jornal eletrosul 128

12
Abril 2014 | Ano XX | Nº128 Um jornal para novos tempos Págs. 6 e 7 Pág. 8 Estagiários recebem treinamento CAPACITAÇÃO Pág. 3 Datacenter da empresa é reestruturado MODERNIZAÇÃO Pág. 11 SUSTENTABILIDADE Educação ambiental nas escolas Pág. 10 Empregados criam aplicativo MOBILIDADE Empresa projeta aportes até 2018 Págs. 6 e 7 Investimentos de R$ 4,1 bilhões

Upload: eletrosul

Post on 09-Mar-2016

230 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Edição 128 do periódico mensal da Eletrosul Centrais Elétricas. 25/04/2014

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal Eletrosul 128

Abril 2014 | Ano XX | Nº128 Um jornal para novos tempos

Págs. 6 e 7

Pág. 8

Estagiáriosrecebemtreinamento

CAPACITAÇÃO

Pág. 3

Datacenter da empresa é reestruturado

MODERNIZAÇÃO

Pág. 11

SUSTENTABILIDADE

Educação ambiental nas escolas

Pág. 10

Empregados criam aplicativo

MOBILIDADE

Empresa projeta aportes até 2018Págs. 6 e 7

Investimentos de R$ 4,1 bilhões

Page 2: Jornal Eletrosul 128

Crescer investindoO destaque desta edição é o programa de investimentos da Eletrosul, que deve to-talizar aproximadamente R$ 4,1 bilhões até 2018. A estratégia empresarial ado-tada nos últimos dez anos não só mais que quintuplicou os ativos de geração e transmissão como fortaleceu a presença da estatal no sistema elétrico nacional

e a consolidou como maior empreende-dora em energia eólica do Sul do País. A matéria principal traz ainda o balanço financeiro de 2013, quando a Eletrosul registrou lucro líquido quase quatro ve-zes superior ao de 2012, mantendo o rit-mo de investimentos, que somou R$ 1,46 bilhão. Boa leitura!

EXPEDIENTE

Diretoria ExecutivaDiretor-Presidente

Eurides Luiz Mescolotto

Diretor de Engenharia e Operação

Ronaldo dos Santos Custódio

Diretor Financeiro

Antonio Waldir Vittori

Diretor Administrativo

Paulo Afonso Evangelista Vieira

Conselho Editorial

Cleiton Luis Rezende CabralLaércio FariaLuiz Ricardo MachadoRonaldo Bauer LessaRubem Abrahão Gonçalves Filho

Gerente ACS

Sandra da Silva [email protected]

Coordenação

Jonatas [email protected]

Edição

Andréa [email protected]

Jonatas [email protected]

Textos

Anahi GurgelAndréa LombardoCleusa FreseGilberto Del PozzoUmberto Caletti

Edição de Fotografia

Hermínio Nunes

Fotos

Arquivo DDOM/DGIArquivo CHTPArquivo Construtora IntegraçãoArquivo Costa Oeste TransmissoraArquivo Eólicas do SulArquivo ESBRArquivo Marumbi TransmissoraArquivo TSBEArquivo TSLEHermínio Nunes

Projeto Gráfico

Agenciamob

Conteúdo e Projeto Editorial

Giusti Comunicação Integrada

Tiragem 4.500 exemplares

Periódico editado pela ACS – Assessoriade Comunicação Social e Marketing

Rua Dep. Antônio Edu Vieira, 999, PantanalFlorianópolis/SCCEP 88040901Fone (48) 3231.7269 / 3231.7075

www.eletrosul.gov.br

2 EDITORIAL

Escavação comum do canal de desvio, em setembro de 2010.

Serviço de sondagem do subsolo para definir eixo da barragem, em agosto de 2007.

O maior investimento da Eletrosul em Santa Catarina, após o retorno à geração, a PCH João Borges, no Planalto Serrano, entre os municípios de São José do Cerrito e Campo Belo do Sul, entrou em operação em julho de 2013 e tem capacidade instalada de 19 MW, para atender 151 mil pessoas.

