jornal fetropar edição 66

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REGULAMENTAÇÃO DIREITOS CONQUISTADOS POR TRABALHADORES COM A LEI DO DESCANSO ESTÃO AMEAÇADOS FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES EM TRANSPORTES RODOVIÁRIOS DO ESTADO DO PARANÁ FETROPAR É CONVIDADA PARA REUNIÃO NA CASA CIVIL SINDIMOC FISCALIZA O CUMPRIMENTO DA LEI DA DUPLA FUNÇÃO ISC REALIZA CURSO DE ORATÓRIA PARA DIRIGENTES

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Textos: July PortioliFotos e edição: July Portioli e Anderson SilveiraDiagramação e projeto gráfico: Anderson Silveira e July PortioliIlustrações e infográficos: Anderson SilveiraJornalista Responsável: July Portioli - MTE 9234/PRAs matérias assinadas são de responsabilidade única e exclusiva dos autores.Sugestões e críticas: [email protected]

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Page 1: Jornal FETROPAR edição 66

REGULAMENTAÇÃO

Direitos conquistaDos por trabalhaDores com a lei Do Descanso estão ameaçaDos

FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES EM TRANSPORTES RODOVIÁRIOS DO ESTADO DO PARANÁ

Fetropar é convidada para reunião na casa

civil

sindiMoc Fiscaliza o cuMpriMento da lei da

dupla Função

isc realiza curso de oratória para

dirigentes

Page 2: Jornal FETROPAR edição 66

DIRETORIA EXECUTIVA

Presidente: Epitácio Antonio dos Santos

1° Vice Presidente: João Batista da Silva

2° Vice Presidente: Ronaldo José da Silva

3° Vice Presidente: Luiz Adão Turmina

4° Vice Presidente: Dino Cesar Morais de Mattos

Secretário Geral: Anderson Teixeira

Sec. Geral Adjunto: Noel Machado da Silva

Sec. de Finanças: Evaldo Antônio Baron

Sec. de Finanças Adjunto: Olímpio Mainardes Filho

Sec. de Imprensa e Comunicação: Hilmar Adams

Sec. de Educação Sindical e Cultura: Josiel Tadeu Teles

Sec. de Organização Sindical e Relações Sindicais: Laudecir Pitta Mourinho

Sec. de Negociações Coletivas e Jurídico: José Aparecido Faleiros

Sec. de Relações com Motociclistas e Similares: Agenor “Cacá” Pereira

SUPLENTES DA DIRETORIA

Enio Antonio da Luz, Damazo de Oliveira, Hailton Gonçalves, Aparecido Nogueira da Silva,

Sérgio Paulo Kampmann, Gilberto Maurício Amorim, José Luiz Kogeraski, Josiel Veiga,

Lourival Gabriel da Costa, Jonas Cleiton Comissio, Michel Marques de Almeida e Sérgio

Machado dos Santos.

CONSELHO FISCAL EFETIVO

Alcir Antônio Ganassini

Cláudio Francisco Mistura

Jair Korobinski

CONSELHO FISCAL SUPLENTES

Lourenço Johann

João de Deus Caxambu

Edilson Marenda

CONSELHO DE REPRESENTANTES JUNTO A CNTTT - EFETIVO

Vicente Venuk Pretko

Elizeu Manuel Sezerino

CONSELHO DE REPRESENTANTES JUNTO A CNTTT - SUPLENTES

Antônio da Conceição Peron

Cleuton Antonio Kanigoski

EXPEDIENTE

Textos: July Portioli

Fotos e edição: July Portioli e Anderson Silveira

Diagramação e projeto gráfico: Anderson Silveira e July Portioli

Ilustrações e infográficos: Anderson Silveira

Jornalista Responsável: July Portioli - MTE 9234/PR

Impressão: Gráfica Monalisa

Tiragem: 20 mil exemplares

As matérias assinadas são de responsabilidade única e exclusiva dos autores.

Sugestões e críticas: [email protected]

Rua Prof. Dr. Pedro Macedo da Costa, 720 - Vila Izabel CEP: 80320 - 330 - Curitiba-PRFone e fax: 41 3015 - [email protected]

ENTIDADE FILIADA À:

palavra do presidente

FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES EM TRANSPORTES RODOVIÁRIOS DO ESTADO DO PARANÁ

curta a pÁgina da Fetropar no FaceBooKfacebook.com/fetropar

A Lei do Descanso está em pleno vigor. Nesses últimos dois meses a Lei 12.619/2012 voltou a ser discutida pela Co-missão Especial, criada pela Câmara dos Deputados especifi ca-mente para discutir o assunto, e durante as audiências públi-cas foram ouvidos todos os setores afetados pela lei.

Apesar da Comissão ter como maioria defensores do agronegócio, nós, trabalhadores conseguimos ser ouvidos . Nas audiências fomos representados pela CNTTT e MPT, além dis-so, participamos de duas reuniões na Casa Civil, uma com a presença da Ministra-Chefe Gleisi Hoffmann, onde tivemos a oportunidade de expor nossa opinião sobre os pontos da lei que estão sendo discutidos e saímos com a garantia que nenhum direito seria retirado da CLT.

Temos agora que reconhecer que essa lei é nossa, dos trabalhadores. As garantias que ela nos traz são essenciais para termos uma vida mais digna.

Companheiros motoristas, vamos cumprir a Lei do Descanso e usufruir de todos os direitos garantidos por ela. Va-mos provar que é possível cumprir os tempos de descanso e continuar lutando por melhores condições de trabalho.

Essa Lei é nossa!

O PORTAL DOS TRABALHADORES RODOVIÁRIOS:

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FETROPAR |JANEIRO E FEVEREIRO DE 2013 | PÁG. 3

sintrau realiza amistoso de futebol

sitrocam compra carro para auxiliar no trabalho de base

No dia 26 de abril, o Sintrau realizou um jogo amistoso de futebol entre os trabalhadores das empre-sas Viação Umuarama - setor urbano e Expresso Fáti-ma Rodoviário.

Em clima de descontração, o jogo fi cou 13 x 6 para o time da Viação Umuarama. Após o jogo, foi ofere-cido pelo sindicato um churrasco e chopp. “É uma forma de interação entre entidade e seus associados em seus horários de folga” afi rma o Hailton Gonçalves, presiden-te do Sintrau.

O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Umuarama - Sintrau, percorreu as empresas pela ma-nhã desta terça-feira, para parabenizar os trabalhadores pelo seu dia.

