jornal do vale - edição 12 - fevereiro de 2011

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ANO II - NÚMERO 12 www.jornaldovale.inf.br VALE DO ARAGUAIA, FEVEREIRO DE 2011 • R$ 0,50 COMPORTAMENTO Quando o trabalho é sinal de sofrimento [7 Marconi no primeiro pronunciamento: menos gastos com a máquina do estado para gastar mais com o cidadão Projeto turístico no Vale do Araguaia Com dívidas de 2,2 bi governo implanta ajuste fiscal rigoroso O governo Marconi Perillo trabalha desde o primeiro dia para colocar a casa em ordem, depois de receber o Estado com uma dívida superior a R$ 2,2 bilhões de reais. O objetivo é sane- ar e reduzir o custo da máquina ad- ministrativa, colocar para funcionar o que já existe para, em seguida, in- vestir em obras e programas. A de- cisão é gastar menos com o esta- do, na manutenção da máquina, para gastar mais com o cidadão. Com palestras de especialistas em finanças públicas, voltada para os secretários de estado, presiden- tes de agências, superintendentes, diretores e chefes dos órgãos esta- duais, Marconi apresentou aos seus auxiliares o novo modelo de gestão seguindo o exemplo de Minas Ge- rais, na administração do hoje se- nador Aécio Neves. [3 FINANÇAS FINANÇAS FINANÇAS FINANÇAS FINANÇAS Ex-governador instalou open bar no Palácio GASTO PÚBLICO GASTO PÚBLICO GASTO PÚBLICO GASTO PÚBLICO GASTO PÚBLICO O deputado federal Carlos Alber- to Leréia (PSDB) comenta “a indig- nação e repúdio da população goia- na” com a administração do ex-go- vernador Alcides Rodrigues. Desta- ca o fato de ter sido gasto R$ 1,3 milhão em bebidas alcóolicas. [3 A voz do Vale na Assembleia POLÍTICA POLÍTICA POLÍTICA POLÍTICA POLÍTICA Desenvolver trabalho conjunto com os prefeitos do Vale do Araguaia para atração de investimentos é a pri- oridade do deputado Joaquim Cas- tro. Prefeito de Jussara por duas ve- zes, está disposto a ser a voz do Vale e a lutar na Assembleia Legislativa pelo desenvolvimento da região. [6 O prefeito de São Miguel do Araguaia, Ademir Cardoso dos Santos, esteve com o presidente da Agência de Desenvolvimento Regi- onal, Wilter Campos Coelho, em busca de parcerias para projeto de recuperação da orla do Rio Araguaia no povoado de Luiz Alves. Ouviu de Wilter que o Plano de Governo Marconi Perillo contempla o projeto da Hidrovia Turística do Rio Araguaia, que estabelece uma série de benefícios para a área de influência. Um dos projetos é a Barca da Cidadania, que levará serviços públicos para a população ao longo do rio. Também estão previstas outras obras, como portos e terminais turísticos e melhoria da infra-estrutura urbana. [2 Luiza Renovato

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Leia nesta edição do Jornal do Vale: Com dívidas de 2,2 bi governo implanta ajuste fiscal rigoroso

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Page 1: Jornal do Vale - edição 12 - fevereiro de 2011

ANO II - NÚMERO 12 www.jornaldovale.inf.br VALE DO ARAGUAIA, FEVEREIRO DE 2011 • R$ 0,50

COMPORTAMENTO Quando o trabalho é sinal de sofrimento [7

Marconi no primeiro pronunciamento: menos gastos com a máquina do estado para gastar mais com o cidadão

Projeto turístico no Vale do Araguaia

Com dívidas de 2,2 bi governoimplanta ajuste fiscal rigorosoOgoverno Marconi Perillo

trabalha desde o primeirodia para colocar a casa em

ordem, depois de receber o Estadocom uma dívida superior a R$ 2,2bilhões de reais. O objetivo é sane-ar e reduzir o custo da máquina ad-ministrativa, colocar para funcionaro que já existe para, em seguida, in-vestir em obras e programas. A de-cisão é gastar menos com o esta-do, na manutenção da máquina,para gastar mais com o cidadão.

Com palestras de especialistasem finanças públicas, voltada paraos secretários de estado, presiden-tes de agências, superintendentes,diretores e chefes dos órgãos esta-duais, Marconi apresentou aos seusauxiliares o novo modelo de gestãoseguindo o exemplo de Minas Ge-rais, na administração do hoje se-nador Aécio Neves. [3

FINANÇASFINANÇASFINANÇASFINANÇASFINANÇAS

Ex-governadorinstalou openbar no Palácio

GASTO PÚBLICOGASTO PÚBLICOGASTO PÚBLICOGASTO PÚBLICOGASTO PÚBLICO

O deputado federal Carlos Alber-to Leréia (PSDB) comenta “a indig-nação e repúdio da população goia-na” com a administração do ex-go-vernador Alcides Rodrigues. Desta-ca o fato de ter sido gasto R$ 1,3milhão em bebidas alcóolicas. [3

A voz do Valena Assembleia

POLÍTICAPOLÍTICAPOLÍTICAPOLÍTICAPOLÍTICA

Desenvolver trabalho conjuntocom os prefeitos do Vale do Araguaiapara atração de investimentos é a pri-oridade do deputado Joaquim Cas-tro. Prefeito de Jussara por duas ve-zes, está disposto a ser a voz do Valee a lutar na Assembleia Legislativapelo desenvolvimento da região. [6

O prefeito de São Miguel do Araguaia, Ademir Cardoso dos Santos, esteve com o presidente da Agência de Desenvolvimento Regi-onal, Wilter Campos Coelho, em busca de parcerias para projeto de recuperação da orla do Rio Araguaia no povoado de Luiz Alves.Ouviu de Wilter que o Plano de Governo Marconi Perillo contempla o projeto da Hidrovia Turística do Rio Araguaia, que estabelece umasérie de benefícios para a área de influência. Um dos projetos é a Barca da Cidadania, que levará serviços públicos para a população aolongo do rio. Também estão previstas outras obras, como portos e terminais turísticos e melhoria da infra-estrutura urbana. [2

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VALE DO ARAGUAIA, FEVEREIRO DE 20112 JORNAL DO VALE

Presidente da Agência de De-senvolvimento Regional, WilterCampos Coelho recebeu na quar-ta-feira, 8, a visita do prefeito deSão Miguel do Araguaia, AdemirCardoso dos Santos, para os con-tatos iniciais no sentido de firmarparcerias que beneficiem o muni-cípio. O prefeito apresentou umprojeto de recuperação da orla doRio Araguaia no povoado de LuizAlves, que está na jurisdição deSão Miguel do Araguaia. O secre-tário Extraordinário do Entorno doDF, Gastão de Araújo Leite, também esteve presente à reunião. Wilter Coelho disse que o Plano de GovernoMarconi Perillo contempla grandes projetos, entre eles o da Hidrovia Turística do Rio Araguaia. Na foto, daesquerda para a direita, prefeito de São Miguel Ademir Cardoso, presidente da AGDR, Wilter Coelho, chefede gabinte da AGDR, Júlio César Guimarães, e Secretário do Entorno do DF, Gastão de Araújo.

VALE TUDOLeréia

O deputado federal Carlos Al-berto Leréia (PSDB) no intuito deatender melhor a população goia-na de Goiás em seu gabinete, semuda para um novo endereço emGoiânia. O gabinete se tornou umponto de encontro para o debatedas ações do mandato do parla-mentar, aberto para o atendimentodas autoridades do Estado, líderesde todos os segmentos e à popu-lação em geral. Avenida T-6, nº233, no Setor Bueno, fones (62)3092-4544 e 3945-4544.

