jornal escolar aesg abril 2012

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha—161123— Fundão Ano 3 Número 5 - Distribuição Gratuita - Abril de 2012 Uma Comunidade de Aprendizagens: da Partilha à Construção! N ESTA E DIÇÃO A E SCOLA DE T ODOS N ÓS - 2 P RÉMIOS - 3 P - ESCOLAR - 4/5 1º C ICLO - 6/7 BECRE - 8 P NL - 9 P ROJETOS - 10-12 D EPARTAMENTOS - 13 A RTIGOS DE OPINIÃO – 14/15 M URAL - 16 Visita da RTP à Turma Bilingue N o dia 20 de setembro do corrente ano letivo, a Escola Básica de 1º Ciclo Nossa Senhora da Conceição teve o privilégio de receber, nas suas instalações, a visita da RTP para realização de uma reportagem sobre o projeto piloto intitulado “Projeto Ensino Bilingue Precoce no 1ºCEB”, que está a ser desenvolvido com a única turma do 1º ano desta escola. Trata-se de um projeto inovador no seio do sistema de ensino público e que visa a aprendizagem simultânea da língua materna e da língua Inglesa, sendo esta aprendida através do Estudo do Meio, com a disciplina lecionada em Inglês. Este projeto, desenvolvido pelo Ministério da Educação (DGIDC) em colaboração com o British Coun- cil Portugal, é pioneiro no nosso país e está a ser implementado em apenas sete agrupamentos, a nível nacional. Para nós, alunos, professores, escola e agrupamento, é um grande orgulho fazer parte dele. (Pág. 12) Fernanda Batista e Dina Domingos Inauguração da Biblioteca Escolar da EB1 das Tílias (BET) A inauguração da Biblioteca Escolar das Tílias ocorreu no passado dia 25 de janeiro e contou com a presença (nesta fotografia e da esquerda para a direita) da Coordenadora Interconcelhia da Rede de Bibliotecas Escolares, Dr.ª Isabel Marques, da Diretora do Agrupamento de Escolas Serra da Gar- dunha, Dr.ª Cândida Brito, da Diretora Regional de Educação, Dr.ª Cristina Oliveira, do Presidente da Câmara Municipal do Fundão, Dr. Paulo Fernandes e da Vereadora da Educação, Dr.ª Alcina Cerdeira. Contou, ainda, com a presença da Drª. Dina Matos, Bibliotecária da BMF, de diversas entidades convi- dadas, muitos pais e encarregados de educação, professores e assistentes com funções no Agrupa- mento, que encheram a Escola das Tílias de entu- siasmo e emoção. A Inauguração iniciou-se com um momento musical dinamizado pela Academia de Música e Dança do Fundão, seguido da abertura oficial e visita ao espaço, e finalizando com um convívio de degustação de algumas iguarias trazidas pelos alu- nos e acompanhadas com Chá de Tília. (Pág. 9) Pedro Rafael Gomes

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha - Fundão - Abril 2012

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Page 1: Jornal Escolar AESG Abril 2012

Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha—161123— Fundão

Ano 3 Número 5 - Distribuição Gratuita - Abril de 2012

Uma Comunidade de Aprendizagens: da Partilha à Construção!

NESTA EDIÇÃO

A E SCOLA DE T ODOS NÓS- 2

•PRÉMIOS - 3

•PRÉ-ESCOLAR - 4 /5

•1º CICLO - 6 /7

• BECRE - 8

•PNL - 9

•PROJETOS- 10-12

•DEPARTAMENTOS - 13

• A RTIGOS DE OPINIÃO – 14/15

•M URAL - 16

Visita da RTP à Turma Bilingue

N o dia 20 de setembro do corrente ano letivo, a Escola Básica de 1º Ciclo Nossa Senhora da Conceição teve o privilégio de receber, nas suas instalações, a visita da RTP para realização de uma reportagem sobre o projeto piloto intitulado “Projeto Ensino Bilingue Precoce no 1ºCEB”, que está a ser desenvolvido com a única turma do 1º ano desta escola. Trata-se de um projeto inovador no seio do sistema de ensino público e que visa a aprendizagem simultânea da língua materna e da língua Inglesa, sendo esta aprendida através do Estudo

do Meio, com a disciplina lecionada em Inglês. Este projeto, desenvolvido pelo Ministério da Educação (DGIDC) em colaboração com o British Coun-cil Portugal, é pioneiro no nosso país e está a ser implementado em apenas sete agrupamentos, a nível nacional. Para nós, alunos, professores, escola e agrupamento, é um grande orgulho fazer parte dele. (Pág. 12)

Fernanda Batista e Dina Domingos

Inauguração da Biblioteca Escolar da EB1 das Tílias (BET)

A inauguração da Biblioteca Escolar das Tílias ocorreu no passado dia 25 de janeiro e contou com a presença (nesta fotografia e da esquerda para

a direita) da Coordenadora Interconcelhia da Rede de Bibliotecas Escolares, Dr.ª Isabel Marques, da Diretora do Agrupamento de Escolas Serra da Gar-dunha, Dr.ª Cândida Brito, da Diretora Regional de Educação, Dr.ª Cristina Oliveira, do Presidente da Câmara Municipal do Fundão, Dr. Paulo Fernandes e da Vereadora da Educação, Dr.ª Alcina Cerdeira. Contou, ainda, com a presença da Drª. Dina Matos, Bibliotecária da BMF, de diversas entidades convi-dadas, muitos pais e encarregados de educação, professores e assistentes com funções no Agrupa-mento, que encheram a Escola das Tílias de entu-siasmo e emoção.

A Inauguração iniciou-se com um momento musical dinamizado pela Academia de Música e Dança do Fundão, seguido da abertura oficial e visita ao espaço, e finalizando com um convívio de degustação de algumas iguarias trazidas pelos alu-nos e acompanhadas com Chá de Tília. (Pág. 9)

Pedro Rafael Gomes

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão http://www.aesg.edu.pt Ano 3—Nº5

Letras da Gardunha

F i c h a T é c n i c a L e t r a s d a G a r d u n h a

T i r a g e m 1 0 0 0 E x e m p l a r e s

A b r i l 2 0 1 2

I m p r e s s ã o : J o r n a l R e c o n q u i s t a

D i r e t o r a : Maria Cândida Marques Brito

Coordenação Editorial e Redação

Celeste Nunes e Pedro Rafael

Revisão Celeste Nunes

Composição Gráfica Pedro Rafael Neto Gomes

Colaboradores Toda a comunidade Escolar

Colaboradores Agostinho Craveiro;

João Paulo Brás; José Valente Lopes

Manuel Abelho

Mail do Jornal: [email protected]

Grupo da Equipa http://groups.google.pt/group/jornal-aesg

www.aesg.edu.pt/portal

Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha - Fundão

Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Serra da Gardunha

Bairro Stª Isabel 6234-909 FUNDÃO Telf. 275 772 928 Fax: 275 751 909

R efletir sobre o que pensamos, fize-mos, escrevemos, defendemos, parti-

lhamos, é um processo salutar e que nos ajuda a crescer.

Num momento da vida do Agrupamento em que nos prepa-ramos para mais uma avaliação externa, a reflexão sobre as nos-sas práticas impôs-se a todos, desta vez numa perspetiva mais abrangente no tempo, olhando para três anos de Projeto Educa-tivo, já que a avaliação faz parte do nosso trabalho quotidiano.

Refletindo sobre o que escre-vi para o Letras da Gardunha, recuei no tempo e recuperei um texto que se situou exatamente no início do acima referido Pro-jeto Educativo. Não resisti a transcrever excertos desse texto. Perdoem-me a ousadia!

E escrevi assim, na altura: “Mais do que uma organiza-

ção que aprende, a escola terá

� NOTAS DA REDAÇÃO — MENSAGEM DA DIRETORA

Estes Valores pressupõem o encontro de “corações e men-tes”, “o forjar de novos cami-nhos”. Vivem-se em comunida-de, sentem-se, questionam-se, levam-nos à exposição perma-nente do nosso “eu” enquanto pessoas e profissionais, à perma-nente auto - avaliação. E assim, nesta partilha, vamos construin-do, passo a passo, a Comunidade de Aprendizagem a que aspira-mos, onde nenhum contributo é dispensável.

Temos feito dos sucessos a motivação para trabalhar mais e melhor; temos feito, com alguns insucessos, a aprendizagem para a melhoria constante.

Trabalhamos para melhorar os resultados académicos dos nossos alunos, mas também para os ajudarmos a crescer como cidadãos responsáveis, autóno-mos, empreendedores, compe-tentes, felizes. Abrimos as portas à Comunidade, criando e refor-çando parcerias, porque partilha-mos a ideia de que a Educação se faz com todos e ao serviço de todos. Desenvolvemos um proje-to de aprendizagem organizacio-nal, porque, como diz a sábia voz do povo “ Nunca é tarde para aprender!”. E nunca nos esquece-mos que nem todos aprendem da mesma maneira ou ao mesmo ritmo, por isso privilegiamos diferentes percursos e oportuni-

como desafio ser uma comunida-de de aprendizagem, se quiser ser um novo paradigma de com-portamento social.”

Maria do Carmo Clímaco A Escola vista numa perspeti-

va de comunidade de aprendiza-gem é indissociável do conceito de escola aprendente, de escola que se questiona constantemente, logo de escola que se autoavalia.

O processo de auto – avalia-ção de uma escola é “… um pro-cesso dialógico, um encontro de corações e de mentes, o forjar de novos caminhos de ver e de fazer, vital e contínuo, pois está no centro da vida educacional da escola. É a essência da comuni-dade aprendente, da escola inteli-gente, da escola que apren-de”( MacBeth, 2004).

Ao iniciar um novo Projeto Educativo para os próximos qua-tro anos, não pudemos deixar de refletir nas palavras de Carmo Clímaco e de MacBeth.

O que somos agora? O que queremos ser daqui a quatro anos? O que conquistámos? Vale a pena continuar no mesmo caminho?

O Agrupamento Serra da Gardunha tem pautado o seu Projeto Educativo por Valores, que todos assumimos, de Diálo-go, Cooperação, Solidariedade, Inovação, Responsabilidade.

dades para o sucesso, no proces-so “dialógico” que MacBeth refere, numa interação entre o cognitivo e o afetivo.

Um Projeto Educativo é, tal como a vida, um projeto global indissociável de projetos mais pequenos que a vão preenchen-do. Assim, também os diferentes projetos que vamos desenvolven-do, a nível local, regional, nacio-nal e europeu, contribuem de forma segura e rica para a globa-lidade dos nossos objetivos.

Pessoalmente, empenho-me dia a dia na construção deste caminho partilhado, no qual me colocou a Comunidade Educati-va do Agrupamento ao eleger-me como Diretora para os próximos quatro anos. Tenho a noção da responsabilidade, mas assumo também a vontade e gratidão para o percorrer, juntamente com todos os que trabalham no Agru-pamento e com todos os que con-nosco colaboram.

E, com o poeta António Gedeão, sempre afirmo: “ Estou aqui construindo o novo dia/ … Porque o dia constrói-se; não se espera”.