Page 3: Jornal Eletrosul 128

A infraestrutura onde são armazenados os principais sistemas e dados da Eletrosul – o chamado datacenter – vem passando por constantes atualizações, coordenadas pelo Departamento de Telemática, para acompanhar as demandas tecnológicas da empresa. Nos últimos quatro anos, essa modernização resultou na otimização de espaço e integração de todas as suas uni-dades, com redução de custos, melhor aproveitamento dos recursos computacio-nais e agilidade nos processos internos.

O projeto de reestruturação do data-center da Eletrosul envolveu uma ampla reforma no espaço físico onde ficam ar-mazenados os equipamentos, no edifício--sede, em Florianópolis (SC). Houve total readequação do layout, com elaboração de novo projeto elétrico, infraestrutura para cabeamento lógico, instalação de novos servidores e melhorias nos sistemas anti--incêndio e de proteção.

Para aumentar a segurança e a dispo-nibilidade dos serviços, além dessa mo-dernização, foi implantado um novo da-tacenter de contingência na subestação Desterro, também na Capital catarinense. Juntas, as unidades de processamento de dados possuem servidores virtualizados,

que permitem o atendimento da empre-sa em ambos os ambientes, prevenindo quedas de sistemas em eventuais in-terrupções no fornecimento de energia. Também contam com um software para monitoramento centralizado, em tempo real, de toda infraestrutura de TI, telecom e automação nas instalações em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

O diferencial do trabalho é que todas

as etapas foram planejadas e executadas pelos próprios empregados. “O desafio foi grande, mas houve forte comprome-timento e sinergia entre as equipes para encontrar as melhores soluções, identifi-cando os pontos que precisavam de apri-moramentos e tendo como foco o melhor custo-benefício para a empresa”, afirma o analista de TI da Divisão de Planejamen-to e Operação de Telemática da Eletrosul, Marlon Luis Petry.

TECNOLOgIA DA INfORMAÇÃO

DESTAQUE 3Eletrosul agora - Abril 2014

Projeto de modernização do datacenter da empresa resultou em melhor aproveitamento de recursos e redução de custos

Segurança e agilidade nos processos

Equipe do Departamento de Telemática no datacenter da sede

Projeto ModeloA modernização do datacenter da Ele-

trosul foi apresentada durante o Utilities Telecom Council 2014, um dos maiores encontros de telemática e TI da América Latina, que aconteceu no início de abril, em Florianópolis. No evento, a estrutura de telecom da empresa foi destaque na palestra “A Telebras e as utilities na Copa do Mundo”, ministrada pelo presiden-

te da estatal, Francisco Ziober Filho. “O acordo técnico operacional e comercial firmado entre as empresas, em agosto de 2013, preconiza um inédito modelo de negócio, que está sendo projetado para oferecer novos produtos e serviços de telecom ao mercado com alto padrão de qualidade, devido à robusta estrutura da Eletrosul”, afirmou.

Pelo acordo, parte da capacidade de 1.600 gigabits por segundo e mais de 5,5 mil quilômetros de fibra óptica contem-plados na parceria serão utilizados para a transmissão HDTV dos jogos disputa-dos em Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR), durante o campeonato mundial e, ainda, para implementação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).

Page 4: Jornal Eletrosul 128

h

SE CURITIBA LESTE

LT SUL BRASILEIRA

Trabalhos na LT de 500 kV Itá-Nova Santa Rita seguem de forma acele-rada com a energização prevista para maio. Na foto, parte da LT já con-cluída na área rural de Tapejara (RS).

UhE TELES PIRES

525 kV

230 kV

781 km de extensão:

494 km em 525kV

287 km em 230 kVN

RS

MEgAwATT SOLARAMPLIAÇÃO DO PARQUE EÓLICO CERRO ChATO

78MW

Capacidade de atendimento:

447.000 habitantes

RS

N

Entrega dos primeiros conjuntos geradores para montagem da máquina 1 do Parque Cerro Chato VI.