AlertaVale lembrar que a pesca está proibida até 28 de feve-

reiro. A pena prevista varia de um a três anos de deten-ção e multa.

JORNAL DO VALE (Vale do Araguaia) – Editado por Vale Comunicação Ltda - CNPJ 10.304.281/0001-20 - Av. João Mariano Costa, Qd. 75, Lt. 17 -Centro - Itapirapuã-GO - Telefones: 9908.0793 • Diretora: Marcela Suassuna • Diretor Comercial: Marcelo Fabiano (9958.4003) • Edição: FernandoMartins (Fenaj 1074-JP) • Colaboradores: Mara Suassuna • Contato com a Redação, sugestões e críticas: [email protected] •Site:www.jornaldovale.inf.br • Este jornal não mantém vínculo empregatício com seus colaboradores. • Tiragem desta edição: 5.000 exemplares • Osconceitos emitidos nas matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião do jornal • Produção: Gráfica Liberdade - Redação e impressãode jornais, revistas e livros - Avenida Rui Barbosa, 109 - Setor Serrinha - Goiânia-GO - Telefone: (62) 3255.1616 - [email protected]

Sem caixaO governador Marconi

Perillo explica que junto à suaequipe tem se esforçado muitopara colocar as coisas em or-dem e que o governo está gas-tando apenas aquilo que é ab-solutamente necessário. Porexemplo: na saúde, com me-dicamentos, manutenção dehospitais; na área de seguran-ça, manutenção de viaturas,contratos de locação de veí-culos. Marconi busca alterna-tivas para projetos de parce-rias com as prefeituras parapavimentação e recuperaçãodas vias urbanas, algo que sóirá anunciar quando tiver cer-teza do dinheiro em caixa.

ItapirapuãA polícia prendeu na terça-fei-

ra, dia 8, Frederico Leandro deJesus, acusado de abusar de trêscrianças menores de dez anos deidade, na cidade de Itapirapuã. Ainformação do jornal O Hoje,acrescenta que de acordo com odelegado Humberto Teófilo deMenezes Neto, o acusado era pa-drasto das vítimas e aproveitava aausência da mãe das crianças paracometer os abusos que aconteci-am desde 2009.

CortesiaDesde que assumiu o mandato,

o senador Cyro Miranda (PSDB)tem cumprido uma agenda movi-mentada em Brasília. Na segundasemana de fevereiro, além das vo-tações e discursos em plenário,Cyro recebeu na quarta-feira 9, avisita de cortesia dos secretáriosThiago Peixoto (Educação), JaimeRincon (Agetop) e Wilder Pedro(Infraestrutura).

ExemploO deputado Thiago Peixoto

(PMDB) disse aos colegas de le-genda, na reunião entre o gover-nador Marconi Perillo e prefeitosdo peemedebistas, que ficou emo-cionado com o convite do gover-nador para que ele assumisse a se-cretaria de Educação. Ele contoucomo recebeu a ligação do gover-nador que, à época, pediu que elenão respondesse de imediato, maspensasse em um futuro para a edu-cação acima de questões menores,das questões partidárias. “Marco-ni mostrou que o momento é deunião pelo Estado, esquecendoqualquer diferença política”.

Mudanças no Vapt VuptDecreto do governador define a carga horária de 40 horas para os atendentes

Jurisdicionado à Secretariade Gestão e Planejamento des-de a aprovação da reforma ad-ministrativa pela AssembleiaLegislativa, o Vapt-Vupt vaipassar por mudanças, de for-ma gradativa, e receberá inves-timentos para melhorar o aten-dimento. Criado no governoMarconi Perillo para prestar umserviço de qualidade e com agi-lidade para o cidadão, o obje-tivo agora é melhorar o padrão.

Hoje, 50% dos servidoresque estão no Vapt Vupt já tra-

balham com carga horária diária deseis horas, porque têm vencimen-tos com valor menor que dois sa-lários mínimos. Os outros funcio-nários, dos quais 25% são comis-sionados, vão precisar se adequarao decreto assinado pelo governa-dor Marconi Perillo, que determi-na o cumprimento de 40 horas detrabalho semanais. “Não podemosadmitir que uma pessoa que tenhasido contratada para trabalhar oitohoras por dia faça greve reivindi-cando carga de seis horas diárias.Não haverá tolerância com relação

a isso”, disse o secretário deGestão e Planejamento, Giuse-ppe Vecci. “Todo cidadão tra-balha oito horas todos os dias,e o servidor público não é dife-rente, não pode ter privilégios.Nós prestamos serviços à po-pulação, temos que dar exem-plo”, afirmou Vecci. Além dosinvestimentos e da readequaçãode horários, uma das medidasestudadas pela Segplan é me-lhorar as gratificações para osservidores que comprovemmérito e capacitação.

Agenda cheiaNa quinta-feira, 10, a senadora

Lúcia Vânia (PSDB) recebeu, emseu gabinete, a representante daCYA – Produção e Eventos, Cyn-thia Maria Vasconcelos, para tra-tar do 2º Salão do Livro Infantil eJuvenil de Goiás.

Em seguida, a senadora se reu-niu com o presidente do ConselhoFederal de Farmácia, Jaldo deSouza, e recebeu das mãos dele oMonumento da Farmácia: a minia-tura de uma botica, em comemo-ração ao 50º ano do CFF.

Lúcia Vânia conversou tambémcom a Sub Secretária de Articula-ção Política do Governo do Distri-to Federal, Drª Sandra Faraj. Napauta, o Entorno do DF .

Prefeito quer apoio para projeto turísticoNa hidroviaA Agência de Desenvolvimen-

to Regional ( AGDR), em conjun-to com a Agência Estadual de Tu-rismo (Goiás Turismo) realizará,em data a ser definida, agenda devisitas aos municípios que inte-gram o Corredor da Hidrovia Tu-rística do Rio Araguaia, para iden-tificar melhor as necessidadespara embasar os projetos especí-ficos. O corpo técnico da AGDRserá fortalecido e poderá vir a aju-dar na elaboração de projetos,inclusive com indicações de cap-tação de recursos. Um dos pro-jetos é a Barca da Cidadania, que,entre outras atividades, levará ser-viços públicos para a populaçãoao longo do rio.

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VALE DO ARAGUAIA, FEVEREIRO DE 2011 3JORNAL DO VALE

Fui ao plenário da Câmarapara registrar a indignação e orepúdio da população goiana emrelação ao modo censurável queo ex-governador Alcides Rodri-gues conduziu o Estado. Foi in-fame seu comando no decorrerdos quatro anos. Foi instalado umparasita na sede do governo, queapenas consumiu todo o dinheiropúblico e deixou os goianos amíngua.

Goiás em toda sua histórianunca teve uma administraçãopública tão desastrosa e repug-nante como obteve nos últimosquatro anos. Dados da Organi-zação das Nações Unidas(ONU) revelam a incúria que es-tava instalada. No ano de 2010,Goiânia amargurou entre as qua-tro capitais do Brasil com o mai-or índice de desigualdade social.Uma população vivendo na linhada miséria enquanto em contras-te o ex-governador Alcides Ro-drigues promovia gastos astronô-micos com o dinheiro público.

Segundo a revista Veja, Alci-des gastou cerca de R$ 1,3 mi-lhão com a compra de bebidasalcoólicas para farras no Paláciodas Esmeraldas ao longo de todasua gestão. Mais um escândalo dasua administração que foi à tonae abismou a população goiana,além de macular o nome do Es-tado. É inadmissível essa atitudedesonrosa. Gastar esse montan-te com cachaça é dar uma bofe-tada na cara da sociedade. É des-denhar aquele pai ou aquela mãede família que ao final do mêsganha com sacrifício um saláriomínimo. Enfim, é desvirtuar a bra-vura e o discernimento do povogoiano em chacota para o restan-te do Brasil.

