jornal litoral alentejano

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1 de Novembro 2011 Ano XI n.º 245 Quinzenal Preço 0.50 Directora n Aliette Martins m Director-adjunto n Marcos Leonardo Crise torna Saúde na campeã do corte na despesa Quem não tem dinheiro deve morrer Teatro do Mar 25 anos a trazer novos sentidos Um povo que não pensa é mais fácil de manipular. O teatro desde que nasceu que é um reflexo da sociedade e logo um estímulo ao pensamento, mesmo que seja estético ?

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Jornal Litoral Alentejano - Edicao 245

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1 de Novembro

2011

Ano XI n.º 245

Quinzenal Preço 0.50 € Directora n Aliette Martins m Director-adjunto n Marcos Leonardo

Crise torna Saúde na campeã do corte na despesa

Quem não tem dinheiro deve morrer

Teatro do Mar 25 anos a trazer novos sentidos

Um povo que não pensa é mais fácil de manipular. O teatro desde que nasceu que é um reflexo da sociedade e logo um estímulo ao pensamento, mesmo que seja estético

?

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Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Novembro de 2011 www.jornallitoralalentejano.com02

PropriedadeLitoralPress, Lda

DirectoraAliette Martins

Director AdjuntoMarcos Leonardo

RedacçãoAliette Martins

([email protected])

Raul OliveiraClaúdio Catarino

Angela Nobre([email protected])

Rute Canhoto([email protected])

Joaquim Bernardo([email protected])

Helga Nobre([email protected])

Bruno Cardoso([email protected])

CronistasFrancisco do Ó

Custódio RodriguesSerafim MarquesVeríssimo Dias

SecretariaAna Cristina

FotografiaPaulo ChavesAna Correia

Luís GuerreiroJosé Miguel

Duarte Gonçalves

PublicidadeMarcos Leonardo

Telem. 919 877 399

PaginaçãoARTZERU, Lda.

Telef. 265 232 [email protected]

DistribuiçãoVelozEficácia269 862 292

SedeColégio de S. JoséRua do Parque, 10

7540-172 Santiago do Cacém

Tel./Fax: 269 822 570Telem. 919 877 [email protected]

DelegaçãoRua do Romeu, 19-2.º

2900-595 SetúbalTelf./Fax: 265 235 234

Telem. 919 931 [email protected]

Membro :

Aliette [email protected]

Saúde é campeã do corte na despesaQuem não tem dinheiro deve morrer?Na Estratégia Orçamental para os próximos quatro anos, o Governo assume “redução substancial” da despesa na Saúde já em 2012. Depois do travão a fundo em 2012, o Executivo prevê uma “trajectória de ajustamento orçamental sustentável em termos intemporais”.

A despesa pública com a Saúde vai sofrer “uma redução substancial no próximo ano”, conforme anunciou o Governo, na Estratégia Orçamental até 2015, apresentada pelo Ministro das Finanças, Vítor Gaspar.Depois do travão a fundo em 2012, o Executivo prevê uma “trajectória de ajus-tamento orçamental sus-tentável em termos intem-porais”.

As percentagensque diminuirão

a factura públicana Saúde

Num dos quadros que acom-panha o documento, em que se pesa o efeito directo das medidas de consolidação orçamental nos dois próxi-mos anos, verifica-se que a diminuição da factura pública no sector da Saúde equivale a 0,5 do PIB (pro-duto interno bruto) em 2012 e a 0,3 em 2013 – no total – e para que sirva de compa-ração, a diminuição da des-pesa em todo o espectro do Estado permitirá um ajus-tamento de 3% no próximo ano.A contracção das contas da Saúde, pela leitura do mesmo quadro, será conse-guida nas áreas como a do medicamento, subsistemas públicos ou reestruturação dos hospitais.O documento tornado público, não revela em pormenor as intenções do Governo. No entanto, a sín-tese de medidas elencadas dá uma ideia dos caminhos que serão seguidos para garantir, conforme é alegado, a “sus-tentabilidade financeira” do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Política do medicamento

Em relação à politicado medicamento, destaca-se a promoção dos fárma-

cos que não são originais. “Mediante a remoção de todas as barreiras à entrada de genéricos no mercado e à promoção da prescrição pelos médicos”, aponta a estratégia para orçamental.A revisão do sistema de preços, através, por exem-plo, da alteração do cálculo das margens de lucro de distribuidoras e farmácias, é outra das medidas enun-ciadas no campo do medica-mento.Na alínea dedicada à “racio-nalização de recursos e controlo de despesa”, o documento refere medi-das como a adopção de um plano de redução de custos nos hospitais, a revisão da tabela de preços a pagar ao sector convencionado ou rendibilização da capaci-dade hospitalar – “nomea-damente no que se refere à internacionalização de cuidados de saúde ou de meios complementares de diagnóstico actualmente realizados no exterior”.

A revisão das taxasmoderadoras

A revisão do modelo das taxas moderadoras, por outro lado, abre o elenco das chamadas medidas estru-turantes. Aqui, o Governo compromete-se igualmente com a “racionalização da oferta de cuidados hospita-lares” e com o “reforço dos cuidados primários”. Tudo isto, lê-se no documento, “potenciando a integra-ção dos vários níveis de prestação de cuidados de saúde”. A avaliação do modelo financiamento, bem como dos cuidados primários, está ainda nos planos do Ministé-rio da Saúde, que anunciou a elaboração de um plano estratégico para o sector com um horizonte orçamental de médio e longo prazo.

Prevista a remodelação

de governaçãodos hospitais empresa

Estruturante também a pre-vista remodelação do modelo de governação dos hospitais empresa. O documento não avança mais pistas. Apenas acrescenta à lista de medidas a “reavaliação dos critérios das administrações hospi-talares por forma a obter um processo de nomeação mais transparente e exi-gente”.

Menos 800 milhões de euros,

será o corte da despesa na Saúde

Vamos a algumas explica-ções complementares: Na hora de cortar despesa, o Ministério da Saúde é o que se chega mais à frente: são para cima de 800 milhões de euros no próximo ano, enquanto na Educação e Segurança Social os valo-res pouco ultrapassam, res-pectivamente, os 500 e 200 milhões de euros.A distribuição da redução dos encargos na área da Saúde segue justamente a estrutura de medidas cons-tantes no referido docu-mento. Pela sua análise, verifica-se que é, na racio-nalização de recursos e no controlo da despesa, que o Estado obterá a maior fatia de poupança: um pouco mais de 300 milhões de euros.Estão aqui englobados mon-tantes que deverão resul-tar do plano de redução de custos dos hospitais e da revisão da tabela de preços a pagar ao sector conven-cionado. Um maior apro-veitamento da capacidade instalada das Unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), em termos de meios complementares de diagnós-tico, bem como a centraliza-ção de compras, contribuem também para os cortes espe-rados.

Medidas estruturais e transversais

O segundo maior quinhão de contracção de custos fica por conta das chamadas “medi-das estruturais” e “trans-versais”. Estão em causa praticamente 250 milhões de euros.

Racionalização da oferta

dos cuidadosde Saúde

hospitalares?

A racionalização da oferta dos cuidados de saúde hospitalares, que pode ser interpretado com o fecho de unidades ou a concentração de serviços – os de Urgên-cia, por exemplo -, deverá constituir uma das princi-pais ajudas para alcançar a meta desejada. A avalia-ção de saúde primária entra igualmente nesta parte das contas.As mesmas incluem ainda a averba resultante do aumento de taxas moderadoras, assim

como parcelas decorrentes do plano estratégico que o Ministério da Saúde vai ela-borar e da revisão do modelo de governação dos hospitais EPE (entidades públicas empresariais).

Política do medicamento

À custa da alterações a intro-

duzir na política do media-mento, o ministro Paulo Macedo prevê emagrecer a correspondente factura em cerca de 180 milhões de euros. Um objectivo tra-çado por via da revisão do sistema de preços – a altera-ção do cálculo das margens de lucro das distribuido-ras de farmácias é um dos caminhos apontados – e da promoção da utilização dos genéricos.Relativamente a estes últi-mos, a tutela está a pensar na “remoção de todas as barrei-

ras à entrada dos genéricos no mercado” – um dos obs-táculos são as providências cautelares interpostas pelas companhias farmacêuticas por causa das suas patentes – e da sua prescrição pelos médicos.

Os clínicos são chamados

a desempenhar

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mais um papel?

Os clínicos são ainda chama-dos a desempenhar mais um papel no esforço de conten-ção de despesa. Isto quando são desafiados a seguirem as designadas normas de orien-tação clínica é um processo já em curso na Direcção-Geral de Saúde.Esta medida enquadra-se no campo da “prescrição e monitorização”, onde o Governo pensa poupar quase 70 milhões de euros. O valor mais modesto de

todos os apresentados.

Depoimentos:cortes, cortes e

mais cortes

“Corte” foi a palavra de ordem no mês de Agosto na Saúde. O ministério da Paulo Macedo não perdeu tempo e decidiu redu-zir em 10% o pagamento

das horas extra, reduzir o preço a pagar aos tarefei-ros; cortes 50% nos incen-tivos às equipas de colheita e transplante e, ainda, diminuir os custos com o MCDT convencionados e os preços com a hemodi-álise. A tutela suspendeu ainda os reembolsos direc-tos aos utentes”.

In Jornal de 5 de Setembro – Tempo

Medicina

“É de lamentar que não se recorra ao sector social na

Área da Saúde”.Manuel de Lemos,

presidente da União das Misericórdias Portuguesas

“Não aceitamos que haja normas numa base da obrigatoriedade e que tenham um objectivo eco-nomicista, nem que impo-nha limites na prática clí-nica”.“Há cada vez mais doen-

tes e deprimidos. Temos registado na nossa prática do dia-a-dia, que as pes-soas estão mais ansiosas e deprimidas com os proble-mas laborais”.

Rui Nogueira, vice-presidente da

Associação Portuguesa de Médicos de Clínica-Geral

“Na prática que dirijo, o da transplantação pul-monar, única até hoje no País, teremos poupado ao erário no ano tran-sacto um milhão de euros pela menor necessidade de recurso ao estrangeiro onde a transplantação nos custa quase o dobro, para não falar da deslocaliza-ção”.Ate 2020 vamos ter 6000 médicos a mais, o que vai trazer desemprego, expor-tação de médicos e redução de qualidade. Quando os médicos e os doentes forem mercadoria, os clínicos vão disputar doentes com mais pedidos de exames, con-sultas e actos que se vão multiplicar, reduzindo a qualidade e aumentando a despesa.“A economia dita hoje as regras também na Saúde mas, tal como dizia Eins-tein: “nem tudo o que pode ser medido conta e, nem tudo o que conta pode ser medido”.

José Fragata, cirurgião

“O Governo está a querer poupar mais na Saúde do que a troika preconiza, o que é inaceitável. Quer ir buscar à Saúde para tapar buracos noutros sectores”.Porque razão é que o Governo não regula também o mercado com-bustível e desce o preço dos combustíveis?José Manuel Silva,

Bastonário da Ordem dos Médicos, a propósito da

redução do valor a pagar aos tarefeiros

O colapso de Farmácias

Entretanto, também já vai sempre do conhecimento público o desconforto em que muitos responsáveis do sector farmacêutico em que se encontram levando a que as “Associações de Farmácias e Distribuido-res no Mercado Ambula-tório” a alertarem para o colapso das farmácias. “A situação”, dizem, “está a degradar-se a ritmo acele-rado desde 2005. O cená-rio é de alerta, de acordo

com dados adiantados pelo sector: 20% das farmácias estão sem dinheiro para repor stocks. Cerca de 604 farmácias suspenderam já os fornecimentos de medi-camentos, mais 154 que no final de 2010. O número de processos judiciais para execução de dívidas também aumentou, assim como o número de farmá-cias que pagam a fornece-dores acima dos 90 dias”.

Reacção de Políticos e da Sociedade Civil

No 15 de Outubro, um dia após o discurso Pedro Passos Coelho ter dado conhecimento ao País do Orçamento de Estado para 2012, foram muitos os pro-testos dos indignados, a que se juntaram, de polí-ticos, personalidades de reconhecida competência e a voz de muitos cidadãos. Na RTP, D. Januário Torgal Ferreira, em entre-vista à RTP criticou as opções do Governo para o Orçamento de 2012, que acusa de “falta de luci-dez”.“Sinto que a classe média em Portugal e os mais des-favorecidos vão ser per-feitamente esmagados”, alertou o Bispo das Forças Armadas. “Eu não sei se não estaremos a caminhar para o Apocalipse New da Grécia”. Também na RTP, Mário Zambujal comentando as notícias nacionais, o Orça-mento foi o tema forte. Disse o escritor: “(…) esperava que fosse mau, mas é pior…”. Isto não dá. Esta forma de governar. Esta forma de viver não dá. É a revolta”,

adiantando: “Não vejo uma organização global contra a economia de mercado. Vejo é revolta” e, questio-nou:_ “Cá dentro ainda não se sabia dos buracos que existiam?, concluindo: “Faltou ao Primeiro-mi-nistro uma palavra para dizer: “2012 vai ser um ano terrível, mas isto resultará, para além da pancada vio-lenta que foi dada em toda a gente”.

O Poder Localna tentativa de

impediro encerramento

de algunsCentros de Saúde

Para o fim ficam os da “Casa”, com todo o nosso respeito. Trata-se de diligên-cias do Poder Local, na ten-tativa de impedir o encerra-mento de Centros de Saúde em Freguesias isoladasDesde 2010, populações do concelho ficaram privados de nove médicos de família No dia passado dia 13 de Outubro, Autarcas do Muni-cípio de Santiago do Cacém reclamaram medidas urgen-tes - em médicos e profissio-nais de saúde - para o con-celho. Nesse sentido, Vítor Pro-ença, Presidente da Autar-quia, e acompanhado pelo Presidente da Assem-bleia Municipal, Ramiro Beja e pelos Presidentes das Juntas de Freguesias de Santo André, (Jaime Cáceres), São Francisco da Serra (Pedro Gamito) e São Bartolomeu (Armando Climas) reuniu hoje com o Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da

Costa. Em causa levaram – mais uma vez à tutela – a infor-mação “gritante da falta de médicos e de enfermeiros nos cuidados primários de saúde e as consequências negativas para as popula-ções recentemente agra-vado com o encerramento de três extensões de saúde no concelho (São Bar-tolomeu, em Fevereiro), Deixa-o-Resto no dia 30 de Junho) e no passado dia 3 de Outubro (São Francisco da Serra.) ” Situação esta considerada como: “inaceitável dado que sendo Santiago do Cacém o terceiro municí-pio do Alentejo em peso demográfico, com 31 mil habitantes, em que sete mil não têm médico de família.”A Câmara Municipal de Santiago do Cacém deu a conhecer ao Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde o facto de recen-temente, particularmente desde 2010, as populações terem ficado privadas de quatro médicos por aposen-tação, uma médica por baixa prolongada, duas médicas foram transferidas para Sines, dois médicos cujos contratos não foram reno-vados, havendo ainda uma incerteza quanto à renovação do contrato com mais uma médica e com outra médica cujo contrato termina a 31 de Dezembro.O Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém colocou ainda ao Secretário de Estado a necessidade de recorrer a “mais médicos cubanos ou de outras partes da Amé-rica Latina, um número não inferior a cinco, tendo

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em conta o défice significa-tivo de médicos nos cuida-dos primários assim como uma carga muito significa-tiva na urgência hospita-lar do Hospital do Litoral Alentejano, que tem cada vez menos condições para dar uma resposta satisfa-tória.” Os Presidentes das Juntas de Freguesia chamaram à atenção do Secretário de Estado para a necessidade de respostas descentralizadoras que não sobrecarreguem as populações que vivem longe e de um modo geral pessoas com idade avançada a deslo-carem-se dezenas e dezenas de quilómetros para a sede

do concelho.Da parte do Secretário de Estado Adjunto do Minis-tro da Saúde foi assumido um compromisso de que a orientação do Ministério não aponta para o encerra-mento de extensões de saúde e que procurarão encontrar alternativas em profissionais de saúde, particularmente medidas que passam pelo recrutamento de médicos de família (nacionais ou estran-geiros) para minimizar défi-ces nos cuidados primários no país.