Deixo, agora, a pergunta: Conseguimos? Construímos ou esperamos?

A Escola de Todos Nós!

encontram-se a decorrer nos Jar-dins de Infância Porta Aberta e Aldeia de Joanes, nas Escolas Básicas das Tílias, Aldeia de Joanes e Serra da Gardunha.

As atividades desenvolvidas no Jardim de Infância de Aldeia de Joanes contam com a parceria da Junta de Freguesia de Aldeia de Joanes, através da cedência do espaço informático da mesma. Estes alunos têm realizado traba-

lhos que ilustram alguns dos conhecimentos adquiridos relati-vamente a competências das diferentes áreas curriculares.

N o Agrupamento d e Escolas Serra da

Gardunha continuam a decorrer as atividades do projeto Aprender e Inovar com TIC, pro-movidas pela Equipa de Recursos e Tecnologias Educativas/Plano Tec-nológico da Educação. O projeto é apoiado pelo Centro de Compe-tências da Univerdade de Aveiro

Conta, este ano, com três atividades que envolvem alunos e docentes, desde o pré – escolar ao 3º ciclo, e tem como finalidade a promoção da utilização educativa das TIC com vista à melhoria das aprendizagens dos alu-nos, através da rentabilização dos equipamentos disponíveis nas escolas.

As atividades com alunos

O projeto, a par das ativida-des com alunos, vai também apoiando os docentes através de sessões sobre a utilização de software educativo e disponibili-zando materiais a utilizar nas escolas.

Professora Sílvia Rodrigues,

Coordenadora do Projeto Aprender a Inovar com TIC

Trabalho de um aluno do JI de Aldeia de Joanes utilizando um programa de desenho.

A PRENDER E I NOVAR COM TIC – 2011/2012

Ação de Formação “ Gestão de Conflitos a 3D”

N o passado dia 18 de novembro, decorreu, na BECRE da Escola Básica Serra da Gardunha, a ação de forma-ção subordinada ao tema “Gestão de Conflitos na Escola”, dinamizada pelo Professor Duarte Ferreira.

Esta atividade, destinada a docentes e não docentes, está integrada no plano de ação do Projeto “Por uma Escola a 3D” (Direitos, Deve-res e Disciplina) e pretende dar resposta a um dos problemas diagnos-ticados pelo Agrupamento, no seu processo de autoavaliação, com influência nos resultados finais, e afetando, sobretudo, as aprendiza-gens dos alunos: o incumprimento de normas /regras de disciplina por parte de alguns alunos. De salientar a boa adesão que a referida ação teve, tendo sido um momento agradável de partilha de experiências.

A Equipa do Projeto 3D

PROJETO PARA UMA

ESCOLA A 3D

• Maria Cândida M. Brito • Diretora do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha

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Abril de 2012

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Letras da Gardunha

� ATUALIDADE — PRÉMIOS

N o passado dia 7 de outubro de 2011, alguns alunos e a professora da EB1 de Aldeia Nova do Cabo estiveram presentes na Cerimónia de Entrega do Galardão Eco-Escolas “Dia Bandeiras Verdes 2011”, que decorreu no Pavilhão Salvador Machado, em Oliveira de Azeméis, e foi promovida

pela Associação Bandeira Azul da Europa. Esta escola foi distinguida, pela primeira vez, com este galardão, composto pela sim-

bólica Bandeira Verde e um Certificado da ABAE (secção portuguesa da Foundation for Environmental Education), como reconhecimento do trabalho desenvolvido no âmbito da Educação Ambiental durante o ano letivo 2010/2011.

Para o desenvolvimento deste Projeto Pedagógico, a EB1 de Aldeia Nova do Cabo contou com a imprescindível colaboração da Junta de Freguesia, da Autarquia, dos pais e da comunidade em geral.

Foi com muito orgulho e satisfação que os alunos desta escola receberam o tão reco-nhecido galardão. Agora, resta trabalhar cada vez mais e melhor no sentido de formar cidadãos conscientes e preocupados com o AMBIENTE!

EB1 DE A LDEIA NOVA DO CABO

RECEBE BANDEIRA V ERDE

O s alunos e professores do Jardim de Infância e do 1º Ciclo do Ensino Básico de Castelejo foram premiados, mais uma vez, com o Galardão Eco-escolas “Bandeira Verde 2011” e Geração depositrão. O trabalho desenvolvido pela escola no âmbito da Educação Ambiental

foi reconhecido com a atribuição destes dois importantes prémios, fruto do seu trabalho na defesa do ambiente, exigindo e responsabilizando pais, autarquia e comunidade em geral na tomada de atitudes comportamentais diversas, alterando hábitos perante o meio ambiente que os rodeia e alertando-os para a necessidade urgente da separação dos lixos e reciclagem dos mesmos.

GALARDÃO ECO-ESCOLAS

JARDIM -DE- INFÂNCIOA E

EB1 CASTELEJO

N o passado dia 28 de outubro, no auditório da Exponor, em Matosinhos, a nossa escola, r e p r e s e n t a d a pela sua direto-ra, Maria Cândi-da Brito, pela educadora Isabel Santareno, pela p r o f e s s o r a Maria João Estê-vão, coordena-dora do clube Ciência sobre Rodas e do pro-jeto candidato

ao prémio, “A célula que alimenta”, assim como pelos alunos João Ramos, Vanessa Santos, Telmo Manique e Maria Inês, todos do 9º B e membros do clube CSR, assinalou a sua presença numa cerimónia promovida pela Fundação Ilídio Pinho e destina-da à entrega dos prémios da 9ª edição do con-curso Fundação Ilídio Pinho – Ciência na Escola. Aí, a escola recebeu uma menção honrosa, respei-tante ao 4º lugar do 3º escalão do concurso.

O trabalho apresentado, e que despertou um especial interesse em Matosinhos, tanto da parte dos elementos da Funda-ção Ilídio Pinho, na pessoa do Sr. Enge-nheiro Ilídio Pinho, como do represen-tante do BES e dos coordenadores da DREC e da DREN, versou sobre o desenvolvimento embrionário dos ani-mais ovíparos (peixes, répteis, crocodi-

los e aves), com uma parti-cular incidência nos ovos das aves, dado que se con-seguiram imagens do seu desenvolvimento embrioná-rio sem, para isso, ter de matar o animal. Desde cedo, o projeto “A célula que alimenta” des-pertou um grande envolvi-mento e interesse dos alu-nos, o que foi visível tanto nas atividades desenvolvi-das ao longo do ano letivo como no sucesso alcançado na "Festa do Ovo" e em todas as ações planeadas para a sua concretização. Sublinhe-se que o projeto teve a colaboração da Uni-

versidade de Aveiro – Pmat e do Hospital Amato lusitano. No trabalho desenvolvido, estiveram ainda intensamente envolvidos, para além da coordenadora do projeto e dos

professores inte-grantes do Con-selho de Turma do 5º C, a pro-fessora Celeste Nunes, através de um trabalho de parceria esta-belecido com a BECRE, e a professora con-vidada, Eugénia Andrade. Salien-te-se, também, a grande adesão e empenho dos r a d i o l o g i s t a s André Leal (ex-a luno desta escola) e de Ma-nuel Gaspar, do Hospital Amato

Lusitano. O projeto foi, sem dúvida, um sucesso

quer pelas parcerias estabelecidas ou pela interdisciplinaridade fomentada quer, sobretu-do, pelo empenho dos alunos que, agora, pedem mais. A ciência está definitivamente na escola e veio para ficar!

PRÉMIO FUNDAÇÃO I LÍDIO PINHO – CIÊNCIA NA ESCOLA

E s c o l a S e r r a d a G a r d u n h a p r e m i a d a c o m u m a m e n ç ã o h o n r o s a n a 9 ª e d i ç ã o d o

P r é m i o F u n d a ç ã o I l í d i o P i n h o – C i ê n c i a n a e s c o l a

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão http://www.aesg.edu.pt Ano 3—Nº5

Letras da Gardunha

� O PRÉ-ESCOLAR NAS LETRAS DA GARDUNHA

A Educação Pré-Escolar abraçou mais uma vez o Projeto Aprendizagem ao Longo da Vida – Projeto Comenius, num intercâmbio entre alguns países europeus. Na pre-sente edição, o tema é: let´s play together like grandpa.

Os alunos do JI do Fundão tiveram o primeiro encontro com os seus avós no dia 25 de novembro de 2011. Todos os avós presentes tiveram oportunidade de falar sobre os seus brinquedos, e, sobretudo, das suas brincadeiras de meninos. Fizeram algumas demonstrações com os seus netos. Entre os jogos lembrados destacamos alguns: a falua; o jogo do cântaro; o jogo dos Reis e das Rainhas; o jogo da barra do lenço. Foi interessante descobrir que alguns deles ainda fazem parte das nossas brincadeiras de agora. Enfim…foi uma manhã muito divertida!

A fim de nos associarmos à comemoração do Dia Mundial da Luta Contra a Sida, o Jardim de Infância Porta Aberta decidiu passar, aos seus alunos, a história em apresentação digital “O Quadrado e os seus Amiguinhos Círculos”.

O objetivo fundamental passava por ajudar na compreensão da diferença e a cultivar atitudes corretas condizentes com a mesma.

No final, foram feitos diversos registos pelas crianças, tendo sido dis-tribuído, a cada uma delas, um laço relativo ao evento.

De pequenino se aprende a moldar o destino!

N o âmbito do projeto “Crescer de Mãos Dadas”, os alunos do 1.º ano da Escola EB1 Senhora da Conceição deslocaram-se, no dia 10 de novembro, ao Jardim de Infância Porta Aberta, onde os aguardavam os alunos de 5 anos das turmas 19 e 20. Levaram

consigo, para partilha com os colegas mais novos, a dramatização da lenda de S. Martinho, tendo-se socorrido de vários adereços.

A representação foi muito boa, tendo envolvido todos os presentes num espírito de salutar convívio.

Para o final ficaram reservadas as canções, entoadas por todos, que ajuda-ram a reforçar laços e a esbater barreiras. E a entrega de lápis “castanhas” dos mais novos aos mais velhos, elaborados com base na história “A Castanhinha” mais acentuou o sentido de partilha.

E assim se cresce de mãos dadas.

VAMOS TODOS BRINCAR COMO OS AVÓS SER DIFERENTE

Encontro com os avós- Jogo do Sr. Barqueiro (A Falua)

LENDA DE S. MARTINHO

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Abril de 2012

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Letras da Gardunha

- qual a impor-tância de uma horta ecológica e quais os cuidados a ter com a mes-ma?

- quais são os diversos tipos de horta?

Entre outras questões ...

Seguidamen-te, escolhemos o local onde pre-tendíamos cons-truir a horta.

O Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Alcongosta mandou trazer terra, para a horta, e, com a ajuda dos pais dos alunos, que se comprometeram a acompanhar-nos no projeto, iniciámos já algumas plantações e sementeiras.

Plantámos morangos, couves, beterraba e alface. Semeámos alho, favas e ervilhas.