Além disso, Alcides foi maisalém e deixou um rastro catastró-fico em Goiás: suposto déficit deR$ 100 milhões, rodovias esta-duais aniquiladas, inadimplênciacom o pagamento da folha sala-

Alcides instaloudescaradamenteopen bar no Palácio

rial dos servidores em dezembro,um rombo nas finanças e o em-préstimo obscuro para a Celg.

Ainda conforme a revista, asdenúncias do alto consumo etíli-co foram motivadas por noitadasregadas a muito álcool entre osamigos do ex-governador. Osnúmeros da libertinagem que Al-cides Rodrigues promovia noPalácio das Esmeraldas são deenvergonhar qualquer cidadão.Ele chegou a gastar mais de R$1.250 com bebidas alcoólicas pordia útil de seu mandato. Esse va-lor corresponde a 25 engradadosde cerveja diariamente e 550mensalmente. Um valor exorbi-tante, já que um bar de grandeporte em Goiânia consome cercade 400 caixas de cerveja men-salmente. De acordo com dados,é possível comprar aproximada-mente 156 pacotes de arroz de 5kg, ou ainda 5 cestas básicas. Sea base de comparação for o pro-grama social Renda Cidadã, se-ria possível atender 15 famíliascarentes por dia.

Com todos esses desmazelosque estavam alojados no PoderExecutivo de Goiás e os desgos-tos que os goianos tiveram diantedas peripécias que Alcides Ro-drigues promoveu, chegou a horade estufarmos o peito, abanarmosa poeira, limparmos as feridas quenos foram deixadas e seguirmosem frente para correr atrás dosprejuízos.

O povo goiano precisa de maisatenção e de mais benevolência,e tenho a total convicção que ogoverno de Marconi Perillo irásuprir todas as necessidades quea população almeja, e assim, ire-mos reerguer aos poucos nossoEstado para seu lugar de desta-que no Brasil. Uma posição deproeminência que sempre alcan-çou antes de ter o dissabor de sercomandado pelo maior traidor dahistória de Goiás.

Carlos Alberto Leréia

Carlos Alberto Leréia é depu-tado federal (PSDB-GO)

Marconi no primeiro pronunciamento: dívidas nas contas do Estado superam R$ 2,2 bilhões

Transformar Goiás num dosmaiores pólos de desenvolvimentodo país, é o que pretende o gover-nador Marconi Perillo. Antes dis-so, porém, vem colocando em prá-tica um ajuste fiscal rigoso, com umnovo modelo de gestão. Marconideixou isso claro na abertura doseminário “O Estado a Serviço doCidadão - Novo Modelo de Ges-tão”, na segunda-feira 7, no audi-tório do Palácio Pedro LudovicoTeixeira. A ordem é gastar menoscom o estado, na manutenção damáquina pública, para gastar maiscom o cidadão.

O evento organizado pela Se-cretaria de Gestão e Planejamento(Segplan), com palestras do pro-fessor da Fundação Dom Cabral,Caio Marini; da secretária de Pla-nejamento de Minas Gerais, Rena-ta Vilhena; e do economista espe-cialista em finanças públicas, RaulVelloso.

Participaram do seminário to-dos os auxiliares do primeiro es-

Economia e reduçãode custos marcaminício do governo

calão do governo, secretários deestado, presidentes de agências,além do vice-governador José Eli-ton, senador Cyro Miranda, presi-dentes do TCM, TCE e TRT, eoutras autoridades do Estado. Tam-bém foram alvos das palestras su-perintendentes, diretores e chefesdos órgãos estaduais.

O governador Marconi Perilloobservou que tem falado muito so-bre prestação de serviços de qua-lidade à sociedade com foco nosmelhores resultados, a busca daeficiência para que a gestão deGoiás seja um exemplo para o Paíse, ao mesmo tempo, tenha comoconsequência a melhoria radicaldos serviços prestados a todos.Para Marconi Perillo, este gover-no só valerá a pena se efetivamen-te transformar Goiás num estado aserviço da cidadania, melhorandosignificativamente os serviços quesão prestados à população.

O secretário de Gestão e Pla-nejamento, Giuseppe Vecci, disse

que desde o primeiro dia de go-verno já começaram a ser imple-mentadas ações para um novomodelo de gestão, como a refor-ma administrativa e a seleção pormeritocracia. De acordo com oSecretário, não é um plano que seexaure em um dia, mas para ser tra-balhado continuamente no decor-rer da administração inteira, com ointuito de conquistar os resultadosesperados em 2014.

De Minas Gerais veio o exem-plo destacado pela secretária dePlanejamento daquele estado, Re-nata Vilhena. Havia um déficit deR$ 2,4 bilhões quando o senadorAécio Neves (PSDB) assumiu ogoverno em 2003, montante quecorrespondia a 13% do orçamen-to. Conseguiu zerar esse déficit em2 anos e fazer todo o equilíbrio fis-cal. Paralelo a isso, implementouuma agenda de desenvolvimentonum trabalho chamado de duploplanejamento, onde simultaneamen-te se buscou o equilíbrio.

Colocando a casa em ordemEm seu primeiro pronunciamen-

to, num balanço do primeiro mêsde governo, Marconi Perillo res-saltou que trabalha desde o primei-ro dia para colocar a casa em or-dem. Disse não estar movido peloódio ou sentimento de vingança,mas pela responsabilidade de go-vernante, de mostrar a real situa-ção do Estado..

Segundo Marconi, a administra-ção anterior não foi correta nos gas-tos. Em vez de pagar dezembropara mais de 100 mil funcionáriospúblicos, desviou 340 milhões dafolha e preferiu beneficiar emprei-teiras. “Além disso, herdamos umadívida com vencimento imediato demais de 640 milhões de reais”, su-

blinhou. “No total, a dívida que en-contramos nas contas do Estado éde 2 bilhões e 215 milhões”.

Marconi disse que o governopassado também não cumpriu asmetas fiscais. Resultado: o Estadorecebeu pesadas multas. “Nos úl-timos dias, pagamos 115 milhõesem dívidas à União”.

O momento é difícil: 5 mil e 800quilômetros de rodovias estraga-das. A Saúde em situação de caos,impondo sacrifícios à população.Professores e policiais desmotiva-dos e sem condições adequadas detrabalho.

“Já adotamos um conjunto demedidas duras para cortar des-pesas, evitar o desperdício e mo-

vimentar bem a máquina do Es-tado”, garantiu.

E prosseguiu: “Com muita eco-nomia e sacrifício, quitamos o sa-lário atrasado de dezembro. Paga-mos a folha de janeiro e acabamostambém de anunciar o plano de re-cuperação da Celg, empresa queé patrimônio dos goianos”.

Para este ano, o governadordisse que já pactuou cerca de 10bilhões de investimentos privados.Disse que tem uma agenda positi-va e que irá organizar o Estado.“Primeiro, colocar para funcionaro que já existe. Em seguida, obrase programas que vão transformarGoiás em polo de desenvolvimen-to nacional”.

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VALE DO ARAGUAIA, FEVEREIRO DE 20114 JORNAL DO VALE

A senadora Lúcia Vânia(PSDB) esteve em audiência como Secretário Nacional de Desen-volvimento do Centro-Oeste,Marcelo Dourado, na terça-fei-ra, dia 8, para discutir os deta-lhes necessários para que a Su-perintendência de Desenvolvi-mento do Centro-Oeste (Sude-co) seja implantada nos próximosdias. A parlamentar conversoutambém sobre a implantação doBanco de Desenvolvimento doCentro-Oeste (BDCO), que é obraço financeiro da Sudeco. “Es-tive durante uma hora debatendoa implantação da Sudeco e doBDCO. Fiquei muita bem im-pressionada com a disposição dosecretário em ver a superinten-dência funcionando plenamente”,destacou a senadora.

