jornal informe - caçador - 19/04/2015

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PAG A05 INFORME www.jornalinforme.com.br /RedeInforme /RedeInforme CAÇADOR REDE DE JORNAIS SÁBADO, 18 DE ABRIL DE 2014. ANO 13 . N O 2.811 R$ 2,50 CONTEÚDO É TUDO CIRCULAÇÃO SEMANAL CENA DO CRIME OS BASTIDORES DE UMA PERÍCIA CRIMINAL Perito criminal conta passo a passo de uma investigação Perito Márcio Bolzan, de Caçador, realizando comparação de digitais, um dos procedimentos comuns CARINA MENDES DRAMA FAMÍLIA DE JOVEM ASSASSINADO BRUTALMENTE ESPERA POR JUSTIÇA CLERITON FREIRE/ARQUIVO PAG A13

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Edição 2811

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Page 1: Jornal Informe - Caçador - 19/04/2015

PAG A05

INFORMEwww.jornalinforme.com.br/RedeInforme /RedeInforme

CAÇADORREDE DE JORNAIS

SÁBADO, 18 DE ABRIL DE 2014. ANO 13 . NO 2.811R$ 2,50

CONTEÚDO É TUDO

CIRCULAÇÃO SEMANAL

CENA DO CRIME

OS BASTIDORES DE UMA PERÍCIA CRIMINALPerito criminal conta passo a passo de uma investigação

Perito Márcio Bolzan, de Caçador, realizando comparação de digitais, um dos procedimentos comuns

CA

RIN

A M

EN

DE

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DRAMA

FAMÍLIA DE JOVEM ASSASSINADO BRUTALMENTE ESPERA POR JUSTIÇA

CLERITON FREIRE/ARQUIVO

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A|02 ..................................................................................................C AÇ AD OR (S C) SÁBAD O , 18 DE ABRIL DE 2015 |

EXPEDIENTEDIREÇÃO GERAL:

Adriano Ribeiro0002902SC

(49) 8843-4213

ADMINISTRAÇÃOAdriano Ribeiro

PROJETO GRÁFICO: Dóda Design

REPORTAGEMCleriton FreireCarina Mendes

DEPARTAMENTO COMERCIAL

ANÚNCIOS:Entre em contato com nossa equipe comercial:E-mail: [email protected]: (49) 3567-5699ASSINATURASO jornal Informe circula semanalmente, sempre

nos sábados, em Caçador e municípios da região do Meio-oeste. Parte da edição tem circulação gratuita em pontos estratégicos (que podem mudar de tempos em tempos), porém, quem desejar receber seu jornal com comodidade em sua residência ou empresa, pode fazer uma assinatura.Anual: R$130,00Formas de pagamento: à vista ou em duas vezes

ATENDIMENTOHorário de Atendimento:De segunda a sexta: das 9 h às 12 h e das 13h30min às 18h30min - Aos sábados: das 9 h às 12hTelefone: (49) 3567-5699E-mail: [email protected] Santa Catarina, nº 228, centro, Caçador (SC) CEP 89500.000

TIRAGEM 2 mil

RedeInforme wwwjornalinforme.com.br/cacador [email protected]

ENTREVISTA Hoje fiz uma coletiva de imprensa aqui e expliquei a situação. Não podemos nos precipitar e divulgar algo que possa comprometer.

“Um crime assim não sairá impune”

A reportagem do Jornal Informe ouviu nesta sexta-feira (17) o delegado regional de Joaçaba, Daniel Sá Fortes Régis, que já

trabalhou em Caçador por alguns anos. Ele concedeu entrevista por telefone e

deu alguns detalhes sobre as investiga-ções da morte da adolescente Mariane Telles, de 17 anos. O corpo da jovem foi encontrado na quinta-feira em um ma-tagal na cidade de Jaborá. A investigação do desaparecimento mobilizava poli-ciais civis da região e também chegou a investigadores da Delegacia de Pessoas Desaparecidas de Santa Catarina, com sede em São José. O crime repercutiu

em todo o Estado. Sobre o assunto, o de-legado compara este caso com o latrocí-nio ocorrido na Linha Cará, em Caçador, que investigou na época. Ele afirma que ambos, no começo, não tinha nenhuma pista dos autores, mas aos poucos foi so-lucionando e prendeu todos os envolvi-dos do crime cometido em Caçador. Ele trabalha para que aconteça o mesmo com a morte da Mariana. Leia:

CLERITON FREIRERepórter

[email protected]

Como anda as investigações deste caso que repercutiu em todo o Estado?Na verdade a apuração está em cur-so desde o primeiro dia. O que mu-dou agora foi que antes a questão

era o desaparecimento, agora mudou para um ho-

micídio com a localiza-

ç ã o

do corpo. Estamos aguardando os laudos periciais que foram colhidos do corpo e do local do crime e em seguida daremos continuidade às investigações. Estou com equipes na rua desde o primeiro, é uma priori-dade nossa. Um crime assim não sairá impune, e estamos trabalhan-do para solucioná-lo o quanto antes.

Algo concreto até o momento?O que pode ser revelado no mo-mento é apenas que houve um ho-micídio. Tudo está sendo mantido

em sigilo para o bem da própria investigação, para que ela não seja comprometida. Quando fa-remos uma prisão será tudo di-vulgado. Hoje fiz uma coletiva de imprensa aqui e expliquei a situação. Não podemos nos

precipitar e divulgar algo que possa comprometer.

Ela foi morta com arma de fogo?

A forma como ela foi morta não posso di-

zer ainda. Este tipo de informação in-teressa apenas a investigação.

Dos boatos que circularam as

redes sociais e imprensa, como o caso do casal de

sequestrado-res argentinos

que estariam pela região. O que tem a dizer?

Eram só boatos, não houve qualquer informação de inteligência policial que comprovou o aparecimento do casal. Nem da Polícia Federal, Civil ou Militar, ninguém informou algo que pudesse caracterizar que este casal estaria rondeando a região. Como exemplo, agora a comuni-dade tem comparado o homicídio da Mariana com o de uma criança encontrada morta em outra cida-de, mas ao que tudo indica não tem qualquer relação os dois crimes. O que posso dizer pra comunidade é que quem tem que fazer este traba-lho é a polícia. Mas a população tem grande importância, apenas ajudan-do com informações que devem ser repassadas para a polícia.

O que espera deste caso?Espero que este caso possa ser solu-cionado como o caso do latrocínio menino (Thiago Gabriel Schaedler, de 12 anos) que ocorreu aí em Caça-dor. Naquela época, eu coordenei as investigações e não tinha qualquer suspeita no início, tal como esta da Mariana. Mas no desenvolver do nosso trabalho conseguimos apurar e solucionar o crime, prendendo os culpados para que fossem punidos pelos seus erros.

E como estão os trabalhos como delegado regional de Joaçaba?Eu tenho dito que gerir pessoas é a parte mais difícil da carreira do de-legado. Ainda estou me acostuman-do com a nova função e tenho pro-curado melhorar a cada dia. É uma nova atividade, um novo trabalho que tenho muita coisa para apren-der ainda.

Delegado Daniel Régis ainda na época que

atuava em Caçador: ele compara o caso

de Mariana com o latrocínio da linha Cará

que prendeu todos os envolvidos

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SAÚDE

Descubra como aproveitar aquele sorvete gelado sem medo

SENSIBILIDADE

Tratamento que vai além do creme dental

CARINA MENDESRepórter

[email protected]

Tomar um sorve-te ou um copo de água gelada pode ser uma tortura

para muitas pessoas. A hi-persensibilidade dentiná-ria, mais conhecida como sensibilidade nos dentes, é um problema muito co-mum que afeta momentos prazerosos de degustação de produtos. Algo que mui-tos não sabem é que além das pastas de dentes de tra-tamento, existem outros es-pecíficos para o problema.

Se manifestando como uma dor aguda, de maior ou menor intensidade, a sensibilidade associa-se a líquidos e alimentos de baixas temperaturas ou com marcante acidez em sua composição, e podem ser tratados de forma mais eficaz que os comuns cre-mes dentais.

De acordo com o cirur-gião dentista e especialista em Dentística Restaurado-ra, Alencar Mendes, este problema pode ser asso-ciado a mais de uma cau-sa. “A hipersensibilidade dentinária, é um problema normalmente associado a áreas de raízes de dentes expostas ao meio bucal, seja por retração gengival, fissuras dentais ou outros problemas. A explicação para o processo de sensi-bilidade encontra-se na ausência da proteção exer-cida pelo esmalte dental, deixando exposta ao meio bucal a área do dente co-nhecida como dentina, que é uma estrutura com me-nor grau de dureza do que o esmalte e, especialmente, constituída de prolonga-mentos celulares, repre-sentando uma parte orgâ-nica, ou seja, "viva", dos dentes”, explicou.

A dor acontece porque o dente fica exposto, res-saltou. “Quando esta área, chamada dentina, é exposta a estímulos, seja pela tem-peratura ou pela acidez, ocorre uma movimenta-ção de fluidos nos espaços ocupados por estes prolon-gamentos celulares, cha-mados de canalículos den-tinários e isto gera a dor da sensibilidade”, afirmou.

Segundo Mendes, não existem alimentos ou be-bidas que contribuam para a sensibilidade nos dentes, mas sim, aqueles que pos-

A ausência da proteção exercida pelo esmalte dental é a causa da sensibilidade nos dentes

DIVULGAÇÃO

A hipersensibilidade dentinária, é um problema normalmente associado a áreas de raízes de dentes expostas ao meio bucal,

seja por retração gengival, fissuras dentais ou outros problemas. ”

sam trazer maiores malefí-cios a saúde dos mesmos, enalteceu. “Não existe uma contra-indicação absoluta de qualquer alimento, po-rém certamente alimentos muito açucarados e espe-cialmente com consistên-cia pegajosa são piores do que alimentos mais natu-rais devido ao seu potencial de causar cáries, quando não há higienização ade-quada”, disse, revelando sobre os tratamentos espe-cíficos para o caso.

“Existem diversos tra-tamentos para os proble-mas da hipersensibilidade dentinária, que vão desde o uso continuo ou eventual de pastas específicas, mas procedimentos odontológi-cos específicos costumam ter uma efetividade muito superior. Estes podem ser divididos em procedimen-tos não invasivos, com a

aplicação de substâncias dessensibilizantes, e proce-dimentos invasivos, como recobramentos de áreas de exposição de raízes. A ava-liação profissional definirá qual a melhor conduta para cada caso”, detalhou.

O fundamental mesmo é a obtenção e manutenção de hábitos de higienização bucal frequente e constan-te, sugeriu o profissional. “Após cada refeição é indi-cado que os dentes sejam escovados, no mínimo três vezes ao dia. A higienização dos dentes deve ser executa-da de maneira que alcance todas as superfícies dentais, especialmente as de mais difícil acesso, como as áreas entre os dentes, que podem ser alcançadas com fio den-tal e as áreas mais "escondi-das" como nos dentes pos-teriores”, aconselhou.

A língua não fica de fora, concluiu. “A língua também precisa de cuida-dos e pode ser higieniza-da com o uso de equipa-mentos apropriados para esta finalidade”, comenta, acrescentando ainda que a saúde bucal verdadeira pode ser promovida as-sociando um controle e manutenção profissional, através da visita periódica a um profissional.

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VOLUNTÁRIA

Mesmo com câncer, enfermeira ajuda outros doentes da cidade

Mara Nunes faz atendimento de forma gratuita através da ONG Superação

CLERITON FREIRERepórter

[email protected]

Descobrir que tem câncer é uma notícia nada agradável, mas descobrir que a doença voltou em outro órgão é pior ainda.

