jornal litoral alentejano

20
Directora n Aliette Martins m Director-adjunto n Marcos Leonardo 1 de Março 2012 Ano XI n.º 253 Quinzenal Preço 0.70 € Desde €300 / 15 dias TUDO INCLUÍDO CASTELO DE VIDE FÉRIAS INESQUECÍVEIS www.inatel.pt MARÇO DE 2012 Programa destinado a cidadãos autónomos com mais de 55 anos. Preço variável de acordo com o rendimento mensal. Locais de venda: agências de viagens aderentes e agências INATEL | Mais informações e regulamento: t. 210 027 142 | [email protected] | www.inatel.pt PROGRAMA COMPARTICIPADO POR: INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P. ORGANIZADO E GERIDO POR: FUNDAÇÃO INATEL Andreia Salvado está empenhada na criação da Associação Portuguesa de Síndrome de Tourette A Associação terá como objectivo ser uma organização de referência nacional nas respostas adequadas às necessidades e expectativas das crianças e jovens com Síndrome de Tourette e suas famílias. este “tempo lindo” que nos seca Seca Severa afecta 70% do território nacional

Upload: marcos-leonardo

Post on 25-Mar-2016

227 views

Category:

Documents


5 download

DESCRIPTION

Jornal Litoral Alentejano - Edicao 253

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal Litoral Alentejano

Directora n Aliette Martins m Director-adjunto n Marcos Leonardo

1 de Março2012

Ano XI n.º 253

Quinzenal Preço 0.70 €

Desde €300 / 15 dias TUDO INCLUÍDO CASTELO

DE VIDEFÉRIAS INESQUECÍVEIS

www.inatel.ptMARÇO DE 2012 Programa destinado a cidadãosautónomos com mais de 55 anos. Preço variávelde acordo com o rendimento mensal.

Locais de venda: agências de viagens aderentes eagências INATEL | Mais informações e regulamento:t. 210 027 142 | [email protected] | www.inatel.pt

PROGRAMA COMPARTICIPADO POR:INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P.

ORGANIZADO E GERIDO POR:FUNDAÇÃO INATEL

LITORAL ALENTEJANO rodape_Layout 1 14-02-2012 11:12 Page 1

Andreia Salvadoestá empenhada na criação da Associação Portuguesa de Síndrome de TouretteA Associação terá como objectivo ser uma organização de referência nacional nas respostas adequadas às necessidades e expectativas das crianças e jovens com Síndrome de Tourette e suas famílias.

este“tempo lindo”

que nossecaSeca Severa afecta 70% do território nacional

Page 2: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Março de 2012 www.jornallitoralalentejano.com02

PropriedadeLitoralPress, Lda

DirectoraAliette Martins

Director AdjuntoMarcos Leonardo

RedacçãoAliette Martins

([email protected])

Raul OliveiraClaúdio Catarino

Angela Nobre([email protected])

Rute Canhoto([email protected])

Joaquim Bernardo([email protected])

Helga Nobre([email protected])

Bruno Cardoso([email protected])

CronistasFrancisco do Ó

Custódio RodriguesSerafim MarquesVeríssimo Dias

SecretariaAna Cristina

FotografiaAna Correia

Luís GuerreiroJosé Miguel

Duarte Gonçalves

PublicidadeMarcos Leonardo

Telem. 919 877 399

PaginaçãoBRAIN DAMAGE, LDA

[email protected]. 265 533 129

DistribuiçãoVelozEficácia269 862 292

SedeColégio de S. JoséRua do Parque, 10

7540-172 Santiago do Cacém

Tel./Fax: 269 822 570Telem. 919 877 [email protected]

DelegaçãoRua do Romeu, 19-2.º

2900-595 SetúbalTelf./Fax: 265 235 234

Telem. 919 931 [email protected]

Membro :

“O meu filho é portador de Síndrome de Tourette”

Onde a diferença dói mais Dando o testemunho da doença de que o seu filho é portador, “Síndrome de Tourette”, Andreia Salvado está empenhada na organização que a levará a constituir uma associação, vocacionada – sobretudo - para trabalhar com as Escolas, minimizando a falta de informação existente. A segunda reunião para o efeito é já no dia 3 de Março.

Conheci Andreia Salvado, quando ela se apresentou e me disse: “Sou mãe do Fábio Alexandre. O meu filho é portador de Sín-drome de Tourette”. Confesso que, se não tivesse sido alertada para o facto, teria ficado surpreendida, uma vez que nunca ouvira falar dessa doença. Aliás, não será por acaso que, outros, no nosso País, não saberão que doença é, e como se manifesta a sua patologia.Na entrevista que abaixo se poderá ler, o alerta ganha uma maior importância pela ajuda que poderá vir a dar a pais e educadores, no sentido de os informar que, nem sempre uma criança poderá a estar a ser avaliada correctamente. A ignorância do que poderá desencadear um comportamento aparen-temente irrequieto, poderá ser o autor de atitudes pro-blemáticas por parte de pes-soas consideradas normais e com as melhores das aten-ções. A par disso, aqueles que padecem do Síndrome de Tourette poderão ser vítima de um sistema social que convive mal com a dife-rença, não criando alterna-tivas para que as crianças se possam desenvolver em harmonia com alguma qua-lidade de vida.Andreia Salvado, mãe, mas também a cidadã, está empe-nhada em criar uma associa-ção vocacionada - sobre-tudo - para trabalhar com as escolas, uma vez que pais e professores, perante a par-ticularidade de uma criança com Síndrome de Tourette, poderão enfrentar grandes dificuldades, pelo desconhe-cimento da doença. Nesse sentido, Andreia Salvado conta-nos, em traços largos, a luta que tem tido e que poderá ser entendida como ajuda, pelo exemplo que manifesta, não só de com-preensão, testemunhando o

caso do seu filho, mas não se fica por aí, procurar moti-var outros pais para que uma futura associação possa ser criada, no sentido de que venha a ter mecanismos - designadamente informati-vos - de que tanto, ela pró-pria, necessitou. -Hiper-actividade e deficit de atenção? Vejamos, o que poderá ser ou confun-dir pais e professores de algumas crianças:

Litoral Alentejano – Diz que o seu filho é portador

de Síndrome de Tourette. Como se caracteriza essa doença?Andreia Salvado - O meu filho sofre de hiper-activi-dade, deficit de atenção e de tremor essencial.

Litoral Alentejano – Quando refere “tremor essencial”, de que modo se torna visível essa particu-laridade da doença?- “Tremor essencial” faz com que o meu filho não consiga, por exemplo, abotoar os sapatos. Para levar um copo à boca não o faz com uma só mão. É necessário fazê-lo

com as duas mãos. O meu filho não pode escrever.

Litoral Alentejano – Que idade tinha o Fábio, quando se apercebeu que o seu filho tinha um pro-blema de saúde? Como se manifestou a doença? Aliás, pelo que tomei conhecimento, por vezes a doença existe mas… mas-carada. Poderá ser confun-dida com a educação que a criança recebe. O Fábio, parece uma criança sem problemas de saúde.- O que nos levou a ver que o Fábio tinha um problema foi quando ele estava no infantário. O sintoma que apresentava manifestava-se apenas nas mãos. Ou seja, enquanto os outros meni-nos conseguiam escrever e recortar desenhos de papel, o Fábio não conseguia, por exemplo, fazer um traço a direito.

Litoral Alentejano – O problema que o Fábio apresentava não teria já a ver com o Síndrome de Tourette?

- O Fábio tinha o chamado “Tremor Essencial”, doença que nada tem a ver com o Síndrome de Tourette. São duas doenças distintas. Nessa altura, quando come-cei a observar que algo não estaria bem, sem saber o que seria, foi visto pelo seu pediatra que mandou-me ir ao Dr. Nuno Lobo Antu-nes. Fomos ao Dr. Lobo Antunes pela primeira vez, em Janeiro de 2008. Nessa altura, o Fábio pestanejava muito e abanava muito a cabeça.

Litoral Alentejano – A

doença do seu filho era perceptível para qualquer pessoa que não estivesse em contacto permanente com ele? Por exemplo se viesse a estar com uma professora que acabasse

de conhecer, a doença era visível?- Não. Nessa altura não. Nessa altura, a doença ainda passava - disfarçada - muito bem.

Litoral Alentejano – Ou seja, o menino não mos-trava sinais da doença de que é portador?- Não, mas em Janeiro de 2008, o Dr. Lobo Antunes disse-me que o Fábio tinha Síndrome de Tourette.

Litoral Alentejano – Que idade tinha o seu filho quando lhe diagnostica-ram que tinha Síndrome de Tourette?- O Fábio tinha 5 anos de idade, como referi, em Janeiro de 2008. Em Setem-bro desse mesmo ano o meu filho entrou para a escola do primeiro ciclo e, foi nessa altura que os problemas começaram a surgir. Como ele também é hiper-activo e não conseguia ficar fechado cinco horas dentro da sala de aulas, o médico deu início a uma experiência de medica-mentos.

Litoral Alentejano – Quando diz “nessa altura começaram a surgir os problemas”, a que tipo-logia de problemas está a referir-se? - Nessa altura eu trabalhava em Lisboa. A professora che-gava a telefonar-me, mais do que uma vez, dizendo que não conseguia aturar o meu filho dentro da sala de aulas.

Litoral Alentejano – Des-culpe interrompê-la. A professora tinha informa-ção sobre a doença que o seu filho tinha?- A professora já tinha infor-

mação. Eu tinha pedido uma reunião na escola com a pre-sença da psicóloga do meu filho, só que, é tudo muito difícil. Entretanto temos que compreender e saber lidar com a diferença.

Tudo isto é muito compli-cado porque nós temos que ver sempre o nosso lado, mas também o outro lado, o da escola e, o das outras mães de alunos. Houve quem dissesse aos seus filhos para que não brincassem com o Fábio porque “ele não era bom da cabeça”. O meu filho, na altura tinha ataques de fúria. Tudo isto é muito compli-cado, como afirmei.

“…ah! Isso passa.Isso não é nada…

é mimo demais

Litoral Alentejano – Deixe que lhe coloque a seguinte questão: Os familiares do Fábio, pelo óbvio, sabiam que o seu menino tinha o Síndrome de Tourette, mas, a escola, os profes-sores, de um modo geral estarão acessíveis à infor-mação que – neste caso – os pais lhe transmitem? Fale-me do seu exemplo.- Eu fiz com que pelo menos os professores tives-sem ficado acessíveis a me ouvir, mas o que acontece é que nem todos conseguem sequer ter a ideia de que a doença existe. Aliás, quando expomos o que sabemos é frequente dizerem-nos “ah! Isso passa. Isso não é nada… é mimo demais. Isso é da mãe ser galinha”, como um dia já me disseram. Não conseguem perceber de ime-diato, a gravidade da doença. Perante isto o que é necessá-rio fazer? Pergunto eu. No meu caso, foi pagar à psicóloga do meu filho para se deslocar à escola, para reunirmos – pais, escola e psicóloga – com a finalidade de batalharmos em con-junto. De seguida, enviando imensos relatórios médicos,

Aliette [email protected]

Sobre o Síndrome Tourette…

O Síndrome de Tourette foi descrito pela primeira vez em 1825, pelo Dr. Gilles de La

Tourette e nomeada por esse médico com o seu nome.

Diagnósticos precoces e efectivos, bem como tratamentos adequados, são a chave para

lidar com o ST. Informações de apoio para o paciente e sua família, são necessárias para

que todos possam optimizar a qualidade de vida a que têm direito.

Page 3: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Março de 2012www.jornallitoralalentejano.com 03

até ser reconhecido, pela escola, que a criança tinha um problema de saúde.

Litoral Alentejano – Perante a situação real existente, qual o compor-tamento do Ministério da Educação? Os pais terão que teimar – através de documentação – para con-seguir informar, gastando por vezes dinheiro que não têm, ou há já alguma aber-tura que permita aliviar esse problema? - No primeiro ciclo, por norma, os pais contactam com o professor mas, a partir do segundo ciclo, acredito, que vai tornar-se tudo mais difícil. Serão muitos os pro-fessores que terão que ser sensibilizados para o efeito. Não sabemos aqui qual será o papel da própria escola. Aliás, neste momento não sei o que irá acontecer ao Fábio em termos de evolu-ção ou não da doença. Como lhe disse o meu filho tem o problema de não conseguir escrever. Resolveu-se esse problema com um compu-tador que ele leva para a escola, entretanto, a escola já nos fez várias propostas, uma delas foi a do Fábio ficar em casa, por exemplo. É como lhe digo, a escola custa-lhe aceitar a criança que o Fábio é, com as limi-tações que tem e, eu com-preendo.

Litoral Alentejano – O que quer dizer com “eu com-preendo”?- Compreendo o compor-tamento das pessoas. Ima-gine o que é uma professora com vinte e cinco crianças dentro de uma sala de aulas e só uma das crianças ter um computador, ter ataques de fúria ou dizer simples-mente: “não me apetece tra-balhar”, fecha a tampa do computador e vai o trabalho ao ar…? É complicado para a professora.

Litoral Alentejano – Num futuro próximo acredita que possa haver um espaço próprio, até mesmo dentro da escola, que se ocupe também com crianças que tenham problemas como aqueles que o seu filho apresenta?- Hoje em dia não é possível, uma vez que o Ministério definiu que essas crianças estarão em regime de inclu-são escolar.

Litoral Alentejano – Está a falar-me da falta de pro-fessores especializados?

- Exactamente, talvez por falta de verbas por parte do Ministério, o que faz com que crianças com o Sín-droma de Tourette ou crian-ças autistas frequentem esco-las em regime de inclusão. Ou seja, frequentam escolas ditas normais. Por exemplo, na Escola Lima de Freitas existe uma turma de crianças multi-deficientes (crianças em cadeiras de rodas, que usam fraldas, babetes), essas crianças estão em regime de inclusão. Crianças como o Fábio, uma criança que tem deficit de atenção como lhe disse, e que não deveria ter um método de ensino como o das outras crianças, terá que estar numa sala de aulas normal. Acresce a isso, ainda outra situação. Segundo per-cebo, em regime de inclusão social, no máximo, deveriam estar numa sala de aulas 18 crianças e não com 25, como é número de alunos existente na sala em que o meu filho está. Nas salas de aula há quase sempre mais crianças do que deveria haver.

Que apoios são facultadosaos doentes

com o Síndrome de Tourette?

Litoral Alentejano – Que apoios tem para o trata-mento da problemática do Fábio? Ou seja, depois de ter tomado contacto com

uma realidade que des-conhecia, além do auxílio médico, recorreu a algum organismo que lhe fun-damentasse, sobretudo, como deveria agir com o seu filho, até mesmo no que diz respeito ao com-portamento afectivo a ter com ele?- Nós, pais de doentes com Síndrome de Tourette, só conseguimos ajuda dos nossos familiares. Essa é uma das razões para que eu esteja empenhada em fazer uma associação.

Litoral Alentejano - Quer criar a primeira associa-ção de apoio a doentes com

Síndrome de Tourette?- Exactamente. O seu nome será: “Associação Por-tuguesa de Síndrome de Tourette”, que terá como objectivo, o de clarificar a sociedade em geral, sobre a doença em si, mas funda-mentalmente terá que ser importante não só para as crianças, mas – principal-mente - para os pais no sen-tido de que possam vir a ter ajuda, sobretudo, psicoló-gica e informativa.Deixe que lhe diga o seguinte: Conheço casos de pessoas que tendo esta doença e que, por desconhe-cimento, correram graves riscos. Um dos exemplos foi o de uma rapariga, com 32 anos, que acabou por ser internada no Hospital Júlio de Matos. Isso aconteceu há uns anos atrás devido ao facto da doença ainda não ser conhecida talvez entre nós. Estou a falar de uma pessoa que imitava animais. É preciso ver que há várias fases da doença e, cada pessoa, poderá ter uma problemática própria, com a consequência de poder mudar de semana para semana. O meu filho muda de tiques de dia para dia.

Litoral Alentejano – Quando fala em tiques, como é que em geral se podem caracterizar? É fazer um determinado gesto ou ter uma atitude?- Não, não é. Os tiques são

movimentos abruptos, de que é exemplo o piscar dos olhos; roçar a orelha pelo ombro; levantar uma das pernas quando a pessoa está a andar; dizer palavrões ou imitar - repetidamente - aquilo que escutam outras pessoas dizerem.

Litoral Alentejano – Um pessoa dita normal perante uma outra que tenha a doença e que, repentinamente venha a ter um tique e dizer pala-vrões, terá a percepção de que estará perante uma criança doente ou, sim-plesmente, poderá pensar que é uma mal-educada?

Repito, a doença poderá apresentar-se mascarada?- Quem não conhece a doença, numa situação dessas, não tem noção de que aquela pessoa tem um deter-minado tique e é doente.

A doença poderá apresentar-semascarada.