De acordo com Lúcia Vânia,Marcelo Dourado se prontificou

Lúcia Vânia vai àSudeco pelo Entornoe Nordeste goiano

a conversar com todos os líderese governadores dos quatro Esta-dos da região para discutir o as-sunto. “O secretário disse queestá disposto a lutar junto com abancada do Centro-Oeste paraa implantação da Sudeco e doBDCO o mais rápido possível”,reforçou a tucana.

A parlamentar informou, ain-da, que Dourado também de-monstrou disposição em iniciarum plano de desenvolvimento es-tratégico para a região. Afinal,todo o Centro-Oeste será bene-ficiado com a recriação da Su-deco e do BDCO, mas é precisopriorizar as áreas que mais neces-sitam de ajuda. “Sua preocupa-ção é focar as áreas mais depri-midas do Estado de Goiás, comoa região do Entorno (RIDE) e onordeste goiano, onde o IDH émais baixo”.

Se a eleição para prefeito deGoliânia fosse hoje, o senador De-móstenes Torres (DEM) seria ovencedor. É o que indica pesquisarealizada pelo Instituto Ecope com600 entrevistados. Demóstenes,que tomou posse no Senado paraseu segundo mandato, após rece-ber a maior votação da história doEstado (2.158.812 votos), apare-ce no levantamento com 37,2% namodalidade estimulada, 13 pontosporcentuais à frente do segundocolocado, o ex-prefeito de Sena-dor Canedo Vanderlan Cardoso(PR). Mais atrás aparecem a de-putada federal Iris Araújo(PMDB), com 9,3%, e Lúcia Vâ-nia (6%).

Para a realização da pesquisa,contratada pelo jornal Diário daManhã, o instituto fez a pergunta“Se as eleições fossem hoje, emquem o senhor votaria?”, nas mo-dalidades espontânea, quando oeleitor já tem um nome definido,e estimulada, quando o pesqui-sador apresenta uma lista de op-ções. Ao todo foram apresenta-dos 12 nomes.

Apesar da boa receptividadeentre os goianisenes, Demósteneslembra que ainda não tem cogita-do a candidatura, pois a eleiçãoainda está muito longe. “É óbvio

que é uma honra muito grande di-rigir uma cidade como Goiânia,mas eu fui eleito pra ser senador.Então eu não posso antes do anoque vem sequer pensar nessa hi-pótese”, disse o senador. Mas res-saltou não descartar a possibilida-de. “Vai depender muito do que fi-zer aqui (no Senado), da necessi-dade que o Brasil tenha de eu es-tar aqui, do partido, eventualmen-te. Então tem muita coisa em jogo.Eu não descarto a possibilidade,mas também eu não posso adian-tar com certeza se serei candidatoou não”, acrescentou.

Mais cotado para ser o nomeda base aliada nas eleições de2012 para concorrer à Prefeitura,Demóstenes confirmou ter a mani-festação de apoio do governadorMarconi Perillo e mesmo do De-mocratas, além de diversas asso-ciações de classe, professores, se-cretários. “Isso é importante se re-almente eu for pra disputa, mas evi-dentemente é um tema bastantedistante que eu não posso enfren-tar agora”, ressalvou.

RETARDATÁRIOSAtrás de Demóstenes e dos ou-

tros três melhores colocados napesquisa Ecope/Diário da Manhãaparecem ainda, empatados, os re-tardatários. Na quinta-colocação

estão o prefeito de Goiânia PauloGarcia (PT) e o ex-presidente doBanco Central, Henrique Meirel-les (PMDB), com 5,3%. Em se-guida vêm o secretário estadual daEducação, Thiago Peixoto(PMDB), com 3,7%; os deputa-dos federais Sandro Mabel (PR),com 3,3%, e João Campos(PSDB), com 3%. A ex-candidataa prefeita de Goiânia Marta Jane(PCB) e o deputado estadual Hel-der Valin (PSDB) também apare-cem empatados, na décima colo-cação, com 2%. Em último lugarestá o deputado federal JovairArantes (PTB), que somou 0,3%.Não souberam dizer 3%, mesmoporcentual que optaram por esco-lher nulo ou em branco.

O senador Demóstenes Torresé também, de longe, um dos me-nos rejeitados pelos goianienses,conforme mostrou a pesquisa Eco-pe. Dos 12 nomes apresentados,o senador aparece com apenas 5%do índice, que é liderado pelo de-putado federal Sandro Mabel(14,8%). Em segundo lugar apa-recem Lúcia Vânia (12,8%), Iris deAraújo (10,6%), seguida por Mar-ta Jane (10,4%), Helder Valin(7,9%), Thiago Peixoto (7,1%),João Campos (6,9%), Jovair Aran-tes (6,5%) e Paulo Garcia (5,5%).Lúcia Vânia: relato positivo da visita feita à Sudeco

O senador Cyro Miranda(PSDB/GO) chamou a atençãodo governo para o atraso da In-fraero na execução das obras deinfraestrutura nos aeroportos bra-sileiros. “Ou o governo brasilei-ro cria coragem e ímpeto paracolocar a Infraero nos trilhos, ouo Brasil passará por um verda-deiro vexame internacional du-rante a Copa do Mundo de 2014e as Olimpíadas de 2016”.

O senador alertou que o pre-sidente da Associação Interna-cional de Transporte Aéreo –IATA, Giovani Bisignani, criti-cou a infraestrutura aeroportu-ária brasileira, classificando-ade inadequada para atender agrandes eventos, como a Copae as Olimpíadas. Disse ainda

Cyro Miranda cobrainvestimentos emobras de aeroportos

que dos R$ 5,5 bilhões previs-tos para investimentos em infra-estrutura aeroportuária até aCopa de 2014, apenas R$ 195milhões já foram contratados eR$ 54 milhões executados. Deacordo com dados oficiais, osetor de transporte aéreo temcrescido, em média, 10% aoano e a previsão para o mês dejunho de 2014, considerado opico, é de 4 milhões de passa-geiros voando pelo Brasil, a mai-or parte de estrangeiros.

Cyro Miranda citou o exem-plo de aeroportos como o deGuarulhos, em São Paulo, deMacapá e de Goiânia, com obrasparalisadas por graves indícios desobrepreço apontado pelo Tribu-nal de Contas da União.

Demóstenes é líderem pesquisa paraprefeito de Goiânia

ELEIÇÕES 2012

Demóstenes: votação superior a 2 milhões de votos e mais cotado à prefeitura de Goiânia

Page 5: Jornal do Vale - edição 12 - fevereiro de 2011

VALE DO ARAGUAIA, FEVEREIRO DE 2011 5JORNAL DO VALE

Paulo Garcia anunciaobras de pavimentação

Com recursos do PAC II e dogoverno municipal, novo Pacote dePavimentação pretende levar asfal-to a 31 bairros da Capital e recu-perar outros 35 quilômetros de viaspúblicas

Investimentos na ordem de R$150 milhões, provenientes do Te-souro Municipal e do Programa deAceleração do Crescimento II(PAC II) serão usados na pavimen-tação em 31 novos bairros, reca-peamento e compra de equipamen-tos. O anuncio foi feito pelo pre-feito Paulo Garcia durante visita ausina de britagem da Prefeitura deGoiânia.

Ao fazer a divulgação, PauloGarcia salientou que esse novoPacote de Pavimentação – capea-mento e recapeamento asfáltico deruas e avenidas de Goiânia –, tra-ta-se de uma política de Estado enão apenas de um governo. Eledestacou que a aquisição de umnovo complexo de britagem ampli-ará a capacidade de produção dausina de 190 mil toneladas para560 mil por ano em um período deaté cem anos.