Esse é sentimento da caçadorense Mara Nunes, de 44 anos, que inicia novas ses-sões de quimioterapia na próxima quarta--feira. Mesmo com a doença, a mulher dá um verdadeiro exemplo de cidadania: através da ONG Superação, ela presta ser-viço como enfermeira e atende outros pa-cientes em Caçador de forma voluntária.

Mara é formada em Enfermagem e outras especialidades e tem 20 anos de experiência na área. A voluntária desen-volve este projeto na companhia do fun-dador da ONG, Luiz Marchesam, desde 2013, um ano depois de descobrir o pri-meiro câncer. Naquela época, eles faziam atendimento de em média quatro doen-tes por dia em domicílio.

“Eu e o Luiz iniciávamos os aten-dimentos 8 horas da manhã e só pará-vamos à noite. No começo atendíamos pacientes que estavam meses sem ba-nho, tinha feridas abertas, algumas já com necrose e sem qualquer tratamen-to. Eram situações de extrema vulne-rabilidade. Então passamos a oferecer higiene e conforto, mantendo o trata-

mento adequado”, disse.A enfermeira passou por várias difi-

culdades, como a falta de apoio do Poder Público e das empresas. Hoje, seu maior empecilho é a doença que voltou, e mes-mo sem ajuda nem pra combustível, ela jamais desistiu.

“Tenho câncer e vou voltar ao trata-mento, mas continuo fazendo a minha parte. Faço isso porque estou vivendo na pele o que eles passam todos os dias”, acrescenta Mara, que diminuiu os aten-dimentos, mas continua da forma como pode ajudando vizinhos e outros doentes dos bairros próximos.

O fundador e coordenador da ONG Superação lamenta a falta de ajuda. O grupo de voluntários atendem doentes em toda a cidade, e tem mais de 400 ca-dastrados para receberem atendimento. Luiz fez um estudo com os pacientes e descobriu que cada um gera em média um custo mensal de R$ 1,2 mil para as famílias. O valor exemplifica a necessi-dade de ajuda.

“São pessoas que precisam da gen-te. E a maioria que faz parte da ONG já teve câncer, por isso sentimos o que eles sentem. Só que estes projetos podiam ter ajuda do Poder Público. Engraçado que para o Jeep Clube fazer dois dias de even-to repassaram R$ 30 mil este ano. Esse valor nos ajudaria muito durante todos os 12 meses”, explica Luiz.

Outro projeto interessante desen-volvido por Mara Nunes é a preven-ção da gestação precoce – a gravidez na adolescência. Ela se forma este ano em Gestão Pública pelo Instituto Federal de Santa Catarina, e desde então vem elaborando este proje-to para executá-lo em dezembro.

“A ideia é desenvolver pales-tras sobre o tema no Materno Infantil. Estudos mostram que a adolescente que engravida volta a engravidar depois sem ter ida-de suficiente. Por isso quero levar conhecimento e informações para meninas de 12 a 17 anos”, finaliza.

GESTAÇÃO PRECOCE

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COTIDIANO

CENA DO CRIME

Os bastidores de uma perícia criminalPerito criminal conta passo a passo de uma investigação

CARINA MENDESRepórter

[email protected]

Para a imaginação dos vi-ciados em séries ameri-canas como a consagra-

da Bones (Ossos), ou mesmo a famosa CSI (Crime Scene Investigation), que em tradu-ção livre para o português sig-nifica “Investigação da Cena do Crime”, ambas que tratam resoluções em casos de assas-sinatos, conhecer o trabalho de um perito criminal de ver-dade, despido de um set de filmagem é alucinante.

Quem respondeu às per-guntas sobre os bastidores das investigações criminais foi o perito criminal Luiz Carlos Rei-chert, responsável pelo Núcleo de Instituto Geral de Perícias de Caçador. Segundo o profis-sional, que há anos trabalha no ramo, a perícia é criteriosa. “Depois que a Polícia Militar toma conhecimento sobre al-gum caso, seja de acidente de trânsito, morte violenta, sui-cídio, homicídio, acidente de trabalho, furtos com arromba-mento, roubos ou mesmo da-nos ao patrimônio público, nos quais envolvam óbito da vítima que está no local, a polícia pre-cisa isolar a área e acionar a Po-lícia Civil, que iniciará a inves-tigação. A Polícia Civil é quem aciona a perícia e é aí que nos deslocamos para o local, com um perito criminal e um auxi-liar médico legal”, explicou.

No local do óbito são co-letadas informações que aju-darão a perícia a desvendar respostas que posteriormente serão investigadas por um delegado. “As cenas de óbito precisam ser isoladas e pre-servadas. Mesmo a autorida-de policial deve respeitar esse isolamento. O perito crimi-nal chega ao local e faz todo o levantamento da cena. Faz a busca e coleta de vestígios além de registros. Em algu-mas vezes é feito pelo perito o armazenamento e também o transporte para o IGP para al-guma análise específica”, enal-teceu Reichert, revelando os principais objetos procurados.

“Ás vezes é uma arma bran-

ca, uma ferramenta, uma faca, ou algum objeto que pode ter relação com o crime e que pos-sa ser apreendido. São feitas fotografias do local, anotações, croquis ou mesmo gravações, de áudio ou vídeo. Após essa coleta o perito criminal faz o exame perinecroscópico, que é um exame preliminar da víti-ma, feito no local”, relatou.

O exame perinecroscó-pico tem intenção de tentar identificar se existe algum vestígio de disparo de arma de fogo ou algum ferimento con-

Políciax Perícia

A polícia e a perícia tem papeis diferentes na análise dos fatos, revelou o perito cri-minal Luiz Carlos Reichert. “A polícia se preocupa com os ele-mentos subjetivos, que são a intenção e a motivação do cri-me. A perícia se preocupa com os elementos objetivos do cri-me, como a materialidade, se realmente aconteceu o crime no local, as qualificadoras, se houve arrombamento, se teve o uso de arma de fogo, qual foi a arma utilizada, a distância do tiro, a trajetória do projétil”, exemplificou, complementan-do quais hipóteses podem ser afirmadas pelo profissional.

“O perito consegue eliminar várias dúvidas por meio das análises. Se o disparo entrou ou saiu de um vidro. Se houver dois tiros em um mesmo local é possível afirmar qual foi disparado antes. Informações assim podem fazer toda a diferen-ça em uma investigação. O laudo da investigação é o mesmo que vai acompanhar o processo no Ministério Público e que vai depois para o Poder Judiciário, até o final do julgamento”, salienta.

Eventualmente, durante o processo podem surgir algumas dúvidas, que são so-licitadas posteriormente pelo delegado responsável pelo caso. Pode haver a solicitação de laudo complementar ou esclarecimento do laudo, além de exames complementares ou reprodução simulada dos fatos, que é um trabalho da perícia.

Em casos de suspeita de suicídio, são buscadas no local do óbito mensagens em celular, cartas de despedida e outros detalhes que possam ajudar a análise. “Nas cartas de despedida procuramos comparar a escrita da carta com outras escritas da mesma pessoa, para saber se o suicídio da mesma não foi forjado. Fa-zemos a busca de impressões digitais, objetos que possam ter relação com a morte, como to-cas, bonés e fios de cabelo para exames de DNA”, concluiu.

A polícia se preocupa com os elementos subjetivos, que são a intenção e a motivação do crime. A perícia se preocupa com os elementos objetivos do crime, como a materialidade

são questões que nós tenta-mos responder sobre a perícia no local. São perguntas que vão ajudar a esclarecer aqui-lo que aconteceu”, elucidou, revelando ainda que, nem sempre todos os quesitos são respondidos com êxito.

“A gente tenta responder todos os quesitos, mas nem sempre é possível obter uma resposta pela falta de elemen-tos suficientes para uma con-clusão, pois só respondemos de acordo com o que temos de elemento concreto”, considera.

tundente, que será uma infor-mação para que tipo de ob-jeto procurar como arma do crime. Depois desse processo o auxiliar de medicina legal recolhe e conduz o corpo ao IML para fazer a necropsia.

De acordo com Reichert, apósa realização de todos os exames e análises necessárias, chega a parte das conclusões. “Após o exame, a autoridade policial nos encaminha o ofí-cio, solicitando o laudo da-quele local. Nesta solicitação, é nos enviado os quesitos, que

Perito Criminal Luiz Carlos Reichert

Em algumas vezes é feito pelo perito o armazenamento e também o transporte para

o IGP para alguma análise específica”, enalteceu Reichert, revelando os principais objetos procurados.

CARINA MENDES

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A|06 ..................................................................................................C AÇ AD OR (S C) SÁBAD O , 18 DE ABRIL DE 2015 | COTIDIANO

DECRETO N.º 148, DE 17 DE ABRIL DE 2015.

“DECRETA PONTO FACULTATIVO NAS REPARTIÇÕES PÚBLICAS MUNICIPAIS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”.

IVONE MAZUTTI DE GERONI, Prefeita Municipal de Calmon, Estado de Santa Catarina, no uso das atribuições legais conferidas na Lei Orgânica do Município, e

CONSIDERANDO a adoção de regime semelhante de trabalho por outros órgãos da Administração Pública Estadual e Federal;

CONSIDERANDO a discricionariedade e a conveniência da administração pública, bem como o feriado nacional do dia 21/04/2015, terça feira:

DECRETA:

Art. 1º. Fica decretado PONTO FACULTATIVO nas repartições públicas municipais, no dia 20 de Abril de 2015.

Parágrafo Único. Excetuam-se da presente determinação as atividades essenciais que não são passíveis de interrupção, sobretudo nos serviços essenciais de Saúde, onde o expediente normal.

Art. 2º. Caberá aos titulares das Secretarias Municipais a obediência a presente determinação, devendo cada pasta estabelecer o regime de plantão e de atendimento ao cidadão para os serviços que não são passíveis de interrupção.

Art. 3º. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Calmon/SC, 17 de Abril de 2015.

IVONE MAZUTTI DE GERONIPrefeita Municipal

Registrado e Publicado na Secretaria Municipal de Administração na data supra.

Silvana Gomes Rebelim Secretário de Administração e Gestão

ESTADO DE SANTA CATARINA

PREFEITURA MUNICIPAL DE CALMON-SC EDITAL PREGÃO PRESENCIAL 15/2015

PROCESSO LICITATORIO 16/2015 - EDITAL DE PRE-GÃO PRESENCIAL Nº 15/2015

A Prefeita de Calmon- SC, torna público aos interessados, que de acordo com as Leis nº 8.666/93 e 10.520/02 e suas posteriores alterações, prorroga para o dia 30/04/2015 às 09hs, licitação na modalidade PREGÃO PRESEN-CIAL, TIPO MENOR PREÇO POR LOTE, para contra-tação de serviços de mecânica geral em veículos, monta-gem/desmontagem de pneus para categoria de veículos vans, camionetas, caminhões, ônibus e máquinas pesa-das. Melhores informações poderão ser obtidas junto ao Setor de Licitações da Prefeitura Municipal de Calmon, pelo Fone (49) 3573-0030, (49) 99662929 – com Cláudia ou Edemir. Os interessados em adquirir cópia do Edital e de seus Anexos deverão fazê-lo mediante solicitação no mencionado Setor Calmon (SC), 10 de Abril de 2015. IVONE MAZUTTI DE GERONI. Prefeita Municipal.