Temos tido o cuidado de a regar e de a tratar. Iremos fazer identifi-cadores para as diversas plantas e sementes, com o nome das mes-mas; registos gráficos sobre as sementeiras, registos gráficos da visita da EB1 ao Jardim de infância e da canção que nos ensinaram, alusiva ao tema.

� O PRÉ-ESCOLAR NAS LETRAS DA GARDUNHA

P rojeto: “Horta Ecológi-ca”, iniciativa da Agenda XXI, da Câmara Munici-pal do Fundão, ao qual

aderimos, em conjunto com a EB1 e contando com a colaboração dos pais dos alunos e Junta de Freguesia.

Pretende-se sensibilizar os alunos para a importância de uma alimenta-ção mais equilibrada, assim como ter contacto mais direto com a natureza e com os benefícios que uma horta eco-

lógica pode trazer. A horta é um laborató-rio vivo que pressupõe diferentes ativida-

d e s didáti-cas. A horta é um espaço o n d e os alu-n o s podem e s t a r e m contac-to dire-to com a natu-r e z a , e n s i -

nando-os a tomar cons-ciência da necessidade de respeitar o ambiente, criar melhores hábitos de alimentação e, ao mesmo tempo, desenvolver capa-cidades de trabalho em equipa e de responsabili-dade civil para com a horta. Numa primeira fase do projeto, uma técnica de educação ambiental da Câmara Municipal do Fundão veio ao jardim de infância apresentar-nos o projeto: foram abordadas questões como: - o que é uma horta?

- qual a importância dos produtos hortí-colas na alimentação?

Horta Ecológica—JI Alcongosta

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão http://www.aesg.edu.pt Ano 3—Nº5

Letras da Gardunha

N o passado dia 16 de novembro de 2011, realizámos o nosso magusto, no ringue da Póvoa de Atalaia. Ao chegarmos à escola das Atalaias, colocámos a nossa coroa de castanhas e seguimos em direção à Póvoa. Já

no ringue, realizámos alguns jogos muito engraçados, com orientação das professoras. Entretanto, chegaram os meninos dos Jardins de Infân-cia de Póvoa de Atalaia e Soalheira e, todos juntos, continuámos a brin-car.

A s auxiliares e as pro-f e s s o r a s acenderam a caruma e, passado a l g u m tempo, as castanhas e s t a v a m p r o n t i -nhas. Foi um regalo! Ta m b é m comemos bolo de chocolate e bebemos sumo. Enfarruscámo-nos uns aos outros e foi mui-to divertido!

Como já estava na hora do almoço, despedimo-nos dos meninos da Póvoa e da Soalheira e regressámos à escola.

Agora, é só esperar pelo próximo magusto escolar! Alunos do 4º ano EB1 Atalaias (trabalho coletivo)

N o dia 10 de novembro, no âmbito do Projeto “Crescer de Mãos Dadas”, a turma 52 da EB1 Nossa Senhora da Concei-ção foi apresentar ao Jardim de Infância Porta Aberta a dra-matização da “Lenda de S. Martinho”.

Todos os alunos da turma participaram na dramatização, mostrando-se muito interessados e empenhados na realização da mesma. Cantaram também duas canções alusivas ao tema.

Os adereços foram realizados com a colaboração de todos os Encarregados de Educação desta turma.

EB1 Nossa Senhora da Conceição Dina Domingos

H oje, dia 17 de novembro, fomos fazer um magusto no olival. Participou muita gente: a Junta de Freguesia, o Jardim de Infância, os idosos, os polícias, etc. Quando chegámos lá, a primeira coisa a fazer foi jogar o jogo do lenço

numa grande roda. Ainda bem que não fui a galinha choca. Depois sim: fomos à grande gincana de bicicletas. Primeiro foi o 4.º ano; depois o 3.º; e depois sim, finalmente nós, o 2.º ano. Pois esqueci-me: o cabo Cerdeira ensinou-nos os sinais: os de perigo, os de proi-bição, os de obrigação e os de informação.

Eu não andei de bicicleta porque as que o cabo Cerdeira me dava não eram boas. Por isso, fiquei a fazer de peão. Que pena!

A seguir, fomos buscar as lancheiras que nós tínhamos deixado num muro e comemos o lanche enquanto os do 4.º ano ajudavam os meninos do Jardim de Infância. Depois de comer, eu senti-me um pouco mal disposta, ou seja, enjoada. Depois eu e o Duarte pare-cíamos um boi e uma vaca a olhar para um palácio à espera de uma bicicleta na hora de brincar.

As castanhas estavam deliciosas, mas, por acaso, só comi uma ou duas. Havia lá meninos todos enfarruscados.

Eu adorei aquela parte em que eu e o Duarte parecíamos um boi e uma vaca a olhar para um palácio. Tive aquele enjoo, mas de resto correu tudo bem.

Texto: Madalena Filipe - 2.º ano EB 1 Aldeia de Joanes

M AGUSTO ESCOLAR

� O PRIMEIRO CICLO TEM A PALAVRA

O Dia Mundial da Alimentação é celebrado no dia 16 de outubro mas, na E.B.1 das Atalaias, o dia foi alargado e festejado durante uma semana, intitulada por isso de “Semana da Alimenta-ção”. A comemoração teve como objetivo principal despertar a consciência dos nossos alunos e encarregados de educação para as questões alimentares, procurando incutir em toda a comuni-

dade escolar hábitos de alimentação saudável. Além deste objetivo, achámos importante dar também a conhecer realidades bem diferentes daquela que cada um vive. Para isso, foi apresentado um PowerPoint relacionado com a fome no Mundo. Grande parte dos alunos das Atalaias desconhecia que pudessem existir pessoas a sofrer o enorme flagelo da fome. Esta ativi-dade serviu para que as crianças aprendessem a res-peitar a comida, evitando por isso o desperdício que muitas vezes acontece à hora dos lanches e também na cantina. Para melhorar a qualidade dos lanches escolares, foi elaborado um livro de ementas saudá-veis para lanches, com a colaboração de todos os alu-nos. Este livro serviu para que cada criança pedisse em casa que o mesmo servisse de “cartilha” para toda a semana.

Ao longo de toda a semana, foram realizadas várias atividades relacionadas com a alimentação, desde his-tórias, canções, jogos, poemas, textos e até a feitura de pão, biscoitos e de uma compota deliciosa de frutos de outono. Para encerrar a semana da melhor maneira, a escola recebeu a visita de uma farmacêutica, com forma-ção na área da nutrição, para ensinar e esclarecer a comunidade educativa das Atalaias no que respeita a hábi-tos de alimentação saudável.

Sendo a fome uma preocupação atual, uma vez que o número de pobres não para de crescer, resultado tam-bém da presente conjuntura, os alunos, professoras, assistente operacional, pais e encarregados de educação assumiram o compromisso de apoiar, neste Natal, pessoas que passam por uma fase menos boa da sua vida, doando alimentos para a campanha promovida pela Câmara Municipal do Fundão “Natal - Movimento Solidá-rio” e também para a campanha promovida pelo Agrupamento de Escolas da Serra da Gardunha, através do projeto “Fome Zero”.

A SEMANA DA ALIMENTAÇÃO NAS

ATALAIAS

E ra uma vez um castanheiro muito gran-de e muito velho, que vivia sozinho na encosta da Serra da Gardunha. Tinha uma toca no seu tronco enorme, onde se

abrigavam esquilos, raposas, doninhas e coelhos. Até as pessoas aí se abrigavam, quando estava mau tem-po.

Este castanheiro tinha muitos ramos, com muitas folhas, que se enchiam de ouriços e de onde saíam grossas castanhas no outono. Apesar de não ter lá os irmãos, vivia muito feliz, pois alegrava muita gente: os turistas que ficavam encantados com a sua beleza; os fotógrafos que lhe tiravam uma foto de recorda-ção; os pintores que pintavam mais uma tela cheia de cor; as crianças e os adultos que faziam grandes magustos com as suas castanhas! E, como estas árvores vivem muitos anos, este castanheiro conti-nuará a espalhar a sua MAGIA!...

EB1 Nossa Senhora da Conceição Texto coletivo - 2.º ano Turma n.º 53

PROJETO “C RESCER DE MÃOS DADAS”

O MAGUSTO

H ISTÓRIA REDONDA

MAGIA DA

NATUREZA

N o passado dia 14 de outubro, o Projeto da Educação para a Saúde promoveu o “Dia da Alimentação” no Jardim de Infância e 1º Ciclo do Ensino Básico de Castelejo. Os alunos contribuíram com os ingredientes para a confeção de uma espetada

de frutas que foi servida na hora do lanche à comunidade escolar. A confeção das espetadas de fruta ficou ao cargo das Professoras e Assistentes Operacionais. Enquanto as espetadas eram confeccionadas, os alunos dinamizaram uma tarde de canções, represen-tação de poesias, danças e histórias. Foi uma tarde de conví-vio muito agradável e divertida, que culminou com uma saudável espetada de frutas.

D I A D A A L I M E N T A Ç Ã O N O J I E 1 º C I C C L O D E C A S T E L E J O

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Abril de 2012

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Letras da Gardunha

Vivam as castanhas Vivam as castanhas Viva o São Martinho As castanhas são boas Com um copo de vinho O homem anda por aí Ele anda a trabalhar Ele vende as castanhas Que é para se sustentar. Vamos a elas, vamos a elas Elas são castanhinhas São boas, são boas E também são gostosinhas As castanhas são boas Assadinhas com sal Podes comê-las à vontade Que não te fazem mal As castanhinhas são boas Com a casca a estalar Elas são o regalo Do meu paladar

EB1 TÍLIAS, 1.º Ano – Turma 45

O Plano da Matemática II desenvolve-se em exclusivo, este ano letivo, em turmas de 1.º ciclo, dadas as contin-gências colocadas em termos de créditos horários atri-buídos.

Dois docentes de 2.º e 3º ciclo, Célia Silva e João Gonçalves, e o coordenador do Departamento de 1.º ciclo, António Melo, desenvolvem

assessoria a seis turmas: - 4.º ano de Aldeia Nova do Cabo, com a professora titular Carla Bastos; 4.º ano de Aldeia de Joanes, com a professora titular Júlia Bento; 4.º ano de Alpedrinha, com a profes-sora titular Isabel Madei-ra; 4.º ano das Tílias, dos professores titulares Fer-nanda Salgueiro e José Venâncio; 2.º ano de Nos-

sa Senhora da Conceição, com a docente titular Ilda Alves. Nestas turmas são operacionalizadas tarefas matemáticas, numa

perspetiva de aquisição de competências e consequente aumento de quantidade e qualidade do sucesso escolar.

Definidas as áreas de intervenção à partida, através do diagnóstico das turmas que revelaram maiores fragilidades na resolução de proble-mas, na organização e tratamento de dados e álgebra, calendarizaram-se as assessorias às respetivas turmas e o trabalho começou a sério, no terreno.

Agora é o momento de come-çarmos a ver os primeiros resultados da ação, através da avaliação trimestral.

Ao lado estão

alguns exemplos das tarefas desen-volvidas.

� O PRIMEIRO CICLO TEM A PALAVRA

PLANO DA M ATEMÁTICA I I

N.º de Crianças: no mínimo, duas crian-ças.