A usina é responsável pela pro-dução de asfalto, solo brita (cas-calho), tubos de concreto, tijolos,piso para calçada, estacionamentopermeáveis e concretos diversos.Os materiais são utilizados nasobras executadas pela Compa-

nhaia Municipal de Urbanização(Comurg), Agência Municipal deMeio Ambiente (Amma), além dasSecretarias da Habitação e de In-fraestrutura. A demanda atual da ci-dade é de cerca de 315 toneladas/ano de produção.

Paulo Garcia informou que asobras de pavimentação em 2011terão inícío tão logo cesse o pe-ríodo chuvoso. “Serão asfalta-dos 31 novos bairros num totalde 200 km de ruas e avenidas”.Entre as principais obras de as-falto o novo Pacote de Pavimen-tação da Prefeitura prevê a in-terligação entre Setor JardimGuanabara e Residencial Vale

dos Sonhos e entre o BairroSanta Fé e o Setor Grajaú.

Duplicações –Também estãoprevistas para serem alargadas asseguintes vias: as avenidas doPovo, na Vila Mutirão; T-10 – en-tre T-60 e C-244 até a rotatóriada C-233; Vera Cruz – entre a Av.São Francisco e BR-153, no Jar-dim Guanabara; Rua BenjamimLuiz Vieira, no trecho da AvenidaMal. Rondon e Av. Goiás Norte.Já os trechos das avenidas T-8, RioVerde, C-267, da Divisa, Engler,Neropólis serão duplicados. Serãorecuperados ainda outros 35 qui-lômetros de asfalto das prinicpaisruas e avenidas da capital.

Paulo Garcia na usina: investimento de R$ 150 milhões

GOIÂNIA

Ao falar da Operação Sex-to Mandamento, da Polícia Fe-deral, que prendeu na terça-fei-ra, dia 15, policiais militares acu-sados de participação de gru-pos de extermínio, o governa-dor disse que é um absurdo ima-ginar autoridades constituídasenvolvidas com o crime organi-zado. Em entrevista coletiva, aoparticipar da abertura da 17ªLegislatura da Assembleia Le-gislativa, ele frisou: “Não vamosaceitar que Goiás se transfor-me num Estado fora-da-lei”,ressaltando o trabalho da Polí-cia Federal, do Ministério Pú-blico, do Judiciário goiano e daSecretaria de Segurança Públi-ca de Goiás.

INDEPENDÊNCIASobre o relacionamento do

Executivo com o Legislativo,Marconi disse ser fundamentala independência do Legislativoe a relação harmoniosa entre ospoderes. Destacou que a ex-pectativa é positiva e que terácom os poderes constituídos a

MARCONI

“Goiás não será um Estado fora-da-lei”melhor relação institucional.

O governador também falou dopapel da oposição. Afirmou que nãose pode “fazer política com o fíga-do, com rancor”. Para ele, deve-se fazer uma “oposição inteligen-te”. Em relação à questão de pes-soal no Estado, o governador dis-se que certamente vão ocorrer no-vas exonerações de cargos comis-sionados, porque no governo an-terior “havia promiscuidade”.

Ao fazer a leitura da mensagemgovernamental, conforme determi-na a Constituição Federal, o gover-nador Marconi Perillo entregou oplano de governo da gestão que seiniciou em 1º de janeiro deste ano.

No discurso, do governador ofoco da nova gestão foi o atendi-mento das demandas sociais e qua-lificação dos serviços públicos, en-fatizando que o governo tem a am-bição de ser lembrado no futurocomo “o melhor da vida dos goia-nos”. Marconi lembrou de seuaprendizado quando exerceu man-dato de deputado estadual e enfa-tizou que quando estão em jogo osinteresses dos Goianos, as dispu-

tas partidárias devem ficar emsegundo plano.

Marconi relatou as açõesiniciais dos 45 dias de Gover-no. Só a Brasília, disse que foimais de 10 vezes. Segundo ogovernador, o secretariado foireunido em duas oportunida-des quando foi pedido “rigor,austeridade, criatividade”.Marconi lembrou que o gover-no passado não cumpriu 4 das6 metas fiscais. Ele citou no-minalmente cada um delas,“para não deixar dúvidas”.“Herdamos mais uma dívida deR$ 2,2 bilhões”, ressaltou ogovernador, ao sublinhar que oatual governo não ficará cho-rando o leite derramado.

Marconi prometeu medidasurgentes para recuperação damalha rodoviária do Estado,fortalecimento dos programassociais, qualificação profissionale desoneração tributária. Enfa-tizou que a rede de Saúde teráo “padrão de excelência” doCRER e que a Educação é agrande prioridade do governo.

SANTA RITA

SÃO MIGUEL

ENTORNO

O Tribunal de Justiça de Goi-ás, em julgamento pela 4ª Tur-ma Julgadora da 6ª Câmara Cí-vel, acolheu recurso do Minis-tério Público e reformou deci-são judicial que havia extingui-do a ação civil pública propos-ta contra o ex-vereador de San-ta Rita do Araguaia, Carlos Al-berto Gonçalves Batista, pelorecebimento de 13º salário en-tre 2005 e 2007. O recurso de

Ex-vereador terá quedevolver 13º salário

apelação foi interposto pelo pro-motor de Justiça Augusto ReisBittencourt Silva, da comarcade Mineiros, em maio do anopassado.

Seguindo voto do relator, de-sembargador Norival Santomé,a Câmara condenou o envolvi-do a ressarcir os cofres públi-cos no valor de R$ 6.371,88,quantia referente à gratificaçãonatalina paga ao ex-vereador.

A promotora de Justiça Cris-tina Emília França Malta propôsação civil pública com pedido deliminar contra o município deSão Miguel do Araguaia paraque seja feita a imediata nomea-ção dos candidatos aprovadosem concurso público para diver-sos cargos. De acordo comação, alguns dos classificadosforam empossados. Entretanto,muitos ainda permanecem sem adevida nomeação.

O processo seletivo foi homo-logado em dezembro de 2007 eo término de sua validade estavaprevisto para janeiro de 2011.Segundo relata a promotora, omunicípio tem realizado contra-tações irregulares, causando pre-juízo aos candidatos aprovados

MP pede nomeaçãode concursados

no concurso. Mesmo após vári-as tentativas dos candidatos emformular requerimento administra-tivo pedindo a convocação, emvirtude do término do prazo devalidade do processo seletivo, omunicípio não se manifestou so-bre uma possível prorrogação ounomeação dos aprovados.

De acordo com o edital doconcurso, 258 vagas seriam pre-enchidas. Caso a liminar pedidapelo Ministério Público seja con-cedida, o município deverá con-vocar os aprovados observandoa ordem de classificação para osrespectivos cargos até o númerodas contratações irregulares. Érequerida a imposição de multadiária de R$ 1 mil ao prefeito deSão Miguel do Araguaia, AdemirCardoso dos Santos, em caso dedescumprimento.

Rafael Vaz

A Secretaria de Desenvolvi-mento da Região Metropolitanade Goiânia foi criada no atualgoverno com a missão de unifi-car as ações nas áreas de saúde,educação, meio ambiente, segu-rança pública e trânsito. A inten-ção é fazer com que os morado-res dos 20 municípios da regiãotenham acesso aos mesmos ser-viços com a mesma qualidade. Osecretário Jânio Darrot está visi-tando todas as cidades do entor-no de Goiânia para definir as me-tas de trabalho. A criação de umaCentral Única de Regulação éuma das propostas para facilitaro acesso aos serviços de saúde.Na área de transporte, o secre-tário tem planos para melhorar oEixo Anhanguera e estuda a im-plantação do metrô de superfícieem Goiânia.

Jânio Darrot revela que inici-

Nova secretaria vaiunificar as ações

almente, irá representar o gover-no na tarefa de aglutinar forçascom os municípios e demais enti-dades públicas ou privadas paraenfrentar as emergências que ogrande aglomerado vive por es-tar desorganizado.