1MW

Capacidade de atendimento:

570 residênciasSC

NCom a montagem dos módulos na co-bertura do edifício-sede concluída e em fase de comissionamento, os esforços estão concentrados na instalação das es-truturas metálicas dos estacionamentos para colocação das placas fotovoltaicas, no lançamento de cabos e instalação dos painéis de comunicação.

Parede corta-fogo em construção na SE Curitiba Leste.

1.820MW

Capacidade de atendimento: 6.500.000 habitantes

N

MT

PA

O primeiro transformador-elevador, que fará parte do sistema de transmissão da Usina para a subestação, já está na UHE Teles Pires. Ao todo, serão cinco trans-formadores, um para cada unidade gera-dora. O equipamento tem a finalidade de elevar a tensão e viabilizar o transporte da energia gerada. Pesa 183 toneladas, tem quatro metros de largura, 4,8 metros de altura e 10 metros de comprimento.

672MVA

Capacidade de atendimento:

900.000 habitantesN

Curitiba

+LT 525 kVExtensão: 29,4km

CANTEIRO DE OBRAS

ABRIL DE 2014

4

Page 5: Jornal Eletrosul 128

h

LINhÃO DO MADEIRA - CIRCUITO 2

UhE JIRAU

SISTEMA DE TRANSMISSÃO COSTA OESTE

Após finalização da etapa de ter-raplenagem na SE Candiota, os trabalhos estão concentrados na execução das fundações do pátio de 525kV e no início da montagem eletromecânica do pátio de 230kV.

Ancoragem de cabos no trecho 7, que abrange os municípios de Serra-nópolis, Jatai e Itarumã, no estado de Goiás.

Pátio de 230 kV da SE Umuarama Sul, que está em implantação no Oeste do Paraná.

Com operação comercial iniciada em setembro de 2013, a Hidre-létrica Jirau contava, no início de abril, com a geração de seis turbi-nas e capacidade de fornecer um montante de 450 MW.

Concluída monta-gem eletromecâni-ca dos 14 aeroge-radores da Usina X e realizado pré-co-missionamento. Na Usina IX, os 15 aerogedaores também já estão montados e prontos para comissionamento.

PARQUE EÓLICO gERIBATU

Grampeamento dos ca-bos condutores da LT de 525kV lançados no trecho entre a SE Santa Vitória do Palmar e SE Marmeleiro.

LT SUL LITORÂNEA

INTERLIgAÇÃO BRASIL – URUgUAI

RS

N

525 kV

Extensão: 468 km

258MW

Capacidade de atendimento:

1.600.000 habitantes

RS

N

600kV

Maior LT de 600 kV do mundo,

com 2.412 Km de extensãoN

3.750MW

Capacidade de atendimento: 34.100.000 habitantes

RO

N

525 kV

230 kV

60 km em 525 kV3 km em 230 kV

SE Candiota:525/230 kV

672 MVA

Em abril, foram ini-ciadas as obras do Parque Eólico Chuí, no extremo Sul gaúcho, com aber-tura de acessos às usinas Chuí VI e VII.

PARQUE EÓLICO ChUÍ

144MW

Capacidade de atendimento:

900.000 habitantes

RS

N

Chuí

300MVA

Capacidade de atendimento:

400.000 habitantes

N

SE Umuarama (230 kV)

+LT 230 kVExtensão: 142 km

SE Cascavel Oeste (230 kV)

LT Cascavel Oeste - Umuarama (230 kV)

CANTEIRO DE OBRASEletrosul agora - Abril 2014

CANTEIRO DE OBRAS5

Page 6: Jornal Eletrosul 128

Investimentos até 2018 serão de R$ 4,1 bilhões

PLANEJAMENTO EMPRESARIAL

6 ESPECIAL

Empresa quer manter crescimento e liderança na geração eólica e na transmissão no Sul do País

Os ativos da Eletrosul passaram de R$ 2,1 bilhões, em 2002, para R$ 13,6 bilhões, no fechamento de 2013: aumento de quase 550%. Esse crescimento foi decorrente, em grande parte, ao programa de investimen-tos para reconstrução do seu parque gera-dor e expansão do sistema de transmissão, estratégia que será mantida nos próximos quatro anos. De acordo com projeções da Diretoria Financeira da estatal, até 2018, a empresa deverá investir mais R$ 4,1 bilhões em empreendimentos de geração e trans-missão. De 2003 até o ano passado, os inves-timentos corporativos e em participações totalizaram R$ 7,6 bilhões.