O presidente do sindicato, Hailton Gonçalves, acompanhado de alguns dirigentes, aproveitou para en-tregar alguns brindes e a Cartilha do Trabalhador para orientá-los sobre seus direitos.

giro de notÍcias traBalHo e perseverança

O Sitrocam - Sindicato dos Condutores de Veícu-los Rodoviários de Campo Mourão, adquiriu no dia 25 de março um veículo novo para ajudar nos seus trabalhos de base e auxiliar os associados, proporcionando mais agilidade nos trabalhos.

diretoria da Fetropar realiza as-sembleia no dia 03 de abril

sintrau visita trabalhadores

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4 PÁG. JANEIRO E FEVEREIRO DE 2013 | FETROPAR

A nova regulamentação deixou claro que o tempo de reserva deve ser remunerado e que o descanso no veículo estacionado em cabine leito é considerado repouso

Outra possibilidade que a Lei 12.619/2012 trouxe foi a viagem de motoristas em dupla em sistema de revezamento em percurso de lon-ga distância, ou seja, enquanto um motorista trabalha o outro profissio-nal do volante fica em descanso den-tro do veículo.

Desta forma resolveu o pro-blema do transporte de produtos perecíveis que são entregue em lo-cais distantes, tendo em vista que o Brasil tem dimensões continentais, e, que necessitam chegar o quanto antes a fim de evitar sua perda.

Na região sudoeste do Para-ná este sistema já vinha sendo ado-tado por empresas no transporte de pintassilgos, frutas, verduras e de flores, sendo que tais empresas aca-bavam por assinar acordos coletivos de trabalho possibilitando o reveza-mento de motoristas. Mas, havia casos graves onde a em-presa submetia o motorista a jorna-das extenuantes que ultrapassavam 24 horas de direção consecutivas, resultando em doenças e acidentes que ceifaram vidas, principalmente dos profissionais do volante.

O § 6°do art. 235-E da CLT, vem para pacificar e trazer a solu-ção para o problema, possibilitando o sistema de revezamento de moto-ristas, prevendo que o período em que o motorista ficar na reserva após a jornada de trabalho normal será remunerado no valor de 30% da hora normal, neste caso, diferente-mente do tempo de espera, o tempo de reserva à incidência de encargos sociais, conforme o estabelecido no art. 8°, XXI da Instrução Normativa n.° 99/2012 da Secretaria de Inspe-ção do Trabalho.

Portanto os valores pagos

a esse título incidem para fins de depósitos fundiários, bem como nos reflexos em férias, 13° salário e de-mais créditos trabalhistas.

Assim o veículo poderá ro-dar por mais tempo, possibilitando o transporte de produtos perecíveis seja mais rápido, pois conforme pre-vê o § 7° do art. 235-E da CLT, o des-canso deverá ser no mínimo com 06 horas em alojamento fornecido pelo empregador, hotel ou em cabine lei-to com veículo estacionado.

Tais regras também pode-rão ser aplicadas para o transporte de passageiros de longa distância utilizando o regime de revezamen-to, essa é a inteligência do § 12 do art. 235-E da CLT, neste caso em situações de viagem de excursão ou mesmo em viagem de linha regular,

o que tradicionalmente não é muito utilizado, pois as empresas do ramo preferem fazer por sistema de esca-la.

Antes da legislação que re-gulamentou a profissão de motoris-ta, a situação era controvertida no judiciário laboral, pois havia deci-sões que não consideravam como ho-ras extras o período de reserva, bem como o contrário ocorria, ou seja, tratava-se uma verdadeira loteria que trazia insegurança jurídica para ambas as partes. Destarte a nova regulamen-tação deixou claro duas situações, primeiro que o tempo de reserva deve ser remunerado, e, segundo que o descanso no veículo estacio-nado em cabine leito é considerado repouso.

Ainda depende de regula-mentação o formato da cabine leito, visto que no mercado existem cami-nhões com diferenciados formatos de cabine leito, sem, contudo haver uma regra específica sobre dimen-sões adequadas para o repouso.

Esta regulamentação deve ser editada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT ou pelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, para que possa pa-dronizar e garantir ao trabalhador o descanso adequado sem prejuízo à sua saúde.

o § 6°do art. 235-e da clt, vem para pacificar e trazer a solução para o problema, possibilitando o sistema de revezamento de motoristas, prevendo que o período em

que o motorista ficar na reserva após a jornada de

trabalho normal será remu-nerado no valor de 30% da

hora normal“.

teMpo de reservalei 12.619/2012

Tito Antonio Oliveira dos Santos

Tito Antonio dos

Santos

Assessor Jurídico

do SINTRODOV

OAB/PR 51.486

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FETROPAR |JANEIRO E FEVEREIRO DE 2013 | PÁG. 5

Fetropar impede mais uma vez a fundação de um sindicato fantasmaOs dirigentes da Fetropar e representantes de seus sindicatos filiados estiveram em Paranaguá no dia 29 de março para impedirem a fundação de mais um sindicato de gaveta

A tentativa de fundação de sindicatos sem representatividade no Paraná é uma prática combatida há tempos pela Fetropar e seus sin-dicatos filiados.

No dia 29 de março, assim como foi divulgado no edital, seria realizada uma assembleia para fun-dação do Sindicato de Motoristas Profissionais do Litoral do Paraná. Porém, os motoristas do litoral já são representados pelo SINDICAP – Sindicato dos Condutores de Veí-culos Rodoviários e Anexos de Para-naguá.

Como de costume nessas as-sembleias, só havia três pessoas in-teressadas na fundação do sindicato e o representante da Comissão de Fundação, Adriano de Freitas Xa-vier, não estava presente.

Epitácio Antonio dos Santos, presidente da Fetropar, leu o edital e convocou para a mesa alguns di-rigentes presentes. Em seguida foi explicado aos presentes que os tra-

balhadores que seriam representa-dos por esse sindicato já são repre-sentados pelo SINDICAP, não sendo necessária a criação de outro.

Cacá Pereira, presidente do SINTRAMOTOS Curitiba, e verea-dor de Curitiba explicou aos presen-tes que “não é admissível a criação de sindicatos para outros fins que não a representação os trabalhado-res e a luta pelos direitos dos mes-mos“.

Colocada em votação, foi de-cidido por unanimidade a não fun-dação do sindicato, sendo lavrada a ata registrada em cartório.

Local da assembleia estava vazio até os representantes da Fetropar chegarem

não é admissível a criação de sindicatos para outros fins que

não a representação os trabalhadores e a luta pelos

direitos dos mesmos“.