A maioria das pessoasé que não tem conhecimento

da sua existência

Litoral Alentejano – Então isso é gravíssimo porque poderá desencadear uma reacção violenta.- Sim, mas a doença poderá não ser mascarada. Nós – a maioria das pessoas – é que não temos conhecimento de que ela existe. O conflito por vezes não se dá porque, a pessoa doente não dirige o palavrão a alguém. Diz é o mesmo palavrão repetidamente. Não o faz em relação às pes-soas. Diz apenas o palavrão. Entretanto, se não estiver perante uma pessoa atenta, poderá fazer com que pense que aquela é uma criança muito mal-educada.

Litoral Alentejano –É estranho e, segundo a percebi, em qualquer momento, os tiques de que fala, poderão criar uma situação que concorrerá para surgir um problema adicional.- É verdade. Normalmente, quando não se entende o porquê desse tique, cul-pa-se os pais de não sabe-rem educar os seus filhos. Aliás, aquilo que muitos pais fazem - ou por desco-nhecimento ou pretendendo esconder a doença - é afir-mar que os seus filhos são super-activos, isso até ao dia em que não seja mais possí-vel esconder a existência da doença.

Litoral Alentejano – Volte-mos à questão da criação da associação. O processo já está em andamento? - Fiz a primeira reunião no dia 28 de Janeiro, nas insta-lações do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infan-til – CADIn, em Cascais, onde trabalham inúmeros psicólogos e o Dr. Lobo Antunes, que é uma referên-cia do Centro. O meu filho andou neste Centro desde 2008 até o ano passado, mas - no momento - está a ser seguido por um médico, na cidade do Porto e, como

fiquei com grandes ligações ao Centro - como o Centro tem um auditório - os seus responsáveis facultam-me as suas instalações, uma vez que eles próprios também estão interessados em que se crie a Associação.

Litoral Alentejano – Quando estará em activi-dade a associação?

- Neste momento ainda não sei, uma vez que na primeira reunião poucos pais parti-ciparam. De cerca de qua-renta pais só foram à reu-nião cinco. Porquê? Porque muitos deles têm problemas financeiros, também deri-vado ao desemprego, e o Síndroma de Tourette é um doença muito dispendiosa, porque as crianças precisam de ser acompanhadas por psicólogos, neurologistas e, tomam muita medicação ao longo do dia.

Litoral Alentejano – A associação, depois de lega-lizada e em actividade, poderá fazer chegar docu-mentação e informação aos pais que desse apoio possam necessitar?- Exactamente. A minha ideia é também, enquanto associação, podermos traba-lhar junto das escolas.

Litoral Alentejano – Que entidades poderão vir a contribuir para a manu-tenção da associação?- Por enquanto ainda não sei, mas desde já contará com a colaboração dos médios e, acredito, que atra-vés da associação, possamos vir a sensibilizar, nome-adamente os laboratórios

farmacêuticos. Para além disso, a associação terá uma quota anual.

Litoral Alentejano – Para terminar diga-me qual será o nome da associação.- O nome será: “Associação Portuguesa de Síndrome de Tourette”.Se me permite gostaria de deixar – com o meu apelo à participação dos pais com crianças portadoras da doença - a informação da realização do “2.º Encon-tro de Pais de Crianças e Jovens com Síndrome de Tourette”, que terá lugar no próximo dia 3 de Março, a partir das 14h30, nas instala-ções do Centro de Apoio ao desenvolvimento Infantil, situado na Estrada da Mal-veira – 2750-782, Cascais.Contacto de e-mail:[email protected]

Quais os sinais precoces do Síndrome de Tourette?

Na maioria das vezes, os sinais de ST são tiques que envolvem a cabeça e a cara, sendo o

mais comum o piscar contínuo dos olhos. Outro sintoma precoce é, o contínuo aclarar da garganta e movimentos mais complexos

como tocar, bater e saltar.

Objectivos da “Associação Portuguesa

de Síndrome de Tourette”A Associação terá como objectivo ser uma organização de referência nacional nas res-postas adequadas às necessidades e expecta-tivas das crianças e jovens com Síndrome de Tourette e suas famílias. Irá também contri-buir para a construção e clarificação de uma sociedade integrante da diferença e em que os portadores desta Síndrome tenham igual-dade de oportunidades e se sintam aceites, respeitadas e realizadas.

Page 4: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Março de 2012 www.jornallitoralalentejano.com04

CÂMARA MUNICIPAL DE GRÂNDOLA EDITAL 31

PUBLICIDADE DAS DELIBERAÇÕES

Aníbal Manuel Guerreiro Cordeiro, Vereador da Câmara Municipal de Grândola, no uso da competência que lhe foi conferida pelo despacho nº 4/2011, de 10 de Janeiro, no âmbito das competências respeitantes ao art.º 91º - alínea v) do nº 1 do artº 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro na redacção que lhe foi dada pela Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro, torna público que em reunião ordinária, pública, de 09 de Fevereiro de 2012 foram tomadas as seguintes deliberações com eficácia externa:

Apreciação e eventual aprovação da Proposta de Adesão à rede Alentejo Empreende: Deli-berado, por unanimidade, aprovar a Adesão à Rede Alentejo Empreende, de acordo com a Pro-posta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da Proposta referente à alienação de 6 lotes, sitos em Car-valhal, Lagoa Formosa e Lagoa Travessa, freguesia do Carvalhal, Concelho de Grândola: Deliberado, por unanimidade, aprovar a alienação de 6 Lotes, sitos no Carvalhal, Lagoa Formosa e Lagoa Travessa, Freguesia do Carvalhal, concelho de Grândola e remeter a mesma a apreciação e eventual aprovação da Assembleia Municipal, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação do 2º Adicional da Empreitada – Entrada Noroeste IC 1 de Grândola – Arquitetura, Rede Viária, Paisagismo, Abastecimento de Água, Esgotos e Iluminação Pública - 2ª Fase: Deliberado, por maioria, com dois votos contra por parte dos Vereadores da CDU, aprovar o 2º Adicional da Empreitada – Entrada Noroeste IC 1 de Grândola – Arquitetura, Rede Viária, Paisagismo, Abastecimento de Água, Esgotos e Iluminação Pública - 2ª Fase, bem como a prorrogação do prazo da Empreitada por mais 60 dias, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação do parecer nos termos do nº 1 do artigo 54º da Lei nº 91/95, com a redação da Lei nº 64/2003 de 23 de Agosto, requerido por Herdeiros de Custó-dia Maria: Deliberado, por unanimidade, emitir Parecer Favorável, nos termos do nº 1 do artigo 54º da Lei nº 91/95, com a redação da Lei nº 64/2003 de 23 de Agosto, requerido por Herdeiros de Custódia Maria, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da Proposta de Operação de Loteamento – Lousal Novo e isenção do pagamento das taxas de licenciamento: Deliberado, por unanimidade, aprovar a Operação de Loteamento – Lousal Novo e isenção do pagamento das taxas de licenciamento e remeter o processo a apreciação e eventual aprovação da Assembleia Municipal, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da ponderação da Discussão Pública do PU de Melides e remissão à Assembleia Municipal para apreciação e eventual aprovação: Deliberado, por unanimidade, aprovar o Relatório de Ponderação da Discussão Pública do PU de Melides e res-petiva remissão à Assembleia Municipal para apreciação e eventual aprovação, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da Proposta de Projeto de Regulamento dos Auditórios Municipais – Cine-Granadeiro e Cineteatro Grandolense: Deliberado, por unanimidade, aprovar o Projeto de Regulamento dos Auditórios Municipais – Cine-Granadeiro e Cineteatro Grandolense, e submeter o mesmo a Consulta Pública, de acordo com a Proposta dos Serviços;Apreciação e eventual aprovação da Proposta de Tabela de Preços de Utilização dos Audi-tórios Municipais Cine-Granadeiro e Cineteatro Grandolense: Deliberado, por unanimidade, aprovar a Tabela de Preços de cedência/utilização dos Auditórios Municipais – Cine Granadeiro e Cineteatro Grandolense, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da Proposta de alteração/retificação ao Regulamento Municipal das Zonas de Estacionamento de duração limitada para a Vila de Grândola, aprovado por deliberação da Assembleia Municipal na sua Sessão de 23 de Setembro de 2011: Deliberado, por maioria, com dois votos contra por parte dos Vereadores da CDU, aprovar a alteração/retificação ao Regulamento Municipal das Zonas de Estacionamento de duração limi-tada para a Vila de Grândola, aprovado por deliberação da Assembleia Municipal na sua sessão de 23 de setembro de 2011, e remeter a mesma a apreciação e eventual aprovação da Assembleia Municipal, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da Proposta de Regulamento dos Parques de Estacio-namento das Praias da Comporta, Carvalhal e Pego e envio para submissão a consulta pública para posteriormente ser submetido à aprovação da Assembleia Municipal: Delibe-rado, por maioria, com duas abstenções por parte dos Vereadores da CDU, aprovar o Projeto de Regulamento dos Parques de Estacionamento das Praias da Comporta, Carvalhal e Pego e envio para submissão a Consulta Pública para posteriormente ser submetido à aprovação da Assem-bleia Municipal, de acordo com a Proposta dos Serviços.

Para constar se lavrou este e outros de igual teor os quais vão ser afixados nos locais públicos do costume.

Paços do Concelho de Grândola, 14 de fevereiro de 2012.

O Vereador do Pelouro da Administração,

Aníbal Cordeiro

Custódio Rodrigues

Ciência e ReligiãoO perigo de consultar “videntes”Consultar videntes como os tarólogos, quiromantes, cartomantes, astrólogos, médiuns espíritas, etc., etc., é algo que nunca se deve fazer e é bastante perigoso. Porquê? Suponhamos que «alguém vai consultar por exemplo uma taróloga. Suponhamos ainda que essa taróloga (isto aplica-se a qualquer outro vidente ou esotérico) prediga uma doença grave para alguém, que actualmente se encontra com saúde. O consulente deixa-se impressionar: o temor e a preocupação tomam conta dele, diaria-mente ele condiciona-se para tal enfermidade, a forte sugestão causada na oca-sião, enfraquece cada vez mais o seu sistema nervoso, diminui a resistência física, e a doença, que antes não existia, praticamente, agora reina soberana… Nesta triste conjuntura, a pessoa gasta o seu dinheiro em remédios, hospital, consultas a médicos, acha-se agora incapacitada de trabalhar e assim, esgota em pouco tempo toda a economia junta até então. Devido, portanto, aos viden-tes, acha-se agora na miséria. Atenção pois, toda a cautela é pouca! (Nada disto acontece-ria se não se tivesse consul-tado o charlatão). Vejamos um caso ainda mais grave. Um homem de meia-idade vai consul-tar um bruxo. Este, após rápida conversa, afiança-lhe que ele, o consulente, vai morrer ao fim de 5 anos. Mais criminoso ainda seria determinar tudo exactamente: o senhor morrerá daqui a 5 anos, no mês de Março, dia 24, numa sexta-feira, às 23 horas e quinze minutos. Uma predição destas para uma pessoa impressionável, nervosa e sugestionável, seria impressionante. Seria fatal. À medida que se aproximassem os fatídicos dia e hora, mais descontrolado se tornaria, até perder totalmente o equi-líbrio emocional e psíquico e sucumbir de facto. Muitos já morreram deste trágico desenlace. (E mais uma vez: se não se tivesse ido ao vidente, ao bruxo… nada iria acontecer). Do mesmo modo, pode qualquer sugestão relacionada com a saúde e o futuro duma pessoa causar forte impacto psíquico, com reflexos traumatizan-tes sobre o físico, deixando uma pessoa doente, quando anteriormente gozara de boa saúde. Portanto, ninguém deve consultar, sob pretexto algum, sortistas, cartomantes, médiuns, bruxos, magos e companhia limitada. É muito perigoso tanto para a saúde

do corpo, como a do espírito. Se alguma vez por acaso acertam, muitas mais são as vezes em que não acertam» (1). Pois eles não adivinham (porque ninguém domina as faculdades parapsicológi-cas de conhecimento) nem têm poder absolutamente nenhum. E não é possível saber o que nos vai acontecer através do Tarot ou qualquer outro método. Desafio todos esses esotéricos e videntes a que adivinhem 3 cartas de 5 que saírem ao acaso de um baralho misturado por mim. Algum quer aceitar o desafio?Agora está dando que falar o programa Depois da vida. Na verdade um programa desses só pode ser candidato a Prémio Nobel da incultura. E mais uma vez: desafio todos esses espíritos (podem ser todos juntos) a virem dizer quais as três cartas que saírem. A TVI aceita o desafio? E a Sra. médium? Se a Sra. médium acertasse, dar-lhe-ia 20.000 euros! Se não acertasse, só precisavam de me pagar a deslocação. É claro que não tenho esse dinheiro. Nem pouco mais ou menos. Mas sei o que estou apostando. Segundo as infor-mações espíritas, os espíritos até já realizaram congressos no além, para descobrir a melhor maneira de con-vencer os pobres cépticos deste mundo. Aqui está uma oportunidade. Ou será que temporariamente os espíritos tiraram férias? A verdade é que os adivi-nhos, médiuns espíritas, etc., «só “adivinham” quando já sabem, ou porque lhes vão dizer antes (espias ou mesmo taxistas…) ou porque estão escondidos a ouvir enquanto a cliente fala com o marido ou com outra pessoa, em serviço combinado, ou atra-vés de outros truques» (2). Outro aspecto: o mal de inveja que as pessoas tanto falam também não existe. Só os supersticiosos é que não se dão conta do disparate que é essa absurda crendice. Reparem no seguinte: «Se o mal que eu quero ao outro ou

ele a mim me fizesse automa-ticamente adoecer ou morrer, todos andávamos doentes ou já tínhamos morrido» (2). Tantas pessoas e crianças passam fome e morrem por falta de alimentos. Quem tem inveja da sua situação? A inveja é um sentimento muito feio mas em si mesmo não pode fazer mal a ninguém. E se alguém “atrai” a inveja que por aí anda, é porque está bem na vida. Neste sentido

aqui, quanto mais inveja nos “lançarem”, melhor.Conclusão: todas estas cren-dices, todas essas consultas aos videntes, bruxos, etc., «religiosamente falando, trata-se em geral de supers-tição, portanto de pecado contra a fé e a confiança em Deus. Com verdades de fé não se deve facilitar. Estão aí em jogo os maiores valo-res da nossa vida… Mais fé em Deus! O destino somos nós que fazemos, não está “escrito”, pois senão não valeria a pena lutar pela vida, o que tivesse que acontecer aconteceria de qualquer modo. Acreditar que o des-tino está “escrito” é uma disparatada superstição que vem já dos antigos gregos» (1). Superstição vem duma palavra latina que tem a ver com a ideia de sobra, estar a mais. Superstição é tudo aquilo que sobra, que está a mais na nossa vida, por isso é lixo e deve ser deitado fora, deixado de lado. E a vida ganhará outro sentido. (1) E. Friderichs. (2) Barros de Oliveira.

São tantos os charlatães e tão poucos a denunciá-los… Adivinhos, astrólogos, numerólogos, cartomantes,

quiromantes…, mesmo sob a aparência de “respeitáveis professores”, enganam o povo e abusam da

sua ingenuidade.

Page 5: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Março de 2012www.jornallitoralalentejano.com 05

Bruno [email protected]

Bombeiros voluntários estão em sufoco e exigem meio milhão de euros em atrasoDívidas relativas ao pagamento de doentes arrastam-se, em alguns casos, desde 2010. Particulares, centros de saúde e hospitais estão entre os maiores devedores. Corporação de Alcácer do Sal pode estar mesmo à beira da “ruptura total”.

As associações de bombei-ros voluntários de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines e Odemira têm quase meio milhão de euros a receber devido ao não pagamento de facturas relacionadas com o trans-porte urgente de doentes, algumas ainda correspon-dentes ao ano de 2010. Par-ticulares, centros de saúde e unidades hospitalares, de onde se destacam o Hos-pital do Litoral Alentejano (HLA) e o Centro Hospita-lar de Setúbal (CHS), estão na lista dos mais devedores.Os valores das dívidas já

vencidas foram revela-dos, com exclusividade, ao Jornal Litoral Alentejano, depois de os bombeiros voluntários de Odemira terem ameaçado parar de transportar doentes urgentes por falta de dinheiro para o combustível das suas viatu-ras. Apesar de parte do pro-blema que motivou a ameaça estar resolvido, agora que o Agrupamento de Centros de Saúde (ACS) do Litoral Alentejano pagou 64 mil euros à instituição, o equivalente a três meses, a “ruptura completa” pode ditar a paragem, a qualquer momento, das actividades dos bombeiros de Alcácer do Sal. Em declarações ao Litoral

Alentejano, António Balona, presidente daquela associa-ção, revelou já ter pedido inclusive reuniões à Liga dos Bombeiros Portugueses, à câmara municipal e às juntas de freguesia para expor a débil situação financeira dos bombeiros. No total, os B.V. de Alcá-cer do Sal têm por receber quase 100 mil euros. “Não há salários em atraso, mas, se a situação se mantiver como está, poderá será difícil garantir a regula-ridade nos pagamentos”, alerta António Balona, que vai defender, ainda assim, a

manutenção a todo o custo dos 32 postos de trabalho da associação.Em Odemira, onde os bom-beiros voluntários chegaram a parar a actividade entre as 18 horas de quarta-feira, 22 de Fevereiro, e as 9 horas da manhã do dia seguinte,

a situação está agora mais calma, apesar de o ACS do Litoral Alentejano continuar, alegadamente, em falta com 66 mil euros.

