jornal limeira 35

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Jornal Brasil Atual Limeira - 35ª edição

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  • Jornal Regional de Limeira

    www.redebrasilatual.com.br LIMEIRA

    n 35 Junho/Julho de 2015

    DISTRIBUIOGRATUITA

    jornal brasil atual jorbrasilatual

    Aps trs meses, professores estaduais encerram paralisao

    Pg. 6

    EDUCAO

    GREVE

    Conferncia debateu mecanismos de defesa dos direitos dos jovens

    Pg. 4

    SOCIAL

    JUVENTUDE

    Galo se prepara para a disputa da Copa Paulista

    Pg. 7

    FUTEBOL I

    INDEPENDENTE

    Professor alega ter sido perseguido por direo escolar devido a suas tatuagens

    AUTORITARISMO

    DISCRIMINAO

    PREVIDNCIA

    Medida Provisria cria frmula alternativa ao fator previdencirio; CUT quer melhorias no texto

    Pg. 3

    NOVAS REGRAS PARA APOSENTADORIA

  • 2 Limeira

    Expediente Rede Brasil Atual LimeiraEditora Grfica Atitude Ltda. Diretor de redao Paulo Salvador Edio Enio Loureno Redao Ana Lucia Ramos, Giovanni Giocondo, Ivanice Santos e William da Silva Foto capa Previdncia Fotos Pblicas - Lula Marques/Agncia PT Reviso Malu Simes Diagramao Leandro Siman Telefone (19) 99264 6550 (11) 3295 2820 Tiragem 15 mil exemplares Distribuio Gratuita

    EDITORIALO futebol est em festa. No aquele futebol dos cartolas mi-

    lionrios, que existe s custas de contratos superfaturados, pro-pinas e lavagem de dinheiro. Que por fim se tornou mais um negcio do mundo contemporneo. O que est de fato em festa o esporte do torcedor, do povo, parte fundamental da nossa cul-tura, que h anos vem sendo espoliado pelas classes dirigentes.

    Com a priso de Jos Maria Marin, ex-presidente da CBF e ex-governador binico da ditadura civil-militar, e a renncia de Joseph Blatter, o presidente da FIFA das Copas bilion-rias que, segundo o jornal norte-americano The New York Times, tambm est sendo investigado pelo FBI , possvel dizer que ainda h esperana para os amantes do esporte mais popular do mundo.

    No deixe de conferir nesta edio a reportagem especial sobre um caso vergonhoso para aquela que considerada a melhor escola pblica do municpio. O professor de educao fsica Celso Pfister afirma ter sido discriminado pela direo da Escola Estadual Professor Antonio Perches Lordello devi-do s tatuagens que possui no corpo. O caso coloca em xeque o modelo disciplinador e pouco democrtico da instituio, que j teve outros casos semelhantes no passado.

    Leia ainda a matria sobre a Medida Provisria 676, que altera as regras para a aposentadoria, criando uma alternativa para o segurado fugir do fator previdencirio. No entanto, o texto enviado pelo governo federal no unanimidade, e ain-da ter de ser ratificado pelo Congresso Nacional em at 120 dias desde a sua publicao (18 de junho) no Dirio Oficial da Unio.

    Escola infantil incentiva a leitura

    Sala interativa um dos trunfos

    LETRAS

    Contao de histrias um dos mtodos utilizadosO Centro Infantil Irene

    Gomes Bortolan, que fica no bairro Olga Veroni, est pro-movendo formas diferentes de estimular a leitura aos seus alunos a partir do mtodo da contao de histrias.

    Em 2015, a escola, que atende crianas de at cinco anos de idade, promoveu a segunda edio da Semana da Leitura, com o intuito de fo-mentar o interesse dos peque-nos pelo universo das letras.

    Ana Lcia Faustin, direto-ra da instituio, diz que essas medidas miram no futuro dos meninos e meninas. A leitura ajuda na criatividade, no ra-ciocnio, afirma.

    Desde maio, o colgio ain-da conta com uma feira de tro-ca de livros aos finais de se-mana, em que os pais podem

    Os alunos tambm ga-nharam uma sala especial para participarem de aulas interativas de contao de histrias. O trabalho feito pela professora Ellen Gra-cie Jac.