ESTADO DE SANTA CATARINA

PREFEITURA MUNICIPAL DE CALMON-SC EDITAL PREGÃO PRESENCIAL 18/2015

PROCESSO LICITATORIO 18/2015 - EDITAL DE PRE-GÃO PRESENCIAL Nº 17/2015

A Prefeita de Calmon- SC, torna público aos interessados, que de acordo com as Leis nº 8.666/93 e 10.520/02 e suas posteriores alterações, fará realizar no dia 30/04/2015 às 11horas, licitação na modalida-de PREGÃO PRESENCIAL, TIPO MENOR PREÇO GLOBAL DOS ITENS, para contratação de serviços confecção de faixas, bannes, reforma de placas e plo-tagem de veículos no Município de Calmon . Melho-res informações poderão ser obtidas junto ao Setor de Licitações da Prefeitura Municipal de Calmon, pelo Fone (49) 3573-0030 – com Cláudia ou Edemir. Os in-teressados em adquirir cópia do Edital e de seus Ane-xos deverão fazê-lo mediante solicitação no mencio-nado Setor Calmon (SC), 17 de abril de 2015. IVONE MAZUTTI DE GERONI. Prefeita Municipal.

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Alteração de endereço se deve a economia de dinheiro com aluguel

MUDANÇA

Farmácia Municipal será no PA

A Secretaria Municipal de Saúde da prefeitura de Caçador está promovendo a mudança de endereço da Farmácia Munici-

pal da Avenida Santa Catarina. Para isso, na próxima semana ela estará fechada na quarta dia 22, quinta dia 23 e sexta--feira dia 24 de abril. Vale lembrar que na segunda e terça-feira a farmácia tam-bém não atende em função do feriado e ponto facultativo.

A partir da segunda-feira dia 27, a Farmácia Municipal estará atendendo em novas instalações junto ao Pronto Atendimento do Hospital Jonas Ramos. Nos dias em não há atendimento, a orien-tação aos pacientes é que devem se diri-gir até a farmácia do posto de saúde do Martello para retirar medicamentos.

De acordo com a secretária Roselaine de Almeida Périco, com a mudança de endereço, a Farmácia Municipal passa a atender em prédio próprio ocorrendo à economia do dinheiro que era aplicado no pagamento do aluguel.

“Além de maior praticidade para os pacientes e funcionários em função do amplo espaço, a mudança para prédio do próprio município significa uma econo-mia de R$ 60 mil por ano para a prefeitura de Caçador”, explica Roselaine.

DIVULGAÇÃO

Farmácia terá mudança de endereço

Page 7: Jornal Informe - Caçador - 19/04/2015

.................................................................................................. A|07| C AÇ AD OR (S C) SÁBAD O , 18 DE ABRIL DE 2015 EDITAL LEI COMPLEMENTAR Nº 062 DE 07 DE ABRIL DE 2015.

“ALTERA A LEI Nº 508 DE 17 DE DEZEMBRO DE 2007, “QUE DISPÕE SOBRE O PLANO DE CARREIRA E REMU-NERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO MUNICIPAL DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DE CALMON.

IVONE MAZUTTI DE GERONI, Prefeita Municipal de Cal-mon, Estado de Santa Catarina, no uso de suas atribuições que lhe são conferidas por Lei, FAZ SABER, que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e Ela Sanciona a presente Lei:

Art. 1º - Ficam alterados os Artigos 28, 29 e 31 da Lei 508/2007, que pas-sam a vigorar com a seguinte redação:

Art. 28 – O valor dos vencimentos correspondentes aos níveis de Carreira do Magistério Público Municipal, para uma jornada de 20 horas, será de:

Nível 1....................................................................... R$ 639,26

Nível 2........................................................................R$ 703,18

Nível 3........................................................................R$ 843,82

Nível 4........................................................................R$ 1.096,96

O valor dos vencimentos correspondentes aos níveis de Carreira do Magis-tério Público Municipal, para uma jornada de 40 horas, será de:

Nível 1.......................................................................R$ 1.917,78

Nível 2.......................................................................R$ 2.109,55

Nível 3.......................................................................R$ 2.531,46

Nível 4.......................................................................R$ 3.290,89

Art. 29 – Além do vencimento, o titular de cargo de Carreira fará jus ás seguintes vantagens:

I – por exercício de direção de unidades escolares;

II – por curso de capacitação e aperfeiçoamento.

Art. 31 – Fica suprimido o Artigo 31.

Art. 2º - Fica incorporado ao Salário dos Profissionais da Educação os va-lores recebidos a título de Regência de Classe.

Art. 3º Os demais artigos da Lei nº 508/2007 de 17 de Dezembro de 2007, permanecem inalterados.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Gabinete da Prefeita em 07 de Abril de 2015.

IVONE MAZUTTI DE GERONIPREFEITA MUNICIPAL

LEI COMPLEMENTAR Nº 063, DE 07 DE ABRIL DE 2015.

ALTERA O ART. 3º DA LEI Nº 20/93 DE 29 DE JULHO DE 1993, E DÁ OU-TRAS PROVIDÊNCIAS”.

IVONE MAZUTTI DE GERONI, Prefeita Municipal de Calmon, Estado de Santa Catarina, no uso das atribuições conferidas por Lei, FAZ SABER, que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e Ela Sanciona a presente Lei Complementar:

Art. 1º. Fica alterado o Art. 3º da Lei Ordinária nº 20/93 de 29 de Julho de 1993, que passa a ter a seguinte redação:

I - Representantes do Governo:

a) Representantes da Secretaria Municipal de Saúde;

b) Representantes do Posto de Saúde;

c) Representantes dos Profissionais de Saúde;

d) Representantes da Secretaria Municipal de Educação ou de Bem Estar Social;

II - Representantes dos Usuários

a) Representantes da Associação da Terceira Idade;

b) Representantes da Associação do Clube de Mães;

c) Representantes da Associação de Pais e Professores das Escolas do Muni-cípio;

d) Representantes da Associação de Jovens.

Art. 2º. Os demais artigos da Lei 20/93 de 29 de Julho de 1993 permanecem inalterados;

Art. 3º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Gabinete da Prefeita, 07 de Abril de 2015.

IVONE MAZUTTI DE GERONI Prefeita Municipal

LEI COMPLEMENTAR N.º 061, DE 07 DE ABRIL DE 2015.

“ESTABELECE PARÂMETROS GERAIS DE TRANSIÇÃO PARA FINS DE REGULAMENTAÇÃO DO PROCESSO DE ESCOLHA UNIFICADO DOS CONSELHEIROS TUTELARES EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”.

IVONE MAZUTTI DE GERONI, Prefeita do Município de Calmon, Estado de Santa Catarina, usando das atribuições que lhe são conferidas por Lei, FAZ SABER, que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e Ela Sanciona a seguinte LEI COMPLEMENTAR:

Art. 1º. Ficam estabelecidos os parâmetros gerais de transição para fins de regulamentação do processo de escolha unificado dos conselheiros tutelares em todo território nacional, conforme as disposições previstas na Lei n.º 12.696/12, que alterou a Lei n.º 8.069 – Estatuto da Criança e do Adolescente.

Parágrafo Único. Consideram-se aplicáveis a esta Lei, de forma complementar e no que couber, as disposições da Resolução n.º 170, de 10 de dezembro de 2014, do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA.

Art. 2º. O Município de Calmon realizará, através do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, o processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, conforme previsto no art. 139, da Lei n.º 8.069/90, com a redação dada pela Lei n.º 12.696/12, observados os seguintes parâmetros:

I – O primeiro processo de escolha unificado de conselheiros tutelares em todo território nacional dar-se-á no dia 04 de outubro de 2015, com posse no dia 10 de janeiro de 2016;

II – Os conselheiros tutelares atualmente empossados terão, excepcionalmente, o mandato prorrogado até a posse daqueles escolhidos no primeiro processo unificado.

Art. 3º. O mandato de conselheiro tutelar terá a duração de 4 (quatro) anos, conforme prevê o art. 132, combinado com as disposições previstas no art. 139, ambos da Lei n.º 8.069/90, alterados pela Lei n.º 12.696/12 e vigorará para os conselheiros tutelares escolhidos a partir do processo de escolha unificado que ocorrerá em 2015.

Art. 4º. O Conselho Tutelar será composto de 05 (cinco) membros titulares e, 05 (cinco) suplentes, eleitos pela população local, para mandato de 04 (quatro) anos, permitida 01 (uma) recondução, mediante novo processo de escolha.

Art. 5º. A Lei Orçamentária Municipal, em programa de trabalho específico, deverá estabelecer dotação para o custeio das atividades desempenhadas pelo Conselho Tutelar para formação continuada e qualificação dos Conselheiros Tutelares.

Art. 6º. Ficam assegurados aos Conselheiros Tutelares, durante o exercício do mandato, os seguintes direitos sociais:

I – cobertura previdenciária; II – gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor

da remuneração mensal;III – Licença maternidade; IV – Licença paternidade;

Art. 7º. A remuneração para os cinco conselheiros mais votados, com carga horária de 40 (quarenta) horas semanais, será no valor de R$ 1.036,00 (Um mil e trinta e seis reais) mensais.

§1º. A revisão e reajuste da remuneração dos conselheiros tutelares se darão na mesma data e nos mesmos índices concedidos aos servidores municipais.

§2º. Além dos cinco conselheiros mais votados, poderão ser remunerados da mesma forma, os demais conselheiros convocados pelo Presidente do CMDCA – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e Conselho Tutelar, para incumbirem-se de atividades inerentes à função, quando necessário.

Art. 8º. Somente poderão concorrer à eleição os candidatos que preencherem, até a data do encerramento das inscrições, os seguintes requisitos:

a) possuir reconhecida idoneidade moral, mediante apresentação certidão negativa de antecedentes criminais;

b) comprovar residência no Município há, no mínimo, mais de 02 (dois) anos; c) conclusão do ensino médio completo;d) possuir carteira nacional de habilitação, no mínimo com categoria B;e) não ter sofrido penalidade de perda de mandato de conselheiro tutelar;f) não estar sendo processado criminalmente;g) comprovar, mediante apresentação de atestado médico, estar em pleno gozo

das aptidões físicas e mentais para o exercício do cargo de Conselheiro;h) aprovação obrigatória em prova classificatória e eliminatória de conhecimentos

específicos sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente;i) avaliação psicossocial, de caráter classificatório e eliminatório, por meio de

equipe formada pelo CMDCA, assistentes sociais e psicológicos, objetivando avaliar critérios de raciocínio lógico para as ações cotidianas; aptidão para a função desejada; equilíbrio emocional; relacionamento interpessoal, entre outros para ao final, formar prognósticos a respeito do desempenho, adaptação e adequação ao cargo proposto.

Art. 9º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, especialmente os artigos, 17, 21 e 24, da Lei n.º 014/1993 e, na integralidade, as Leis n.º 129/97, n.º 378/2005, n.º 390/2005 e n.º 528/2008.

Calmon - SC, 07 de Abril de 2015.

IVONE MAZUTTI DE GERONI

PREFEITA MUNICIPAL

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LEI ORDINÁRIA DE Nº 755 DE 07 DE ABRIL DE 2015

Dispõe, sobre o Sistema Municipal de Cultura de Calmon SMC, seus princípios, objetivos, estrutura, organização, gestão, interrelações entre os seus componentes, recursos humanos, financiamento e dá outras providências.

IVONE MAZUTTI DE GERONI, Prefeita Municipal de Calmon, Estado de Santa Catarina, no uso de suas atribuições que lhe são conferidas por Lei, FAZ SABER, que a Câmara Municipal de Vereadores Aprovou e Ela Sanciona a seguinte Lei

DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art. 1º Este projeto regula no município de Calmon e em conformidade com a Constituição da República Federativa do Brasil e a Lei Orgânica do Município, o Sistema Municipal de Cultura - SMC, que tem por finalidade promover o desenvolvimento humano, social e econômico, com pleno exercício dos direitos culturais.

Parágrafo único. O Sistema Municipal de Cultura - SMC integra o Sistema Nacional de Cultura – SNC e se constitui no principal articulador, no âmbito municipal, das políticas públicas de cultura, estabelecendo mecanismos de gestão compartilhada com os demais entes federados e a sociedade civil.

