícios da reciclagem do Vidro1) Lucratividade – A reciclagem de vidro, bem administrada,

deverá ser uma atividade econômica bem lucrativa. NoBrasil, a atividade ainda é vista como marginal, de subsis-tência e carente de mentalidade empreendedora.A reciclagem é um nicho num mercado a descoberto e inex-plorado com grande potencial de lucratividade.

2) Geração de empregos – Uma mini-usina de reciclagemde vidros gerará empregos que não requererá, em sua mai-oria, qualquer especialização, beneficiando assim, as cama-das mais carentes da população. É atividade lucrativa e tam-bém tem um forte apelo social.

3) Preservação do Meio Ambiente – O vidro pode ser to-talmente reaproveitado no ciclo produtivo, sem perda algu-ma de material. A reciclagem preserva a natureza ao redu-zir a necessidade de captação de novas matérias primas.Sua produção a partir do vidro reciclável também consomemenor quantidade de energia e emite menor quantidade deaerodispersóides e particulados com pouca emissão de CO

2,

o que também contribui para a saúde ambiental.Outro aspecto, também importante, é o menor descarte de

lixo, reduzindo custos de coleta urbana, eliminando ou diminu-indo a incidência desses produtos nos aterros sanitários, au-mentando-lhes assim sua vida útil.

É preciso que toda a população se conscientize dos benefí-cios da reciclagem do vidro reaproveitando totalmente suasembalagens com os enormes benefícios ecológicos, econômi-cos e sociais.

Podemos considerar que o vidro é material grande amigodo Homem.

RECICLAGEM DE VIDROS:

Um mercado a descoberto. Parte II

“Na natureza não existe prêmios nem

castigos. Há apenas conseqüências”

Robert Green Ingersoll

A Sacola Biodegradável da

Bioecológico foi o primeiro

produto a receber a tecnolo-

gia Eco-One no Brasil e como

temos pela certeza das garan-

tias do composto consolida-

mos a marca junto à tecnolo-

gia. Quando adicionamos o

Composto Eco-One nas

transformações dos plásticos

proporcionamos uma biode-

gradação por ação de bacté-

rias não alterando suas parti-

cularidades, resistências e tão

pouco o ciclo de reciclagem

ao contrário das outras tecno-

logias.

PRODUTO SACOLA

BIODEGRADÁVEL

Por se tratar de uma bio-

degradação em ambiente mi-

crobiológico não comprome-

temos a durabilidade ou resis-

tência dos polímeros, ou seja,

se não há bactérias não ocor-

re a biodegradação. Atende-

mos a algumas normas inter-

Sacola biodegradável:

Degradação em

ambiente microbiológicoTecnologia 100% reciclável

nacionais que comprovam a

biodegradação dos nossos

produtos sendo:

ASTM D5511: Determi-

nação do grau e da taxa de bi-

odegradabilidade anaeróbia

de materiais plásticos em altas

sólidos condições anaeróbias,

ou seja, ambientes desprovi-

dos de oxigênio tais como

aterros sanitários, lixões entre

outrosISO 15985:2004 espe-

cifica um método para a ava-

liação da biodegradabilidade

anaeróbia final de plásticos à

base de compostos orgânicos

com alto sólidos digestão ana-

eróbia, condições por medi-

ção do biogás desenvolvido e

o grau de desintegração no fi-

nal do teste.

Esta em conformidade

junto a ANVISA e FDA.Não

se trata de tecnologia OXO,

FOTO, degradável ou PLA de

amido, tais produtos não são

Biodegradáveis em aterros

sanitários ou em ambientes des-

providos de oxigênio denominados

ambientes anaeróbios. Veja a ta-

bela de comparação de tecno-

logias em nosso site www.

sacolabiodegradavel.com.br .

A biodegradação da Sacola

Biodegradável Eco-One em

ambiente aeróbio também

ocorre porem em prazos mai-

ores. O Produto Sacola Bio-

degradável é 99% mais Bio-

degradável que um polímero

convencional, ou seja, produ-

tos que levariam 500, 300 e

200 anos para se decompor

feitos com nossa tecnologia

passariam para 5, 3 e 2 anos

em ambientes de aterros sani-

tários, lixões entre outros am-

bientes anaeróbios, em ambi-

entes aeróbios sua decompo-

sição ocorrerá, porém de for-

ma mais lenta.

O resultado da biodegra-

dação será Húmus, Metano e

o CO2, podendo ser aprovei-

tados como fontes de energia

baratas nos aterros sanitários.