Material : Malha ou pedra. Normas: Todas as casas terão que ser per-

corridas a pé-coxinho. Descrição do jogo: Inicialmente, a malha é lançada para a casa

1. Então, é preciso saltar para a casa 2 e depois percorrer todas as casas, sempre em pé-coxinho, exceto nas casas 4 e 5, 7 e 8 onde os dois pés devem ser colocadas em simultâ-neo.

Depois de saltar as últimas casas, é neces-sário efetuar o percurso contrário.

Quando se regressa à casa 1, apanha-se a malha sem colo-car os dois pés no chão e, em seguida, joga-se a malha para a casa 2 e começa-se o jogo saltan-do, em pé-coxinho, para a casa 1 e, de seguida, para a casa 3, conti-nuando depois todo o percurso.

EB1 TÍLIAS, 1.º Ano – Turma 45

T inha chegado o dia da excur-são ao castelo de Guimarães. Estávamos muito felizes! Fui com a minha namorada, a

Rita. Quando chegámos a Guimarães, passá-

mos ao lado da estátua de D. Afonso Henri-ques, o primeiro rei de Portugal, e, a seguir, fomos visitar o castelo. Passámos pelo adar-ve, pelas quatro torres com ameias pentago-nais, entre outros sítios. Lindíssimo castelo!

Quando íamos almoçar, tornámos a passar pela estátua de D. Afonso Henriques, e ouvi:

- Psst, psst! Tu aí! Olhei para trás e D. Afonso Henriques

estava a falar para mim. Até desmaiei! Quando acordei, D. Afonso Henriques ain-da estava a olhar para mim. E eu disse-lhe:

- Estou mesmo acordado? E ele retorquiu: - Sim, estás! - Se és mesmo tu, eu já pesquisei muito

sobre ti na Internet. E, pelo que li, tu foste um grande conquistador! Ainda agora estive no castelo onde tu viveste! E tiveste sete filhos... - disse-lhe, ainda com ar de quem estava a olhar para um fantasma.

- É verdade, bons tempos! E, a propósi-to, o que é a Internet? - perguntou-me, curioso.

- É um espaço onde podemos procurar todo o tipo de informação. Basta ter um computador.

- Um quê? Ah, eu prefiro a minha espa-da!

Fazendo um esforço para não soltar uma gargalhada, perguntei-lhe:

- Podes falar-me das tuas batalhas? D. Afonso Henriques, como se regres-

sasse ao seu passado, começou a falar-me da sua vida.

- Quando eu tinha três anos, o meu pai, D. Henrique de Borgonha, morreu. Então,

até aos 12 anos, fiquei aos cuidados de Egas Moniz. Aos 14 anos, armei-me cava-leiro na catedral de Zamora. Não gostei nada quando a minha mãe se aliou ao rei de Leão. Tornei-me chefe de um movimento que defendia a independência do Condado. E travei duas guerras: uma contra os parti-dários da minha mãe, em 1128, a conhecida Batalha de S. Mamede, e outra contra Afonso VII de Leão, que queria ficar com o condado. Travei muitas lutas... Lembro-me da Batalha de Ourique, em 1139, uma gran-de vitória cristã! Em 1143, é reconhecida a independência de Portugal, no Tratado de Zamora, e eu sou o seu primeiro rei. Morri em 1185, nesta cidade onde nasci...

- Uau! Obrigado! Já agora, gostava de continuar a saber mais coisas sobre o teu passado. Podes dar-me o teu número de telemóvel?

- Dava de boa vontade, mas desconheço tal coisa!

- Bem, pois, quase me esquecia, mas já estamos no século XXI e Portugal está mui-to diferente! Então, voltarei para te contar novidades desta herança que nos deixast-Texto: Pedro Melfe – 4.º ano

A s C a s t a n h a s

N as escolas do 1º ciclo de Alpedrinha e de Orca, desde o início do ano letivo, tem vindo a ser desenvolvido um Projeto de Formação Cívica denominado “Ser bem formado dá bom resul-tado!” . No âmbito deste projeto, os alunos da EB1 de Alpedrinha prepararam algumas dramatizações

que apresentaram na Festa de Natal da Escola aos pais e familiares, no dia 15 de dezembro. O facto de terem ridicularizado determinados comportamentos socialmente incorretos, no restaurante e na escola, tais como sorver a água, mastigar com a boca aberta, arrotar sem pedir perdão ou limpar o nariz com o dedo, ajudará,

com certeza, alunos e pais a refletir e ponderar sobre este tipo de comportamentos. Foram também apresen-tadas, nesta Festa de Natal, duas canções inéditas cria-das especificamente para este projeto, sempre com o intuito de levar os alunos a aprender ou consolidar regras básicas de educação, para que as possam pôr em prática no seu dia-a-dia. Como alguém escreveu: “A má educação não abre portas a ninguém”. Na EB1 de Orca, e para encerrar o 1º período, o senhor presidente da Junta de Freguesia foi recebido

na Escola com a apresentação destas duas canções pelos alunos daquela localidade, ficando a conhecer melhor o trabalho que está a ser desenvolvido na escola através deste projeto.

É de realçar a colaboração prestada pelos profes-sores das AEC, nomeadamente de Ensino da Música, Ensino do Inglês e Expressão Dramática, que cola-boraram ativamente na preparação das canções e dramatizações apresentadas. É de notar, também, a boa abertura, colaboração e participação de todos os intervenientes neste projecto, quer sejam professo-res, monitora do ATL da EB1 de Alpedrinha, pessoal auxiliar, pais ou alunos.

Foram já confirmadas as parcerias com o Jardim de Infância de Alpedrinha, o Externato Santiago de Car-valho, o Centro de Saúde de Alpedrinha, Junta de Freguesia de Alpedrinha e Junta de Freguesia de Orca. Todas as instituições parceiras se mostraram imediatamente disponíveis para participar no projecto, revelando-se muito recetivos a esta iniciativa e não apresentando qualquer obstáculo à realização da mesma.

Contamos com a boa vontade e colaboração de todos e esperamos que o pouco que fizermos possa contri-buir para mudar alguma coisa para melhor.

Céu Baptista

PROJETO DE FORMAÇÃO C ÍVICA NAS ESCOLAS DE A LPEDRINHA E ORCA

D . A F O N S O H E N R I Q U E S N O S É C U L O X X I JOGO T RADICIONAL

A MACACA

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão http://www.aesg.edu.pt Ano 3—Nº5

Letras da Gardunha

� BECRE— BIBLIOTECA ESCOLAR E CENTRO DE RECURSOS EDUCATIVOS

Inauguração da Biblioteca Escolar da EB1 das Tílias

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Abril de 2012

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Letras da Gardunha

� PLANO NACIONAL DE LEITURA

A TIVIDADES DA SEMANA DA LEITURA 2012

PEDRO SEROMENHO NO A GRUPAMENTO

N os passados dias 21 e 22 de novembro, contámos com a presença de Pedro Seromenho, autor e ilustrador, que veio mais uma vez ao nosso Agrupamento, desta feita para o lança-mento da sua nova da coleção, Reciclomania. Acompanhado por Sandra Fernandes e José Machado, também eles ilustradores de dois dos livros que fazem parte desta coleção,

os três dinamizaram diversas sessões bastantes animadas e, através do recurso à ilustração ao vivo, garantiram o entusiasmo de todos os alunos e restantes assistentes do nosso agrupamento, durante os dois dias.

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão http://www.aesg.edu.pt Ano 3—Nº5

Letras da Gardunha

O Agrupamen-to de Escolas Serra da G a r d u n h a

participa no Projeto “Lets play together like grand-pa!” , inserido no Progra-ma Aprendizagem ao Longo da Vida – Come-nius I. No projeto partici-parão diversas turmas, de diferentes níveis de ensino - Pré-escolar, 1º e 2º Ciclo do Ensino Básico

Trata-se de uma parceria multilateral iniciada no pre-sente ano letivo, a qual se irá desenvol-ver ao longo de dois anos, e que conta com a participação de escolas represen-tantes de cinco paí-ses da União Euro-peia - Portugal, Bélgica, Polónia, Eslovénia e Estó-nia.

Para além de

N o dia 25 de novembro de 2011, no âmbito do

projeto REALCE (red edu-cativa de Alentejo, Centro y Extremadura), a Diretora da nossa escola, juntamente com a professora de Espa-nhol, deslocaram-se a Mérida, Espanha, para as jornadas de apresentação do projeto.

Este é um projeto que conta com várias ações, das quais se destacam a criação de uma rede de centros educativos, desenvolvimen-to de uma plataforma tele-mática para troca de mate-riais, formação de professo-res de Espanhol e de Portu-guês como língua estran-

� PROJETOS

na do mês novembro, realizou-se, no “Groupe Scolaire Arnould Clausse-Laveau”, em Liège, na Bélgica, o primeiro encontro entre os representantes dos países par-ceiros, tendo o professor António Supico e as professoras Fernanda Batista e Anabela Niza representa-do o nosso agrupamento de esco-las.

Professora Fernanda Batista

proceder à recolha e divulgação de jogos tradicionais dos vários países parcei-ros, o projecto tem também como obje-tivo fomentar a socialização / con-vívio não só entre pares (crianças/jovens), mas tam-bém entre diferentes gerações (avós /pais/ netos).

Na última sema-

geira e tam-b é m

intercâmbio de alunos com a escola parceira.

Com esta viagem tive-mos a oportunidade de conhecer os nossos parcei-ros, nomeadamente o pro-fessor de p o r t u -guês lín-g u a e s t r a n -g e i r a , represen-tante do Instituto De Edu-c a c i ó n Secunda-ria de Já lama, Moraleja e deli-near as

atividades que serão desenvolvidas com os alunos de cada escola, até 20 alunos portugueses e 20 alunos espanhóis.

Este é um projeto com execução pre-vista até ao dia 31 de dezembro de 2012 e no qual participam, além das 20 esco-las portugueses e das 18 espanholas, a Dirección General de Política Educativa - Secretaría General de Educación (Consejería de Educación y Cultura de la Junta de Extremadura), juntamente com a Direção Regional de Educação do Alentejo e a Direção Regional de Educa-ção do Centro de Portugal.

Professor João Paulo Brás

P rovavelmente até ao final deste ano, ficare-mos a saber se a tão desejada partícula de Higgs, ou bosão de Higgs, também conhecida por “Partícula de Deus” (assim

chamada por ter a capacidade de dar massa a toda a matéria), existe ou não.

Mas expliquemos melhor o que é o bosão de Higgs. Recuando vários séculos, já os antigos gregos diziam

que toda a matéria seria constituída por partículas muito pequenas: os átomos (no antigo grego, átomo significa partícula indivisível). Esta ideia foi retomada e desenvolvida por John Dalton no início do século XIX. Mais tarde, no século XX, foram descobertas partículas menores que fazem parte do átomo - os protões, os eletrões e os neutrões - e pensou-se que todas estas partículas seriam elementares, ou seja, que não se podiam dividir noutras menores. Hoje, sabe-se que, afinal, apenas o eletrão é elementar; o protão e o neutrão são constituídos por quarks.