DORLA do PCPLitoral Alentejano

promove conferênciade Imprensa

No dia 11 de Outubro, a DORLA do PCP, na sua sede em Santo André, pro-moveu uma conferência de imprensa para dar conheci-mento das intervenções que iria ter na AR, reafirmando o que já vem sendo dito e que no essencial frisa que “Estamos perante uma nova e gravíssima etapa no ataque ao Serviço Nacio-nal de Saúde (SNS), subli-nhando que “O Governo PSD/CDS-PP não vê a saúde como um direito fundamental das popula-ções”, nem se importa que

as populações tenham ou não acesso à saúde ou se os cuidados são prestados com qualidade. Foram também detalhados quais são os números dos cortes já feitos e dos que o Orçamento para 2012 obri-gará, denunciando os cons-trangimentos nos hospitais, onde há falta de material clínico e se dá a rotura de serviços.Foi ainda denunciado que “Segundo o Observató-rio do Emprego Público, o Ministério da Saúde perdeu 24.800 trabalhado-

res, entre 31 de Dezembro de 2005 e 30 de Junho de 2011”.O aumento das Taxas moderadoras, bem como o aumento do preço dos medi-camentos, segundo o PCP, “constituem mais um passo na deterioração do SNS, subvertendo os princípios constitucionais, do Direito Universal à Saúde, inde-pendentemente das condi-ções socioeconómicas.

Foi feita referência ao Hospital do Litoral Alen-tejano, com a afirmação de que, “há falta de médi-cos, enfermeiros e pes-soal auxiliar, o Serviço de Imagiologia está entregue a uma empresa privada, a pediatria está apenas a funcionar com um médico e não há serviço de urgên-cia. O espaço construído para a maternidade, foi ocupado com uma unidade de serviços continuados. Nas urgências o tempo de espera é cada vez maior. As consultas de especiali-

dade arrastam-se cada vez por mais tempo”.Por fim, a exposição englo-bou “os Centros e Exten-sões de Saúde (os que funcionam), verifica-se uma carência de médicos, enfermeiros e auxiliares, deixou de haver aten-dimento permanente, o horário é bastante redu-zido e não há serviços de urgência. Há Extensões de Saúde em que o médico só

vai uma vez por semana, situação que se agrava com o encerramento de mais unidades.Mais recentemente, foram encerradas as Extensões de Saúde de S. Bartolomeu, S. Francisco e Deixa-o-Resto, no concelho de Santiago do Cacém, Luizianes Gare, no concelho de Odemira e está anunciado, para o final de Outubro, o encerramento da Extensão de Saúde em Montevil, do Barrancão, no concelho de Alcácer do Sal. Em Sines o Centro de Saúde está por cons-

truir”, referindo-se também a Grândola, afirmando que “a população continua a luta pela reabertura do SAP – Serviço de urgência e do posto médico do Canal Caveira”, uma política que não encontra eco no PCP.

São os Idososos que mais sofrem

sem transportespúblicos

O documento que serviu de base à conferência de imprensa assinalou os problemas existentes com as deslocações, nomeada-mente das pessoas mais idosas, “ Numa região em que as distancias são gran-des, sem transportes públi-cos, com uma população envelhecida e com poucos recursos financeiros, onde cerca de 40% dos utentes não tem médico de família, o encerramento de Exten-sões de Saúde, o corte no transporte de doentes, a que acresce o aumento das despesas com a saúde, resultado do corte nas comparticipações, colo-cam a população do Lito-ral Alentejano em grandes dificuldades. A saúde é no Litoral Alen-tejano um problema muito sério, que exige resposta com outra política para o sector”.

Associação Unitária de Reformados, Pensionistas e Idosos do Concelho de Alcácer do Sal

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DE12 DE NOVEMBRO DE 2011

CONVOCATÓRIA

Ao abrigo do artigo 27.º dos Estatutos desta Associação, convoco a Assem-bleia Geral a reunir, em sessão ordinária, na nossa Sede, Avenida dos Avia-dores N.º 9, em Alcácer do Sal, no dia 12 de Novembro de 2011, pelas 13.30 horas com a seguinte:

ORDEM DE TRABALHOS

Ponto 1 – Leitura e Aprovação da Acta AnteriorPonto 2 – Apreciação e Aprovação da Conta de Exploração PrevisionalOrçamento de Investimento e Desinvestimento para 2012Ponto 3 – Aprovação do Programa de Acção-2012Ponto 4 – Outros Assuntos do interesse da Associação.Nota: Se à hora marcada não houver número legal de Associados a Assem-bleia reunirá meia hora depois com qualquer número de sócios presentes.

Alcácer do Sal, 25 de Outubro de 2011A Presidente da Assembleia Geral

(Ernestina Rosa Tanganho Marques Santana)

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Banco Alimentar Contra a Fome ajuda 25 mil pessoas no distrito de Setúbal

“Aproveitar onde sobra, para distribuir onde falta”O número de pessoas necessitadas no distrito de Setúbal tem vindo a aumentar “assustadoramente”, alerta o presidente do Banco Alimentar Contra Fome de Setúbal, em vésperas da campanha de recolha de alimentos nos supermercados.

“Falta coragem para dizer que não” diz António Alves, o presidente do Banco Ali-mentar Contra a Fome de Setúbal. No distrito, perto de 25 mil pessoas, contam com a ajuda destes volun-tários que, diariamente, travam uma verdadeira luta para ajudar os mais necessi-tados. “Ajudamos mais de 140 instituições e temos 43 em lista de espera, ou seja cinco mil pessoas não rece-bem o nosso apoio e isto é que é dramático para nós”, lamenta o responsável distrital.António Alves partilha a história da organização com os restantes voluntá-

rios, durante uma visita às instalações do núcleo do

Litoral Alentejano do Banco Alimentar, em Vila Nova de Santo André, Santiago do Cacém.No armazém, vazio, os poucos voluntários pre-param-se para mais uma campanha de recolha de alimentos em supermerca-dos (ver caixa). “O número de pessoas necessitadas tem aumentado assusta-doramente”, refere Antó-nio Alves. O desespero das famílias leva-as a recorrer directamente aos armazéns mas os responsáveis não incentivam esse compor-tamento. “Não podemos dar às pessoas e temos de explicar que distribuímos

às instituições com quem temos protocolos e acordos

e a quem fornecemos os produtos para refeições ou para cabazes”, vinca Júlio Milharadas.O responsável pelo núcleo do Litoral Alentejano está preocupado com as boxes vazias e a falta de alguns alimentos. “Já não temos leite” diz com o semblante carregado. “O mês passado recebemos uma palete de leite da Petrocoop mas não chegou para suprir as necessidades. Entretanto, alguém na Escola Tecnoló-gica do Litoral Alentejano decidiu fazer uma cam-panha para angariar leite para o banco alimentar.

Esperamos com agrado o contributo” sorri.

Todos os meses, do velhi-nho armazém, saem 1500 litros de leite. Em Setembro, apenas, 300 litros foram dis-

tribuídos pelas instituições e, este mês, o resultado da campanha da ETLA será preciosa.A ajuda é distribuída por 27 instituições de caridade e solidariedade social dos concelhos de Sines, San-tiago do Cacém, Alcácer do Sal, Grândola e Odemira. É assim, desde Abril de 2005. Dos quatro voluntários ini-ciais, o núcleo cresceu para perto de dez pessoas que prestam apoio nas várias

áreas relacionadas com a distribuição dos alimen-tos. “Precisamos dessas pessoas para distribuí-rem os alimentos, todas as segundas quartas-feiras de cada mês”, diz Júlio Milharadas enquanto empurra um empilhador carregado com bens ali-mentares.Desta vez é a carrinha da Cercisiago que faz a ‘visita’ mensal. Azeite, óleo, açúcar e leite, são colocados de forma apres-sada no interior da carri-nha. As crianças e jovens nos assentos prendem o olhar, ao trabalho dos colegas mais velhos que ajudam no carregamento. Uma assinatura para vali-dar a entrega e o serviço

fica completo. Júlio volta ao armazém e arruma a boxe daquela instituição junto das restantes, cujo vazio denuncia uma ‘visita’ prévia.“Aproveitar onde sobra, para distribuir onde falta” é a missão destes voluntários cujos rostos felizes, saltam à vista nas inúmeras fotogra-fias expostas nas paredes do armazém. Quando chegam as campanhas contam com cerca de 2500 voluntários em todo o distrito de Setúbal. Em Santo André chegam às cem pessoas. No caso do litoral alentejano, “estamos a tentar arran-jar pessoas que, junto das grandes superfícies, possam trazer produtos para distri-buir, porque este armazém está quase vazio”, apela Júlio Milharadas.

Um casal de voluntários

Júlio e Lúcia Milharadas, dão a cara pelo núcleo do Litoral Alentejano do Banco Alimen-tar Contra a Fome, desde Maio de 2005. “Decidimos ir à primeira reunião do grupo, mas como só apareceram 4 voluntários, dois casais, acabamos por aceitar esta responsabili-dade”, conta Lúcia Milharadas, incentivada, na altura, pelo padre Manuel Malvar.“O mal é começar e depois as coisas vão crescendo e já não conseguimos parar”, adverte a responsável que admite “algum cansaço” passados todos estes anos. “Para nós era importante que aparecesse um casal mais jovem para dar seguimento ao nosso trabalho, porque o nível de controlo de tudo isto é bastante trabalhoso”, adianta a responsável.“Todos os meses temos esta actividade certa e fazemos um pouco de tudo, desde a limpeza do armazém, às boxes e gestão das campanhas”, conta o casal.Para Lúcia e Júlio, ser voluntário no Banco Alimentar “é muito gratificante” porque “só assim é possível perceber como é pre-ciosa a generosidade das pessoas”.Embora, o seu trabalho nunca se esgote no final de cada campanha, o casal, apela à par-ticipação da população na próxima recolha de alimentos. “Basta aparecer no dia da campanha e ajudar na recolha e distribuição”.

Campanha de Recolha de Alimentos

A próxima campanha de recolha de alimentos em supermercados do Banco Alimentar Contra a Fome, realiza-se nos dias 26 e 27 de Novembro e os responsáveis apelam mais uma vez ao apoio e solidariedade dos portugueses.Com a crise “as empresas diminuíram em muito os excedentes e deixaram de haver stocks mas ainda assim, nas últimas campanhas, o apoio tem vindo a aumentar”, adianta Maria Manuel Mexia, directora de campanha no distrito de Setúbal.

A responsável adianta que os efeitos imedia-tos da crise sentem-se nos produtos “fres-cos”. As empresas “têm mais cuidado com aquilo que produzem”, acrescenta. Além do apoio dos consumidores, o traba-lho dos responsáveis passa também por con-seguir reunir o maior número possível de voluntários na recolha, separação e distribui-ção dos alimentos.Um fim-de-semana de campanha “é um esforço muito grande que só pode ser feito com a ajuda dos voluntários e das insti-tuições que têm um papel muito impor-tante nestas alturas”, refere Maria Manuel Mexia.

“É um sacrifício para a maioria dos voluntários mas é de facto uma alegria muito grande ver os produtos chegarem para serem distribuídos”, complementa o presi-dente do Banco Alimentar de Setúbal, António Alves.

“Precisávamos de instalações

melhores, porque estamos num

armazém antigo sem condições”,

Júlio Milharadas, presidente do Núcleo

do Litoral Alentejano.

“As campanhas representam 15 por cento daquilo que conseguimos angariar ao longo do ano”, Maria Manuel Mexia, directora das campanhas no distrito de Setúbal.

Helga [email protected]

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Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Novembro de 2011 www.jornallitoralalentejano.com06

Histórias do Ciclismo V

Manuel dos Santos

“Pedaladas”

Entre “Tops”

À medida que a “Volta” rola, a temperatura do ar sobe… “sobe, sobe balalão sobe”, por exemplo, está um calor abrasador, com os ter-mómetros a marcarem 40 graus, é natural que as pessoas optem por vestuário mais leve e mais fresco. Assim, enquanto os homens prefe-rem os shorts, as t-shirts e sandálias, as mulheres escolhem para a sua toilette, a mini-saia, os top’s e as sandálias para o seu dia-a-dia mas, não dispensado os agasalhos para a Serra da Estrela.

Óleo de Praia

São estranhos, os rituais praticados pelos intervenientes na “Volta a Portugal em Bicicleta”, principalmente nos locais da partida. Alguns até podem confundir os indígenas, principalmente os das terras do inte-rior do País, aqueles que estão mais longe do mar, é que, logo pela manhã, os rapazes das duas rodas, GNR, inclu-ída, besuntam os braços, as pernas, o rosto enfim… as partes nuas do corpo, com óleos de praia, protegendo-se dos raios solares, acabando por ganhar a chamada cor de pedreiro, porque, só ficam bronzeadas … as partes do corpo que se apresentam à vista.

Os pedintes

Sempre que uma viatura da caravana integrada na Volta a Portugal passa na estrada, o cenário repete-se: miúdos e graúdos começam os saltos e, estendem a mão… Conhecem bem os carros publicitá-rios. O que dizem, porque falam, não se percebe, mas como o gesto é

tudo, Fazem perceber que querem brindes. Normalmente a palavra de ordem é “tira, atira”, no caso são bonés e t-shirts, as peças mais desejados. Quando qualquer desses artefactos, atirados pelas janelas dos carros a fora, fazem a felicidade daqueles que as apanham. Esse momento, que se regista na Volta, é de uma pedinchice pegada.

18, 19 e 20 de Novembro em SinesCosta Alentejana, Turismo Todo o Ano Em Maio de 2010, a Turismo do Alentejo Litoral, pro-moveu a Conferência sobre

Turismo, Ambiente e Biodi-versidade que decorreu em Tróia.Esta iniciativa revelou-se um grande sucesso, pelo que a direcção da Entidade Regional de Turismo do Alentejo Litoral conside-rou da maior importância, organizar anualmente, uma Conferência, na qual fossem debatidos e reflectidos temas estratégicos para o Turismo, ao mesmo tempo que, com estes eventos, se asseguraria maior notoriedade à Costa Alentejana, Destino Turís-tico de Excelência, que esta Entidade tem como missão promover. Este ano há novos e impor-tantes motivos para a reali-

zação desta Conferência.Por um lado, a Turismo do Alentejo Litoral concluiu

nesta altura, dois dos seus principais projectos estra-tégicos: a criação de um Portal de promoção turís-

tica da Costa Alentejana, a Estratégia de Comunicação, Marketing e a Marca turís-tica do território.

Por outro lado, ainda que não seja uma questão nova, a sazonalidade está sempre na ordem do dia, até porque é uma das maiores preocupa-ções para todos os empresá-rios das diferentes activida-des turísticas e, obviamente, também para os autarcas que sentem bem o que signi-fica concentrar turistas em 2 meses do ano e depois assis-tir a uma drástica redução da actividade económica nos restantes 10 meses. A Costa Alentejana tem, no entanto fortes argumentos para o combate à sazonali-dade. Seja pelo excelente clima todo o ano, seja pela diver-sidade e beleza das suas

Paisagens, seja pela Gastro-nomia e pelos Vinhos, mas também pelo seu extraordi-nário Património.