Augusto Inácio Maria, presi-dente dos B.V. de Odemira, diz “não saber as razões” que estão por detrás deste

atraso nos pagamentos, mas mostra-se preocupado pelo facto de o HLA e de o IPO de Lisboa não pagarem, res-pectivamente, os 16 e 13 mil euros que têm em atraso.Contas feitas, o HLA deve praticamente 170 mil euros às cinco associações de

bombeiros voluntários da região. Deste valor, quase 115 mil euros diz respeito a facturas não pagas aos B.V. de San-

tiago do Cacém e de Sines. Adelaide Belo, presidente do conselho de adminis-tração do HLA, confirma a existência das dívidas, mas garante que a unidade hos-

pitalar “está em conversa-ções com as corporações e honrará os seus compro-missos”.“As razões do atraso no pagamento são várias, sendo naturalmente a principal o subfinancia-mento crónico que o HLA tem tido, ao qual se junta o impacto do custo dos trans-portes que representam 2,5% do total de despesas do HLA”, enfatiza. Apesar de não confirmar quais os valores em causa, Adelaide Belo diz que o pagamento

dos bombeiros “é priori-tário” para o HLA. O hospital tem tentado fazer pagamentos men-sais, embora sem sucesso nos últimos três meses de

2011.Já o CHS deve mais de 84 mil euros aos bombeiros voluntários de Alcácer, Grândola e Sines, embora os valores possam ser maiores, dado que o Jornal Litoral Alentejano não conseguiu apurar os montantes em falta para com as outras associações de bombeiros. O gabinete de comunica-ção do CHS diz que este está “a fazer um esforço” para reduzir os prazos de pagamento aos seus for-

necedores, onde se incluem os bombeiros voluntários, além de “prever incrementar, a curto prazo, pagamentos na área de transporte de doentes”.“O ACS do Litoral Alente-

jano está dentro dos prazos de pagamento das facturas em questão e a situação em Odemira, que foi um caso muito excepcional, será regularizada em breve”, afirma, por seu lado, o director daquele agrupamento, Paulo Espiga. Estima-se que as asso-ciações de bombeiros voluntá-rios de Grândola, de Santiago do Cacém e de Sines, esta última em boa saúde finan-ceira, tenham ainda por rece-ber, respectivamente, 80, 67 e 75 mil euros.

“Não há salários em atraso, mas...” alerta António Balona dos Bombeiros V. de Alcácer do Sal

Adelaide Belo, presidente do

conselho de administração do

HLA, garante que a unidade hospitalar

“está em conversações com as

corporações e honrará os seus compromissos”

“As razões do atraso no pagamento são várias, sendo naturalmente a principal o

subfinanciamento crónico que o HLA tem tido, ao qual se junta o impacto do custo dos transportes que representam 2,5% do total de despesas do HLA”, enfatiza Adelaide Belo

Page 6: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Março de 2012 www.jornallitoralalentejano.com06

Crónicas de Lisboa

*[email protected]

Helga [email protected]

Os donos das empresas públicasDesde há séculos que o desenvolvimento económico da sociedade assenta na combinação dos recursos naturais, no trabalho, nos capitais e na gestão, gerando a riqueza que tem permitido ao homem investir nas outras ciências e no seu bem-estar. A humanidade não teria evoluído se esta combinação não tivesse sido progressivamente adoptada e desenvolvida. O agricultor, o pescador e o artesão tiveram que recorrer ao mercador para que este distribuísse os seus produtos pelos mercados mais alargados e distantes. A empresa, como

célula base da actividade económica e que combina os factores económicos com vista a atingir os seus objectivos, corporizou a combinação dos factores de produção e foi-se desenvolvendo ao longo dos séculos e até ao estádio que hoje conhecemos e que a globalização deu a expressão máxima do seu papel nas sociedades modernas. A evolução e as economias de escala foram-se sucedendo.Obviamente que existem empresas de diferentes grandezas, desde as micro até às grandes multinacionais, mas todas elas combinando esses recursos, normalmente escassos. Na cultura ocidental, mais nuns países do que noutros, os conflitos de interesses entre patrões e trabalhadores existem, porque ambos procuram maximizar os seus ganhos. Os patrões tentando pagar salários mais baixos e os trabalhadores reivindicando o oposto e demais regalias. Se estas duas classes possuíssem um nível elevado de civismo e cidadania, seria fácil encontrar um ponto de equilíbrio e no qual ambos ganhariam, mas isso raramente acontece,

pelo que o papel do Estado, na sua função reguladora, é muito importante na gestão desses conflitos. Além disso, essa “empresa utópica” estaria sujeita à concorrência de outras onde essa igualdade não existisse ou de empresas de países onde o desnível salarial é muito grande. Neste conflito de interesses quem é o elo mais fraco? Os trabalhadores ou os patrões? Porque ambos precisam uns dos outros, podemos dizer que ambos têm fragilidades, mas também “armas de arremesso” que usam contra o seu “inimigo” (greves, deslocalizações, etc). Há, contudo, uma verdade insufismável de que são as empresas que criam emprego e riqueza e sem estas o país e os cidadãos sofrem as consequências, reflectindo-se no nível de vida. O Estado e as autarquias também geram emprego mas não riqueza “produtiva”, pois que servem-se dos impostos para cumprirem as suas funções (educação, saúde, segurança, etc), através da prestação de serviços aos cidadãos. Utiliza também a figura empresarial (empresas públicas ou de capitais públicos), em sectores de serviço público que, normalmente são actividades com elevado déficie de exploração e que é coberto pelos nossos impostos. Nestas empresas, a eficácia, a eficiência e a economia de meios ficam, muitas vezes, em segundo plano, pois são empresas excessivamente partidarizadas e é nestas, cujos sindicatos têm muita força, que se sucedem greves por vários motivos (greves conjuntas, de solidariedade, etc). O Governo, como “dono” das empresas públicas (EP) de transportes, anunciou medidas de reestruturação no sector, impostas pela “Troika”, como actos de gestão da competência do “empresário Estado”, mas logo despoletou a reacção dos trabalhadores, aliás, na linha das contestações às reformas impostas pela troika, com o objectivo de bloquear as mudanças e conservar privilégios adquiridos. Esta tomada de posição dos sindicatos é legal e ética, porque se trata duma medida de gestão? Afinal, quem manda numa empresa? Não pode o

empresário tomar decisões da sua competência, estas de racionalidade e de sobrevivência da sua empresa, assumindo as suas responsabilidades perante os trabalhadores afectados? É assim no sector privado e não o pode ser no sector público, cujos donos são os contribuintes? É este o eterno conflito entre trabalhadores e patrões, queixando-se aqueles quando os empresários não criam emprego e riqueza. Afinal, os empresários e os capitais são ou não necessários numa economia moderna, como o foi desde os primórdios? Só um cego ou um alienado a ideologias caducas e atitudes de cidadania condenáveis dirá o contrário. A estes, junta-se o egoísmo de algumas classes profissionais, normalmente com salários acima da média e que não hesitam em afundar a nossa economia, em defesa de interesses corporativistas. Se sim, por que são tão atacados os empresários pelos sindicatos e pela esquerda política, normalmente tão liberal a distribuir a riqueza que não existe, como foram as políticas destes últimos anos e que nos conduziram a esta terrível situação económica e financeira em que o nosso país mergulhou? Os sindicatos, que defendem os trabalhadores que têm emprego, tardam em assumir uma postura moderna, mantendo-se agarrados a ideologias e práticas do passado, em vez de serem parceiros proactivos dum todo que é a economia, como centro das e para as pessoas, pois estas dedicam a maior parte das sua vidas a angariar e a dispor dos recursos para a sua subsistência e bem-estar. Sem boas empresas, nada disto se consegue, pois só a economia gera riqueza e é esta que permite o desenvolvimento e o bem-estar dos cidadãos. Os sindicatos têm que entender que a reestruturação de muitas EPs é um acto de sobrevivência e a forma de estancar os déficie de ineficiência, pagos com os impostos de todos nós. O contribuínte não tem direitos? Custa a entender isso?

GNR reforça segurança a idosos isolados A Guarda Nacional Republicana desenvolveu, entre 15 de Janeiro e 29 de Fevereiro, uma campanha de segurança direccionada aos idosos que vivem sozinhos ou isolados. O Litoral Alentejano percorreu alguns desses locais e assistiu ao trabalho que as patrulhas efectuam junto da população idosa.

A placa indica-nos ‘Tan-ganheira’ e é para lá que o carro segue. Saímos da estrada principal, abandonamos o alcatrão e, por entre solavancos, fugi-mos aos buracos que o cami-nho de terra alimenta.Estamos no interior da fre-guesia de Cercal do Alen-tejo, mesmo na fronteira entre Santiago do Cacém e Sines, no lugar da Tanga-nheirinha, por onde passam poucos carros, onde se ouve, pela manhã, o chilrear dos pássaros e onde a vida passa devagar.O carro pára junto ao portão. O barulho deixa em alerta o casal que ali vive e que se aproxima. “Companheiro então vende as couves ou não?”, pergunta António Albino,

da Junta de Freguesia de Cercal, ajeitando a mão ao cumprimento. “Como é que vai? Para onde vou?! Como é que vai?”, repete. “Ahhh!!! Vai mal. Tenho andado doente, mal da perna e esta não vai melhor”, responde. Os lamentos são de Fran-cisco José, 79 anos. Passou toda uma vida naquele vale. “Moro aqui já há muito tempo e até nasci aqui numa casinha que o meu pai construiu” explica, apontando na direcção da pequena casa que agora serve de arrecadação.Leva-nos à horta, deixa-nos entrar em passo vagaroso. Sabe da sua condição de

idoso e a farda dos mili-tares deixa-o confortável. “Recebe alguma ajuda?”, pergunta o cabo Telmo Zambujo. Segura no cajado e volta ao lamento. “Na casa do povo de Cercal davam-me qualquer coisi-nha (alimentação) e eu ia lá buscar. Davam o rendimento mínimo à mulher, mas como achava que ganhava poucachinho, diziam-me para tratar dos papéis que dava mais qualquer coisa para os idosos. Olhe vou dizer tudo, tira-ram-me as ajudas e agora não me dão nada. Estou a viver com 60 contos para comer, vestir, calçar, medicamentos e gasolina. A gente tem sobrevivido

porque sempre recolho aqui coisas para comer e se não comemos um peixe melhor, comemos outro”.A esposa, Maria Fortuna, 71 anos, não tem direito a nada. “Uma triste que está aí. Não aprendeu a falar. As pessoas não percebem e ela não percebe as pessoas, não sabe dizer bem as coisas”, esclarece o marido.O guarda Telmo interrompe. “Vamos entrar em con-tacto com a segurança social para saber o que se passou e, entretanto, vamos passando por aqui a ver se precisa de mais alguma coisa”, informa. Francisco, acena com a cabeça e aproveita a visita

dos militares da GNR e do presidente da Junta de Freguesia para pedir mais “umas coisinhas que já era conveniente ser arran-jado”. Está com sorte.

Quando a niveladora ali passar terá o que pediu.“Nunca se esqueça que não deve ter muito dinheiro em casa e se aparecerem pes-soas estranhas a dizer que são da segurança social ou que o euro vai acabar, você desconfie e telefone logo para a GNR. Também tem de dar esses conselhos à sua esposa”, recomenda o militar, pou-sando a mão sobre o ombro do idoso que, num rompão, olha na direcção da mulher. “Ela não percebe nada dessas coisas. É uma des-graça”, refila. “Pronto, mas temos de lhe ensinar para ver se ela começa a compreender”,

“Moro aqui já há muito tempo e até nasci aqui numa casinha que o meu pai construiu” Francisco José, 79 anos

Page 7: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Março de 2012www.jornallitoralalentejano.com 07

GNR reforça segurança a idosos isolados

adianta Telmo Zambujo. “Então se aparecer aqui uma cigana, até os olhos elas lhe levam”, insiste.Recebe das mãos da guarda Dina Pires, um papel cheio de números.

Aceita e pergunta: “Os senhores são do Cercal?

Este número é para ligar para o posto?”. Ouve com atenção as expli-cações e acena com a cabeça, depois com a mão, em jeito de despedida. O carro parte e a Guarda Dina desabafa: “Gosto muito disto porque é gra-tificante!”.“Já conseguimos ajudar alguns idosos que viviam em más condições e isso é muito gratificante, porque ao mínimo gesto eles agra-decem. Isto é tudo para eles”, revela o guarda Telmo Zambujo. Em conjunto com a colega, Dina Pires, patrulham os montes desde 15 de Janeiro, data em que teve início a ‘Operação Censos Sénior’ que consiste numa actuali-zação dos dados existentes relativamente aos idosos que vivem sozinhos ou isolados. Do registo consta a identifi-cação de cada idoso, idade, contacto e identificação dos familiares mais próximos.

Idosos recebem apoio

O cão ladra ao longe, ao ver aproximar-se o carro da Junta de Freguesia de Cercal do Alentejo. Ladra a estranhos e inter-rompe o silêncio daquela

manhã solarenga e o des-canso dos seus habitantes.

Estamos próximos da Sonega, em Boavista do Montinho, na casa de Joa-quim Maria Raposo. Não nos esperava mas a nossa presença também não o alegra.De mãos nos bolsos, casaco aos ombros, recebe a patru-lha da GNR. “Tem ouvido na TV um

trabalho que a GNR está a fazer que se chama Ope-ração Censos Sénior? Tem ouvido? Pronto! Estamos a fazer um levantamento dos idosos que estão mais isolados.

O senhor vive sozinho aqui?”, pergunta a guarda

Dina. “Vivo eu mais a mulher”, responde Joaquim Maria. “Vão comer ali ao centro de dia ou fazem a alimen-tação aqui? Não recebem apoio nenhum deles, nada? Isso é bom sinal. Quer dizer que se encontram de boa saúde!”, desafia o guarda

Telmo. “De boa saúde não, porque aí a mulher não presta para nada”, deixa escapar o marido.A esposa, Maria Perpétua, de 69 anos, sai de casa com os papéis da reforma na mão. Corrige os valores que o marido, minutos antes, adiantou e queixa-se da falta de saúde. “Tenho problemas de coluna e escorporose”, enuncia. O guarda Telmo ainda insiste: “E não querem receber algum tipo de ajuda do centro de dia como alimentação? Ou se quiserem que eles vos venham buscar, digam que a gente faz de elo de ligação”, adianta. “Qualquer dia lá terá de ser”, diz o homem, enco-lhendo os ombros. “Até à data nunca falamos nisso mas é só querer”, acrescenta, mais conven-cido, com os olhos postos no chão.A conversa gira em torno das doenças, dos filhos, da horta, mas demora-se nos perigos de viverem numa zona isolada. “A gente tá pensando sempre nisso. Nunca tive-mos uma visita que nos intimidasse mas há coisa de um ano apareceu uma cigana a querer vender uma moto - serra mas disse-lhe que tinha umas quatro. Mentira que não tinha

nenhuma”, diz a rir Joa-quim Maria, orgulhoso da mentira. “A ideia é essa, transmitir que não estão sozinhos em casa e não abrir a porta a pessoas que não conhe-cemos, ou contar a nossa vida ou até a vida dos vizinhos que tudo isso é aproveitado para enganar

as pessoas”, recomenda o guarda Telmo.“Às vezes ouvia uns baru-lhos e vinha logo fechar a porta e o ferrolho e depois era só o moço da luz”, lem-bra-se Maria Perpétua. Para evitar esses casos, a GNR, aconselha as pessoas a terem os contadores da água e da luz no exterior das casas. “Temos de desconfiar de todos quando não os conhecemos e se seguir os nossos conselhos há menos probabilidades de isso acontecer”, alerta o militar.No Montinho da Cerca, vive Mariana Raposo, de 77 anos, viúva “sem ser casada”. Recebe a patrulha da GNR com a mesma vivacidade que a caracteriza. “Isso é para saber se a gente somos vivos”, per-gunta, em vez de responder ao questionário. “Recebo apoio do centro de dia e o médico de famí-lia é do Cercal. O meio de transporte são as minhas pernas e gasto um quarto de hora até ao Tarro”, a localidade mais próxima. “O centro de dia vem tra-zer-me as refeições e às vezes costumo ir ao centro fazer renda, costura e ginástica. Se não fosse assim já tinha morrido”, reconhece.Já participou nas acções de sensibilização que a GNR realiza no sentido de escla-recer os mais idosos para

questões como a segurança, por isso, considera-se uma pessoa “esclarecida”. “Não abro a porta a des-conhecidos e às 19h00 ponho uma tranca de ferro e tranco as janelas. Se alguém bater à porta, abro uma greta do vestí-bulo, porque a tranca dá”, confere.