Nos últimos anos, os físicos têm vindo a descobrir várias partículas elementares: os fermiões, dos quais fazem parte os leptões (eletrão, muão, tau, neutrino do eletrão, neutrino do muão e neutrino do tau) e seis quarks [quark up (u) quark down (d), quark charme (c), quark estranho (s), quark bottom (b) e quark top (t)]. Informalmente falando, os fermiões são as partículas que constituem a matéria e os bosões são as partículas que transmitem as forças ou que fazem de mediadores entre as partículas que interagem entre si através das forças, isto é, segundo o modelo padrão.

Este modelo é uma teoria que explica as forças funda-mentais fortes, fracas e eletromagnéticas, exceto a gravita-cional, bem como as partículas fundamentais que consti-tuem toda a matéria. Foi desenvolvida entre 1970 e 1973 e é uma teoria quântica de campos, consistente com a mecâ-nica quântica e a relatividade espacial de Einstein. É muito útil porque todas as experiências até agora realizadas estão de acordo com as suas previsões teóricas. Esta teoria é amplamente aceite entre a comunidade científica, no entanto o prestigiado físico, Stephen Hawking, não acredita que o bosão de Higgs possa existir. Quando Hawking publicou as suas dúvidas a respeito das experiências, o cientista Peter Higgs, autor da teoria sobre o bóson que leva seu nome, tomou a declaração como uma ofensa pessoal.

Exitem vários bosões. São eles: - Fotões que medeiam a interação eletromagnética. - Bosões W e Z, que medeiam a interação fraca. - Oito espécies dos gluões, que medeiam a interação

forte. Os bósons de Higgs induzem a quebra espontânea de

simetria dos grupos de calibre e são responsáveis pela exis-tência da massa inercial que está na origem de toda a massa que constitui o universo. E é esta peça que falta, para com-pletar o modelo padrão, ou seja, falta provar a sua existên-cia.

Como se pode provar a sua existência? Para esse fim, foi construído um acelerador de partícu-

las, no CERN (centro europeu de pesquisas das partículas situado na fronteira entre a Suíça e a França), chamado Grande Colisor de Hadrons (LHC, na sigla em inglês). Considerado o maior experimento científico da história, consiste num túnel gigantesco com forma circular e com um perímetro de 27 km. Neste túnel, os físicos aceleram protões em campos magnéticos a velocidades próximas da velocidade da luz, fazendo-os colidir uns com os outros. Desta maneira, os cientistas recriam as condições que se acredita terem existido no nascimento do Universo. Nessas colisões, o bóson de Higgs - se ele realmente existir - deve-rá aparecer e rapidamente decair noutras partículas mais familiares e facilmente detectáveis pelo CMS e pelo ATLAS. O problema é que essas colisões já foram feitas e analisadas na maior parte das faixas de massa que o bóson de Higgs poderia ter. E todas foram eliminadas com uma confiabilidade de 95%. Agora, só resta a estreita faixa entre 114 e 145 GeV (giga eletrão volt, unidade de energia ou de massa). Qualquer que seja o resultado, este ficará para a história da física e iremos provavelmente saber isso até ao final do ano 2011. Se a “partícula de Deus” não for encon-trada, então novas hipóteses e novas teorias, que hoje são descartadas por parecerem especulativas, passarão a rece-ber muito mais atenção. E os físicos sentir-se-ão encoraja-dos a apresentar ideias ainda mais extravagantes. Espere-mos então para ver!

PROJETO “L ETS PLAY TOGETHER LIKE GRANDPA ! ”

INSERIDO NO PROGRAMA

CADA VEZ MAIS PRÓXI-

MOS DE DESCORTINAR O VÉU DE DEUS

Projeto REALCE

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Abril de 2012

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Letras da Gardunha

C om o intuito de encerrar as come-morações do Ano Internacional da

Química (AIQ), os professores de Físico-Química da Escola

Básica Serra da Gardunha lança-ram à Academia de Músi-ca e Dança do Fundão, parceira no Ensino Artísti-co da Música, o desafio de transformar em espetá-culo duas ideias base: a Química é uma ciência fundamental para o desen-volvimento sustentável do planeta em que vivemos e o aumento da nossa quali-dade de vida e está pre-sente em tudo o que nos rodeia: a natureza, os objectos, as relações interpes-soais…

A adesão à ideia foi imediata e o tema foi trabalhado, de uma forma magnífica, pela professora Sílvia Tourrais, que criou um

espectáculo intitulado “A Quími-ca Entre Nós”. Nele realçou a importância e a presença da Quí-mica no nosso quotidiano através de uma simbiose entre a dança, a música, a química e uma série de

outras sensa-ções, sobretu-do de ordem olfativa e gus-tativa. Esta cami-nhada pelo vasto e admirá-vel mundo da Química levou-nos até um m i n ú s c u l o ponto do Uni-verso, a que

chamamos “Terra”, onde tudo o

que vemos é constituído por áto-mos. E, se vemos, é porque exis-timos; se existimos, é porque, em tempos remotos, ocorreram rea-ções químicas fundamentais que deram origem à formação de

� PROJETOS

O projeto denominado “FOME ZERO – Distribuí-mos e alimentamos sorrisos” insere-se num contex-to de escola inclusiva, em que o aluno é assumido como a razão essencial da sua existência e, por isso

mesmo, o centro da atuação de todos os docentes e não docentes que aqui trabalham, desenvolvendo ações de cidadania num processo sustentado de melhoria contínua, em articulação com as famílias e comunidade educativa onde a escola se insere.

Neste contexto, um grupo de professores (Dulce Simões, Lídia Proença, Deolinda Marques, Vânia Capelas e Joaquim Gouveia), atentos a esta situação presente, pretende, através deste projeto, sen-sibilizar e mobilizar docentes, não docentes e empresas a criar um Banco Alimentar e um Banco de Vestuário, cujos produtos recebi-dos serão distribuídos às famílias dos alunos mais carenciados dos jardins de infância, das escolas do 1º Ciclo do ensino básico e do 2º e 3º ciclos da escola sede.

Estamos, pois, perante um projeto da nossa comunidade escolar

para os alunos daí emergentes! É garantido sigilo a todos os alunos apoiados, bem como ao grupo de dadores.

O Projeto Promoção e Educação para a Saúde tem como propósito desenvol-

ver um conjunto de valores, atra-vés das componentes teórico-práticas, no sentido de mobilizar ativamente os alunos na construção de uma consciência cívica que leve à formação de cidadãos informados, responsáveis, ativos e intervenientes.

As áreas de intervenção do projecto são: Educação Sexual, Alimentação e Atividade Físi-ca, Violência em Meio Escolar e Saúde Mental, Consumo de Substâncias Psicoativas e Segu-rança.

Com o propósito de atingir os objetivos do projeto, a equipa responsável, no decorrente ano

letivo, promoveu o desenvolvi-mento de várias atividades.

Dessa forma, no passado dia 10 de outubro, comemorou-se, na escola sede do nosso Agrupa-mento, o dia Mundial da Saúde Mental. A atividade contou com a participação de todos os alunos da escola que, enquanto adoça-vam a boca com um suculento rebuçado, puderam refletir, com base em citações de vários auto-res, sobre o modo como encaram a sua vida. Para os mais curiosos, todas as mensagens distribuídas foram expostas na “árvore dos afetos”. Numa altura em que a realidade parece difícil para todos, o otimismo deve ser culti-

vado, escolhendo, tanto para o corpo como para a mente e o coração, aquilo que faz bem e traz harmonia à nossa vida. Citando Nor-man Vincent Peale, “O pensamento positivo pode vir naturalmente para alguns, mas tam-bém pode ser aprendido e culti-

vado. Mude os seus pensamentos e mudará o seu mundo.”

Para comemorar o Dia Mun-

dial da Alimentação, a 16 de outubro, sendo que o tema esco-lhido para este ano foi “Preços dos alimentos: da crise à esta-bilidade”, e de forma a promo-ver a reflexão sobre as causas da alteração dos preços e a impor-tância da adoção de medidas estruturais que introduzam mudanças nesta situação de vul-nerabilidade do sistema alimen-tar global, a equipa PES desen-volveu, a partir do dia 10 de outubro, as seguintes atividades:

- promoção de uma campa-

nha intitulada “Fome Zero”, com o objetivo de reco-lher alimentos que se destinarão às famílias mais carenciadas da escola sede;

- elaboração e distribuição de uma ficha, traba-lhada na área de Formação Cívica, com o intuito de promover a refle-xão sobre a impor-tância do pequeno almoço e lanche da manhã. Poste-riormente, cada turma teve que

propor um “lanche” saudável, com os respetivos valores calóri-cos e preços indicados, que fosse de encontro ao tema escolhido para este ano. Os resultados foram expostos no átrio da escola sede;

- distribuição, no dia 17 de outubro, por todos os alunos da escola, de um lanche saudável, constituído por um pão com fiambre de peru e um iogurte;

- em paralelo, exposição, no átrio da escola, de alguns traba-

lhos elaborados pelas turmas da escola sede, como caixas pintadas para a recolha de alimen-tos, uma pirâmide e uma roda alimentar e folhetos com as regras de uma ali-mentação racional. No passado dia 17 de novembro, quin-ta-feira, comemorou-se ainda o Dia do Não Fumador, na Escola Sede. Para assinalar esse dia, foram elaborados dois placards infor-

mativos, pela equipa PES, que estiveram expostos no átrio da Escola, a fim de serem consultados e preenchidos por todos os elementos da comunidade educativa. Para comemorar o Dia Mun-dial da Sida, no dia 2

dezembro, a comunidade escolar de todo o agrupamento, equipada com uma camisola branca e um laço vermelho, abraçou a escola, as pessoas e esta causa. Como forma de motivação para uma maior reflexão, encontra-se informação alusiva nos placards do projeto, no átrio da escola sede.

Professora Dulce Simões.

Coordenadora dos Projetos

Promoção e Educação para a Saúde

F O M E Z E R O D i s t r i b u í m o s e a l i m e n t a m o s

s o r r i s o s

A ESCOLA DA GARDUNHA RECOMENDA: SEJA SAUDÁVEL

água e promoveram a origem da Vida no nosso planeta. A viagem continuou, destacando-se então o papel dos químicos, que soube-ram fazer com que os átomos se juntassem de forma a obter novas substâncias, que estão presentes no nosso dia-a-dia e são respon-sáveis pela melhoria da qualida-de de vida.

No fim do espetáculo, que decorreu no dia quinze de dezembro de 2011, no auditório d´A Moagem – Cidade do Enge-nho e das Artes, não restavam dúvidas de que a Química está em todo lado: no palco, nos andaimes, no meio dos especta-dores, no átrio e…em nós. Não se andará muito longe da verdade se afirmarmos que há Química

entre nós. Os professores de Físico-Química agradecem à Aca-demia de Música e Dança do Fundão, à Câmara Muni-cipal do Fundão, à Moagem e à sua equipa técnica, aos colegas e a todos os alunos envolvidos o facto de terem contribuído para que as comemorações do Ano Internacional da Química, no Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha, tenham

sido encerradas com chave de ouro, dignificando, dessa forma, o conhecimento científico.