Maiores informações e comparação de tecnologias podem ser obtidas no site e nos linksabaixo:http://www.youtube.com/watch?v=FMqXh77B3_o

http://www.youtube.com/watch?v=IKUGdsFwR6Ihttps://www.facebook.com/sacolabiodegradavel

www.sacolabiodegradavel.com.br

Page 18: jornal meio ambiente, agosto, 2011

AGOSTO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 18crime ambiental >>>

Numa operação comanda-da pela Polícia Federal e peloIbama, sete pessoas forampresas e aproximadamente 10mil animais silvestres e exóti-cos apreendidos que seriamvendidos ilegalmente pela in-ternet. O site oferecia animaiscriados em cativeiros ilegais oucapturados da natureza, comoarara-azul, puma, jaguatirica eoutras espécies brasileiras ame-açadas de extinção, além deimportar espécies como cobracorn snake e antílopes quepodiam ser adquiridos empromoções parceladas em até18 vezes no cartão de crédito.

A operação foi denomi-nada de Arapongas em alusãoà cidade do interior paranaenseonde se concentravam as ne-gociações e a investigação, co-mandada pela Delegacia deCombate a Crimes Ambien-tais do Paraná, durou aproxi-madamente um ano. Os ad-ministradores do site que fo-ram presos aceitavam enco-mendas de animais e depoisprovidenciavam pedidos aci-onando contatos nos estadosde São Paulo, Rio de Janeiro,Minas Gerais, Bahia, Ceará eParaíba.

Cerca de 250 agentes, en-

Venda ilegal de animais

silvestres era feita pela internet

O comércio ilegal deanimais silvestresmovimenta mais deUS$ 10 bilhões nomundo, ficando atrásapenas do tráfico dedrogas e de armas.Quem compra animaisnão legalizadostambém estácometendo um crime.

PREÇOS DE ALGUNS ANIMAIS

Arara Azul .......................................................R$ 55.000,00Leopardus pardalis ........................................R$ 13.000,00Coruja da Virgínia .........................................R$ 4.999,00Quati ................................................................R$ 3.499,00Milileopardo (Bengal Cat) ............................R$ 1.999,00Jiboia ................................................................R$ 1.499,00

tre policiais e fiscais, participa-ram da operação e para co-nhecer os detalhes do esque-ma e comprovar o crime, aPolícia Federal chegou a com-prar animais.

Os animais eram transpor-tados por avião e o cliente re-cebia o animal em casa e, se-gundo a PF, todas as compraspassavam pelo aeroporto deLondrina, no norte do Para-ná. As principais apreensões

foram em fazendas no interi-or de São Paulo, mas até nacapital os agentes encontraramcativeiros. Os envolvidos de-vem responder por crimes detráfico internacional de fauna,tráfico de animais silvestres, es-telionato, sonegação fiscal, fal-sidade ideológica e biopirata-ria e os valores das multas sóserão definidos depois do le-vantamento das espécies en-contradas.

Engenheiro civil, especialista em Planejamento e GestãoAmbiental, responsável técnico da Master Ambiental

FERNANDO DE BARROS

...agora, para falar que seu produto

ou serviço é ecológico ou

sustentável, vai ter que provar...

A sustentabilidade - ou seja, a capacidade de se ex-plorar algum recurso natural sem comprometer as futu-ras gerações - está na moda.

Na área empresarial, rodos propagandeiam que bus-cam a sustentabilidade, que o empreendimento X ouproduto Y é ecológico. Ao acessarmos a TV, o rádio,jornais e a internet, a impressão é de que todo mundose tornou ambientalista. Pena que não seja verdade: namaioria das empresas, a sustentabilidade estacionou nodepartamento de marketing - e lá ficou.

A apelação é tão grande que levou o CONAR. OConselho Nacional de Autorregulamentação Publici-tária, a alterar o Código Brasileiro de Autorregulamen-tação Publicitária, dando nova redação ao artigo 36.

Agora, qualquer anúncio que trate de poluição deáguas, do ar, das matas e dos recursos naturais, quetrate da poluição visual dos campos e das cidades, dapoluição sonora e dos desperdícios dos recursos natu-rais, estará sujeito à verificação de que efetivamente oproduto anunciado produz efeitos benéficos ao meioambiente.

A nova redação do artigo 36 afirma que, com a cres-cente utilização de informações e indicativos ambien-tais na publicidade institucional e de produtos e servi-ços, deverão ser atendidos os princípios de Veracidade(as informações ambientais devem ser verdadeiras epassíveis de verificação e comprovação), Exatidão (asinformações ambientais devem ser exatas e precisas,não cabendo informações genéricas e vagas), Pertinên-cia (as informações ambientais veiculadas devem terrelação com os processos de produção e comercializa-ção dos produtos e serviços anunciados) e Relevância(o benefício ambiental salientado deverá ser significa-tivo em termos do impacto total do produto e do servi-ço sobre o meio ambiente, em todo seu ciclo de vida,ou seja, na produção, uso e descarte).