Além destas potencialida-des, já existem iniciativas de animação turística prepara-das ou em preparação, para dar também um contributo no mesmo sentido. Sejam as Actividades Náuti-cas, Equestres, o Pedestria-nismo ou o Golfe. Mas também os eventos são e poderão ainda ser muito mais, uma boa ferramenta para atrair turistas fora da época tradicional de férias. Para esta Conferência o Turismo do Alentejo Litoral destaca três momentos:- A apresentação do Portal da Costa Alentejana, a Estratégia de Comunicação, Marketing e a Marca turís-tica deste território;

- A apresentação das diver-sas actividades e iniciativas de Animação Turística não sazonais;

- A apresentação de comuni-cações por parte de Investi-gadores Universitários sobre

o tema Costa Alentejana – Turismo Todo o Ano.Em simultâneo com a Con-

ferência e em cooperação com os Empresários e com os 5 municípios, será apre-sentada uma mostra dos

diferentes produtos turísti-cos da Costa Alentejana, na qual não faltarão as Provas

de Vinhos, os Acepipes, o Artesanato, a Música e o Teatro de Rua, iniciativa que visa atrair turistas para este fim-de-semana e para con-tribuir para a Mensagem - Costa Alentejana - Turismo Todo o Ano. O êxito desta Conferência, o Show Room e as diferen-tes iniciativas associadas, só são possíveis através de uma estreita cooperação com as Câmaras Municipais, neste caso com o município de Sines, que aproveita a opor-tunidade para organizar, com os Restaurantes, um Evento Gastronómico que ajude a atrair turistas para Sines neste fim-de-semana.

Entre aspas

Ate agora, os municípios faziam uma recepção aos participantes da “Volta”, sendo que, algumas autarquias decidiam fazer, além da recepção, a “festa do ciclismo”, com a realização de um jantar convívio. Como em geral essas iniciativas eram uma “seca”, por serem só para homens, passaram a preencher a noite com alguma animação, promovida pela juventude. Até aqui, tudo bem, mas… e, as garotas? Onde estavam as garotas?

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Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Novembro de 2011www.jornallitoralalentejano.com 07

Teatro do Mar, 25 anos a trazer novos sentidosNo momento em que assinala 25 anos de vida o Teatro do Mar, de Sines, assume a sua internacionalização. Nesta entrevista, Julieta Aurora Santos, directora artística da companhia, revela que o segredo para continuarem em cena reside numa grande dose de persistência, capacidade de sacrifício e união dos seus elementos, que, ao longo de 25 anos, sempre quiseram fazer mais e melhor.

Litoral Alentejano - Qual é o segredo para que uma companhia de teatro, que não esta localizada num grande centro urbano, consiga ter esta longevi-dade?

Julieta Aurora Santos - Resumindo apenas numa palavra, persistência. Penso que o segredo está em não desistir perante as adver-sidades, que foram muitas ao logo destes anos todos. A união entre os elementos de uma equipa, que acredita neste projecto e nos seus objectivos, é outro factor. Foi essa crença em conjunto com uma grande dose de persistência, capacidade de resistência e sacrifício que nos deu força para continuar ao longo destes 25 anos.

Litoral Alentejano - Quando o Teatro do Mar foi pensado teve como base alguma filosofia, qual era o vosso objectivo?Nos anos 80 o único objec-tivo era fazer teatro, envol-vendo o máximo possível de

jovens. Nós éramos amado-res, apesar de termos à nossa frente o Vladimiro Franklin que era um profissional desta área, e um homem de muitas valias. O Vladimiro era encenador, actor, figuri-

nista e cenógrafo reunia uma experiência de 20 anos no teatro, cinema e televisão. Estamos a falar de uma década em que as pessoas não estavam tão presas ao conforto, que as nossas casas hoje nos proporcionam. Um conforto que por vezes nos leva a uma certa inércia, e naquele tempo saíamos mais para a rua, comunicávamos mais directamente uns com os outros não ficávamos presos aos computadores e à televisão, que não tinham a força que hoje têm. Dessa interacção surgia a vontade de fazer “coisas juntos”.

Litoral Alentejano - Da parte dos dinamizadores do Teatro do Mar havia essa vontade de fazer coisas, e o público era receptivo a esse entusiasmo?

O público em Sines foi sempre muito generoso, e talvez tenha sido essa uma das razões que fez com que continuássemos ao longo destes anos. Desde sempre que, e mesmo quando a nossa actividade era dita amadora, tivemos muita gente a assis-tir aos nossos espectáculos, sempre recebemos muito carinho da comunidade.

Litoral Alentejano - Como era fazer espectáculos há 25 anos atrás, quais eram as dificuldades sen-tidas, e actualmente o que mudou?Nós começamos a rodar com espectáculos num tempo em que a rede de tea-tros municipais não existia, não havia sítios para se fazer espectáculos. O que havia eram salões de baile, muitos deles bastantes degradados e sem condições nenhumas. Isto fazia com que a compa-nhia tivesse constantemente a adaptar os espectáculos. Quanto chagávamos a uma sala não havia palco nem

cortinas pretas muito menos luzes, e creio que foi esta falta de infraestruturas uma das razões que nos levou à especialização em teatro de rua. Ao começarmos a fazer teatro ao ar livre consegui-mos não só fazer as coisas à nossa vontade, como chegar a um maior número de pes-soas.Um dos problemas que ainda persiste é não termos um espaço próprio. Nós nunca tivemos uma sala, um espaço que fosse a nossa sede, e onde pudéssemos apresen-tar o nosso trabalho de uma forma regular. Porque ter um espaço próprio não é a mesma coisa que termos um armazém onde ensaiamos e construímos.

Litoral Alentejano - Mas o Centro de Artes de Sines não colmatou essa necessi-dade?O auditório municipal do Centro de Artes é uma estru-tura municipal que tem uma calendarização, não pode-mos livremente apresen-

tar os nossos espectáculos quando queremos. Por outro lado este é um espaço que presta serviços municipais no âmbito da cultura e das artes, e o Teatro do Mar não é uma associação munici-pal, somos é apoiados pelo município, o que é algo dife-rente. Desta forma temos de encontrar meios próprios de sobrevivência que passam por sermos engenhosos, para apresentarmos espec-táculos quando não temos condições para o fazer. A procura de uma casa que nos abrigue de forma per-manente continua a ser o nosso grande sonho.

Litoral Alentejano - A vossa dimensão já não é local, o Teatro do Mar hoje chega onde?Nestes 25 anos começamos por ser uma estrutura ama-dora que fazia espectáculos na sua terra, mas gradual-mente fomos ampliando a nossa esfera de actuações à região. A companhia pro-fissionaliza-se em 1998, e a

partir daí as tournées nacio-nais passaram a ocupar o ano com interregnos para desenvolvermos a criação de novos trabalhos. De há seis anos para cá o Teatro do Mar começou a actuar em diversos países da Europa. Desde a nossa vila de pesca-dores até aos públicos euro-peus tem sido uma grande viagem. Por vezes, gostava que os

nossos conterrâneos pudes-sem ir escondidos na baga-gem para verem a aceitação que temos lá fora. Porque uma coisa é termos a acei-tação de quem nos conhece, outra é estarmos perante audiências estrangeiras

e sermos aplaudidos por milhares de espectadores. Todas a vezes que nos ecrãs dos nossos espectáculos surgem as palavras Teatro do Mar, Sines, Portugal fica-mos cheios de orgulho.

Litoral Alentejano - A nível internacional têm visto o vosso trabalho reconhe-cido?Quando iniciamos as nossas actuações no estrangeiro verificamos que em Portugal também se trabalha muito bem, que há qualidade no trabalho artístico. O que veio por um lado desmisti-ficar aquela ideia de que só o que é de fora é que é bom, e mostrar a qualidade do trabalho do Teatro do Mar. Porque começamos a ter um feedback dos programadores estrangeiros, do público e da imprensa especializada.Esta aceitação numa pri-meira fase causou-nos sur-presa. Como é que era pos-sível que nós sineenses, e portugueses, pudéssemos estar a ter um impacto a

nível artístico tão grande na Europa. Penso que esta qualidade, não só nossa como dos nossos colegas, advém da necessidade que nos aguça o engenho criativo.

Litoral Alentejano - Ao longo do vosso percurso temos assistido a uma grande transformação ao nível dos espectácu-los apresentados, foi algo natural ou sentiram que para atrair público tinham de partir para outras ence-nações?Penso que se liga a esses dois aspectos e ao facto de nunca nos sentirmos satis-feitos com o nosso trabalho, num sentido de procurarmos sempre ir mais longe. Há também uma grande dose de humildade, quanto mais fazemos mais temos cons-ciência do quanto precisa-mos de aprender e de abrir o nosso olhar às coisas. Faze-mos uma reflexão contínua sobre o trabalho artístico no seu todo, quer do desempe-nho de cada pessoa como da parte técnica.Sublinho que o facto de vivermos num sítio pequeno não significa que tenha-mos de pensar pequeno. A ambição não deve ter uma conotação negativa, quando é associada a um desejo de crescermos como seres humanos e artistas.

Litoral Alentejano - Em relação a apoios do Estado, em anos anteriores houve uma grande luta da vossa parte, actualmente qual é a situação?Há cerca de 10 anos que temos o apoio regular da DGARTES, organismo do antigo ministério da Cultura actualmente secretaria de estado, mas este tem vindo a sofrer alterações ao longo do tempo e agora de uma forma mais drástica com os cortes anunciados. Esta crise

“A ambição não deve ter uma conotação negativa, quando é associada a um desejo de crescermos como seres humanos e artistas”

“As elites económicas são pessoas que fazem parte de um grupo de cidadãos que têm o seu lugar salvaguardado na

sociedade, e esses não vão pôr em causa o sistema que os serve”

Gisela [email protected]

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Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Novembro de 2011 www.jornallitoralalentejano.com8

trouxe cortes ainda a outros níveis, nomeadamente no protocolo que mantemos com a autarquia de Sines. Quero sublinhar que nós não somos subsidiados por parte da autarquia, temos sim um protocolo mediante o qual nós propomos a realizar de um conjunto de serviços em troca de um valor anual. Se nós vendêssemos ao preço de tabela esse conjunto de serviços provavelmente cus-tariam mais dinheiro, por outro lado, estaríamos numa situação mais instável finan-ceiramente. Somos ainda parceiros num programa financiado pela Comunidade Europeia, o FEDER, que neste momento paga com atrasos de dois

anos tendo nós já realizado o investimento, pois as devoluções são feitas contra factura. Depois temos assistido a uma situação que acontece cada vez com mais fre-quente, um conjunto de ins-tituições e de pessoas que nos pedem trabalho voluntá-rio. Alegando que nós faze-mos isto porque gostamos esquecendo-se que este é o nosso trabalho. Os pedidos são de tal ordem que se fos-semos responder a todos não poderíamos fazer mais nada, e isto colocaria em causa a nossa sobrevivência. Mas mesmo assim ainda fazemos trabalho solidário com uma série de instituições, das quais não temos obviamente retorno financeiro.

Litoral Alentejano - Como sobrevivem no meio deste cenário?Com os apoios reduzidos da DGARTES e da Câmara Municipal, mas em pri-meiro lugar com a receita do nosso próprio trabalho. A venda de espectáculos para os festivais na Europa é, curiosamente, o que tem salvaguardado a vida desta companhia.

Litoral Alentejano - Como é que entende que num país onde há público, mesmo fora dos grandes centros urbanos, para assistir às diferentes iniciativas cul-turais, quer seja teatro, música ou dança se aposte tão pouco na cultura?

Um povo que não pensa é mais fácil de manipular. O teatro desde que nasceu que é um reflexo da socie-dade e logo um estímulo ao pensamento, mesmo que seja estético. Porque não importa apenas o que se diz, o que se faz o que se mostra é também um estímulo ao intelecto, alerta-nos. Um povo que vive alienado, simplesmente concentrado na sua sobrevivência que é ter pão na mesa, um tecto e a saúde minimamente garan-tida, e nem refiro a educação porque um povo instruído é um povo que vai agir, e isso não interessa. As elites económicas são pessoas que fazem parte de um grupo de cidadãos que têm o seu lugar salvaguar-dado na sociedade, e esses

não vão pôr em causa o sis-tema que os serve. O nosso papel enquanto artistas é por isso cada vez mais importante no estímulo

ao pensamento, e o público tem também um papel fun-damental o de insistir a assistir e a participar. Têm de fazer um esforço para se libertarem do sofá, porque os benefícios são muitos. O teatro é um espaço de comunhão, as pessoas encontram-se umas com as outras e com o espectáculo, e este torna-se um motivo de discussão. Se houver mais espaço de comunhão penso que encontraremos formas de lutar pela nossa felici-dade.Dou como exemplo o nosso espectáculo Dias de Espuma nós tivemos na assistência desde adolescentes a idosos, e vimos as pessoas emocio-nadas muitos delas há anos que não entravem numa sala de espectáculos, ou há meses que não saíam de casa

para fruírem algo diferente.

Litoral Alentejano - Há ainda muito a mentalidade do: “eu não vou porque

não vou perceber nada daquilo”?Esse pensamento é muito típico do público português, mas isso tem a ver com a falta de prática na fruição das coisas. O importante quando vemos uma peça de teatro, uma exposição ou um con-certo é se gostamos ou não,

se nos estimulou ou não, se nos disse algo ou não.

Litoral Alentejano - Em relação ao futuro que desa-

fios se colocam ao Teatro do Mar?O maior desafio que se coloca neste momento é

sobreviver. A lógica seria uma companhia com 25 anos de actividade, que chegou a outros países da e Europa, que está a receber convi-

tes para outros continentes ter atingido outro patamar. Actualmente o Teatro do Mar só existe porque tem uma equipa de pessoas com uma resistência extraordiná-ria, que trabalham com um vencimento miserável no final do mês. O teatro pode ser feito sem palco, sem figurinos até se faz sem luz mas não se faz sem pessoas, por isso o mais importante é preservar esta equipa. Parafraseando o nosso secretário de estado da cultura “vamos fazer o nosso melhor com o que temos”.

“A venda de espectáculos para os festivais na Europa é, curiosamente, o que tem

salvaguardado a vida desta companhia”

Mar e gentes de Sines são fonte de inspiração para novo projecto da companhia.

“A Travessia da Memória”Julieta Aurora Santos, directora artística da companhia, levantou o véu sobre um novo projecto que estão a prepa-rar intitulado - “A travessia da memória”. No enquadra-mento das ruas Serpa Pinto, Rua Francisco Luís Lopes, e a rua que leva ao Largo do Chafariz do Castelo “falamos com os comerciantes desta zona que nos vão ceder, na sua maioria, as montras dos seus espaços comerciais e cada uma delas será uma memória. Vamos fazer naquelas montras uma instalação artís-tica habitada por personagens vivos e cada uma delas representará uma memória da cidade é como uma galeria a céu aberto”, explica Julieta Aurora Santos. O conceito aposta não apenas em acontecimentos históricos, “mas também em situações que ficaram na história da cidade pela sua singularidade”. Neste momento a companhia esta a efectuar todo o trabalho de pesquisa. “Temos uma grande tarefa pela frente porque as lojas estão em funcionamento, e os comerciantes só nos cederam o sábado de tarde para fazer a montagem das instalações com luz e som, mais a preparação das pessoas que as vão habitar”.Nesta instalação “há um olhar nosso contemporâneo e artístico sobre os elementos históricos, para que não seja só uma reprodução de uma imagem. Pretendemos que se produza um estímulo que possa atingir dife-

rentes tipos de público”, sublinhou. Será uma iniciativa “irrepetível, porque tivemos muita dificuldade em conseguir as montras dada a situação de dificuldade financeira dos comerciantes”. A iniciativa irá decorrer no dia 26 de Novembro a partir das 22 horas.