O grupo de Físico-Química

( C o l a b o r a n d o n e s t a c a m p a n h a e s t á a a j u d a r c a d a c r i a n ç a a

s o r r i r e s e r m a i s f e l i z )

A Q UÍMICA ENTRE NÓS É UM ESPECTÁCULO!

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão http://www.aesg.edu.pt Ano 3—Nº5

Letras da Gardunha

de Ensino/Aprendizagem. São aulas muito dinâmicas e que envolvem muita participação por parte dos alunos.

Ao longo destes dois perío-dos, os alunos têm manifestado muito interesse, entusiasmo e empenho pelas atividades reali-zadas.

Numa das tarefas, os alunos foram questionados sobre o que, para eles, era aprender Inglês. E eis as respostas obtidas:

Aprender Inglês para mim é…

- “Muito giro”. (Simão Perei-

ra); - “Fantástico”. (Lara Rodri-

gues); - “Bom, porque podemos

falar com outras pessoas, de outros países”. (Dinis Lindeza/ Francisco Matos);

- “Importante, porque é uma língua nova”. (João Teodósio);

- “Divertido, porque aprende-mos coisas muito giras”. (Ana Margarida Silva/ Nádia Costa/

É um projeto-piloto intitulado “Projeto Ensino Bilingue Pre-coce no 1º CEB”, que

está a ser desenvolvido com uma única turma do 1º ano, na EB1 Nossa Senhora da Conceição - Fundão. Trata-se de um projeto inovador no sistema de ensino público e que visa a aprendiza-gem simultânea da língua mater-na e da língua inglesa, sendo esta apreendida através do Estudo do Meio e Expressões em que as disciplinas são lecionadas em Inglês. Este projeto, desenvolvi-

do pelo Ministério da Educação (DGIDC) em colaboração com o British Council Portugal, é pio-neiro no nosso país e está a ser implementado em apenas sete agrupamentos, a nível nacional.

É um tipo de ensino que exi-ge muitas regras e em que as aulas decorrem todas em Inglês.

Para facilitar a aprendizagem, são introduzidos vários materiais atrativos para auxiliar o processo

Leonor Brito/ António David); - “Aprender canções novas

e m

Inglês”. ( Matilde Pacheco ) - “Aprender coisas diferentes

e posso ensinar os meus pais”. (Tiago Leonardo);

-“Giro, porque as professoras trazem muitas coisas giras para as aulas”. (Francisco Rocha/ José Supico);

- “Muito útil, porque gosto de

falar com as professoras em Inglês”. (Alexandre Roque);

- “Giro, para podermos falar

� PROJETOS

em Inglês com as senhoras Ingle-sas e assim elas ficam contentes connosco”. (Luís Russo);

- “Bom, porque quero apren-der a ler e a escrever muito bem em Inglês”. (Ema Saramago/ Inês Portela);

- “Engraçado, porque, se

aprendermos a falar bem, pode-mos um dia ir à cidade dos Ingle-ses”. (Mafalda Fontão);

- “Muito, muito giro, porque

podemos fazer fichas engraçadas”. (Rita Diogo);

- “Divertido, porque fazemos jogos interessantes”. (Ana Rita Amorei-ra);

- “Maravilhoso”. (Rodrigo Fonseca);

- “Aprender muitas coisas novas”. (Tiago Diogo/ Afonso Pinto);

- “Importante, porque quando cá estão as minhas primas e assim já posso falar com elas”. (Maria Loureiro).

Durante este tempo, foram

concretizadas algumas atividades bastante interessantes, todas elas

realizadas em Inglês. Destaca-mos o Concerto de Natal e o St. Patrick’s Day, padroeiro da Irlanda, em que todos os alunos se deliciaram com uma fatia de “Bolo Verde”. Poderá perguntar-se “porquê verde”? A resposta é simples: o trevo, que acompa-

nhava o São Patrício, é verde, tendo-se, por este motivo, torna-do a cor oficial dos irlandeses.

Ao ser um Projeto pioneiro,

foram surgindo algumas curiosi-dades em relação a este. A turma foi visitada pela RTP, Jornal do Fundão e a Revista Focus.

Para nós, alunos, professores, escola e Agrupamento, é um grande orgulho fazer parte deste Projeto.

Professoras Fernanda Batista e Dina Domingos

Mais um Ano Letivo começou E ao nosso Agrupamento

Um Projeto Novo chegou!

Projeto Ensino Bilingue Precoce no 1ºCEB

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Abril de 2012

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Letras da Gardunha

período do ano letivo 2010/2011 homena-geou Antoine Lavoi-sier, o “pai” da Quí-mica Moderna; na BECRE, foi, em per-manência, exposto

um Painel com cur ios idades re lac ionadas com o mundo da Química; r e a l i z o u - s e uma sessão de i n f o r ma ç ã o , d i n a m i z a d a pela Encarre-gada de Educa-ção da aluna Bárbara Rafael, subordinada ao tema “ A importância de estudar Química”; nos corredores da Escola sede, foram expostas as Biografias de todos os galardoados com

o prémio Nobel da Química até à presente data; para demonstrar a formação natural da água, cons-truíram-se modelos moleculares que explicam a respiração celu-

mundo sustentável, aumentar o interesse dos alunos pelo estudo desta ciência e, em paralelo, mostrar aos mais novos que a Química está presente no seu dia a dia, contribuindo, dessa forma, para a melhoria da sua qualidade

de vida. Nesse âmbito, foram realiza-

das diferentes actividades no Agrupamento: o diploma do cidadão em destaque do segundo

O ano de 2011 foi escolhido, pela Organização das Nações Unidas –

ONU, como o Ano Internacional da Química, com coordenação, a nível mundial, da responsabilida-de da Organi-zação das Nações Unidas para a Educa-ção, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e da União Inter-nacional de Química Pura e A p l i c a d a (IUPAC).

A Escola Serra da Gar-dunha realizou, por isso e ao longo do ano letivo, iniciati-vas várias que tiveram como principais objeti-vos celebrar as grandes desco-bertas da Química, potenciar o seu reconhecimento como ciên-cia indispensável à criação de um

otras. También suele comerse por estos días pan de muerto y cala-veras de dulce.

En el aula explotamos un powerpoint sobre esta celebra-

ción partiendo de algunas imágenes y de algunas las preguntas: “¿Cómo se ce-lebra?”, “¿Quién lo cele-bra?”, “¿Qué hacen?”, en-tre otras. Después, que fue lo mejor y lo más cautivan-

te para nosotros, fue lo que luego vino, una pelí-cula llamada «La novia cadáver» una película que yo recomiendo.

En la escuela nosotros hicimos también un con-curso de calaveras, donde las calaveras hechas por distintos alumnos estuvie-ron expuestas en el pasillo principal.

Finalmente, y por cu-riosidad, la Unesco ha

� DEPARTAMENTOS

E n el día 2 de no-viembre se celebró en mi escuela el día de Muertos.

El día de muertos es una cele-

bración mexicana de origen indí-gena que honra a los difuntos. Comienza el 1 de noviembre y coincide con las celebraciones católicas de Día de los Fieles Difuntos y Todos los Santos.

Es una costumbre muy arrai-gada y se celebra con las ofren-das de muertos que tienen un significado especial, ya que los vivos rinden culto a sus seres queridos que han pasado a mejor vida. A título de ejemplo, las familias colocan sus ofrendas en un altar, a quienes les preparan las comidas que más les gustaba y las bebidas de su preferencia, colocan su foto como muestra del respeto que todavía se le tie-ne, flores de cempasúchil entre

declarado esta festividad mexica-na como Patrimonio Cultural Inmaterial de la Humanidad.

Bernardo Vieira Martins 9ºA Nº 7

E n nuestra escuela, el día 12 de octubre de 2011, se celebró el Día de la Hispa-

nidad. El Día de

la Hispani-dad, también c o n o c i d o como Fiesta Nacional de España o Día de la Raza, celebra el D e s c u b r i -miento de América por C r i s t ó b a l Colón en 1492.

En el aula nosotros lo ce leb ramos haciendo un trabajo sobre un país hispa-nohablante, exp lo tamos un powerpoint y vimos un pe-queño video que lo explicaba todo. A mí me encantó hacer el trabajo sobre la hispanidad pues yo aprendí mucho sobre el país que hice, pero me gustó so-bretodo el j u e g o hecho al final de clase sobre la conme-moración de este día, pues a p r e nd e -mos cosas que no las sabíamos.

En España este día se celebra con un desfile militar al que asis-ten el Rey junto a la Familia Real y los representantes más impor-tantes de todos los poderes del

Estado y los presi-dentes de las comu-n i d a d e s a u t ó n o -mas espa-ñ o l a s . Además, en nuestra e s c ue la , se ha ce-l e b r a d o e s t a efeméride histór ica con dis-t i n t a s activida-des como e x p o s i -ción de c a r t e l e s

en el pasillo y en la biblioteca y con un concurso cultural.

Paula Pereira 9º C, nº15

EL D ÍA DE LA H ISPANIDAD

lar; foi promovida a atividade “A Química dos meus avós”, que consistiu na recolha de saberes empíricos utilizados na culinária e na medicina tradicional. Depois de todas estas manifestações, a Química ainda saiu para o átrio da escola, no dia 12 de setembro, tendo presenteado toda a comu-nidade educativa com experiên-cias divertidas realizadas por

alunos dos 8º e 9º anos e os alunos do 1º ciclo da EB1 de Alpedrinha, numa atividade c o o r d e n a d a pela Biblioteca Escolar, pude-ram assistir a a t i v i d a d e s experimentais diversas rela-cionadas com a Química. Por fim e no encerramento de um ano de comemorações, em parceria

com a Academia de Música e Dança do Fundão, foi realizado, no dia 15 de dezembro, no espa-ço d´A Moagem – Cidade dos Engenhos e da Arte, um espetá-culo que juntou a Química à Dança e à Música.

Não restam dúvidas: a Quí-mica é a ciência de todos nós!

O grupo de Físico-Química

2011: Ano Internacional da Química

EL DÍA DE M UERTOS EN NUESTRA ESCUELA

Page 14: Jornal Escolar AESG Abril 2012

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão http://www.aesg.edu.pt Ano 3—Nº5

Letras da Gardunha

Professor Manuel Abelho

N esta vertigem da quantificação, da medição, do pre-visível, do expec-

tável, do sistemático, interroga-mos: onde fica a natureza huma-na? O homem criativo, do talen-to, do dom, da vocação, do impulso, das inteligências múlti-plas, da arte, das potências ador-mecidas? Onde se situa o homem lúdico, da embriaguez, do deva-neio, do acaso e do imprevisto?

� ARTIGOS DE OPINIÃO E CRIAÇÃO LITERÁRIA

O homem intempestivo da livre criação aberta ao devir univer-sal? Onde fica o homo humanus ante o homo tecnicus?

Relembro José Gil no seu, Portugal Hoje – Medo de Existir, pensador universal, onde critica o fichismo, o registo, o judicia-lismo, a prova concreta, formal, do número, da vida da pessoa, como quem conta as rosas de um vaso ou as peças à hora de uma qualquer engrenagem mecânica.