Resumindo: agora, para falar que seu produto ouserviço é ecológico ou sustentável, vai ter que provar,senão estará sujeito à suspensão do anúncio e, pior, aempresa vai passar uma vergonha danada diante de seusconsumidores.

Aguarda-se uma mudança de atitudes pelas empre-sas. Se querem agradar seus consumidores, que passemefetivamente a se preocupar com as questões ambien-tais, e o façam de maneira efetiva. De blá-blá-blá esta-mos todos cheios. Precisamos de atitudes concretas.

Matéria publicada originalmente na Folha Rural

Vai ter que provar!

Page 19: jornal meio ambiente, agosto, 2011

AGOSTO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 19sustentabilidade >>>

2011 é ano internaci-onal das Florestas e aNaturalis Brasil faz suaparte com o Papa Lâm-padas®

No ano internacionaldas florestas, a NaturalisBrasil, empresa de des-contaminação de lâm-padas fluorescentes, ci-ente dos riscos do mer-cúrio, reforça, por meioda máquina Papa Lâm-padas, a importância dodescarte correto destematerial.

Ao realizar o descar-te incorreto de algum materi-al que contenha mercúrio, elenão apenas irá contaminar aregião afetada, como toda afauna e flora que a rodeia, des-de florestas até a saúde dosseres humanos - No Brasil acomercialização de lâmpadasque contêm mercúrio passa de200 milhões de unidade/ano.

Com um processo de des-carte 100% seguro aos profis-sionais que manipulam a má-quina e seus usuários, a Natu-ralis Brasil atende, atualmente,aproximadamente 2,7 milempresas com o Papa Lâm-padas®, garantindo o destinoecologicamente correto domercúrio, sem fazer uso detransporte de resíduos - o que

Papa Lâmpadas® assegura

destino ambientalmente

correto do mercúrio

Ações sustentáveis das empresas pelo Brasil

O Walmart Brasil é empre-sa pioneira no varejo brasileirona busca do emprego da sus-tentabilidade em todo o seunegócio. Já são conhecidas suasações conjuntas junto aos cli-entes, como o programa de di-minuição do uso de sacolas plás-ticas, e também suas iniciativasnos empreendimentos próprios- caso das lojas ecoeficientes, desoluções arquitetônicas que va-lorizem o aproveitamento so-lar, da troca generalizadas delâmpadas, dos espaços externoscoberturas capazes de absorverágua da chuva, etc.

CASE NOTÁVELUm case notável e ainda

não divulgado, porém, é o queresultou do problema apresen-tado para o arquiteto gaúchoClaudio Strüssmann, da 9DEADesign - Produto e Sinalização,em 2008: sustentabilidade paraa totalidade da comunicaçãovisual de todas as bandeiras darede Walmart no país. Isso se-ria absolutamente inédito. Nãohavia casos a serem copiadosnem referências unificadas. Ainiciativa das equipes de Comu-nicação Visual e Compras Não-revenda do Walmart de PortoAlegre era inédito e realmentedesafiador. Anéis aéreos, naslojas, antes executados em tu-bos metalon e revestidos comlâmina de MDF, com acaba-mento em selador e pintura eaplicação das informações emauto-adesivo vinílico, pesavam

levou a empresa a conquistara dispensa do CADRI (Certi-ficado de Aprovação paraDestinação de Resíduos In-dustriais) pela CETESB.

O PAPA LÂMPADAS®A Naturalis Brasil trouxe a

tecnologia dos Estados Uni-dos e desenvolveu no Brasil oPapa Lâmpadas®, máquinaque separa o mercúrio do vi-dro e do alumínio, possibili-tando posterior reciclagemdos resíduos gerados.