Cacá Pereira - Sintramotos Curitiba

Faixa que anunciava a assembleia em Paranaguá

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6 PÁG. JANEIRO E FEVEREIRO DE 2013 | FETROPAR

Ministra-chefe da casa civil garante que não haverá modificações na legislação trabalhistaEm reunião realizada a pedido da presidenta Dilma Rousseff, Gleisi Hoffmann recebe representantes dos trabalhadores para discutir a Lei do Descanso

Em reunião realizada no dia 18 de março, com a Ministra-Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o Ministro dos Transportes Paulo Sér-gio Passos, Manoel Messias e José Lopes Feijó, representando respec-tivamente o Ministério do Trabalho e Secretaria Geral da Presidência da República, foram discutidos di-versos pontos de entrave da Lei 12.619∕2012.

A reunião foi determinada pela Presidenta Dilma Rousseff, por solicitação de José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindi-cal, durante o encontro com as Cen-trais Sindicais.

Calixto esclareceu que a re-gulamentação da profissão de moto-ristas é uma luta de 40 anos da ca-tegoria e que é inaceitável que uma lei não seja cumprida, principal-mente quando se trata de condições de trabalho e vidas humanas, tendo em vista que a Lei do Descanso foi promulgada no dia 30 de abril de 2012, portanto há quase um ano, e

até agora não houve qualquer enca-minhamento pelo Governo Federal para a sua concreta implantação.

Epitácio Antonio dos San-tos, representante da CNTTT, afir-mou que esta havendo total falta de entendimento sobre o que é ponto de parada e áreas de embarque e de-sembarque, que é exigido pelo arti-go 9° da Lei - que tem como base as Normas Regulamentadoras do Tra-balho, sobre o trabalho a céu aberto.

O tempo de espera também foi esclarecido por Epitácio, “esta havendo dupla interpretação, pois o tempo de espera é após a jornada de trabalho e não durante. É necessá-rio esclarecer os pontos que geram dúvidas para que isso não atrase o cumprimento da lei“ concluiu Epitá-cio. Para o Diretor de Assuntos Trabalhistas da Nova Central, Luiz Antônio Festino, “a Lei é um dos maiores avanços na legislação das condições de trabalho, ela não tra-

ta somente de jornada de trabalho, mas também da qualificação profis-sional, atendimento específicos por parte do SUS, quanto às doenças dos profissionais do volante e seguro obrigatório, um benefício para cinco milhões de trabalhadores e não para uma pequena minoria que visa so-mente a questão financeira, sem se preocupar com a categoria que mais mata por acidentes de trabalho“.

O Ministro Paulo Sérgio in-formou que o levantamento dos pon-tos de parada esta quase pronto, que em sua opinião dará uma melhor condição para cumprimento da Lei.

A Ministra Gleisi Hoffmann, encerrou a reunião se comprometen-do que até o final do mês de março teria concluído todos os levanta-mentos e que estará se reunindo com todos os setores envolvidos, ga-rantindo que não terá modificações na legislação trabalhista.

Gleisi Hoffmann recebe representantes dos trabalhadores

Foto

: CNT

TT

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FETROPAR |JANEIRO E FEVEREIRO DE 2013 | PÁG. 7

Gleisi Hoffmann recebe representantes dos trabalhadores

Fetropar é convidada para segunda reunião na casa civil Reunião foi convocada pela Ministra-Chefe da Casa Civil para dar continuidade nos debates sobre as possíveis mudanças na lei 12.619/2012

Luiz Alberto dos Santos, na ponta da mesa, coordenou a reunião

No dia 17 de abril, a FE-TROPAR, a Nova Central Sindical e a CNTTT, participaram da segunda reunião no Palácio do Planalto.Nas discussões, o Subchefe de Aná-lise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil da Presidência da República, Luiz Al-berto dos Santos, que coordenou a reunião, apresentou uma minuta de proposta construída pelo Governo com base nas contribuições recebi-das de todos setores envolvidos.

Omar José Gomes, presi-dente da CNTTT, falou após a ex-planação e sugeriu que fosse dado um prazo para que as instituições pudessem avaliar e manifestar so-bre as propostas.

Luiz Festino - GT-CNTTT, fez várias ponderações a cerca do al-cance da lei e sua eficácia.

Falando em nome da FE-TROPAR e da NCST, Hamilton Dias de Moura alertou aos representan-tes do governo sobre a real intenção da Comissão Especial de Deputados da Câmara.

Na compreensão das ins-tituições representantes dos tra-balhadores, alguns parlamentares que representam o setor do agro-negócio, querem desconstruir a lei 12.619/2012, para beneficiar o setor,

já que, apesar de criarem argumen-tos com a “falta” de pontos de para-da e infraestrutura nas estradas, o que realmente querem é manter os motoristas ao volante sem tempo de descanso. “É preciso de uma grande reflexão de todos, principalmente por parte do governo, pois ao nos submetermos às propostas destes setores, poderemos simplesmente manter e até potencializar a morta-lidade nas estradas brasileiras” con-cluiu Hamilton.

Participaram desta reunião a NCST, representada pelo presi-dente da CNTTT, Omar José Go-mes, que também representou a FE-TROPAR, e os membros do Grupo de Trabalho Jaime Bueno, presiden-te da Federação de Goiás, Geraldo Meireles, secretário Geral da Fede-ração de São Paulo e Luiz Antônio Festino, diretor de Assuntos Traba-lhista, Segurança e Saúde do Traba-lhador da NCST. Participaram tam-bém da reunião a União Nacional dos Caminhoneiros do Brasil – UNI-CAM, representantes do Ministério dos Transportes, do Ministério do Trabalho e Emprego.

é preciso uma grande reflexão de todos,

principalmente por parte do governo, pois ao nos

submetermos às propostas destes setores, poderemos simplesmente manter e até potencializar a mortalidade nas estradas brasileiras”

Hamilton Dias de Moura - Fetropar

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8 PÁG. JANEIRO E FEVEREIRO DE 2013 | FETROPAR

comissão especial da lei 12.619/2012 tem minoria ao lado dos trabalhadoresAs principais mudanças sugeridas durante as audiências seria a diminuição do tempo de descanso entre jornadas, de 11 para 8 horas, e o aumento do tempo de direção ininterrupto de 4 para 6 horas

A comissão especial destina-da a discutir e propor modificações na Lei dos Caminhoneiros (12.619, de 30 de abril de 2012), entrou na reta final dos trabalhos no dia 23 de abril. Em reunião restrita aos inte-grantes do grupo, a relatoria juntou todos os balanços, materiais exibidos em palestras, sugestões e demais subsídios coletados ao longo de qua-se um mês de audiências públicas realizadas na Casa com lideranças das áreas envolvidas.