Aproximadamente metade dos inves-timentos previstos já está contratada,

sendo a maior parcela, mais de R$ 1,5 bilhão, destinada a obras de geração. Nesse valor estão considerados, por exemplo, os aportes nos empreen-dimentos eólicos em implantação no Rio Grande do Sul e nas usinas Jirau e Teles Pires. No segmento de transmissão, são quase R$ 490 mi-

lhões já contratados para grandes obras de reforço do sistema elétri-co do Sul, que somam cerca de 1,3 mil quilômetros de linhas e quatro novas subestações.

Os recursos para esses empreendimen-tos estão sendo negociados juntos aos bancos comerciais e de desenvolvimento, incluindo, por exemplo, o financiamen-to de € 100 milhões do banco de fomento alemão KfW. A instituição, que tem sido parceira da Eletrosul nas PCHs João Bor-ges e Barra do Rio Chapéu, e no Mega-watt Solar, em Santa Catarina, irá finan-ciar agora parte dos empreendimentos eólicos no Rio Grande do Sul conquista-dos no leilão A-3, em novembro de 2013.

As projeções de investimentos da Ele-trosul se alinham ao Plano Diretor de Negócios e Gestão 2014-2018 da holding Eletrobras (PDNG), que prevê investi-mentos de R$ 60,8 bilhões, divididos entre geração (R$ 35,4 bilhões), trans-missão (R$ 17,3 bilhões) e distribuição (R$ 8,1 bilhões).

Page 7: Jornal Eletrosul 128

ESPECIAL 7Eletrosul agora - Abril 2014

No ano passado, a Eletrosul registrou lu-cro líquido de R$ 267,3 milhões, um acrés-cimo de aproximadamente 290% em rela-ção ao valor apurado no ano anterior, que havia sido de R$ 68,5 milhões. O aumento na receita de geração com o início da ope-ração das PCHs João Borges e Barra do Rio Chapéu, no interior de Santa Catarina, e a Usina Hidrelétrica São Domingos, em Mato Grosso do Sul, contribuiu para esse resulta-do. A Eletrosul retomou as atividades de geração em 2011 e esse segmento já repre-senta 32% da receita bruta da empresa.

“Tivemos um lucro expressivo, conside-rando que somos uma empresa que tem uma receita de R$ 1 bilhão. Isso mostra que as estratégias adotadas a partir da reno-vação das concessões, de aumentar as re-ceitas e otimizar custos, foram acertadas”, afirmou o diretor financeiro da Eletrosul, Antonio Waldir Vittori.

Segundo o executivo, a incorporação das Sociedades de Propósito Específico (SPEs), das quais a empresa já detinha 100% do

controle acionário, também impactou po-sitivamente no resultado, pois parte da receita dessas empresas foi agregada à receita da Eletrosul em 2013. Foram incor-poradas as Usinas Eólicas Cerro Chato I, II e III, a Porto Velho Transmissora de Energia, a Empresa de Transmissão de Energia do Rio Grande do Sul (RS Energia) e a Artemis Transmissora de Energia.

“A perspectiva é de repetirmos um resul-tado positivo em 2014 e, inclusive, supe-rarmos a receita do ano passado, pois te-remos novos empreendimentos entrando em operação e passaremos a contabilizar a receita integral das SPEs incorporadas”, adiantou Vittori.

A Eletrosul, em 2013, investiu R$ 1,46 bilhão em obras de geração e transmis-são. A participação de capital próprio nos empreendimentos aumentou de 52% para 56%. “O patrimônio líquido da Eletrosul em 2013 atingiu R$ 5,5 bilhões e o grau de en-dividamento se manteve baixo comparado a outras empresas do mercado”, afirmou.