Em médio prazo, pretendeefetivar o que o governador Mar-coni Perillo iniciou anos atrás, oConselho de Desenvolvimento daRegião Metropolitana. Ele afirmaque este conselho já poderia terevitado muitos problemas. “Sobsua guarda, vamos implantar câ-maras de Gestão e PlanejamentoSetoriais, como esta que funcio-na hoje no controle da frota detransporte coletivo, para pensara região como um todo. Vamosfazer a unificação de serviços nasáreas de resíduos sólidos, meioambiente, ocupação do solo, in-fraestrutura, trânsito e saúde”.

Page 6: Jornal do Vale - edição 12 - fevereiro de 2011

VALE DO ARAGUAIA, FEVEREIRO DE 20116 JORNAL DO VALE

“Quero ser a voz doVale na Assembleia”

O que se pode esperar doúnico deputado estadual eleitopelo Vale do Araguaia?

– Quero ser a voz da região naAssembléia Legislativa e trabalharpara que o Vale do Araguaia possase tornar cada dia mais conhecido ecom isso atrair investimentos quegerem emprego e renda. Serei esteinterlocutor para que as pessoas quemoram na região tenham proximi-dade com a Assembleia Legislativae com o governo do Estado. Querofazer este trabalho sem jamais meausentar. Como já disse, sou nasci-do e criado na região.

Como o senhor pretende in-centivar a geração de empregoe renda no Vale do Araguaia?

– Para isso eu defendo a cria-ção do Fundo de Desenvolvimentodo Vale do Araguaia, com a propos-ta de garantir investimentos e ofe-recer a infraestrutura necessária àatração de empresas que gerem em-prego e renda nas cidades da região.É preciso também oferecer atrati-vos fiscais para que os empresáriosinvistam no Vale do Araguaia.

Qual sua opinião sobre aconstrução da usina Couto Ma-galhães no rio Araguaia?

– A região precisa crescer e sedesenvolver e um dos empecilhospara que isso ocorra é a demandapor energia elétrica. É preciso con-ciliar a questão ambiental com otrabalho de implantação da usina,porque precisamos de crescimen-to e desenvolvimento. Tenho con-versado com várias pessoas e aquestão tem sido a demanda deenergia elétrica. Devemos criarcondições para implantação dausina, ela será importante para aregião. Sou de opinião que deve-mos discutir e avançar muito a dis-cussão, porque não podemos ficarsem crescer, sem desenvolver.Tem que haver um meio termo.Nas audiências públicas que estãoacontecendo a respeito, por exem-plo, deve-se ver o que poderia re-almente afetar o meio ambiente ecomo isso pode ser compensadode outra maneira que não impeçaa implantação de uma obra tãoimportante.

Considerando Jussara comoseu principal reduto eleitoral,onde o senhor foi eleito prefeitopor duas vezes, o que a cidadepode esperar do senhor agoracomo deputado estadual?

– Vamos fazer parceria com oprefeito de Jussara e lutar para queas obras do Governo estadual che-quem mais rapidamente, agindo tam-bém na questão da geração de em-prego e renda.

Sua proximidade com o go-vernador Marconi Perillo poderesultar em mais benefícios parao Vale do Araguaia?

– Tenho prazer muito grande emser liderado pelo governador Mar-coni Perillo. Ele me ingressou napolítica e eu o acompanho desde quese candidatou a deputado estadual.Aqui na Assembleia Legislativa nãoserá diferente. Quero defender comunhas e dentes o governo e o quehouver de interesse da comunidade.Claro que a proximidade com o go-vernador ajuda. Nos dois primeirosgovernos de Marconi ele investiumuito na região e agora não vai serdiferente, até por que a região per-deu muito nos últimos anos e há umapreocupação pessoal dele com anossa região.

Os municípios devem ser or-ganizar para reivindicar investi-mentos do governo Marconi?

– Os prefeitos encontrarão mai-or facilidade de acesso aos recur-sos estaduais, porque o governadoré municipalista e sempre deu aten-ção especial aos municípios, indife-rente ao tamanho do município. Pelomenos na época que eu fui prefeitoos investimentos eram uniformes.Os prefeitos devem buscar tambémo apoio de deputados federais paracaptação dos recursos da União. Osdeputados federais apresentamemendas ao orçamento do governofederal, mas destinam recursos mai-ores para cidades maiores, o quedificulta o crescimento dos municí-pios pequenos. Diante disso, o pre-feito deve se organizar, fazer suaarticulação política. Há muita coisaque pode ser feita para o municípioe que não acontece por falta de ar-ticulação política. O prejuízo é gran-

Joaquim Castro: votação expressiva em 14 municípios

Entrevista / JOAQUIM DE CASTRO

Prefeito por duas vezesda cidade de Jussara,Joaquim de Castro che-

ga à Assembleia Legislativacomo deputado eleito com24.500 votos, disposto a lutarpelo desenvolvimento da re-gião do Vale do Araguaia. Nes-ta entrevista ele expõe a impor-tância de se desenvolver traba-lho conjunto com os prefeitospara atração de investimentosda iniciativa privada na região,no objetivo de gerar empregoe renda para a população.

de. Precisamos melhorar a relaçãodo prefeito com os deputados. Aquestão central disso é a concen-tração de arrecadação nas mãos dogoverno federal, o que prejudica osmunicípios, mas isso só será muda-do com a reforma tributária.

Qual a expectativa do senhorno seu primeiro mandato na As-sembleia?

– A melhor possível. Trago aexperiência de dois mandatos comoprefeito. Por isso sei muito bem oque o cidadão espera do seu gover-nante. Com esta experiência possoalertar e dar sugestões ao governoestadual. Há investimentos que po-dem ser feitos, às vezes pequenosmas que beneficiam um grande nú-mero de pessoas.

O senhor considera então queterá maior facilidade no relacio-namento com os novos prefei-tos?

– Sem dúvida, porque pela mi-nha passagem pela Associação Goi-ana de Municípios (AGM), e por tersido prefeito por dois mandatos, te-nho conhecimento muito grande comos prefeitos, quase todos me conhe-cem.

O que o senhor espera reali-zar nestes quatro anos de man-dato?

– Espero contribuir com minharegião na melhoria da qualidade devida das pessoas. Isso será umaconquista muito grande, poder che-gar ao final do mandato, olhar paratrás e ver que conseguimos contri-buir com a melhoria de vida da po-pulação da região.

E qual será o primeiro proje-to que o senhor irá apresentar?

– Estive conversando com o pre-sidente da AGM e quero ver se agente consegue alterar a legislaçãodo Coindince. Num primeiro mo-mento vamos articular com as for-ças políticas estaduais e federaispara buscar melhorar a distribuiçãodo ICMS. Em Goiás a legislação édas mais antigas e arcaicas do país,então precisamos evoluir, implantarpor exemplo o ICMS ecológico, quejá foi aprovado.

GOVERNO

PHS contempladocom cargo na UEG

A direção do PHS comemo-ra a nomeação, pelo governadorMarconi Perillo, de Gerson San-tana, mais conhecido como Ger-son Falacci, como pró-reitor deAdministração, Planejamento eFinanças da Universidade Esta-dual de Goiás.

O cargo em questão é o res-ponsável pelas gerências deDesenvolvimento de Pessoas,de finanças, adminstrativa e pormais de 20 importantes coor-denadorias. Economista e ba-charel em direito, Falacci foipresidente da Câmara Munici-pal de Anápolis e é o presiden-te da Comissão Executiva Mu-nicipal do PHS.

O presidente do PHS em

Goiás, Eduardo Machado, co-memora: “Essa nomeação foimais uma prova do compromis-so e respeito que Marconi Pe-rillo tem com o PHS”.