    Na oportunidade em que a reportagem esteve na escola, Ellen interpretou Cachinhos Dourados e os Trs Ursos, obra infantil do poeta ingls Robert Southey, publicada originalmente em 1837.

    No teatro improvisado, pa-nela, colher e mesa sustentam as pores de sopa que a me-nina come assim que invade a casa dos animais. J as almo-fadas acomodam Cachinhos Dourados enquanto dorme sa-tisfeita com a refeio.

    As crianas ficam atentas a cada movimento da pea, e logo depois conversam entre si e com a professora, mos-trando o que aprenderam.

    Ellen diz que o primei-

    ro contato dos alunos com a sala foi maravilhoso. Eles se encantaram, diz. A educadora acredita que o estmulo feito por meio da contao de histrias faz com que seus alunos pe-guem o gosto pela leitura, despertando a vontade e o prazer de ler. A partir da leitura, eles vo entender que podem conseguir o que quiserem por si mesmos, ressalta.

    fazer esse intercmbio liter-rio para os seus filhos.

    Como as crianas ainda no sabem ler, os familiares podem ler para elas aos finais de semana. Depois a meni-nada volta [para a escola] e

    comea a organizar com os colegas as informaes que ouviram dos pais. Se nas primeiras vezes os pais no leem, logo vo aderir, porque os colegas convencem seus filhos, explica a diretora.

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  • 3Limeira

    Novas regras para aposentadoria no so unanimidade

    Entenda o novo clculo J est valendo

    PREVIDNCIA

    CUT deve pressionar por melhorias na MP, que cria alternativa ao fator previdencirio por Redao RBANo dia 18 de junho, foi

    publicada no Dirio Oficial da Unio a Medida Provis-ria (MP) 676, que cria novas regras para a aposentadoria como alternativa ao fator pre-videncirio.

    A MP, que uma reivindi-cao antiga das centrais sindi-cais, entretanto, no foi unani-midade. A CUT, por exemplo, considera a frmula 85/95 uma conquista, mas questiona o modelo de progressividade.

    Para a entidade, a propos-ta do governo no resolve as contas da Previdncia e atra-sar o acesso dos trabalhado-res aposentadoria.

    A MP 676 inclui clculo para as aposentadorias na Previdn-cia Social e adiciona uma frmu-la progressiva a partir de 2017.

    Pelo texto, o segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuio poder optar pela no incidncia do fator previ-dencirio, no clculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuio, includas as fraes, na data de requerimento, for igual ou su-perior a 95 pontos, se homem, observando o tempo mnimo de contribuio de 35; e igual ou superior a 85, se mulher, obser-vando o tempo mnimo de con-tribuio de 30 anos.

    O governo introduziu, no entanto, uma frmula progressi-va que passar a vigorar a partir

    A nova regra para o cl-culo das aposentadorias da Previdncia Social j est em vigor desde a sua publi-cao no Dirio Oficial da Unio, no dia 18 de junho. A MP 676 tem validade de 120 dias at que seja apro-

    vada pelo Congresso Nacio-nal e se torne lei. A expecta-tiva que os parlamentares voltem a debater a matria a partir de julho, podendo, inclusive, alterar o texto sancionado pela presidenta Dilma Rousseff.

    de 2017, acrescentando um pon-to tanto para homens como para mulheres. A partir de 1 de janei-ro de 2017, a frmula passa a ser 86/96. J em janeiro de 2019 passa a 87/97. Da em diante se aumenta um ano at se configurar a frmula 90/100, a partir de janeiro de 2022.

    Ento, para receber integral-mente o benefcio corresponden-te sua faixa de contribuio, respeitado o teto, a soma da idade com tempo de contribuio da

    mulher ter de atingir a pontu-ao 90 (por exemplo, 55 anos de idade e 35 de contribuio); e a do homem, 100 (por exem-plo, 64 anos de idade e 36 de contribuio).

    A frmula que hoje define o fator previdencirio continua existindo como opo, se for mais vantajosa para o segurado. O fator leva em conta uma com-binao de tempo de contribui-o com a perspectiva de vida (mdia divulgada anualmente pelo IBGE) do segurado no mo-mento em que se aposenta.