O Papa Lâmpadas® é umprocessador triturador quefunciona como uma usina detratamento. Quando inseridana máquina, a lâmpada é que-brada, o material pesado fica

no fundo do tambor e ovapor de mercúrio é fil-trado e adsorvido porcarvão ativado, depois le-vado para uma câmara dealta temperatura, que ovolatiza, resfria e o traz no-vamente a seu estado me-tálico, sendo reaproveita-do em novas aplicaçõespróprias do mercúrio. ANaturalis Brasil está insta-lada em Itupeva (interiorde São Paulo) e conta comconcessionários PapaLâmpadas®, em 15 esta-dos brasileiros.

entre 50 e 278 kg. Hoje, pesamentre 20 e 60kg. Os luminososde fachada, antes iluminadospor lâmpadas fluorescentes,hoje utilizam-se do LED - diodoemissor de luz - lâmpadas de ta-manho muito pequenos que pos-suem potência de iluminaçãosuperior, proporcionando mai-or duração - vida útil de 50.000horas - e consumo de energiaaté 70% menor. O MDF não émais utilizado, o que represen-ta menos 15,9 litros de formolempregado por m3 de chapa eaproximadamente 88% de re-dução de peso (peso específicodo papelão X peso específico doMDF). As trocas aconteceramprincipalmente nos quadroscom imagens e nas letras quecompõem mensagens nas paredes.Em todos a função estrutural foiplenamente resolvida com oemprego do papelão; o MDFestava super dimensionado.

EQUIPEEstes são exemplos, entre

vários, que levam as pesquisasdo Walmart Brasil e da 9DEADesign a ganhar evidência. Cla-ro que não fizeram tudo issosozinhos. Se não fossem as ba-ses de conhecimentos forneci-das pelo Instituto Venturi paraEstudos Ambientais e o CNTL-SENAI (Centro Nacional deTecnologias Limpas), o iníciodo "fio" condutor não teriasido encontrado.

"Mas a 'comunicação visu-al' também não era familiar aos

consultores do CNTL. Assim,em um primeiro momento ni-velaram-se os conhecimentos.Depois, pesquisamos soluçõesempregadas em atividades se-melhantes e que poderiam serredirecionadas para Comunica-ção Visual. E começamos oscontatos com empresas de for-necimento de matéria-prima efornecedores de comunicaçãovisual para a empresa, tentan-do despertar a consciência parao fato de que as necessidadesdesta nova ótica passavam porum viés diferente do que a de-manda usual ou os materiaiscomumente utilizados pedia",comenta Claudio Strüssmann.

Assim, redução, de peso, di-mensionamento correto a par-tir dos insumos básicos (paraevitar desperdícios e aparas),pensamento no descarte ou nalogística reversa passam a serfundamentais na concepção deuma linha de projeto. Com osucesso do projeto, o WalmartBrasil conseguiu atingir os trêspilares da sustentabilidade: oeconômico, com a economianos processos; o social, promo-vendo nova capacitação profis-sional e diminuindo o impactode determinados materiais paraa saúde dos trabalhadores; eecológico, preservando recur-sos e diminuindo prejuízos ànatureza. E ganham todos:Walmart, parceiros, mercado esociedade.

Thatiana Bueno AssuntosCorporativos PR

Walmart Brasil desafiouarquiteto gaúcho aalterar produtos e

processos, sem existênciaprévia de referências no

mercado. Pesquisasiniciaram há pouco mais

de três anos e resultaramem soluções originais

que combinam materiaisalternativos na

confecção de peças decomunicação visual

Alteração na forma de produzir materiais

de comunicação visual para o Walmart

Brasil vira case de sustentabilidade

Page 20: jornal meio ambiente, agosto, 2011

AGOSTO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 20mobilidade >>>>>>>>>>>>>>>

Com o objetivo de estimular o usoda bicicleta como modal de transpor-te urbano na vida do carioca e prepa-rar a Cidade do Rio de Janeiro parareceber o evento internacional Velo-City , em 2014, a Secretaria Municipalde Meio Ambiente do Rio de Janeiro(SMAC) promove de 25 a 27 de se-tembro, no Centro Empresarial Rio, o1º Fórum Internacional da Mobilida-de por Bicicleta - biciRio. O evento éparte de um conjunto de ações queestão sendo organizadas pela Prefeitu-ra para a semana em que acontece emvárias cidades do mundo o "Dia Mun-dial Sem Carro", com o objetivo con-tribuir com a redução dos gases deefeito estufa, reforçando a cultura do usoda bicicleta como meio de transporte.

VELO-CITY GLOBAL 2014O biciRio é parte das iniciativas da

Secretaria Municipal de Meio Ambi-ente para trazer para a cidade do Rio

BiciRio discute uso da bicicleta como modal de transportes

de Janeiro, em 2014, a ConferênciaInternacional "Velo-City Global". Essaconferência se realiza desde 1980 econgrega mais de 1000 cidades. É umainiciativa da Federação Européia deCiclistas sendo o mais importante en-contro sobre planejamento cicloviáriodo mundo! Dentre os seus objetivosestá o de fomentar o uso da bicicleta

como modo de transporte não polu-ente, eficiente, saudável e ecológico,além de promover a sua maior utiliza-ção e integrar o planejamento ciclovi-ário ao planejamento de transportes.