Sinalizar os mais vulneráveis

Todos os dias passam por este e outros montes isolados (ainda não foi feito o levan-tamento total do número de montes e idosos) as patrulhas da GNR, as carrinhas dos centros de dia que apoiam nas refeições e a Junta de Freguesia, garantindo que o acompanhamento e o poli-ciamento de proximidade transmite a segurança neces-sária à maioria dos idosos.O comandante do Destaca-mento de Santiago do Cacém da GNR, Pedro Almeida, explica que “os idosos identificados ficam regis-tados e localizados, atra-vés de GPS, numa base de dados que será trabalhada com mapas de risco e de sinalização para permitir uma referenciação e loca-lização mais rápida, entre os postos, em situações de risco”.A operação que se realizou pela primeira vez o ano pas-sado permitiu identificar mais de 15 mil idosos que vivem sozinhos ou isolados. Este ano, a iniciativa, diri-ge-se a idosos com mais de 65 anos mas também tem como objectivo “sinalizar aqueles que, à partida, são os mais vulneráveis e estão em situação de maior risco que, regra geral, são os que estão isolados”, adiantou.

Joaquim Maria e a esposa Maria Perpétua não se sentem intimida-dos, “Nunca tivemos uma visita que nos intimidasse mas há coisa de um ano apareceu uma cigana a querer vender uma moto - serra mas disse-lhe que tinha umas quatro”.

“Recebo apoio do centro de dia e o médico de família é do Cercal. O meio de transporte são as minhas pernas e gasto um quarto de hora até ao Tarro”, a localidade mais próxima. “O centro de dia vem trazer-me as refeições e às vezes costumo ir ao centro fazer renda, costura e ginástica. Se não fosse assim já tinha morrido”, reconhece Mariana Raposo

Page 8: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Março de 2012 www.jornallitoralalentejano.com08Seca Severa afecta 70% do território nacional

Sem chuva nos campos só crescem os prejuízosSegundo a última previsão do Instituto de Meteorologia, 5% do território nacional encontra-se em situação de seca extrema, 70% em seca severa e 25% em seca fraca. Este cenário só poderia ter sito alterado se o mês de Fevereiro tivesse sido muito chuvoso.

Na nossa região são os agri-cultores que têm as maiores preocupações devido à falta de chuva, apelando à inter-venção rápida do Ministério da Agricultura em accionar um plano de intervenção. Há culturas perdida e gado por alimentar, os custos de pro-dução vão subir e os efeitos da falta de precipitação vão estender-se por mais anos.“Se não chover dentro de 15 a 20 dias a situação será muito grave”, afirmou João Malheiro, vice-presidente da Associação de Agricul-tores do Litoral Alentejano (AALA). “As cearas plan-tadas em Setembro, Outu-bro e Dezembro estão com-prometidas, mas a situação não fica por aqui, no Verão não haverá pastagens para o gado que se alimenta do

restolho que fica depois do corte das cearas”. A situação estende-se também ao sector florestal, “a falta de água afecta o montado de sobro e o seu rendimento, daqui a um a dois anos vamos ver muitas árvores a morrer porque sem a água que as alimenta ficam fracas e mais sujeitas a doenças. Também a produção de bolota será afectada o que

representa custos para os suinicultores ao nível da alimentação dos porcos”.Em relação às culturas de regadio João Malheiros sublinha que “até vão sair beneficiadas desta seca, porque não vai haver falta de forragens para vender”,

porque as reservas de água nas albufeiras da região não estão em risco.Para o vice-presidente da AALA o pedido de ajuda a Bruxelas “devia ser feito já, porque não está pre-vista chuva. Depois temos que ter em consideração que não basta chover um

dia ou dois porque caso faça vento norte fica tudo seco outra vez”.Avelino Antunes respon-sável da Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal garante que “a manter-se estas condições climatéricas vai agravar-se ainda mais a situação dos pequenos e médios agri-cultores, pois esta seca irá traduzir-se num aumento dos custos de produção”.

Para Avelino Antunes os agricultores poderiam estar “mais descansados se os sucessivos governos tives-sem realizado investimen-tos em infra-estruturas para fazer face a situações de seca”.Para este responsável a actual situação da agricultura nacional “não se resolve com comissões, grupos de trabalho e leis porque o que falta é vontade política”. Acrescentando que a Polí-tica Agrícola Comum (PAC) “não prevê medidas para o regadio”. Em relação a um pedido de ajuda a Bruxelas este responsável sublinha que são bem-vindos “mas a sua aplicação deve ser bem definida para não serem sempre os grandes agricul-tores a receberem todos os

apoios ficando os pequenos e médios esquecidos”.Ilídio Martins, responsável da Associação de Regantes e Beneficiários de Campilhas e Alto Sado (ARBCAS), refere que “as reservas de água na região são sufi-cientes paras as culturas de regadio”. Nas barra-

gens geridas pela ARBCAS “o cenário não é ainda calamitoso, em Monte da Rocha temos reservas para três anos, em Campilhas temos 90% das necessida-des para 2012 cobertas, só Fonte Cerne esta um pouco mais abaixo mas atingimos os 70% de cobertura”.Apesar do desafogo, para que a situação seja sustentá-vel a ARBCAS está a efec-tuar “uma gestão rigorosa

dos recursos hídricos, para garantirmos o abasteci-mento aos nossos associa-dos sem risco de falha, por isso estamos a poupar”, avançou este responsável.A situação não é tão favorá-vel em relação ao sequeiro

“essas culturas estão per-didas, é um desastre”. Ilídio Martins avançou que “já foi necessário abaste-cer culturas de olival, o que normalmente só acon-tecia em Abril”.

Chuva de primavera não resolve seca

O meteorologista Manuel Costa Alves afirma que “perdida a precipitação de inverno a precipita-ção da primavera nunca é suficiente para inverter a situação”. Lembrando que Outubro de 2011 foi extremamente quente, o meteorologista destacou que em Dezembro, “mês que em geral contribui com a maior quantidade de pre-cipitação no território”, este foi “praticamente zero”. No apuramento dos dados no final de Dezem-bro verificou-se que 83% do território se encontrava em seca fraca, seis por cento em seca moderada, oito por cento normal e três por cento húmido.Segundo Manuel Costa Alves, no fim de Janeiro “uma parte muito signifi-cativa do território estava com seca moderada”, exis-tindo também “uma per-centagem significa de seca severa, antes da extrema, que é o último grau, havendo também uma parte com seca fraca”.O meteorologista explica que a situação de seca é um

“risco inerente ao clima” de Portugal continental, lem-brando que a última grande seca foi a de 2004/2005. “Foi a mais intensa desde 1941e tem de ser refe-renciada porque causou prejuízos a variadíssimas

actividades”.As situações de seca são fre-quentes em Portugal Conti-nental. A sua incidência não ocorre de forma uniforme, sendo geralmente mais sig-nificativas nas regiões do Interior Norte e Centro e do Sul do País. No decurso dos últimos 60 anos verificou-se em 27 dos anos a ocorrência de precipitações abaixo do normal, 8 dos quais foram considerados de muito secos.No último de ano de seca que ocorreu em Portugal Con-tinental (2005) uma grande parte das regiões interiores tiveram problemas graves de fornecimento de água, tendo havido a necessidade de se recorrer a meios alter-nativos para garantir o abas-tecimento das populações.A severidade de uma seca (gravidade dos efeitos) depende da deficiência de água no solo, da duração da seca e da sua extensão

espacial. Os sectores mais vulneráveis são geralmente a agricultura, a indústria e o próprio bem-estar da popu-lação.A seca acarreta dois tipos de consequências, directas e indirectas:

Consequências directas- Deficiente fornecimento de água para abastecimento urbano;- Prejuízos na agricultura, na indústria e na produção de energia hidroeléctrica;

- Restrições à navegação nos rios e à pesca em águas interiores.

Consequências indirectas- Favorecimento de condi-ções que levem à ocorrência e propagação de incêndios florestais;- Problemas fitossanitários;- Degradação da qualidade da água;- Erosão do solo e a longo prazo, desertificação, nas regiões de climas áridos e semi - áridos.* fonte Autoridade Nacio-nal de Protecção Civil

Governo cria grupo de trabalho para avaliar situação

da seca

A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, admitiu a possibilidade de Portugal avançar com um pedido de ajuda a Bruxelas para

minimizar os prejuízos no sector se a falta de chuva persistir. Ao Ministério da Agricultura têm chegado preocupações idênticas de todo o país, “mas difusas”, segundo a ministra “dai a necessidade de fazer um

Gisela [email protected]

“Se não chover dentro de 15 a 20 dias a situação será muito grave”,

afirma João Malheiro

A ARBCAS está “a efectuar uma gestão rigorosa dos recursos hídricos, para

garantirmos o abastecimento aos nossos associados sem risco de falha, por isso

estamos a poupar”

Page 9: Jornal Litoral Alentejano

Ano II • n.º 53•

DirectoraAliette Martins

Director-adjuntoMarcos Leonardo

EditorJoaquim Bernardo

1 de Março/12

10anos

que mudarama Região

Est

a R

evis

ta fa

z pa

rte

inte

gran

te d

o L

itora

l Ale

ntej

ano

nº 2

41 d

e 1

de S

etem

bro

de 2

011,

não

pod

e se

r ve

ndid

a se

para

dam

ente

01-09-0101-09-11

Se não conseguiu o seu exemplar peça-o para as nossas delegações

269 822 570265 235 234

Hipismo de alta competição está de regresso à Herdade da Comporta

Atlantic Tour 2012 decorre de 21 de Fevereiro a 18 de Março

Delegação de Setúbal do Inatel inicia neste sábado a segunda fase

Futebol: Taça do Inatel do Distrito de Setúbal

Até 18 de Março, os melhores cavaleiros internacionais estão de volta à Herdade da Comporta para a edição de 2012 do Atlantic Tour, uma das maiores e mais longas provas hípicas do calendário europeu. Ao longo de um mês de provas, nove das quais pontuáveis para o ranking internacional, 450 cavalos e 150 cavaleiros, em representação de 21 nações, estarão em prova na “cidade equestre” da Comporta. Pelo sexto ano consecutivo, a Herdade da Comporta é palco de uma prova equestre que tem vindo a afirmar-se no calendário internacional. Ao longo de quatro semanas, a região torna-se a capital nacional do hipismo, recebendo mais de uma centena de cavaleiros que escolhem este território para a preparação da sua época competitiva outdoor. O clima ameno, as longas horas de sol, o enquadramento natural único, as excelentes condições técnicas proporcionadas, a gastronomia e a arte de bem receber dos portugueses formam um leque de condições únicas que têm motivado a crescente adesão de participantes a esta prova. Em disputa está um prize-money

total de 365 mil euros, a distribuir por provas de cavalos novos, em três CSI (Concurso de Saltos Internacional) de duas estrelas e num CSI de três estrelas, que constitui a prova mais importante do Atlantic Tour, tendo lugar no último fim-de-semana de provas.Desde o lançamento de provas equestres, em 2007, a Herdade da Comporta já recebeu mais de

1.000 cavaleiros e 2.250 cavalos, que escolhem a região para iniciar a preparação da sua época competitiva na Costa Alentejana.O hipismo assume-se cada vez mais como uma aposta da Herdade da Comporta para a promoção e dinamização turística da Costa Alentejana. Para além do Atlantic Tour, uma das maiores provas da Europa pela duração e número

de competições organizadas ao longo de um mês, pontuáveis para o ranking internacional, a Herdade da Comporta já recebeu mais provas equestres com destaque para a “Portugal Nations Cup” e o Campeonato da Europa da Juventude de Saltos de Obstáculos.

A delegação de Setúbal do Inatel já realizou o sorteio da 2ª fase e da Taça Reconhecimento.No Grupo-A vão jogar neste sábado dia 3 de Março, Aldeia dos Chãos – Casa do Povo de Corroios e Jardiense – Aguias Negras. No Grupo-B vão jogar Forninho – Azul e Ouro e Terras da Costas – Bairro do Olival. Ambos os jogos se disputam no domingo, dia 4; tendo sido estabelecido que os jogos desta 2ª Fase se realizarão às 16 horas para facilitar a deslocação das equipas. Os vencedores dos grupos vão jogar a final da competição no dia 1 de Maio, em campo a designar.Teve também lugar o Sorteio da Taça Reconhecimento, competição

que vai reunir as equipas que não se apuraram para a 2ª Fase; com exceção do G.D. Vale Figueira e do Juventude do Carvalhal, que optaram por desistir destaProva, pondo assim ponto final na sua época desportiva ao nível do Inatel. Foram sorteados dois grupos, cada um deles com cinco equipas, que se defrontarão a uma volta segundo o resultado do sorteio, jogando depois os vencedores dos grupos, a final dia 1 de Maio. No Grupo-A na 1ª jornada vão jogar: Rio Frio – Valdera e Sport do Sado – Cadoços. Folgam os Africanos.No Grupo-B na 1ª jornada vão jogar: Lagoa da Palha – Areias e Vale Milhaços – Curvas.

Folga o Passil. Esta competição apenas terá o seu início no dia 11 março, disputando-se as jornadas seguintes nos dias 18 e 25 de março, e 15 e22 de Abril, sempre às 16 horas.

A data de 29 de abril fica reservada para algum eventual acerto de calendário; sendo a final desta prova jogada no dia 1 de Maio pelos vencedores dos dois grupos.

Page 10: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Março de 2012 www.jornallitoralalentejano.com10

Vasco da Gama está a dois pontos do líder Barreirense

Futebol: Campeonato Distrital de Setúbal da 1ª divisão

Castrense continua com mais cinco pontos que o Milfontes

Futebol: Campeonato Distrital de Beja da 1ª divisão

Cadetes do CNLA continuam progressão

4º Torneio Circuito de Cadetes

Gil Gonçalves finalista no Estoril

17º Meeting Internacional do Estoril

O atleta Juvenil-B do Clube de Natação do Litoral Alentejano, Gil Gonçalves, marcou presença no 17º Meeting Internacional do Estoril, competição de grande tradição no calendário nacional que se realizou nas Piscinas de Alapraia (25m) nos dias 18 e 19 de fevereiro. O nadador esteve presente apenas no 2º dia de competição, participando nos 100 metros Mariposa.Gil Gonçalves foi 7º classificado nas eliminatórias do escalão E4 (nascidos entre 1997 e 1999), com o tempo de 1:05.46 minuto, garantindo o acesso à final da parte da tarde, em que repetiu a posição alcançada de manhã, piorando ligeiramente a sua marca (1:05.88). Esta foi mais uma etapa na preparação do atleta para o Campeonato Nacional de Juvenis, que se realiza na Póvoa de Varzim entre os dias 23 e 25 de Março.

As Piscinas Municipais da Golegã receberam, no dia 18 de fevereiro, o 4º Torneio Circuito de Cadetes, que contou com a presença de nove “piranhas” do Clube de Natação do Litoral Alentejano: Ana Sofia Nunes, Diana Simões, Ana Rita Guerreiro, Nicoleta Lascu, Ana Sousa, Daniela Demian (femininos) David Borges, Daniel Aljustrel e Guilherme Sousa (masculinos).Foi mais um dia em cheio para os atletas mais novos do clube sineense, que voltaram a sentir a adrenalina de competir e a evidenciar uma alegria contagiante. Destaque para as melhorias que muitos já começam a evidenciar a nível técnico, que se vai traduzindo na melhoria das marcas pessoais e numa motivação crescente.

Ao vencer o Alfarim por 3-0, e beneficiando da derrota do Barreirense em casa por 1-0, frente ao Grandolense, o Vasco da Gama está a dois pontos do primeiro lugar que continua a ser ocupado pelo Barreirense.A equipa sineense perante o seu público recebeu e venceu o Alfarim por 3-0, com três golos apontados na 1ª parte por Daniel Direito, Maicon e Filipe Sampaio. O Grandolense merece o destaque da jornada, já que venceu no campo do líder Barreirense por 1-0. O Alcacerense recebeu o Luso do Barreiro e perdeu por 1-0. Resultados da 17ª jornada: Sarilhense,0 Desp. Portugal,3; Vasco da Gama,3 Alfarim,0; Alcacerense,0 Luso do Barreiro,1; Amora,0 – Beira Mar de Almada,1;

Cova da Piedade,3 Paio Pires,1; F.C. Barreirense,0 G r a n d o l e n s e , 1 ; Palmelense,1 C. Industria,0 e Zambujalense,2 M. Rosarense,1. Classificação Geral: 1º Barreirense,37; 2º Vasco da Gama de Sines ,35;

3º Palmelense,34; 4º Cova da Piedade,31; 5º Amora,30; 6º Paio Pires,29; 7º Desportivo de Portugal,26; 8º Grandolense,25; 9º Beira Mar de Almada, Alcacerense e Alfarim,24; 12º 1º Maio Sarilhense,17;

13º Comércio e Industria,14; 14º Zambujalense,13 e 15º Maritimo Rosarense e Luso do Barreiro,10 pontos.Na18ª jornada, dia 4 de Março, jogam: Sarilhense – Zambujalense; Desp. Portugal – Vasco da Gama; Grandolense – Palmelense; C. Industria – M. Rosarense; Paio Pires – Barreirense; BM Almada – Cova da Piedade; Luso do Barreiro – Amora e Alfarim – Alcacerense.Na 19ª jornada, dia 11 de Março, jogam: Vasco da Gama – Sarilhense; Alcacerense – Desportivo de Portugal; Amora – Alfarim; Cova da Piedade – Luso do Barreiro; Barreirense – Beira Mar de Almada; Palmelense – Paio Pires; M. Rosarense – Grandolense e Zambujalense – C. Industria.