“Agora, começamos a catalo-gar e analisar as propostas para ela-borar o relatório prévio que deverá

ser apresentado na próxima reunião da comissão, no dia 7 de maio”, in-formou o sub-relator do grupo, de-putado federal Junji Abe (PSD-SP), que trabalhará na matéria ao lado do relator, deputado Valdir Colatto (PMDB-SC). A meta do colegiado é viabi-lizar os ajustes necessários aos “pro-pósitos de melhorar as condições de segurança nos percursos, sem invia-bilizar a categoria de caminhoneiros nem massacrar os setores produti-vos, em prejuízo direto do consumi-dor final”.

Com os representantes do agronegócio contra a lei, os traba-lhadores ficaram em minoria nas discussões. O que resulta em ques-tionamentos tendenciosos sobre as mudanças sugeridas para a lei.

As principais mudanças su-geridas durante as audiências foram a diminuição do tempo de descan-so entre jornadas, de 11 para 8 e o aumento do tempo de direção inin-terrupto de 4 para 6 horas. Ou seja: querem diminuir o tempo de descan-so e aumentar o tempo de trabalho sem intervalos.

presidente da comissão afirma que caminhoneiro dirige porque gosta e defende intervalo de 6 horas entre jornadas O deputado Nelson Mar-quezelli (PTB/SP), que faz parte da bancada ruralista e preside a Co-missão Especial para alterar a Lei do Descanso, deu uma entrevista preocupante à TV Câmara. Segun-do o deputado, o tempo de descan-so entre uma jornada de trabalho e outra pode ser reduzido de 11 para somente 6 horas. E o descanso se-manal remunerado do caminhonei-ro autônomo deve ser baixado de 36 horas para “no máximo, no máximo” 10 horas. Ou seja, pelo que disse o parlamentar, a comissão também pretende alterar a CLT, tornando novamente o caminhoneiro empre-gado um trabalhador diferente dos demais. Além disso, o deputado quer flexibilizar o tempo de descanso que os motoristas devem cumprir duran-te a jornada. A lei diz que o profissio-nal precisa parar meia hora a cada quatro horas ao volante. A proposta

de Marquezelli é de que essa meia hora seja cumprida num intervalo entre 3 e 5 horas ao volante.

Durante a entrevista, o de-putado aponta a profissão de cami-nhoneiro como “diferente” das de-mais. “Quem é caminhoneiro dirige porque gosta”, afirma. Na sequência, sua fala dá a impressão de que di-rigir caminhão é como passear. “Ele (o caminhoneiro) está naquela tele-visão, que é seu visor. Ele está pas-sando em várias cidades, em várias

estradas. Ao mesmo tempo que está ouvindo um rádio e está conversan-do com amigo, se tiver um carona. O caminhoneiro é diferente de muitos empregos”, declara.

Para o deputado, que é pro-dutor rural, a lei não veio para pro-teger o caminhoneiro, uma vez que, segundo ele, não há pontos de para-

das para seu descanso.

Com informações da Carga Pesada.

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FETROPAR |JANEIRO E FEVEREIRO DE 2013 | PÁG. 9

deputada Federal Jô Moraes faz apelo à ministra da casa civil pela aplicação da lei do descansoDurante seu discurso, a deputada afirma que não é admissível garantir a lucratividade do setor de transporte as custas da vida de trabalhadores

“Em 2011, das 2.797 mortes por acidente de trabalho, 441 foram de trabalhadores em transportes terrestres, especialmente caminho-neiros”. Os dados, apresentados no dia 11 de abril na tribuna da Câ-mara pela presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Traba-lhadores em Transporte Terrestres, deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG), enfatizam a demanda à minis-tra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para que não envie ao Congresso uma medida provisória alterando a Lei 12.619/2012, que regulamentou a profissão de motorista.

“Sabemos que há pressão para que ela mande, sob forma de medida provisória, essa nova regu-lamentação, desconstruindo uma conquista que envolveu os setores patronais, da Confederação Na-cional dos Transportes (CNT), do transporte de carga, que realizou 30 audiências públicas em oito estados deste País e que chegou a um gran-de consenso, levando à aprovação da lei e sua sanção. Esta foi uma gran-de conquista”, disse a parlamentar. No dia 11 de abril, a Frente lançou uma campanha Em Defesa do Descanso Já! para os motoristas. Esta previsão é um dos principais óbices à vigência da legislação, que prevê parada de 30 minutos a cada quatro horas rondando na estrada.

Jô Moraes novamente se valeu de dados para contrapor aos que querem acabar com a medida, sob alegação que ela traz prejuízos, pois atrasa as entregas, além de não existir locais de descanso: “Em debate nesta Casa, o doutor Dirceu Alves, presidente da Associação Brasileira de Medicina do Traba-lho, indicou-nos que, após 4 horas, o

condutor de um transporte sofre um lapso de atenção. E, após 8 horas, ele sofre um déficit de atenção, aumen-tando em duas vezes a possibilidade de acidente de trabalho” afirmou a deputada.

Por fim, Jô afirma que não é admissível garantir a lucratividade do setor de transporte as custas da vida de trabalhadores. “Nós vivemos hoje um impasse. Nós estamos en-frentando os desafios do crescimento e do desenvolvimento. Nós estamos enfrentando uma boa solução, que é a ampliação da produção agrícola deste país. Difícil, porque é preciso ter infraestrutura, boas estradas, e nós temos que lutar para que isso se realize. Mas nós não podemos garan-tir a lucratividade do setor à custas da vida de inúmeros motoristas que fazem do seu trabalho um exercício de risco permanente“ conclui a depu-tada.

é preciso ter infraestrutura, boas estradas, e nós temos que lutar para que isso se realize, mas não podemos garantir a lucratividade de um setor à custas da vida de inúmeros motoristas

que fazem do seu trabalho um exercício de risco

permanente“.

Jô Moraes - Deputada Federal - PCdoB/MG

Deputada Federal Jô Moraes

Foto

: CNT

TT

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10 PÁG. JANEIRO E FEVEREIRO DE 2013 | FETROPAR

acordo coletivo do sitrofab é validado mesmo não registrado pelo “sistema Mediador” do MteDe acordo com o relator do recurso, o depósito de cópia do documento coletivo no Ministério, mesmo sem a utilização do sistema, já atende a exigência legal para a sua aceitação

A Quinta Turma do Tri-bunal Superior do Trabalho (TST) acolheu recurso do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Ro-doviários de Francisco Beltrão (PR) e validou acordo coletivo que não foi registrado pelo “Sistema Mediador” do Ministério de Trabalho e Empre-go (MTE) na Internet. A decisão foi no dia 09 de abril de 2013.