“Fazemos uma reflexão contínua sobre o trabalho artístico no seu todo, quer do desempenho de cada pessoa como

da parte técnica”

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Ano II • n.º 45•

DirectoraAliette Martins

Director-adjuntoMarcos Leonardo

EditorJoaquim Bernardo

1 de Novembro/11

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Se não conseguiu o seu exemplar peça-o para as nossas delegações

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Vasco da Gama e Alcacerense somam vitórias nos dois jogos realizados

FUTEBOL - Campeonato Distrital de Setúbal da 1ª divisão

Estrela de Santo André empatou em casa frente ao Estrelas do Faralhão

FUTEBOL - Campeonato Distrital de Setúbal da 2ª divisão

Depois de uma vitória em casa por 4-1, frente ao Luso do Barreiro, o Vasco da Gama jogou na 2ª jorna-da, no difícil campo do Alfarim, onde venceu por 1-0. O Alcace-rense na 1ª jornada recebeu o Bei-ra Mar de Almada e venceu por 3-2, na 2ª jornada deslocou-se ao campo do Luso onde venceu por 2-1. O Grandolense continua sem vencer, no primeiro jogo a equipa orientada por Antonio Gomes per-deu na Cova da Piedade e na últi-ma jornada foi derrotado em casa pelo Barreirense por 1-0. Restan-tes resultados da 2ª jornada: Desp. Portugal,3 – Sarilhense,2; BM Almada,1 Amora,2; C. Industria,1 Palmelense,1; Paio Pires,4 Cova da Piedade,0 e Rosarense,2 Zambujalense,2.Classificação Geral: 1º Vasco da Gama, Alcacerense, Barreirense, Paio Pires, Desp. Portugal,6; 6º Palmelense,4; 7º Alfarim, Amora e Cova da Piedade,3; 10º Zambu-jalense, Rosarense e C. Industria,1 e 13º BM Almada, Sarilhense,

O União de Santiago do Cacém estreou-se no Campeonato Distri-tal de Setúbal da 2ª divisão, com um empate a um golo no Monte da Caparica. O Estrela de San-to André depois de um empate a zero na Quinta do Conde, voltou a empatar desta feita a um golo frente ao Estrelas do Faralhão. O Melides que tinha derrotado o Charneca da Caparica na primeira jornada, deslocou-se ao campo do Arrentela e perdeu por 2-0. Res-tantes resultados da 2ª jornada: Ch. Caparica,1 Lagameças,3 e Almada,1 Quinta do Conde,1.Classificação Geral: 1º Lagameças,6; 2º Almada,5; 3º Faralhão,4; 4º Arrentela, Melides e Quinta do Conde,3; 7º Est. St. André,2; 8º União de Santiago e Monte da Caparica,1 e 10º Ch. Caparica,0.Na 3ª jornada, dia 30 de Outubro, vão jogar: Melides – M. Caparica; União de Santiago – Est. Faralhão; Lagameças – Arrentela; Quinta do

Grandolense e Luso do Barreiro,0 pontos.Na 3ª jornada, dia 30 de Outubro, vão jogar: Rosarense – C. Indus-tria; Palmelense – Grandolense; Barreirense – Paio Pires; Cova

da Piedade – BM Almada; Amo-ra – Luso; Alcacerense – Alfarim; Vasco da Gama – Desp. Portugal e Zambujalense – Sarilhense. Na 4ª jornada, dia 6 de Novembro, vão jogar: C. Industria – Zambu-

jalense; Grandolense – Rosarense; Paio Pires – Palmelense; BM Al-mada – Barreirense; Luso – Cova da Piedade; Alfarim – Amora; Desp. Portugal – Alcacerense e Sarilhense – Vasco da Gama.

Conde – Charneca da Caparica e Est. Santo André – Almada. Na 4ª jornada, dia 6 de Novembro, vão

jogar: M. Caparica – Lagame-ças; Est. Faralhão – Melides; União de Santiago – Estrela de

Santo André; Arrentela – Quinta do Conde e Charneca da Caparica – Almada.

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Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Novembro de 2011 www.jornallitoralalentejano.com10

Vasco da Gama e Estrela de Santo André venceram

FUTEBOL - Juniores - 2ª Divisão - AF Setúbal

Vale Figueira recebe o Cadoços na 1ª jornada

FUTEBOL - Taça do Inatel de Setúbal

A Taça do Inatel de Beja vai começar neste fim-de-semana, dias 29 e 30 de Outubro, com a participação de 39 equipas, divididas em cinco grupos. As equipas do concelho de Odemira a que se junta a Sonega e o Cercal do Alentejo estão integradas no Grupo A e B, nestes grupos os jogos são disputados ao domingo.

A Taça do Inatel de Setúbal vai começar neste fim-de-semana, dias 29 e 30 de Outubro, contando com a participação de 21 equipas, divididas em três grupos de sete. Na Série A, vão jogar: Bairro do Olival, Juventude do Carvalhal, Aldeia de Chãos, Vale Figueira, Cadoços, Forninho e Curvas. Na 1ª jornada, vão jogar: Forninho – Carvalhal; Curvas – Bairro do Olival; Vale Figueira – Cadoços. Folga o Aldeia dos Chãos. Dia 5 e 6 de Novembro, vão jogar:

Aldeia dos Chãos – Curvas; Cadoços – Forninho; Bairro do Olival – Vale Figueira. Folga o Carvalhal. Na Série B, vão jogar: Terras da Costa, Casa do Povo de Corroios, Associação Humanitária Bombeiros do Seixal, Vale Milhaços, Passil e Azul Ouro e Areias. Na 1ª jornada, vão jogar: Corroios – Terras da Costa; Passil – Bombeiros do Seixal e Vale Milhaços – Areias. Folga o Azul e Ouro. Dia 5 e 6 de Novembro, vão jogar: Azul e Ouro – Passil; Areias – Corroios;

Bombeiros do Seixal – Vale Milhaços. Folga o Terras da Costa.Na Série C, vão jogar: Sport Clube Sado, Africanos, Lagoa da Palha, Valdera, Jardiense, Rio Frio e Àguias Negras. Na 1ª jornada, vão jogar: Sport Sado – Jardiense; Lagoa da Palha – Àguias Negras; Africanos – Valdera. Folga o Rio Frio. Dia 5 e 6 de Novembro, vão jogar: Rio Frio – Lagoa da Palha; Valdera – Sport Sado; Àguias Negras – Africanos. Folga o Jardiense.

Sonega recebe o Cercal do Alentejo neste domingo

FUTEBOL - Taça do Inatel de Beja

No Grupo A, estão integradas as equipas do Malavado, Cavaleiro, Longueira, Soneguense, Campo Redondo, Juventude Cercalense e Bemposta. Na 1ª Jornada, dia 30 de Outubro, às 15 horas vão jogar: Soneguense – Cercalense; Bemposta – Longueira; Malavado – Cavaleiro. Descansa:

Campo Redondo. No Grupo B, estão integradas as equipas do Naveredonda, Pereirense, Luzianes, Garvão, Amoreiras, Colense, Santaclarense e Relíquias.Na 1ª Jornada, dia 30 de Outubro, às 15 horas vão jogar: Luzianes – Pereirense; Amoreiras – Garvão; Santaclarense - Colense e Relíquias – Naveredonda.

Foi eleita no dia 10, e tomou posse no dia 12 de Outubro, a nova direcção do União de Santiago do Cacém para o biénio 2011-2013. Direcção que conta com os seguintes elementos: As-sembleia Geral: Presidente: Pedro do Ó Ramos; Vice-Presidente: João Armando e Secretário: Rui Piedade.

A edição de 2012 da Volta a Portugal em bicicleta vai ser disputada de 16 a 25 de Agosto, anunciou a Federação Portuguesa de Ciclismo, no seu sítio oficial na Internet.Esta alteração para a segunda quinzena de Agosto tem como objectivo que a prova não coincidisse com os Jogos Olímpicos de 2012, que decorrem até ao dia 12 de Agosto.Segundo a FPC, estão também confirmadas as datas das restantes corridas portuguesas que deverão integrar o calendário internacional em 2012, começando com a Volta ao

Algarve, a disputar de 15 a 19 de Fevereiro de 2012. O Grande Prémio Costa Azul vai estar na estrada de 23 a 25 de Março, antecedendo a

Volta ao Alentejo, a disputar entre 07 e 10 de Junho, e o Troféu Joaquim Agostinho - GP de Torres Vedras, de 12 a 15 de Julho.

G.P. da Costa Azul de 23 a 25 de Março de 2012

CICLISMO - Grande Prémio Crédito Agricola

Direcção: Presidente: Vítor Louricho; Vice-Presidente: José Pereira; Director Finan-ceiro/administrativo: Jorge Assunção; Director das Ins-talações: Fernando Calado; Coordenador Desportivo: Manuel Lima; Director do Futebol: João Pedro Silva; Director das Actividades Recreativas: Alfredo Sar-

gaço e Paulo Ramos; Di-rector do Futebol Veterano: António Januário; Vogais da Direcção: Luís Bejinha; Jorge Pereira; Luís Raposo; António Pereira e Vítor Rui Romeiro.Conselho Fiscal: Presidente: Carlos Nobre; Vice-Presi-dente: António Santos e Se-cretário: Silvério Beja

Vitor Louricho é o novo presidente do União

No União de Santiago do Cacém

Após a realização da 3ª jornada, o Vasco da Gama ocupa o primeiro lugar com 7 pontos, fruto de duas vitó-rias e um empate. Na última jornada a equipa sineense recebeu o Alfarim e venceu por 3-2, depois de estar a perder por 2-0. O Estrela de Santo André recebeu o Alca-cerense e venceu por 6-0, tal

como mostra o resultado foi uma partida com total domí-nio da equipa da casa.Na 4ª jornada, dia 29 de Ou-tubro, o Vasco da Gama vai jogar em Setúbal frente aos Pelezinhos, enquanto o Es-trela de Santo André joga na Trafaria e o Alcacerense re-cebe o Quinta do Conde. No dia 5 de Novembro, o Vasco

da Gama recebe o Paio Pi-res, o Estrela de Santo An-dré folga e o Alcacerense joga no Monte da Caparica. Dia 12 de Novembro, o Vas-co da Gama joga na Arren-tela, o Alcacerense recebe os Pelezinhos e o Estrela de Santo André joga no campo do C.R. Instrução.

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Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Novembro de 2011www.jornallitoralalentejano.com 11

Pedro Lança e R. Batista com o objectivo cumprido

RALIS - Campeonato Regional do Sul

“Rota das Tascas” desafia trilhos e petisco da Região

BTT - Dia 6 de Novembro em V. N. Santo André

União de Santiago do Cacém desistiu de Juniores

FUTEBOL - Por falta de atletas

Odemirense goleou o São Marcos por 6-1

FUTEBOL - Distrital de Beja - 1ª divisão

A dupla sineense Pedro Lança e Ricardo Batista estiveram nos dias 15 e 16 de Outubro, em acção no Rally de Loulé / Casino de Vilamoura, prova pontuável para o Campeonato Open e Regional Sul de Ralis.A dupla da Roady Competition vinha de uma motivadora vitória nas duas rodas motrizes em Serpa e esperava em Loulé continuar os bons resultados, até porque a prova em anos anteriores tinha sido marcada por boas prestações.“Sabia que era o rali mais difícil do campeonato, uma vez que já o disputámos varias vezes. O Objectivo era claro: vencer a nossa classe no Regional Sul para garantirmos uma boa posição no campeonato. Durante os reconhecimentos verificámos que as alterações aos troços ainda iam penalizar mais o nosso carro pelo que a táctica era andar forte no troço que nos era mais favorável, e onde normalmente conseguimos

bons tempos, para depois poupar a mecânica nos troços mais duros”, começou por dizer o sineense Pedro Lança.“Começámos o rali logo com anulação do primeiro troço motivada pelos acidentes de dois concorrentes que nos antecediam na estrada. Nos dois troços seguintes apesar de os termos feito com o uma toada calma para evitarmos problemas, a dureza do piso começou a massacrar muito a mecânica do carro e na assistência não foi possível resolver o problema que tínhamos na roda traseira esquerda. Iniciamos a segunda ronda cientes que podíamos desistir a qualquer momento e com o carro muito instável, mas mesmo assim conseguimos trazer a muito custo o carro até ao final garantindo mais uma vez a vitória na nossa divisão no Regional Sul e com isso os pontos de bonificação que nos permite subir muitas posições no Campeonato

Regional. Apesar de ter sido uma prova muito dura conseguimos plenamente os nossos objectivos e estamos muito satisfeitos com o resultado”, finalizou o piloto do Citroen Saxo.Já o navegador Ricardo Batista optou por relevar o facto de a equipa ter subido na classificação do Regional Sul. “Apesar de a prova ter corrido longe do que esperávamos e sabíamos que podíamos fazer, temos que olhar para o resultado final em termos das duas rodas motrizes como positivo. Voltamos a vencer a classe no Regional Sul e com este resultado estamos lançados para uma boa fase final de temporada. Estamos confiantes que na próxima prova estaremos mais fortes”. O Rally de Loulé / Casino de Vilamoura foi vencido a nível do Regional Sul pela dupla Carlos e Aníbal Martins em Mitsubishi Lancer Evo V.

A Associação Litoral Aventura (ALA) organiza, no dia 6 de Novembro, o Passeio de BTT “Rota das Tascas 2011”, num evento que junta o desporto, o lazer e a aventura pelos interessantes trilhos da região.A iniciativa leva os participantes de encontro às magníficas paisagens do concelho de Santiago do Cacém e do Alentejo Litoral, permitindo tomar contacto de perto com os costumes locais e claro, como o próprio nome indica, visita algumas das mais tradicionais tascas da região, onde não faltarão os desejados petiscos, num evento que é bem mais do que um simples passeio de BTT. Os aventureiros têm duas opções: 60 Km (livre,

com dificuldade média/alta) e 40 Km (guiados, com dificuldade baixa). As inscrições decorrem até ao dia 29 de Outubro e podem ser feitas através do e-mail [email protected] ou dos números de telefone 269 708 353 e 919 504 095.A ALA mantém a sua habitual dinâmica e promove mais um

evento ao ar livre, desta vez desafiando a força no pedal. Desde a sua fundação, a Associação Litoral Aventura tem marcado a sua presença com acções que envolvem não só a prática desportiva em duas e quatro rodas, mas também nos domínios da solidariedade social e da qualidade ambiental.

O União de Santiago do Cacém apresentou a desistência de participar no Campeonato Distrital de Juniores da 2ª divisão da A.F. Setúbal. Segundo apurámos esta desistência deve-se á falta de atletas para representar o clube neste escalão, com um reduzido número de atletas, a direcção do clube presidida por Vítor Louricho decidiu que não estavam reunidas

as condições para competir neste escalão, apostando nos restantes escalões que tem em funcionamento.Devido ao impasse directivo que se arrastou nos últimos meses e a incerteza em relação ao futuro do clube, levou a que muito atletas deixam o clube rumo a outros clubes da região. O União mantém em competição durante a época 2011-2012, uma equipa de seniores que

está a disputar a 2ª divisão distrital, uma de Juvenis que participa na 2ª divisão distrital e uma de Iniciados que disputa a 3ª divisão da categoria. A nova direcção do União está a estruturar o clube para que este num futuro próximo possa voltar a competir em todos os escalões de futebol de 11, já que os escalões de futebol de sete são da responsabilidade da Associação Luvas Pretas.

Ao vencer em Palmela por 2-1, o Vasco da Gama de Sines mantém o primeiro lu-gar no campeonato Distrital de Setúbal de Juvenis – Sé-rie B. Nos restantes jogos, o Estrela de Santo André rece-beu o Ermidense e venceu por 3-2. O União de San-tiago do Cacém perdeu em casa por 5-3, frente ao Sari-lhense. O Grandolaffot ven-ceu o Brejos de Azeitão por 1-0, o Alcacerense venceu o Botafogo por 3-1, enquanto o Grandolense perdeu em Areias por 2-1.

Classificação: 1º Vasco da Gama,15; 2º Alcacerense,12; 3º Grandolafoot,10; 4º Amarelos,8; 5º Ermiden-se e Palmelense,7; 7º Est. Santo André e Brejos de Azeitão,6; 9º Grandolen-se e Samouquense,5; 11º Sarilhense, U. Santiago e Areias,3 pontos. No dia 30 de Outubro, vão jogar: Grandolense – União de Santiago; Vasco da Gama – Amarelos; Ermidense – Palmelense; Alcacerense – Estrela de Santo André e Sarilhense – Grandolafoot.

