jornal do sinttel-rio nº 1.467

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O Sindicato conseguiu reverter as pu- nições arbitrárias impostas pela BTCC, em resposta à manifestação realizada pelos trabalhadores no dia 5. A empresa puniu os trabalhadores que participaram do ato, em defesa de melhores benefícios e salários e do pagamento da PPR, que não foi paga em abril. Imediatamente, o Sinttel encaminhou notificação extra judicial para a BTCC, exigindo o can- celamento de todas as punições. Na reunião realizada no dia 11, o Sinttel cobrou a revogação das sanções disciplinares aplicadas. A empresa também ficou de enviar até ontem, dia 16, uma proposta de PPR, mas até o fechamento desta edição não havia feito. O Sinttel aguarda uma posição da BTCC para levar para apreciação dos traba- lhadores uma proposta de PPR digna, melhor do que a anterior de R$300,00, rejeitada pelo Sindicato. Em carta (ver fac símile) enviada por e-mail para o Sindicato, a empresa garantiu que as punições serão excluídas dos históricos profissionais dos trabalhadores e que não haverá nenhum prejuízo em salários e/ ou benefícios. Essa atitude da BTCC é claramente anti sindical e o Sindicato não aceitará represálias, com claras intenções de intimidar a categoria e deter a mobi- lização. O Sinttel continua realizando atos na porta da empresa e convoca todos os trabalhadores a se manterem mobilizados para a campanha. Sinttel pressiona e BTCC revoga punições Grupo Claro: três dias de reunião pra nada A reunião convocada pelo grupo Claro para os dias 9, 10 e 11, em São Paulo, foi uma verda- deira perda de tempo. A exemplo do que aconteceu na reunião anterior, ocorrida em maio, a empresa só quer tratar do que lhe interessa, ou seja, encontrar formas de ganhar mais. O Acordo Coletivo em vigor foi aprovado sobre a condição, conforme proposto pelo grupo, de que em abril as negocia- ções seriam retomadas para discutir a equiparação do vale refeição dos trabalhadores da Claro, bem como a unificação dos parâmetros da PPR e dos salários, benefícios e vantagens entre os trabalhadores da Claro e Embratel, pelos maiores va- lores praticados em ambas as empresas. Nos três dias de reunião, os representantes do grupo não fizeram nenhuma proposta sobre a unificação do vale ou PPR, pelo contrário jogaram a discussão para a data base, o que é um absurdo. Com relação a PPR o grupo Claro teve a cara de pau de propor a manutenção dos dois modelos hoje praticados e con- denados pelos trabalhadores e pelos Sindicatos. Ou seja, a apuração e distribuição por re- gional, método injusto, pelo qual a empresa garante seus lucros e resultados, através da cobrança de metas absurdas, mas divide o prejuízo com os trabalhadores. O pagamento diferenciado por região é cruel, enquanto os tra- balhadores de algumas regionais recebem 2 salários, por exemplo, os de outras recebem menos de um salário. O Sinttel-Rio e a Federação pedem o fim da regionalização, a distribuição unificada e o pagamento de um target de no mínimo 2,5 salários para todos os empregados. Em relação às demissões que vêm ocorrendo, eles alegaram que são de rotina. Questionada por demitir trabalhadores com mais de 15 anos de empresa, os representantes do grupo Claro mostraram o quanto são desu- manos, disseram que o motivo foi baixa produção. O Sindicato convoca os tra- balhadores a se mobilizarem e partirem pra luta, pois só vamos conquistar a unificação que desejamos com muita luta, organização e união. A primeira rodada de negociação para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho dos trabalhado- res de TV por assinatura será realizada amanhã, dia 18, na sede do Sinttel. A data base é 1° de julho e envolve cerca de 10 mil trabalhadores de empresas, como Petromare, JM3, Líder Telecom, G Telecom, LGM, Infraeng, entre outras, prestadoras de serviços para a OI, Claro e NET. O Sindicato já encaminhou a pauta unificada de reivindicações para o Sinstal e as empresas. Entre os itens principais estão: 4 Piso - R$1200,00 Campanha TV por assinatura Negociações começam dia 18 4 Vale refeição - R$20 por dia 4 30% de periculosidade 4 Reajuste de 100% do INPC mais 10% de ganho real 4 Tíquete nas férias 4 Auxílio creche A última proposta das empresas e do sindicato patronal (Sinstal) para a Convenção Coletiva de Trabalho das prestadoras de serviços de telecomunicações/Rede foi rejeitada por unanimidade na assembleia realizada dia 15, na sede do Sinttel e nas demais as- sembleias feitas pelos dirigentes sindicais nos diversos locais de trabalho. O clima entre os trabalhadores é de completa indignação. Com essa última proposta, o mínimo que as empresas conseguiram foi aumentar ainda mais o nível de insatisfação da categoria. Na quinta rodada de negociações, as empresas elevaram o percentual de rea- juste para 6,4%, índice ainda inferior à inflação acumulada desde março (8,42%) e maio (8,76%) do ano passado. Isso é inaceitável. Essa campanha envolve mais de 30 mil trabalhadores no estado de empresas, como a Serede, Telemont, BTCC, Tel Telecom, Logictel, Empreza, Huawei, Procisa, entre outras, que fazem serviços de instalação de telefones e inter- net e manutenção de linhas e aparelhos. Não bastasse isso, as empresas tam- bém ficaram longe do piso regional reivindicado pelo Sindicato para cada função e tiveram a cara de pau de propor parcelamento do reajuste dos pisos para algumas funções. O piso do OSC, por exemplo, passaria em abril/jun para R$ 1.070,00 e em dezembro chegaria a R$ 1.080,00, o do ligador é ainda pior, R$ CAMPANHA DA REDE Sexta rodada de negociação hoje, dia 17 Se as empresas não avançarem, se não apresentarem uma proposta aceitável a Rede para por 24 horas 1.070,00 em abril/jun e R$ 1.075,00 em Dez/15. A proposta foi recebida como uma provocação. Além da falta de vontade das empresas para negociar, os trabalhadores só têm motivo para reclamar: são os descontos abusivos no plano de saúde, jornadas de trabalho excessivas, salários baixos e um vale refeição de fome, que não paga um “PF” no botequim da esquina. Na última negociação, o Sindicato bateu na mesa e chamou a atenção das empresas para as seguintes questões: 4 Reajustar o piso regional do estado 4 Reajuste pelo INPC integral, ou seja, 8,42% para corrigir salários e benefícios 4Garantir o reajuste do VR/VA 4Garantir VR/VA nas férias 4 30% de periculosidade para quem trabalha com moto 4Garantir um limitador para o Plano de saúde 4 Auxílio creche para todos os traba- lhadores Estas entre outras reivindicações serão discutidas hoje, nesta 6ª rodada de negociações. A direção do Sindicato espera que as empresas apresentem uma proposta justa que atenda a necessidade dos trabalhadores. Ato na porta da Telemont Cidade Nova