TÍTULO I DA POLÍTICA MUNICIPAL DE CULTURA

Art. 2º A política municipal de cultura estabelece o papel do Poder Público Municipal na gestão da cultura, explicita os direitos culturais que devem ser assegurados a todos os munícipes e define pressupostos que fundamentam as políticas, programas, projetos e ações formuladas e executadas pela Prefeitura Municipal de Calmon, com a participação da sociedade, no campo da cultura.

CAPÍTULO IDo Papel do Poder Público Municipal na Gestão da Cultura

Art. 3º A cultura é um direito fundamental do ser humano, devendo o Poder Público Municipal prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício, no âmbito do Município de Calmon.

Art. 4º A cultura é um importante vetor de desenvolvimento humano, social e econômico, devendo ser tratada como uma área estratégica para o desenvolvimento sustentável e para a promoção da paz no Município de Calmon.

Art. 5º É responsabilidade do Poder Público Municipal, com a participação da sociedade, planejar e fomentar políticas públicas de cultura, assegurar a preservação e promover a valorização do patrimônio cultural material e imaterial do Município de Calmon e estabelecer condições para o desenvolvimento da economia da cultura, considerando em primeiro plano o interesse público e o respeito à diversidade cultural.

Art. 6º Cabe ao Poder Público do Município de Calmon planejar e implementar políticas públicas para:

I - assegurar os meios para o desenvolvimento da cultura como direito de todos os cidadãos, com plena liberdade de expressão e criação;

II - universalizar o acesso aos bens e serviços culturais;

III - contribuir para a construção da cidadania cultural;

IV - reconhecer, proteger, valorizar e promover a diversidade das expressões culturais presentes no município;

V - combater a discriminação e o preconceito de qualquer espécie e natureza;

VI – promover a equidade social e territorial do desenvolvimento cultural;

VII - qualificar e garantir a transparência da gestão cultural;

VIII - democratizar os processos decisórios, assegurando a participação e o controle social;

IX - estruturar e regulamentar a economia da cultura, no âmbito local;

X - consolidar a cultura como importante vetor do desenvolvimento sustentável;

XI - intensificar as trocas, os intercâmbios e os diálogos interculturais;

XII - contribuir para a promoção da cultura da paz.

Art. 7º A atuação do Poder Público Municipal no campo da cultura não se contrapõe ao setor privado, com o qual deve, sempre que possível, desenvolver parcerias e buscar a complementaridade das ações, evitando superposições e desperdícios.

Art. 8º A política cultural deve ser transversal, estabelecendo uma relação estratégica com as demais políticas públicas, em especial com as políticas de educação, comunicação social, meio ambiente, turismo, ciência e tecnologia, esporte, lazer, saúde e segurança pública.

Art. 9º Os planos e projetos de desenvolvimento, na sua formulação e execução, devem sempre considerar os fatores culturais e na sua avaliação uma ampla gama de critérios, que vão da liberdade política, econômica e social às oportunidades individuais de saúde, educação, cultura, produção, criatividade, dignidade pessoal e respeito aos direitos humanos, conforme indicadores sociais.

CAPÍTULO IIDos Direitos Culturais

Art. 10º. Cabe ao Poder Público Municipal garantir a todos os munícipes o pleno exercício dos direitos culturais, entendidos como:

I – o direito à identidade e à diversidade cultural;

II – o direito à participação na vida cultural, compreendendo:

a) livre criação e expressão;b) livre acesso;c) livre difusão; d) livre participação nas decisões de política cultural.

III – o direito autoral;

IV – o direito ao intercâmbio cultural nacional e internacional.

CAPÍTULO IIIDa Concepção Tridimensional da Cultura

Art. 11º. O Poder Público Municipal compreende a concepção tridimensional da cultura – simbólica, cidadã e econômica – como fundamento da política municipal de cultura.

SEÇÃO IDa Dimensão Simbólica da Cultura

Art. 12º. A dimensão simbólica da cultura compreende os bens de natureza material e imaterial que constituem o patrimônio cultural do Município de Calmon, abrangendo todos os modos de viver, fazer e criar dos diferentes grupos formadores da sociedade local, conforme o Art. 216 da Constituição Federal.

Art. 13º. Cabe ao Poder Público Municipal promover e proteger as infinitas possibilidades de criação simbólica expressas em modos de vida, crenças, valores, práticas, rituais e identidades.

Art. 14º. A política cultural deve contemplar as expressões que caracterizam a diversidade cultural do Município, abrangendo toda a produção nos campos das culturas populares, eruditas e da indústria cultural.

Art. 15º. Cabe ao Poder Público Municipal promover diálogos interculturais, nos planos local, regional, nacional e internacional, considerando as diferentes concepções de dignidade humana, presentes em todas as culturas, como instrumento de construção da paz, moldada em padrões de coesão, integração e harmonia entre os cidadãos, as comunidades, os grupos sociais, os povos e nações.

SEÇÃO IIDa Dimensão Cidadã da Cultura

Art. 16º. Os direitos culturais fazem parte dos direitos humanos e devem se constituir numa plataforma de sustentação das políticas culturais, posto que a cidadania plena só pode ser atingida quando a cidadania cultural puder ser usufruída por todos os cidadãos do Município de Calmon.

Art. 17º. Cabe ao Poder Público Municipal assegurar o pleno exercício dos direitos culturais a todos os cidadãos, promovendo o acesso universal à cultura por meio do estímulo à criação artística, da democratização das condições de produção, da oferta de formação, da expansão dos meios de difusão, da ampliação das possibilidades de fruição e da livre circulação de valores culturais.

Art. 18º. O direito à identidade e à diversidade cultural deve ser assegurado pelo Poder Público Municipal por meio de políticas públicas de promoção e proteção do patrimônio cultural do município, de promoção e proteção das culturas indígenas, populares e afro-brasileiras e, ainda, de iniciativas voltadas para o reconhecimento e valorização da cultura de outros grupos sociais, étnicos e de gênero, conforme os Arts. 215 e 216 da Constituição Federal.

Art. 19º. O direito à participação na vida cultural deve ser assegurado pelo Poder Público Municipal com a garantia da plena liberdade para criar, fruir e difundir a cultura e não ingerência estatal na vida criativa da sociedade.

Art. 20º. O direito à participação na vida cultural deve ser assegurado igualmente às pessoas com deficiência, que devem ter garantidas condições de acessibilidade e oportunidades de desenvolver e utilizar seu potencial criativo, artístico e intelectual.

Art. 21º. O estímulo à participação da sociedade nas decisões de política cultural deve ser efetivado por meio da criação e articulação de conselhos paritários, com os representantes da sociedade democraticamente eleitos pelos respectivos segmentos, bem como, da realização de conferências e da instalação de colegiados, comissões e fóruns.

SEÇÃO IIIDa Dimensão Econômica da Cultura

Art. 22º. Cabe ao Poder Público Municipal criar as condições para o desenvolvimento da cultura como espaço de inovação e expressão da criatividade local e fonte de oportunidades de geração de ocupações produtivas e de renda, fomentando a sustentabilidade e promovendo a desconcentração dos fluxos de formação, produção e difusão das distintas linguagens artísticas e múltiplas expressões culturais.

Art. 23º. O Poder Público Municipal deve fomentar a economia da cultura como:

I - sistema de produção, materializado em cadeias produtivas, num processo que envolva as fases de pesquisa, formação, produção, difusão, distribuição e consumo;

II - elemento estratégico da economia contemporânea, em que se configura como um dos segmentos mais dinâmicos e importante fator de desenvolvimento econômico e social; e

III - conjunto de valores e práticas que têm como referência a identidade e a diversidade cultural dos povos, possibilitando compatibilizar modernização e desenvolvimento humano.

Art. 24º. As políticas públicas no campo da economia da cultura devem entender os bens culturais como portadores de ideias, valores e sentidos que constituem a identidade e a diversidade cultural do município, não restritos ao seu valor mercantil.

Art. 25º. As políticas de fomento à cultura devem ser implementadas de acordo com as especificidades de cada cadeia produtiva.

Art. 26º. O objetivo das políticas públicas de fomento à cultura no Município de Calmon deve ser estimular a criação e o desenvolvimento de bens, produtos e serviços e a geração de conhecimentos que sejam compartilhados por todos.

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.................................................................................................. A|09| C AÇ AD OR (S C) SÁBAD O ,18 DE ABRIL DE 2015 EDITALArt. 27º. O Poder Público Municipal deve apoiar os artistas e produtores culturais atuantes no município para

que tenham assegurado o direito autoral de suas obras, considerando o direito de acesso à cultura por toda sociedade.

TÍTULO II DO SISTEMA MUNICIPAL DE

CULTURA

CAPÍTULO IDas Definições e dos Princípios

Art. 28º. O Sistema Municipal de Cultura - SMC se constitui num instrumento de articulação, gestão, fomento e promoção de políticas públicas, bem como de informação e formação na área cultural, tendo como essência a coordenação e cooperação intergovernamental com vistas ao fortalecimento institucional, à democratização dos processos decisórios e à obtenção de economicidade, eficiência, eficácia, equidade e efetividade na aplicação dos recursos públicos.

Art. 29º. O Sistema Municipal de Cultura - SMC fundamenta-se na política municipal de cultura expressa nesta lei e nas suas diretrizes, estabelecidas no Plano Municipal de Cultura, para instituir um processo de gestão compartilhada com os demais entes federativos da República Brasileira - União, Estados, Municípios e Distrito Federal - com suas respectivas políticas e instituições culturais e a sociedade civil.

Art. 30º. Os princípios do Sistema Municipal de Cultura - SMC que devem orientar a conduta do Governo Municipal, dos demais entes federados e da sociedade civil nas suas relações como parceiros e responsáveis pelo seu funcionamento são:

I - diversidade das expressões culturais;

II - universalização do acesso aos bens e serviços culturais;

III - fomento à produção, difusão e circulação de conhecimento e bens culturais;

IV - cooperação entre os entes federados, os agentes públicos e privados atuantes na área cultural;

V - integração e interação na execução das políticas, programas, projetos e ações desenvolvidas;

VI - complementaridade nos papéis dos agentes culturais;

VII - transversalidade das políticas culturais;

VIII - autonomia dos entes federados e das instituições da sociedade civil;

IX - transparência e compartilhamento das informações;

X - democratização dos processos decisórios com participação e controle social;

XI - descentralização articulada e pactuada da gestão, dos recursos e das ações;

XII - ampliação progressiva dos recursos contidos nos orçamentos públicos para a cultura.

CAPÍTULO IIDos Objetivos

Art. 31º. O Sistema Municipal de Cultura - SMC tem como objetivo formular e implantar políticas públicas de cultura, democráticas e permanentes, pactuadas com a sociedade civil e com os demais entes da federação, promovendo o desenvolvimento - humano, social e econômico - com pleno exercício dos direitos culturais e acesso aos bens e serviços culturais, no âmbito do Município.

Art. 32º. São objetivos específicos do Sistema Municipal de Cultura – SMC:

I - estabelecer um processo democrático de participação na gestão das políticas e dos recursos públicos na área cultural;

II - assegurar uma partilha equilibrada dos recursos públicos da área da cultura entre os diversos segmentos artísticos e culturais, distritos, regiões e bairros do município;

III - articular e implementar políticas públicas que promovam a interação da cultura com as demais áreas, considerando seu papel estratégico no processo do desenvolvimento sustentável do Município;

IV - promover o intercâmbio com os demais entes federados e instituições municipais para a formação, capacitação e circulação de bens e serviços culturais, viabilizando a cooperação técnica e a otimização dos recursos financeiros e humanos disponíveis;

V - criar instrumentos de gestão para acompanhamento e avaliação das políticas públicas de cultura desenvolvidas no âmbito do Sistema Municipal de Cultura – SMC.