Programa Rio, Capital da Bicicleta-Hoje, o Rio conta com 240 km demalha cicloviária em operação e mais100 km em construção. Até 2012, a

previsão é chegar a 300 km de ciclovi-as construídas, além do incentivo à ins-talação de bicicletários, pontos de alu-guel de bicicletas e equipamentos deapoio, e da conservação das vias jáexistentes. Segundo relatório publica-do pela Secretaria Municipal de MeioAmbiente (SMAC), os transportes ro-doviários são a principal fonte de emis-são de gases de efeito estufa e repre-sentavam, em 2010, 37% do total dasemissões. Para contribuir com a redu-ção desses gases, a SMAC quer difun-dir a cultura do uso da bicicleta comomodal de transportes.

BICIRIO - Fórum Internacio-nal da Mobilidade por Bicicleta, dias25, 26 e 27 de setembro, Rio deJaneiro.Inscrições e maisinformações:www.bicirio.com.br|e-mail: [email protected]|www.facebook.com/biciRio|www.twitter.com.br/biciRio].

Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro promove biciRioem setembro e prepara a Cidade para receber o Velo-City em 2014

Inspirado em modelos bem suce-didos na Europa e outras cidades bra-sileiras que utilizam bicicletas para otransporte de pequenas mercadorias,foi criada em Curitiba a EcoBike Cou-rier, uma empresa com uma propostasustentável na entrega de encomendas.

Segundo Cristian Trentin, a inten-ção da EcoBike não é concorrer comas empresas de motoboys e sim aten-der clientes que estejam preocupadoscom as questões ambientais. "Queriamontar uma empresa que não fossesó dar lucro, eu queria que ele tivessealgo mais. A gente começou a pesqui-sar sobre os couriers e acabou mon-tando aqui", releva Trentin.

VANTAGENSConsiderada solução para os pro-

blemas de trânsito, cada vez mais caó-tico, as bikes preservam espaços pú-

EcoBike Courier - Entregas sustentáveispessoas a pé e no transporte coletivoem Curitiba. Neste episódio, os ciclis-tas chegaram antes de todos os outroscompetidores. É claro que tambémexistem desvantagens nesse tipo deentrega como as grandes distâncias ecom relação ao peso. -"A moto con-segue transportar grandes volumes enós, transportamos até 5 kg", salientaTrentin. "No centro da cidade, a bici-cleta não perde para nenhum outromeio de transporte", complementa. Deacordo com os clientes que já se utili-zam da EcoBike Courier para entre-gar seus produtos em Curitiba, a es-colha deu-se em razão da sustentabili-dade, dos diferenciais de atendimentoe pelos valores praticados pela empre-sa.

SERVIÇO: EcoBike CourierFone: (41) 3244-4880www.ecobikecourier.com.br

blicos, não poluem e possuem a van-tagem da mobilidade pelo tempo quelevam para fazer um determinado tra-jeto. Essa vantagem foi comprovada

em 2010, na comparação intermodalrealizado pelo projeto Ciclovida daUniversidade Federal do Paraná(UFPR), entre bicicletas, motos, carros,

O Destilador Solar foi construídoobjetivando reduzir ao máximo o es-gotamento dos recursos naturais e aredução dos impactos ambientais, autilização da energia renovável favo-rece a aprendizagem e minimiza o con-sumo de recursos não renováveis, alémdo incentivar o uso das energias lim-pas.

O destilador construído utiliza ma-

teriais de baixo custo, fácil operação emanutenção. A construção do apare-lho foi executada dentro do espaço es-colar, e tem por objetivo trazer bene-fícios para os atuais e futuros alunosdo Colégio Estadual Professor ElysioVianna, tanto no uso do laboratóriocomo na aprendizagem ambiental.

Atualmente a produção do Desti-lador é 300 ml ao dia.

Projeto Destilador Solar

Page 21: jornal meio ambiente, agosto, 2011

AGOSTO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 21brasil >>>

A América Latina (AL) foi a se-gunda região do mundo que maisinvestiu no setor de energias reno-váveis em 2010. Ao todo, foramaplicados US$ 13,1 bilhões, o querepresentou um aumento de 39%em relação a 2009, segundo dadosde um relatório do Programa dasNações Unidas para o Meio Am-biente (Pnuma) divulgados naquinta-feira, 7 de julho.