O empresário João Rodri-gues foi eleito presidente do Núcleo Sportinguista de Sines. Depois do trabalho desenvolvido pela comissão instaladora, a direcção ago-ra eleita tem como objectivo “aumentar o número de só-

Núcleo Sportinguista de Sines

João Rodrigues foi eleito o primeiro presidente do Núcleo

cios e abrir uma sede onde os sócios possam encontrar-se e conviver.” Foram elei-tos para um mandato de dois anos. Assembleia Geral: Presidente – Antonio Pimen-ta; Vice-Presidente – Acácio Garcia e Secretário – Luís

Filipe Domingos. Conselho Fiscal: Presidente – Antonio Roberto; Secretário – José Lúcio e Relator – Mário Torres. Direção: Presidente – João Rodrigues; Vice-Pre-sidente – Carlos Salvador; Tesoureiro – José Freitas;

Tesoureiro Substituto – Au-gusto Silva; Secretário – Hélder Barreiros; Secretario Substituto – Gonçalo Silva; Vogais – João Leitão, José Oliveira e José Anacleto.

Castrense e Milfontes venceram as partidas e continuam separados por cinco pontos na frente da classificação. Resultados da 19ª jornada: Sporting de Cuba,1 Vidigueira,5; Guadiana de Mertola ,0 Praia de Milfontes,1; Panóias,0 Almodovar,5; Castrense,2 Serpa,0; Rosairense,7 São

Marcos,0; Odemirense,2 Aldenovense,1 e Sporting Ferreirense,1 Desp. Beja,1.Classificação Geral: 1º FC Castrense,49; 2º Clube Praia de Milfontes,44; 3º Sporting Clube Ferreirense,32; 4º Vidigueira,31; 5º Atlético Aldenovense,30; 6º Odemirense e FC Serpa,29; 8º Rosairense,28; 9º

Panoias,27; 10º Desportivo de Almodovar,25; 11º Desp. Beja,19; 12º São Marcos,16; 13º Guadiana,13 e 14º Sporting de Cuba,7 pontosNa 20ª jornada, dia 4 de Março, vão jogar: Milfontes – Vidigueira; Almodôvar – Guadiana; Serpa – Panoias; São Marcos – Castrense; Aldenovense – Rosairense;

Desp. Beja – Odemirense e Ferreirense – Sporting de Cuba. No dia 11 de Março, realizam-se os jogos da 3ª eliminatória da Taça do Distrito de Beja, vão jogar: Aldenovense – Serpa; Vidigueira – Rosairense; Milfontes – Odemirense e Cabeça Gorda – Almodôvar.

Futebol: Campeonato Distrital de Beja da 2ª divisãoSanluizense e São Teotónio perderam nesta jornadaSanluizense e Renascente de São Teotónio perderam nesta jornada. Resultados da 16ª jornada: Messejanense,0 Alvorada,3; Vale de Vargo,0 Amarelejense,4; Sanluizense,0 Bairro da Conceição de Beja,1;

Barrancos,4 Ourique,0; Cabeça Gorda,3 Renascente de São Teotonio,1 e Saboia,1 Piense,0. Classificação Geral: 1º Cabeça Gorda,33; 2º Piense,31; 3º Amarelejense e Bairro da Conceição,30; 5º Saboia,28; 6º Renascente

de São Teotonio,26; 7º Ourique,21; 8º Alvorada e Messejanense,17 e 10º Vale de Vargo,14; 11º Sanluizense,13, 12º Barrancos,9 e 13º Negrilhos,4 pontos. Na 17ª jornada, dia 3 de Março, vão jogar:

Alvorada – Vale de Vargo; Amarelejense – Sanluizense; Bairro da Conceição de Beja – Barrancos; Ourique – Cabeça Gorda e Renascente de São Teotónio – Sabóia

Page 11: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Março de 2012www.jornallitoralalentejano.com 11

1º Passeio de BTT da Ass. de Moradores

Dia 3 de Março em Vale das Èguas

Futebol - Taça do Inatel de Setúbal - 1ª Fase

Oito equipas apuradas para segunda fase da competição

André Faria terminou no sétimo lugar

Surf: Nacional Esperanças

7º Passeio do Clube de BTT de Odemira

Dia 25 de Março de 2012

Resultados da última jornada da primeira fase da Taça do Inatel de Setúbal Grupo-A: Vale Figueira,2 Juventude do Carvalhal,4; Aldeia dos Chãos,1 Bairro do Olival,1 e Cadoços, 0 Curvas,2. No primeiro lugar terminou o Bairro do Olival com 27 pontos, segundo o Forninho com 26, terceiro a Aldeia dos Chãos com 22 pontos. Em 4º lugar ficou a Juventude do Carvalhal com 15 pontos, tantos quanto o Vale Figueira que terminou no 5º lugar. O 6º foi o Curvas com 10 e o 7º e último o Cadoços com 4 pontos. Grupo-B: Passil,2 Areias,0 e Vale Milhaços,3 Terras da Costa,3. Azul Ouro venceu o grupo com 22 pontos, seguido da Casa do Povo de Corroios com 20 e do Terras da Costa com 17 pontos. Em 4º lugar terminou o Passil com 14 pontos; em 5º Vale Milhaços com 11 e em 6º o Areias com 1 ponto. Grupo-C: Lagoa da Palha,1 Valdera,2 e Rio Frio,0 Águias

Os atletas do Sines Surf Clube tiveram uma prestação po-sitiva na 1ª Etapa Nacional Surf Esperanças “Costa Capa-rica 2012”. Categoria Sub.14: 7º Tiago Amaro e 13º Vasco Mónica. Categoria Sub.16: 11º António Duarte e 13º Pedro Mendonça. Categoria Sub.18: 7º André Faria.

A localidade de Ermidas do Sado vai receber no dia 11 de Março, a 2ª Caminhada Comemorativa do Dia Internacional da Mulher. Com partida cerca das 9 da manhã, a caminhada conta com um percurso de 11 quilómetros. Inscrições abertas até ao dia 4 de Março de 2011, junto da Cofesmar entidade organizadora, telefone 269 502 164.

A sétima edição do Passeio de BTT Odemira “A Caminho da Primavera”, numa organização do Clube BTT Odemira, vai realizar-se no dia 25 de Março, este ano com a novidade de incluir o 1º Troféu Primavera – Odemira em BTT. A prova vai contar com dois percursos distintos, um de 25 quilómetros com dificuldade média e outro com 50 quilómetros com dificuldade alta. Os percursos irão passar pelas zonas rurais do concelho, onde os participantes terão a oportunidade de percorrer os deslumbrantes trilhos desta zona, grande parte deles espreitando as belas paisagens proporcionadas pelo Rio Mira. Inscrições abertas até dia 19 de Março.

2ª Caminhada do dia da mulher em Ermidas

Dia 11 de Março em Ermidas

O 1º passeio de BTT da ACRMVE decorre no dia 3 de Março de 2012, em Vale das Éguas. Uma organização da Associação Cultura e Recreio dos Moradores de Vale das Éguas. Os participantes devem inscrever-se até dia 1 de Março, pelo telemóvel 927572866. O passeio é constituído, por um único percurso de 20 quilómetros guiados, com abastecimento a meio do percurso. A organização apela a todos os participantes, para que não deitem lixo para o chão ao longo do percurso, deverão fazê-lo estritamente nos locais adequados.

A Casa do Benfica de Sines vai realizar no dia 30 de Março de 2012, uma Assembleia Geral eleitoral. As listas candidatas devem ser entregues ao presidente da Assembleia Geral até ao dia 16 de Março. Filipe Raposo, actual presidente, afirmou que “não vou apresentar nenhuma lista. Penso que chegou a altura de entrarem pessoas novas para dirigir a casa. As contas estão equilibradas e é importante que apareçam pessoas com disponibilidade para dirigir a casa. Até à eleição de uma nova direcção nós continuamos em funções”.

Casa do Benfica com eleições em Março

Em Sines dia 30 de Março de 2012Negras,2. Águias Negras foi 1º com 23 pontos, tendo o Jardiense terminado em 2º com 14 pontos; os mesmos que a Valdera que terminou na terceira posição. Em 4º lugar ficou a Lagoa Palha com 12 pontos; em 5º Rio Frio com 10 e em 6º o Sport Clube Sado com 8 pontos. Estão apuradas para a 2ª Fase as equipas colocadas nos dois primeiros lugares

No Campeonato Nacional da 3ª divisão, o H.C.P. de Grândola sofreu em Bo-liqueime (4-3) a primeira derrota na época 2011-2012. Resultados da 15ª jornada: Lisbonenses,6 Juventude Azeitonense,1; Aljustrelense,4 Hóquei Clube de Santiago,4; Boliqueime,4 HCP de Grandola,3; Castrense,3 Estremoz,7 e Os Lobinhos,13 Salesiana,9.Classificação Geral: 1º Hó-quei Clube Grândola,37; 2º Os Lisbonenses,32; 3º Boliqueime,27; 4º Juventude Salesiana,25; 5º Estremoz,18; 6º Hóquei C Santiago e Lobinhos,16; 8º Seixal,15;

9º Azeitonense,14; 10º Aljustrelense,9 e 11º Cas-trense, 2 pontos. Na 16ª jor-nada, dia 3 de Março, vão jogar: Lisbonenses – Seixal; HC Santiago – Azeitonense; HCP Grândola – Aljustre-lense; Estremoz – Boliquei-me e Salesiana – Castrense. Na 17ª jornada, dia 10 de Março, vão jogar: Seixal – H. C. Santiago; Azeitonense – HCP Grândola; Aljustre-lense – Estremoz; Boliquei-me – Salesiana e Castrense – Lobinhos. O Hóquei Clube Vasco da Gama ocupa o 12º lugar no Campeonato Nacional da 2ª divisão de Hóquei em Pa-

Campeonato Nacionais de Hóquei em Patins

Na 3ª divisão o H.C.P. Grândola sofreu a primeira derrota

O Ginásio Clube de Sines esteve no dia 11 de Fevereiro a participar na 1ª etapa do Campeonato Nacional Jovem de Duatlo, onde conseguiu os seguintes resultados. Benjamins: 3º - Vivian Rosa e 25º Alexandru Lungu; terminaram a prova 42 atletas. Infantis: 4º - Daniela Bule; terminaram a

prova 25 atletas. Iniciados: 23º - Mirony Tavares e 24º - Niculina Schiopu; terminaram a prova 29 atletas. Juvenis: 7º -Beatriz Lopes (35´36”); terminaram a prova 23 atletas. Juvenis Masculinos: 16º - João Conchinha; 23º -Nelson Barreira; 27º - Rodrigo Nunes; 31º - Marcus Pereira;

33º - Constantin Schiopu; terminaram a prova 59 atletas. Por equipas o G.C.Sines classificou-se em 13ºlugar.A equipa vencedora foi o Núcleo Sportinguista da Golegã. Participaram 22 equipas. No domingo, 12 de Fevereiro, realizou-se no mesmo local a 2ª etapa da Taça de Portugal PORterra

e uma Prova Aberta a atletas com mais de 16 anos. Ana Lopes e Ana Inácio terminaram em 12 º e 13º lugar respectivamente. No sector masculino o Cadete Miguel Lacerda terminou no 21º lugar, entre 35 concorrentes.

Duatlo: 16º Duatlo das Lezirias

Vivian Rocha do Ginásio Clube de Sines terminou em 3º lugar

dos três grupos; ou seja o Bairro do Olival e Forninho (Grupo-A), Azul e Ouro e Casa do Povo de Corroios (Grupo-B), e Àguias Negras e Jardiense (Grupo-C). Os dois melhores terceiros foram o Aldeia dos Chãos no Grupo-A e o Terras da Costa no Grupo-B. No Final da 1ª Fase, a Tabela dos Marcadores é liderada por Filipe Vilhena (Aldeia

dos Chãos) com 14 tentos apontados; á frente de André Rodrigues (Casa Povo Corroios) com 13 e de Lino (Forninho) com 9 golos. Em 4º lugar está Álvaro Martins (Bairro do Olival) com 8 e em 5º lugar estão Careca (Valdera); Fábio Cordeiro (Águias Negras); e Carlos Pereira (Forninho); todos com 7 golos apontados.

tins, com 10 pontos, menos 30 que o líder Sporting. Na 17ª jornada a equipa sine-ense recebeu o Sporting e perdeu por 5-1, numa parti-da onde a equipa leonina foi sempre superior, justifican-do a vitória. Começaram no último fim-de-semana os Campeonatos Nacionais de Juvenis, Ini-ciados e Infantis. No escalão de juvenis o HC Santiago jogou no Seixal e perdeu por 7-6. Nas outras partidas, Carvalhais,5 Benfica,6 e Beja,5 Sesimbra,2. Dia 4 de Março, jogam: HC Santia-go – Carvalhais; Sesimbra – Seixal e Benfica – Beja.

Em Iniciados, o HC Vasco da Gama recebeu o Beja e venceu por 5-3. Nas res-tantes partidas, o Cascais,5 Estremoz,5 e Paço de Arcos,0 Benfica,6. No dia 3 de Março, vão jogar: Estre-moz – Paço de Arcos; Beja – Cascais e Benfica – HC Vas-co da Gama. Em Infantis, o HCP de Grândola perdeu em casa por 4-2, frente ao Paço de Arcos. Restantes resulta-dos: Boliqueime,0 Oeiras,10 e Estremoz,0 Sporting,13. Dia 4 de Março, jogam: Oei-ras – HC Grândola; Sporting – Boliqueime e Paço de Ar-cos – Estremoz.

Page 12: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Março de 2012 www.jornallitoralalentejano.com12

Melidense e União de Santiago apurados para a 2ª fase

Odemirense luta pelo titulo de Campeão

Distrital de Beja

Futebol: Distrital de Beja - JunioresFutebol: Campeonato Distrital de Setúbal da 2ª divisão

A duas jornadas do final da primeira fase, o Melidense, Quinta do Conde, Arrentela, Almada e União de Santiago, já garantiram o apuramento para a segunda-fase. Falta agora saber quem será a sexta equipa a garantir o apuramento.Resultados da 16ª jornada: Monte da Caparica,2 Charneca da Caparica,1; Est. Faralhão,0 – Almada,3; U. Santiago,1 Quinta do Conde,0; Melidense,0 Lagameças,0 e Arrentela,3 Estrela St. André,2. Na jornada anterior, o União de Santiago do Cacém perdeu em Lagameças por 2-1, enquanto o Estrela de Santo André venceu o Melides por 1-0. Classificação Geral: 1º Melidense,32; 2º Quinta do Conde e Arrentela,29; 4º Almada,28; 5º União de Santiago,26; 6º Monte da Caparica,20; 7º Estrela de Santo André e Lagameças,19; 9º Estrelas do Faralhão,11 e 10º Charneca da Caparica,7 pontos. Na 17ª jornada, dia 4 de Março, vão jogar: Arrentela – Monte da Caparica; Charneca

da Caparica – Estrelas do Faralhão; Almada – União de Santiago; Quinta do Conde – Melidense e Estrela de Santo André – Lagameças.Na 18ª e última jornada da 1ª fase, dia 11 de Março, vão jogar: Monte da Caparica

– Estrela de Santo André; Faralhão – Arrentela; União de Santiago – Charneca da Caparica; Melidense – Almada e Lagameças – Quinta do Conde. As seis equipas apuradas vão disputar uma segunda fase

com metade dos pontos conquistados até aqui. Na segunda-fase os dois primeiros classificados sobem directamente à 1ª divisão na próxima época.

A equipa de juniores do Odemirense ocupa o terceiro lugar do Campeonato Distrital de Beja, com menos um ponto que Moura e Castrense. No último sábado, a equipa orientada Fernando Encarnação conseguiu uma vitória por 4-0, frente ao Desportivo de Beja. Nos restantes jogos: Castrense,4 Moura,2; Almodovar,2 Piense,2; Amarelejense,2 São Domingos,0 e Aljustrelense,0 Vidigueira,0. Classificação Geral: 1º Moura e Castrense,28; 3º Odemirense,27; 4º Desp. Beja,24; 5º Aljustrelense e São Domingos,14; 7º Piense,13; 8º Almodovar,10; 9º Vidigueira,7 e 10º Amarelejense,5 pontos. Na 13ª jornada, dia 10 de Março, vão jogar: Castrense – Almodôvar; Piense – Odemirense; Moura – Vidigueira; São Domingos – Aljustrelense e Desp. Beja – Amarelejense. O vencedor do Campeonato vai na próxima época disputar o Campeonato Nacional da 2ª divisão de Juniores.