VI - estabelecer parcerias entre os setores público e privado nas áreas de gestão e de promoção da cultura.

CAPÍTULO IIIDa Estrutura

SEÇÃO IDos Componentes

Art.33º. Integram o Sistema Municipal de Cultura – SMC:

I - Coordenação:

a) Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte.

II - Instâncias de Articulação, Pactuação e Deliberação:

a) Conselho Municipal de Política Cultural;

b) Conferência Municipal de Cultura.

III - Instrumentos de Gestão:

a) Plano Municipal de Cultura;

b) Sistema Municipal de Financiamento à Cultura;

Parágrafo único. O Sistema Municipal de Cultura – SMC estará articulado com os demais sistemas municipais ou políticas setoriais, em especial, da educação, da comunicação, da ciência e tecnologia, do planejamento urbano, do desenvolvimento econômico e social, da indústria e comércio, das relações internacionais, do meio ambiente, do turismo, do esporte, da saúde, dos direitos humanos e da segurança, conforme regulamentação.

SEÇÃO IIDa Coordenação do Sistema Municipal de Cultura - SMC

Art. 34º. A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte é órgão superior, subordinado diretamente ao Prefeito, e se constitui no órgão gestor e coordenador do Sistema Municipal de Cultura – SMC.

Art. 35º. São atribuições da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte: I - formular e implementar, com a participação da sociedade civil, o Plano Municipal de Cultura, executando as políticas e as ações culturais definidas;

II - implementar o Sistema Municipal de Cultura - SMC, integrado aos Sistemas Nacional e Estadual de Cultura, articulando os atores públicos e privados no âmbito do Município, estruturando e integrando a rede de equipamentos culturais, descentralizando e democratizando a sua estrutura e atuação;

III - promover o planejamento e fomento das atividades culturais com uma visão ampla e integrada no território do Município, considerando a cultura como uma área estratégica para o desenvolvimento local;

IV - valorizar todas as manifestações artísticas e culturais que expressam a diversidade étnica e social do Município;

V - preservar e valorizar o patrimônio cultural do Município;

VI - pesquisar, registrar, classificar, organizar e expor ao público a documentação e os acervos artísticos, culturais e históricos de interesse do Município;

VII - manter articulação com entes públicos e privados visando à cooperação em ações na área da cultura;

VIII - promover o intercâmbio cultural a nível regional, nacional e internacional;

IX – assegurar o funcionamento do Sistema Municipal de Financiamento à Cultura e promover ações de fomento ao desenvolvimento da produção cultural no âmbito do Município;

X - descentralizar os equipamentos, as ações e os eventos culturais, democratizando o acesso aos bens culturais;

XI - estruturar e realizar cursos de formação e qualificação profissional nas áreas de criação, produção e gestão cultural;

XII - estruturar o calendário dos eventos culturais do Município;

XIII - elaborar estudos das cadeias produtivas da cultura para implementar políticas específicas de fomento e incentivo;

XIV - captar recursos para projetos e programas específicos junto a órgãos, entidades e programas internacionais, federais e estaduais.

XV - operacionalizar as atividades do Conselho Municipal de Política Cultural e dos Fóruns de Cultura do Município;

XVI - realizar a Conferência Municipal de Cultura, colaborar na realização e participar das Conferências Estadual e Nacional de Cultura;

XVII - exercer outras atividades correlatas com as suas atribuições.

Art. 36º. À Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte como órgão coordenador do Sistema Municipal de Cultura - SMC, compete:

I - exercer a coordenação geral do Sistema Municipal de Cultura - SMC;

II – promover a integração do Município ao Sistema Nacional de Cultura – SNC e ao Sistema Estadual de Cultura – SEC, por meio da assinatura dos respectivos termos de adesão voluntária;

III - instituir as orientações e deliberações normativas e de gestão, aprovadas no plenário do Conselho Municipal de Política Cultural e nas suas instâncias setoriais;

IV - implementar, no âmbito do governo municipal, as pactuações acordadas na Comissão Intergestores Tripartite – CIT e aprovadas pelo Conselho Nacional de Política Cultural – CNPC e na Comissão Intergestores Bipartite – CIB e aprovadas pelo Conselho Estadual de Política Cultural;

V - emitir recomendações, resoluções e outros pronunciamentos sobre matérias relacionadas com o Sistema Municipal de Cultura - SMC, observadas as diretrizes aprovadas pelo Conselho Municipal de Política Cultural;

VI – colaborar para o desenvolvimento de indicadores e parâmetros quantitativos e qualitativos que contribuam para a descentralização dos bens e serviços culturais promovidos ou apoiados, direta ou indiretamente, com recursos do Sistema Nacional de Cultura – SNC e do Sistema Estadual de Cultura – SEC, atuando de forma colaborativa com os Sistemas Nacional e Estadual de Informações e Indicadores Culturais;

VII – colaborar, no âmbito do Sistema Nacional de Cultura – SNC, para a compatibilização e interação de normas, procedimentos técnicos e sistemas de gestão;

VIII - subsidiar a formulação e a implementação das políticas e ações transversais da cultura nos programas, planos e ações estratégicos do Governo Municipal.

IX - auxiliar o Governo Municipal e subsidiar os demais entes federados no estabelecimento de instrumentos metodológicos e na classificação dos programas e ações culturais no âmbito dos respectivos planos de cultura;

X – colaborar, no âmbito do Sistema Nacional de Cultura – SNC, com o Governo do Estado e com o Governo Federal na implementação de Programas de Formação na Área da Cultura, especialmente capacitando e qualificando recursos humanos responsáveis pela gestão das políticas públicas de cultura do Município; e

XI - coordenar e convocar a Conferência Municipal de Cultura.

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SEÇÃO IIIDas Instâncias de Articulação, Pactuação e Deliberação

Art. 37º. Constituem-se instâncias de articulação, pactuação e deliberação do Sistema Municipal de Cultura - SMC:

I - Conselho Municipal de Política Cultural;

II - Conferência Municipal de Cultura;

Do Conselho Municipal de Política Cultural

Art. 38º. O Conselho Municipal de Política Cultural, órgão colegiado consultivo, deliberativo e normativo, integrante da estrutura básica da Secretaria de Cultura, com composição paritária entre Poder Público e Sociedade Civil, se constitui no principal espaço de participação social institucionalizada, de caráter permanente, na estrutura do Sistema Municipal de Cultura - SMC.

§ 1º. O Conselho Municipal de Política Cultural tem como principal atribuição atuar, com base nas diretrizes propostas pela Conferência Municipal de Cultura, na elaboração, acompanhamento da execução, fiscalização e avaliação das políticas públicas de cultura, consolidadas no Plano Municipal de Cultura.

§ 2º. Os integrantes do Conselho Municipal de Política Cultural que representam a sociedade civil são eleitos democraticamente, conforme regulamento, pelos respectivos segmentos e têm mandato de dois anos, renovável, uma vez, por igual período.

§ 3º. A representação da sociedade civil no Conselho Municipal de Política Cultural deve contemplar os diversos segmentos artísticos e culturais do Município de Calmon, considerando as dimensões simbólica, cidadã e econômica da cultura, bem como o critério territorial, na sua composição.

§ 4º. A representação do Poder Público no Conselho Municipal de Política Cultural deve contemplar a representação do Município de Calmon, por meio da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte, de outros Órgãos e Entidades do Governo Municipal.

Art. 39º. O Conselho Municipal de Política Cultural será constituído por 06 (seis) membros titulares e igual número de suplentes, com a seguinte composição:

I – 03 (três) membros titulares e respectivos suplentes representando o Poder Público, através dos órgãos da administração pública municipal.

II – 03 (três) membros titulares e respectivos suplentes, representando a sociedade civil, através dos segmentos artísticos e culturais atuantes no município.

§ 1º Os membros titulares e suplentes representantes do Poder Público serão designados pelo respectivo órgão e os representantes da sociedade civil serão eleitos conforme Regimento Interno.

§ 2º O Conselho Municipal de Política Cultural deverá eleger, entre seus membros, o Presidente e o Secretário-Geral com os respectivos suplentes.

§ 3º Nenhum membro representante da sociedade civil, titular ou suplente, poderá ser detentor de cargo em comissão ou função de confiança vinculada ao Poder Executivo do Município;

§ 4º O Presidente do Conselho Municipal de Política Cultural é detentor do voto de Minerva.

Art. 40º. O Conselho Municipal de Política Cultural é constituído pelas seguintes instâncias:

I - Plenário;

II – Comissões Temáticas;

III – Fóruns Setoriais.

Art. 41º. Ao Plenário, instância máxima do Conselho Municipal de Política Cultural, compete:

I – propor e aprovar as diretrizes gerais, acompanhar e fiscalizar a execução do Plano Municipal de Cultura;

II - estabelecer normas e diretrizes pertinentes às finalidades e aos objetivos do Sistema Municipal de Cultura - SMC;

III - colaborar na implementação das pactuações acordadas na Comissão Intergestores Tripartite – CIT e na Comissão Intergestores Bipartite – CIB, devidamente aprovadas, respectivamente, nos Conselhos Nacional e Estadual de Política Cultural;

IV - aprovar as diretrizes para as políticas setoriais de cultura, oriundas dos sistemas setoriais municipais de cultura e de suas instâncias colegiadas;

V - definir parâmetros gerais para aplicação dos recursos do Fundo Municipal de Cultura no que concerne à distribuição territorial e ao peso relativo dos diversos segmentos culturais;

VI - acompanhar e fiscalizar a aplicação dos recursos do Fundo Municipal de Cultura;

VII - apoiar a descentralização de programas, projetos e ações e assegurar os meios necessários à sua execução e à participação social relacionada ao controle e fiscalização;

VIII – contribuir para o aprimoramento dos critérios de partilha e de transferência de recursos, no âmbito do Sistema Nacional de Cultura – SNC;

IX - apreciar e aprovar as diretrizes orçamentárias da área da Cultura;

X – acompanhar a execução do Acordo de Cooperação Federativa assinado pelo Município de Calmon para sua integração ao Sistema Nacional de Cultura - SNC.

XI - promover cooperação com os demais Conselhos Municipais de Política Cultural, bem como com os Conselhos Estadual e Nacional;

XII - promover cooperação com os movimentos sociais, organizações não-governamentais e o setor empresarial;

XIII - incentivar a participação democrática na gestão das políticas e dos investimentos públicos na área cultural;

XIV - delegar às diferentes instâncias componentes do Conselho Municipal de Política Cultural a deliberação e acompanhamento de matérias;

XV - aprovar o regimento interno da Conferência Municipal de Cultura;

XVI - estabelecer o regimento interno do Conselho Municipal de Política Cultural.

Art. 42º. Compete às Comissões Temáticas, de caráter permanente, fornecer subsídios para a tomada de decisão sobre temas específicos, transversais ou emergenciais relacionados à área cultural.

Art. 43º. Compete aos Fóruns Setoriais, de caráter permanente, a formulação e o acompanhamento de políticas culturais específicas para os respectivos segmentos culturais e territórios.

Da Conferência Municipal de Cultura

Art. 44º. A Conferência Municipal de Cultura constitui-se numa instância de participação social, em que ocorre articulação entre o Governo Municipal e a sociedade civil, por meio de organizações culturais e segmentos sociais, para analisar a conjuntura da área cultural no município e propor diretrizes para a formulação de políticas públicas de Cultura, que comporão o Plano Municipal de Cultura.

§ 1º. É de responsabilidade da Conferência Municipal de Cultura analisar, aprovar moções, proposições e avaliar a execução das metas concernentes ao Plano Municipal de Cultura e às respectivas revisões ou adequações.