    Tanto o fator como as frmu-las alternativas tm a finalidade de inibir as pessoas de antecipa-rem suas aposentadorias. Vem da a justificativa apresentada na MP 676: Ao faz-lo, visa a ga-rantir a sustentabilidade da Pre-vidncia Social.

    O modelo previdencirio no s uma questo econ-mica, , principalmente, uma questo de projeto de pas, da sociedade que queremos. No existe um modelo definitivo e, sim, o modelo mais adequado, que requer um profundo debate sobre o seu financiamento, diz a Central, em nota assinada por seu presidente, Vagner Freitas.

    A CUT afirma ainda que vai manter a campanha em defesa do 85/95, garantindo a aposentadoria integral a quem de direito, e vai manter as negociaes para que o Brasil tenha uma Previdncia vivel, sustentvel e justa.DIV

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  • 4 Limeira

    Conferncia debate direitos dos jovens no municpioSOCIAL

    Encontro reuniu adolescentes e profissionais, que deliberaram formas de garantir conquistasEm iniciativa conjunta do

    poder pblico municipal e de entidades no governamentais dos direitos humanos, Limeira vem se destacando devido criao de rgos colegiados e de fruns de debate, que vi-sam garantir o fortalecimento do Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA) na cidade.

    A 9 edio da Confern-cia Municipal da Criana e do Adolescente, realizada en-tre os meses de abril e maio, foi mais uma dessas iniciati-vas. A partir do evento foram eleitos delegados, que sero os responsveis por fortale-cer os Conselhos de Direitos da Criana e do Adolescente e por utilizar o frum para garantir e implementar o Pla-no Decenal dos Direitos Hu-manos das Crianas e Ado-lescentes.

    Na conferncia, pessoas di-retamente atingidas pelas de-cises nacionais sobre o tema, ou seja, as prprias crianas e adolescentes, tambm con-triburam com as discusses, ao lado de assistentes sociais e psiclogos, e mostraram, a partir de seus relatos, que a sociedade brasileira precisa

    ouvi-los melhor para entender o que eles precisam.

    Quem demonstra o quo essencial a colaborao dos jovens para o debate a estu-dante Naira Pereira Alves, de 17 anos. Para ela, o que falta em Limeira um espao dis-ponvel para que os jovens possam participar das deci-ses e mostrar o que de fato os incomoda. Por isso mui-to importante essa discusso,

    que nos d voz, porque ns realmente sabemos do que precisamos, salienta.

    A conselheira tutelar do municpio, Raquel de Oliveira Nunes, lembra tambm da im-portncia da participao dos internos da Fundao Casa (Centro de Atendimento So-cioeducativo ao Adolescente) no debate. As melhores pro-postas vieram dos meninos da Fundao Casa, que falaram

    sobre seus problemas cotidia-nos, dos maus-tratos e da vio-lao de vrios direitos, sobre-tudo educao, sade, ao lazer e cultura, explica.

    Raquel diz que dois dos principais dramas que afetam a juventude pobre das perife-rias de Limeira so a falta de qualificao para o trabalho e o envolvimento com o trfico de drogas. O problema maior, no entanto, que a polcia

    prende e a justia julga o ado-lescente como traficante, mas no existe o questionamento de como as drogas chegaram at eles. No atacamos o ver-dadeiro criminoso, critica.

    Nesse sentido, a assistente social e representante da Pre-feitura na Conferncia, Paula Furlan Gomes, destacou que o Conselho Municipal j se po-sicionou frontalmente contra a proposta de reduo da maio-ridade penal de 18 para 16 anos, projeto em tramitao na Cmara dos Deputados, um dos alvos de debate no frum.

    As pr-conferncias que fizemos mostraram outro lado dessa realidade que desco-nhecemos, o lado dos jovens submetidos internao e s medidas socioeducativas de cerceamento de liberdade. Muitas vezes o debate pbli-co que surge atravs da mdia j traz uma ideia pronta e que ouve apenas um lado, o da cri-minalizao. Por isso estamos organizando movimentos, dis-seminando essa discusso at os bairros, para que as pessoas entendam do que se trata [o projeto] e tomem uma posi-o, esclarece Paula.