Page 13: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Março de 2012www.jornallitoralalentejano.com 13

levantamento mais por-menorizado”. O ministé-rio está “a acompanhar há várias semanas muito proximamente a questão

da seca, temos uma “task force” constituída para juntamente com as direc-ções regionais começar a recolher da parte dos agri-cultores as preocupações e os possíveis prejuízos que, eventualmente terão, no caso de entretanto não chover”, afirmou à agência Lusa.A responsável da agricul-tura avançou que “está a ser efectuado o levantamento e identificação de soluções para accionar algumas ajudas comunitárias”. Segundo explicou, este pedido de ajuda a Bruxelas poderá acontecer “uma vez verificadas, de facto, as circunstâncias que essas

ajudas exigem, mal veri-fiquemos, de facto, que não temos solução à vista porque não chove, nessa altura vamos accionar o que é possível”, acrescen-tou. No próximo Conselho

de Agricultura Europeu, a ministra vai fazer uma pri-meira sinalização da questão da seca em Portugal.O presidente da Confede-

ração dos Agricultores de Portugal (CAP), afirmou, em declarações à agência Lusa, que o Governo deve apresentar em Bruxelas pro-postas para minimizar a seca em Portugal, “no sentido de viabilizar planos de con-tingência”, que devem ser anunciadas aos agricultores em Março. João Machado defendeu que, após a análise “daquilo que for a precipi-tação que vier a ocorrer até meados do ano”, se tomem medidas concretas. O pre-sidente da CAP adiantou que a questão da seca “não pode ser apreciada pelos governos de uma maneira pontual, mas sim de uma forma “estrutural” para

a agricultura portuguesa estar preparada para os anos de seca”, explicando que os agricultores deveriam ter, “como os nossos cole-gas espanhóis”, um seguro para a seca.

Matadouro do Litoral Alentejano iniciou testesO Matadouro do Litoral Alentejano, SA (MLA), situado em Fornalhas Velhas, na freguesia de Vale de Santiago, interior concelho de Odemira, iniciou a primeira fase de laboração da unidade industrial, com os testes de linha, fazendo um abate experimental de animais.

O MLA implica a criação de cerca de 20 postos de tra-balho, num investimento de cerca de 5 milhões de euros, com financiamento comuni-tário. A unidade está equipada com três linhas de abate, com capacidade de abate de

15 bovinos, 100 leitões e 90 porcos, borregos ou cabritos por hora. Para rentabilizar a unidade e melhorar a qualidade do produto, o MLA está equi-pado com a mais moderna tecnologia, como a mecani-zação de todas as linhas, a insensibilização por CO2, o escaldão vertical ou o túnel de arrefecimento rápido de carcaças.O início de testes é um momento decisivo para o MLA, não só por constituir o início de actividade da unidade industrial de abate, mas pelo culminar da dedi-cação e esforço das entida-

des envolvidas, que muito investiram e muito acredi-taram.Este projecto começou a ser preparado há mais de uma década, em reunião na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de S. Teotónio, no âmbito de um grupo de trabalho lide-

rado pela TAIPA - Coopera-tiva para o Desenvolvimento Integrado do Concelho de Odemira. Hélder Guerreiro, presi-dente da TAIPA na altura, refere que “tínhamos um grupo bastante empe-nhado na construção de soluções para o concelho. Foram pessoas de muitas entidades do concelho, e não só, que se voluntaria-ram para fazer um estudo de análise de viabilidade para o futuro matadouro. Tive o privilégio de lide-rar esse grupo onde tra-balharam pessoas como o Paulo Trindade (Terraval,

Lda), António Samora (Associação Portuguesa de Criadores Limousine) e Maria José (Associação de Desenvolvimento do Lito-ral Alentejano) ”. Esse estudo foi o embrião do actual projecto. No entanto, Hélder Guerreiro refere que “sem o envolvi-mento de um conjunto ini-cial de fundadores, as asso-ciações, produtores indivi-duais, homens do retalho de carnes, Caixa de Cré-dito Agrícola Mútuo de S. Teotónio, António Afonso (Vereador da Câmara Municipal de Odemira na altura) e posteriormente António Camilo (Presi-dente da Câmara Munici-

pal de Odemira na altura), que pegaram no projecto com total dedicação, nunca teríamos o matadouro”.A constituição da empresa e da visão da abrangência ter-ritorial do MLA, no seio da produção pecuária dos con-celhos de Odemira, Ouri-que e Santiago do Cacém, foram determinantes e constituem-se como facto-res de competitividade para o futuro.Desde o início da constru-ção do MLA, em 2008, a Comissão Executiva teve como administradores Pedro Guerra, Manuela Forte e Ricardo Silva, que

tiveram a tarefa de erguer o matadouro. No triénio 2011-2013 Ricardo Silva preside a equipa de administração executiva, ao lado de Jorge Pinela e Pedro Costa. Nesta fase terminal, foi determinante o papel de António Louçã (Presidente da Direcção da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de S. Teotónio) e de José Alberto Guerreiro (Presi-dente da Câmara Munici-pal de Odemira), que man-tiveram uma união impera-tiva destas instituições cen-trais no projecto do MLA.Hélder Guerreiro (Presi-dente do Conselho Geral e de Supervisão do MLA) e

Ricardo Silva (Presidente do Conselho de Adminis-tração Executivo), acre-ditam no futuro desta uni-dade industrial e, no papel determinante, que terá na região, tendo em conta que permitirá completar a fileira da carne no território, desde a produção até à venda ao consumidor. O MLA permitirá fixar na região um conjunto de mais-valias, uma vez que a dife-renciação da qualidade dos produtos ganha, com o início de laboração do matadouro, um vector fundamental de desenvolvimento.

Page 14: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Março de 2012 www.jornallitoralalentejano.com14Pedro do Ó Ramos recandidata-se à Distrital de Setúbal

PSD quer ganhar câmaras do DistritoO actual presidente e recandidato à Comissão Política Distrital de Setúbal do PSD, Pedro do Ó Ramos, no passado dia 13 – na apresentação da sua candidatura - manifestou a sua intenção em ser o primeiro presidente a vencer uma câmara na Região.

Em conferência de imprensa, Pedro do Ó Ramos, anun-ciou a sua recandidatura à Comissão Política Distrital do PSD, eleições essas que terão lugar no próximo dia 3 e, nesse contexto, ocupou-se de esclarecer as etapas do trabalho que terá pela frente, afirmando que: “as próximas eleições autár-quicas vão ser uma janela de oportunidades para o PSD vencer uma Câmara Municipal na Região, uma vez que as autárquicas de 2013 serão eleições com-pletamente diferentes das anteriores, devido a nova legislação”, o que fará com que muitos presidentes no Distrito não se possam recandidatar.O social-democrata criticou o desempenho de alguns autarcas da CDU, consi-derando que “não se pode exigir ao Estado que se reforme, que corte no des-perdício, que se desburo-cratize e, depois, se assista a um descalabro financeiro autárquico”, dando como exemplo as Câmaras do Seixal, Setúbal e do Bar-reiro.

O modelo Autárquico da CDU

está a ruir

Sobre a CDU diria que “é um modelo que está

a ruir”, com consequên-cia de maior gravidade para Setúbal que, “embora tenha beneficiado de um

programa de assistên-cia financeira, continua a gastar como se tivesse muito dinheiro”. Por tudo isso, Pedro do Ó Ramos promete “denunciar” situ-ações – neste caso, como a de Setúbal.

Referênciaà nova Legislação

que por aí vem

Sobre o nova Legislação, Pedro do Ó Ramos afirmou que: “O PSD está muito atento a esta situação. Este modelo não serve. É

preciso encontrar alter-nativas. Os Municípios também têm de ser mais eficientes”.No que diz respeito ainda às próximas autárquicas, sublinhou que “em con-junto com as Secções”, serão preparadas candidatu-ras fortes “para atingirmos os nossos objectivos”, afir-mou, acrescentando que “o PSD nunca ganhou uma Câmara no Distrito, mas quer fazê-lo”, para subli-

nhar que quer ser “o presi-dente da Distrital do PSD que conseguiu ganhar uma câmara municipal”, desejo esse que fez Pedro do Ó Ramos recuar a 1993, lem-brando que “foi, nesse ano, que o PSD esteve perto de conquistar uma câmara no Distrito de Setúbal, consi-derando o protagonismo que o Dr. Luís Graça tinha, no Distrito e, parti-cularmente no Montijo”, Concelho que o responsável Distrital do PSD acredita ter mais “possibilidades” de vir a ser conquistado pelo seu Partido, nas autárquicas

de Outubro de 2013. Entretanto, realça o último resultado eleitoral, que cul-minou na eleição de “Cinco deputados pelo Distrito e num grande contributo para os resultados nacio-nais alcançados pelo PSD”. Na análise feita, “Isto só foi possível devido, em grande parte, à extraordinária campanha que fizemos com o envolvimento de todos”, realçou, recordando ainda que “a Comissão

Política que agora termina o seu mandato, cumpriu com os objectivos a que se propôs fazer”.

Formação dos Autarcas

Destaque-se a clareza com que Pedro do Ó Ramos comunicou a realidade actual do País, mas também, no seu aspecto futuro, não deixou de manifestar a verdade que os portugueses sabem: “que os tempos são muito difíceis e não sabemos como estará o Governo, do ponto de vista de popula-

ridade, daqui a um ano e meio, mas estamos a fazer o nosso trabalho de casa, nomeadamente na forma-ção de autarcas e, isso terá que dar os seus frutos”, citamos.

Convenção Distrital

Um dos destaques da confe-rência sublinhou a informa-ção da “criação da Conven-ção Distrital, algo inédito no PSD no Distrito, que foi realizada por duas vezes, e que juntou militantes e simpatizantes do partido, assim como muitos inde-pendentes, a discutir a rea-lidade da região”, explicou Pedro do Ó Ramos, acres-centando que “Juntamente com o nosso Gabinete de Estudos, organizamos conferências e seminários. Produzimos documentos e, procurámos, sempre, dis-cutir política, concentran-do-nos no que é essencial: o nosso Distrito”, recordou ainda.

Miguel FrasquilhoMandatário da Candidatura

O deputado Miguel Fras-quilho, mandatário da candidatura, considera que a “prova de que esta é uma equipa ganhadora, é o facto de esta ser uma candidatura de consenso”, acrescentando, que, a mesma “cumpriu com o programa com o qual se candidatou, um aspecto difícil de se encontrar em Portugal”.O social-democrata realçou que a área social e da saúde foram temas bastante explo-rados pela actual Comis-

são Política que agora se recandidata, nunca deixando de aproximar o partido da sociedade civil.Miguel Frasquilho afirma ainda ser necessário que o partido esteja unido e que possa explicar às pessoas as mudanças que têm vindo a ser implementadas por parte do Governo, sendo essa uma tarefa que vai ter que ser feita: “Temos que explicar que estamos a fazer estas mudanças porque efectiva-mente acreditamos nelas e não porque somente somos obrigados e que com elas vamos conseguir mudar”, defende.O mandatário da candida-tura acredita que esta é uma “tarefa difícil mas que será concretizada”.

Bruno Vitorino é candidatoà Mesa da

Assembleia Distrital

Por sua vez, Bruno Vito-rino, candidato à Mesa da Assembleia Distrital do PSD, realça que “em equipa que se ganha não se mexe, pois foram que consegui-dos excelentes resultados para o PSD”.O deputado social-demo-crata lembrou também que durante o presente mandato foram realizadas Assem-bleias Distritais descen-tralizadas, com acentuada participação, onde foram debatidos os problemas para o Distrito, concluindo que “Acima de tudo a preocu-pação é tentar encontrar soluções de forma arti-culada, entre deputados, autarcas e restantes estru-turas, para a solução dos problemas da região”.

Presidente da aicep Portugal Globalvisita Porto de Sines

P. P. da zona Poente de Sines esteve em

discussão públicaO principal objectivo deste plano é a criação de condições para a instalação de um novo parque de campismo moderno na área do parque actual. O novo parque deverá funcionar todo o ano e ter um impacto positivo na economia da cidade, particularmente no pequeno comércio.O plano destina-se também a contribuir para qualificar a zona envolvente do parque de campismo, nomeadamente o parque de merendas, definir espaço para novos equipamen-tos e valorizar os espaços verdes daquela área da cidade.Inclui ainda duas áreas para moradias e um lote, junto ao parque de campismo, destinado a equipamento hoteleiro para um máximo de 100 camas turísticas.A proposta de Plano de Pormenor da Zona Poente de Sines esteve em discussão pública entre 25 de Janeiro e 24 de Fevereiro.

O Porto de Sines recebeu, no dia 17 de Fevereiro, a visita de uma delegação da aicep Portugal Global, liderada pelo seu Presidente do Conselho de Administração, Pedro Reis. Esta visita pretendeu aprofundar o conhecimento da capacidade actual e futura do Porto de Sines, no sentido de aproveitar as suas potencialidades para o desenvolvi-mento da economia nacional e, simultaneamente, de o promover internacionalmente através da rede externa da aicep Portugal Global que está presente em mais de qua-renta países.As ligações directas aos principais mercados de produção e consumo mundiais e a capacidade de expansão do Porto de Sines, nomeadamente no que respeita à carga contentorizada, foram alguns dos assuntos apresentados pela Presidente do Porto de Sines, Lídia Sequeira, factores que poderão ser uma importante ferramenta na promo-ção externa de Portugal, nomeadamente no que respeita à captação de investimento directo estrangeiro.O Porto de Sines está associado a uma vasta zona industrial e logística adjacente, oferecendo claras vantagens competitivas para a localização de empresas e tem uma enorme capacidade de expansão em terrenos livres de especulação imobiliária. A aicep Portugal Global é a agência nacional para o investimento e comércio externo, vocacionada para o desenvolvimento de um ambiente de negócios competitivo, con-tribuindo para a globalização da economia portuguesa.

Page 15: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Março de 2012www.jornallitoralalentejano.com 15

Câmara de Setúbal quer repor azulejos no Livramento mas zona de escombros continua interditadaArqueólogos da autarquia vão tentar recuperar painel histórico de azulejos. Recomeço de obras está dependente de autorização da ACT, mas parede autoportante já foi erguida no local próximo da tragédia.

A Câmara Municipal de Setúbal vai tentar recuperar e recolocar o painel histó-rico de azulejos no mercado do Livramento, destruído após o desmoronamento de uma das paredes daquele espaço camarário, que pro-vocou a morte de cinco pessoas. O desejo da autar-quia deverá ganhar forma assim que a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) levantar a restrição de acesso à área interditada. Carlos Rabaçal, vereador na autarquia com a pasta das Obras Municipais, explica que arqueólogos da câmara municipal vão tentar recu-perar o máximo de azulejos

de entre os escombros para que possam ser, posterior-mente, recolocados no local por uma empresa especiali-zada, a ser contratada para o

efeito.Entretanto, a ABB, empresa responsável pela concepção e execução da obra de amplia-ção do Mercado Municipal do Livramento, já ergueu no local da tragédia uma parede autoportante, situada a quatro metros do espaço camarário e suportada por 75 toneladas de areia. Esta empreitada foi levada a cabo após a realização de diver-sos estudos, entre os quais o da sustentabilidade da infra-estrutura agora erguida. No local, continuam a decorrer as peritagens do Laborató-rio Nacional de Engenharia

Civil (LNEC), que tenta averiguar se houve ou não negligência por parte da empresa a quem tinha sido adjudicada a empreitada.Para já, o responsável téc-nico e o encarregado da obra foram substituídos. Trabalhadores da empresa deverão ser também substi-tuídos em breve por outras colegas da firma, especial-mente aqueles que estavam presentes no dia em que a parede do espaço camarário desmoronou por completo. O projecto da zona logís-tica do mercado deverá vir a ser alterado e sujeito a nova aprovação em reunião de câmara. Com a parede defi-nitiva que ainda será erguida no local, e onde será recolo-cado este grande painel de azulejos de grande simbo-lismo para a cidade, vai ser possível libertar mais oito bancas de peixe, algo que poderá vir a ajudar a des-comprimir a zona de traba-lho daqueles profissionais.A presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, veio nova-mente a público afastar a

possibilidade de abandonar a liderança da autarquia. “Trata-se de um acto de coragem e iremos assu-mir as responsabilidades políticas totais por esta questão”, sublinha a edil, que continua a aguardar os pareceres da ACT, do LNEC e da Polícia Judiciária. Em resposta aos autarcas dos partidos da oposição, Dores Meira afirma ainda “não estar na presidência da câmara para ganhar tempo”. “Seria um acto de cobardia abandonar os setubalenses nesta altura”,

vinca.Um grupo de trabalho entre a câmara municipal, indivi-dualidades ligadas ao mer-cado do Livramento e outras entidades foi criado para homenagear as cinco vítimas mortais. Os nomes dos tra-balhadores poderão vir a ser imortalizados nas paredes daquele ou de outro espaço camarário, embora a deci-são final não esteja tomada. Luís Rouxinol já mostrou interesse, do mesmo modo, em realizar uma tourada em homenagem às vítimas da tragédia.