De acordo com o ministro João Batista Brito Pereira, relator do recurso, o depósito de cópia do do-cumento coletivo no Ministério, mes-mo sem a utilização do sistema, já atende a exigência legal para a sua aceitação. O artigo 614 da Consolida-ção das Leis do Trabalho (CLT) con-diciona a validade do instrumento coletivo à entrega de cópia do acordo para que seja feito o registro no mi-nistério. No entanto, o órgão insti-tuiu o “Sistema Mediador” (portaria 288), localizado no site do MTE na internet, com o objetivo de registrar e arquivar o conteúdo desses docu-mentos. Como o sindicato entregou a cópia de acordo feito em 2009 com a empresa Descorpias Indústrias de Pias Ltda. de forma física, não utili-zando o “Mediador”, o ministério se negou a fazer o seu registro, condi-cionando-o a utilização do sistema online.

O Sitrofab impetrou manda-do de segurança na Justiça do Tra-balho com o objetivo de ser reconhe-cida a ilegalidade da exigência do

ministério e a convalidação do acor-do. A Vara do Trabalho negou o pedi-do com o argumento de que a utiliza-ção do “Sistema Mediador” não seria ilegal, pois a CLT não especifi ca que o depósito da cópia do acordo seja feito por papel ou de forma digital. “Portanto, não é o registro ou arqui-vamento do instrumento coletivo no Ministério do Trabalho que assegura a sua vigência, mas apenas o depósi-to (data da entrega dos instrumen-tos coletivos no órgão do Ministério do Trabalho)”, ressaltou o juiz. “A própria [solicitação] inicial não dei-xa dúvida de que houve o depósito dos instrumentos coletivos de traba-lho no Ministério do Trabalho”.

O Tribunal Regional do Tra-balho da 9ª Região (PR) não acolheu recurso do sindicato e manteve a de-cisão original. O sindicato interpôs novo recurso no TST solicitando a

convalidação do acordo. O ministro Brito Pereira afi rmou que, “nos ter-mos do artigo 614 da CLT, a vigência das convenções e dos acordos coleti-vos de trabalho está condicionada apenas à entrega de uma cópia do instrumento normativo no órgão do Ministério do Trabalho e Emprego, para fi ns de registro e arquivo”. As-sim, a entrega de forma digitalizada dos documentos pode ser instituída por portaria apenas como mais uma opção. Com esse entendimento, a Quinta Turma deu provimento ao recurso do sindicato por violação ao artigo 614 da CLT para convalidar “o depósito do instrumento coletivo efetuado perante a autoridade admi-nistrativa” da Seção de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho.Augusto Fontenele/MB - TST

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FETROPAR |JANEIRO E FEVEREIRO DE 2013 | PÁG. 11

sindiMoc fiscaliza o cumprimento da lei da dupla Função

A Lei que proíbe a dupla função foi sancionada em novembro de 2012 e não está sendo cum-prida pelas empresas de ônibus de Curitiba A lei que determina o fi m da Dupla Função no transporte coletivo na capital paranaense, a qual obteve votação unânime na Câmara Muni-cipal de Curitiba e sancionada pelo prefeito no dia 27 de novembro do ano passado, não está sendo cumpri-da pelas empresas de ônibus. Desde que a lei entrou em vi-gor, no dia 27 de março, o Sindimoc fl agrou as empresas descumprindo a norma e motoristas exercendo a dupla função. Segundo o Sindimoc, os micro-ônibus estão circulando em toda a cidade sem cobradores e nem tão pouco os veículos estão adapta-dos a nova norma.

Justiça

A Federação das Empresas de Transporte de Passageiros dos Estados do Paraná e Santa Catarina (Fepasc), entrou com uma ação para tentar derrubar a lei alegando que a mesma é inconstitucional.

O julgamento estava pre-visto para o dia 15 de abril, mas foi suspenso por um pedido de vistas de um dos desembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Paraná – TJ-PR.

Para o vereador Rogério Campos(PSB), que é também diretor do Sindimoc, as empresas deveriam estar cumprindo a lei independente deste julgamento. “A lei está em vi-gor, não se pode alegar que estão es-perando esse julgamento para saber se cumprem ou não a lei“ afi rmou Rogério.

LEI N° 14.150, de 23 de novembro de 2012.

Dispõe sobre a proibição de empresas que prestam serviços de transporte coletivo em Curitiba exigirem que motoristas exerçam ao

mesmo tempo a condução de veículo e cobrança de passagens.

Art. 1o É proibido às empresas concessionárias de serviços de trans-porte coletivo de Curitiba incumbir aos motoristas a atribuição simultânea de condução do veículo e cobrança de passagens.

Art. 2o No caso de descumprimento desta lei, caberá ao poder concedente, mediante seus órgãos competentes, fi scalizar e impor as seguintes penalidades às concessionárias:

I – advertência escrita na primeira notifi cação, com prazo de 30 (trin-ta) dias para a apresentação de defesa por parte da empresa infratora;

II – multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) por situação de reincidên-cia, após decorrido o prazo previsto no inciso anterior ou indeferido o respectivo recurso;

III – diante da continuidade do descumprimento desta lei, após caso de reincidência com aplicação de multa transitada em julgado, fi ca autorizada a Prefeitura Municipal de Curitiba a cassar a permissão da empresa infratora.

Art. 3o Revogam-se as disposições em contrário.

Art. 4o Esta lei entra em vigor após decorridos centro e vinte dias da data de sua publicação.

PALÁCIO 29 DE MARÇO, em 23 de novembro de 2012.LUCIANO DUCCI-PREFEITO

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representantes dos rodoviários se unem para discutir pauta de negociações Representantes dos Traba-lhadores Rodoviários de Dois Vizi-nhos - Alcir Ganassini (SINTRO-DOV), Toledo - Luiz Adão Turmina e Cícero Gomes Santos (SINTTRO-TOL), Cascavel - Jonas Cleiton Co-missio (SITROVEL) e Foz do Igua-çu - Dilto Vitorassi e Antônio Nereu Claro Silva (SITRO-FI) se reuniram em Foz do Iguaçu no dia 15 de março na sede do SITRO-FI para discutir pauta unificada para as negociações do Transporte Rodoviário de Cargas 2013/2014.

As partes firmaram nova-mente uma parceria forte para de-fender os interesses dos trabalha-dores rodoviários e buscar novas

conquistas para a categoria, o próxi-mo passo será a realização conjunta de Assembleia Geral com os traba-lhadores do setor a fim de buscar

junto a eles a aprovação da pauta a ser apresentada para o sindicato pa-tronal.

sinttrotol faz parceria com auto escola em toledo

Com a pauta unificada trabalhadores tem mais força nas negociações

O Sinttrotol – Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Tole-do, fechou uma parceria com a Auto Escola Mais Toledo para aperfeiçoar a formação dos associados que traba-lham como motoristas do transporte escolar. Foram realizadas aulas prá-ticas de direção veicular e ainda aula de relacionamento interpesso-al - para melhorar o relacionamen-to com os passageiros e saber como lidar com as situações adversas que possam surgir no trasporte escolar.