Desempenho positivo em 2013

Page 8: Jornal Eletrosul 128

8 GESTãO

No decorrer de 2014, a Eletrosul vai ofere-cer treinamento específico aos estagiários que atuam em sua sede, em Florianópolis, e na unidade do Sertão do Maruim, em São José (SC). Realizada em parceria com o Cen-tro de Integração Empresa-Escola (CIEE), a capacitação está dividida em quatro módulos e tem como proposta preparar os jovens para o mercado a partir do desenvolvimento de habilidades compor-tamentais como flexibilidade, comprometi-mento e postura no ambiente de trabalho.

O primeiro módulo aconteceu no final de março, com o tema “Relacionamento Inter-pessoal”, quando mais de 70 jovens recebe-ram orientações sobre a utilização da inte-ligência emocional na empresa a partir de valores como ética, iniciativa e visão de futu-ro. “Um acompanhamento como esse é fun-

damental para quem está começando a trabalhar. Sempre irei aplicar esses con-ceitos na minha vida social, acadêmica e profissional”, afirma Franciely Vieira, 20 anos, estagiária de Arquitetura e Urba-nismo no Departamento de Engenharia

do Sistema.Para a chefe do Setor

de Educação Corporativa da Eletrosul, Maristela Ribeiro, além de possibi-litar conhecimento técni-co com as atividades prá-ticas exercidas na empresa, o

estágio posiciona o jovem em um ambiente real de trabalho. “A capacitação proporciona aprendizado desde a gestão organizacional de processos, normativas e planejamento até a postura que o profissional deve ter em um ambiente formal de trabalho”, afirma. O treinamento complementa as ações do Pro-grama de Desenvolvimento dos Estagiários da Eletrosul, que já promove reuniões de

acompanhamento para avaliação das ativi-dades e interação entre os participantes.

Pelo cronograma, os outros três módulos da capacitação serão realizados até o mês de outubro, com os temas “Comunicação”, “Pla-nejamento e Administração de Recursos” e “Processo Seletivo e Apresentação Pessoal”. Ao final de cada encontro, os estagiários re-cebem certificado de participação, que pode ser utilizado como horas complementares nos cursos de graduação.

Preparação para o mercado

CAPACITAÇÃO

Estagiários recebem orientações sobre comprometimento e postura no ambiente de trabalho

Estagiária no Departamento de Engenharia do Sistema

Um acompanhamento como esse é fundamental para quem está começando a trabalharFranciely Vieira

Page 9: Jornal Eletrosul 128

Projeto apoiado pela Eletrosul busca reaproveitamento de resíduo e oportunidade de ocupação e remissão de pena a detentos

Eletrosul agora - Abril 2014

fÁBRICA DE SABÃO ECOLÓgICO

RESPONSABILIDADE SOCIAL 9

Sustentabilidade e ressocialização

Uma iniciativa pioneira do Conselho da Comunidade de Santo Ângelo (RS), em par-ceria com a Eletrosul, Superintendência dos Assuntos Penitenciários (Susepe) e Instituto Cenecista de Ensino Superior, iniciada em 2012, resultou na implantação de uma fá-brica de sabão ecológico, que funciona jun-to do Presídio Regional. O projeto tem duas vertentes: uma ambiental, de reaproveita-mento de óleo de cozinha usado como ma-téria-prima, e outra aderente ao processo de ressocialização dos internos que, a cada três dias trabalhados, reduzem um dia da pena.

A Fábrica de Sabão Ecológico Solidário foi entregue oficialmente no final de março, com a participação de representantes de todas as instituições parceiras. A produção atende, atualmente, dez casas prisionais da região de Santo Ângelo. A perspectiva é de estender o fornecimento para todas as uni-dades penitenciárias do Rio Grande do Sul. “O apoio financeiro da Eletrosul possibilitou a construção do local para abrigar a fábrica e viabilizou o negócio, que tem dado nova expectativa aos detentos da penitenciária de Santo Ângelo”, afirmou a gestora do pro-jeto na Susepe, Débora Pedroso.