§ 2º. Cabe à Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte de Calmon convocar e coordenar a Conferência Municipal de Cultura, que se reunirá ordinariamente a cada dois anos ou extraordinariamente, a qualquer tempo, a critério do Conselho Municipal de Política Cultural. A data de realização da Conferência Municipal de Cultura deverá estar de acordo com o calendário de convocação das Conferências Estadual e Nacional de Cultura.

§ 3º. A Conferência Municipal de Cultura será precedida de Conferências Setoriais.

§ 4º. A representação da sociedade civil na Conferência Municipal de Cultura será, no mínimo, de dois terços dos delegados, sendo os mesmos eleitos em Conferências Setoriais e Territoriais.

SEÇÃO IVDos Instrumentos de Gestão

Art. 45º. Constituem-se em instrumentos de gestão do Sistema Municipal de Cultura - SMC:

I - Plano Municipal de Cultura;

II - Sistema Municipal de Financiamento à Cultura.

Parágrafo único. Os instrumentos de gestão do Sistema Municipal de Cultura – SMC se caracterizam como ferramentas de planejamento, inclusive técnico e financeiro, e de qualificação dos recursos humanos.

Do Plano Municipal de Cultura

Art. 46º. O Plano Municipal de Cultura tem duração decenal e é um instrumento de planejamento estratégico que organiza, regula e norteia a execução da Política Municipal de Cultura na perspectiva do Sistema Municipal de Cultura - SMC.

Art. 47º. A elaboração do Plano Municipal de Cultura - PMC é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte de Calmon, que, a partir das diretrizes propostas pela Conferência Municipal de Cultura, desenvolve Projeto de Lei a ser submetido ao Conselho Municipal de Política Cultural e, posteriormente, encaminhado à Câmara de Vereadores.

Parágrafo único. O Plano deve conter:

I- diagnóstico do desenvolvimento da cultura;

II- diretrizes e prioridades;

III- objetivos gerais e específicos;

IV- estratégias, metas e ações;

V- prazos de execução;

VI- resultados e impactos esperados;

VII- recursos materiais, humanos e financeiros disponíveis e necessários

VIII- mecanismos e fontes de financiamento; e

IX- indicadores de monitoramento e avaliação.

Do Sistema Municipal de Financiamento à Cultura

Art. 48º. O Sistema Municipal de Financiamento à Cultura é constituído pelo conjunto de mecanismos de financiamento público da cultura, no âmbito do Município de Calmon, que devem ser diversificados e articulados.

Parágrafo único. São mecanismos de financiamento público da cultura, no âmbito do Município de Calmon:

I - Orçamento Público do Município, estabelecido na Lei Orçamentária Anual (LOA);

II – Fundo Municipal de Cultura, definido nesta lei;

III - Incentivo Fiscal, por meio de renúncia fiscal do IPTU e do ISS, conforme lei específica; e

IV – outros que venham a ser criados.

Do Fundo Municipal de Cultura

Art. 49º. Fica criado o Fundo Municipal de Cultura, vinculado à Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte de Calmon como fundo de natureza contábil e financeira, com prazo indeterminado de

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.................................................................................................. A|11| C AÇ AD OR (S C) SÁBAD O , 18 DE ABRIL DE 2015 EDITALduração, de acordo com as regras definidas nesta Lei.

Art. 50º. O Fundo Municipal de Cultura se constitui no principal mecanismo de financiamento das políticas públicas de cultura no município, com recursos destinados a programas, projetos e ações culturais implementados de forma descentralizada, em regime de colaboração e co-financiamento com a União e com o Governo do Estado de Santa Catarina.

Parágrafo único. É vedada a utilização de recursos do Fundo Municipal de Cultura com despesas de manutenção administrativa dos Governos Municipal, Estadual e Federal, bem como de suas entidades vinculadas.

Art. 51º. São receitas do Fundo Municipal de Cultura:

I- dotações consignadas na Lei Orçamentária Anual (LOA) do Município de Calmon e seus créditos adicionais;

II- transferências federais e/ou estaduais à conta do Fundo Municipal de Cultura;

III- contribuições de mantenedores;

IV- produto do desenvolvimento de suas finalidades institucionais, tais como: arrecadação dos preços públicos cobrados pela cessão de bens municipais sujeitos à administração da Secretaria Municipal de Cultura; resultado da venda de ingressos de espetáculos ou de outros eventos artísticos e promoções, produtos e serviços de caráter cultural;

V- doações e legados nos termos da legislação vigente;

VI- subvenções e auxílios de entidades de qualquer natureza, inclusive de organismos internacionais;

VII- reembolso das operações de empréstimo porventura realizadas por meio do Fundo Municipal de Cultura, a título de financiamento reembolsável, observados critérios de remuneração que, no mínimo, lhes preserve o valor real;

VIII- retorno dos resultados econômicos provenientes dos investimentos porventura realizados em empresas e projetos culturais efetivados com recursos do Fundo Municipal de Cultura;

IX- resultado das aplicações em títulos públicos federais, obedecida a legislação vigente sobre a matéria;

X- empréstimos de instituições financeiras ou outras entidades;

XI- saldos não utilizados na execução dos projetos culturais financiados com recursos dos mecanismos previstos no Sistema Municipal de Financiamento à Cultura;

XII- devolução de recursos determinados pelo não cumprimento ou desaprovação de contas de projetos culturais custeados pelos mecanismos previstos no Sistema Municipal de Financiamento à Cultura;

XIII- saldos de exercícios anteriores; e

XIV- outras receitas legalmente incorporáveis que lhe vierem a ser destinadas.

Art. 52º. O Fundo Municipal de Cultura será administrado pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte de Calmon na forma estabelecida no regulamento, e apoiará projetos culturais apresentados por pessoas físicas e pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, preponderantemente por meio de editais de seleção pública; e

Art. 53º. Os custos referentes à gestão do Fundo Municipal de Cultura com planejamento, estudos, acompanhamento, avaliação e divulgação de resultados, incluídas a aquisição ou a locação de equipamentos e bens necessários ao cumprimento de seus objetivos, não poderão ultrapassar cinco por cento de suas receitas, observados o limite fixado anualmente por ato do Conselho Municipal de Política Cultural.

Art. 54º. Fica autorizada a composição financeira de recursos do Fundo Municipal de Cultura com recursos de pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado, com fins lucrativos para apoio compartilhado de programas, projetos e ações culturais de interesse estratégico, para o desenvolvimento das cadeias produtivas da cultura.

§ 1º A concessão de recursos financeiros, materiais ou de infraestrutura pelo Fundo Municipal de Cultura será formalizada por meio de convênios e contratos específicos.

Art. 55º. A seleção dos projetos apresentados ao Fundo Municipal de Cultura será de responsabilidade do Conselho Municipal de Política Cultural.

Art. 56º. Na seleção dos projetos o Conselho Municipal de Política Cultural deve ter como referência maior o Plano Municipal de Cultura.

Art. 57º. Na seleção das propostas o Conselho Municipal de Política Cultural deve adotar critérios objetivos:

I - avaliação das três dimensões culturais do projeto - simbólica, econômica e social;II - adequação orçamentária;III - viabilidade de execução; e IV - capacidade técnico-operacional do proponente.

TÍTULO III DO FINANCIAMENTO

CAPÍTULO IDos Recursos

Art. 58º. O Fundo Municipal da Cultura e o orçamento da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte de Calmon são as principais fontes de recursos do Sistema Municipal de Cultura - SMC.

Art. 59º. O financiamento das políticas públicas de cultura, estabelecidas no Plano Municipal de Cultura, far-se-á com os recursos do Município, do Estado e da União, além dos demais recursos que

compõem o Fundo Municipal da Cultura.

Art. 60º. O Município deverá destinar recursos do Fundo Municipal de Cultura, para uso como contrapartida de transferências dos Fundos Nacional e Estadual de Cultura.

§ 1º Os recursos previstos no caput serão destinados a:

I- políticas, programas, projetos e ações previstas nos Planos Nacional, Estadual e/ou Municipal de Cultura;

II- para o financiamento de projetos culturais escolhidos pelo Município por meio de seleção pública.

§ 2º A gestão municipal dos recursos oriundos de repasses dos Fundos Nacional e Estadual de Cultura deverá ser submetida ao Conselho Municipal de Política Cultural.

Art. 61º. Os critérios de aporte de recursos do Fundo Municipal de Cultura deverão considerar a participação dos diversos segmentos culturais e territórios na distribuição total de recursos municipais para a cultura, com vistas a promover a desconcentração do investimento, devendo ser estabelecido anualmente um percentual mínimo para cada segmento/território.

CAPÍTULO II Da Gestão Financeira

Art. 62º. Os recursos financeiros da Cultura serão depositados em conta específica, e administrados pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte de Calmon, sob fiscalização do Conselho Municipal de Política Cultural.

§ 1º. Os recursos financeiros do Fundo Municipal de Cultura serão administrados pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte de Calmon.

§ 2º. A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte de Calmon acompanhará a conformidade à programação aprovada da aplicação dos recursos repassados pela União e Estado ao Município.

Art. 63º. O Município deverá tornar público os valores e a finalidade dos recursos recebidos da União e do Estado, transferidos dentro dos critérios estabelecidos pelo Sistema Nacional e pelo Sistema Estadual de Cultura.

§ 1º. O Município deverá zelar e contribuir para que sejam adotados pelo Sistema Nacional de Cultura critérios públicos e transparentes, com partilha e transferência de recursos de forma eqüitativa, resultantes de uma combinação de indicadores sociais, econômicos, demográficos e outros específicos da área cultural, considerando as diversidades regionais.

Art. 64º. O Município deverá assegurar a condição mínima para receber os repasses dos recursos da União, no âmbito do Sistema Nacional de Cultura, com a efetiva instituição e funcionamento dos componentes mínimos do Sistema Municipal de Cultura - SMC e a alocação de recursos próprios destinados à Cultura na Lei Orçamentária Anual (LOA) e no Fundo Municipal de Cultura.

CAPÍTULO III Do Planejamento e do Orçamento

Art. 65º. O processo de planejamento e do orçamento do Sistema Municipal de Cultura - SMC deve buscar a integração do nível local ao nacional, ouvidos seus órgãos deliberativos, compatibilizando-se as necessidades da política de cultura com a disponibilidade de recursos próprios do Município, as transferências do Estado e da União e outras fontes de recursos.

§ 1º. O Plano Municipal de Cultura será a base das atividades e programações do Sistema Municipal de Cultura - SMC e seu financiamento será previsto no Plano Plurianual - PPA, na Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e na Lei Orçamentária Anual - LOA.

Art. 66º. As diretrizes a serem observadas na elaboração do Plano Municipal de Cultura serão propostas pela Conferência Municipal de Cultura e pelo Conselho Municipal de Política Cultural.

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 67º. O Município de Calmon deverá se integrar ao Sistema Nacional de Cultura – SNC por meio da assinatura do termo de adesão voluntária, na forma do regulamento.

Art. 68º. Sem prejuízo de outras sanções cabíveis, constitui crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas, previsto no artigo 315 do Código Penal, a utilização de recursos financeiros do Sistema Municipal de Cultura - SMC em finalidades diversas das previstas nesta lei.

Art. 69º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Calmon-SC, 07 de Abril de 2015.

IVONE MAZUTTI DE GERONI Prefeita Municipal

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Coluna daCâmara

Projeto de Lei pede desapropriação daMassa Falida Sulca

Depois de 24 anos, o impasse envolvendo o pagamento de indeni-zação aos trabalhadores está perto do fim. Será votado na próxima sema-na, na Câmara Municipal de Vereadores, nos dias 22 e 23, o Projeto de Lei nº 019/2015, que autoriza o município de Caçador a desistir dos processos relacionados à desapro-priação do imóvel da empresa Sulca, o que possibilitará que o prédio vá para leilão.