O objetivo é melhorar a con-duta dos motoristas no trânsito para evitar acidentes e contribuir para um trânsito menos estressante - tan-to para o trabalhador quanto para os passageiros.

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Com a pauta unificada trabalhadores tem mais força nas negociações

Motorista de ônibus é violentamente espancado em mercado no centro de curitibaFoi registrado boletim de ocorrência e realizado exame de lesão corporal. O Sindimoc está acompanhando o caso e dando suporte jurídico ao associado

O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e região me-tropolitana (Sindimoc) denunciou no dia 15 de abril, a agressão contra um motorista de ônibus em um mercado próximo ao Terminal Guadalupe, em Curitiba. Segundo o Sindimoc, o fato aconteceu quando o motorista foi ao local fazer compras e os seguranças suspeitaram de um furto.

O trabalhador estava aguar-dando o nascimento do seu filho em uma maternidade próxima ao Termi-nal do Guadalupe e foi até o mercado. Após adquirir alguns itens e pagar pelos mesmos, foi abordado pelos se-guranças do mercado na saída do lo-cal que de imediato imobilizaram-no e o levaram para o interior do merca-do, sendo recolhido em uma pequena sala e lá agredido, inclusive com cho-ques elétricos.

A alegação dos funcionários do mercado é que o homem teria rou-

bado no interior da loja, o que é ne-gado pela vítima, tendo inclusive em seu poder os comprovantes de com-pra.

Após a violência, o trabalha-dor que é sócio do Sindimoc, com for-tes dores, dirigiu-se ao atendimento médico do sindicato e posteriormente procurou o departamento jurídico da

entidade para que o acompanhasse. Foi registrado boletim de ocorrência e o exame de lesão corporal confec-cionado. O Sindimoc está acompanhando através do seu departamento jurídi-co o caso e esclarece que não divulga-rá a identidade da vítima por ques-tão de segurança.

Motorista foi espancado por roubo que não cometeu

sitrovel realiza assembleia com trabalhadores da zatran No dia 04 de março, 56 tra-balhadores da Zatran Transportes estiveram reunidos em Assembleia Geral Extraordinária, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Cascavel – SITROVEL.

Durante a assembleia fo-ram discutidos vários assuntos, bem como a pauta de reivindicações que foi apresentada para a empresa em reunião de negociação. Foi escolhida também a comissão de negociação

para acompanhar o Secretário Geral do Sitrovel, Jonas Cleiton Comissio, nas reuniões com a empresa. Foram escolhidos para com-por a comissão de negociação repre-

sentando os demais trabalhadores: Efrain Fernandes de Melo, Fabiano Armelin, Adilson Lemes, Ari Spa-nhol e Jeferson Gonçalves.

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Federacao das indÚstrias do estado do parana - Fiep

PISO SALARIAL

Condutores de carreta, treminhão e bitrem, equipados ou não com guindauto............R$ 1.287,00 Condutores de truck equipados ou não com guindauto e de ôni-bus................................R$ 1.060,00 Condutores de veículos toco equipados ou não com guindau-to....................................R$ 1.004,00 Condutores de outros veículos equipados ou não com guindauto, dentre estes, equipamentos auto-motores destinados à movimenta-ção de cargas, conduzidos em via pública, trator de roda, o trator de esteira, o trator misto, empilhadei-ras ou o equipamento automotor destinado à movimentação de car-gas ou execução de trabalho agríco-la, de terraplenagem, de construção

ou de pavimentação .......R$ 950,00

Condutores de veíc. c/ cap. de até 1 t. equipados ou não com guindauto e motociclistas.................R$ 850,00

Ajudantes de motorista, os que au-xiliam o motorista em cargas, des-cargas e manobras, com ele perma-necendo durante o transporte em viagem: terão estabelecido o valor mínimo de salário de R$ 822,80

ACORDOS E CONVENÇÕES COLETIVASCONFIRA O RESULTADO DAS NEGOCIAÇÕES FIRMADAS PELA FETROPAR

sindicato das indÚstrias de produtos avÍcolas do estado do paranÁ – sindiavipar

PISO SALARIAL

Condutores de carreta, treminhão e bitrem, equipados ou não com guindauto......................R$ 1.287,00

Condutores de truck equipados ou não com guindauto e de ôni-bus..................................R$ 1.060,00

Condutores de veículos toco equipados ou não com guindau-to...................................R$ 1.004,00

Condutores de outros veículos equipados ou não com guindauto, dentre estes, equipamentos auto-motores destinados à movimenta-ção de cargas, conduzidos em via pública, trator de roda, o trator de esteira, o trator misto, empilhadei-ras ou o equipamento automotor destinado à movimentação de car-gas ou execução de trabalho agríco-la, de terraplenagem, de construção ou de pavimentação.......R$ 950,00

Condutores de veíc. c/ cap. de até 1 t. equipados ou não com guindauto e motociclistas ...............R$ 850,00

Ajudantes de motorista, os que au-xiliam o motorista em cargas, des-cargas e manobras, com ele perma-necendo durante o transporte em viagem: terão estabelecido o valor mínimo de salário de R$ 822,80

Reunião realizada na FIEP no dia 25 de janeiro de 2013

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Reunião realizada na sede da Fetropar no dia 17 de abril de 2013

ACORDOS E CONVENÇÕES COLETIVASCONFIRA O RESULTADO DAS NEGOCIAÇÕES FIRMADAS PELA FETROPAR

sindicato das indÚstrias Metalurgicas, MecÂnica e de Material eletrico do estado do paranÁ – sindiMetal PISO SALARIAL

Condutores de carreta, treminhão e bitrem, equipados ou não com guindauto.......................R$ 1.304,00

Condutores de truck equipados ou não com guindauto e de ôni-bus.................................. R$ 1.074,00

Condutores de veículos toco equipados ou não com guindau-to....................................R$ 1.017,00

Condutores de outros veículos equi-

pados ou não com guindauto, den-tre estes, equipamentos automoto-res destinados à movimentação de cargas, conduzidos em via pública, trator de roda, o trator de esteira, o trator misto, empilhadeiras ou o equipamento automotor destinado à movimentação de cargas ou exe-cução de trabalho agrícola, de ter-raplenagem, de construção ou de pavimentação........R$ 963,00

Condutores de veículos com ca-pacidade de até 1 (uma) tonelada,

equipados ou não com guindauto e motociclistas................R$ 908,00

Ajudantes de motorista, os que au-xiliam o motorista em cargas, des-cargas e manobras, com ele perma-necendo durante o transporte em viajem: terão estabelecido o valor mínimo de salário normativo fi-xado na convenção coletiva de tra-balho da categoria preponderante, observados, inclusive, os critérios lá mencionados, não podendo em hipótese nenhuma ser inferior a............................................. R$ 879,00

sindicato das eMpresas de transportes de passageiros interMunicipal do estado do paranÁ – rodopar

PISOS SALARIAIS

Data base 01 de maio de 2013

Motorista........................R$ 1750,00

Cobrador..........................R$ 960,00

Emissor de bilhete e Agen-te....................................... R$ 960,00

Limpeza de veículos, zeladoras e cozinha.............................R$ 900,00 que se fixa como piso mínímo à CCT.