A matéria-prima do sabão (óleo de cozi-nha usado) é recolhida em restaurantes de Santo Ângelo. Na primeira fase, a fábrica está funcionando com 10% de sua capacida-de, utilizando a mão de obra de três deten-tos. Quando estiver operando plenamente, o volume será de 20 mil barras por mês. O projeto conquistou o Troféu Ouro no 8º Prê-mio Responsabilidade Social do Sindicato de Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Si-nepe/RS).

Por intermédio da Assessoria de Res-

ponsabilidade Social, a Eletrosul vem priorizando os investimentos sociais em projetos sustentáveis nas suas áreas de atuação, buscando estreitar o relaciona-mento com as comunidades.

Page 10: Jornal Eletrosul 128

Uma ideia aparentemente simples, mas que tem por trás, ao menos, dois grandes desafios: diminuir a quantidade de veícu-los nas ruas de Florianópolis (SC) e provo-car uma mudança cultural com o estímulo a hábitos de vida mais saudáveis. Com a tecnologia como aliada, o administrador Sílvio Roberto Seara Júnior e o engenheiro mecânico Bruno Koech Lisboa, empregados da Eletrosul, criaram um aplicativo para smartphones, que funciona como progra-ma de pontuação semelhante aos de car-tões de crédito. Só que em vez de consumir, o usuário soma pontos ao optar pelo trans-porte coletivo, pegar ou dar carona, dividir o táxi ou, preferencialmente, fazer seu tra-jeto a pé ou de bicicleta.

Depois de baixar o aplicativo, chamado Dwingo na versão experimental, que é com-patível com os sistemas iOS e Android, o usu-ário seleciona a atividade que irá realizar e faz o login no Facebook. Além de passar a pontu-ar, pode ver a listagem de pessoas e seus iti-nerários para pedir ou oferecer carona. Para cada escolha sustentável – caminhada, peda-lada etc. – é atribuído determinado número de pontos, que podem ser trocados por produ-tos ou serviços de empresas parceiras. “A pro-posta é valorizar quem prioriza essas atitudes que podem ajudar a melhorar o trânsito, redu-zir a emissão de poluentes, além de contribuir com a saúde dessas pessoas”, defendem os idealizadores do projeto.

Os criadores contam que o aplicativo já

está sendo aperfeiçoado e, nessa nova eta-pa, contará com o suporte financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inova-ção de Santa Catarina (Fapesc). A proposta foi uma das 93 selecionadas, ente as 1.226 inscritas no programa Sinapse da Inovação. O projeto terá aporte de R$ 50 mil para apri-moramento e crédito de R$ 29 mil para con-sultorias junto ao Sebrae.

Seara Jr. e Lisboa anteciparam que uma das adequações na versão definitiva do aplicativo será desassociá-lo do Facebook, criando outra forma de compartilhamento, que ofereça novas possibilidades de inte-ração entre os usuários. Está previsto, tam-bém, dispensar a necessidade do usuário ter que selecionar a atividade que irá exe-cutar. Serão as tecnologias embutidas nos smartphones, como GPS, que se encarrega-rão de identificar as ações dos usuários.

Outra mudança no aplicativo será inserir

uma lista de “missões” com diferentes graus de dificuldade, como caminhar cinco ou dez quilômetros, por exemplo, e também atribuir pontuação para cada desafio, estabelecendo um ranking entre aqueles que forem cum-prindo as tarefas. “Nosso compromisso com a Fapesc é o de tornar o aplicativo mais fácil de usar e mais atrativo”, afirmou Seara Jr.

A nova versão deverá ficar pronta em seis meses e será batizada de Moove em analogia à palavra inglesa move, que significa mover--se. A escolha pelo nome em inglês tem uma explicação. Os donos da inovação querem que o aplicativo e sua proposta original, que é a melhoria da mobilidade urbana e da quali-dade de vida, possam ser adotados por outros países. O pontapé inicial será lançar o aplica-tivo no Mobile World Congress, um dos maio-res eventos de tecnologia móvel do mundo, que será realizado em Barcelona, na Espanha, em fevereiro de 2015.