Bruno [email protected]

Em Odemira “respira-se” culturaO concelho de Odemira vive vários rituais ao longo do ano através de uma pro-gramação cultural promo-

vida pelo Município, que pretende oferecer um leque de opções diversificadas e de qualidade. A festa Abril em Odemira e a FACECO, Feira das Actividades Cultu-rais e Económica do Conce-lho de Odemira, continuam

a ser pontos altos no calen-dário, mas eventos como o Festival TassJazz, a Feira de

Turismo, a programação do Cineteatro Camacho Costa ou a participação no Festival Sete Sois Sete Luas fazem

de Odemira uma terra onde acontece cultura. Na lógica de programação anual, o Município já definiu os con-tornos do programa cultural para 2012.No primeiro semestre, des-taque para quatro espectácu-

los no Cineteatro Camacho Costa, a par da programação habitual de cinema. Para 17

de Março está agendado um concerto com a banda Os Eléctricos, que dá uma nova roupagem ao swing, o fado, os blues, e o rockabilly dos anos 40 e 50. Os atores Aldo Lima & Francisco Meneses sobem ao palco no dia 27 de Março para um espectáculo de comédia. Em Maio haverá um con-certo com Luísa Sobral, que

apresentará muito mais do que o premiado álbum “The Cherry on my Cake”, jazz e simpatia.Abril é sinónimo de festa em Odemira. Juntas de Fregue-sia, colectividades e esco-las são de novo convidadas a promover iniciativas ao longo de todo o mês para que a festa aconteça em todo o concelho. Na vila, destaque para o Fes-tival de Bandas Rock nos

dias 20 e 21, a actuação da banda Amor Electro e Tim & Companheiros na noite de 24 e o Festival de Folclore e a actuação da fadista Carmi-nho a 25.A Feira do Turismo aconte-cerá este ano nos dias 8, 9 e 10 de Junho, em Vila Nova de Milfontes. Do cartaz constam mostra de serviços, gastronomia, artesanato e um espectáculo

com a banda Virgem Suta. Em Junho será também pro-movido o Festival de Mar-chas, em Odemira.

O Festival TassJazz chega nos dias 5, 6 e 7 de Julho, no Cerro do Peguinho,

com espectáculos com Joel Xavier, Laurent Filipe Quar-teto e Herb Geller Trio. Nos meses de Verão haverá festas populares nas freguesias e animação nas praias.

Entre os dias 20 e 22 de Julho, a FACECO – Feira das Actividades Culturais e Económica do Concelho de

Odemira leva a S. Teotónio a habitual mostra de serviços, exposições e concurso de

gado, artesanato, animação cultural e desportiva e um espectáculo com José Cid.Em Setembro a vila mobi-liza-se para o evento Ode-mira Cultural, que articula a Comemoração do Feriado Municipal, as Festas Reli-giosas em Honra de N. Sra. da Piedade, o Festival Sete Sóis, Sete Luas, o aniversá-rio da Biblioteca Municipal José Saramago, entre outras actividades.Para o último trimestre está programado o Encontro de Teatro Amador, o roteiro Sonoridades & Sabores, o aniversário da Banda Filar-mónica de Odemira, Con-certo de Natal, Natal no Mercado e a comemoração da Passagem de Ano.

Page 16: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Março de 2012 www.jornallitoralalentejano.com16

CarneiroHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 31

Carta Dominante: O Papa, que significa SabedoriaAmor: A felicidade é de tal forma importante que deve esforçar-se para a alcançar.

Saúde: Tendência para dores nas pernas.Dinheiro: Pode agora investir.

Números da Sorte: 17, 23, 38, 9, 49, 3Pensamento Positivo: A minha maior ambição é ser feliz.

TouroHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 32Carta Dominante: 2 de Copas, que significa AmorAmor: Deixe que as pessoas se aproximem de si.Saúde: A sua saúde será o espelho das suas emoções. Dinheiro: Período favorável. Números da Sorte: 15, 26, 40, 37, 4, 29Pensamento Positivo: Venço as energias negativas através dos pensamentos positivos.

GémeosHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 33

Carta Dominante: 5 de Espadas, que significa AvarezaAmor: Só erra quem está a aprender a fazer as coisas da maneira certa!

Saúde: Faça alguns exercícios físicos mesmo em sua casa.Dinheiro: Não deixe para amanhã aquilo que pode fazer hoje.

Números da Sorte: 4, 16, 23, 48, 23, 1Pensamento Positivo: Sou prudente nos passos que dou.

CaranguejoHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 34Carta Dominante: A Roda da Fortuna, que significa Sorte.Amor: Que a sua Estrela-Guia brilhe eternamente!Saúde: Consulte o seu médico. Dinheiro: Seja diligente e poderá conseguir uma promoção.Números da Sorte: 49, 10, 5, 19, 11, 20Pensamento Positivo: Eu concretizo os meus projectos!

LeãoHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 35

Carta Dominante: 7 de Paus, que significa Discussão, Negociação DifícilAmor: Aprenda a aceitar-se na sua globalidade, afinal você não tem que ser um Super-Homem!

Saúde: Cuidado com a linha.Dinheiro: Efectuará bons negócios.

Números da Sorte: 28, 17, 32, 11, 49, 24Pensamento Positivo: O sucesso espera por mim, porque eu mereço!

Virgem Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 36Carta Dominante: Valete de Copas, que significa Lealdade, Reflexão.Amor: Que os seus desejos se realizem!Saúde: Cuidado com os excessos alimentares.Dinheiro: Não se envolva num novo empréstimo.Números da Sorte: 4, 5, 12, 26, 37, 39Pensamento Positivo: A riqueza interior é o meu maior tesouro.

Balança Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 37

Carta Dominante: Cavaleiro de Paus, que significa Viagem longa, Partida Inesperada.Amor: Tanto a tristeza como a alegria são hábitos que pode educar, cabe-lhe a si escolher.

Saúde: A sua energia vital está bastante alta.Dinheiro: Poderão surgir algumas dificuldades económicas.

Números da Sorte: 9, 14, 21, 27, 33, 46Pensamento Positivo: Reflicto sobre o que desejo para a minha vida e faço um esforço para o alcançar.

EscorpiãoHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 38Carta Dominante: O Mágico, que significa Habilidade.Amor: Seja verdadeiro, a verdade é eterna e a mentira dura apenas algum tempo.Saúde: Estará em boa forma.Dinheiro: Poderá ter um aumento no seu ordenado.Números da Sorte: 7, 14, 18, 26, 35, 48Pensamento Positivo: Adapto-me rapidamente às novas situações.

SagitárioHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 39

Carta Dominante: 2 de Espadas, que significa Afeição, Falsidade.Amor: Que a juventude de espírito o faça ter o mais belo sorriso!

Saúde: Não se deixe abater com uma dor insignificante.Dinheiro: Seja mais exigente consigo.Números da Sorte: 4, 17, 23, 49, 26, 1

Pensamento Positivo: Sei que há uma estrela que brilha por mim!CapricórnioHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 40Carta Dominante: Cavaleiro de Paus, que significa Viagem longa, Partida Inesperada.Amor: Seja caridoso, a caridade é um bem incalculável que o fará sentir-se em paz consigo e com o Mundo que o rodeia.Saúde: A sua energia vital está em alta.Dinheiro: Poderão surgir algumas dificuldades.Números da Sorte: 23, 11, 36, 44, 29, 6Pensamento Positivo: Tenho sempre o poder de renovar a minha vida.

AquárioHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 41

Carta Dominante: O Diabo, que significa Energias Negativas.Amor: Aproveite a boa disposição que vos está a invadir. Você merece ser feliz!

Saúde: Andará um pouco em baixo de forma, faça ginástica.Dinheiro: Se pretende comprar casa esta é uma boa altura.

Números da Sorte: 21, 14, 16, 23, 45, 9Pensamento Positivo: A vida é uma viagem cheia de surpresas boas.

PeixesHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 42Carta Dominante: O Julgamento, que significa Novo Ciclo de Vida.Amor: Que a determinação e a Luz estejam sempre consigo!Saúde: A sua auto-estima anda muito em baixo, anime-se. Dinheiro: Boa altura financeira, mas com cuidado que a vida está difícil.Números da Sorte: 2, 9, 17, 25, 28, 30Pensamento Positivo: Eu concluo tudo aquilo que começo.

Figuras de Ontem e de Hoje

Orlando Fernandes

Alfredo MarceneiroAlfredo Marceneiro, de seu nome Alfredo Rodrigo Duarte, nasceu em Lisboa em 1891 e acabou por fale-cer nesta cidade em 1982.Estudou até aos 13 anos, não prosseguindo os estudos devido à morte do pai; então arranjou trabalho como aprendiz de marceneiro.É com 20 anos que se torna conhecido como fadista, em pouco tempo foi consi-derado uma figura paradig-mática do Fado. Imbuído de um novo estilo, na década 20 deu origem a uma gera-ção de novos fadistas, de

que se distinguiram Ade-lina Ramos, Berta Cardoso, Hermínia Silva, Lucília do Carmo, Carlos Ramos e mais tarde Amália Rodrigues, Fernando Farinha, Manuel Almeida, entre tantos outros nomes conhecidos.Alfredo Marceneiro alheio a protagonismos ainda foi interveniente no Teatro, precisamente na opereta “História do Fado”, ao lado

do saudoso Vasco Santana e Beatriz Costa; também entrou no filme “feitiço do Império”, realizado em 1940 por António Lopes Ribeiro, onde também cantou o Fado.Fadista de expressão genu-ína, quem se não recorda de ouvir cantar a famosa “Casa da Mariquinhas”, do também saudoso poeta Silva Tavares:

É uma rua bizarraA Casa da MariquinhasTem na sala uma guitarraJanelas com tabuinhas

Vive com muitas amigasAquela de quem vos faloE não há maior regaloDe vida de raparigasÉ doida pelas cantigas,Como no campo a cigarra,Se canto o fado á guitarraDe comovido até choroA casa alegre onde moraÉ numa rua bizarra.

Para se tornar notadaUsa coisas esquisitas,

Muitas rendas, muitas fitasLenços de cor variada,

Pretendida e desejada,Altiva como as rainhasRi das muitas, coitadinhas,Que a censuram rudementePor verem cheia de genteA Casa da Mariquinhas.Alfredo Marceneiro, foi um dos primeiros espectadores de cinema em Portugal, gos-tava de ver um bom filme, como ele dizia: “Que tenha nível e seja uma boa obra!”.Deitava-se às 7 horas da manhã…e começava a sua vida…aí pelas quatro da tarde. Nunca via televisão…Gostava de bons petiscos, de conversar com amigos; detestava: falsidades, hipo-crisia, falta de camarada-gem.A finalizar, a opinião do grande João Villaret, sobre Mestre Alfredo Marceneiro: “Guardo entre as profun-das emoções da minha vida, o som pessoalíssimo da voz de Alfredo Marce-neiro. Ele e o Fado são a mesma pessoa!”.

Verissimo Dias

Lusco-FuscoSe Deus quiser

Chegámos ao verão 88, quando o tramocêro sopra lufadas de calor e pó sobre Estremoz, enlutando flores, enviuvando bichos. Aquele início de estio era um anti-cristo que punha luto na charneca. Geraldo, furando o vento, caminhava inclinado, incli-nado mas cheio de deter-minação. Tinha de chegar à cidade nessa manhã; perto do Tera, ribeiro paciente, encontrou um ancião que lhe disse:— Bom dia! Aonde vais, homem de Deus, com tanta pressa?— A Estremoz.— Podias dizer, já agora, «se deus quiser»!Geraldo deteve-se, olhou serenamente para o velho, e respondeu:— Se Deus quiser, tenho de ir a Estremoz, se Deus não quiser, tenho à mesma de ir.

Talvez o diabo me dê uma ajuda.Aquele velho era o Senhor. — A Estremoz vais daqui a 11 anos — disse-lhe, colérico — agora prantas-te neste charco e nele ficas 11 anos. Num ápice, Geraldo trans-formou-se em cágado.Correram onze anos. O cágado deixou o Tera, voltou a ser homem. Prosse-guiu a jornada. Poucos passos adiante, apa-receu o ancião!— Bom dia! Aonde vais, homem de Deus, com tanta pressa?— A Estremoz.— Podias dizer, já agora, «se deus quiser»!— Se Deus quiser, óptimo. Se Deus não quiser, já conheço o pacto: vou sozi-nho nem que seja a passo de cágado. E vai-Te daqui, Senhor meu; fica a saber:

eu sou agora Geraldo sem Pavor!(E assim, poucos meses depois, se reconquistou a cidade branca.)

Page 17: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Março de 2012www.jornallitoralalentejano.com 17

Monda de Palavras

Álvaro Alexandre

Foi num romance de Eça mas, na realidade não me ocorre em que obra sua, na qual a figura principal regressa do Egipto, tra-zendo consigo uma múmia que por lá adquiriu. Conta que, chegado à alfândega, o funcionário aduaneiro vê-se confrontado com a taxa a aplicar, pois não constava na lista daquele departa-mento de fronteira, qual-quer referência a preço para a entrada de múmias num determinado país apontado no romance. À boa maneira, cá se inven-tou, em consenso, que a solução mais pacífica seria aplicar à múmia, a mesma taxa aplicada ao bacalhau de barrica.Encontro-me diversas vezes com múmias… Não. Não são aquelas que os meus queridos leitores, de sorriso ao canto da boca, poderão pensar. Nada disso. Eu até só vejo os canais de televisão que transmitem filmes e músicas. Quanto a revistas, confesso que com-prei há dias a “lux” porque trazia uma minúscula entrevista com a jornalista de investigação, Felícia Cabrita.As múmias de que nos vamos ocupar são também de pele e osso, mas já estão todas bem mortas.

Refiro-me àquelas que, por vários motivos mais emo-ções me causam: Tutanka-mon/Egipto, Homem Inca/Peru, Santo António/Pádua, Santa Teresa d’Avilla/Ávila, Lenine/Moscovo e, por último, a de Ho-Chi-Ming/Hanói – líder vietnamita – com quem nunca esperei encontrar-me - que tem os seus restos

mortais num aparatoso e complexo espaço, criado especialmente para guarda-los ressequidos pelo formol, o que contraria o que o líder defendeu em vida, usando a clandestinidade como forma de sobrevivência.- Porque será que os seus

seguidores fizeram-lhe essa terrível maldade, contra-riando – ao que ali indaguei – a sua própria vontade, a de ficar sepultado em campa rasa?A minha alentejaníssima curiosidade levou a que me quedasse por ali, para entender – ou pelo pelos tentar entender – como pode haver tamanho contra-

senso numa sociedade que desaprova – nos seus princí-pios fundamentais – o culto da personalidade. O meu destino era Saigão, para tanto precisava arran-jar coragem para as trinta horas de comboio que me esperavam.

O encanto de Hanói estava a dificultar a minha partida, pois até acabara de travar conhecimento com um “antigo português”, como ele se apresentou, vindo – mais tarde - a descobrir que era Ministro no Governo de Timor. Não tivesse eu outros com-promissos, acreditem que, ainda hoje, por ali andaria.

A foto que nesta peça se publica é referente à zona onde se ergue o mausoléu a Ho-Chi-Minh, sendo que, o espaço circular em que assentou, é equivalente a cerca de doze campos de futebol, apresentando-se completamente decorado

com elementos relacionados com a solenidade do lugar onde “reside” o “amado inquilino”. O mausoléu apresenta-se minuciosamente tratado por verdadeiros exércitos de… varredores, jardineiros e, vigilantes do percurso. Resumindo, é um nunca acabar de pessoas e meios que asseguram ao complexo um misto de alegria ou…de tristeza. Acreditem que, essa parte, não entendi.A Guarda que se encontra no mausoléu – e que se mantém vigilante 24 horas sobre 24 horas - será de 150 a 200 homens.A foto aqui reproduzida foi tirada perto da meia-noite, mas a iluminação faz com que pareça ser sempre dia.Quanto à múmia propria-mente dita, ao que consegui indagar, a sua manutenção tem sido um caso muito dispendioso porque, devido a graves ocorrências na sua conservação, anda num louco corrupio - dentro e fora do país - para ser sub-metida a vários tratamentos.Contou-me em segredo um vietnamita, que os restos mortais do líder tinham acabado de chegar, mais uma vez, de Moscovo, onde foram submetidos a mais uma importante intervenção que culminou numa nova

maquilhagem especial-mente criada para o efeito desejado…o de muito boa saúde.Dei por mim a pensar se, algumas destas viagens se tinha dado à pauta adua-neira referida pelo nosso Eça.