REAJUSTE SALARIAL: Em 01.05.2013, aos demais emprega-dos, (excluídos os detentores de

pisos salariais descritos na cláusula terceira) será concedido o reajus-te de 8,7% (oito virgula sete por cento), linear a incidir sobre o sa-lário praticado em 01.05.2012, au-torizado à compensação de todo e qualquer reajuste ou antecipação concedidos no período.

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Reunião na sede da Fetropar , da esq. Paulo Geisler e Claudio Andreatta - SEGUIPAR, José Aparecido Faleiros, Alcir Ganassini e Edimilson da Mata - FETROPAR

sindicato das eMpresas e propriet. de servs. de auto soc, reMoção e resgate de veics. e de içaMento através de guincHos e guindastes do estado do pr - seguipar

ACORDOS E CONVENÇÕES COLETIVASCONFIRA O RESULTADO DAS NEGOCIAÇÕES FIRMADAS PELA FETROPAR

PISOS SALARIAIS E CORREÇÃO SALARIAL

Motorista de carros tipo passeio ou utilitários..........................R$ 923,00

Motorista/Socorrista I: Operacio-nal de Guincho leve (caminhão de pequeno porte, com lança, platafor-ma ou mini-cegonha, toco, similar á VW 9.150, MB 915 e Ford 815)...........................................R$ 1.030,00

Motorista/Socorrista II: Operacio-nal de Guincho Médio (caminhão de médio porte, com lança, plata-forma ou cegonha, toco ou tru-ck)..................................R$ 1.210,00

Motorista/Socorrista III: Operacio-nal de Guincho Pesado (caminhão de grande porte equipado com lan-ça, plataforma, toco ou truck, simi-lar a jamanta).........R$ 1.392,00

Motorista/Socorrista IV: Carre-teiro (caminhão de grande porte equipado com carreta prancha ou cegonha, similar a jamanta) .................................................R$ 1.392,00

Motorista/Socorrista V: Opera-cional de Guindaste Veicular ar-ticulado (caminhão de médio ou grande porte equipado com guin-cho veicular, lança, plataforma, carroceria em geral, toco ou tru-ck)..................................R$ 1.513,00

Motorista/Mecânico: Motorista que presta Socorro Mecânico e Elé-trico a outros veículos (com auto-móvel e/ou moto ou similares)...R$ 1.030,00 Encarregado Operacional/Geren-te....................................R$ 1.997,00

Mecânico de Manutenção de Frota ...................................... R$ 1.815,00

Encarregado Administrativo ..................................................R$ 1.210,00

Auxiliar de Mecânico......R$ 910,00

Ajudante de Motorista.....R$ 910,00

Auxiliar Administrativo ...........................................................R$ 910,00

Auxiliar de serviços gerais, Zelado-ria e Lavador.....................R$ 910,00

CORREÇÃO SALARIAL: A par-tir de primeiro de maio de 2013, as empresas concederão a todos os seus empregados um reajuste sala-rial de 8% (oito por cento) sobre o salário de maio de 2012.

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começa o 5º curso de Formação de dirigentes sindicais

A primeira etapa do 5º Cur-so de Formação de Dirigentes Sin-dicais, promovido pelo Instituto São Cristóvão e Fetropar em parceria com o Centro de Educação Popular do Istituto Sedes Sapientiæ - Cepis e com a Nova Central Sindical de Trabalhadores - NCST, foi realiza-da entre os dias 23 e 26 de abril, no Centro de Retiros Leão de Judá que fica na Colônia Witmarsun, próximo à Curitiba.

Os participantes do curso fo-ram indicados pelos sindicatos filia-dos à Fetropar e pela NCST - Nova Central Sindical de Trabalhadores, que participa desde o ano passado indicando dirigentes para o curso.

Nesta primeira fase, os par-ticipantes puderam se familiarizar com o histórico do movimento sin-

dical. O instrutor Ranulfo Peloso afirma que é importante que os fu-turos dirigentes entendam como a sociedade atual se formou, contextu-alizando o sindicalismo desde o seu surgimento. Para Ranulfo, a troca de experiências entre os dirigentes mais antigos e os novatos é funda-mental para o resultado positivo do curso.

O objetivo do curso é qua-lificar militantes sindicais com ca-pacidade técnica e política para a prática sindical combativa, com sus-tentação de base, com visão classis-ta e nacional, para dar respostas às reivindicações de sua categoria, aos interesses da classe trabalhadora e à construção de um projeto de nação.

Segundo o diretor de ensi-no do ISC, Munir Varela, o curso

de formação sindical reflete uma preocupação constante do ISC e da Fetropar, com a qualidade dos seus dirigentes. “É preciso qualificar os dirigentes, afinal estes são os repre-sentantes dos trabalhadores perante os empregadores, em negociações e nas suas bases. Para cumprir este papel, o dirigente precisa estar pre-parado“ afirma Munir.

Sirton Barbosa, vice-presi-dente do Sintropas-PG, termina a primeira etapa satisfeito e com ex-pectativa positiva para os próximos encontros. “Para nós que estamos começando como dirigentes, é muito importante essa troca de experiên-cias com os outros dirigentes, tenho certeza que o curso vai nos ajudar a fazer um trabalho melhor na nossa base“ afirma Sirton.

A primeira etapa foi realizada entre os dias 23 e 26 de abril, no Centro de Retiros Leão de Judá que fica na Colônia Witmarsun, próximo à Curitiba

Adriano Carlesso, que participou no curso no ano passado, fala sobre a importância do curso

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isc realiza curso de oratória para dirigentes Representantes das entidades sindicais filiadas à Fetropar participaram do Curso de Oratória oferecido pelo Instituto São Cristóvão e Fetropar

O curso foi realizado entre os dias 20 e 22 de março, na Colô-nia Witmarsun, próximo a Curitiba e ministrado pelo professor Marcos Kniess.