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    E-mail: [email protected] | [email protected]

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  • 5Limeira

    Professor alega ter sido discriminado por direo escolar

    Escola utiliza mtodos disciplinadores

    Passado nebuloso Perches contra Pfister

    AUTORITARISMO

    Segundo Celso Pfister, suas tatuagens desagradaram os gestores da Escola Estadual PerchesA Escola Estadual Profes-

    sor Antonio Perches Lordello, que fica no bairro Jardim Nova Itlia, considerada uma instituio modelo, ten-do inclusive recebido o ttulo de melhor colgio do Estado de So Paulo em qualidade de gesto, em 2008, da Unesco (Organizao para a Educa-o, a Cincia e a Cultura das Naes Unidas).

    Entretanto, o colgio, de histrico disciplinador, tem ganhado a pecha de autorit-

    Para estudar no Perches, que atende adolescentes do 5. ano do ensino funda-mental ao 3. ano do ensi-no mdio, existe um filtro quase aos moldes de antigas escolas religiosas ou milita-

    No incio dos anos 2000, um aluno de 13 anos foi o primeiro alvo do cdigo de postura do Perches. Por ter os cabelos longos, ele foi impedido de entrar na esco-la. Segundo a direo, ele poderia usar o cabelo para esconder drogas.

    Recebemos essa denn-cia na poca, passamos ao Ministrio Pblico e houve um processo contra o Per-ches, que teve de aceitar o rapaz., conta Isabel.

    Para Pfister, seu caso re-

    A reportagem do Bra-sil Atual fez contato com Patrcia de Campos Buck, diretora da Escola Estadual Professor Antonio Perches Lordello, mas ela alegou que no daria entrevista por no ter autorizao da Se-cretaria de Educao.

    A assessoria de impren-sa da pasta informou que a Diretoria Regional de En-sino abriu processo contra o professor Celso Pfister a pedido do colgio, porque ele estaria incentivando os

    rio. o que afirma o profes-sor de Educao Fsica Celso Pfister, que alega ter sido alvo de preconceito por parte da diretoria da escola devido s tatuagens que possui.

    Jamais na vida tinha so-frido algo parecido com o que aconteceu no Perches, relata o docente, que fez um boletim de ocorrncia para denunciar o constrangimento que sofreu diante de seus alunos.

    Contratado como substitu-to de uma colega que estava

    sob licena-maternidade, no incio deste ano, Pfister le-cionou na escola por 90 dias. Segundo ele, desde o primeiro dia foi monitorado durante as atividades, como se a sua in-fluncia pudesse corromper o comportamento dos alunos.

    Parecia um censor dos tempos de ditadura, diz em referncia a presena de fis-cais durante as aulas. No so as tatuagens que tenho que vo mostrar se sou ou no um bom professor, reclamou.

    res: nada de cabelos compri-dos para os meninos, muito menos brincos ou piercings; tatuagens, nem pensar.

    O colgio tambm indi-vidualiza a identificao das carteiras de seus alunos para

    constatar quem zela ou no pela higiene do seu espao pessoal de estudos.

    Apesar desta srie de re-gras impostas com o objetivo de manter a ordem, a disputa por uma vaga no Perches fer-

    renha graas a seu desempe-nho nos sistemas de avaliao, considerado de timo nvel.

    Segundo Isabel Cndido, coordenadora do Conselho Tutelar de Limeira, todos os anos pais de crianas e ado-

    lescentes formam filas no rgo para tentar colocar seus filhos na escola es-tadual, querendo que os jovens andem na linha. No tem vaga para todos, resume.

    flete a falta de democracia no modelo de gesto escolar da escola. um conservadoris-mo desmedido, ressalta. Nas redes sociais, ele teve apoio de alunos, ex-alunos, pais e pro-fessores em sua luta para de-nunciar a perseguio sofrida.