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Campanha da Rede: Sexta rodada de negociação hoje, dia 17

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Page 1: Jornal do Sinttel-Rio nº 1.467

O Sindicato conseguiu reverter as pu-nições arbitrárias impostas pela BTCC, em resposta à manifestação realizada pelos trabalhadores no dia 5. A empresa puniu os trabalhadores que participaram do ato, em defesa de melhores benefícios e salários e do pagamento da PPR, que não foi paga em abril. Imediatamente, o Sinttel encaminhou notificação extra judicial para a BTCC, exigindo o can-celamento de todas as punições.

Na reunião realizada no dia 11, o Sinttel cobrou a revogação das sanções disciplinares aplicadas. A empresa também ficou de enviar até ontem, dia 16, uma proposta de PPR, mas até o fechamento desta edição não havia feito. O Sinttel aguarda uma posição da BTCC

para levar para apreciação dos traba-lhadores uma proposta de PPR digna, melhor do que a anterior de R$300,00, rejeitada pelo Sindicato. Em carta (ver fac símile) enviada por e-mail para o Sindicato, a empresa garantiu que as punições serão excluídas dos históricos profissionais dos trabalhadores e que não haverá nenhum prejuízo em salários e/ou benefícios.

Essa atitude da BTCC é claramente anti sindical e o Sindicato não aceitará represálias, com claras intenções de intimidar a categoria e deter a mobi-lização. O Sinttel continua realizando atos na porta da empresa e convoca todos os trabalhadores a se manterem mobilizados para a campanha.