Somente assim, os 1.300 trabalhadores que ainda possuem valores a receber poderão ser pagos. A dívida, so-mente com os antigos funcionários, chega a R$ 2,7 milhões.

Segundo Valmir José Preisner, de 54 anos, que foi um dos trabalhado-res da empresa falida, a única esperança que ainda resta é a de receber os seus direitos. “Toda minha família trabalhou na empresa. Quando a Sulca faliu passamos por muitas dificuldades. Mui-

tas pessoas tiveram de ir embora, pois não havia mais emprego em Caça-dor. Mais de mil pessoas ficaram sem receber. A única coisa que queremos são os nossos direitos”, enalteceu.

Nerci Aparecida Alves de Camargo, 46 anos, também fez parte da empresa Sulca, nos dois últimos anos de funciona-mento. “Depois que meu marido saiu de lá ele não conseguiu mais empre-go e teve que começar a trabalhar de pedreiro. Passamos necessidades. Luto pelo que temos que receber”, ressaltou.

Alice Meireles, de 46 anos também afirmou que todos passaram por dificuldades e querem justiça. “Como eles, eu também tenho meus di-reitos, afinal trabalhei na empresa por seis anos”, concluiu.

Preisner ainda disse que o voto deve ser cons-ciente. “As pessoas que forem votar nesse projeto devem se colocar em nosso lugar”, finalizou.

CARINA MENDES

COTIDIANO

CELULAR NO TRABALHO

Falta de lei que proíba uso do celular visa normas nas empresasAbundância de aplicativos e redes sociais em móbiles prejudicam rendimento de funcionários em empresas

CARINA MENDESRepórter

[email protected]

“O uso do celular no ambiente de trabalho, durante o expediente, afeta a imagem do profissional e, além disso, pode causar acidentes de trabalho e baixa no rendimento do mesmo. O que se aconselha para empresas que possuam este problema é que seja estipulado um termo.

O crescimento sig-nificativo da uti-lização de smar-tphones e iPhones

e consequentemente o cres-cimento de aplicativos no meio online e também nos móbiles foi um grande avan-ço para a comunicação. De certa forma, por outro lado, esse avanço tem sido um prejuízo para proprietários de empresas. O que se tem percebido nesse aspecto é a utilização incorreta dessa tecnologia, que tem sido feita durante o expediente de tra-balho, prejudicando o rendi-mento dos funcionários.

Segundo a Anatel, o nú-mero de aparelhos celulares no Brasil supera a quantida-de de população. Ainda não há nenhuma lei que regula-mente o uso de celulares nos

ambientes de trabalho, o que têm sido realizado pelas em-presas é a criação de normas que proíbam este uso.

De acordo com o advo-gado Luiz Henrique Rotta, o mais indicado para pro-blemas como estes é buscar outras alternativas.”Algumas empresas colocam no con-trato de trabalho uma indica-ção sobre o uso de aparelhos celulares ou outros eletrôni-cos. Normas da empresa, ins-truções formativas ou con-venções coletivas também são formas de proibir o uso”,

revelou, considerando situ-ações de perigo e mesmo de posição dentro da empresa.

“O uso do celular no am-biente de trabalho, durante o expediente, afeta a ima-gem do profissional e, além disso, pode causar acidentes de trabalho e baixa no ren-dimento do mesmo. O que se aconselha para empresas que possuam este problema é que seja estipulado um termo. A proibição verbal somente pode não ser o su-ficiente quando o emprega-dor aplicar uma demissão

por justa causa”, enalteceu.Em Caçador, o uso do ce-

lular de forma explícita em uma empresa acabou na de-missão do funcionário, con-tou Rotta. “Um funcionário de uma empresa de transportes filmou o velocímetro em uma velocidade maior de 120 qui-lômetros por hora e publicou o vídeo em sua rede social. A empresa teve conhecimen-to sobre o vídeoe ele acabou sendo demitido”, lembra.

Conforme afirmou a co-ordenadora de um estabele-cimento em Caçador, Nagiedi Perego, a proibição existente na loja é uma norma. “Hoje em dia com a internet e apli-cativos em alta, os aparelhos celulares têm se tornado uma distração no trabalho. Aqui, não temos um termo exis-tente no contrato de traba-lho, mas a proibição do uso consta nas normas internas da empresa”, comenta.

A proibição do uso do celular não é uma lei, mas, pode sim constar nas normas de uma empresa

CARINA MENDES

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SEGURANÇA

Adriano pede que o autor que tirou a vida do seu irmão seja punido o quanto antes

DRAMA

Família de jovem assassinado brutalmente espera por justiça

CLERITON FREIRERepórter

[email protected]

Justiça é tudo que o caça-dorense Adriano Tibes, de 34 anos, espera pela morte do seu irmão, o

Fábio, que foi brutalmente assassinado no bairro Morada do Sol, aos seus 27 anos, com um golpe de barra de ferro na cabeça. O crime completou um mês nesta semana e foi motivado por ciúmes. Mesmo tendo várias testemunhas que reconheceram o autor, o sus-peito ainda não foi preso.

O caso está sendo inves-tigado pela Divisão de Inves-tigação Criminal (DIC), setor especializado da Polícia Civil para crimes que necessitem apurar a autoria. A última informação prestada para a família foi que faltava apenas uma pessoa ser interrogada para concluir o inquérito, mas o tempo preocupa o irmão.

“Ele (autor) tem nome e endereço. Todo mundo sabe e tem testemunhas. Só falta

prender mesmo, mas enquan-to isso tá lá dando risada disso tudo. Esperamos que esse cara apodreça na cadeia, porque lá é o lugar que ele merece ficar”, comenta Adriano.

A forma como o seu irmão foi assassinado também re-volta a família, a qual acredita que por este motivo merece atenção especial da polícia. O irmão, que mora na mesma rua do local onde ocorreu o crime, revela a dor de encon-trar um familiar morto.

“Fui a segunda pessoa a chegar no local. É uma cena chocante, jamais esquecerei aquela crueldade. Perdi meu único irmão, um rapaz tran-quilo, divertido e bastante amigo. Foi mais que um ir-mão”, disse emocionado.

O Jornal INFORME ten-tou contato com delegado que coordena a investigação, mas ele está em outra cidade e re-torna só na próxima quinta--feira (23). Entretanto, policiais da DIC informaram que o caso está avançado e a Polícia Civil continua apurando o crime.

OS FATOSA nossa reportagem esteve

no local do crime naquela ma-drugada do dia 14 de março e apurou algumas informações com quatro testemunhas. Elas estavam juntas com a vítima quando aconteceu o assassi-nato, e todas relataram com exatidão o nome do autor, que será preservado para fins de investigação. Ele teria agre-dido Fábio com um golpe de barra de ferro na cabeça que lhe causou trauma craniano.

O motivo foi ciúmes, porque o suposto autor é ex-marido de uma jovem que estava com a vítima em uma festa. Em frente à escola Morada do Sol, o autor fez uma emboscada e na companhia de alguns amigos agrediu a vítima. Fábio ainda teria batido na porta da casa do seu irmão e pedido ajuda, mas quando Adriano foi vestir uma roupa, o jovem sumiu e foi encontrado mor-to. Um veículo Gol foi usado pelos suspeitos para fugir.Adriano perdeu seu único irmão para um crime cruel. Assassinato completou um mês nesta semana

CLERITON FREIRE

“Fui a segunda pessoa a chegar no local. É uma cena chocante, jamais esquecerei aquela

crueldade. Perdi meu único irmão, um rapaz tranquilo, divertido e bastante amigo. Foi mais que um irmão”

Page 14: Jornal Informe - Caçador - 19/04/2015

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Cleriton Freire E-mail: [email protected]

/cleriton.freire1

(49) 9974-1108(49) 8858-9519RONDA

FISCALIZAÇÃO

FORAGIDO

ANIMAL NA PISTA

BURACO NA PISTA (1)

BURACO NA PISTA (2)

CORPO

NOVA VIATURA

Os Bombeiros Voluntários de Ca-çador apresentaram, em soleni-dade realizada na corporação na noite de quinta-feira (16), a nova

viatura adquirida com recursos da Prefeitura, da Câmara e da comunidade. A ambulância que custou R$ 155 mil será utilizada para os mais diversos atendimentos da corporação. Em média, são 30 por dia e mais de oito mil por ano. O comandante, Anderson Caetano,

afirma que esta conquista é de toda a comu-nidade. “Quem está ganhando é a população, que contará com atendimento mais rápido e melhor”, resume. O prefeito destacou a importância de se investir com os bombeiros voluntários. “Se não fosse por eles, certa-mente teríamos que investir muito mais em outras áreas da saúde. Não tenho dúvidas que é a corporação de maior respeito e credibilidade em nosso município”, observa.

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Um novo radar móvel equipa os policiais militares de Videira desde quinta-feira (16). O equipamento, de última geração no que tange a fiscalização, foi adquirido através de con-vênio de trânsito. Para inaugurá-lo, a PM já testou o radar nas ruas do município e fez vários flagrantes. Segundo informações da polícia, nesta primeira operação foram constatados aproximadamente 100 veículos com velocidade incompatível com a regulamentação da via, num curto espaço de tempo. Por causa disso, será intensificada as operações de trânsito.

Um enorme buraco no as-falto da linha Rio Bugre tem colocam em perigo a vida de motoristas que trafegam pelo local. Os conduto-res fazem um desvio pela contramão a fim de evitar danos ao veículo, mas correm o risco de haver uma colisão frontal. Quem desce a linha Rio Bugre

sentido ao bairro DER se depara com o buraco em sua pista logo após uma leve curva. O tempo para reduzir a velocidade é pou-co, e na maioria das vezes a solução é desviar pela outra pista. Até o caminhão da própria Fundema, da Prefeitura, foi flagrado por foto fazendo esta manobra.

A nossa equipe de reportagem entrou em contato com a Secretaria de Infraestrutura a qual informou que a recla-mação já foi protocolada e que o reparo está dentro do cronograma, assim como outros problemas da mesma via.

FURTOSUma onda de furto de veículos tomou conta da região de Caçador e Videira. Desde segunda--feira (13), pelo menos cinco veículo foram furtados aos arredo-res destes municípios, geralmente à noite. Três já foram recupe-rados pela polícia, mas ninguém foi preso. Caçador já tem um histórico grande de furto de carros e motos desde o começo do ano, sendo que alguns continuam desapareci-dos. Qualquer infor-mação que possa levar aos bandidos deve ser repassada para a Polícia Civil no telefone 197.

BRUTALIDADELebon Régis voltou a viver noites de brutali-dades. Um jovem de 24 anos foi assassinado a golpes de faca no domin-go passado (12). A vítima Sérgio Correia Ribeiro le-vou uma facada no peito e chegou a ser socorrido pelos bombeiros milita-res de Lebon Régis, mas morreu no hospital. Ou-tras duas pessoas feridas por arma branca tam-bém foram atendidas. O crime ocorreu por volta das 19h após uma briga generalizada em um bar.

O corpo encontrado em Jaborá na quinta-feira, 16, é de Mariane Telles, jovem desaparecida há dias. O Instituto Geral de Perícias confirmou a informação no início da noite. A jovem esta-va desaparecida há um mês. O perito Leandro Paniago

confirmou que a identifi-cação foi possível graças a roupa que a menina usava no dia que desapareceu e principalmente pelos dados da arcada dentária de Ma-riane. Ela usava um aparelho ortodôntico que também foi encontrado com o corpo.