O Brasil, o Chile e a Argentinaconquistaram a liderança dos in-vestimentos da AL, com destaquepara os brasileiros, que emprega-ram o valor de US$ 7 bilhões - 5%a menos em relação ao que o paísinvestiu em 2009, fato que nãoimpediu o primeiro lugar verde e

Brasil foi o país da América Latina que mais

investiu em energias renováveis em 2010amarelo entre os investidores daregião. O documento pontua quea queda de 2010, no Brasil, foiconsequência da "consolidação dosetor de biocombustíveis brasilei-ro que está em grande medida frag-mentado". O fato apontou umabaixa contínua em 2009, na quan-tidade de 44%. "Não foi por faltade interesse, [o segmento] simples-mente ficou concentrado em fu-sões e aquisições que não são con-tabilizadas como novos fundospara esse setor", adicionou o rela-tório. De acordo com o relatório,o país possui 220 empresas de eta-nol no mercado, embora apenasdez tenham capacidade para gerarmais de 10 milhões de toneladas

de combustível. O texto tambémdestaca que a consolidação do mer-cado brasileiro deve continuar nospróximos anos.

OUTROS LATINOS

Já em relação aos vizinhos lati-no-americanos, o relatório do Pnu-ma informa que o objetivo do Chi-le é alcançar 10% de energia reno-vável até 2025. Os investimentoschilenos totalizaram US$ 960 mi-lhões em 2010, o que representaum aumento de 21% comparado a2009. A meta da Argentina é que,até 2016, o setor energético resul-te de fontes renováveis, em até8%. O governo Mexicano visa au-mentar a capacidade das enérgicas

renováveis para 7,5% até o ano de2012. Em 2010 os investimentoscresceram 348%, até chegar a US$2,32 bilhões, com destaque para ageotérmica e energia eólica, quefaz parte dos principais planos dasautoridades, cujo 4,3% da energiatotal do país devem ser originadas emfazendas de vento. O peru fixou queas energias renováveis devem chegara 5% até 2013. O investimento de2010 dobrou, em relação a 2009, al-cançando o valor de US$ 480 mi-lhões. O setor das energias reno-váveis recebeu em 2010, em todoo mundo, investimentos no valorde US$ 211 bilhões (327 bilhões),32% a mais que em 2009 e 540 %acima do valor de 2004.

l a n ç a m e n t o

Page 22: jornal meio ambiente, agosto, 2011

AGOSTO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 22mundo >>>

Seu carro por um transporte vitalícioPara incentivar o uso do transporte

público, o governo de Murcia fez umaproposta interessante aos seus habitan-tes: trocar um automóvel por um passevitalício para transitar pela novíssima li-nha de trens elétricos da cidade. Basta-va aos interessados ter um veículo emboas condições, com todos os tributospagos, e fazer uma inscrição online nosite da Tranvía.

Essa iniciativa marcou a primeirafase de uma campanha com o objetivode diminuir a circulação de carros emsuas ruas. Passado o período de inscri-ções, os automóveis trocados pela po-pulação ficaram expostos em uma dasruas das cidades e foram gradualmentedesmontados por mecânicos convidadospela companhia de trens até desapare-cerem completamente daquele cenário.Para tornar esse processo mais "intera-tivo", uma peça dos carros era retiradaa cada comentário recebido no Face-book ou no Twitter da campanha. A

A nova linha de trens elétricos da Tranvía, em Murcia

companhia também tentou chamar aatenção para a dificuldade de se acharuma vaga para estacionar, instalando ve-ículos em locais inusitados do centro dacidade. Tinha até um automóvel empi-lhado em cima de outro.

Toda essa "promoção" parece ter

tido efeito. Durante seu primeiro mêsde funcionamento, os trens elétricos deMurcia, sétima maior cidade da Espa-nha, receberam em média 4,5 mil pes-soas por dia - resultado tido como posi-tivo pelo Conselho dos Transportes - epercorreram mais de 66 mil quilôme-

tros, de acordo com dados do Municí-pio. Outras duas linhas deverão ser lan-çadas entre 2014 e 2022, e o governopretende continuar o incentivo ao usodo transporte público, mas terá muitotrabalho pela frente. Estudos apontamque, hoje, 80% da população murcianase locomove por meio de veículos pri-vados.

Uma das estratégias para consolidara utilização dos trens elétricos tem sidoconquistar os cidadãos pelo bolso. Paratanto, são oferecidos descontos parausuários que privilegiem esse meio detransporte. Enquanto o bilhete normalcusta 1,35 euros, estudantes chegam apagar 20 euros por uma carteirinha quedá direito ao uso ilimitado dos trens peloperíodo de um mês, e quem tiver umafamília numerosa, por exemplo, pode secadastrar para comprar um pacote debilhetes pagando apenas 0,50 euros porviagem.