Sinttel pressiona e BTCC revoga punições

Grupo Claro: três dias de reunião pra nada

A reunião convocada pelo grupo Claro para os dias 9, 10 e 11, em São Paulo, foi uma verda-deira perda de tempo. A exemplo do que aconteceu na reunião anterior, ocorrida em maio, a empresa só quer tratar do que lhe interessa, ou seja, encontrar formas de ganhar mais.

O Acordo Coletivo em vigor foi aprovado sobre a condição, conforme proposto pelo grupo, de que em abril as negocia-ções seriam retomadas para discutir a equiparação do vale refeição dos trabalhadores da Claro, bem como a unificação dos parâmetros da PPR e dos salários, benefícios e vantagens entre os trabalhadores da Claro e Embratel, pelos maiores va-lores praticados em ambas as empresas.

Nos três dias de reunião, os representantes do grupo não fizeram nenhuma proposta sobre a unificação do vale ou PPR, pelo contrário jogaram a discussão para a data base, o que é um absurdo.

Com relação a PPR o grupo Claro teve a cara de pau de propor a manutenção dos dois modelos hoje praticados e con-denados pelos trabalhadores e pelos Sindicatos. Ou seja, a apuração e distribuição por re-gional, método injusto, pelo qual a empresa garante seus lucros e resultados, através da cobrança de metas absurdas, mas divide o prejuízo com os trabalhadores. O pagamento diferenciado por região é cruel, enquanto os tra-balhadores de algumas regionais recebem 2 salários, por exemplo, os de outras recebem menos de um salário.

O Sinttel-Rio e a Federação pedem o fim da regionalização, a distribuição unificada e o pagamento de um target de no mínimo 2,5 salários para todos os empregados.

Em relação às demissões que vêm ocorrendo, eles alegaram que são de rotina. Questionada por demitir trabalhadores com mais de 15 anos de empresa, os representantes do grupo Claro mostraram o quanto são desu-manos, disseram que o motivo foi baixa produção.

O Sindicato convoca os tra-balhadores a se mobilizarem e partirem pra luta, pois só vamos conquistar a unificação que desejamos com muita luta, organização e união.

A primeira rodada de negociação para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho dos trabalhado-res de TV por assinatura será realizada amanhã, dia 18, na sede do Sinttel. A data base é 1° de julho e envolve cerca de 10 mil trabalhadores de empresas, como Petromare, JM3, Líder Telecom, G Telecom,

LGM, Infraeng, entre outras, prestadoras de serviços para a OI, Claro e NET.

O Sindicato já encaminhou a pauta unificada de reivindicações para o Sinstal e as empresas. Entre os itens principais estão: 4Piso - R$1200,00

Campanha TV por assinatura Negociações começam dia 184Vale refeição - R$20 por dia430% de periculosidade 4Reajuste de 100% do INPC mais 10% de ganho real4Tíquete nas férias4Auxílio creche

A última proposta das empresas e do sindicato patronal (Sinstal) para a Convenção Coletiva de

Trabalho das prestadoras de serviços de telecomunicações/Rede foi rejeitada por unanimidade na assembleia realizada dia 15, na sede do Sinttel e nas demais as-sembleias feitas pelos dirigentes sindicais nos diversos locais de trabalho.

O clima entre os trabalhadores é de completa indignação. Com essa última proposta, o mínimo que as empresas conseguiram foi aumentar ainda mais o nível de insatisfação da categoria.

Na quinta rodada de negociações, as empresas elevaram o percentual de rea-juste para 6,4%, índice ainda inferior à inflação acumulada desde março (8,42%) e maio (8,76%) do ano passado. Isso é inaceitável. Essa campanha envolve mais de 30 mil trabalhadores no estado de empresas, como a Serede, Telemont, BTCC, Tel Telecom, Logictel, Empreza, Huawei, Procisa, entre outras, que fazem serviços de instalação de telefones e inter-net e manutenção de linhas e aparelhos.