Dia 6 de Novembro, jogam: Grandolense – Samouquen-se; Areias – Vasco da Gama; Amarelos – Ermidense; Pal-melense – Alcacerense; Est. Santo André – Brejos de Azeitão e União de Santiago – Grandolafoot. Dia 13 de Novembro, jogam: Samou-quense – União de Santiago; Vasco da Gama – Grando-lense; Ermidense – Areias; Alcacerense – Amarelos; Sarilhense – Est. Santo An-dré e Grandolafoot – Bota-fogo.

Vasco da Gama de Sines comanda só com vitórias

FUTEBOL - Juvenis - 2ª Divisão - AF Setúbal

Depois da derrota em casa por 2-1, frente ao Castrense, o Praia de Milfontes jogou em Panóias e venceu por um claro 3-0. O Odemiren-se recebeu o São Marcos e venceu por 6-1. Restantes resultados da 5ª jornada: Guadiana,1 Vidigueira,4; Castrense,2 Almodovar,0; Rosairense,0 Serpa,0; Ferreiense,1 Aldenovense,2 e Cuba,0 Serpa,1. Classifica-ção Geral: 1º Castrense,15; 2º Aldenovense,12; 3º Milfontes,10; 4º Odemirense,9; 5º Serpa, Ro-sairense e Desp. Beja,8; 8º Ferreirense e Panoias,7; 10º Cuba e São Marcos,4; 12º Vidigueira e Guadiana,3 e 14º Almodovar,1.Neste fim-de-semana, dia 30, o Milfontes joga em casa

frente ao Guadiana, enquan-to que o Odemirense vai jogar em Vila Nova de São Bento. Dia 6 de Novembro, o Milfontes joga na Vidiguei-

ra e o Odemirense recebe o Beja. Dia 13 de Novembro, o Milfontes recebe o Cuba e o Odemirense joga em Ferreira do Alentejo.

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Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Novembro de 2011 www.jornallitoralalentejano.com12

Atletas do Ginásio Clube de Sines nos primeiros lugaresBTT - Circuito do Norte Alentejano

H. C. Vasco da Gama estreou-se com uma derrota

HÓQUEI - Nacional da 2ª e 3ª divisão

Terminou no dia 16 de Outubro, o Circuito Norte Alentejano de BTT, prova constituída por três etapas – Alter do Chão, Avis e Gavião.Os jovens atletas do Ginásio Clube de Sines deslocaram-se ao Gavião-Belver, onde participaram na prova de Promoção –

O HC Vasco da Gama estreou-se no Campeo-nato Nacional da 2ª divi-são, com uma derrota em casa por 8-4, frente ao HC Sintra, um dos possíveis

candidatos à subida de di-visão. Uma partida onde a equi-pa sineense nunca conse-guiu contrariar a superio-ridade da equipa visitante que venceu com toda a justiça. Na 2ª jornada, dia 29 de Outubro, a equipa sine-ense tem uma deslocação muito difícil ao pavilhão

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Jornal Litoral Alentejano - 1 de Novembro de 2011

da Parede onde vai defron-tar o Sporting, outro can-didato à subida de divisão. No dia 5 de Novembro, o HC Vasco da Gama folga e no dia 12 de Novembro,

joga em Alenquer a partir das 21 horas.Na 3ª divisão nacional, o HC Santiago iniciou a competição com uma der-rota no pavilhão dos Lobi-nhos por 8-4, enquanto o HC de Grândola venceu no pavilhão da Juventude Salesiana por 6-2. Na 2ª jornada, dia 29 de Outubro, o HC de San-

tiago joga em casa frente ao Castrense (18 horas), enquanto o HC Grândola joga em casa frente aos Lobinhos (18 horas). Dia 5 de Novembro, o

HC Santiago joga em Boliqueime (19 horas), enquanto o HC Grândola joga em Castro Verde (18 horas). Dia 12 de Novembro, o HC Santiago recebe o Al-justrelense e o HC Grân-dola recebe o Boliqueime, ambos os jogos com inicio às 18 horas.

Escolas.Classificação na prova: Benjamins – 2 º lugar para Vivian Rocha, Iniciados – 2º lugar Yasmine Campos; Infantis - 2ºlugar Niculina Schiopu. Em Juvenis: 3ºlugar – Constantin Schiopu e 7ºlugar – João Conchinha. Miguel Lacerda em Cadetes

alcançou o 5ºlugar e em Juniores Eliana Barreira – 2º lugar a 1 volta.Marcus Pereira e Catarina Ferrinho, não terminaram a prova, devido a lesão provocada por queda. Na cerimónia de entrega de prémios do Circuito (total das 3 provas), os jovens betetistas do G.C. de Sines

obtiveram a seguinte classificação: 1ºlugar Benjamins – Vivian Rosa; 2ºlugar Iniciados

– Yasmine Campos; 2ºlugar Infantis – Niculina Schiop; Juvenis – 3ºlugar – Constantin Schiopu e 7º

João Conchinha; Cadetes – 4ºlugar – Miguel Lacerda e Juniores – 2ºlugar – Eliana Barreira

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Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Novembro de 2011www.jornallitoralalentejano.com 13

Saúde Pública e Bem-estar: Crimes Ecológicos, Fraudes e CompadrioO Veneno nosso de cada dia No espaço de 20 anos, o cancro em Portugal aumentou 735% (setecentos e trinta e cinco por cento). Os dados são do Instituto Nacional de Estatística

É preciso conhecer para decidir e escolher se… para isso, tivermos informação. “Verificar os alimentos para reduzir os crimes sanitários é a solução para, quem pode. Compete ao Estado emitir recomendações, designada-mente para proteger os mais vulneráveis e incitar, por outro lado, os fornecedores a alterarem – radicalmente – as suas práticas.Uma extensa lista de bens alimentares com substân-cias proibidas, fazem parte da alimentação dos portu-gueses”.

As substâncias químicas

invadiram o nossoquotidiano

A segurança alimentar é uma preocupação actual e legí-tima. As substâncias quími-cas invadiram o nosso quoti-diano e a nossa alimentação, estão na origem de muitas das doenças mais comuns dos dias de hoje. A comida que consumimos contém inúmeros ingredientes peri-gosos para a saúde.Nesta reportagem, fomos ver o que se passa com os alimentos, nas hortas à beira das estradas, na agricultura intensiva, nas mercearias de bairro e nos hipermercados. Mandámos analisar dezenas de produtos alimentares e os resultados foram surpreen-dentes.“O veneno nosso de cada dia” foi uma reportagem de Rui Araújo, com imagem de Rui Pereira e mon-tagem de Carlos Lopes, transmitida na passada segunda-feira, dia 12 de Setembro, no “Jornal das 8” da TVI, que nos deu um alerta que aqui comungamos com a palavra, na revelação da matéria em causa, que mostra efeitos nefastos de alimentos contaminados - que possivelmente - ingeri-mos.A exposição da (in) segu-rança alimentar existente contida na peça “O Veneno nosso de cada dia”, é pois um trabalho de grande qua-lidade, que deverá motivar-nos a todos no sentido de procurarmos o conheci-mento porque, capacita-nos para, no dia-a-dia, podermos

evitar algum dos males que nos poderá prejudicar irre-mediavelmente.

Hoje as criançasjá não descascam

ervilhasnas casas dos avós

A comida contaminada que consumimos é tudo, muito menos saúde e bem-estar. Mandamos analisar deze-nas de alimentos que con-sumimos diariamente. As

conclusões do laboratório são melindrosas, mas já lá iremos.Nós passamos de hábitos ali-mentares, que eram - sobre-tudo - determinados pelos ciclos da natureza. Havia a época do tomate, a época da ervilha, a época de cada fruta e, isso, condicionava e determinava as nossas esco-lhas alimentares. Hoje não. Hoje as crianças já não des-cascam ervilhas nas casas dos avós. Hoje as ervilhas são algo que se tiram de um pacote, de um congelador e que se comem.A abundância de alimentos, a sua disponibilidade o ano inteiro em todas as partes do mundo, fez com que, o nosso padrão alimentar, se alterasse. Temos acesso a todos os alimentos a preços cada vez mais acessíveis e, isso, como é óbvio, também

modificou, não só as nossas escolhas, mas a forma de produzir esses alimentos.Telheiras/LisboaMais uma secção de esclare-cimento num atelier de nutri-ção. O exercício proposto ali foi: Compor uma Refeição Equilibrada e Saborosa.- O que é que estávamos a ver?- Alimentos do mesmo grupo, Vamos evitar de mis-turar. Vamos evitar misturar o arroz com as batatas ou as batatas com massa, o sal, o bitoque com o ovo também vamos evitar.A preocupação dessa gente é justificada: uma alimenta-ção saudável e equilibrada é essencial. Comer bem para se viver melhor, mas … não chega.

Produzir mais alimentos

com menos recursosvalerá a pena?

A resposta que a nossa civi-lização encontrou até agora foram aqueles que chama-mos: “Os Regimes Intensi-vos”, que recorrem a adubos, a químicos mas, também discute-se hoje muito a manipulação genética e outras formas de conseguir produzir mais alimento com menos recurso. Este foi o caminho que nós seguimos até agora. Claro que, chega-dos a este ponto, com muita informação que se tenha é legítimo questionarmos se: Esse é um caminho a seguir? Que outras alterna-tivas é que há? E que vias, nós, enquanto consumido-

res, poderemos exigir – quer à indústria, quer aos gover-nos, quer à agricultura?

Aumento do cancro em Portugal

A produção agro-alimentar e não só, coloca questões velhas de saúde pública. No espaço de 20 anos, o cancro em Portugal aumen-tou 735% (setecentos e trinta e cinco por cento). Os dados são do Instituto Nacional de Estatística. Os cancros estão a aumentar em todo o mundo, em Por-tugal também, é evidente, porque nós temos várias razões. Primeira: Aumentou muito a esperança de vida, isto é, as pessoas ficam cada vez mais velhas, o cancro

apesar de tudo é uma doença das pessoas idosas. Melho-ramos muito a nossa capa-cidade de diagnosticar e, portanto, hoje em dia temos cancros que há 15/20 anos passavam despercebidos. Depois, estamos conven-cidos que houve, de facto, uma modificação dos fac-tores ambientais não gené-ticos, isto é, nós genetica-mente somos o que éramos, não mudamos nos últimos 50 anos, mas houve factores ambientais que mudaram muito. Mudou, por exemplo a exposição ao Sol. O Sol é muito bom mas, o cancro da pele aumentou extraordina-riamente em todos os países desenvolvidos porque, as pessoas expõem-se mais ao Sol. Aumentou a obesidade. A obesidade é um factor associado à alimentação e, no fundo, as bebidas calóri-

cas, etc.. Aumentou porque nós hoje utilizamos muitos produtos, quer na agricultura quer, por exemplo, nos cosméticos, que são produtos que modifi-cam as hormonas e que são, indirecta ou directamente, causadores de cancro.

As principais causasda obesidade nas

crianças

A prevalência da pré-obesi-dade, o excesso de peso nas crianças portuguesas que atinge uma em cada três, é hoje uma das mais elevadas da Europa. A informação é da Direcção Geral de Saúde. As principais causas apon-tadas: níveis de actividade

física e padrões alimentares inadequados. A alimentação está na origem do desenvolvimento das maleitas.A alimentação nas grávidas é muito importante para a formação dos bebes, nome-adamente os embriões e fetos são extremamente frá-geis, em que as estruturas se formam em determinada idade chave e que, se a mãe ingerir certos químicos que passam através da barreira tetra-placentária, sobretudo aqueles que têm efeitos semelhantes ao das hormo-nas, podem, inclusivamente, dar origem a cancros, má formações sexuais, podem dar origem a obesidade, dia-betes e, podem dar origem àquilo que agora está na moda, hiperactividade nas crianças.

Há exploraçõesque contaminam

impunemente

Há explorações que con-taminam impunemente os solos, as águas e dão cabo da saúde das pessoas com fitofarmacêuticos, produtos químicos proibidos há déca-dasOs químicos também estão associados à diabetes e doença de Parkinson.

Um testemunhode vítima de químicos

A lavoura já não é o que era antigamente e, os agricul-tores, são as primeiras víti-mas. Idalécia Pereira era ope-rária numa exploração em S. Teotónio – Brejão, foi obrigada a reformar-se aos 35 anos por causa dos quí-micos. Foi em 1986:“Trabalhei no morango, no tomate, no melão, depois fiquei doente, por motivo das químicas que andaram a dar por cima de nós. Eles diziam para nós fugirmos. Quando eu fugi já não dava tempo, porque o material era mais rápido e quando a gente sabia já estávamos a ser atingidos. Depois começávamos com dores de cabeça, fortes, a sentir mal, tínhamos que acabar por pedir medicamento que lá tinham, outras vezes para o hospital e, a partir daí nunca mais tive um dia de saúde. Tive que ir para Lisboa. Fiz vários exames em Lisboa em que foi detectado que era das químicas. Só respiro de um pulmão e também tenho problemas de fígado”.

O novo Plano do Parque

é controverso: “isto é um planode eco-palpites.É um Plano de eco-patetices”

O Relatório Ambiental do Plano do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina diz que a agricul-tura intensiva é desastrosa para a protecção dos valores naturais.Idalécia Ferreira não é um caso isolado. Há explora-ções que contaminam impu-nemente os solos, as águas e dão cabo da saúde das pes-soas com fitofarmacêuticos, produtos químicos proibidos há décadas e, não estamos a falar de empresas de vão de escada, uma multinacio-

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Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Novembro de 2011 www.jornallitoralalentejano.com14

Comarca do Alentejo Litoral Santiago do Cacém – Juízo Grande Inst. Cível – Juiz 2

Av. D. Nuno Álvares Pereira – 7540-104 Santiago do Cacém Telef: 269100020 Fax: 269100049 Mail: [email protected]

ANÚNCIO - 1ª Publ.

Processo: 184/11.2T2STC Acção de Processo Ordinário N/Referência: 2684698 Data: 28-09-2011 Autor: Bernard Jean Marie Seynaeve e outro(s)… Réu: Maria da Graça Carmo Pereira Gonçalves e outro(s)…

Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação deste anúncio, citando:Réu: Maria da Graça Pereira Gonçalves, domicílio: Rua Principal Nº 28, Bairro das Amoreiras, 7570-301 Grândola com última residência conhecida na morada indicada para, no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a acção, com a cominação de que falta de contestação não importa a confissão dos factos articulados pelo (s) autor(s) e que em substância o pedido consiste: a) seja declarado e reconhecido o não cumprido por parte dos RR, a totalidade do aludido contrato de promessa de compra e venda outorgado em 28/04/2010 e este cumprido por parte dos AA, incluindo a obrigação do pagamento da totalidade do preço; b) decretada, nos termos do disposto no art.º 830º-1 do CC, a execução específica do contrato, reconhecendo que o primeiro A. Bernard Jean Marie Seynaeve, é usufrutuário e o segundo, A., Luís Miguel da Cruz Conceição Páscoa, é proprietário da nua propriedade da totalidade do prédio misto registado na ficha 20/19841120 da freguesia e concelho de Grândola, nele incluindo os artigos matriciais rústico 142º ARV da secção U e o artigo urbano 853º NIP já constantes da escritura de compra e venda de 04/08/2010, bem como os artigos urbanos 10252-NIP e 10253-NIP em falta na escritura, mas que fazem parte integrante deste prédio misto e da promessa de venda e compra; c) ser reconhecido que os RR conferiram a posse do prédio aos AA desde 28/04/2010; d) ser ordenado o registo da aquisição, no Registo Predial, dos direitos de usufruto a favor de Bernard Jean Marie Seynaeve e de nua propriedade a favor de Luís Miguel da Cruz Conceição Páscoa da totalidade do prédio misto (parte rústica e os três prédios urbanos) em substituição do registo a favor dos RR, como sujeitos passíveis; e) ser ordenado o averbamento nas matrizes dos artigos 142º ARV - Secção U, 853º NIP, 10252 NIP e 10253 NIP, da aquisição do usufruto a favor de Bernard Jean Marie Seynaeve e da nua propriedade a favor de Luís Miguel da Cruz Conceição Páscoa: f) serem os RR, solidariamente, condenados em custas, procuradoria e em todas as despesas que os AA façam no exercício do seu direito de acção, incluindo as de seus mandatários forenses e no mais que for legal; tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando. O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais. Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial.