    Um processo foi aberto na Diretoria Regional de Ensino para apurar o caso. Em seu fa-vor, Pfister tem o depoimento favorvel da direo da Esco-la Municipal Professora Ma-ria Aparecida de Luca Moore, onde leciona desde 2011.

    alunos a no irem aula du-rante o perodo de greve dos professores do Estado de So Paulo [encerrada dia 12 de ju-

    nho], da qual participou ati-vamente.

    Pfister disse que a acu-sao no procede. Meu nico pedido foi para que os alunos lutassem contra essa conduta antidemocrtica da escola. Se no reagirem, vo sofrer com o mesmo problema, reitera.

    A assessoria tambm in-formou que a denncia de dis-criminao feita pelo profes-sor contra a escola est sendo apurada pela Diretoria Regio-nal de Ensino de Limeira.

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  • 6 Limeira

    Aps 89 dias, professores encerram greve em SPEDUCAO

    Categoria decide que resistncia no pode ir alm da sobrevivncia dos docentes por Redao RBA

    Os professores da rede p-blica de So Paulo decidiram acabar com a greve iniciada no dia 16 de maro. A deciso foi tomada no dia 12 de junho, durante assembleia realizada no vo livre do Museu de Arte de So Paulo (Masp). Cerca de oito mil docentes estiveram presen-tes, segundo a organizao.

    A presidenta da Apeoesp (sindicato da categoria), Ma-ria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, justificou o fim da greve. A resistncia no pode ir alm da sobrevivncia dos professores.

    Ela ressalta que houve descaso do governo. Ns fi-zemos luta, fizemos marchas, nos acorrentamos, e o governo no se sensibilizou. Desde abril, os docentes esto tendo

    os dias parados descontados. Em junho, a maior parte deles teve zero de salrio. A cate-goria judicializou a situao, mas a Justia foi favorvel ao governo paulista e manteve os descontos.

    Um grupo de docentes li-gados ao Partido da Causa Operria (PCO) e uma ten-dncia autodenominada auto-nomistas defendeu a continua-o da greve. No faz sentido falarmos em seguir lutando se vamos desmobilizar a greve. Se para seguir pressionando que seja paralisados, defen-deu um professor ligado ao grupo, que pediu para no ser identificado.

    A Apeoesp pretende reali-zar manifestaes toda sexta--feira contra a proposta de

    reforma do ensino mdio que Alckmin est propondo. Entre outras medidas, ela pretende passar a responsabilidade para os municpios e possibilita que os alunos escolham as dis-ciplinas nos ltimos dois anos. As datas para as mobilizaes ainda sero definidas.

    Outra batalha que ainda ter de ser travada pelos pro-fessores diz respeito reposi-o das aulas, que Bebel de-fende que seja discutida com a categoria. A reposio deve ser discutida nos conselhos de escola. E todos os professo-res tm direito reposio. O governo diz que colocou pro-fessores para garantir as aulas, mas o contedo destas no foi trabalhado, o que prejudica os alunos, afirmou.

    Para a presidenta da Apeo-esp, o governo paulista e a sociedade acabam sendo os maiores derrotados pela ne-gao do governador em ne-gociar melhores condies de trabalho para os professores. A derrota do governo, que no teve capacidade de nego-ciar. Analise politicamente o que significa uma categoria ter zero de reajuste. Ser que sou eu que vou pagar por isso? Os professores vo voltar cabis-baixos para as salas de aula, argumentou.

    Ela tambm avaliou que a demora da Justia em julgar o dissdio de greve tambm aju-dou a enfraquecer os professo-res. A Apeoesp ingressou com uma ao de dissdio em 28 de abril, mas at agora ela no

    foi julgada. Ficar na incerte-za se vai haver ou no o jul-gamento, se vai ter acerto ou no, dificultou muito manter a mobilizao dos professores.

    Os professores reivindica-vam equiparao dos salrios aos das demais categorias que exigem formao superior, com base na chamada Lei do Piso o que representaria um reajuste de 75,33%, a ser pago at 2020.