Não bastasse isso, as empresas tam-bém ficaram longe do piso regional reivindicado pelo Sindicato para cada função e tiveram a cara de pau de propor parcelamento do reajuste dos pisos para algumas funções. O piso do OSC, por exemplo, passaria em abril/jun para R$ 1.070,00 e em dezembro chegaria a R$ 1.080,00, o do ligador é ainda pior, R$

CAMPANHA DA REDE

Sexta rodada de negociação hoje, dia 17Se as empresas não avançarem, se não apresentarem uma proposta aceitável a Rede para por 24 horas

1.070,00 em abril/jun e R$ 1.075,00 em Dez/15. A proposta foi recebida como uma provocação.

Além da falta de vontade das empresas para negociar, os trabalhadores só têm motivo para reclamar: são os descontos abusivos no plano de saúde, jornadas de trabalho excessivas, salários baixos e um vale refeição de fome, que não paga um “PF” no botequim da esquina.

Na última negociação, o Sindicato bateu na mesa e chamou a atenção das empresas para as seguintes questões:4Reajustar o piso regional do estado 4Reajuste pelo INPC integral, ou seja, 8,42% para corrigir salários e benefícios4Garantir o reajuste do VR/VA 4Garantir VR/VA nas férias430% de periculosidade para quem trabalha com moto

4Garantir um limitador para o Plano de saúde 4Auxílio creche para todos os traba-lhadores

Estas entre outras reivindicações serão discutidas hoje, nesta 6ª rodada de negociações. A direção do Sindicato espera que as empresas apresentem uma proposta justa que atenda a necessidade dos trabalhadores.

Ato na porta da Telemont Cidade Nova

Page 2: Jornal do Sinttel-Rio nº 1.467

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humor 1.467

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Valdir Tedesco (impressor)

CIRCULAÇÃO Semanal

TIRAGEM 12 mil exemplares

Por uma Telebrás forte e transparente

O papel da Telebras na universalização do acesso à banda larga foi o mote central da reu-nião entre as entidades da Campanha Banda Larga é um Direito Seu e o novo presidente da Telebras, Jorge Bittar, dia 12 de junho, na sede do Clube de Engenharia, no Rio.

Ao contextualizar a recriação da Tele-bras, em 2010, Bittar resumiu o papel que a empresa vem desempenhando desde então: complementar às outras operadoras no ata-cado, parceira dos provedores de internet e reguladora do mercado. Essa atuação resultou, de imediato, segundo ele, numa redução de cerca de 50% nos preços dos serviços de banda larga no atacado.

Em relação ao tema que levou as entidades a pedirem a reunião, Bittar acredita que a Telebras será protagonista no provimento de recursos físicos do Banda Larga para Todos, pois a empresa é um dos três pilares do pro-grama. Os outros dois são os leilões reversos e a revisão dos contratos de concessão.

CABO LIGARÁ BRASIL À EUROPA

De acordo com Bittar, a rede da Telebras já tem 21 mil km de extensão e vai crescer com a parceria com a Eletrobras na utilização da rede de fibras óticas das operadoras elétricas ligadas à estatal. Além disso, nas compras de equipamentos e sistemas, a Telebras vem, e vai, continuar privilegiando a indústria na-cional, como determina a legislação vigente.

Ele esclareceu que a Telebras está envolvida em dois grandes projetos: o da construção do satélite brasileiro e o do cabo submarino ligando o Brasil à Europa. O novo cabo sub-marino ligará Fortaleza a Portugal e servirá para atender ao tráfego internet para a Europa, uma vez que o atual cabo já está saturado.

O satélite vai permitir a prestação de serviços de banda larga às Forças Armadas e em regiões menos acessíveis. O centro de operações da Telebras/Forças Armadas será na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. “O preço das estações Vsat, de recepção por satélite, já está competitivo para atendimento de localidades não alcançadas pelas fibras. O lançamento do satélite e o início da operação estão previstos para 2017, sob a coordenação da Visiona, empresa de cooperação entre a Embraer e a Telebras” ressaltou.

Um dos pontos centrais para Bittar é melhorar a atuação comercial da Telebras para atendimento principalmente dos órgãos governamentais. A ideia é que a Telebras vá ao encontro dos clientes, e não apenas espere ser contatada. Deve atuar junto aos prove-dores de internet, estimulando a demanda e oferecendo recursos de backhaul e backbone. Para isto, está em discussão a ideia da criação de um fundo garantidor para viabilizar os investimentos.