O Juiz de Direito Dr. Pedro Cláudio Oliveira Rodrigues dos Santos

A Oficial de Justiça. Fátima Ramos

nal aplicou, em meados de 1997, pelo menos, um pro-duto ilegal numa exploração de agricultura intensiva no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicen-tina. A TVI teve acesso aos documentos confidenciais do crime ecológico e não só… Confirmamos a aplica-ção de formalina no nosso campo, perto de Azenha do Mar, produto susceptível de provocar graves proble-mas de saúde pública, bem como efeitos muito nocivos da qualidade ambientais. O autarca de Aljezur (que soli-citou o anonimato) entregou-nos a folha dactilografada que denuncia crime ecoló-gico, fraudes e o compadrio passados e actuais. - A utilização de produ-tos químicos em Portugal para desinfecção dos solos, colagem de rótulos sobre os rótulos de origem, embala-gens de produtos químicos, quando algumas empre-sas são fiscalizadas pelos compradores estrangeiros, há produtos que, inusitada-mente, são deslocados para fora da área da empresa.- Criação de empresas só com funcionários admitidos só para obter fundos comu-nitários. - Parque do Sudoeste Alen-tejano e Costa Vicentina, o lixo amontoado, os mamar-rachos very típicos e a agri-cultura intensiva poluem impunemente a paisagem e o resto.O novo Plano do Parque é controverso: “isto é um plano de eco-palpites. É um Plano de eco-patetices” e a verdade é, o que esperar também de um plano de um Parque Natural é que corrija alguns problemas ambien-tais do próprio Parque tem. A agricultura intensiva”. O Relatório Ambiental do Plano do Parque diz que a agricultura intensiva é desastrosa para a protec-ção dos valores naturais. Curiosamente, este Plano, vem incentivar mais a área da agricultura intensiva. As explorações aqui proliferam

à medida dos investimentos financeiros e do aumento da mão-de-obra escrava, também ela de fora mas, o mais preocupante neste cenário terceiro mundista, no Plano Parque Natural, é a Saúde Pública. As pes-soas, em, si “vão morrendo aos poucachinhos, que nem notam aquela pressão que lhes entra dentro, não é aquele ar que a gente res-pirava antes. É aquilo que a gente sente que não sentía-mos antes”, disse um mora-dor da localidade. Documentos do Ministé-rio da Agricultura ilustram a deriva da agro-pecuária ontem, como hoje.

Tolerância ZEROColheita de fígado

de bovinono matadouro,

em Tomar

A presente exposição televi-siva continuou dando segui-damente o exemplo de uma análise de um bovino no matadouro de Tomar: “Foi realizada uma colheita de fígado de bovino no mata-douro, em Tomar. Entre-tanto os nossos técnicos deslocaram-se mais uma vez ao matadouro, onde recolheram de outro bovino do mesmo proprietário, uma amostra para identifi-cação”. As amostras revelaram resultado positivo, tinham substâncias proibidas por Lei. Tinham clembuterol e substâncias betagonistas. A detenção de animais por-tadores dessas substâncias está interdita. O clembuterol é um estimulante poderoso no crescimento muscu-lar. Dá mais carne, retém quantidade anómala de água, dá - portanto - mais rendimento. É proibido dar essa subs-tância a animais para consumo humano. Tem “Tolerância ZERO” e, entende-se. É perigoso para as pessoas. Provoca taqui-cardia, dores de cabeça,

náuseas, dores muscula-res e, pode matar. Trom-boses, ataques do coração e, cancro, sobretudo, dos órgãos genitais.

Em Portugal,as primeiras intoxicaçõesreconhecidas

Em Portugal, as primeiras intoxicações correram na década de 90, em Ourém, em pessoas internadas por causa da carne de borrego. Depois foi em Aveiro. Uma família inteira, com fígado contaminado e, mais tarde em Coimbra, pai e filha deram entrada nos Serviços de Urgência dos Hospitais da Universidade, tinham ingerido fígado de vitela com clembuterol. O pro-cesso corre termos no Tri-bunal Judicial das Caldas da Rainha, mas, há mais…

A engorda proibidade coelhos

O proprietário de uma exploração do Concelho de Borba administra ile-galmente nitrofuranos/furotadona aos coelhos que cria e engorda… antes de os vender. Esta substância foi proibida na Europa já lá vão 10 anos. A Agên-cia Internacional para a Investigação do Cancro, considera que é um agente potencialmente carcinogé-nico para humanos. Puni-ção para quem a aplica? Uma simples coima.

A aplicação de anabolizantes

é considerado crime

A ASE – Autoridade para a Segurança Alimentar Eco-nómica – descobre numa sociedade agrícola, em Torres Novas, novilhos com substâncias betago-nistas ou, por outras pala-vras, com anabolizantes.É criminosos administrar anabolizantes em animais

de exploração, incluindo o aumentar a massa muscular e diminuir a gordura, mas … nos químicos é que está o ganho. Mais coimas em perspectiva.

Crime contra a Saúde Pública

Uma Inspectora Médica da Direcção Geral da Vete-rinária, identifica, no mata-dor da Trofa, porcos acaba-dos de chegar de Montemor-o-Novo, com anabolizantes, obviamente proibidos. Em causa o crime contra a saúde pública, um crime doloso contra a economia. E, um crime de fraude sobre mercadorias. Mais uma coima.A ameaça é real, mesmo assim, o consumo de carne de suíno continua a aumen-tar em detrimento da de bovinos, que é mais cara.A ausência de escrúpulos e o sentimento de impunidade caracterizam a produção de carne em Portugal. A ausên-cia de maturidade e o sen-tido crítico dos consumido-res, agravam a dimensão do problema.

Alheiras de caçacom carne

de faisão e de perdiz?Mentira

A Faculdade de Farmá-cia da Universidade do Porto efectua há mais de três décadas, trabalhos de investigação na área ali-mentar. Para analisar a composição de quinze (15) alheiras de caça, comer-cializadas, o Laboratório recorreu à PSR, a reacção em cadeia da polimerar, uma técnica revolucioná-ria da biologia que permite replicar segmentos espe-cíficos de ADN. Os resul-tados são peremptórios, 100% de adulterações.A Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto não descobriu uma única alheira de caça com um rótulo correcto e, uma nem sequer rótulo tem. Duas (2) etiquetas indicam alheira como faisão. É falso. O rótulo que refere a presença de lebres. É mentira. Cinco (5) men-cionam a presença de perdiz. Isso só é verdade, num caso. Sete (7) rótu-los referem a existência de pato mas, três (3), com pato, nem cheirá-lo. Em contrapartida todas as alheiras de caça têm carne de porco, mas nem todas o referem.

Substâncias Proibidas:

Retrato do Paísda exposição

alimentar

Fomos, portanto, às com-pras ver… para crer. Esco-lhemos um cabaz com parte daquilo que os por-tugueses consumem dia-riamente. É o primeiro retrato jamais realizado no País da exposição alimentar que trás substâncias quími-cas. Mandamos analisar a presença de metais pesados como pesticidas e de micro-toxinas no pão, queijo, arroz, atum, salmão, alface, tomate, alface, alho, pimen-tos, nabos, maças, peras, morangos e azeite num Laboratório acreditado pelo INPAC que usa tecnologia de ponta. Os resultados dos ensaios a dois tipos de cada produto, revelam que, em todos os cereais e maçãs da grande distribuição, ultra-passam os limites impos-tos pela Lei. A sua venda é proibida. Os pesticidas abundam. Esses compos-tos são reguladores endó-crinos a nível tóxicos que atacam os rins e provocam cancro.

Não é pão com manteiga.

É pão com metais pesados

Por vezes, o que ingerimos

Vamos por partes: O pão com cereais, trigo, centeio e sementes de linho de um hipermercado da capital contém metais pesados, água e chumbo, micro-toxinas, … e insecticida. Contêm substâncias apon-tadas no estudo, 500% superior ao limite legal per-mitido para as sementes de linho. É ilegal vender este pão.E, as maçãs?Quem diriaAs maçãs, de origem nacional que comprámos no mesmo hiper-mercado contêm metais pesados, insecticidas, fungicidas e, sobretudo, carmetazim, 0,35 miligramas por quilo ultra-passam em 150%, o limite máximo permitido por Lei. É Ilegal vender essa fruta.

O atum não fogeao mercúrio, ao DDT e…

O atum fresco e enla-tado, pior, contem cádmio, chumbo, mercúrio e arsé-nio. Só não contém quatro metais pesados e apre-senta vestígios de DDT – um pesticida proibido em Portugal desde 1988. Pode provocar cancro. O DDE, o derivado cancerígeno do DDT. Um este estudo da rede internacional, divulgado há

escassos meses, confirma a presença de dioxinas. No arroz mais novo encon-tramos toxinas e ticlasol uma fungicida proibida em Portugal e no resto da União Europeia.Nas duas garrafas de azeite, de marcas diferentes, detec-tamos oxiflorcina, um herbi-cida.A pêra do mercado contém fungicidas e insecticidas (reveladas as cinco substân-cias encontradas).Os morangos têm três (3) fungicidas e um (1) insecti-cida.

O perigo é o coktailde moléculas

O que está aqui em causa não é a quantidade de químicos na cadeia alimentar: - metais pesados, pesticidas, herbici-das, dioxinas, fungicidas e aditivos, como o anti-oxi-dante “ph” com os corantes desnecessários, sem contar com os outros contaminan-tes. O perigo é o coktail de moléculas. O impacto de exposição permanente a substâncias quase indetectá-veis – de diversas origens – é a combinação insidiosa de venenos, mesmo em doses homeopáticas. A toxicidade aumenta com a interacção.Conclusão:É inevitável inge-rirmos venenos, mas pode-mos resolver o problema e, dar uma volta linear à nossa alimentação.Assim baniríamos os vene-nos e veríamos se… o nosso organismos se libertaria deles.Outra situação: Muitas vezes não é necessário grande poder económico. É usar os peixes da nossa costa – sardinha, carapau, cavala -. Estudos feitos na nossa Faculdade indicam que o peixe é um produto da nossa costa que não está contaminado com metais pesados. Também não tem indicadores de contamina-ção com os “pa’s - h’s” e, é um alimento económico, agradável e saudável por causa da gordura Omega-3.

Verificar os alimentosque se ingere para reduzir

os crimes sanitários

Verificar os alimentos para reduzir os crimes sanitários é a solução para, quem pode. Compete ao Estado emitir recomendações, designada-mente para proteger os mais vulneráveis e, incitar, por outro lado, os fornecedores a alterarem – radicalmente – as suas práticas. Viver mata, mas é possível reduzir os riscos em maté-rias e alimentação, mas… pelo menos podemos tentar.

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Helga [email protected]

Sines diz ‘basta’ aos maus cheiros Episódios sucessivos de poluição “com grave impacto na comunidade local” estiveram na origem da criação de um movimento cívico contra a poluição em Sines.

A contaminação do aquífero que abastece a cidade; a des-carga para o mar de efluentes não tratados e que provoca-ram a paragem dos pescado-res por vários dias e a inten-sificação dos maus cheiros que tornam o ar irrespirável em Sines, são algumas das questões que levaram à cria-ção do Movimento Cívico contra a Poluição, durante o encontro, convocado na rede social facebook e que juntou, no passado dia 14 de Outubro, cerca de 200 habi-tantes de Sines.“Há questões concretas em Sines que podem ser resolvidas e que estão a incomodar a população e para as quais há soluções”, diz Hélder Guerreiro refe-rindo-se aos “cheiros nau-seabundos que invadem as casas das pessoas, princi-palmente, à noite”.“Exigir a resolução dos problemas” às “entidades competentes por monitori-zar e fiscalizar o complexo industrial” e “garantir que os cidadãos de Sines são

iguais a todos os outros”, são alguns dos objectivos da comissão dinamizadora que realizou, no último sábado, uma marcha silenciosa contra os maus cheiros.Hélder Guerreiro, promete acções do género em torno de cada uma das questões ambientais que preocupa a população. “Vamos ainda apresentar um caderno reivindica-tivo e solicitar uma reu-nião com a Ministra do Ambiente”, acrescentou.Uma semana após a movi-mentação dos cidadãos, a autarquia sineense reuniu com as entidades públicas responsáveis pela poluição ambiental e o presidente da CM de Sines, Manuel Coelho fez uma exposição sobre os cheiros intensos e frequentes que, segundo disse, “decorrem da incú-ria por parte das empre-sas e do Ministério do Ambiente que está sempre ausente destes processos”.Na reunião foi ainda identi-ficado um conjunto de focos

poluentes de emanação de gases que provocam os maus cheiros. “Os hipotéti-cos focos de poluentes nas fábricas, o encaminha-mento dos esgotos para a ETAR, as deficiências da Estação de Tratamento de Águas Residuais, da ETAL - Estação de Tratamento de Águas de Lastro”, são algumas das matérias lista-das pelos responsáveis que servirão de base a um estudo com vista a uma interven-ção. “A Câmara vai con-vocar os responsáveis das

empresas da plataforma industrial e transmitir as nossas convicções de modo a criar um programa rápido de ataque a estes focos de poluição”, expli-cou o autarca que espera convergir com a luta das populações, lembrando que compete à autarquia “agir junto das entidades com-petentes”.Tal como o movi-mento cívico, a Câmara Municipal de Sines, vai solicitar uma reunião com a Ministra do Ambiente, Assunção Cristas. Verissimo Dias

Lusco-FuscoDezassete anos

Dezassete anos de bar-queiro, Jacob — mestiço pobre, mestiço comunista — serviu na margem direita do Grande Rio, sob a Montanha Quei-mada. Era de Labão, pai de Raquel, o barco, mas era a ela, donzela rica e bela, que Jacob, com toda a loucura do seu coração mulato, amava. E foi a ela que escreveu uma carta de amor todos os dias, dezassete anos, sem falhar uma única vez. Meu bem … meu amor … minha jóia adorada … alma da minha alma … minha onda e minha tâmara … luar meu — iniciavam os textos; depois vinham palavras como o fogo, como o vento, como o mar; e vibravam as árvores, e comoviam-se as espigas, e era como se as estrelas, em fugaz ou eterno amor, tivessem descido ao Grande Rio. Rompia o ano dezoito, quando ousou Jacob sugerir a Raquel um sinal que fosse, uma pequenina prova de amor corres-pondido. Nada. Apenas o silêncio da bem-amada para lhe acompanhar o movimento dos remos.Então, o coração de Jacob cansou-se. Mudou-se para a margem esquerda do Grande Rio, sob a Charneca molhada. Deixou de ser comunista. Tornou-se monge. E o tempo passou.Num entardecer de Maio, ao começar a amarrar o barco, Jacob encontrou Raquel, pela primeira e última vez na vida.— Jacob, caminhei lon-gamente para te desco-brir; vejo-te por fim; e quero dizer-te que o teu amor, que mil cartas me cantaram, tocou o meu coração, que se enche de luz, que se enche de enlevo. E ao dizer isto, Raquel levantou o véu de seda clara que lhe tapava o rosto; e este era tão belo, que fez empalidecer a luz suave daquele crepúsculo de Maio.— Sou tua, Jacob!

Amo-te agora, e amo-te tanto como tu me amaste antes, nesses longos e fundos dezassete anos.Jacob respondeu-lhe:— Meu bem … meu amor … minha jóia ado-rada … alma da minha alma … minha onda e minha tâmara … luar meu… é tarde, demasiado tarde; rompi com o amor da terra, entreguei-me a Deus, sou monge.Depois, sem um olhar, acabou de amarrar o

barco e, cheio de luz mas trémulo, regressou ao Convento, onde uma canja quente o esperava, antes da oração a dois com a monja Lia.Raquel, triste e vazia, pôs-se a fitar o Grande Rio; há quem diga que mergulhou nas suas águas e se afogou. Há quem diga que regres-sou à casa de Labão, na outra margem. Há quem diga que se tratou apenas de um sonho do barqueiro. Só uma coisa é certa: na manhã seguinte, Jacob encontrou o véu de seda sobre o barco. E com ele ao pescoço passou a navegar. Sempre, durante mais dezassete anos. E mais navegaria, se não fora para tão longo amor tão curta a vida!