Recordo Vergílio Ferreira em Signo Sinal onde nos dá conta do seu estado de alma em face dos caminhos da vida actual. Diz-nos: Sou da raça dos inúteis, dos que inventam a vida por sobre a vida, dos que constroem o real para além de todo o real e esse real é que é, dos que sabem o que perdura para lá do que é mudável e passa, dos que traem a verdade, porque há outra ver-dade ainda e mais nenhuma depois dela, dos que fecham os olhos para ver, dos que conhe-cem a memória e a transfigura-

ção e a sua pátria é essa, dos que um pouco esquecem o que acontece, para habitar o que disso sobra e fica, dos margi-nais, dos amorais – qual é a tua moralidade? dos que. E dos que sabem o desconhecimento de todo o conhecido.

Palavras fortes para quem tem uma perspectiva fechada, sistemática da verdade, do conhecimento, da ciência, da natureza humana.

Aquando da sua última aula em Évora, os alunos recordam e evocam a memória do mestre na carta que lhe endereçam:

“Mestre! Amigo! Sala 11. Tarde Quente.

Junho.1952 Esperávamos a sua última

aula e com inquietação Perguntávamos: “E se ele

não vem?” Veio E desta vez nem pedimos “Senhor Doutor, fale!” - “Meus amigos, cada um vai

seguir o seu caminho; a partir de hoje vamos encontrar-nos de longe em longe, por acaso, numa paragem de autocarro, num café…”.

Querido Mestre, não é de longe em longe, nem por acaso que nos encontramos. É regular-mente, inevitavelmente, sempre que cada um de nós se encontra com os outros ou consigo pró-prio. Muito para além da maté-ria dos programas, levou-nos – no confronto com a sua persona-lidade e a certeza do caminho que lhe adivinhávamos – à des-coberta do nosso eu e do nosso caminho, em suma, à conscien-cialização da nossa condição humana.

Amigo, mestre, “Santo-e-Senha” dos nossos encontros, é bom poder dizer-lhe que a sua marca aumentou em nós com o tempo, que nos orgulhamos do Grande Homem que tivemos o privilégio de encontrar na vida.

A gratidão e o reconhecimen-to das qualidades do Mestre são

evidenciadas pelos estudantes que, mais do que ensinar, procu-rava despertar; mais do que transmitir pretendia confrontar verdades, na descoberta do eu de cada um, no desvelar o trilho a construir mediante as qualidades intrínsecas de cada ser humano. Qualidades essenciais à nobre tarefa de educar.

Rememoro as palavras de Kierkegaard, confrontando a dialética hegeliana, ao afirmar que um homem não cabe num sistema, acrescentando eu com a densidade possível das palavras que, se não cabe num sistema, muito menos cabe num número, numa quantificação, num dizer explicativo.

Guardo ainda as palavras sábias de que a arte é como uma flor que se estraga facilmente quando se lhe toca em demasia. Quiçá semelhante à natureza humana.

Agrada-me pensar assim…

O HOMEM, UMA VEZ MAIS…

O A g r u p a m e n t o Serra da Gardu-nha participou num encontro

sobre a Síndrome de Asperger, promovida pela Associação Por-tuguesa desta problemática (APSA), que reuniu vários espe-cialistas nacionais, no mês de novembro, num dos auditórios da Universidade da Beira Interior.

O representante do Agrupa-mento pautou a sua intervenção pela explanação dos temas solici-tados pela referida Associação, que se enunciam:

1 - Apresentação da Escola Serra da Gardunha.

2 - Apresentação do trabalho desenvolvido pelo coordenador do grupo de educação especial.

3 – Trabalho desenvolvido com alunos portadores do espe-tro do Autismo e com Asperger ou Autismo de Alta Funcionali-dade.

4 – Deixar no ar dúvidas, questões, barreiras, quanto aos procedimentos com estes jovens.

Tendo o privilégio de abrir a sessão, após uma breve apresentação da APSA e dos objetivos a que se propunham, o coordenador da educação espe-cial fez uma breve apresentação do Agrupamento, a sua localiza-ção, o número de alunos e de professores por ciclo de escolari-dade, o número de alunos inte-grados no Regime Educativo Especial, a par dos professores e técnicos que os acompanham, o número de alunos integrados nas Unidades, as ofertas educativas para os alunos com diferentes caraterísticas, os projetos mais relevantes em funcionamento e os prémios adquiridos mais sig-nificativos.

A sua comunicação incluiu uma nota introdutória da qual ressalta que a perene interroga-

ção sobre o homem e a sociedade constitui o objeto fundamental das políticas educativas e da sua ação. A conceção educativa resulta, necessariamente, da con-ceção de homem, de sociedade e de vida humana de cada socieda-de. A abundância das propostas educativas traduzidas em teorias e paradigmas refletem, por um lado, a polissemia do conceito Educare; por outro, a discrepân-cia do entendimento sobre o homem. Se não há homem sem sociedade, não há educação pura-mente natural, no absoluto vazio humano.

A História testemunha, assim, conceções diversas ao longo dos tempos, com especial ênfase nas crianças diferentes, que não ser-viam os desígnios políticos e sociais dos regimes. Da separa-ção e eliminação física à prote-ção, da emancipação à integra-ção, a inclusão norteia a perspeti-va educativa de hoje.

Neste sentido, a escola só será verdadeiramente democráti-ca quando os educandos tiverem direito à igualdade de oportuni-dades, ao acesso e ao sucesso educativo, independentemente dos condicionalismos materiais, sociais, culturais, orgânicos ou outros, que se constituam como barreiras ao seu progresso e aper-feiçoamento. A diversidade de competências e de necessidades dos educandos exige ofertas edu-cativas diferenciadas e respostas adequadas às suas singularida-des, de modo a minimizar e, se possível, superar os riscos bioló-gicos, sociais e ambientais. Pre-tende-se, assim, uma escola desenvolvimentista, potenciadora das capacidades humanas, em que cada um possa construir um projeto de vida.

Neste contexto, o Agrupa-mento de Escolas Serra da Gar-dunha tem pautado a sua ação

pela criação de serviços vários e ofertas educativas diferenciadas na área da Educação Especial, de modo a responder às necessida-des dos alunos, às expetativas dos encarregados de educação e às exigências do mundo atual. A diversidade de competências e as necessidades dos educandos exi-gem ofertas educativas adequa-das às suas singularidades.

É Agrupamento de referência na área da Intervenção Precoce, coordenando o trabalho desen-volvido nos concelhos de Fun-dão, Penamacor e Idanha-a-Nova. É ainda Agrupamento de referência na área da Multidefi-ciência e surdocegueira congéni-ta. Por último, é Agrupamento de referência na área das perturba-ções do espetro do autismo.

Relativamente ao segundo ponto, ao trabalho desenvolvido pelo coordenador, pode dizer-se que articula todo o trabalho ine-rente ao cargo, desde a avaliação, a execução, a implementação das medidas, a aplicação dos currícu-los, a elaboração dos documentos essenciais à sua vida escolar, a articulação inter-ciclos, o enca-minhamento destes alunos, a representação da Equipa no Con-selho Pedagógico, o apoio à Direção do Agrupamento e aos órgãos administrativos, a aplica-ção da legislação em vigor: Dectsº lei nº 3/2008 (EE) e nº 281/2009 (IP).

Quanto ao terceiro ponto, ao trabalho desenvolvido com alu-nos com síndrome de Asperger, apontaram-se várias etapas: a fase do conhecer; a fase do pre-ver ou planificar; A fase do exe-cutar. Esta é a fase da implemen-tação das respostas educativas adequadas às necessidades dos alunos. Tem a ver com a aplica-ção dos currículos definidos para cada aluno. Estes alunos têm um acompanhamento individualiza-

do quase a tempo inteiro (1 pro-fessor por 2 alunos), mais uma Assistente Operacional. Podem frequentar determinadas discipli-nas de forma autónoma. Fre-quentam ainda: Equitação tera-pêutica, Psicomotricidade em meio aquático, Terapia da Fala, Fisioterapia, Ateliês de orienta-ção profissional.

Por último, temos a fase do Avaliar, em que são elaborados relatórios individuais descritivos de todas as atividades desenvol-vidas pelos alunos, que determi-nam a permanência, reformula-ção ou a alteração das propostas educativas; a par da avaliação formal nos conselhos de turma. Os professores realizam ainda uma avaliação intermédia e final sobre a sua prática letiva e não letiva, os pontos fortes e fracos, as dificuldades sentidas, os obje-tivos alcançados, as áreas de melhoria.

No último ponto, apontaram-se BARREIRAS / DÚVIDAS / QUESTÕES / DIFICULDADES

A DESPISTAGEM. A difi-culdade em se obter um diagnós-tico, a morosidade do despiste e as respetivas orientações pedagó-gicas.

O PRECONCEITO. A difi-culdade de alguns encarregados de educação em aceitar o proble-ma dos seus educandos. A carga negativa, o estigma que as Uni-dades podem encerrar.

Como consequência, A METODOLOGIA, a questiona-ção sobre o modelo TEACCH aplicado a todo o universo de alunos, sabendo que uma apren-dizagem baseada em rotinas pode criar alunos rotinados mas não, necessariamente, autóno-mos.

Que levanta outra questão, a dos espaços organizacionais e de trabalho com estes alunos.

A FORMAÇÃO E A SENSI-

BILIZAÇÃO DOS DOCENTES para estas problemáticas.

De forma subjacente, as dúvi-das relativas à preparação das escolas secundárias a nível da mentalidade docente, dos recur-sos humanos, técnicos e físicos, para responder aos alunos com estas caraterísticas.

A V E RT I G E M D O S RESULTADOS. Sabendo que temos um sistema de ensino ain-da fortemente orientado para o grande grupo, a norma, a compe-tição, a emulação, nas palavras do nosso Ministro, os resultados escolares, que desemboca na seleção dos mais adaptados e dos mais capazes, sonegando os rit-mos, as capacidades, os estilos cognitivos, os talentos indivi-duais.

Que poderá resultar numa grande percentagem de insucesso escolar, onde o sentimento de frustração, de incompetência, de auto desvalorização predomine. Onde o interesse, a alegria, o sentimento de utilidade seja tolhido pela vertigem dos resul-tados. Escamoteando o que Mon-taigne disse sobre a educação em geral, de que “vale mais uma cabeça bem feita do que uma cabeça bem cheia”.

A DIFICULDADE DE ENCAMINHAMENTO destes alunos para a vida pós-escolar: instituições educacionais, comu-nidade, mercado de trabalho…

Por último, A NÍVEL LEGIS-LATIVO, o estigma da certifica-ção dos alunos com NEP, no qual o artº 15º do Dectº lei nº 3/2008, estipula a descriminação das medidas educativas.

As questões levantadas servi-ram de mote às intervenções do Dr. Lobo Antunes e das Dr.ª Patrícia Sousa e Inês Leitão.