Não. Neste caso houve uma excepção porque, o corpo é considerado diplomático…Por aqui fico, com o sin-cero desejo que as nossas múmias (de menor impor-tância), por cá continuem sem tratamento especial e que Nosso Senhor assim as conserve… pelo menos enquanto durar a crise.

Sentir, através da Música, a EsperançaSob o lema da “Esperança”, o Coral Harmonia vai apresentar-se, nos dias 03 e 04 de Março, pelas 21h30 e 16h30, respectivamente, no Auditório António Chaínho, em San-tiago do Cacém.Com a confiante irreverência a que já habituou o público e pela voz dos seus coralistas, neste tempo de desalento e austeridade, o Coral Harmonia promete que “vai fazê-lo feliz com dois concertos de suster a respiração”, pela oferta musical que terá lugar, facto que faz com o aconselho seja para que “Deixe voar a alma e os sentidos e vá ouvir e ver”, o

que o Harmonia reservou para si, ou seja, “a música e coreografia deste espantoso grupo, cuja evolução a todos tem surpreendido”.Integrando um conjunto de Músicas Pop desde os Jackson 5, a Sting, passando por Michael Jackson, o Coral Harmonia brinda o seu público com concertos intimistas e positivos.Títulos com I’ll be There, Fields of Gold e Earth Song, entre outros, vão - certamente - deleitar os espectadores com harmonias fabulosas e por vezes inesperadas.

Lions Clube de Santiago do Cacém

Jantar Comemorativo No dia 28 de Janeiro, realizou-se, pelas 20

horas, no Hotel Vila Parque, em Santo André, o jantar de celebração do 26.º Aniversário do Lions Clube de Santiago do Cacém.Com a presença do Verea-

dor Beijinha - da Câmara Municipal de Santiago do

Cacém – e de Nuno Ferrão, Governador do Distrito 115 Centro Sul dos Lions, con-tando ainda com a presença de Luís Tavares - Presidente de Divisão CL - e de outros companheiros do Lions Clube de Setúbal, bem como a Presidente e o Secretário, entre outros, do Lions Clube

de Grândola, estiveram no jantar comemorativo do 26.º

aniversário daquele Clube, que se pautou por uma expressiva participação. A noite foi ainda de Assem-bleia Geral, onde foi dada posse a mais um elemento do Lions, a CL Isabel Flores.No final, a CL Adélio Bote-lho, brindou com um belís-simo momento musical.

Page 18: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Março de 2012 www.jornallitoralalentejano.com18

Helena Manso SaúdeFatores de Risco VascularRastreios VascularesEco–Doppler Vascular ColoridoEsclerose de Varizes

Medicina InternaDr. M. Manso-RibeiroChefe de Serviço de Medicina InternaMembro da Sociedade Portuguesa de Oncologia Angiologia/ Cir. VascularDrª Helena Manso-RibeiroEspecialista pela Ordem dos MédicosMembro da Sociedade Francesa de Flébologia

Sines:Bairro 1º de Maio 112 tel: 269634515 e-mail: [email protected] (Dr. Mário Manso-Ribeiro e Drª Helena Manso-Ribeiro)

Santiago do Cacém : R. Eng. Costa Serrão 28-28A tel: 269086900 e-mail : [email protected] (Drª Helena Manso-Ribeiro)

Os nossos anunciantes

desejam a Todos

um bom 2012

VENDE-SEEm Vila Nova de Santo André (bem localizado)

Informa: 931 768 909 Continente - 20,00€ w Europa - 25,00€ w Mundo - 30,00€

Prisma PoliclínicaRua Ruy Coelho, 7 - Alcácer do Sal

Dr. Manuel Gonçalves(Médico - Acordeonista)

Medicina do TrabalhoClínica Geral

Animação musical em Lares de Idosos

961 448 000

Cuidadosde Saúde

Page 19: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Março de 2012www.jornallitoralalentejano.com 19

Histórias do Ciclismo X

Manuel dos Santos

Casos de Polícia

Detido por furto de cobre

Um homem, de 38 anos, foi detido, no passado dia 16 de Fevereiro, pela prática de furto de metais não preciosos, nos concelhos de Sines, Santiago do Cacém e Grândola, infor-mou fonte da GNR.Na altura da detenção, efectuada pelos militares do posto de Sines, o indivíduo circulava numa moto furtada, sem carta de condução, e tinha na sua posse cobre e alumínio rou-bado.O indivíduo, residente em Melides, foi presente a tribunal e conduzido para o estabelecimento prisional com pena efectiva relacionado com um processo anterior por furto de metais.

Detidos por desobediência e condução ilegalA GNR de Sines deteve, no passado dia 18 de Fevereiro, dois homens, entre os 20 e os 30 anos, por desobediência e condução ilegal de um ciclo-motor. De acordo com as auto-ridades, os indivíduos terão negado identificação e a reali-zação do teste de álcool, depois de terem sido detectados, junto ao Mercado Municipal de Sines, a circular em sentido proibido e sem capacete de protecção.Os detidos foram acusados de ofensas à integridade física e ameaças a um militar da Guarda Nacional Republicana que recebeu tratamento médico devido a hematomas.Foram presentes a Tribunal e aguardam julgamento em liberdade.

Queda mata trabalhador na ETARUm homem, de 53 anos, faleceu no passado dia 19 de Feve-reiro, devido a uma queda num depósito da Estação de Trata-mento de Águas Residuais (ETAR) de Sines. O acidente terá acontecido, cerca das 17h30, no decorrer dos trabalhos de manutenção e limpeza do tanque que se encontrava vazio.A queda, de uma altura de 5 metros, provocou ferimentos graves ao trabalhador que foi, de imediato, transportado para o heliporto da Administração do Porto de Sines, onde acabou por falecer. “Devido aos ferimentos, o homem acabou por falecer no local e foi abortado o transporte aéreo”, adiantou fonte dos B.V de Sines.O corpo acabou por ser transportado para a morgue do Hos-pital do Litoral Alentejano.

Mega operação da GNR apreende 7,5Kg de haxixeA GNR apreendeu, no passado dia 22 de Fevereiro, 37 460 doses individuais de haxixe e deteve 8 homens suspeitos de tráfico de droga, durante uma operação levada a cabo em Sines e Vila Nova de Santo André.Na acção, que envolveu 12 buscas domiciliárias, foi ainda apreendido 19,5 gramas de MDMA, 69,2 gramas de liamba e 4.100 euros em dinheiro e uma arma transformada.

Estiveram envolvidos 105 militares dos destacamentos ter-ritoriais de Santiago do Cacém e Grândola, do destacamento de Intervenção de Setúbal e da Unidade de Intervenção da GNR.Os detidos foram presentes a Tribunal Judicial de Santiago do Cacém desconhecendo-se ainda as medidas de coacção aplicadas.

Os Águias de Alpiarça, em 1955, apresentaram-se à 18.ª “Volta a Portugal em Bicicleta” com alguns nomes sonantes da época, tais como: José Mirando do Céu, Aníbal Costa, Zé Domingos João Contente, António Adegas, etc.

Os rapazes do Águia não se portaram assim tão mal a classificando: José Miranda do Céu em 17.º e, António Adegas em 19.º e, por equipas, obti-veram a 7.ª classificação, enquanto Ribeiro da Silva,

do Académico, foi o vence-dor da Prova.Em 1956 foi inaugurada a nova pista de ciclismo que deixou de ser em terra batida e passa a ser em alcatrão, uma obra que nasceu do empenho da população.António Adegas natural de Santiago do Cacém, na sua época de ciclista também representou o Sport Lisboa e Benfica por quatro épocas, um homem que nunca perdeu nenhuma pedalada como ciclista e, como acom-panhante. Já foi motorista de vários comissários em várias “Voltas a Portugal” em Bicicleta”. Sempre se mostrou um homem simples e honesto, amigo dos seus amigos, sempre pronto para qualquer

etapa que seja convidado.Como não poderia deixar de ser, foi também parar à “Volta do Alentejo” através do seu amigo e colega do Benfica, Manuel da Gaita, homem que concretizou um sonho a “Volta ao Alen-tejo”.António Adegas, na pri-meira Volta, teve como fun-ções, a de ser motorista do director da corrida, função essa que foi alterando de ano para ano, vindo a ser moto-rista do médico, do carro de apoio (neutro), etc.

Os participantesda “Volta ao

Alentejo”eram quase uma família

A “Volta ao Alentejo” era quase como uma família, diz o Adegas. As Câmaras Municipais ofereciam sempre o jantar. Conheciamos todos. Era uma festa. Hoje é mais profissional. Já não é aquilo que era... Mas António Adegas sempre tem o seu carro com um abasteci-mento, onde … pão caseiro, queijo, fruta, vinho e umas cervejas nunca faltam.Não posso deixar de recor-dar que este santiaguense da gema tem levado a Santiago do Cacém grandes palcos do ciclismo nacional, com partidas/chegadas da “Volta a Portugal”, bem como da “Volta ao Alentejo”.

(ver quadro)

Volta ao AlentejoApós 25º edição, Santiago do Cacém foi contemplada

1.ª edição - 5.ª etapa – Beja - Santiago……….….……176 Km 2.ª edição - 2.ª etapa - Évora – Santiago do Cacém.....144 km 3.ª edição - 1.ª etapa – Santiago - Beja………….…......179 km 4.ª edição - 2.ª etapa – Santiago - Beja………….…….204 Km 5.ª edição - 5.ª etapa – Beja - Santiago………….…….161 Km 6.ª edição - 5.ª etapa – Santiago - Moura………..……207 Km12.ª edição - 3.º etapa - Serpa – Santiago……….….….180 Km18.ª edição - 1.ª etapa - (cri) – S. André – Santiago…....12,5 km 25.ª edição - 1.ª – etapa – Santiago – Odemira……..…..150 km

António Adegas, um homem simples

Francisco do Ó Pacheco

Onde vamos?Uma sociedade confusa é o mínimo que se pode dizer desta nossa comunidade que fala português de origem latina. As notícias e as agendas que nos dominam diaria-mente são mais ou menos por esta ordem: os crimes de todo o tipo, do colari-nho branco do caso Casa Pia ao sucateiro ao jovem desaparecido e que a polícia pouco ou nada ligou, ao simples tráfico de droga; a troika a tal equipa de três entidades internacionais, a saber o Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a União Europeia, que à pala de nos venderam uns milhares de milhões de euros a juros insuportáveis, entraram pela nossa casa adentro mexem nas gavetas espreitam nos guarda-fatos e querem as

listas com as relações das nossas despesas para verifi-carem se estamos a gastar o dinheiro que lhes compra-mos, bem ou mal; o cam-peonato nacional de futebol principalmente a primeira liga se o campeão vai ser o Benfica ou o Porto e por arrastamento as outras ligas europeias onde jogam ou onde treinam profissionais portuguesas: e em último lugar as lutas dos traba-lhadores e do movimento sindical sempre na pers-pectiva não da própria luta social dos trabalhadores por melhores condições de tra-balho e de vida ou por repo-sição da legalidade mas na perspectiva dos coitadinhos, que estão sem ordenados já lá vão não sei quantos meses e se calhar a empresa vai fechar e não conseguem falar com o patrão. Esta a

nossa triste realidade todos os dias inundada de casos que nem chegam a ser casos mas que faz esque-cer o essencial da vida, a história de um povo que já foi grande mas que defi-nha e os direitos humanos sempre tão apregoados para egípcios, líbios ou sírios de acordo com os interesses dos países que comandam o planeta e sempre esque-cidos para aqueles que moram mesmo ali a nosso lado. Essa coisa dos direitos humanos é porreira para aplicar ao pessoal do petró-leo, a malta daqui deste cantinho ibérico não tem direito humano nenhum... nem o subsídio de desem-prego ou uma pensãozinha em condições. E este raio de verão no inverno que nunca mais acaba... e não chove!

Page 20: Jornal Litoral Alentejano

www.jornallitoralalentejano.com

Tel./Fax: 269 822 570

Presidente da Distrital do PS presta contasSegundo um documento assinado pelo Dr. Vítor Ramalho, na sua qualidade de Presidente da Federação Distrital do Partido Socialista, datado do pas-sado dia 20 de Fevereiro, o dirigente dá conta de que não será candidato no próximo mandato àquela Distrital e, em síntese, analisa o momento político em que vivemos.

Um documento assinado pelo Dr. Vítor Ramalho – presidente da Federação Distrital do PS, detalha, em síntese, o percurso do seu consulado enquanto dirigente daquela Distrital, começando por lembrar que: “Há três mandatos sucessivos que os mili-

tantes do PS do distrito de Setúbal me confiaram a liderança. Ao reler três moções que subscrevi, “Um Distrito, um Projecto” (2006), “Servir Setúbal pelas causas do

Socialismo” (2008) e, “Novos desafios, novas res-postas” (2010) orgulho-me do trabalho amplamente participado sem cedências nos valores e nos princí-pios, suportando nestes a unidade na acção. Em articulação com as equipas que escolhi pro-

curei honrar o PS e os militantes, priorizando as ideias, a importância da organização, a relação com a sociedade, a necessidade da revisão dos estatutos, neste caso em defesa do

ideário e de causas, nome-adamente contra os sindi-catos de voto, que ainda há dois meses me levaram a colocar dúvidas sérias sobre inscrições de candi-datos a militantes em várias secções do distrito. Pro-curei ainda não ceder em

tacticismos de meros inte-resses pessoais, a deserções dos combates nacionais em eleições autárquicas e legislativas, ou à utilização da injúria como arma de arremesso inclusive contra camaradas. Chamei à atenção para a crise que aí vinha, crise essa que qualifiquei de estrutural, salientando ser importante “precaver-nos a tempo contra os riscos

políticos, económicos, financeiros e sociais” a que neoliberalismo e o pragma-tismo nos estavam a con-duzir”. Infelizmente no caso por-tuguês com consequên-cias gravíssimas, como a acção do governo actual o demonstra, cego perante tecnocratas da TROIKA, governo esse que prosse-gue uma politica de des-

mantelamento do Estado, com efeitos perversos sobre quem mais precisa. A política prosseguida por ele é errada e decorrente também da actual concep-ção dos dirigentes da U.E. Temos de contribuir para a

alterar. A análise que fizemos da crise foi acertada e por o ser promovemos inúmeras iniciativas, chamando ao distrito personalidades dos mais variados quadrantes para nos ajudarem a reflec-tir para a acção quer a nível nacional quer a nível distri-tal. Darei em breve informa-ção detalhada do traba-lho desenvolvido, como

sempre sucedeu no final de cada mandato, com textos que designei por “Prestar Contas”. Face à proximidade dos actos eleitorais internos no PS queria reiterar, mais uma vez, que não serei novo candidato, apesar de estatutariamente o poder ser. À data em que me apre-sentei como candidato no

último acto eleitoral afir-mei que não me recandida-taria. Antes já havia volun-

tariamente tomado posição idêntica quando recusei ser candidato a deputado, apesar dos apelos a que o fosse. Entendo enquanto dirigente dever demonstrar desapego aos lugares porque é assim que interpreto as responsa-bilidades cívicas e pedagó-gicas que me confiaram. Cumprirei o que afirmei porque o pior que um polí-tico pode fazer é dar o dito por não dito. Cumprirei as minhas obri-gações até ao termo do actual mandato, assumin-do-me depois como um militante que não abdica de ser interveniente. Por ora queria expres-samente dar conta que perante os candidatos que se apresentarem ficarei equidistante dessas can-didaturas como a meu ver deve ocorrer neste caso, em que não sou candidato. Tenho como é público con-vicções firmes que mani-

festo, independentemente dos lugares que ocupo, e que sempre deixei claras,

não renegando o que fiz e porque o fiz, mas o meu objectivo agora é que os actos eleitorais decorram com elevação, no debate de projectos e de ideias, valorizando a autonomia da federação perante as demais estruturas partidá-rias, sem subserviências, uma vez que o presidente tem legitimidade própria decorrente do voto directo de todos os militantes do distrito. Nunca devemos aceitar ser condicionados pelo que quer que seja, como é pró-prio de um partido livre, de homens e mulheres livres e estruturante da nossa demo-cracia, embora conscientes que a promoção da unidade do partido é sempre supor-tada em valores e não na arregimentação de militan-tes”. Um documento que detalha o trabalho realizado para a história do PS no Distrito de Setúbal.

Face à proximidade dos actos eleitorais internos no PS queria reiterar, mais uma vez, que não serei novo candidato, apesar

de estatutariamente o poder ser

Chamei à atenção para a crise que aí vinha, crise essa que qualifiquei de

estrutural, salientando ser importante, “precaver-nos a tempo contra os riscos

políticos, económicos, financeiros e sociais” a que neoliberalismo e o

pragmatismo nos estavam a conduzir