ARAGARÇAS

Jovem é executadoa tiros em um bar

André Luiz Ferreira Cabral,25 anos, conhecido como “An-dré Rosinha”, foi assassinado nacidade de Aragarças na madru-gada do domingo 13. O jovem,que segundo a polícia e a pró-pria família era usuário de entor-pecente, estava no centro da ci-dade em um bar que aos finaisde semana reúne dezenas de pes-soas, quando segundo testemu-nhas um veículo Fiat Punto corcinza, sem placas, estacionou naesquina do estabelecimento e seucondutor desceu caminhando nadireção do bar onde estava a ví-tima.

Ao aproximar de Daniel, oindivíduo sacou da arma e atiroucontra o rapaz atingindo-lhe opeito, lado esquerdo, na altura docoração. Em seguida deixou o lo-cal em alta velocidade. O fato foivisto por várias pessoas que es-tavam no local e que puderam di-zer à polícia algumas caracterís-ticas do autor da execução. Tes-temunhas apontaram um cidadãoidentificado como “AntônioJoão”, que seria um ex-presidiá-rio, já tendo cumprido pena nosestados de Goiás e Mato Gros-so. Segundo a polícia a arma usa-

da no homicídio foi um revólvercalibre 22. Apenas um tiro foi dis-parado. A vítima foi socorrida porpoliciais militares que o encami-nhou ao Pronto Atendimento doHospital Getúlio Vargas, onde jáchegou praticamente sem vida,falecendo logo em seguida. Emrazão do envolvimento da vítimacom entorpecente, a polícia acre-dita nesse primeiro momento, queo crime possa ter ocorrido emrazão de um “acerto de contas”.A cidade de Aragarças acumulaum histórico negativo de crimesque coloca o município noranking da violência no estado.

Apesar da posição geográfi-ca da cidade (divisa dos estadosde Goiás e Mato Grosso) e dapopulação flutuante de quase 100mil habitantes, a cidade enfrentamuitos problemas na SegurançaPública, sendo a falta de efetivoo maior deles. A Delegacia daPolicia Civil da cidade não funci-ona aos finais de semana e nemferiados, tanto que na madruga-da o delegado de plantão, titularda cidade de Piranhas, não foilocalizado pela Polícia Militarpara providenciar ainda na ma-drugada a liberação do corpo davítima do homicídio, fato que re-voltou os familiares.

Clênia Lima

Por Marcelo Fabiano

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VALE DO ARAGUAIA, FEVEREIRO DE 2011 7JORNAL DO VALE

PAPO DE GENTE MADURA

mara suassuna

Mara Suassuna, Psicóloga Clínica eOrganizacional, Palestrante, mestranda emPsicologia Social pela PUC-Goiás,PósGraduada em Administração de Empresas -FAAP/SP, Especialista em Gerontologia eSaúde do Idoso.

[email protected]

Quando trabalho ésinal de sofrimentoCostumamos ouvir que a

vida é trabalho, que o tra-balho dá sentido à vida e

devo confessar que trabalhar é darsentido às nossas habilidades ecompetências, permitindo-nos ava-liar nosso progresso, conhecimen-tos aplicados na prática. Dessa for-ma o trabalho tem um caráter po-sitivo ao mesmo tempo que nos dáa garantia de sobrevivência e pos-sibilidades de realização de sonhos.

Mas confesso que tenho obser-vado na clínica um outro lado dotrabalho: o trabalho que adoece,que enfraquece, que dá vontade deinexistir, ou seja, a psicopatologiado trabalho considerando quequem adoece é o ser humano quetrabalha.

Muitos têm sido os transtornosobservados, decorrentes das con-dições do trabalho e pelas diferen-tes formas de incrementar a pro-dutividade diante de um mundocorporativo tão competitivo.

Os quadros de depressão, an-siedade, pânico têm aumentado deforma significativa e tenho obser-vado o quanto o trabalho tem sidofator de adoecimento das pesso-as. Muitos são os fatores, traba-lhar onde não se gosta, desempe-nhar uma atividade em que nãotenha nada associado ao perfil dotrabalhador, ser submetido a lide-rança autocrática, ou até mesmodesumana .

As pressões são muitas, metasa serem alcançadas, números a se-rem multiplicados e lucros a sereminfinitamente acrescidos têm trans-

colocar em prática.• Fazer bem, desempenhar

bem, tem tudo a ver com o gostarde fazer, por isso faça uma refle-xão apurada do que você tem feitoe para quem.

• O Trabalho deve primeira-mente ser fonte de prazer e rique-za para o trabalhador, já que todanossa força de trabalho é mesmoapropriada pela força do capitalis-mo. Portanto, acostume-se, masaprenda a tirar proveito daquiloque faz, transforme em riqueza in-dividual, ou seja, no seu capitalemocional.

• É preciso tempo para que se-jamos cigarras e formigas, o equi-líbrio entre as formas de ser e fazerprecisa ser restaurado, isso depen-de unicamente de você. Patrão,mulher, exigências da família vêmdepois da sua decisão, aproprie-se de você mesmo.

Diante de tantas reflexões é pre-ciso tomar atitudes que nem sem-pre são fáceis e práticas, muitasvezes são complexas por demais,mas penso que a vida vale mais,“muito mais” que salário, statusempresarial, função devidamentedesempenhada.

Viver bem na relação com o tra-balho depende do reconhecimen-to de suas competências, dos ob-jetivos a que você se propôs na vidae principalmente de querer viver etrabalhar e não ter que trabalharpara viver.

Um bom trabalho, com prazere saúde é o que desejo na sua vidaprofissional.

Tenho ouvido esses questiona-mentos o tempo todo e costumodizer que é necessário uma análisedo trabalho e do indivíduo. Exis-tem pessoas que adoecem mais,pelas dificuldades nos processosadaptativos, sejam eles por tempe-ramento, caráter, perfeccionismo eaté uma falta de humildade. Outrosmais bem ajustados enfrentam asintempéries que vêm em decorrên-cia do próprio trabalho: sistemas degestão, funções, questões éticasrelacionadas ao desempenho dafunção.

Que todos nós precisamos tra-balhar, isso todo mundo sabe, mascomo trabalhar isso precisa seraprendido, então vamos a algumasreflexões breves :

• Faça uma avaliação rigorosada relação custo-benefício em re-lação ao seu trabalho. O que valemais, sua saúde e bem-estar ou osalário no final do mês?

• Você deve possuir outrascompetências e habilidades, mudaré uma delas, o mercado está ca-rente de mão-de-obra capacitada,talvez seja o momento para refletirsobre suas estimativas, habilidadese possibilidades, atualmente a pa-lavra é empregabilidade, transfor-mar suas competências e habilida-des em possibilidades de gerar ren-da e garantir sua subsistência.

• Quantas habilidades devemestar enclausuradas dentro dopeito, aptidões que foram rene-gadas ou mesmo esquecidas,talvez seja o momento para daruma olhadinha e quem sabe re-

formado a jornada de trabalho degrande parte de trabalhadoresnuma jornada de sofrimento. Cos-tumo ouvir que a sensação é a deum caminhão subindo a ladeira car-regado de pedras quando está fin-dando o domingo e na segunda aatividade laborativa recomeça, otrabalho parece como uma punição

para a vida e não fonte transfor-madora e criadora na produção debens e serviços que ao mesmo tem-po valora e remunera minha forçaprodutiva.

Como fazer? largar o empregoque garante minha subsistência?,aprender a me adaptar a qualquercusto? Qual é a saída ?