    A categoria tambm que-ria negociar isonomia para os professores temporrios os chamados categoria O , que no tm seus direitos traba-lhistas reconhecidos, e a rea-bertura de 3.390 salas de aula fechadas no incio do ano pela gesto do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

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  • 7Limeira

    Depois da A-2, Independente disputa Copa Paulista

    Internacional permanece na Srie A-3 do Paulisto

    FUTEBOL I

    FUTEBOL II

    Torcida mostrou apoio pelo 6. lugar no Estadual e presidente enalteceu o trabalho da equipe

    Ex-presidente reclamou da Prefeitura e da falta de apoio dos torcedores por acesso frustrado

    O Independente lutou mui-to para conseguir o acesso para a Srie A-1 do Campeonato Paulista, mas no foi desta vez o triunfo. O time comandado pelo tcnico lvaro Gaia foi o 6. colocado com os mesmos 35 pontos do gua Santa, po-rm com saldo de gols inferior 4 gols, contra 7 do Mirassol (5.) e 15 do gua Santa (4.), ltimo a se classificar para o acesso. A Ferroviria, o No-vorizontino e o Oeste tambm faro parte da elite do futebol paulista em 2016.

    Para o Galo, restou o conso-lo de ter feito um campeonato digno, tendo figurado a maior parte do torneio entre os pri-meiros colocados e no se in-

    ter sido eliminada. Um dos problemas teria origem na fal-ta de estrutura do estdio do Limeiro. O ento presidente Taymon Bueno, que deixou o comando do clube aps o fim da competio, responsabili-zou a administrao municipal pela interrupo das obras no estdio, que haviam sido acer-tadas no incio deste ano.

    A falta da estrutura pre-vista para a disputa do Campe-onato Paulista forou a direto-ria a tirar dinheiro de onde no tinha para finalizar setores, como alojamentos e cozinha, que fazem parte do cotidiano

    dos atletas, ratificou.A diretoria tambm se

    mostrou descontente com o baixo nmero de torcedores que compareceu aos jogos na

    Nas redes sociais da In-ternet, os torcedores do Inde-pendente manifestaram apoio grande campanha de estreia realizada pelo time na Srie

    A-2. O presidente do clube, Marcelo Assis, lamentou a perda da classificao, mas fez questo de ressaltar a raa e a dedicao de todos os jogado-res do elenco.

    O prximo desafio da equi-pe a Copa Paulista, que co-mea a ser disputada em 18 de julho. O Independente est no Grupo 2, ao lado de Rio Branco, Unio Barbarense e XV de Piracicaba. O primeiro jogo do Galo ser no dia 25 de julho, contra o Rio Bran-co, de Americana, no estdio Agostinho Prada, o Prado, s 16 horas.

    O campeo da Copa Pau-lista garante acesso disputa da Copa do Brasil de 2016.

    No ser em 2016 que a Internacional voltar a enfrentar o Independente no clssico local, pelo me-nos no em uma diviso do Campeonato Paulista. A equipe ficou pelo cami-nho na disputa da Srie A-3 e no se classificou para as semifinais, terminando na 6. colocao. Taubat (campeo), Votuporanguen-se (vice), Juventus e Atibaia faro companhia ao Galo na Srie A-2 em 2016.

    A diretoria da Inter mostrou indignao com a Prefeitura aps a equipe

    cidade, apesar dos incentivos com ingressos a preos popu-lares, tendo reduzido a arre-cadao do clube e impedido mais investimentos no elenco.

    Sem pontuao suficien-te no ranking estadual, a In-ter ficar de fora da disputa da Copa Paulista e, por en-quanto, no tem atividades previstas para o time de fu-tebol profissional no segun-do semestre.

    Para o novo presidente do clube, Altair Bueno, uma das prioridades ser contra-tar um gerente de futebol para intermediar as relaes entre diretoria e atletas, alm de montar antecipada-mente o elenco para a dis-puta da Srie A-3 do Cam-peonato Paulista em 2016.

    timidando frente a outras equi-pes tradicionais do interior.

    Os limeirenses saram do grupo de classificao apenas na penltima rodada, aps um

    empate em casa com o Atl-tico Sorocaba. No jogo deci-sivo, frente ao Oeste, em It-polis, outro empate dramtico em 2 X 2 ps fim ao sonho.

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    FOTO SNTESE MANIFESTAO DOS BANCRIOS

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