Professor Manuel Abelho

ENCONTRO —SÍNDROME A SPERGER

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Abril de 2012

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Letras da Gardunha

Professor Agostinho Craveiro

P egou na bilha de água turva, ace-nou aos guardas e rumou ao acam-

pamento. Sentia-se suja, a carecer de um banho, mas as antigas rotinas eram agora um luxo. Umas gotas no ros-to, outro tanto nos sovacos, e já estava no limite. O líquido, em constante escassez, era demasiado precioso para gas-tos supérfluos. Até os legumes, cuidadosamente cultivados nos terrenos contíguos, dependiam do gota-a-gota em garrafas de plástico, engenho forjado no esgravatar do apelo da boca. Poupava-se água, ganhava-se esperança.

A nascente que lhes forne-cia o precioso líquido era o grande bem do grupo, mas também o seu lado mais vul-nerável. Atraía toda a espécie de pessoas, bonecos errantes em busca de sobrevivência. Uns tentavam integrar-se, sabedores que eram da impor-tância de se ligarem a objeti-

� ARTIGOS DE OPINIÃO E CRIAÇÃO LITERÁRIA

penumbra. Havia apenas os mapas da intuição, ali nada mais contava.

A certa altura, já próximo do cume, a luz começou a penetrar as trevas. A tensão diminuiu, dando lugar ao júbilo da luz no fundo do túnel. E um sorriso quente começou a amaciar as paredes do estômago.

No cume, o sol esplendoroso é autêntica apoteose. O olhar, finalmente liberto, espraia-se em todas as direções, e a sensação é a de estarmos numa ilha recôndi-

vos comuns, mas outros, autênti-cos predadores, apenas deseja-vam a sua posse. Ter aquela fon-te significava poder, e alguns tudo faziam para a ter. Estava-lhes nos genes. Era por isso que

Professor Agostinho Craveiro

O caminho tinha d e m a s i a d a s pedras soltas, mas o jipe dava garan-

tias. Sempre com o nevoeiro por companhia, de tal forma cerrado que mal deixava perceber a rama dos pinheiros, a ascensão era feita com as devidas cautelas. Sabia de cor os sítios por onde passava, mas aquele cenário cin-gia-o à solidão do cego, tentando desenhar contornos no meio da

a nascente estava tão bem guar-dada, era o núcleo essencial da preservação do grupo.

Ana, antes da grande heca-tombe, gastava os seus dias a lecionar numa universidade da

capital, mas há muito que o prazer do trabalho se esgo-tara na rotina bafienta dos seus pares. A vida escapara-se-lhes por entre os dedos das mãos, mas teimavam em fazer de conta que eram o centro das coisas. E ganharam mofo. Entre o sair e o ficar, aconteceu o colapso que muitos pre-viam. E viera ali parar, nem sabia bem como, a um local onde tudo se fazia para que houvesse uma nova oportunidade. Era por isso que, apesar da escas-sez, nunca faltava a água no canteiro, com um varia-do leque de flores, situado mesmo no centro do acam-pamento. E, em certas noi-tes, quando o breu da lua nova irrompia, o som do saxofone dum músico poe-ta ajudava a atenuar os receios. Todos por ali sabiam que, por vezes, o ânimo carecia mais de alimento que o estômago.

Professor José Valente Lopes

C hegámos a Ouro Preto às cinco da manhã, estava fresco…

A Pousada da Ladeira deu-nos, a par dos “Capitães da Areia”, a ser lido e recontado pela Deo, o seu primeiro enredo nas pessoas do Jorge e do Miguel, o casal argentino, logo levemente percebido por alguns pequenos esgares, bocejos, trejei-tos, silêncios e até pausas.

Os dois, sentados, sentiam o tempo suave da vida e o doce lar, a que não faltava um gato peludo e calmo que dava um ar “soft” e poético a todo o ambiente assoa-lhado das madeiras acastanhadas e das paredes com quadros de paisagens italianas e figuras de S. Jerónimo, mais os móveis antigos e as vidraças irregulares que deixavam entrever o corpo de serpente da cidade vigiado pelo omnipresente monte Itaco-lomi…No jardim, Soraia, a ado-lescente cadela, limpa, de olhar feminino e de poucas falas, guar-dava-lhes a retaguarda, pouco vivida, mas exposta ao belo casa-rio.

Jorge veio para Ouro Preto há doze anos, deixando mulher e dois filhos na Argentina, para assumir a sua solidão homosse-xual, em ambiente fresco e cal-mo, sem interferências e censu-ras.

É a alma da Pousada, fê-la com as suas mãos. Jorge é uma pedra, talvez um topázio, que já se burilou muito, mas que preci-sa, de quando em quando, de limar algumas arestas. O seu duro castelhano sempre transpa-recido no suavizante português brasileiro mostra até à exaustão esta sua faceta personalística.

Mário, argentino de nasci-mento, mas filho de ingleses, de entre a forte comunidade inglesa residente na Argentina, aparece como o senhor “gentleman”, que traz muitas vezes na mão um copo de uísque, aperaltado com um toque chique suave e com ar de “fair play”…Decidiu final-mente, aquando da Guerra das Malvinas, dizer a sua mãe que deixava a Argentina rumando ao Brasil, à terra quente da sua liberdade. …Aportou primeira-mente no Rio, comprando um apartamento em Leblun, frente ao mar, tendo-o vendido no momento oportuno, quando a Tijuca se tornara o bairro “in”.

Parece sentir-se argentino, mas também alimenta a chama inglesa, o seu português brasilei-ro fluia com a aspereza castelha-na, o que denota outros substra-

tos. Vive dos grossíssimos cabe-dais do empório comercial da família. Nunca precisou de traba-lhar, e assim vive, algo “flané´”, sem cair no tédio, porque segue o Jorge no seu olhar e sentir. Jorge dá-lhe a aspereza que ele nunca teve, visto nunca ter saído do espaço da mãe, já que o pai, sem-pre andou distante, em negócios de import – export. Tem irmãos, bem casados e riquíssimos, que lhe arredondaram mais o perfil feminil do seu imaginário. A família também, desde cedo, deixou de depositar nas suas mãos a continuidade da linha-gem, tendo em conta a prole que já vinha brotando…

Ouro Preto surgiu como um ponte de refúgio, de acalmia, de paz. A montanha, o clima fresco, a história e as pessoas viajeiras responderam às suas aspirações, que a mater argentina das mar-gens do rio da Prata, cheia de negócios e de trabalho, não podia dar…

Desta realidade “literária” protagonizada a nossos olhos pelos anfitriões argentinos viajá-mos para a não menos real litera-tura de Jorge Amado, cujo san-tuário visitámos e vivemos em Salvador…

Deo sempre foi contan-do a evolução da história dos “Capitães de Areia”, com o pro-fessor, o chefe branco – loiro, o Pedro Bala, o coxo, a menina que apareceu entretanto, o traba-lho que faziam ou seja o roubo, onde viviam, no trapiche (porto), a Instituição que tentava agarrá-los e discipliná-los, a ação de um padre amigo, etc, etc, tudo se passando em Salvador da Baía, onde estivemos muito em conta-to com este tipo de meninos…

O romance acaba com os capitães de areia a colaborar numa greve dos profissionais dos bondes, que foi um êxito. (expressa a ideologia do autor). Um estudante do PCB (Partido Comunista Brasileiro), o Alberto, organiza os capitães num grupo de choque do PCB. O Pedro Bala foi enviado para Aracajú para organizar os “Índios Maluquei-ros”…

Termina assim numa forma positiva e esperançosa em relação ao futuro, segundo a mentalidade dos “Amanhã que cantam”…

Afinal, do grupo só saíram três malandros, o Boavida, que não gostava de trabalhar, o Volta Seca que foi ter com o Lampião, ele era também sertanejo, e o Gato, que era o galã do grupo. O “sem pernas” morreu no fundo do elevador Lacerda ao fugir da polícia, o Pirolito foi para frade, o professor tornou-se um grande pintor, e que pinta muito os “meninos de rua”, o João Grande foi para estivador ou pescador e a Dora, que fora a grande musa, morrera de febre…

Enfim, mundos reais / “fictícios” por onde viajámos e a que também nós pertencemos, quer queiramos quer não.

Ouro Preto, 25 de Julho de

2003

Respirares da Lua Nova

ta, acima das nuvens, qual Olim-po fora das preocupações terre-nas. Os pequenos problemas diluem-se em nada, dando ape-nas lugar às grandes questões.

Lá no alto, longe da pequenez da falta de horizontes, fica a sen-sação de que tudo se resume à envolvência do abraço...

Momentos de Viagem — II

Para lá das Nuvens

Professor Agostinho Craveiro

N as encostas da Gardunha as folhas vão-se despedindo, len-

tamente, dos carvalhos e dos castanheiros, atapetando os pas-sos em busca da linguagem do silêncio. Piso-as, agora mais expostas que nunca, quase com receio de as magoar na sua digni-dade final. Mas tudo parece tran-quilo no seu destino, até o ruído do esmagar das folhas aparenta fazer parte da harmonia envol-vente, um quase agradecimento pelo acelerar da passagem a matéria orgânica que sustentará

outros crescimentos. A grandeza adormecida das penedias da Estrela, mesmo em frente, é tes-temunha tranquila do equilíbrio das coisas.

A natureza, porém, é livro sempre aberto, lembrando-nos constantemente que tudo é efé-mero. Não muito longe, a acon-selhar prudência, sente-se o fos-sar dum javali, e a tensão do perigo altera as tonalidades do silêncio. A sensação do todo, aliada da quietude da alma, esvai-se no instinto de sobrevivência, e o bom senso aconselha a retira-da.

Do alto de um pinheiro, em nota de epílogo, irrompe a pre-sença dum melro-azul, em canto com sabor a gargalhada.

Professor Agostinho Craveiro

C ansaste-te dos muros de betão, e algo te impeliu a mergulhar nas

profundezas da memória em bus-ca do fio condutor.

Ignoraste as trombetas anun-ciadoras do brilho, pois do eféme-ro já tu sabias, e ousaste penetrar nos segredos da caixa da dor. A tua segurança, forjada no cinzento dos dias, debateu-se, mas sentias que, para nela entrares em pleno, terias que abraçar os fantasmas do medo. E, nesse acto único, gritaste aos quatro ventos os contornos das brumas da fera, um grito que se transformou em sopro.

Quando regressaste, ainda combalida, sabias que as tuas vestes nunca mais seriam as mes-mas. A tua nudez estava agora bem presente.

Gargalhada do Melro-Azul

Mergulho em Praia Não Vigiada

Page 16: Jornal Escolar AESG Abril 2012

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão http://www.aesg.edu.pt Ano 3—Nº5

Letras da Gardunha

� MURAL

C l u b e d e X a d r e z O C l u b e d e X a d r e z , d i n a m i z a d o p e l o p r o f e s s o r P e d r o R a f a e l , f u n c i o n a t o d a s a s

s e m a n a s , à s 2 ª e 5 ª f e i r a s , d a s 1 2 . 3 0 à s 1 4 h o r a s n a B E C R E . C o m p a r e c e !

Sessão Distr ital do Par lamento dos Jovens Sessão na Escola do Par lamento dos Jovens

Parabéns Gonçalo Medeiros

Parabéns aos Alunos do 6º Ano turma B