Parceiros da Paz: uma longa jornada em ItapirapuãIndicação das primeiras con-

quistas para proporcionar aos jo-vens de Itapirapuã atividades delazer saudável, com o enfrentamen-to de problemas como o uso dedrogas lícitas e ilícitas no municí-pio, a exploração infantojuvenil e aevasão escolar. Esse foi o balançoda reunião dos articuladores soci-ais do Programa Parceiros da Pazde Itapirapuã promovida na segun-da-feira 7, no Fórum da cidade.

Com atuação focada nos aspec-tos preventivo, terapêutico e re-pressivo, o grupo destaca comoganhos a recuperação de áreas delazer; a contratação pela prefeiturade um monitor esportivo; a atua-ção dos profissionais do Centro deReferência de Assistência Social(Cras) no atendimento de jovensem situação de risco; o trabalhointegrado dos conselheiros tutela-res com os setores de segurança,

saúde e de assistência social; omaior rigor da polícia local nasabordagens envolvendo crianças eadolescentes, e a prisão de umaaliciadora.

No encontro, situações pontu-ais sobre alguns adolescentes quetiveram sua rede pessoal mapea-das foram tratadas, tendo sido to-mados coletivamente as decisõese os encaminhamentos necessári-os. Embora o grupo comemore os

primeiros resultados, está preocu-pado, principalmente, com a pro-ximidade do carnaval. Isso porque,segundo eles, a venda indiscrimi-nada de bebidas alcoólicas a jo-vens em bares e festas na cidade ea falta de responsabilização porcrimes praticados contra criançase adolescentes persistem, em ra-zão da não designação de um de-legado exclusivo para a cidade edos recursos escassos para a se-

gurança pública.Na segunda-feira 14, os articu-

ladores voltaram a se reunir parafinalizar o projeto que une as pro-postas do Programa Parceria Ci-dadã, do Ministério Público, e doPrograma Atitude Positiva, de ini-ciativa do Cras, sobre o tema, bemcomo para retomar a conversaçãopendente de questões que podemproporcionar melhoria na qualida-de de vida da juventude local.

Page 8: Jornal do Vale - edição 12 - fevereiro de 2011

VALE DO ARAGUAIA, FEVEREIRO DE 20118 JORNAL DO VALE

Que me perdoem os ávidos te-lespectadores do Big Brother Bra-sil (BBB), produzido e organizadopela nossa distinta Rede Globo, masconseguimos chegar ao fundo dopoço...A décima primeira (está indolonge!) edição do BBB é uma sín-tese do que há de pior na TV bra-sileira. Chega a ser difícil,... encon-trar as palavras adequadas paraqualificar tamanho atentado à nos-sa modesta inteligência.

Dizem que em Roma, um dosmaiores impérios que o mundo co-nheceu, teve seu fim marcado peladepravação dos valores morais doseu povo, principalmente pela ba-nalização do sexo. O BBB é a purae suprema banalização do sexo.Impossível assistir, ver este pro-grama ao lado dos filhos. Gays, lés-bicas, heteros... todos, na mesmacasa, a casa dos “heróis”, comosão chamados por Pedro Bial. Nãotenho nada contra gays, acho quecada um faz da vida o que quer,mas sou contra safadeza ao vivona TV, seja entre homossexuais ouheterosexuais. O BBB é a reali-dade em busca do IBOPE...

Veja como Pedro Bial tratou osparticipantes do BBB. Ele prome-teu um “zoológico humano diverti-do” . Não sei se será divertido, masparece bem variado na sua mistu-ra de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo,como um jornalista, documentaris-ta e escritor como Pedro Bial que,faça-se justiça, cobriu a Queda doMuro de Berlim, se submete a serapresentador de um programa des-se nível.

Em um e-mail que recebi hápouco tempo, Bial escreve mara-vilhosamente bem sobre a perdado humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.

Eu gostaria de perguntar, se elenão pensa que esse programa é amorte da cultura, de valores e prin-cípios, da moral, da ética e da dig-nidade.

Outro dia, durante o intervalode uma programação da Globo, umoutro repórter acéfalo do BBB dis-se que, para ganhar o prêmio deum milhão e meio de reais, um BigBrother tem um caminho árduopela frente, chamando-os de he-róis. Caminho árduo? Heróis? Sãoesses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim éaquele percorrido por milhões debrasileiros: profissionais da saúde,professores da rede pública (ali-ás, todos os professores), cartei-ros, lixeiros e tantos outros traba-lhadores incansáveis que, diaria-mente, passam horas exercendosuas funções com dedicação,competência e amor, quase sem-

Big Brother BrasilLuiz Fernando Veríssimo pre mal remunerados.

Heróis, são milhares de brasi-leiros que sequer têm um prato decomida por dia e um colchão de-cente para dormir e conseguemsobreviver a isso, todo santo dia.

Heróis, são crianças e adultosque lutam contra doenças compli-cadíssimas porque não tiveramchance de ter uma vida mais sau-dável e digna.

Heróis, são aqueles que, ape-sar de ganharem um salário míni-mo, pagam suas contas, restandoapenas dezesseis reais para ali-mentação, como mostrado em ou-tra reportagem apresentada, mesesatrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é umprograma cultural, nem educativo,não acrescenta informações e co-nhecimentos intelectuais aos teles-pectadores, nem aos participantes,e não há qualquer outro estímulocomo, por exemplo, o incentivo aoesporte, à música, à criatividadeou ao ensino de conceitos comovalor, ética, trabalho e moral.

E ai vem algum psicólogo devanguarda e me diz que o BBBajuda a “entender o comporta-mento humano”. Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de-tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB:José Neumani da Rádio JovemPan, fez um cálculo de que se vin-te e nove milhões de pessoas liga-rem a cada paredão, com o custoda ligação a trinta centavos, aRede Globo e a Telefônica arre-cadam oito milhões e setecentosmil reais. Eu vou repetir: oito mi-lhões e setecentos mil reais a cadaparedão.

Já imaginaram quanto poderiaser feito com essa quantia se fos-se dedicada a programas de inclu-são social: moradia, alimentação,ensino e saúde de muitos brasilei-ros? (Poderiam ser feitas mais de520 casas populares; ou comprarmais de 5.000 computadores!)

Essas palavras não são de re-volta ou protesto, mas de vergo-nha e indignação, por ver tama-nha aberração ter milhões de te-lespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, quetal ler um livro, um poema de Má-rio Quintana ou de Neruda ou qual-quer outra coisa..., ler a Bíblia, orar,meditar, passear com os filhos, irao cinema..., estudar... , ouvir boamúsica..., cuidar das flores e jar-dins... , telefonar para um amigo...,visitar os avós... , pescar..., brincarcom as crianças..., namorar... ousimplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Glo-bo a ganhar rios de dinheiro e des-truir o que ainda resta dos valoressobre os quais foi construída nos-sa sociedade. Um abismo chamaoutro abismo.

O prefeito de Itapirapuã, Erivaldo Alexandre, considerou “altamente positiva” a reunião promovidapelo governador Marconi Perillo (PSDB) com os prefeitos do PMDB. No almoço, dia 8, no Paláciodas Esmeraldas, Marconi disse estar determinado a realizar um governo baseado na união e nas parce-rias entre prefeituras e Estado, e revelou disposição em atender as necessidades do município.

Dos 57 prefeitos do partido, 56 estiveram presentes, sendo que o prefeito de Goiatuba, MarceloCoelho, foi representado pelo vice, Saburo Buró. Marconi afirmou que não irá fechar os olhos àsreivindicações legítimas e lembrou que em pouco mais de um mês de mandato já se reuniu várias vezescom alguns prefeitos do PMDB.

Outros prefeitos presentes na reunião também elogiaram a atitude do governador em dar as mãosaos prefeitos, ignorando posições partidárias.

Prefeitura de Itapirapuã e Secretaria de Esporte realizam o maior Carnavalda região, com 5 bandas e mais som automotivo todas as noites.