Cheira mal, cheira a SinesA intensificação dos maus cheiros na cidade de Sines fez de novo subir a ira e a contestação da população. Recomeçou pelas redes sociais da internet e teve como corolário lógico a convocatória de uma con-

centração dos inconforma-dos para o largo do castelo de Sines, onde, aqui há pouco mais de duas sema-nas, mais de duas centenas de cidadãos se reuniram e

decidiram constituir-se em movimento cívico contra a poluição industrial. E digo propositadamente poluição industrial porque é disso e apenas disso que se trata. Já lá vão 33 anos, desde que em 1978 chega-ram os primeiros petroleiros e a refinaria da então Petro-gal iniciava a laboração industrial. E desde então tem sido o cabo dos traba-lhos para os sinienses e para as populações limítrofes de Santiago do Cacém e de Odemira.A questão que se coloca principalmente é a seguinte: Não saberão as indústrias da plataforma industrial de Sines a poluição que provo-cam e suas consequências? Não saberão os ministérios do ambiente, da indústria e da saúde o que se passa em Sines? É claro para toda a gente que todos sabem o que se passa e que todos têm cons-ciência plena do mal que está a ser feito ao povo de Sines. As indústrias sabem o que fazem. Não são ingé-nuas. Sabem que determi-

nados tipos de poluentes líquidos que lançam para tratamento, dadas as suas características, não são tratáveis na estação de tra-tamento que existe, logo quando chegam ao mar matam tudo o que estiver nas redondezas. Depois gritam os pescadores que aquilo que capturam não vale nada e faz mal à saúde. Que fazem as indústrias? Assobiam para o lado e dizem que foi o vizinho. Que fazem os ministérios? Enredam-se em análises e em estudos intermináveis, cultivam a questão da impossibilidade da iden-tificação dos culpados e deixam que a culpa morra sempre solteira. Os cheiros recentes têm sido criminosos. Pessoal com asmas e doenças semelhantes do foro respi-ratório fecham-se em casa. Gente que trabalha de noite apanha com cada dose de gases químicos irrespi-ráveis que vomita a cada passo. Donde vêm? Quem é o poluidor? Ninguém sabe! Donde vêm os maus

cheiros? Não se podem identificar, dizem. É preciso um estudo e uns aparelhos que não existem. Faz mal à saúde? Provoca doenças de carácter oncológico? Não se sabe…? Querem-nos fazer de parvos? Sequer um estudo epidemiológico foi feito em Sines sobre as con-sequências da poluição na saúde pública nos últimos trinta anos. Terão medo dos resultados? Ou já o fizeram e escondem-nos cobarde-mente?Do ponto de vista político e administrativo os respon-sáveis são os industriais e os vários ministérios das várias tutelas. Se é caso de eventual crime contra a saúde pública é acusar os ministros porque permitem que tudo isto aconteça. Se é caso de violação de leis nacionais e europeias de direito dos cidadãos ao ambiente e á qualidade de vida é acusar os industriais. Uma coisa é certa: JÁ CHEGA! TEM AVONDO! A IMPUNI-DADE TAMBEM TEM LIMITES!

Francisco do Ó Pacheco

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CarneiroHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 31

Carta Dominante: 6 de Ouros, que significa Generosidade.Amor: Estará bastante comunicativo, poderá alargar o seu grupo de amigos.

Saúde: Terá que prestar mais atenção ao seu físico, pois este está em grande evidência positiva e negativamente. Andará muito tenso. Dedique-se à prática de yoga ou meditação.

Dinheiro: Poderão surgir alguns gastos inesperados. Esteja prevenido pondo algum dinheiro de parte.Números da Sorte: 1, 18, 22, 40, 44, 49

Pensamento positivo: Não desanimo perante as dificuldades nem desisto dos meus sonhos!

TouroHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 32Carta Dominante: Cavaleiro de Espadas, que significa Guerreiro.Amor: O ciúme não fará bem à sua relação. Seja mais tolerante para com o seu par. O sentido de amizade é agora mais profundo para si, o que poderá fazer com que o seu grupo de amigos tenha um acréscimo significativo.Saúde: Procure fazer exames de rotina com maior frequência.Dinheiro: Não se deixe abalar por marés menos positivas neste campo da sua vida.Números da Sorte: 6, 14, 36, 41, 45, 48Pensamento positivo: eu sei que o momento mais importante da minha vida é o “agora”.

GémeosHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 33

Carta Dominante: 8 de Copas, que significa Concretização.Amor: A harmonia estará finalmente presente na sua vida em família. O seu instinto está francamente apurado, o que lhe poderá ser

bastante benéfico.Saúde: Período sem preocupações. Aproveite para cuidar de si.

Dinheiro: Não se deixe levar pelo impulso nem compre tudo aquilo que lhe agrada. Números da Sorte: 7, 22, 29, 33, 45, 48

Pensamento positivo: Agradeço a Deus a graça da Vida que se renova a cada dia.CaranguejoHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 34Carta Dominante: O Mundo, que significa Fertilidade.Amor: Terá que aprender a perdoar se quer ser perdoado pelos seus erros, não se esqueça.Saúde: Sistema nervoso desequilibrado. Não se deixe afectar tanto por tudo o que lhe dizem.Dinheiro: Período bastante favorável. Surpreenda os seus superiores. Está também a sentir uma enorme necessidade de expandir os seus conhecimentos filosóficos.Números da Sorte: 8, 17, 22, 24, 39, 42Pensamento positivo: Agradecer é sempre a melhor maneira de merecer!

LeãoHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 35

Carta Dominante: Ás de Ouros, que significa Harmonia e Prosperidade.Amor: Não se esqueça da sua família. Passe mais tempo com os seus.

Saúde: Previna-se, pois com o frio terá tendência para febres altas.Dinheiro: está a ultrapassar uma fase muito positiva no que diz respeito ao diálogo com os outros, o que poderá ser bastante benéfico,

pois com a troca de ideias poderá resolver assuntos que sozinho não estava a conseguir solucionar. Poderá ganhar algum dinheiro extra.Números da Sorte: 3, 7, 11, 18, 22, 25

Pensamento positivo: Tenho o poder de corrigir os meus erros, porque sei que tudo tem solução.Virgem Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 36Carta Dominante: 8 de Paus, que significa Rapidez.Amor: Irá dar agora maior importância aos amigos, aos familiares, aos seus amores, o que será também retribuído por estes. Passará momentos muito divertidos com a sua família.Saúde: Poderá sofrer de algumas dores de cabeça fortes.Dinheiro: Momento calmo e equilibrado. Números da Sorte: 1, 8, 17, 21, 39, 48Pensamento positivo: Eu venço as dificuldades com determinação e coragem, eu sei que sou capaz!

Balança Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 37

Carta Dominante: 9 de Copas, que significa Felicidade.Amor: Procure estar presente mais vezes em reuniões familiares. Evite as situações de conflito e discórdia, procure um clima de maior

harmonia e paz com aqueles que o rodeiam.Saúde: Possíveis dores musculares. Não faça tantos esforços.

Dinheiro: Nunca desista de concretizar os seus projectos, mesmo que financeiramente não esteja na melhor forma, mas seja prudente.Números da Sorte: 7, 11, 18, 25, 47, 48

Pensamento positivo: Eu sei que todos os dias são bons dias, por isso esforço-me diariamente para melhorar.EscorpiãoHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 38Carta Dominante: A Lua, que significa Falsas Ilusões.Amor: Os amigos nem sempre podem estar junto de nós quando precisamos, mas não fique desapontado por isso.Saúde: Possível distensão muscular.Dinheiro: Fase muito positiva no campo profissional, irá estar dedicado ao trabalho e esforçar-se-á para obter resultados compensadores e positivos no mesmo. Momento oportuno para um investimento de maior dimensão.Números da Sorte: 4, 6, 7, 18, 19, 33Pensamento positivo: procuro ser tolerante para com todas as pessoas que me rodeiam.

SagitárioHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 39

Carta Dominante: 3 de Paus, que significa Iniciativa.Amor: Está a ultrapassar uma fase de maior dedicação ao lar e à sua família, é importante desfrutar ao máximo deste momento. Tenha

cuidado com os falsos amigos, não se dê tanto a conhecer a quem ainda não conhece bem.Saúde: Atenção ao que come, possíveis problemas de estômago.

Dinheiro: O seu poder financeiro estará estável.Números da Sorte: 1, 8, 42, 46, 47, 49

Pensamento positivo: sei usar a minha inteligência para alcançar os meus objectivos.

CapricórnioHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 40Carta Dominante: A Roda da Fortuna, que significa que a sua sorte está em movimento.Amor: Não deixe que os outros tomem decisões por si.Saúde: Tendência para gripe. Agasalhe-se bem.Dinheiro: Está agora a ultrapassar um período bastante positivo ao nível financeiro, aproveite-o para concretizar aquele sonho que até aqui tem vindo a adiar por falta de condições para a sua realização. Faça um esforço e poupe algum dinheiro para qualquer eventualidade.Números da Sorte: 7, 13, 17, 29, 34, 36Pensamento positivo: Procuro criar harmonia na minha vida todos os dias.

AquárioHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 41

Carta Dominante: Rainha de Copas, que significa Amiga Sincera.Amor: Não deixe que os outros falem por si. Expresse a sua opinião de forma educada mas segura.

Saúde: Possíveis problemas nos intestinos.Dinheiro: Não se exceda nos gastos. Tente possuir uma noção mais vincada daquilo que é no presente para poder desenvolver o seu

potencial com sucesso no futuro.Números da Sorte: 5, 25, 36, 44, 47, 49

Pensamento positivo: O Amor alegra o meu coração.PeixesHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 42Carta Dominante: A Temperança, que significa Equilíbrio.Amor: Um amigo vai precisar do seu apoio. Ajude-o o melhor que puder. Irá estar mais concentrado e dedicado a si próprio.Saúde: Tenha mais cuidados com a sua alimentação.Dinheiro: Sem problemas de maior.Números da Sorte: 1, 3, 24, 29, 33, 36Pensamento positivo: Acredito que tenho força para vencer todos os desafios.

Custódio Rodrigues

A fenomenologia parapsicológica ao longo da História (1 de 3)

- Ocultismo antigo e moderno. Há vários tipos de ocultismo. Por exemplo: esoterismo, rosacrucianismo, teosofismo, maçonaria, espiritismo… Podemos dizer com Pablo Garulo que «O medo e a insegurança perante fenómenos apa-rentemente inexplicáveis provocou durante milénios respostas míticas. Terramo-tos, eclipses, cataclismos, epidemias, loucura, foram interpretados das maneiras mais diversas e desconcer-tantes para o homem culto de hoje. Cada cultura, cada civilização, revestiu de colo-rido peculiar as explicações dadas a tantos fenómenos que pareciam superar a capacidade de compreensão humana: deuses, demónios, espíritos, fadas, larvas astrais, bruxos, feiticeiros, etc., foram durante muitos anos responsabilizados por boa parte dos enigmas que a natureza apresenta. O homem precisava de uma resposta para se sentir seguro; o nível de conheci-mentos científicos ainda não permitia descobrir os ver-dadeiros “porquês”, conse-quentemente, a falsidade das explicações dadas provocou um delírio de superstições das quais, até nossos dias perduram os efeitos». É por isso que ainda existe o ocultismo. As práticas ocul-tistas fomentam fenómenos inconscientes… Provocam a degradação do ser humano e como consequência ter-minam em doenças como a depressão que são uma espé-cie de morte psíquica.- A Parapsicologia enfrenta o ocultismo. Qual é a dife-rença entre o ocultismo e a Parapsicologia universitária? Responde Rex Stanford: «Os parapsicólogos e os chamados ocultistas estão às vezes interessados nos mesmos fenómenos e expe-riências. A diferença está nos diversos enfoques: a palavra oculto significa escondido, secreto; quando uma pessoa tem algum tipo de revelação acerca de algo para o que não tem motivo empírico ou racional para acreditar ou saber a respeito, apesar do qual, para ele continua sendo verdade. Esse enfo-que é anti tético ao espírito científico da Parapsicologia, que é livre para encontrar a verdade e livre para refutar o erro, através da investigação livre, com metodologia boa, sólida e objectiva».Infelizmente «Sendo a Parapsicologia uma ciência

relativamente recente, suas fileiras ainda estão poluí-das por grande número de pseudo – parapsicólogos, que semeiam a confusão e enganam a opinião pública, dando vazão às suas supers-tições e chantagens científi-cas, encobertos sob o manto novo e atraente do título “parapsicólogo”… (Ou por exemplo lançando frases curtas com impacto mas totalmente falsas como eso-terismo e ciência de mãos dadas…).Qualquer astrólogo, curan-deiro, ocultista ou espírita com algum verniz de cultura e boa dose de coragem, lança ao vento as suas afirmações de “parapsicólogo”. O resul-tado só pode ser o desprestí-gio da ciência e a falta de fé das pessoas esclarecidas, que confundem a Parapsicologia científica e universitária com a “Parapsicologia” destes predadores» (Pablo Garulo). Portanto por detrás do nome Ciências Ocultas (e ocul-tismo no geral) não está mais nada a não ser superstição, obscurantismo e crendice absurda. Essas Ciências Ocultas são de tal forma ocultas, que, como Ciências, na realidade nem sequer existem, pois no seu lugar, como se afirmou, não há outra coisa a não ser supers-tição. - A fenomenologia parap-sicológica ao longo da His-tória. Os povos mais antigos já praticavam a adivinhação, evocavam “sombras” dos mortos (= fantasmogénese). Na Bíblia referem-se em numerosas ocasiões esses prodígios. Como por exem-plo, as maravilhas realizadas pelos magos do faraó, em disputa com Moisés e Aarão (Ex 7,11.22;8,7), até que os magos do faraó se deram por vencidos e deram a explica-ção correcta dos prodígios alcançados pelos chefes do povo hebreu: «É o dedo de

Deus» (Ex 8,15). Na Bíblia aparece também a história de José adivinhando o futuro (= precognição) em sonhos e interpreta os sonhos também precognitivos do faraó (Gn 37,5-11;40,5-23;41,1-36). Do rei Nabucodonosor se diz que se teria convertido em fera (= licantropia), muitas vezes era apenas a loucura que levava alguém a agir desse modo… Ainda hoje há pessoas que falam dos lobi-somens! Os textos da Bíblia em que se condena a adivinhação, a feitiçaria, a magia, etc., são numerosíssimos, o que indica que essas práticas eram muito frequentes:

«Ninguém no teu meio faça passar pelo fogo (= pirova-sia) o seu filho ou a sua filha; ou se dê a encantamentos, aos augúrios, à adivinhação, à magia, ao feiticismo, ao espiritismo, aos sortilégios, à evocação dos mortos, porque o Senhor abomina todos os que fazem tais coisas. Por causa dessas abominações é que o Senhor, teu Deus, desaloja da tua frente essas gentes» (Dt 18,10-12). Para a Bíblia a evocação dos mortos (= espiritismo) é algo de abominável, é maldade. É assim que Deus vê o espi-ritismo!

O grande cientista da Parapsicologia, Pe. Oscar Quevedo, é também um especialista em truques, o que é necessário para desmascarar os charlatães. Nestas fotografias apresenta o

truque da levitação na horizontal.

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Crónicas de Lisboa

*[email protected]

Por que não somos simpáticos e eficientes?