* Publicado do site Mercado Ético.

Um navio movido a energia solarchegou a Hong Kong, depois de seisdias de difícil navegação por causadas condições meteorológicas nasFilipinas, e se tornou a primeira em-barcação deste tipo a atravessar o marda China.

A superfície da embarcação servecomo "gerador solar" e ela pode nave-gar, inclusive, sem insolação direta, poisa energia produzida é armazenada emuma bateria.

No trajeto de mil quilômetros, queseparam as Filipinas de Hong Kong, onavio passou por condições delicadas,entre a monção e as tempestades tropi-cais, declarou a equipe suíça responsá-vel pela iniciativa.

Pela 1ª vez, navio a energia solar atravessa o mar da ChinaEm Hong Kong, o catamarã, cha-

mado PlanetSolar, participou de várioseventos.

A embarcação começou sua volta aomundo em setembro de 2010, em Mô-naco, e espera-se que termine em maiode 2012. O objetivo do projeto é que onavio passe oito meses no mar, movidounicamente pela energia solar para pro-var que o sol é uma fonte confiável parao transporte ecológico de pessoas e mer-cadorias pela via marítima.

Sua superfície serve como "geradorsolar" e a embarcação pode navegar,inclusive, sem insolação direta, pois aenergia produzida é armazenada emuma bateria.

* EFE

Ale

x H

offord

/Efe

O PlanetSolar começou a volta ao mundo em 2010,em Mônaco, e espera-se que termine em 2012

Os quatro países que participaramda Reunião Ministerial de Coordenaçãoentre Brasil, África do Sul, Índia e Chi-na (Basic) dividiram tarefas para atingirnúmeros desejados na redução de emis-sões de gases na atmosfera. A decisãofoi tomada no último dia 27, durante areunião, que foi realizada em Inhotim,em Brumadinho, na Região Metropoli-tana de Belo Horizonte.

O objetivo é chegar com resultadose propostas convincentes para a 17ª Con-ferência das Partes da UNFCCC (Cop-17), que acontece em Durban, na Áfri-ca do Sul, entre os dias 28 de novem-bro e 9 de dezembro. Na reunião, ficoudefinido que o Brasil vai cuidar do es-

Países dividem tarefas para reduzir emissão de gases na atmosferaforço internacional para a mudança doclima; a China vai desenvolver subsídi-os para a contabilização de esforçospara a redução dos gases; a Índia vaificar por conta das estratégias para au-mentar a redução dos gases; e a Áfricado Sul vai cuidar dos aportes financei-ros dos países desenvolvidos.

O ministro das Relações Exterioresdo Brasil, Antonio Patriota, disse que ogrupo de países do Basic adquiriu umavoz respeitosa frente às outras nações."É importante a confiança mútua, a afi-nidade e a amizade deste grupo paratomar as decisões", disse.

Durante o encontro, os ministrosressaltaram a importância do Protocolo

de Kyoto e defenderam a continuidadede seus objetivos. Eles afirmaram ain-da, que esperam que o Cop-17 possaatingir um resultado amplo, equilibradoe ambicioso em Durban.

A ministra do Meio Ambiente doBrasil, Izabella Teixeira, afirmou que areunião no ponto de vista político foibem sucedida. "Temos a construção deposições políticas em comum. Essespaíses vão ter grande responsabilidadenos próximos meses até Durban", afir-mou. O vice-presidente da ComissãoNacional de Desenvolvimento e Refor-ma da China, Xie Zhenhua, disse que acrise financeira em alguns países vai in-terferir na reunião em Durban, mas isso

não pode deixar de lado os objetivos daredução da emissão de gases. "Todos ospaíses têm problemas e sempre tiveram.Mas a emissão de gases é um problemado planeta", falou.

Na reunião também foi discutida aConferência das Nações Unidas sobreDesenvolvimento Sustentável, o Rio+20.Sobre o encontro, os ministros afirma-ram que os países do Basic vão ter umpapel importante na busca do compro-misso em avançar em soluções multila-terais para os problemas globais. ORio+20 será em maio e junho de 2012,e tem o objetivo de discutir a inclusãosocial, a preservação do meio ambientee o crescimento econômico. (Fonte: G1)

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Fórum Brasileiro e FeiraInternacional de Resíduos Sólidos

Data: 05 a 07 de outubro de 2011Evento organizado e promovido pelo InstitutoBrasileiro para o Desenvolvimento Brasileiro -IBDS, que busca apoiar e acompanhar os atores

sociais e os agentes da cadeia produtiva brasileira na busca pela excelência dagestão da sustentabilidade, incentivando nas organizações o fomento contínuoda responsabilidade socioambiental.