10 GERAL

Tecnologia a favor do trânsito

MOBILIDADE URBANA

Empregados da Eletrosul criam aplicativo que se propõe a reduzir número de carros e poluição em grandes centros

Os idealizadores do projeto:Sílvio Seara Jr. (esq.) e Bruno Lisboa

Page 11: Jornal Eletrosul 128

SUSTENTABILIDADE 11Eletrosul agora - Abril 2014

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Projetos desenvolvidos em Santa Vitória do Palmar foram reunidos em livro que poderá servir de modelo para açõessocioambientais

Professores do ensino fundamental de Santa Vitória do Palmar (RS) – município onde a Eletrosul está implantando o Par-que Eólico Geribatu – participaram de ca-pacitações promovidas pela empresa, nas quais recebem orientações sobre como in-serir nas disciplinas curriculares os concei-tos básicos de sustentabilidade e preserva-ção do meio ambiente. O aprendizado está sendo colocado em prática junto aos alu-nos a partir de projetos como de arboriza-ção das escolas, coleta seletiva, reciclagem e reaproveitamento de resíduos.

O resultado dos projetos desenvolvidos foi compilado em um livro com CD, que foi distribuído para as escolas participantes. “A publicação reúne ideias e experiências que poderão servir de inspiração para edu-cadores multiplicarem esses conceitos em outras escolas da região”, afirmou o coorde-nador do Programa de Educação Ambiental

do Parque Eólico Geribatu, Daniel Araújo.Além dos livros, foram confeccionados

banners que retratam a energia eólica e a biodiversidade de Santa Vitória do Palmar. O material fará parte do acervo do Museu Municipal Coronel Tancredo Fernandes de Mello e servirá também para exposições itinerantes nas escolas e instituições do município.

O diretor do museu, Jamil Pereira, foi um dos professores que participaram dos cursos de educação ambiental. “Essa ca-pacitação nos deixou muitas ferramentas para trabalho com os alunos. Agora, cabe a nós, educadores, colocar tudo isso em prá-tica.” Uma das primeiras iniciativas foi a criação de um blog (museusvp.blogspot.com.br), que reúne dicas sobre como traba-lhar a educação ambiental em sala de aula e orientações para o agendamento de visi-tas ao museu.

O programa junto à comunidade esco-lar de Santa Vitória do Palmar é uma das iniciativas previstas no Plano Ambiental do empreendimento. Na região, a Eletrosul desenvolve várias outras ações de proteção e conservação ambiental como, por exem-plo, o monitoramento e resgate de fauna.

ESPAÇO DAgESTÃO AMBIENTAL

Professores são capacitados

Desde a realização da Eco-92, o dia 22 de março tem um significado espe-cial, pois marca o esforço das nações na busca de soluções para os conflitos existentes entre a oferta e a deman-da de água. O Brasil, país que detém aproximadamente 12% da água doce do planeta, celebrou o Dia Mundial da Água com o desafio de pensar a gestão dos recursos hídricos em seus mais di-versos usos, garantindo o acesso à água e promovendo seu uso sustentável para as atuais e futuras gerações. No ano em que as celebrações giram em torno do tema “Água e Energia”, conforme defi-nição da Organização das Nações Uni-das (ONU), a sociedade brasileira mui-to tem a refletir sobre os usos que têm sido feitos desse bem finito.

Devido a relevância do tema para o setor elétrico, a Eletrobras elaborou uma política específica para tratar dos recursos hídricos, que se baseia no uso sustentável para geração de energia e nas outras atividades de suas controladas. Atendendo essas diretrizes, na Eletrosul, diversas ações voltadas ao uso racional da água têm sido desenvolvidas como, por exem-plo, a implantação de dispositivo de coleta e aproveitamento de água de chuva no Setor de Manutenção de Campos Novos (SC) para irrigação de uma horta comunitária.