A Agência de Inteligência da Polícia Militar de Ca-çador prendeu na quinta--feira (16) um homem de 66 anos foragido da Justiça. Segundo a polícia, Leonar-do Guede foi condenado por ameaça em sentença definitiva e estava sendo procurado. De acordo com os policiais, o sujeito foi localizado na rua Adélia João Pacheco, no bairro Martello. Após encontra--lo, as autoridades enca-minharam Leonardo até o presídio onde se encontra à disposição da justiça.

PROCURA-SE A Polícia Militar de Caçador está à procura de uma moto que foi furtada na desta quinta-feira (16), na

rodovia Engenheiro Lourenço Faoro, por volta das 16h. O veículo, uma Honda NXR 150 Bros, tem placa MJT-9171 de Caçador e é da cor laranja. Segundo a polícia, a moto foi levada das proximidades do pátio municipal. Qualquer informação deve ser repassada para a polícia.

Três animais que estavam na rodovia BR-470, em Nave-gantes, litoral do Estado, foram atingidos por um ônibus da empresa Reunidas que seguia a linha Caçador

– Florianópolis. A colisão ocorreu na madrugada de quarta-feira (15) e provou grandes danos no veículo de transporte. Já havia uma solicitação para a Cidasc

remover os animais da pista. Uma vaca e dois bezerros morreram após serem atin-gidos. Nenhum ocupante do ônibus ficou ferido. O veículo teve o para-brisa danificado.

Page 15: Jornal Informe - Caçador - 19/04/2015

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Empossado 2

Chapéu alheio

Zelador

David Luiz, Dante e Thiago Silva

Torneio do Trabalhador

Bottas na Mercedes

Chapéu alheio 2

Ataque de asma

Segundona

ESPORTE Lauro Tentardini E-mail:[email protected] 49-98114884

Empossado

O advogado Marco Polo Del Nero tomou posse como presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), nesta quinta-feira

(16). A cerimônia foi na Sala das Federações, 4º andar da sede da entidade, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Marco Polo, que é também membro do Comitê Exe-cutivo da FIFA, inicia um mandato de quatro anos e sucede José Maria Marin, que ocupou a Presidência da CBF nos últimos três anos. A posse contou com a presença de autorida-des e convidados. Entre eles, o ministro do Esporte, George Hilton; o secretário da Casa

Civil do Estado do Rio de Janeiro, Leonardo Espíndola; o secretário Nacional de Futebol do Ministério do Esporte, Rogério Hamam; o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Caio Rocha; os vice-presidentes da CBF, José Maria Marin, Fernando Sar-ney, Gustavo Feijó, Delfim de Pádua Pei-xoto Neto e Marcus Vicente; o secretário Geral da CBF, Walter Feldman; deputados, ministros, desembargadores, presidentes de federações e clubes e jogadores. Também prestigiaram o evento o coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi; o técnico da Seleção Brasileira, Dunga,e funcionários da CBF.

No fim das contas, apesar da posse, muito fes-tejada todos devemos

saber: nada vai mudar na CBF. Se mudar é para pior. Del Nero é suspei-

to de algumas, digamos, “confusões fiscais”. E era o candidato do Marin.

Copa CaçadorA “interminável” Copa Caçador, finalmente, está próxima do fim. Na próxima terça-feira, 21, feriado de Tiradentes, Napoli e XV de Novem-bro decidem a competi-ção. O jogo acontecerá, como a tradição manda, no Estádio Municipal de Caçador. O que não seguiu a tradição foi o encerramento da com-petição, que sempre foi no feriado de aniversário da cidade e, devido, as constantes chuvas acabou protelado.

Copa Caçador 2A grande dúvida é se o capitão Josué, atual treinador do Kinder-mann, vai finalmente jogar pelo Napoli, time pelo qual está inscrito na competição. Até agora, tanto agenda, quanto a parte física não permiti-ram esta participação.

Não faz muito tempo tinha gente que dizia que o Kin-dermann tinha que acabar com a base. Agora, com a boa campanha no Mundial, pois

estar entre os oito melhores para um país que engatinha no futebol feminino, como o nosso é sensacional, é apoio de todos os lados, fotios

compartilhadas no facebook e um baita jogo de cena. Como diria meu falecido avô “estamos num momento em que todos estão se abanando

com o chapéu alheio”. Todos estão querendo aparecer com os dois títulos brasilei-ros, mas apoio, de verdade, que é bom, muito pouco.

Aliás, para este povo que está aproveitando o último mês para se abanar com

o chapéu alheio, cabe lembrar que time que não tem base, cedo ou tarde,

fica sem atletas. Futebol é, sim, resultado. Mas acima de tudo é planejamento,

coisa que lamentavelmente na maio parte esportiva da cidade tem faltado.

Assisti o Grêmio contra o glorioso campinense, da Paraíba, na última quarta--feira. Ficou claro que o centroavante tricolor Brian Ruiz é um notório perna--de-pau. Fomos atrás do histórico do centroavante uruguaio e descobrimos que, embora centroavante, a sua média é de cinco gols por ano. Convenhamos, é pouco. Muito pouco. Um verdadeiro ataque de asma.

Saiu a tabela da segunda. E nela está presente o Blumenau Esporte Clube, que diziam na cidade, desistiria da compe-tição e, com isso, a equipe da Caçadorense poderia ter uma vaga. Esta possibilidade, por enquanto, está afastada. Aliás, a Caçadorense só disputará a segunda divisão se arrumar muita grana e comprar a vaga , desta forma jogando com um nome como “Blumenau/Caçadorense”, assim como tivemos há algum tempo o “Biguaçu/Canoinhas”. O certo, e muito melhor, é jogar a terceira divisão, planejar, fazer um trabalho sério a longo prazo, sólido e, assim, vir forte para o futuro.

Moleque Bom de BolaCom a equipe do Bom Jesus Aurora tendo sido a campeã foi encerrada a fase masculina do Moleque Bom de Bola. No femi-nino, a vaga no microrregional foi automaticamente dada a escola Henrique Julio Berger, única inscrita na competição.

Da série perguntar não ofende: “quem será o novo zelador do estádio”? Alguém tem que cuidar do Caldeirão. O Tio Pedro, por exem-plo, fazia isso com todo o carinho e muito bem, mas infelizmente foi despeja-do e destratado por quem manda no esporte da cidade. Outra opção seria o “seu Valdemar”, que trabalha na Caçadorense e em todos os

jogos contribui muito, tanto com o pessoal das equipes, quanto com a organização e a imprensa. Alguém precisa cuidar do nosso campo. Por enquanto, que tem se res-ponsabilizado pela marcação das linhas do gramado do Caldeirão, é o presidente da Liga Atlética Caçadorense Jonas Estevão, que, neste caso, tem batido escanteio e ido para a área cabecear.

Rodada de ida das quar-tas de final da Liga dos Campeões deixou claro. Era impossível ganhar a Copa do Mundo com zagueiros como David Luiz, Dante e até Thiago Silva. Os três tiveram atuações pavo-rosas, abaixo da linha do ridículo e comprometeram os seus respectivos times na competição. David Luiz, por exemplo, tomou duas

“canetas”de Luis Suáres. E as duas resultaram em gols. Foi vergonhoso. Já Thiago Silva, também, entregou um gol.E Dante, de triste lembrança com a camisa da seleção brasileira, deixou o goleiro Manoel Neuer atordoado ao dar um gol para o Porto. O nosso vive um momento técnico desastroso. Porém, não está morto como dizem.

O tradicional Torneio do Trabalhador já está movimentando o município de Caçador. Esta competição é mais um exemplo de organização dado pelo pessoal do SESI, grande incen-tivador das competições esportivas em nosso município.

No ano passado, Nico Ros-berg e Mercedes anuncia-ram a renovação de acordo na Fórmula 1 por ‘várias temporadas’. Porém, a rigor, o contrato do piloto alemão, segundo informações que circulam pelo paddock, acaba na verdade no final de 2016. Assim, a escuderia prateada já estaria cogitan-do uma lista de prováveis substitutos. Ao que parece, o principal candidato à sucessão de Rosberg é o finlandês Valtteri Bottas – atualmente companheiro do brasileiro Felipe Massa na equipe Williams. Bottas tem 25 anos de idade e na temporada passada obteve uma performance expressi-va com 186 pontos ganhos (fruto, entre outros resul-

tados, de seis pódios) e a quarta posição no Mundial de pilotos. Nesse ano, após três corridas, Bottas é o sexto colocado na tabela com 18 pontos ganhos. Ainda sobre a Mercedes, a equipe está prestes a anunciar um novo acordo com o bicampeão mundial Lewis Hamilton – à base de 30 milhões de euros anuais (quase R$ 100 mi-lhões). O novo compromisso garantirá o piloto inglês no time germânico até o final da temporada de 2018.

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Carina MendesCOLUNAS /caarinna.mendes (49) 9945-4550

Cladimir Toresan é cirurgião dentista há 22 anos

Jornal Informe – O que é ser ci-rurgião dentista?Cladimir Toresan – É um profissional que precisa ter amor pelo que realiza, deve ter muito conhecimento técnico, controle emocional, sensibilidade, e um preparo psicológico, uma vez que você trata de um paciente como um todo.

Informe – Como é a roti-na desse profissional?Cladimir – Trata-se de uma rotina que demanda bastante tempo. Você precisa estar sempre atualizado e em constante estudo e em busca de informações. Muitas vezes temos que atender a emergências e é preciso estar preparado para essas situações. Tra-balhamos com horários apertados e temos que nos adaptar aos horários dos pacientes.

Informe – Em que áreas o cirur-gião dentista pode atuar?Cladimir – No serviço público, em em-presas, consultórios particulares ou não e também em serviços terceirizados.

Informe – Quais os desafios da profissão?Cladimir – Estar em constante atualiza-ção, ter equilíbrio mental, preparo técni-

co, adaptação e controle emocional em relação a quem se está atendendo. Deve--se estar preparado para o imprevisto e ter uma capacidade de comunicação.

Informe – Qual a remuneração (piso salarial) desse profissional?Cladimir – Depende muito da área de atuação. Não existe um valor fixo. O tempo de trabalho, o número de locais trabalhados e a existência de especializações ou não influenciarão no salário do profissional.

Informe – Em que órgãos públicos o cirurgião dentista pode atuar?Cladimir – Postos de saúde, hospitais, voluntariado em escolas e universidades.

Informe – Esta é uma profissão em alta no mercado hoje, em sua opinião?Cladimir – Se você possuir uma espe-cialização e um aperfeiçoamento, sim.

Informe – Quais os pontos ne-

gativos da profissão? Cladimir – A falta de ergonomia no tra-balho, a pressa em ver resultados nos pacientes. Cansaço físico e mental, além do stress e dos riscos biológicos que podem ser contraídos no contato com o paciente, contraindo doenças.

Informe – Quais os pontos po-sitivos da profissão?Cladimir – Satisfação pessoal, ver os resul-tados nos pacientes, ver o paciente satisfei-to, ter uma flexibilidade de horários e ser reconhecido pela qualidade do seu trabalho. Informe – Quais são as característi-cas que alguém deve possuir ou que consequentemente deverá desen-volver para atuar na profissão?Cladimir – Ser calmo, ter sensibilida-de, perfeccionismo, preparo psicológico, ter facilidade na comunicação, gostar de trabalhar com pessoas, tratar todos da mesma maneira, independente da situ-ação financeira de cada um e estar sem-pre em processo de especialização.Informe – Como você decidiu que gos-taria de atuar nessa profissão?Cladimir – Fui influenciado por pessoas e pelo fato de que gosto de trabalhar com pessoas e também de atuar na área da saúde.

............................................................................................................DE OLHO NA PROFISSÃO Esta coluna é voltada a conhecer profissões e consequentemente profissionais de Caçador, como uma forma de direcionar jovens que cursam o ensino médio e ainda não sabem que profissão seguir.