Ele se declarou favorável a uma maior participação da sociedade civil, tanto em relação ao Banda Larga para Todos como nas discussões dos caminhos a serem tri-lhados pelas comunicações nacionais. E se comprometeu a conversar com o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, sobre esses pontos. Também assumiu o compromisso de dar maior transparência às ações da Telebras.

O Instituto Telecom acredita que uma maior aproximação da Anatel com o Mini-com, a Telebras e a sociedade civil é muito importante para que a Telebras possa alcançar seus objetivos e ser um ator importante na construção de uma verdadeira Banda Larga para Todos. Para o Instituto Telecom, uma oferta adequada de banda larga passa pela utilização de uma rede pública, com preços justos, qualidade de serviço e definição de metas de universalização.

Leia mais em www.institutelecom.com.br

Por exemplo, se o operador completa um atendimento e no mesmo dia o cliente volta a

entrar em contato com o SAC para tratar de outro assunto, diferente do anterior, a empresa considera rechamada. Ou seja, o operador que atendeu a primeira ligação é prejudi-cado em sua remuneração variável. Isto é um absurdo! A empresa não pode punir o trabalhador se a própria não tem condições de identificar o que é um novo atendimento e o que é rechamada.

Atento irrita clientes e massacra trabalhador

Além disso, a Atento penaliza os trabalhadores que ultrapassam o tem-po de atendimento. Quando o tempo de algum atendimento se aproxima do tempo limite de três minutos determinado pela empresa, os chefes pressionam o operador a finalizar a ligação, mesmo que a solicitação do cliente não tenha sido concluída com sucesso. Com isso, o cliente é obrigado a retornar a ligação, o que acarreta em rechamada. A empresa lesiona o consumidor e o trabalhador.

Este procedimento vai contra o

Os trabalhadores da Atento são penalizados com a diminuição da Remuneração Variável (RV ), em função das rechamadas e do tempo de atendimento. A empresa presta serviço para as operadoras TIM, Vivo e Claro e age com descaso com os empregados e os consumidores. No último dia 9, os diretores do Sindicato Alan Dias, Ricardo Pereira e Cesar Fernandes se reuniram com a empresa, para entender como é feita esta medição e concluíram que não existe um filtro para avaliar o que é um novo atendimento e o que é rechamada.

decreto lei 6523/2008, que determina as novas regras para call centers. Pelo capítulo II, artigo 4: "O consumidor não terá a sua ligação finalizada pelo fornecedor antes da conclusão de atendimento". No dia 18, o Sindicato levará esta questão para a reunião com a Comissão Tripartite e o Mi-nistério do Trabalho e Emprego, em Brasília.

PRODUTO REDE - Os traba-lhadores que tiveram folga no feriado de Corpus Christi e foram desconta-dos do banco de horas devem entrar

em contato, imediatamente, com o Sindicato.

NOVA REUNIÃO DE 23 - Conforme o Acordo, o Sindicato se reunirá, na Atento Madureira, com a empresa para tratar assuntos, como: remuneração variável, banco de horas, projeto escalada, entrega de atestado, entre outros.

Para informações, denúncias e dúvidas, entrem em contato pelos emails: [email protected], [email protected] e [email protected]

REDE

Acidente de trabalho é estudado pela UERJ

O Sindicato acaba de assinar uma carta de intenções com o Núcleo de Enfermagem do Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). O objetivo é dar oportunidade aos Residentes de Enfermagem do Tra-balho para realização de uma pesquisa e estudo de caso com os trabalhadores de rede do setor de telecomunicações.

Inicialmente o estudo terá por base a análise dos Comunicados de Acidente de Trabalho (CAT s) emitidos pelo departamento de saúde do Sinttel-Rio, quando da omissão das empresas em fazê-lo, omissão, aliás, que é frequente.

Por que o uso dos CAT s? De acordo com Jorge Duarte Gaspar, coordenador do Núcleo de Enfermagem da UERJ, esse documento tem informações rele-vantes de acidentes, seja o tipo, de trajeto ou doença ocupacional. Lembramos que a sua emissão é de obrigação da empresa, que no caso do setor de telecomunica-ções, na maioria das vezes não o faz.