No edifício-sede da Eletrosul, foi re-alizado um estudo para instalação de sistema de aproveitamento de água da chuva, tendo como área de captação a cobertura da edificação. Esse estudo foi realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e está em fase de atualização pela Assessoria de Pes-quisa e Desenvolvimento. Essa inicia-tiva reflete a preocupação da Eletrosul com o uso racional da água e reafirma seu posicionamento de ser uma em-presa sustentável.

Dia Mundial da Água

Page 12: Jornal Eletrosul 128

O relatório técnico final da construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) João Bor-ges acaba de se tornar um livro especial, que conta a trajetória da implantação do primeiro empreendimento de geração da Eletrosul em Santa Catarina. O documento, publicado no início de abril, apresenta todos os desafios en-frentados durante a obra e soluções de enge-nharia civil e eletromecânica adotadas – uma empreitada com particularidades e estraté-gias, que podem se tornar referência para futuros projetos desse porte no setor elétrico nacional.

O coordenador geral do empreendimen-to, engenheiro civil Alexandre Garghetti, foi quem tomou a iniciativa de organizar os re-gistros históricos da construção e reuni-los em um livro. A publicação de 123 páginas traz

uma síntese com conteúdo teórico, gráficos e mais de 300 imagens de todas as etapas de implantação da hidrelétrica, desde a abertura de acessos externos, desenvolvimento de pro-gramas ambientais, obras civis, instalação de equipamentos eletromecânicos e sistema de conexão até a operação das três unidades ge-radoras. “Com esse material, leigos e técnicos podem ter ideia de todos os processos que en-volvem a implantação de um empreendimen-to como esse”, avaliou.

A usina tem capacidade instalada de 19 megawatts (MW) e aproveita o potencial hi-drelétrico do rio Caveiras, entre os municípios de São José do Cerrito, Campo Belo do Sul e La-ges, na região serrana. Construída entre 2010 e 2013, João Borges foi a obra de geração hidrelé-trica da Eletrosul com menor tempo de implan-

tação, apesar dos imprevistos. A conquista, se-gundo Garghetti, deve-se à agilidade da equipe na tomada de decisões. “O mais marcante dos desafios foi a enchente que atingiu a região em agosto de 2011. Foi preciso suspender o proces-so de concretagem da casa de força, revisar o projeto e aumentar a altura da estrutura em quase quatro metros. Só assim a edificação su-portaria uma nova cheia”, relatou.

São experiências como essas que o en-genheiro pretende passar para as próximas gerações, além da concepção organizacio-nal da empresa, comprometimento e ma-turidade técnica dos empregados. Com tira-gem de 300 exemplares, o livro foi entregue ao Ministério de Minas e Energia, órgãos públicos municipais e estaduais, e parcei-ros do empreendimento.

Enfrentar desafios, para Alexandre Gar-ghetti, não é novidade. Formado há dez anos, o engenheiro civil atua no Departamento de Engenharia de Geração da Eletrosul desde 2007 e, antes de completar um ano de em-presa, sofreu um grave acidente de automó-vel quando retornava de uma visita técnica à Hidrelétrica Passo São João, no Rio Gran-de do Sul. Teve traumatismo craniano, ficou cerca de duas semanas em coma e, segundo os médicos, tinha poucas chances de voltar a andar e falar. Três meses depois, no entanto, já estava recuperado e retornava à ativa.

Para Garghetti, o acidente propor-cionou um entendimento sobre a im-portância de não se entregar diante de dificuldades. “Acredito que boa parte do sucesso da implantação da PCH João Bor-ges foi atingida porque tentei levar para o canteiro de obras, respeito ao próximo e comprometimento. Estamos de passa-gem e, nesse tempo, devemos dar o nosso melhor para crescer como pessoas e aju-dar os outros a serem melhores.” A partir de 2014, um novo ciclo se inicia para o en-genheiro. Ele será coordenador geral da im-

plantação da terceira hidrelétrica catari-nense, a PCH Santo Cristo (19,5 MW), entre Capão Alto e Lages, que também terá a construção registrada.

Novos desafios

PCH JoãoBorges em livroDesafios da obra e soluções de engenharia estão retratados na publicação, que pode servir de referência para projetos do mesmo porte

12 GERAL

MEMÓRIA