EXPOURBANO 2011Data: 22 a 24 de Novembro de 2011Local: Pavilhão Azul, Expo Center Norte - São PauloSite: http://www.expo-urbano.com.br/Mais informações sobre o evento: O Expo Ur-bano é uma feira e conferência para a melhoria dosespaços urbanos. Os principais temas do evento são

Estética, Conforto, Segurança e Recreação de lugares públicos como ruas,praças, parques, jardins, parques infantis, instalações esportivas, praias, áreasde lazer e estacionamentos.

AGOSTO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 23conhecimento >>>

d i c a s l i t e r á r i a s

"Livros não mudam o mundo, pessoas

mudam o mundo, livros mudam pessoas"Mário Quintana

AGRO DISTRIBUIDOR - O FUTURO DA DISTRIBUIÇÃO DE INSUMOS NO BRASILLUCAS SCIENCIA DO PRADO, MATHEUS A. CONSOLI, MATHEUS KFOURI MARINO

Este livro aborda diversas temáticas referentes ao setor, desafi-

os e aspectos de gestão nas empresas de distribuição de insumos

(revendas). Os assuntos apresentados nos capítulos que com-

põem a obra estão divididos em seis temas principais: am-

biente de negócios e perspectivas para o setor de distribui-

ção de insumos; planejamento e estratégia na distribuição de

insumos; gestão de vendas e relacionamento com clientes; ges-

tão de pessoas e TI; gestão financeira e risco; o futuro da distri-

buição de insumos.

GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA AMERICA LATINA - LEYADUDA TEIXEIRA, LEANDRO NARLOCH

Che Guevara, Fidel Castro e Salvador Allende são os alvos des-

ta vez. Utilizando a mesma fórmula que consagrou o Guia poli-

ticamente incorreto da história do Brasil com mais de 200 mil

exemplares vendidos, Leandro Narloch e Duda Teixeira reto-

mam alguns dos personagens e fatos marcantes da história da

América Latina para mostrar que a história não aconteceu exa-

tamente como aprendemos na escola. Fidel Castro foi capitalis-

ta, Che Guevara ordenava torturas ou Os Incas aprovaram a dominação espanho-

la são algumas das afirmações polêmicas que os autores defendem e explicam por

meio de outras correntes de pesquisa histórica rejeitadas como oficiais.

JN NO AR - GLOBOCRUZANDO O PAIS NUMA COBERTURA HISTORICAERNESTO PAGLIA

Foram anos de planejamento cerrado e vontade obstinada para

que a equipe de jornalismo da TV Globo ousasse executar um

dos mais complexos projetos de cobertura das eleições no Bra-

sil: o JN no Ar. A bordo de um avião, e sob a liderança de

Ernesto Paglia, um grupo de oito profissionais percorreu, em

quarenta dias, o país do Oiapoque ao Chuí mapeando os dese-

jos, as queixas e os projetos dos brasileiros. Este diário de bordo

de Paglia, pura adrenalina, com imagens por vezes perturbado-

ras, é uma aula de jornalismo límpido e comprometido, uma

radiografia e um alerta. Acima de tudo, nos faz pensar com urgência sobre nosso

destino comum.

TURMA DO INFINITO - COSACRAIRaí estreia como autor de literatura infantojuvenil; livro conta

a história de quatro crianças que se conhecem na escola e per-

cebem que juntas podem fazer a diferença no mundo ao seu

redor

e x p o s i ç õ e s | e v e n t o s | f e i r a s

26º Congresso Brasileiro deEngenharia Sanitária e Ambiental

O mais representativo marco nacional do setor que

espera contar com a participação de profissionais das

áreas pública e privada atuantes no setor de saneamento

ambiental em nível nacional e internacional.

Instituição: ABES - Local: Porto Alegre - RS

Período: 25 a 28 de setembro de 2011

A FIMAI - Feira Internacional de MeioAmbiente Industrial e Sustentabilidade

Acontecerá nos dias 8, 09 e 10 de novembro de 2011, no Pavilhão Azul,

do Expo Center Norte, em São Paulo, SP, representa uma mostra

atualizada de opções na área ambiental e possibilita o contato com

os mais importantes especialistas e empresários atuantes no Brasil.

www.fimai.com.br

IX Congresso Nacional de Meio Ambientede Poços de Caldas - 24 a 26 de maio de 2012

Informações: GSC Eventos Especiais - (35) 3697-1551

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