Com uma carga horária de 32 horas, os sindicalistas puderam aprender as técnicas de oratória, como cuidar da sua imagem, prepa-rar um discurso, bem como técnicas para controlar a timidez.

Segundo o professor Marcos Kniess, os sindicalistas precisam sa-ber se comunicar, “para um trabalho de liderança é fundamental que o dirigente seja articulado e saiba se expressar, nesse curso eles apren-deram a deixar a timidez de lado e exercitar a capacidade de oratória em público. O que faz parte do dia a dia deles, tanto em assembleias com trabalhadores quanto em nego-ciações com patrões, estão sempre se comunicando de alguma forma“.

Para Lourival da Costa, diretor do Sinttromar – Ma-ringá, o curso é muito importante para os dirigentes sindicais per-derem a timidez e aprimorarem as técnicas de oratória. “Muitos de nós – dirigentes – somos tímidos e preci-samos aprender a lidar com o públi-co, afinal somos nós que falamos pe-los trabalhadores“ afirmou Lourival.

Sidney Fortunato, diretor do Sindicap – Paranaguá, o curso de comunicação é um dos mais impor-tantes porque “o sindicalista precisa se comunicar todos os dias, seja com outros dirigentes, com trabalhado-res, com empregadores, estamos sempre nos comunicando“.

Os participantes do curso junto com o Professor Marcos Kniess e o Presidente da Fetropar, Epitácio Antonio dos Santos

Aparecido Nogueira e Josiel Veiga com o certificado de participação do curso

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curso de Mopp em curitiba pelo iscO curso é exigido para trabalhar com o transporte de produtos perigosos. Para participar é neces-sário ser maior de 21 anos e estar habilitado em uma das categorias “B”, “C”, “D” e “E”

O Instituto São Cristóvão re-alizou nos dias 22, 23 e 24/02, 01, 02 e 03 de março o curso de Movimenta-ção de Cargas e Produtos Perigosos – MOPP, na sede do ISC em Curiti-ba. O curso teve a participação de 12 alunos e foi ministrado pela instrutora Eloiza Maria do Sacra-mento.

Durante o curso são realiza-das diversas experiências para que os alunos visualizem o risco que eles estarão expostos. As experiências químicas são endotérmicas, onde é demonstrada a queda da tempera-tura, e exotérmicas, onde é demons-trado o aumento da temperatura. Já as experiências físicas demonstram as mudanças de estado da matéria, por exemplo, do estado líquido para o gasoso.

Alunos do curso de Mopp

Experiènciasquímicas realizadas durante o curso

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direitos conquistados por trabalhadores com a lei do descanso estão ameaçadosCom a realização das audiências pela Comissão Especial criada para discutir a Lei, os motoristas profissionais correm o risco de perder alguns dos direitos conquistados

A sociedade em geral se benefi cia com leis como esta. A me-lhoria na qualidade de vida de uma categoria de suma importância para o Brasil vai além da CLT, a Lei 12.619/2012 traz, além de tudo, dig-nidade para uma parcela de traba-lhadores que há muito não sabiam o signifi cado dessa palavra.

São milhares de trabalha-dores que deixam de ser explorados, são milhões de vidas que serão pou-padas com a diminuição de aciden-tes, e, principalmente, são traba-lhadores que serão respeitados no exercício da sua profi ssão.

Com a realização das audi-ências públicas organizadas pela Comissão Especial, foram propostas algumas alterações na lei com base na opinião de um seleto grupo de empresários que temem por seu lu-cro. Nós, trabalhadores, temos que deixar claro que estamos a favor da lei estamos dispostos à cumpri-la.

Os ajustes necessários na lei são aqueles que foram antes ve-tados, como a construção dos pontos de parada. Porém, ainda que os pon-tos existentes não sejam ideais para os motoristas usufruírem do descan-so estabelecido na lei, não é motivo para ignorar os direitos conquista-dos e descumprir a legislação.

- Jornada de trabalho de 8 horas diárias, com a possibilidade de duas horas extras por dia - remuneradas com um valor 50% superior ao da hora normal ou valor superior caso previsto em Acordo ou Convenção Coletiva.

- Período de descanso diário será de 11 horas a cada 24 horas, além de 1 hora, no mínimo, para refeição.O repouso diário poderá ser feito na cabine leito do caminhão, em aloja-mento ou hotel.

- Nas viagens com duração de mais de 7 dias deve haver um descanso semanal ininterrupto de 36 horas, podendo ser fracionadas em um 30 e depois mais 6, usufruídas na mesma semana. Para viagens que não ultra-passarem 7 dias, o descanso semanal será de 35 horas.

- As horas de espera, aquelas que o motorista aguardar para carga ou descarga do veículo no embarcador, no destinatário, nas barreiras fi scais estaduais ou aduaneiras, após exceder a jornada de trabalho serão indeniza-das ao motorista com adicional de 30% sobre o valor da hora normal.

- Adicional noturno caso trabalhe das 22 horas até as 5 horas do outro dia. As horas noturnas serão acrescidas de adicional de 20% sobre o valor da hora normal.

- Férias e décimo terceiro – para muitos comissionados esses direitos não eram pagos com a justifi cativa de estarem inclusos nas comissões.

- Seguro obrigatório pago pelo empregador no valor mínimo correspon-dente a dez vezes o piso salarial de sua categoria.

- Tratamento pelo SUS preventivo, terapêutico e reabilitador, principal-mente para doenças que mais acometem os motoristas.

direitos dos motoristas com vínculo empregatício:

os motoristas comissionados não terão prejuízos com a proibição do pagamento por comissão, o pagamento de horas extras, horas de espera e diárias substituirão as comissões. veja os exemplos abaixo:

Motorista Carreta

Piso R$ 1400,00 + 60 horas extras (o máximo que podem ser feitas por mês) à R$ 9,54/h = R$ 572,00 + 40 horas de espera ( média de espera mensal) à R$ 8,27 = R$ 330,80 + diárias (24 por mês) à R$ 42,00 = R$ 1008,00. TOTAL BRUTO MENSAL: R$ 3310,80

Motorista Bitrem

Piso R$ 1540,00 + 60 horas extras (o máximo que podem ser feitas por mês) à R$ 10,50/h = R$ 630,00 + 40 horas de espera ( média de espera mensal) à R$ 9,10 = R$ 364,00 + diárias (24 por mês) à R$ 42,00 = R$ 1008,00. TOTAL BRUTO MENSAL: R$ 3542,00

Além disso os comissionados terão direito à férias e décimo terceiro, o que muitos não recebiam com a justifi cativa que já estava incluso na comissão.