O congresso mundial sobre segu-rança e saúde no trabalhador realizado ano passado, na Alemanha, sob o tema "Um mundo sem acidentes ocupacio-nais sérios e fatais é possível" revelou estatísticas estarrecedoras. De acordo com o diretor Geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, ocorrem por ano no mundo 2,3 milhões acidentes e adoecimentos. O Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial, com 700 mil aci-dentes por ano.

Tivit inscreve para Cipa a partir do dia 26

A Tivit já encaminhou ao Sinttel o seu calendário para a realização do processo eleitoral da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Cipa). Se você está interessado as ins-crições começam dia 26 e vão até o dia 10/07 e as eleições ocorrerão dia 13/07.

Quem quiser participara do processo pode procurar o Sindicato e se infor-mar sobre a importância da Cipa nos locais de trabalho. Os eleitos devem buscar a interação com o Sindicato, pois a defesa de saúde e segurança e parte da luta da entidade. Ao escolher seus representantes os trabalhadores também devem identificar aqueles que estão mais voltados à defesa dos interesses coletivos e engajados na luta sindical. O representante da Cipa goza de estabilidade provisória por um período dois anos, o ano de mandato e um ano após o mandato.

A Oi vem exigindo a inclusão do Código Internacional de Doenças - CID - nos atestados médicos apresentados pelos trabalhadores. Acontece que, de acordo com a Resolução 1.190, de 14/09/84, do Conselho Federal de Medicina, não é obrigatório lançar o CID, caso não exista a autorização do paciente.

Esta exigência da Oi é ilegal e pre-judica enormemente os trabalhadores, que apresentaram atestados e os mes-mos não foram considerados por não constar o CID. Em função disso, a empresa desconta os dias e horas dos trabalhadores de forma arbitrária e fere

Assembleia de telefonista discute proposta de acordo

Em assembleias que serão reali-zadas amanhã, dia 18, na sede do Sinttel (Rua Morais e Silva, 94) e na sexta, dia 19, na subsede da en-tidade em Niterói (Rua Visconde de Uruguai, 277 - Centro), ambas em dois horários, às 10 e às 15 horas, as telefonistas de cooperativas e táxi do Rio e Grande Rio vão discutir a proposta da cooperativas para a Convenção Coleiva de Trabalho. A data base das telefonistas é 1º junho. A proposta negociada com o Sindicato prevê reajuste acima da inflação, ou seja, com ganho real. Eles oferecem 9% de reajuste de salários e benefícios e o piso regional de R$ 1.090,97 para um a jornada de seis horas. O INPC do período foi de 8,76%.

Oi não pode exigir CID no atestadoo direito à privacidade com relação à doença causadora do afastamento do trabalho.

O Departamento Jurídico do Sinttel já obteve êxito em ação semelhante contra a Contax, que também exigia a inclusão do CID. Com isso, a empresa não pôde mais exigir CID nos atestados, sob pena de multa de R$5000.00 por trabalhador que tivesse este direito violado.

A Oi será notificada a suspender a prática e, se não o fizer, será acionada judicialmente. O empregado que tiver seu atestado médico recusado pela falta de CID deve denunciar o fato ao Sindicato.

Campanha do Agasalho Cruz Vermelha

Com a chegada do inverno no dia 21, a Cruz Vermelha Brasileira lança campanha de arrecadação de agasalhos, roupas de frio e co-bertores, em parceria com empre-sas e instituições. Esta campanha viabiliza o Projeto Noite Solidária, que visa ajudar pessoas que vivem ao relento das ruas, numa situação de vulnerabilidade social e de exposição a temperaturas muito baixas. As arrecadações serão realizadas até 31 de agosto, na sede na Praça Cruz Vermelha nº 10, e também serão direcionadas pela instituição para o auxílio de beneficiários de outros projetos.

DOAÇÕES NO SINTTEL- O Sindicato, a exemplo de outros anos, também abraça a campanha de aquecer alguém no inverno e receberá doações de roupas e agasalhos para crianças. Junte cobertores,conjuntos de moletons, meias, casacos, gorros, capuz etc, novos ou usados encaminhe para o Departamento de Saúde do Sinttel (Rua Morais e Silva, 94 - Mara-canã). Em caso de roupas usadas, mande-nos o que não serve mais para o seu filho, mas que esteja em boas condições de uso. O que for doado será distribuído a comunidades carentes.

CAMILA PALMARES