Há tempos, dirigi-me a um café e pedi uma bica. Fui pronta e diligentemente atendido por aquele empregado, e, na despedida, ouvi dele: “Obrigado e um bom dia para o senhor”. Apesar da minha surpresa àquele mimo, reagi e respondi: “Obrigado e o mesmo para si também”. Só o seu sotaque brasileiro esbateu a minha surpresa naquele delicado tratamento perante um cliente. De qualquer modo, fiquei a matutar no assunto, pois, normalmente, estamos habituados a sermos tratados com maus modos ou enormes trombas por um grande número de trabalhadores portugueses que, na sua função profissional, nos atendem, pelo que ficamos surpreendidos com estes mimos dos nossos “irmãos brasileiros”. Poderemos ser levados a pensar que esta simpatia, para alem da sua dedicação e eficiência profissional, aliada a uma certa docilidade, revelaria uma sub serviência destes imigrantes perante o povo que os “acolhe”, mas tal não é verdade e quem se deslocar ao Brasil e entrar numa qualquer loja, pode constatar que também na sua terra eles têm a mesma postura de simpatia e paciência perante os seus clientes. É uma questão cultural e este comportamento não pode deixar de ser comparado com o nosso. Por mais que as empresas invistam na formação desses colaboradores, mas é verdade que algumas nada fazem nesse sentido, somos, muitas vezes, tratados como inimigos ou então, sermos atendidos com termos e comportamentos incorrectos por quem, no mínimo, deveria saber que sem clientes nenhuma empresa, grande ou pequena, sobrevive e sem “postos de trabalho” o nosso rendimento acabará e o desemprego poderá atingir-nos também. Infelizmente, há muito que está instalada na nossa sociedade uma certa mentalidade, muito propagandeada pela “esquerda” e

pelos sindicalistas, de que o patrão/empresa e o trabalhador são “inimigos”, por prosseguirem interesses opostos. Mas serão assim tão opostos os interesses, nas sociedades “capitalistas” (o modelo “socialista”, utopia dos anos sessenta e cuja esquerda ainda hoje continua a defender e a sonhar, falhou por o mesmo pressupor valores que a humanidade não possui)? Capital e trabalho estão “condenados” a entenderem-se para bem de todos. A este propósito, vale a pena citar aqui a cultura dos trabalhadores e empresários japoneses, país onde não se conhecem greves: “Os trabalhadores são simpáticos e eficientes para com os clientes, porque sabem que deles depende o seu trabalho. Por outro lado, os patrões tratam bem os seus empregados, porque estes contribuem para o sucesso da sua empresa”.Obviamente que a eficiência é mais importante do que a simpatia, mas se àquela acrescentarmos a educação e a simpatia, então os resultados serão ainda melhores. Custa assim tanto ser simpático? Confesso que a partir daquele dia, passei a ser mais simpático para todos aqueles que me atendem num qualquer serviço ou vendas, pois esta qualidade facilita as relações e resolve potenciais conflitos. Mesmo que a razão esteja do seu lado, como cliente, experimente dirigir-se a um “fornecedor” com maus modos e verá que o seu problema não será resolvido da mesma forma se o fizer com educação e simpatia perante o seu interlocutor. A economia de um país assenta em vários factores sendo um deles o trabalho e se este for de má qualidade, o progresso desse país será mais lento e, porque a economia funciona em círculo (e tipo automotora), todos nós acabamos por perder. É assim que nas sociedades, por vezes em regiões do mesmo país, onde o trabalho tem outra cultura diferente

da nossa, as sociedades se desenvolvem e aquelas que assim não fizerem, arriscam-se a serem, eternamente, pobres. Sem trabalho, e de qualidade, nada se consegue e nesta análise poderia assentar o porquê de haver nações ricas e nações pobres. Olhemos à nossa volta e não será difícil acreditar. Neste período de crise que vivemos e cujo futuro será ainda mais difícil, estes valores e atitudes adquirem ainda mais importância para a sobrevivência e desenvolvimento, individual e colectivamente.

Por isso, exige-se que cada cidadão cumpra a sua missão, para que todos ganhemos com isso e possamos sair do buraco para onde nos lançaram muitos políticos populistas e que “lavando as mãos como Pilatos”, por aí se passeiam e deixaram a “batata quente” para outros tomarem medidas duras e impopulares, mas acima de tudo deixaram a “factura” para os cidadãos pagarem. Para aqueles que nos lançaram neste “poço”, não vai a nossa simpatia, porque outro castigo eles mereceriam.

Câmara Municipal de Alcácer do Sal atribuiu prémios de mérito escolar A Câmara Municipal de Alcácer do Sal distinguiu os melhores alunos do 2º e 3º ciclo e do Ensino Secun-dário, no passado dia 5 de Outubro. É o segundo ano que o Município homena-geia os seus estudantes com melhores resultados, com

o objectivo de premiar o mérito e incentivar sucessos futuros. O facto de o prémio ser também monetário, é um bónus acrescido para os jovens e suas famílias.A cerimónia, integrada na comemoração do 101º ani-versário sobre a Implantação da República Portuguesa, decorreu pelas 11 horas, na Praça Pedro Nunes.Foram entregues nove cer-

tificados de mérito escolar aos alunos indicados pelos respectivos estabelecimen-tos de ensino como tendo obtido as notas mais altas no conjunto das disciplinas e provas relativas ao ano lec-tivo 2010/2011.Neste sentido, foram atri-

buídos no Agrupamento de Escolas do Torrão, dois pré-mios no valor de 150 euros a alunos do 2ºciclo (porque se registou um empate) José Gabriel Sabino Costa e Margarida Valente Ribeiro e um prémio no mesmo valor a um aluno do 3ºciclo, José Francisco Valente Ribeiro.No Agrupamento de Escolas de Alcácer do Sal, devido à sua maior dimensão, foram

premiados dois alunos do 2ºciclo, Diogo Filipe Oli-veira Rodrigues e Ana Rita Monraia Quintas Fortunato e dois do 3ºciclo, Miguel Nunes Mesuras de Jesus e Ana Teresa Seco Núncio, que também receberam cheques de 150

euros.Já no Ensino Secundário, os dois alunos distinguidos, na área dos Cursos Científi-co-Humanístico-Ciências e Tecnologias a Gonçalo Francisco Correia Relvas e no Curso Profissional de Técnico de Turismo, Sandra Marina Marques da Silva, receberam um prémio no valor de 500 euros.

Luzianes-Gare já tem passagem desniveladaA passagem inferior à linha ferroviária do sul, que atra-vessa a aldeia de Luzianes-Gare, sede de freguesia com o mesmo nome do interior do concelho de Odemira, foi inaugurada no passado dia 8 de Outubro, pelas 12.00 horas.Esta passagem inferior é uma reivindicação antiga da população, que tem a aldeia dividida pelo caminho-de-ferro, no troço de ligação entre a Funcheira e Tunes.A obra vem trazer maior segurança à circulação rodoviária e aos peões que necessitam de circular entre os dois lados da aldeia.A obra é da responsabilidade do Município de Odemira, por protocolo estabelecido com a REFER, tendo esta financiado 477.510,84 € e o Município 107.189,78 €, num investimento global de 584.700,62 €.O financiamento da autar-quia corresponde à aquisi-ção de terrenos para a obra e trabalhos imprevistos.

Para assinalar a conclusão da obra foi servido um almoço de confraternização e feita uma visita à obra.José Alberto Guerreiro, Pre-sidente da Câmara Muni-cipal de Odemira, presente na cerimónia fez questão de

referir que “a intervenção só foi possível porque se juntaram um conjunto de vontades e responsabili-dades que assumiram cor-

rigir um erro aquando do encerramento da passagem de nível existente devido às obras de electrificação da linha ferroviária do Sul, sendo mais do que justa, pois salvaguarda a segu-rança de pessoas e bens,

agregando novamente a malha urbana e restabe-lecendo a normalidade na vida da povoação”.

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Grândola atribuiu Medalhas de Mérito Municipal, no Dia do ConcelhoAniversário. Medalhas de Mérito. Crise.No discurso do Dia do Município, Carlos Beato manifestou as suas preocupações sobre a situação de crise, sublinhando que “há coisas que estão no limite”, todavia valorizou o passado de Grândola no que tem de herança para a construção do futuro.

Em 2002 a Câmara Municipal de Grândola instituiu a atribuição de Medalhas Honoríficas com o objectivo de distinguir Personalidades e Instituições ou Organizações nacionais ou estrangeiras que tenham prestado contributos relevantes ao Município nos múltiplos campos de actividade ou que, pelo seu valor, prestígio, cargos ou acção de excepcional relevância se considere serem merecedores de tal distinção, honrando aqueles que se distinguiram ao serviço desse concelho e que, desse modo, contribuíram decisivamente para o seu engrandecimento e prestígio.

Medalhas de Mérito 2011

Neste ano de 2011, as atri-buições da Medalha de Mérito destacaram três reconhecidas persona-lidades do Concelho de Grândola: Jesus Figueira Mendes, o primeiro Pre-sidente do Município de Grândola eleito em eleições livres e democráticas no ano de 1976, a Costaterra, na pessoa de seu Presidente do Conselho de Adminis-tração, Eng.º José Caiado, que partilhou a medalha com os seus colaboradores mais directos, e a J. Duarte Fer-reira e Filhos Lda., com a presença de seu fundador, o Sr. Jorge Ferreira Duarte, também ele fez-se acompa-nhar pela sua equipa. São empresas que se têm distin-guido na área empresarial e ao nível da responsabilidade social, foram os galardoados

deste ano.

Na cerimónia,a fusão da história

de Grândolacom a realidade

actual, o que motivouo auditório

Por se tratar da comemora-ção do Dia do Município, o seu representante, Dr. Carlos

Beato, foi quem deu inicio à cerimónia da entrega das Medalhas de Mérito Muni-cipal na Sessão Solene Comemorativa do Dia do Concelho, que teve lugar na tarde do passado sábado, dia 22 de Outubro, no Cinetea-tro Grandolense.Na abertura da Sessão, o Dr. Carlos Beato, antes de

evocar a simbologia do Dia da Município, manifestou as suas preocupações devido “à situação em que estamos todos”, afirmando que “as comemorações do Conce-lho deviam compaginar-se com essa situação”, isto para sublinhar que “é em com fortaleza que senti-mos a nossa alma e cora-ção”. Seguidamente fez referência à CIMAL, de que é presidente, para dizer que após numa reunião feita no dia anterior, “ nós autarcas consideramos que é neces-sário e urgente que se faça um congresso nacional de autarquias”, afirmando que “ninguém está contra que se façam cortes, mas pre-cisamos saber em quê - 20 milhões a reduzir às autar-quias – 10 milhões não são suas receitas. Temos que ver é que reajustamento é, e a custa de quem”.

Diria ainda que “há coisas estão no limite. Só a Estra-das de Portugal tem um passivo que é o dobro das verbas de todas as autar-quias”.Sobre a problemática da crise, Carlos Beato diria ainda que não estava man-datado para falar das autar-quias do Pais, mas do Lito-

ral Alentejano sim. Por isso, sublinhando que “tem que haver receitas, é necessário e legítimo, mas não sempre à custa dos outros”, neste caso, entenda-se, à custa das autarquias e não só.

Grândola Celebrou467 Anos de vida

Seguidamente falou da his-tória de Grândola, como sempre, no sentido da auto-estima dos grandolenses, este ano com a particulari-dade de centrar as suas inter-venções, no próprio nome de Grândola, dissecando-lhe a interioridade que cada letra do seu nome não só poderá ter de memória - de que é exemplo, os feitos de grandolenses ilustres - como ainda, uma enquanto porta aberta para a esperança no futuro.

Assim, após ter colocado em foco o nome dos home-nageados, passou a signi-ficar cada letra do nome Grândola. A saber: G – de grandeza. R – de respon-sabilidade individual e colectiva. A – de ambição. N – vale pela notoriedade conquistada. D – desenvol-vimento que tem sabido

alcançar. O – tem de valer pelo Orgulho que temos em ser exemplo. – L – simboliza a Liberdade, momento também para recordar Zeca Afonso, em Grândola, em Maio de 64, de viola às costas. Também a Canção senha do 25 de Abril. A - letra que vale pela abrangência que pre-cisamos para o futuro”,

disse. Depois desta narrativa e per-curso explicativo, Carlos Beato rematou, dizendo que ali não havia lugar para inventar nada, destacando “O Poder Local/Poder do Povo”.Seguiu-se a atribuição das Medalhas, com uma passa-gem prévia de um pequeno

filme sobre a vida dos home-nageados e, o encerramento da cerimónia, que esteve a cargo do Prof. Chainho, na sua qualidade de Presidente da Assembleia Municipal de Grândola, que começou por se referiu à “Reforma das Autarquias”, deixando não só a sua visão em defesa do mundo rural, como ainda, alguns pensamen-tos explicados a partir de quatro níveis de reflexões, que mereceram a atenção e o interesse dos que estavam no Cineteatro Grandolense. Nesse sentido, em primeiro lugar, o destaque foi para o “Espaço Rural”, como se referiu, seguindo-se a “Edu-cação em espaço Rural”, a “A Crise colossal” para referir-se ao “manancial de iniciativas que o Estado gordo poderia realizar mas que não realiza”, isso para reforçar a energia positiva que o Associativismo poderá ter nos momentos de crise, dando resposta à pergunta colocou: - “(…) se não fez no passado, o que se dirá de um Estado magro?A finalizar, as reflexões propostas pelo Prof. Chai-nho sublinharam ainda o “Acesso à Saúde”, uma das grandes preocupações dos portugueses. No seu con-junto, os temas abordados e os exemplos que a eles foram associados, não só necessários para um melhor equilíbrio social, como – neste momento – a sua apli-cação, são de reconhecida urgência.Um momento musical, um Concerto de Cordas, encer-rou a tarde desse dia.

Aliette [email protected]

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Porto de Sines cresce 22 %O Porto de Sines cresceu 22% no 3.º trimestre de 2011 face a igual período do ano anterior, atingindo as 7.516.337 toneladas de mercadorias movimentadas nestes três meses. Este cres-cimento teve essencialmente

origem no comércio externo, com o movimento de merca-dorias com portos de países

terceiros (fora da EU) a crescer 26%, destacando-se as exportações que cresce-ram 24 % neste período.O movimento de contento-res continua a ser um seg-mento de carga com forte crescimento em Sines. Nos

primeiros nove meses de 2011 o total de mercadorias movimentadas por contentor

cresceu 26%, acumulando 4.062.256 toneladas e regis-tando um total de 336.428 TEU movimentados. O 3º trimestre foi de resto o mais forte de sempre, com Sines a reforçar o seu papel como Hub entre a Ásia e a Amé-

rica do Norte e do Sul. O principal destaque vai para o início do serviço semanal

entre Sines e os principais portos Brasileiros, que per-mite ao porto reforçar a sua presença no principal mer-cado do Atlântico Sul, com-plementando a sua extensa rede de serviços que operam no eixo Este-Oeste.De Janeiro a Setembro de 2011 e a par da Carga Geral que globalmente cresceu 27%, cresceram também os Graneis Sólidos com uma excelente performance, os quais registaram um incre-mento de 57%, totalizando 2.949.181 toneladas movi-mentadas. Já os Graneis Líquidos registaram nos pri-meiros nove meses do ano um total de 12.170.140 tone-ladas de mercadorias, que, apesar da recuperação, se mantem ainda 10% abaixo do registado em 2010 em consequência da paragem da Refinaria de Sines no inicio do ano.Globalmente, o Porto de Sines movimentou 19.254.076 toneladas de

mercadorias de Janeiro a Setembro de 2011, o que lhe permite registar um incre-mento de 3% face a 2010. O último mês deste perí-odo, para além de ter sido o melhor mês do ano com 2,7 milhões de toneladas movi-mentadas, ficou ainda mar-cado pelo início de opera-

ções da Artlant PTA no Porto de Sines, com a operação de descarga de Paraxileno do navio “Atlantis Alhambra” no passado 29 de Setembro, sendo que a entrada em pro-dução da fábrica localizada na ZILS – Zona Industrial e Logística de Sines deverá acontecer a curto prazo.